SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 33
Descargar para leer sin conexión
UNIDADE 2 – A AÇÃO E OS VALORES
Capítulo 1 – A ação humana – Análise e
compreensão do agir
A ação humana
O QUE É UMA AÇÃO? QUE CARATERÍSTICAS
DEVE TER UMA COISA PARA SER
CONSIDERADA UMA AÇÃO.
A ação humana
Uma ação tem de ser um acontecimento.
Um acontecimento é algo que se verifica num certo momento
e num certo lugar. Em linguagem mais técnica, é um evento
espácio-temporalmente enquadrado. Imaginemos que o João
decide ir à praia. Tem de ir a uma praia situada num certo lugar
– Vilamoura no Algarve, Portinho da Arrábida em Setúbal ou
Praia do Castelo na Costa da Caparica – e num determinado
momento normalmente no verão, de manhã ou de tarde.‒
Ficaríamos muito surpreendidos se João dissesse que foi a uma
praia em momento algum e que não ficasse em lado nenhum.
A ação humana
1 – Uma ação é um acontecimento mas nem todos os
acontecimentos são ações.
Todas as ações são acontecimentos, ou seja, são coisas
que acontecem num dado momento e num certo
lugar. Assim, ir à praia é um acontecimento porque
vamos a uma praia num determinado local e em dado
momento – normalmente no verão, de manhã ou de
tarde. Mas nem tudo o que acontece é uma ação, ou
seja, se todas as ações são acontecimentos nem todos
os acontecimentos são ações. Um furacão é um
acontecimento, mas não é uma ação.
A ação humana
2 Uma ação é algo que envolve um agente mas‒
nem tudo o que envolve um agente é uma ação.
O que distingue a proposição João foi à praia da
proposição João sofreu um ataque cardíaco? A
primeira proposição fala-nos de algo que
alguém fez. A segunda de algo que
simplesmente aconteceu a alguém. Uma ação é
um acontecimento que envolve um agente (o
sujeito de uma ação).
A ação humana
3 – Uma ação é algo que um agente faz acontecer, mas
nem tudo o que fazemos é uma ação.
Uma ação é algo que acontece por iniciativa do sujeito
nela envolvido. Ir à praia é algo que João faz
acontecer, mesmo que não o deseje (é de má vontade
que obedece àordem do pai para se juntar à família).
Sofrer um ataque cardíaco é algo que acontece no
organismo do João, mas não resulta de vontade sua.
No primeiro caso, não diremos que João foi à praia
por vontade do pai. Foi algo que ele fez. Seja qual for
o motivo, por gosto ou por obrigação, ir à praia foi
algo que ele fez.
A ação humana
4 – Uma ação é algo que intencionalmente fazemos com
que aconteça
Imaginemos que, inadvertidamente, escorrego numa
casca de banana e acabo por entornar uma garrafa de
Coca-Cola em cima do livro de um colega que
estudava comigo no bar da escola. Sujar o livro do
colega foi algo que eu fiz. Mas será isto uma ação?
Não, porque não tive intenção de sujar o livro do meu
colega, não o fiz de propósito. Estamos perante algo
que eu fiz sem querer e assim sendo o livro foi
estragado pelo que me aconteceu e não
propriamente por mim.
A ação humana
Definição de ação
Uma ação é um acontecimento desencadeado
pela vontade e intenção de um agente. Não é
um simples acontecimento, não é
simplesmente algo que um agente faz, é algo
que um agente faz acontecer intencional ou
propositadamente.
A ação humana
Um exemplo de ação
Vou à farmácia comprar uma embalagem de
aspirinas porque me dói bastante a cabeça.
A dor de cabeça é algo que me acontece, mas ir
à farmácia comprar o medicamento é algo
que eu faço acontecer porque quero tratar a
dor de cabeça. Vou à farmácia com esse
propósito e por esse motivo.
A ação humana
A rede concetual da ação
A rede concetual da ação é o conjunto de
conceitos que usados nas frases que descrevem
e explicam ações nos permitem compreender e
explicar as ações. Os conceitos mais
importantes a este respeito são conceitos
como motivo, intenção, deliberação, decisão,
crença, desejo e consequência.
A ação humana
Ação
Ir à farmácia comprar um medicamento para
tratar uma dor de cabeça.
1 – Deliberação
Antecede habitualmente a decisão e consiste em
ponderar diferentes possibilidades de ação
Ex.: Devo ir à farmácia ou não? Será que não há
alguém que possa ir por mim? A aspirina não irá
fazer-me mal ao estômago? Se calhar isto passa
sem tomar medicamentos, dormindo um pouco.
A ação humana
Ação
Ir à farmácia comprar um medicamento para
tratar uma dor de cabeça.
2 – Decisão
Momento em que se escolhe uma das alternativas ou
possibilidades de ação, preferindo uma delas.
Ex.: Vou à farmácia. Esta dor de cabeça tem de ser
tratada com medicamento e não vou poder dormir.
A ação humana
Ação
Ir à farmácia comprar um medicamento para
tratar uma dor de cabeça.
3 – Intenção
Trata-se do que pretendo com a ação. Neste caso,
a intenção é tratar uma dor de cabeça.
Quando perguntamos «O que quer fazer aquele
que age?», referimo-nos à intenção, ao que o
agente pretende ser ou fazer.
A INTENÇÃO
A intenção é o propósito ou o objectivo da
ação.
Alguém escorrega e deixa cair a comida do
tabuleiro em cima dos livros de um colega,
danificando-os. Quem fez isto pode alegar que
não tinha a intenção – que não era seu
propósito ou objetivo – causar esses estragos.
Se não há intenção então não há ação, não há
agente.
INTENÇÕES, DESEJOS E CRENÇAS
As intenções são estados mentais frequentemente associados
a outros estados psicológicos que são as crenças e os desejos
do agente. O desejo de que o meu filho aprenda inglês é
condição necessária para ter a intenção de fazer tal inscrição.
Mas não chega, não é condição suficiente para explicar a ação.
Com efeito, há outros institutos onde inscrever o meu filho
para aprender Inglês. Aqui entra em jogo outro factor
psicológico: a crença ou convicção.
É por acreditar que a melhor forma de aprender Inglês é
inscrever o meu filho no Instituto Britânico que opto por fazê-
lo em vez de o matricular noutros institutos.
A ação humana
Ação
Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar
uma dor de cabeça.
4 – O motivo
O porquê ou a razão de ser da ação.
«Por que razão quero ir à farmácia comprar um
medicamento para tratar uma dor de cabeça?» A
resposta apresentar-nos-á o motivo dessa decisão,
tomando-a compreensível. O motivo pode ser
acabar com o desconforto físico e poder trabalhar
em melhores condições.
A ação humana
As condicionantes da ação
Entende-se por condicionantes da ação:
1 – Os limites que fatores internos e externos
impõe à nossa ação.
2 – As possibilidades que fatores externos e
internos conferem às nossas ações.
A ação humana
Condicionantes físicas, biológicas e psíquicas
A nossa constituição genética impõe-nos limites:
não podemos voar como algumas aves, não
podemos viver dentro de água como os peixes e
se nascermos com mãos pequenas e baixa
estatura é quase impossível ser jogador da NBA.
Mas somos dotados de inteligência e
criatividade, que nos permitem voar de avião e
passar bastante tempo debaixo de água.
A ação humana – As suas condicionantes
AS CONDICIONANTES BIOLÓGICAS
Somos seres com um programa genético aberto e
flexível.
Programa genético aberto – Programa constituído por um
conjunto de genes que não determinam de forma
absolutamente rígida caraterísticas e comportamentos.
Programa genético fechado – Programa constituído por
um conjunto de instruções genéticas que controlam de
forma muito rígida quase todos os aspectos do
comportamento de um ser, deixando pouco espaço
para que as relações com o meio exerçam a sua
influência.
A ação humana – As suas condicionantes
Somos seres com um programa genético aberto e
flexível.
Imagine que a maioria dos nossos comportamentos são
biologicamente herdados, como se fôssemos abelhas.
Quanto mais comportamentos herdamos por via
biológica menos comportamentos podemos
aprender. Sabemos que as abelhas apresentam
comportamentos muito complexos mas são os únicos
que pode realizar porque quase toda a sua conduta
está determinada geneticamente. O ser humano não
está submetido ao determinismo biológico.
A ação humana – As suas condicionantes
Somos seres com um programa genético aberto e flexível.
Dependemos mais do que fazemos com o que nos é dado
do que do que nos é dado. A relativa indeterminação
biológica, o facto de os nossos comportamentos não
serem rigidamente controlados pela nossa herança
genética, abre ao ser humano a possibilidade de
autodeterminação, e torna-o essencialmente uma
criatura social e cultural. Inacabados e desprotegidos
pela natureza, cabe aos seres humanos completar o seu
projeto por si próprios, usando a razão e a reflexão, que
só eles têm.
A ação humana – As suas condicionantes
No ser humano, a adaptação cultural prevaleceu ao
longo da história sobre a adaptação biológica. Graças
à cultura, o homem pode adaptar-se modificando o
seu próprio meio e não simplesmente ajustando-se a
ele. Quando, graças à cultura, o ser humano modifica
o seu meio de modo a torná-lo mais favorável no que
respeita à satisfação das suas necessidades ou à sua
sobrevivência, diz-se que a cultura tem uma função
adaptativa. Trata-se de uma adaptação criativa e
inventiva. Enquanto, por exemplo, as outras espécies
animais adaptam o seu corpo ao alimento que podem
consumir, o ser humano adaptou o alimento ao seu
corpo e assim se tornou omnívoro.
A ação humana – As suas condicionantes
Não nos adaptamos a um determinado meio como
uma chave se adapta a uma fechadura.
Transformamos o meio mediante a nossa
imaginação e as nossas capacidades de raciocínio e
de reflexão. Somos «programados para aprender».
Temos, em comparação com os outros animais, a
possibilidade de agir segundo normas e padrões de
comportamento aprendidos, de modificar as
aprendizagens efetuadas. Assim, há em nós um
reduzido conjunto de comportamentos de base
instintiva e estereotipada.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes psicológicas
As nossas ações também dependem das nossas
caraterísticas psicológicas.
Se decido deixar de fumar, a realização dessa
decisão – a ação de deixar de fumar – vai depender
em parte da minha força de vontade, capacidade de
persistência e grau de motivação.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
Para aprender e desenvolver a capacidade de
adaptação, não basta um programa genético aberto
ouum cérebro complexo. Isso é necessário mas não
suficiente. É necessário um meio que ensine e
permita aprender. Esse meio são as outras pessoas.
Estas atuam sobre cada indivíduo desde que nasce
– e mesmo antes. Através delas e do que
transmitem e ensinam, o indivíduo biologicamente
muito indeterminado quanto à sua conduta,
aprenderá a comportar-se de acordo com o que o
grupo social exige.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A ação humana depende do contexto cultural e social em
que se realiza.
Posso querer casar com quatro mulheres, mas as leis e
costumes do meu país não o permitem. Posso desejar
ficar com todo o rendimento do meu trabalho, mas as
leis em vigor exigem que pague impostos sobre
rendimentos. Uma mulher poderia querer participar na
vida política do seu país há 70 anos, mas não tinha
como agora o direito de votar ou de ser eleita.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (1)
É um constante processo de aprendizagem que nos
torna relativamente sociáveis, nos integra num meio
sociocultural e nos faz pertencer a vários grupos. Vários
agentes sociais (família, escola, grupos de pares, meios
de comunicação social e outras instituições) participam
nesse longo processo de aprendizagem e de adaptação.
Aprendemos a ser humanos, a viver em sociedade, a
interiorizar atitudes, comportamentos, valores e
normas, em suma, os elementos culturais do ambiente
social em que crescemos e somos educados.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (2)
Mediante esse processo, aprendemos a ler, a escrever, a
falar, a distinguir alimentos comestíveis de não comestíveis
e a consumi-los de certas formas. Criamos laços afetivos.
Adquirimos conhecimentos sobre o mundo e sobre o que é
moralmente certo e errado. Aprendemos uma profissão.
Tomamos consciência de que as regras e leis a que temos de
obedecer impõem limites aos nossos impulsos, mas também
nos protegem dos impulsos dos outros. Compreendemos
que sem um certo grau de obediência e de conformismo é
necessário para uma vida social minimamente estável, que
não é desejável que tudo o que é possível seja por isso
mesmo permitido.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (3)
Os outros exercem uma poderosa influência sobre
nós, tanto mais que chegamos ao mundo
completamente dependentes e sem competências
para vivermos por nós mesmos. Mas será que
somos o que os outros fazem de nós? Será que
pessoas educadas e criadas no mesmo meio são
necessariamente iguais?
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (4)
Socializar não é «programar socialmente» um
indivíduo, como se fôssemos totalmente
determinados pelo que nos transmitem.
Também somos agentes da nossa própria
socialização, ou seja, indivíduos socialmente
ativos. Não nos limitamos a guardar o que nos é
transmitido. Reagimos, protestamos, propomos
mudanças, inovamos.
A ação humana – As suas condicionantes
As condicionantes socioculturais
A SOCIALIZAÇÃO (5)
Cada um de nós é ao mesmo tempo natureza,
sociedade e cultura. Somos o que nos deram (o
que herdamos por via genética), somos o que
fizeram de nós (mediante a transmissão social) e
somos o que fizemos e fazemos de nós
(mediante as nossas experiências e o modo
como reagimos à influência dos outros).
A ação humana – As suas condicionantes
Investigadores estudaram uma família composta por duas raparigas, um
rapaz e respetivos pais. A mãe sofria de esquizofrenia paranoide,
estando convencida de que um dos membros da família procurava
envenená-la. Só fazia as refeições em restaurantes. Uma das filhas
desenvolveu temores semelhantes, recusando-se a comer a não ser em
restaurantes. A outra rapariga somente comia em casa se o pai estivesse
presente. Licenciou-se e levou uma vida normal. O rapaz não padeceu
destes temores familiares. Desde a idade dos sete anos sempre fez as
refeições em casa não mostrando quaisquer sinais de ansiedade.
Licenciou-se e seguiu uma carreira profissional bem sucedida. Pessoas
que crescem em meios semelhantes desenvolvem-se de modo
diferente.
A ação humana – As suas condicionantes
Não somos simplesmente o que herdámos. Não
somos simplesmente o que nos ensinaram. Não
somos unicamente o resultado das nossas
experiências pessoais. Somos a resposta,
positiva ou negativa, a todos esses fatores. Seja
qual for o instrumento e seja quem for que o dê
(a genética ou a transmissão cultural), a música
depende normalmente do intérprete.
MAS SERÁ QUE É MESMO ASSIM?
Não estarão estas crenças erradas?

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Ação humana - trabalho 1
Ação humana - trabalho 1Ação humana - trabalho 1
Ação humana - trabalho 1Isaque Tomé
 
Seb filosofia 11_resumos_10_ano
Seb filosofia 11_resumos_10_anoSeb filosofia 11_resumos_10_ano
Seb filosofia 11_resumos_10_anoIsabel Moura
 
A ação humana (issuu)1
A ação humana (issuu)1A ação humana (issuu)1
A ação humana (issuu)1Leonidia Afm
 
Filosofia 2 (de acordo com manual "Pensar Azul")
Filosofia 2 (de acordo com manual "Pensar Azul")Filosofia 2 (de acordo com manual "Pensar Azul")
Filosofia 2 (de acordo com manual "Pensar Azul")Jorge Barbosa
 
Conceitos ação
Conceitos açãoConceitos ação
Conceitos açãoFilazambuja
 
Liberdade ou determinismo
Liberdade ou determinismoLiberdade ou determinismo
Liberdade ou determinismoJulia Martins
 
Determinismo_radical
Determinismo_radicalDeterminismo_radical
Determinismo_radicalIsabel Moura
 
Determinismo e Liberdade (de acordo c/ manual "Pensar Azul")
Determinismo e Liberdade (de acordo c/ manual "Pensar Azul")Determinismo e Liberdade (de acordo c/ manual "Pensar Azul")
Determinismo e Liberdade (de acordo c/ manual "Pensar Azul")Jorge Barbosa
 
Liberdade na ação humana
Liberdade na ação humanaLiberdade na ação humana
Liberdade na ação humanaAidaCunha73
 
Acção humana textoscomplementares
Acção humana textoscomplementaresAcção humana textoscomplementares
Acção humana textoscomplementaresbeatriz9911
 
O que é livre arbítrio
O que é livre arbítrioO que é livre arbítrio
O que é livre arbítrioHelio Cruz
 
Determinismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humanaDeterminismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humanaHelena Serrão
 
Determinismo_moderado
Determinismo_moderadoDeterminismo_moderado
Determinismo_moderadoIsabel Moura
 

La actualidad más candente (20)

Ação humana - trabalho 1
Ação humana - trabalho 1Ação humana - trabalho 1
Ação humana - trabalho 1
 
Seb filosofia 11_resumos_10_ano
Seb filosofia 11_resumos_10_anoSeb filosofia 11_resumos_10_ano
Seb filosofia 11_resumos_10_ano
 
Ação humana
Ação humanaAção humana
Ação humana
 
D3 mc rede accao
D3 mc rede accaoD3 mc rede accao
D3 mc rede accao
 
Rede Concetual da Ação
Rede Concetual da AçãoRede Concetual da Ação
Rede Concetual da Ação
 
A ação humana (issuu)1
A ação humana (issuu)1A ação humana (issuu)1
A ação humana (issuu)1
 
Filosofia 2 (de acordo com manual "Pensar Azul")
Filosofia 2 (de acordo com manual "Pensar Azul")Filosofia 2 (de acordo com manual "Pensar Azul")
Filosofia 2 (de acordo com manual "Pensar Azul")
 
Conceitos ação
Conceitos açãoConceitos ação
Conceitos ação
 
Intermedio
IntermedioIntermedio
Intermedio
 
Liberdade ou determinismo
Liberdade ou determinismoLiberdade ou determinismo
Liberdade ou determinismo
 
Determinismo_radical
Determinismo_radicalDeterminismo_radical
Determinismo_radical
 
Determinismo e Liberdade (de acordo c/ manual "Pensar Azul")
Determinismo e Liberdade (de acordo c/ manual "Pensar Azul")Determinismo e Liberdade (de acordo c/ manual "Pensar Azul")
Determinismo e Liberdade (de acordo c/ manual "Pensar Azul")
 
Liberdade na ação humana
Liberdade na ação humanaLiberdade na ação humana
Liberdade na ação humana
 
Liberdade e determinismo
Liberdade  e determinismoLiberdade  e determinismo
Liberdade e determinismo
 
Acção humana textoscomplementares
Acção humana textoscomplementaresAcção humana textoscomplementares
Acção humana textoscomplementares
 
O que é livre arbítrio
O que é livre arbítrioO que é livre arbítrio
O que é livre arbítrio
 
Determinismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humanaDeterminismo e liberdade_na_acao_humana
Determinismo e liberdade_na_acao_humana
 
Determinismo_moderado
Determinismo_moderadoDeterminismo_moderado
Determinismo_moderado
 
Determinismo
DeterminismoDeterminismo
Determinismo
 
O Libertismo
O LibertismoO Libertismo
O Libertismo
 

Destacado

A ética no séc.XXI
A ética no séc.XXIA ética no séc.XXI
A ética no séc.XXICamila Pita
 
Valores E Cultura Ufcd4
Valores E Cultura Ufcd4Valores E Cultura Ufcd4
Valores E Cultura Ufcd4guestf69e28
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervosoLuis Torre
 
A Geologia e a Ação Humana Final
A Geologia e a Ação Humana FinalA Geologia e a Ação Humana Final
A Geologia e a Ação Humana FinalProfMario De Mori
 
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoDeterminismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoAntónio Daniel
 
Microsoft power point valores e cultura[1]
Microsoft power point   valores e cultura[1]Microsoft power point   valores e cultura[1]
Microsoft power point valores e cultura[1]Julia Martins
 
Interferência do homem no ecossistema
Interferência do homem no ecossistemaInterferência do homem no ecossistema
Interferência do homem no ecossistemaAngela Boucinha
 
Impactos ambientais causas e consequências
Impactos ambientais causas e consequênciasImpactos ambientais causas e consequências
Impactos ambientais causas e consequênciasCharlles Moreira
 
Respuestas motoras y glandulares, Actos involuntarios: acto y arco reflejo, ...
Respuestas motoras y glandulares,Actos involuntarios: acto y arco reflejo,...Respuestas motoras y glandulares,Actos involuntarios: acto y arco reflejo,...
Respuestas motoras y glandulares, Actos involuntarios: acto y arco reflejo, ...PromoRoja
 
EL SISTEMA NERVIOSO DE VERTEBRADO E INVERTEBRADOS
EL SISTEMA NERVIOSO DE VERTEBRADO E INVERTEBRADOSEL SISTEMA NERVIOSO DE VERTEBRADO E INVERTEBRADOS
EL SISTEMA NERVIOSO DE VERTEBRADO E INVERTEBRADOSclasebiologia_1bach
 
Impactos do homem sobre o meio ambiente
Impactos do homem sobre o meio ambienteImpactos do homem sobre o meio ambiente
Impactos do homem sobre o meio ambientelaiszanatta
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresInesTeixeiraDuarte
 
Apresentação paisagem natural x humanizada
Apresentação paisagem natural x humanizadaApresentação paisagem natural x humanizada
Apresentação paisagem natural x humanizadaRoberta Piozzi
 
Impacto da ação humana no meio ambiente
Impacto da ação humana no meio ambienteImpacto da ação humana no meio ambiente
Impacto da ação humana no meio ambienteacrlessa
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Lurdes Augusto
 

Destacado (19)

A ética no séc.XXI
A ética no séc.XXIA ética no séc.XXI
A ética no séc.XXI
 
Valores E Cultura Ufcd4
Valores E Cultura Ufcd4Valores E Cultura Ufcd4
Valores E Cultura Ufcd4
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
1 el cuerpo humano
1 el cuerpo humano1 el cuerpo humano
1 el cuerpo humano
 
A Geologia e a Ação Humana Final
A Geologia e a Ação Humana FinalA Geologia e a Ação Humana Final
A Geologia e a Ação Humana Final
 
Paisagens naturais e transformadas
Paisagens naturais e transformadasPaisagens naturais e transformadas
Paisagens naturais e transformadas
 
Deglución
DegluciónDeglución
Deglución
 
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoDeterminismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
 
Microsoft power point valores e cultura[1]
Microsoft power point   valores e cultura[1]Microsoft power point   valores e cultura[1]
Microsoft power point valores e cultura[1]
 
Interferência do homem no ecossistema
Interferência do homem no ecossistemaInterferência do homem no ecossistema
Interferência do homem no ecossistema
 
Valores e cultura
Valores  e culturaValores  e cultura
Valores e cultura
 
Impactos ambientais causas e consequências
Impactos ambientais causas e consequênciasImpactos ambientais causas e consequências
Impactos ambientais causas e consequências
 
Respuestas motoras y glandulares, Actos involuntarios: acto y arco reflejo, ...
Respuestas motoras y glandulares,Actos involuntarios: acto y arco reflejo,...Respuestas motoras y glandulares,Actos involuntarios: acto y arco reflejo,...
Respuestas motoras y glandulares, Actos involuntarios: acto y arco reflejo, ...
 
EL SISTEMA NERVIOSO DE VERTEBRADO E INVERTEBRADOS
EL SISTEMA NERVIOSO DE VERTEBRADO E INVERTEBRADOSEL SISTEMA NERVIOSO DE VERTEBRADO E INVERTEBRADOS
EL SISTEMA NERVIOSO DE VERTEBRADO E INVERTEBRADOS
 
Impactos do homem sobre o meio ambiente
Impactos do homem sobre o meio ambienteImpactos do homem sobre o meio ambiente
Impactos do homem sobre o meio ambiente
 
Filosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os ValoresFilosofia 10º Ano - Os Valores
Filosofia 10º Ano - Os Valores
 
Apresentação paisagem natural x humanizada
Apresentação paisagem natural x humanizadaApresentação paisagem natural x humanizada
Apresentação paisagem natural x humanizada
 
Impacto da ação humana no meio ambiente
Impacto da ação humana no meio ambienteImpacto da ação humana no meio ambiente
Impacto da ação humana no meio ambiente
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca
 

Similar a A acção humana a sua natureza e as suas condicionantes

Há um juiz chamado tempo que coloca todos em seu lugar
Há um juiz chamado tempo que coloca todos em seu lugarHá um juiz chamado tempo que coloca todos em seu lugar
Há um juiz chamado tempo que coloca todos em seu lugarO Caminho Do Coração
 
Humanismo x Behaviorismo
Humanismo x BehaviorismoHumanismo x Behaviorismo
Humanismo x Behaviorismomairamatoscosta
 
Humanismo x Behaviorismo
Humanismo x BehaviorismoHumanismo x Behaviorismo
Humanismo x Behaviorismomairamatoscosta
 
Por que não sou um psicólogo cognitivista
Por que não sou um psicólogo cognitivistaPor que não sou um psicólogo cognitivista
Por que não sou um psicólogo cognitivistamairamatoscosta
 
Consciência planetária palestra
Consciência planetária palestraConsciência planetária palestra
Consciência planetária palestraJuliana Medeiros
 
Pensamentos palavras atitudes
Pensamentos palavras atitudesPensamentos palavras atitudes
Pensamentos palavras atitudesAilton Guimaraes
 
Bônus vip rogerio turgante
Bônus vip rogerio turganteBônus vip rogerio turgante
Bônus vip rogerio turganteEvandro Zef
 
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aulaEae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aulaNorberto Scavone Augusto
 
Apostila de filosofia senac 2012
Apostila de filosofia senac 2012Apostila de filosofia senac 2012
Apostila de filosofia senac 2012LuizfmRamos
 
As crenças do homem plástico
As crenças do homem plásticoAs crenças do homem plástico
As crenças do homem plásticoRui Gabriel
 
Os sete hábitos habito n 1 - proatividade
Os sete hábitos   habito n 1 - proatividadeOs sete hábitos   habito n 1 - proatividade
Os sete hábitos habito n 1 - proatividadeJuliana Nonemacher
 
Behaviorismo comportamento respondente
Behaviorismo comportamento respondenteBehaviorismo comportamento respondente
Behaviorismo comportamento respondenteTalita Queiroz
 
Manifesto_Behaviorista_John_B_Watson.pdf
Manifesto_Behaviorista_John_B_Watson.pdfManifesto_Behaviorista_John_B_Watson.pdf
Manifesto_Behaviorista_John_B_Watson.pdfJady Tavares
 

Similar a A acção humana a sua natureza e as suas condicionantes (20)

causas internas x causas externas
causas internas x causas externascausas internas x causas externas
causas internas x causas externas
 
Homowork
HomoworkHomowork
Homowork
 
Há um juiz chamado tempo que coloca todos em seu lugar
Há um juiz chamado tempo que coloca todos em seu lugarHá um juiz chamado tempo que coloca todos em seu lugar
Há um juiz chamado tempo que coloca todos em seu lugar
 
Humanismo x Behaviorismo
Humanismo x BehaviorismoHumanismo x Behaviorismo
Humanismo x Behaviorismo
 
Humanismo x Behaviorismo
Humanismo x BehaviorismoHumanismo x Behaviorismo
Humanismo x Behaviorismo
 
Por que não sou um psicólogo cognitivista
Por que não sou um psicólogo cognitivistaPor que não sou um psicólogo cognitivista
Por que não sou um psicólogo cognitivista
 
Consciência planetária palestra
Consciência planetária palestraConsciência planetária palestra
Consciência planetária palestra
 
Pensamentos palavras atitudes
Pensamentos palavras atitudesPensamentos palavras atitudes
Pensamentos palavras atitudes
 
Bônus vip rogerio turgante
Bônus vip rogerio turganteBônus vip rogerio turgante
Bônus vip rogerio turgante
 
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aulaEae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
 
Os 7 hábitos
Os 7 hábitosOs 7 hábitos
Os 7 hábitos
 
Definição de aprendizagem
Definição de aprendizagemDefinição de aprendizagem
Definição de aprendizagem
 
Ação humana power point
Ação humana power pointAção humana power point
Ação humana power point
 
Apostila de filosofia senac 2012
Apostila de filosofia senac 2012Apostila de filosofia senac 2012
Apostila de filosofia senac 2012
 
Passo 2 2007 1
Passo 2 2007 1Passo 2 2007 1
Passo 2 2007 1
 
As crenças do homem plástico
As crenças do homem plásticoAs crenças do homem plástico
As crenças do homem plástico
 
Os sete hábitos habito n 1 - proatividade
Os sete hábitos   habito n 1 - proatividadeOs sete hábitos   habito n 1 - proatividade
Os sete hábitos habito n 1 - proatividade
 
Treinamento liderança
Treinamento liderançaTreinamento liderança
Treinamento liderança
 
Behaviorismo comportamento respondente
Behaviorismo comportamento respondenteBehaviorismo comportamento respondente
Behaviorismo comportamento respondente
 
Manifesto_Behaviorista_John_B_Watson.pdf
Manifesto_Behaviorista_John_B_Watson.pdfManifesto_Behaviorista_John_B_Watson.pdf
Manifesto_Behaviorista_John_B_Watson.pdf
 

Más de Manuela Santos

Ce org estado democrático
Ce org estado democráticoCe org estado democrático
Ce org estado democráticoManuela Santos
 
A diversidade cultural e social
A diversidade cultural e socialA diversidade cultural e social
A diversidade cultural e socialManuela Santos
 
Noções gerais de genética
Noções gerais de genéticaNoções gerais de genética
Noções gerais de genéticaManuela Santos
 
A internet manual texto editora
A internet manual texto editoraA internet manual texto editora
A internet manual texto editoraManuela Santos
 
Sete maravilhas do mundo
Sete maravilhas do mundoSete maravilhas do mundo
Sete maravilhas do mundoManuela Santos
 
Sistema de governo em portugal
Sistema de governo em portugalSistema de governo em portugal
Sistema de governo em portugalManuela Santos
 

Más de Manuela Santos (10)

Ce org estado democrático
Ce org estado democráticoCe org estado democrático
Ce org estado democrático
 
Fordismo e toyotismo
Fordismo e toyotismoFordismo e toyotismo
Fordismo e toyotismo
 
A diversidade cultural e social
A diversidade cultural e socialA diversidade cultural e social
A diversidade cultural e social
 
Apresentaopsicanlise
ApresentaopsicanliseApresentaopsicanlise
Apresentaopsicanlise
 
Noções gerais de genética
Noções gerais de genéticaNoções gerais de genética
Noções gerais de genética
 
626 constituição
626 constituição626 constituição
626 constituição
 
A internet manual texto editora
A internet manual texto editoraA internet manual texto editora
A internet manual texto editora
 
Mudança e inovacao
Mudança e inovacaoMudança e inovacao
Mudança e inovacao
 
Sete maravilhas do mundo
Sete maravilhas do mundoSete maravilhas do mundo
Sete maravilhas do mundo
 
Sistema de governo em portugal
Sistema de governo em portugalSistema de governo em portugal
Sistema de governo em portugal
 

Último

Caça palavras - BULLYING
Caça palavras  -  BULLYING  Caça palavras  -  BULLYING
Caça palavras - BULLYING Mary Alvarenga
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123JaineCarolaineLima
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderLucliaResende1
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024gilmaraoliveira0612
 
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...Colaborar Educacional
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaBenigno Andrade Vieira
 
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
Verbos -  transitivos e intransitivos.pdfVerbos -  transitivos e intransitivos.pdf
Verbos - transitivos e intransitivos.pdfKarinaSouzaCorreiaAl
 
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...Unidad de Espiritualidad Eudista
 
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfEBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfIBEE5
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)profesfrancleite
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxMarceloDosSantosSoar3
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxLuzia Gabriele
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdfRitoneltonSouzaSanto
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegrafernando846621
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .WAGNERJESUSDACUNHA
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxApresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxtaloAugusto8
 

Último (20)

Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
Caça palavras - BULLYING
Caça palavras  -  BULLYING  Caça palavras  -  BULLYING
Caça palavras - BULLYING
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024
 
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
 
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
Verbos -  transitivos e intransitivos.pdfVerbos -  transitivos e intransitivos.pdf
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
 
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
 
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
 
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfEBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxApresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
 
(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
 

A acção humana a sua natureza e as suas condicionantes

  • 1. UNIDADE 2 – A AÇÃO E OS VALORES Capítulo 1 – A ação humana – Análise e compreensão do agir
  • 2. A ação humana O QUE É UMA AÇÃO? QUE CARATERÍSTICAS DEVE TER UMA COISA PARA SER CONSIDERADA UMA AÇÃO.
  • 3. A ação humana Uma ação tem de ser um acontecimento. Um acontecimento é algo que se verifica num certo momento e num certo lugar. Em linguagem mais técnica, é um evento espácio-temporalmente enquadrado. Imaginemos que o João decide ir à praia. Tem de ir a uma praia situada num certo lugar – Vilamoura no Algarve, Portinho da Arrábida em Setúbal ou Praia do Castelo na Costa da Caparica – e num determinado momento normalmente no verão, de manhã ou de tarde.‒ Ficaríamos muito surpreendidos se João dissesse que foi a uma praia em momento algum e que não ficasse em lado nenhum.
  • 4. A ação humana 1 – Uma ação é um acontecimento mas nem todos os acontecimentos são ações. Todas as ações são acontecimentos, ou seja, são coisas que acontecem num dado momento e num certo lugar. Assim, ir à praia é um acontecimento porque vamos a uma praia num determinado local e em dado momento – normalmente no verão, de manhã ou de tarde. Mas nem tudo o que acontece é uma ação, ou seja, se todas as ações são acontecimentos nem todos os acontecimentos são ações. Um furacão é um acontecimento, mas não é uma ação.
  • 5. A ação humana 2 Uma ação é algo que envolve um agente mas‒ nem tudo o que envolve um agente é uma ação. O que distingue a proposição João foi à praia da proposição João sofreu um ataque cardíaco? A primeira proposição fala-nos de algo que alguém fez. A segunda de algo que simplesmente aconteceu a alguém. Uma ação é um acontecimento que envolve um agente (o sujeito de uma ação).
  • 6. A ação humana 3 – Uma ação é algo que um agente faz acontecer, mas nem tudo o que fazemos é uma ação. Uma ação é algo que acontece por iniciativa do sujeito nela envolvido. Ir à praia é algo que João faz acontecer, mesmo que não o deseje (é de má vontade que obedece àordem do pai para se juntar à família). Sofrer um ataque cardíaco é algo que acontece no organismo do João, mas não resulta de vontade sua. No primeiro caso, não diremos que João foi à praia por vontade do pai. Foi algo que ele fez. Seja qual for o motivo, por gosto ou por obrigação, ir à praia foi algo que ele fez.
  • 7. A ação humana 4 – Uma ação é algo que intencionalmente fazemos com que aconteça Imaginemos que, inadvertidamente, escorrego numa casca de banana e acabo por entornar uma garrafa de Coca-Cola em cima do livro de um colega que estudava comigo no bar da escola. Sujar o livro do colega foi algo que eu fiz. Mas será isto uma ação? Não, porque não tive intenção de sujar o livro do meu colega, não o fiz de propósito. Estamos perante algo que eu fiz sem querer e assim sendo o livro foi estragado pelo que me aconteceu e não propriamente por mim.
  • 8. A ação humana Definição de ação Uma ação é um acontecimento desencadeado pela vontade e intenção de um agente. Não é um simples acontecimento, não é simplesmente algo que um agente faz, é algo que um agente faz acontecer intencional ou propositadamente.
  • 9. A ação humana Um exemplo de ação Vou à farmácia comprar uma embalagem de aspirinas porque me dói bastante a cabeça. A dor de cabeça é algo que me acontece, mas ir à farmácia comprar o medicamento é algo que eu faço acontecer porque quero tratar a dor de cabeça. Vou à farmácia com esse propósito e por esse motivo.
  • 10. A ação humana A rede concetual da ação A rede concetual da ação é o conjunto de conceitos que usados nas frases que descrevem e explicam ações nos permitem compreender e explicar as ações. Os conceitos mais importantes a este respeito são conceitos como motivo, intenção, deliberação, decisão, crença, desejo e consequência.
  • 11. A ação humana Ação Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça. 1 – Deliberação Antecede habitualmente a decisão e consiste em ponderar diferentes possibilidades de ação Ex.: Devo ir à farmácia ou não? Será que não há alguém que possa ir por mim? A aspirina não irá fazer-me mal ao estômago? Se calhar isto passa sem tomar medicamentos, dormindo um pouco.
  • 12. A ação humana Ação Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça. 2 – Decisão Momento em que se escolhe uma das alternativas ou possibilidades de ação, preferindo uma delas. Ex.: Vou à farmácia. Esta dor de cabeça tem de ser tratada com medicamento e não vou poder dormir.
  • 13. A ação humana Ação Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça. 3 – Intenção Trata-se do que pretendo com a ação. Neste caso, a intenção é tratar uma dor de cabeça. Quando perguntamos «O que quer fazer aquele que age?», referimo-nos à intenção, ao que o agente pretende ser ou fazer.
  • 14. A INTENÇÃO A intenção é o propósito ou o objectivo da ação. Alguém escorrega e deixa cair a comida do tabuleiro em cima dos livros de um colega, danificando-os. Quem fez isto pode alegar que não tinha a intenção – que não era seu propósito ou objetivo – causar esses estragos. Se não há intenção então não há ação, não há agente.
  • 15. INTENÇÕES, DESEJOS E CRENÇAS As intenções são estados mentais frequentemente associados a outros estados psicológicos que são as crenças e os desejos do agente. O desejo de que o meu filho aprenda inglês é condição necessária para ter a intenção de fazer tal inscrição. Mas não chega, não é condição suficiente para explicar a ação. Com efeito, há outros institutos onde inscrever o meu filho para aprender Inglês. Aqui entra em jogo outro factor psicológico: a crença ou convicção. É por acreditar que a melhor forma de aprender Inglês é inscrever o meu filho no Instituto Britânico que opto por fazê- lo em vez de o matricular noutros institutos.
  • 16. A ação humana Ação Ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça. 4 – O motivo O porquê ou a razão de ser da ação. «Por que razão quero ir à farmácia comprar um medicamento para tratar uma dor de cabeça?» A resposta apresentar-nos-á o motivo dessa decisão, tomando-a compreensível. O motivo pode ser acabar com o desconforto físico e poder trabalhar em melhores condições.
  • 17. A ação humana As condicionantes da ação Entende-se por condicionantes da ação: 1 – Os limites que fatores internos e externos impõe à nossa ação. 2 – As possibilidades que fatores externos e internos conferem às nossas ações.
  • 18. A ação humana Condicionantes físicas, biológicas e psíquicas A nossa constituição genética impõe-nos limites: não podemos voar como algumas aves, não podemos viver dentro de água como os peixes e se nascermos com mãos pequenas e baixa estatura é quase impossível ser jogador da NBA. Mas somos dotados de inteligência e criatividade, que nos permitem voar de avião e passar bastante tempo debaixo de água.
  • 19. A ação humana – As suas condicionantes AS CONDICIONANTES BIOLÓGICAS Somos seres com um programa genético aberto e flexível. Programa genético aberto – Programa constituído por um conjunto de genes que não determinam de forma absolutamente rígida caraterísticas e comportamentos. Programa genético fechado – Programa constituído por um conjunto de instruções genéticas que controlam de forma muito rígida quase todos os aspectos do comportamento de um ser, deixando pouco espaço para que as relações com o meio exerçam a sua influência.
  • 20. A ação humana – As suas condicionantes Somos seres com um programa genético aberto e flexível. Imagine que a maioria dos nossos comportamentos são biologicamente herdados, como se fôssemos abelhas. Quanto mais comportamentos herdamos por via biológica menos comportamentos podemos aprender. Sabemos que as abelhas apresentam comportamentos muito complexos mas são os únicos que pode realizar porque quase toda a sua conduta está determinada geneticamente. O ser humano não está submetido ao determinismo biológico.
  • 21. A ação humana – As suas condicionantes Somos seres com um programa genético aberto e flexível. Dependemos mais do que fazemos com o que nos é dado do que do que nos é dado. A relativa indeterminação biológica, o facto de os nossos comportamentos não serem rigidamente controlados pela nossa herança genética, abre ao ser humano a possibilidade de autodeterminação, e torna-o essencialmente uma criatura social e cultural. Inacabados e desprotegidos pela natureza, cabe aos seres humanos completar o seu projeto por si próprios, usando a razão e a reflexão, que só eles têm.
  • 22. A ação humana – As suas condicionantes No ser humano, a adaptação cultural prevaleceu ao longo da história sobre a adaptação biológica. Graças à cultura, o homem pode adaptar-se modificando o seu próprio meio e não simplesmente ajustando-se a ele. Quando, graças à cultura, o ser humano modifica o seu meio de modo a torná-lo mais favorável no que respeita à satisfação das suas necessidades ou à sua sobrevivência, diz-se que a cultura tem uma função adaptativa. Trata-se de uma adaptação criativa e inventiva. Enquanto, por exemplo, as outras espécies animais adaptam o seu corpo ao alimento que podem consumir, o ser humano adaptou o alimento ao seu corpo e assim se tornou omnívoro.
  • 23. A ação humana – As suas condicionantes Não nos adaptamos a um determinado meio como uma chave se adapta a uma fechadura. Transformamos o meio mediante a nossa imaginação e as nossas capacidades de raciocínio e de reflexão. Somos «programados para aprender». Temos, em comparação com os outros animais, a possibilidade de agir segundo normas e padrões de comportamento aprendidos, de modificar as aprendizagens efetuadas. Assim, há em nós um reduzido conjunto de comportamentos de base instintiva e estereotipada.
  • 24. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes psicológicas As nossas ações também dependem das nossas caraterísticas psicológicas. Se decido deixar de fumar, a realização dessa decisão – a ação de deixar de fumar – vai depender em parte da minha força de vontade, capacidade de persistência e grau de motivação.
  • 25. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais Para aprender e desenvolver a capacidade de adaptação, não basta um programa genético aberto ouum cérebro complexo. Isso é necessário mas não suficiente. É necessário um meio que ensine e permita aprender. Esse meio são as outras pessoas. Estas atuam sobre cada indivíduo desde que nasce – e mesmo antes. Através delas e do que transmitem e ensinam, o indivíduo biologicamente muito indeterminado quanto à sua conduta, aprenderá a comportar-se de acordo com o que o grupo social exige.
  • 26. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A ação humana depende do contexto cultural e social em que se realiza. Posso querer casar com quatro mulheres, mas as leis e costumes do meu país não o permitem. Posso desejar ficar com todo o rendimento do meu trabalho, mas as leis em vigor exigem que pague impostos sobre rendimentos. Uma mulher poderia querer participar na vida política do seu país há 70 anos, mas não tinha como agora o direito de votar ou de ser eleita.
  • 27. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (1) É um constante processo de aprendizagem que nos torna relativamente sociáveis, nos integra num meio sociocultural e nos faz pertencer a vários grupos. Vários agentes sociais (família, escola, grupos de pares, meios de comunicação social e outras instituições) participam nesse longo processo de aprendizagem e de adaptação. Aprendemos a ser humanos, a viver em sociedade, a interiorizar atitudes, comportamentos, valores e normas, em suma, os elementos culturais do ambiente social em que crescemos e somos educados.
  • 28. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (2) Mediante esse processo, aprendemos a ler, a escrever, a falar, a distinguir alimentos comestíveis de não comestíveis e a consumi-los de certas formas. Criamos laços afetivos. Adquirimos conhecimentos sobre o mundo e sobre o que é moralmente certo e errado. Aprendemos uma profissão. Tomamos consciência de que as regras e leis a que temos de obedecer impõem limites aos nossos impulsos, mas também nos protegem dos impulsos dos outros. Compreendemos que sem um certo grau de obediência e de conformismo é necessário para uma vida social minimamente estável, que não é desejável que tudo o que é possível seja por isso mesmo permitido.
  • 29. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (3) Os outros exercem uma poderosa influência sobre nós, tanto mais que chegamos ao mundo completamente dependentes e sem competências para vivermos por nós mesmos. Mas será que somos o que os outros fazem de nós? Será que pessoas educadas e criadas no mesmo meio são necessariamente iguais?
  • 30. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (4) Socializar não é «programar socialmente» um indivíduo, como se fôssemos totalmente determinados pelo que nos transmitem. Também somos agentes da nossa própria socialização, ou seja, indivíduos socialmente ativos. Não nos limitamos a guardar o que nos é transmitido. Reagimos, protestamos, propomos mudanças, inovamos.
  • 31. A ação humana – As suas condicionantes As condicionantes socioculturais A SOCIALIZAÇÃO (5) Cada um de nós é ao mesmo tempo natureza, sociedade e cultura. Somos o que nos deram (o que herdamos por via genética), somos o que fizeram de nós (mediante a transmissão social) e somos o que fizemos e fazemos de nós (mediante as nossas experiências e o modo como reagimos à influência dos outros).
  • 32. A ação humana – As suas condicionantes Investigadores estudaram uma família composta por duas raparigas, um rapaz e respetivos pais. A mãe sofria de esquizofrenia paranoide, estando convencida de que um dos membros da família procurava envenená-la. Só fazia as refeições em restaurantes. Uma das filhas desenvolveu temores semelhantes, recusando-se a comer a não ser em restaurantes. A outra rapariga somente comia em casa se o pai estivesse presente. Licenciou-se e levou uma vida normal. O rapaz não padeceu destes temores familiares. Desde a idade dos sete anos sempre fez as refeições em casa não mostrando quaisquer sinais de ansiedade. Licenciou-se e seguiu uma carreira profissional bem sucedida. Pessoas que crescem em meios semelhantes desenvolvem-se de modo diferente.
  • 33. A ação humana – As suas condicionantes Não somos simplesmente o que herdámos. Não somos simplesmente o que nos ensinaram. Não somos unicamente o resultado das nossas experiências pessoais. Somos a resposta, positiva ou negativa, a todos esses fatores. Seja qual for o instrumento e seja quem for que o dê (a genética ou a transmissão cultural), a música depende normalmente do intérprete. MAS SERÁ QUE É MESMO ASSIM? Não estarão estas crenças erradas?