2. ASPECTOS DA CULTURA
QUILOMBOLA
Cultura Quilombola????????????
O que é QUILOMBO? Quem sãos os
QUILOMBOLAS?
O que é CULTURA, mesmo???
3. Como definir a CULTURA
QUILOMBOLA????
Pescadores
Artesanais
Caranguejeiros
Camaroeiros
Quilombolas Artesões
Coletores de
açaí, castanha
Seringueiros
de andiroba,
bacuri
Populações
Tradicionais
Pequenos Extratores
Agricultores de madeira
Produtores
Vaqueiros de Farinha de
mandioca
4. Grupos, Povos ou Comunidades
Tradicionais
Instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento
Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais
5. Grupos, Povos ou Comunidades
Tradicionais
“o que faz um grupo social ser
identificado como tradicional não é a
localidade onde se encontra, [...] não é o
local que define quem elas são, mas sim
seu modo de vida e as suas formas de
estreitar relações com a diversidade
biológica, em função de uma dependência
que não precisa ser apenas com fins de
subsistência, pode ser também material,
econômica, cultural, religiosa, espiritual,
etc. (MOREIRA, 2007, p. 36)
6. Porque Discutir Cultura Quilombola na Escola Vasconcelos?
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino
a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida
dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e
particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-
Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo
incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas
social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
7. § 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-
Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo
escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de
Literatura e História Brasileiras.
§ 3o (VETADO)"
"Art. 79-A. (VETADO)"
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro
como „Dia Nacional da Consciência Negra‟.“
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da
República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
8. Comunidades Tradicionais na Microrregião do Arari
40 comunidades remanescentes de quilombos
(UNAMAZ e NAEA/UFPA), em nove municípios:
Gurupá, Anajás, Curralinho, Bagre, Muaná, Ponta
de Pedras, Cachoeira do Arari, Soure e Salvaterra
(PDTS Marajó, 2007);
Pelo menos 18 estão no Município
de Salvaterra
9. Os quilombolas de Salvaterra (NCSA – Fascículo 7
Quilombolas da Ilha de Marajó -UNAMAZ/NAEA, 2006)
Bacaba 2002: 2.6000
l Boa pessoas ou
Siricari Vista 38% da
população rural
Providênci de Salvaterra
a Caldeirão
Comunid
Paixão
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11. HISTÓRIA NÃO CONTADA, CULTURA NÃO
PRESERVADA
“ Minha bisavó, Augusta Dias, escrava refugiada,
morava neste lugar Jutuba, com os filho libertos:
Maria Bela (avó da relatora), Joaquim, Domingas,
Eliziário e José Dias, o mais novo. Quando chegavo
pra pegá rapazes pra ir pra Guerra do Paraguai
[1864-1869], aí ela escondia os filho, vinha as
cavalaria entrá nas casa pra levá os menino pra
lutar na guerra.” (Estelina (Dias) Sarmento dos
Santos, 85 anos – Comunidade Quilombola de
Bairro Alto)
Projeto de Pesquisa: Memória e História Social de Negros Fugidos
territorializados nas cabeceiras do Rio Matupirituba: a Comunidade de
Bairro Alto. (Rosa H. Sousa)
19. Universidade Federal do Pará
Campus Universitário do Marajó-
Soure
Faculdade de Ciências Biológicas
PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
“MARAJOCULTURARTS: Cultura, Artesanato e
Sustentabilidade Socioambiental nas
Comunidades Quilombolas de Salvaterra-PA”
(2012-2013)
EQUIPE DO PROJETO
Coordenadora: Téc. M.Sc. Maria Páscoa S. de Sousa
Prof.ª Gyanne Lima (Diretora da Faculdade de Biologia)
Roberta Miliane Peres (Bolsista/Biologia 2011)
Paulo José Silva (Voluntário/Biologia 2011)
Elisana dos S. Vasconcelos (Voluntária/Biologia 2011)
Ewerton N. da Silva (Voluntário/Biologia 2011)
Alan José A. Evangelista (Voluntário/Biologia 2012)
Jéssica Lorena Lima (Voluntário/Biologia 2012)
20. O PROJETO
OBJETIVO GERAL
Recuperar, difundir e preservar o patrimônio
cultural, imaterial e natural das comunidades
quilombolas do município de Salvaterra-Pa,
consubstanciado nos processos e conhecimentos
envolvidos nas atividades artesanais de produção
de paneiros, cestos, peneiras e tipitis
(confeccionados a partir de fibras naturais derivadas
do tucumanzeiro, da jacitara, do inajazeiro, do
guarumã, do miriti, do maracujá-do-mato e do cipó
tracuá) e na confecção de cuias (a partir do fruto da
cuieira/Crescencia cujete e de corantes naturais
retirados de árvores como o cumatê.
21. O PROJETO
Específicos:
Recuperar por meio da promoção de oficinas, cursos e palestras os
conhecimentos tradicionais envolvidos na produção artesanal de cestaria
(cestos, paneiros, peneiras e tipitis) e na confecção de cuias tingidas,
envolvendo e tendo como principais ministrantes os griôs das próprias
comunidades quilombolas como forma de prestigiar os conhecimentos e os
saberes presentes nestas comunidades;
Formar novos mestres artesãos nas referidas comunidades a fim de preservar o
conhecimento sobre a produção do artesanato em cestaria e no tingimento de
cuias nestes locais;
Difundir o artesanato das comunidades quilombolas de Salvaterra através da
promoção de oficinas e ou cursos de artesanato em cestaria e confecção de
cuias nas escolas públicas do município de Salvaterra como estratégia para
agregar valor (social e econômico) aos produtos artesanais destas
comunidades;
Elaborar material técnico-científico (cartilhas, artigos, informativos) sobre a
produção artesanal das comunidades quilombolas de Salvaterra;
Garantir a interação entre os estudantes do Curso de Biologia e os membros
das comunidades tradicionais quilombolas do Marajó como forma de
proporcionar o intercâmbio de conhecimentos entre os mesmos.
23. O PROJETO
Produzir material técnico-científico sobre o artesanato
quilombola (01 cartilha sobre a cestaria; 01 cartilha sobre a
confecção de cuias; artigos científicos sobre a temática;
mapeamento e descrição das espécies vegetais utilizadas na
produção artesanal);
Formar 100 novos mestres artesãos, (em cestaria e confecção
de cuias);
Criar possibilidades e estratégias de geração de renda aos
membros das comunidades a partir da produção artesanal;
Proporcionar a aproximação da Universidade Federal do Pará,
por intermédio do Curso de Biologia, às comunidades
tradicionais do Marajó.
24. O PROJETO
Público-Alvo:
Comunidades Quilombolas do Município de
Salvaterra-Pa;
Estudantes do ensino médio da E.E.E.M.
“Prof. Ademar Nunes de Vasconcelos”
oriundos de comunidades quilombolas;
Comunidade em geral.
N° Estimado: 1.500 pessoas
25. Referenciais
ACEVEDO MARIN, Rosa Elisabeth. Terras de Herança de Barro Alto: Entre a fazenda da EMBRAPA e a fazenda do
americano – Salvaterra/PA. Belém: SEJU/UNAMAZ/UFPA /NAEA, 2005.
________. Comunidades Negras Rurais no Município de Salvaterra, Ilha de Marajó –Pa: Estudos e Intervenção
sobre as condições de saúde e saneamento básico. Belém: UNAMAZ/UFPA-PROEX/NUMA, 2004.
ARAGON, Luis E. Ciência e Educação Superior na Amazônia: Desafios e oportunidades de cooperação
internacional. Belém: Associação das Universidades Amazônicas –UNAMAZ / NAEA, 2001.
CARDOSO, Luis Fernando Cardoso e. A constituição local: direito e território quilombola em Bairro Alto, Ilha do
Marajó, Pará. Luis Fernando Cardoso e Cardoso/ Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e
Ciências Humanas, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social.
Florianópolis-SC, 2008. Disponível<http://www.tede.ufsc.br/tedesimplificado//tde_busca/arquivo.phpcodArquivo=411>;
acesso em 05/11/2010.
MELLO, Alex Fiúza de. A interiorização da universidade na Amazônia: um desafio nacional. In: Educação
Brasileira, Brasília, v. 30, n. 60 e 61, p. 9-35, jan./dez. 2008. Disponível em
<http://www.crub.org.br/admin/publicacoes/revista_60_61.pdf>; acesso em 15/11/2010.
________. Para construir uma universidade na Amazônia: realidade e utopia. Belém: EDUFPA, 2007.
NOGUEIRA, Cristiane Silva. Território de Pesca no Estuário Marajoara: Comunidades Quilombolas, Águas de
Trabalho e Conflitos no Município de Salvaterra. (sem data). Dsiponível em
<http://www.unamaz.org/UserFiles/file/publicações/SeminárioInternacional Águas da Pan Amazônia/Territorio de pesca-
Cristiane Nogueira.pdf> ; aceso em 11/10/2010.
NOVA CARTOGRAFIA SOCIAL DA AMAZÔNIA. Comunidades Quilombolas da Ilha do Marajó. Série Movimentos
26. Muito Obrigada!!!!
“O Homem vive da natureza, isto significa
que a natureza é o seu corpo com o qual
ele deve permanecer em processo
constante, para não perecer. O fato de que
a vida física e espiritual do homem se
relaciona com a natureza não tem outro
sentido senão o de que a natureza se
relaciona consigo mesma, pois o homem é
parte da natureza”. (Karl Marx)