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II Conferência Internacional Media for All, Leiria, 2007




Considerações para uma Comunicação Online Inclusiva:
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  descrição de imagem e som em contextos educativos online.
       i ã d i                    t t     d   ti      li

                Manuela Francisco              Josélia Neves
             manuela.francisco@ipleiria.pt
                  l f     i   @i l i i t     joselia@esel.ipleiria.pt
                                             j   li @   li l ii t
Acessíveis a “Todos”


      “todos aqueles que se proponham fazer o curso,
     independentemente da sua condição motora e/ou
                        sensorial”.



                     Enfoque da Acção:
       Integração, em igualdade de circunstâncias,
      de pessoas com condicionalismos sensoriais.
“Todos” no contexto português
                    p    g

  População residente – 10 356 117
    p ç                              População c/ deficiência 636 059
                                       p ç




                                                            Fonte: Censos 2001
Principais Barreiras
      p


   Material de carácter textual, potencialmente complexo em
   termos de legibilidade e leiturabilidade;

   Estrutura complexa, de difícil navegação e com inúmeras
   inconsistências;

   Pouca adequação a aprendentes com fraca mobilidade ou
   baixa visão e que não utilizem o rato para navegar;

   Materiais
   M t i i multimédia vedados a pessoas com li it õ
                lti édi   d d               limitações
   motoras ou sensoriais.
Soluções (1)
    ç


    Assegurar uma fácil navegabilidade a todos os níveis;

    Garantir máxima leiturabilidade através de uma linguagem
    clara e objectiva, potenciadora de uma proximidade
    dialogante com o aprendente;
    di l     t              d t

    Assegurar o uso apropriado e consistente de grafismos,
    ícones e outros elementos visuais;

   Garantir que todos os gráficos, imagens e il t õ contêm
   G    ti      t d        áfi     i         ilustrações tê
   uma versão equivalente em formato verbal;
Soluções (2)
    ç


   Criar documentos em formatos de leitura acessível;

   Assegurar uma boa utilização de cores e contrastes no design
   gráfico;

   Incluir materiais em formato alternativo, vídeo e áudio;

   Ter consciência das limitações de leitores de ecrã perante
   textos fora do comum, com caracteres estranhos ou
   abreviaturas.
    b i t
Como...




 “Ver com os ouvidos e
              ouvir com os olhos”
“Ver com os ouvidos”


    A maioria dos utilizadores com baixa visão ou cegueira utilizam
    leitores de ecrã.

    Independentemente da motivação do uso das imagens, é
    fundamental que cada utilizador se questione sobre a
    pertinência/utilidade de cada imagem no contexto em que se
    integra.

    Grande parte do software e ferramentas disponíveis nos LMS
    apresentam campos para texto alternativo.
Texto alternativo


    Considera-se texto alternativo:

  <long tag> neste formato o texto que descreve uma imagem ou
     gráfico poderá não estar visível, sendo apenas lido por leitores
     de ecrã ou quando convertido para formato TXT.

  <alt text> é um formato de texto complementar, visível ou não.
    Por norma este campo está associado á passagem do cursor
    sobre a imagem, sendo lido também por leitores de ecrã.
Leitura da imagem (1)
              g

    Algumas teorias:

  - Maldonado (1977) considera que existe um percurso
    obrigatório para a leitura de imagens;

  - Tardy (1964) considera que essa leitura é sempre feita no
    sentido do movimento dos ponteiros do relógio;

  - Lindekens (1971) considera que a leitura de uma imagem
    segue o padrão da leitura do texto escrito;

  - Lyotard (1979) defende que essa leitura dependerá da cultura
    e sensibilidade de quem o faz.
                       q
Leitura da imagem (2)
              g



       Neste contexto, partilhamos a opinião de:

   Vilches (1984) ao considerar que cada leitura da uma
   imagem é “uma” leitura possível.
              uma


   Berger (1972) ao afirmar que cada imagem representa uma
   B                 fi           d i               t
   forma de ver, mas a nossa percepção ou apreciação de
   uma i
       imagem dependem, acima de tudo, da nossa própria
                 d     d      i   d t d d           ó i
   forma de ver;
Leitura da imagem (3)
              g



    Conscientes da dificuldade em encontrar neutralidade e
    objectividade, alertamos para:

    A necessidade em estabelecer criteriosamente o objectivo
    da utilização de determinada imagem e quais os elementos
    dessa imagem que cumprem esse objectivo.

    Esse objectivo ditará o relevo a dar a determinados
    co po e tes
    componentes dessa imagem, orientando a “melhor forma
                            age , o e ta do        e o o a
    de ver” e auxiliará na escolha da linguagem mais adequada
    à sua descrição.
Descrição da imagem: exemplo(1)
      ç         g        p


                                                          Texto A: Padrão dos Descobrimentos

                                                          Texto B: Padrão dos Descobrimentos em Lisboa

                                                          Texto C: Tem a forma de uma caravela e, na sua
                                                          proa,
                                                          proa destaca-se a figura do infante D. Henrique,
                                                                                               D Henrique
                                                          com uma pequena caravela nas mãos. De cada
                                                          lado do monumento estão as estátuas de
                                                          algumas das mais relevantes figuras de nossa
                                                          história. À frente do padrão, no chão, está
                                                          desenhada uma enorme rosa dos ventos e um
                                                          p
                                                          planisfério, que p
                                                                     , q permite ver as rotas dos
                                                          portugueses[1].



 [1]   Texto apresentado em http://galerias.escritacomluz.com/christiano/PadraodosDescobrimentos [acedido a 15 de Outubro de 2007].
Descrição da imagem: exemplo(2)
      ç         g        p

 Texto D: O Padrão dos Decobrimentos foi inaugurado em 1960, aquando das
 celebrações dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique (Henrique O Navegador).
 Evoca claramente a expansão marítima e foi desenhado na forma de uma caravela,
 liderada l Infante D. Henrique - que segura numa mão uma pequena caravela -,
 lid d pelo I f t D H i                                   ã                     l
 seguido de muitos outros heróis da história portuguesa (Vasco da Gama, Pedro
 Álvares Cabral - que descobriu o Brasil - Fernão Magalhães - que atravessou o
 Pacífico em 1520 -, o escritor Camões e muitos outros)
                                                  outros).
 Visto da gigantesca Rosa-dos-Ventos, este monumento fascina pela sua
 majestosidade e pelos seus 50 metros de altura, sendo visitado por milhares de
 p
 pessoas todos os anos. Minuciosamente esculpida em p
                                                p         pedra, a Rosa-dos-Ventos (veja
                                                               ,                   ( j
 o painel no topo da página) foi um presente da República da África do Sul e
 percepciona-se melhor do cimo do Padrão dos Descobrimentos, cujo acesso é feito
 pelo elevador situado dentro do edifício. O mapa central, com figuras de galeões e
 sereias desenhadas, mostra as rotas das descobertas concretizadas nos séculos XV e
 XVI.
 Este monumento situa-se em Belém, mesmo na margem do rio Tejo, numa área única
 e é particularmente impressionante à luz do pôr do sol [1]
                                              pôr-do-sol.

 [1]   Texto apresentado em http://www.strawberryworld-lisbon.com/lisboa/places/discoveries.html [acedido a 15 de Outubro de 2007].
Descrição da imagem: exemplo(3)
      ç         g        p



                    Possível <long tag> com base em C:

                    Tem a forma de uma caravela e, na sua
                    p
                    proa, destaca-se a figura do infante D.
                                         g
                    Henrique, com uma pequena caravela
                    nas mãos. De cada lado do monumento
                    estão as estátuas de algumas das mais
                    relevantes figuras de nossa história.
Descrição da imagem (1)
      ç         g


 O ângulo captado pela objectiva expôs alguns pormenores (não
 referidos na descrição) e escondeu outros (referenciados na
 descrição).

 Esta questão faz-nos reflectir sobre o que efectivamente se deve
 descrever e quem o deve fazer.

 Quem tem conhecimentos “para além” do que se vê pode explicar
 o que objectivamente se vê e o que não se vê. O produto final
 poderá ser uma “história” e não uma descrição.
                 história            descrição


     “Dar demais é tão grave quanto não di
     “D d     i    tã            t   ã dizer o suficiente.”
                                                 fi i t ”
Descrição da imagem (2)
      ç         g



   Uma descrição deverá focalizar apenas o que é importante
   no contexto em que se insere a imagem.

   É necessário encontrar uma medida de profundidade da
   pormenorização.

   Essa medida só é encontrada com sensibilidade e bom
   senso aliados a técnicas específicas para o efeito.
“Ouvir com os olhos”

 Como os s/Surdos “ouvem” sons…

   - Vêem-nos no recorte dos lábios - leitura labial;

   - nos gestos do rosto e do corpo - expressão corporal;

   - na língua gestual - tridimensional e holística;

   - na memória d sons anteriormente ouvidos ou apropriados
            ó i de             i        id            i d
   através de um “ouvir cultural”.
Interpretação do som
     p    ç


 Legendagem segue os preceitos da descrição de imagem.

   - Contexto onde se insere;

   - Significado na interacção com os restantes signos;

   - Associação com imagens ou outros sons;

   - Do seu valor comunicativo.
Lêr o som


   Conteudos complementados com LGP;

   Legendagem apropriada;

   Técnicas da linguagem fílmica;

   Textos simples e claros, contrastantes com o fundo.
Legendas
  g


  Informações sobre:

  - O que se diz (legendas das falas)

  - Como se diz (icones emotivos, explicação de informação
  paralinguística)

  - Quem diz (diferentes cores ou alinhamentos para identificar
  falantes)


           Sincronização entre imagens e legendas.
Reflexão final...



             Só se aprende a fazer “fazendo”
                    p
         e só se sabe o que fazer e como fazer
                quando se “faz COM …
                            faz COM”…
           com quem faz e com quem utiliza,
                com verdadeira partilha
        e com a sempre essencial sensibilidade
                     e bom senso
                           senso.
Manuela Francisco              Josélia Neves
manuela.francisco@ipleiria.pt   joselia@esel.ipleiria.pt

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Consideracoes Para Uma Comunicacao Online Inclusiva

  • 1. II Conferência Internacional Media for All, Leiria, 2007 Considerações para uma Comunicação Online Inclusiva: ad descrição de imagem e som em contextos educativos online. i ã d i t t d ti li Manuela Francisco Josélia Neves manuela.francisco@ipleiria.pt l f i @i l i i t joselia@esel.ipleiria.pt j li @ li l ii t
  • 2. Acessíveis a “Todos” “todos aqueles que se proponham fazer o curso, independentemente da sua condição motora e/ou sensorial”. Enfoque da Acção: Integração, em igualdade de circunstâncias, de pessoas com condicionalismos sensoriais.
  • 3. “Todos” no contexto português p g População residente – 10 356 117 p ç População c/ deficiência 636 059 p ç Fonte: Censos 2001
  • 4. Principais Barreiras p Material de carácter textual, potencialmente complexo em termos de legibilidade e leiturabilidade; Estrutura complexa, de difícil navegação e com inúmeras inconsistências; Pouca adequação a aprendentes com fraca mobilidade ou baixa visão e que não utilizem o rato para navegar; Materiais M t i i multimédia vedados a pessoas com li it õ lti édi d d limitações motoras ou sensoriais.
  • 5. Soluções (1) ç Assegurar uma fácil navegabilidade a todos os níveis; Garantir máxima leiturabilidade através de uma linguagem clara e objectiva, potenciadora de uma proximidade dialogante com o aprendente; di l t d t Assegurar o uso apropriado e consistente de grafismos, ícones e outros elementos visuais; Garantir que todos os gráficos, imagens e il t õ contêm G ti t d áfi i ilustrações tê uma versão equivalente em formato verbal;
  • 6. Soluções (2) ç Criar documentos em formatos de leitura acessível; Assegurar uma boa utilização de cores e contrastes no design gráfico; Incluir materiais em formato alternativo, vídeo e áudio; Ter consciência das limitações de leitores de ecrã perante textos fora do comum, com caracteres estranhos ou abreviaturas. b i t
  • 7. Como... “Ver com os ouvidos e ouvir com os olhos”
  • 8. “Ver com os ouvidos” A maioria dos utilizadores com baixa visão ou cegueira utilizam leitores de ecrã. Independentemente da motivação do uso das imagens, é fundamental que cada utilizador se questione sobre a pertinência/utilidade de cada imagem no contexto em que se integra. Grande parte do software e ferramentas disponíveis nos LMS apresentam campos para texto alternativo.
  • 9. Texto alternativo Considera-se texto alternativo: <long tag> neste formato o texto que descreve uma imagem ou gráfico poderá não estar visível, sendo apenas lido por leitores de ecrã ou quando convertido para formato TXT. <alt text> é um formato de texto complementar, visível ou não. Por norma este campo está associado á passagem do cursor sobre a imagem, sendo lido também por leitores de ecrã.
  • 10. Leitura da imagem (1) g Algumas teorias: - Maldonado (1977) considera que existe um percurso obrigatório para a leitura de imagens; - Tardy (1964) considera que essa leitura é sempre feita no sentido do movimento dos ponteiros do relógio; - Lindekens (1971) considera que a leitura de uma imagem segue o padrão da leitura do texto escrito; - Lyotard (1979) defende que essa leitura dependerá da cultura e sensibilidade de quem o faz. q
  • 11. Leitura da imagem (2) g Neste contexto, partilhamos a opinião de: Vilches (1984) ao considerar que cada leitura da uma imagem é “uma” leitura possível. uma Berger (1972) ao afirmar que cada imagem representa uma B fi d i t forma de ver, mas a nossa percepção ou apreciação de uma i imagem dependem, acima de tudo, da nossa própria d d i d t d d ó i forma de ver;
  • 12. Leitura da imagem (3) g Conscientes da dificuldade em encontrar neutralidade e objectividade, alertamos para: A necessidade em estabelecer criteriosamente o objectivo da utilização de determinada imagem e quais os elementos dessa imagem que cumprem esse objectivo. Esse objectivo ditará o relevo a dar a determinados co po e tes componentes dessa imagem, orientando a “melhor forma age , o e ta do e o o a de ver” e auxiliará na escolha da linguagem mais adequada à sua descrição.
  • 13. Descrição da imagem: exemplo(1) ç g p Texto A: Padrão dos Descobrimentos Texto B: Padrão dos Descobrimentos em Lisboa Texto C: Tem a forma de uma caravela e, na sua proa, proa destaca-se a figura do infante D. Henrique, D Henrique com uma pequena caravela nas mãos. De cada lado do monumento estão as estátuas de algumas das mais relevantes figuras de nossa história. À frente do padrão, no chão, está desenhada uma enorme rosa dos ventos e um p planisfério, que p , q permite ver as rotas dos portugueses[1]. [1] Texto apresentado em http://galerias.escritacomluz.com/christiano/PadraodosDescobrimentos [acedido a 15 de Outubro de 2007].
  • 14. Descrição da imagem: exemplo(2) ç g p Texto D: O Padrão dos Decobrimentos foi inaugurado em 1960, aquando das celebrações dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique (Henrique O Navegador). Evoca claramente a expansão marítima e foi desenhado na forma de uma caravela, liderada l Infante D. Henrique - que segura numa mão uma pequena caravela -, lid d pelo I f t D H i ã l seguido de muitos outros heróis da história portuguesa (Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral - que descobriu o Brasil - Fernão Magalhães - que atravessou o Pacífico em 1520 -, o escritor Camões e muitos outros) outros). Visto da gigantesca Rosa-dos-Ventos, este monumento fascina pela sua majestosidade e pelos seus 50 metros de altura, sendo visitado por milhares de p pessoas todos os anos. Minuciosamente esculpida em p p pedra, a Rosa-dos-Ventos (veja , ( j o painel no topo da página) foi um presente da República da África do Sul e percepciona-se melhor do cimo do Padrão dos Descobrimentos, cujo acesso é feito pelo elevador situado dentro do edifício. O mapa central, com figuras de galeões e sereias desenhadas, mostra as rotas das descobertas concretizadas nos séculos XV e XVI. Este monumento situa-se em Belém, mesmo na margem do rio Tejo, numa área única e é particularmente impressionante à luz do pôr do sol [1] pôr-do-sol. [1] Texto apresentado em http://www.strawberryworld-lisbon.com/lisboa/places/discoveries.html [acedido a 15 de Outubro de 2007].
  • 15. Descrição da imagem: exemplo(3) ç g p Possível <long tag> com base em C: Tem a forma de uma caravela e, na sua p proa, destaca-se a figura do infante D. g Henrique, com uma pequena caravela nas mãos. De cada lado do monumento estão as estátuas de algumas das mais relevantes figuras de nossa história.
  • 16. Descrição da imagem (1) ç g O ângulo captado pela objectiva expôs alguns pormenores (não referidos na descrição) e escondeu outros (referenciados na descrição). Esta questão faz-nos reflectir sobre o que efectivamente se deve descrever e quem o deve fazer. Quem tem conhecimentos “para além” do que se vê pode explicar o que objectivamente se vê e o que não se vê. O produto final poderá ser uma “história” e não uma descrição. história descrição “Dar demais é tão grave quanto não di “D d i tã t ã dizer o suficiente.” fi i t ”
  • 17. Descrição da imagem (2) ç g Uma descrição deverá focalizar apenas o que é importante no contexto em que se insere a imagem. É necessário encontrar uma medida de profundidade da pormenorização. Essa medida só é encontrada com sensibilidade e bom senso aliados a técnicas específicas para o efeito.
  • 18. “Ouvir com os olhos” Como os s/Surdos “ouvem” sons… - Vêem-nos no recorte dos lábios - leitura labial; - nos gestos do rosto e do corpo - expressão corporal; - na língua gestual - tridimensional e holística; - na memória d sons anteriormente ouvidos ou apropriados ó i de i id i d através de um “ouvir cultural”.
  • 19. Interpretação do som p ç Legendagem segue os preceitos da descrição de imagem. - Contexto onde se insere; - Significado na interacção com os restantes signos; - Associação com imagens ou outros sons; - Do seu valor comunicativo.
  • 20. Lêr o som Conteudos complementados com LGP; Legendagem apropriada; Técnicas da linguagem fílmica; Textos simples e claros, contrastantes com o fundo.
  • 21. Legendas g Informações sobre: - O que se diz (legendas das falas) - Como se diz (icones emotivos, explicação de informação paralinguística) - Quem diz (diferentes cores ou alinhamentos para identificar falantes) Sincronização entre imagens e legendas.
  • 22. Reflexão final... Só se aprende a fazer “fazendo” p e só se sabe o que fazer e como fazer quando se “faz COM … faz COM”… com quem faz e com quem utiliza, com verdadeira partilha e com a sempre essencial sensibilidade e bom senso senso.
  • 23. Manuela Francisco Josélia Neves manuela.francisco@ipleiria.pt joselia@esel.ipleiria.pt