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São Tomé e Príncipe
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As ilhas de S. Tomé e Príncipe foram descobertas pelos marinheiros portugueses João de Santarém e
Pedro Escobar.
Estes encontravam-se ao serviço do comerciante Fernão Gomes, que obteve o direito de exploração de
100 léguas anuais da costa africana do rei D. Afonso V em nome da Coroa Portuguesa, embora com
custos por sua conta.
Ao povoamento da ilha de São Tomé e Príncipe associam-se algumas dúvidas. Assim, acredita-se
que terão sido os portugueses os primeiros a chegarem às ilhas, cabendo-lhes a decisão quanto ao seu
futuro. A ilha de São Tomé terá estado desabitada (tese maioritária) até 1470/1471 e a do Príncipe até 1471/ 1472.
A primeira tentativa de povoamento da Ilha de São Tomé aconteceu em 1485, por João de Paiva, mas sem sucesso. Uma nova tentativa,
aconteceu em 1493, por Álvaro de Caminha. Quanto à Ilha do Príncipe só teve o seu primeiro povoamento em 1500.
O encontro entre portugueses e angolares (habitantes da zona sul da Ilha de S. Tomé) foi marcado por conflitos, que culminaram com a
submissão dos angolares, tendo-se tornado escravos dos portugueses.
http://i.colnect.net/images/f/1326/402/Pedro-Escobar-and-Joao-de-Santar-eacute-m.jpg
Página3
A população de S. Tomé e Príncipe resulta de uma miscigenação, descendentes de escravos vindos de África e europeus, nomeadamente,
portugueses. Estes grupos deram origem a uma população com enorme riqueza cultural.
Nas últimas décadas, esta população tem crescido consideravelmente, todavia, com cerca de 151.912 habitantes esta nação é uma das
mais pequenas de África. Cerca de um quarto da população reside na cidade de S. Tomé.
Do séc. XV ao séc. XX (1975) foi uma colónia de Portugal. A 12 de julho de 1975 foi proclamada a sua independência.
POETAS DE S. TOMÉ
ALDA ESPÍRITO SANTO
http://3.bp.blogspot.com/-ijzCVUqOz6w/Uxx1HouAmTI/AAAAAAAAS3g/6L-
Ori5kASw/s1600/Poetisa+Alda+Esp%C3%ADrito+Santo.jp
g
Página4
ANGOLARES
Canoa frágil, à beira da praia,
panos preso na cintura,
uma vela a flutuar…
Caleima, mar em fora
canoa flutuando por sobre as procelas das águas,
lá vai o barquinho da fome.
Rostos duros de angolares
na luta com o gandu
por sobre a procela das ondas
remando, remando
no mar dos tubarões
p’la fome de cada dia.
Lá longe, na praia,
na orla dos coqueiros
quissandas 4 em fila,
abrigando cubatas,
http://3.bp.blogspot.com/_2P3Aqv70N2E/R2xYLA40OsI/AAAAAAAABPk/rnQ
FWYBsUas/S259/100-0012_IMG.JPG
Página5
izaquente 5 cozido
em panela de barro.
Hoje, amanhã e todos os dias
espreita a canoa andante por sobre a procela das
águas.
A canoa é vida
a praia é extensa
areal, areal sem fim.
Nas canoas amarradas
aos coqueiros da praia.
O mar é vida.
P’ra além as terras do cacau
nada dizem ao angolar
“Terras tem seu dono”.
E o angolar na faina do mar,
tem a orla da praia
as cubatas de quissandas 4
as gibas pestilentas
mas não tem terras.
P’ra ele, a luta das ondas,
a luta com o gandu,
as canoas balouçando no mar
e a orla imensa da praia.
(É nosso o solo sagrado da terra)
Alda Espírito Santo
Página6
ILHA NUA
Coqueiros e palmares da Terra Natal
Mar azul das ilhas perdidas na conjuntura dos séculos
Vegetação densa no horizonte imenso dos nossos sonhos.
Verdura, oceano, calor tropical
Gritando a sede imensa do salgado mar
No deserto paradoxal das praias humanas
Sedentas de espaço e devida
Nos cantos amargos do ossobô
Anunciando o cair das chuvas
Varrendo de rijo a terra calcinada
Saturada do calor ardente
Mas faminta da irradiação humana
http://2.bp.blogspot.com/_98WlY2FILCc/SYeEjZAjkLI/AAAAAAAACe4/0PF2iEmrQIg/s400/para
%C3%ADso.jpg
Página7
Ilhas paradoxais do Sul do Sará
Os desertos humanos clamam
Na floresta virgem
Dos teus destinos sem planuras…
Alda Espírito Santo
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CONCEIÇÃO LIMA
http://www.unilab.edu.br/wp-content/uploads/2012/11/Concei%C3%A7%C3%A3o-Lima.jpg
Página9
PRESSA1
1
http://bibliotecariodebabel.com/geral/seis-poemas-de-conceicao-lima/
Ficam mais curtas as horas
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***
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Sobre todas as coisas, o guardião
venera o eco da própria voz.
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Vim tocar as tábuas da profecia.
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Neste país as estátuas desdenham alturas.
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***
KWAME
Deixei longe o clarim.
Vim ouvir a alegria das rosas
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Além dos retalhos do mapa

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São tomé e príncipe

  • 1. São Tomé e Príncipe http://kley1984.no.comunidades.net/imagens/so_tom1.gif
  • 2. Página2 As ilhas de S. Tomé e Príncipe foram descobertas pelos marinheiros portugueses João de Santarém e Pedro Escobar. Estes encontravam-se ao serviço do comerciante Fernão Gomes, que obteve o direito de exploração de 100 léguas anuais da costa africana do rei D. Afonso V em nome da Coroa Portuguesa, embora com custos por sua conta. Ao povoamento da ilha de São Tomé e Príncipe associam-se algumas dúvidas. Assim, acredita-se que terão sido os portugueses os primeiros a chegarem às ilhas, cabendo-lhes a decisão quanto ao seu futuro. A ilha de São Tomé terá estado desabitada (tese maioritária) até 1470/1471 e a do Príncipe até 1471/ 1472. A primeira tentativa de povoamento da Ilha de São Tomé aconteceu em 1485, por João de Paiva, mas sem sucesso. Uma nova tentativa, aconteceu em 1493, por Álvaro de Caminha. Quanto à Ilha do Príncipe só teve o seu primeiro povoamento em 1500. O encontro entre portugueses e angolares (habitantes da zona sul da Ilha de S. Tomé) foi marcado por conflitos, que culminaram com a submissão dos angolares, tendo-se tornado escravos dos portugueses. http://i.colnect.net/images/f/1326/402/Pedro-Escobar-and-Joao-de-Santar-eacute-m.jpg
  • 3. Página3 A população de S. Tomé e Príncipe resulta de uma miscigenação, descendentes de escravos vindos de África e europeus, nomeadamente, portugueses. Estes grupos deram origem a uma população com enorme riqueza cultural. Nas últimas décadas, esta população tem crescido consideravelmente, todavia, com cerca de 151.912 habitantes esta nação é uma das mais pequenas de África. Cerca de um quarto da população reside na cidade de S. Tomé. Do séc. XV ao séc. XX (1975) foi uma colónia de Portugal. A 12 de julho de 1975 foi proclamada a sua independência. POETAS DE S. TOMÉ ALDA ESPÍRITO SANTO http://3.bp.blogspot.com/-ijzCVUqOz6w/Uxx1HouAmTI/AAAAAAAAS3g/6L- Ori5kASw/s1600/Poetisa+Alda+Esp%C3%ADrito+Santo.jp g
  • 4. Página4 ANGOLARES Canoa frágil, à beira da praia, panos preso na cintura, uma vela a flutuar… Caleima, mar em fora canoa flutuando por sobre as procelas das águas, lá vai o barquinho da fome. Rostos duros de angolares na luta com o gandu por sobre a procela das ondas remando, remando no mar dos tubarões p’la fome de cada dia. Lá longe, na praia, na orla dos coqueiros quissandas 4 em fila, abrigando cubatas, http://3.bp.blogspot.com/_2P3Aqv70N2E/R2xYLA40OsI/AAAAAAAABPk/rnQ FWYBsUas/S259/100-0012_IMG.JPG
  • 5. Página5 izaquente 5 cozido em panela de barro. Hoje, amanhã e todos os dias espreita a canoa andante por sobre a procela das águas. A canoa é vida a praia é extensa areal, areal sem fim. Nas canoas amarradas aos coqueiros da praia. O mar é vida. P’ra além as terras do cacau nada dizem ao angolar “Terras tem seu dono”. E o angolar na faina do mar, tem a orla da praia as cubatas de quissandas 4 as gibas pestilentas mas não tem terras. P’ra ele, a luta das ondas, a luta com o gandu, as canoas balouçando no mar e a orla imensa da praia. (É nosso o solo sagrado da terra) Alda Espírito Santo
  • 6. Página6 ILHA NUA Coqueiros e palmares da Terra Natal Mar azul das ilhas perdidas na conjuntura dos séculos Vegetação densa no horizonte imenso dos nossos sonhos. Verdura, oceano, calor tropical Gritando a sede imensa do salgado mar No deserto paradoxal das praias humanas Sedentas de espaço e devida Nos cantos amargos do ossobô Anunciando o cair das chuvas Varrendo de rijo a terra calcinada Saturada do calor ardente Mas faminta da irradiação humana http://2.bp.blogspot.com/_98WlY2FILCc/SYeEjZAjkLI/AAAAAAAACe4/0PF2iEmrQIg/s400/para %C3%ADso.jpg
  • 7. Página7 Ilhas paradoxais do Sul do Sará Os desertos humanos clamam Na floresta virgem Dos teus destinos sem planuras… Alda Espírito Santo http://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/01/18/56/9b/bom-bom-resort-view-from.jpg
  • 9. Página9 PRESSA1 1 http://bibliotecariodebabel.com/geral/seis-poemas-de-conceicao-lima/ Ficam mais curtas as horas Se tombam caminhos. *** O GUARDIÃO Sobre todas as coisas, o guardião venera o eco da própria voz. No anel de bondade em redor do trono decretou a obediência do vento e a vassalagem dos frutos. *** MULABO I Onde o tamanho das vozes Encolhe o nome e o rosto da urbe. *** OCULTO Não lhe vi o rosto Não lhe viste o rosto Não lhe viram o rosto Não lhe vimos o rosto Estava de bruços. ***
  • 10. Página10 Vim tocar as tábuas da profecia. Acostumo-me ao perpétuo fogo Na fronte de Acra. Que diriam as palavras O que diriam Sobre o árduo fulgor da tua mortalha? in O País de Akendenguê, Caminho, 2011 ESTÁTUAS Neste país as estátuas desdenham alturas. Traficam na praça, devassam estradas Têm mãos pensativas e barro na planta dos pés. *** KWAME Deixei longe o clarim. Vim ouvir a alegria das rosas Ébrias gaivotas Esta frescura tingindo de princípio o teu canto. Além dos retalhos do mapa