O documento discute sistemas de informação em saúde pública, com foco em vigilância epidemiológica e acidentes por animais peçonhentos. Ele descreve as principais atribuições da vigilância epidemiológica, como coletar e analisar dados para recomendar ações de controle. Também discute o registro obrigatório de acidentes por animais peçonhentos no Brasil desde 1986 e os sistemas de notificação desses acidentes.
1. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A na Clau M o s
dia rae
anamoraes@predialnet.com.br
analopes@huap.uff.br
(021) 2717-0148 e 2717-0521 R4
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2. Como define a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90),
• É o conjunto de atividades que permite reunir a
informação indispensável para conhecer, a cada
momento, o comportamento ou a história natural de uma
doença, e detectar ou prever mudanças que possam
ocorrer por alteração dos fatores que a condicionam.
• A sua finalidade maior vem a ser recomendar, sobre
bases científicas, as medidas oportunas que levem à
prevenção e ao controle dessa mesma doença.
• É um dos instrumentos centrais que orientam as ações
da Saúde Pública.
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3. As principais atribuições do serviço de
vigilância epidemiológica são:
• reunir toda a informação necessária e
atualizada;
• processar, analisar e interpretar os dados; e
• recomendar a implantação e/ou
implementação das atividades pertinentes ao
controle imediato, ou a longo prazo, da
doença.
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4. Portanto, só será eficiente se puder proporcionar
informações fidedignas.
• Risco de levar a cabo ações de controle de forma
empírica, sem impacto sobre o problema
• A vigilância epidemiológica constitui o sub item
informação do sistema informação-decisão-controle
de doenças específicas.
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5. Em relação à Vigilância Epidemiológica,
nada se faz sem a obtenção de informações.
Um bom sistema de informações depende:
• da periodicidade do fluxo de fornecimento dos dados
• do criterioso preenchimento dos instrumentos de
coleta (fichas de notificação e investigação, declaração
de óbito, boletins de atendimento, autorizações de
internação, relatórios etc).
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6. “ASSISTIR E VIGIAR”
Poderíamos ainda, definir a atividade de vigilância
epidemiológica como
informação para a ação.
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11. • Em meados de 1985: falta generalizada de soros
antiofídicos no país.
• A falência do sistema de produção de antivenenos no
país culminou em maio de 1986, com a morte de uma
criança em Brasília, sendo o óbito atribuído a falta de soro.
• Fato foi o desencadeante que levou o Ministério da
Saúde, já em junho do mesmo ano, a implantar o Programa
Nacional de Ofidismo.
• A partir daí os acidentes ofídicos passam a ser de
notificação obrigatória no país.
• Dados de escorpionismo e araneísmo passam
a ser coletados a partir de 1988.
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12. A partir de 1986/1987 foi verificada uma
melhoria no registro de casos de
envenenamentos provocados por animais
peçonhentos, decorrente da centralização do
controle desses acidentes no Ministério da
Saúde.
Decréscimo do número de óbitos por
acidentes com animais peçonhentos a partir de
1986, registrados pelo Sistema de Informações
de Mortalidade - SIM
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13. Pólos de Aplicação de Soro no Estado do Rio de Janeiro
Região Metropolitana
Região Serrana
Região Noroeste Fluminense
Região Norte Fluminense
Região da Baixada Litorânea
Região do Médio Paraíba
Região Centro-Sul Fluminense
Região da Baía da Ilha Grande
Para os demais estados, as informações sobre a localização dos Pólos de Aplicação de Soro podem ser
obtidas nas Coordenações Estaduais.
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16. • Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas – SINITOX
• Centros de Controle de Intoxicações - CCIs
• Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN
• Sistema de Internação Hospitalar – SIH-SUS
• Sistema de Informação de Mortalidade - SIM
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22. SINITOX
O Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas - SINITOX - tem como principal
atribuição coordenar o processo de coleta,
compilação, análise e divulgação dos casos de
intoxicação e envenenamento registrados por
uma Rede composta de 33 Centros de Controle
de Intoxicações, localizados nos estados
brasileiros.
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23. Distribuição dos Casos, Óbito e Latalidade Registrados por Agente e
por Região. Brasil, 2002
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24. Casos Registrados de Intoxicação por Agentes Tóxicos
e Acidente Individual - Brasil 1999-2000 (SINITOX)
Medicamentos
Pesticida Agrícola
0% Pesticida Doméstico
3% Produto Veterinário
Aranhas
Raticidas
Se
5%
0%
rp
Domissanitários
en
0%
te
Cosméticos
s7
Produtos Q uímicos
%
Industriais 6% Produtos Químicos Industriais
8% Metais
2%
An. não Pe çonhentos Drogas de Abuso
Domissanitários 9% Plantas
M
12%
ed
Alimentos
ic
am
Peçonhentos/serpentes
en
to
Peçonhentos/Aranhas
s2
0%
2% Peçonhentos/Escorpiões
1% Outros an. Peç. /ven.
3% Animais não Peçonhentos
1% 4% Desconhecido
4%
Outros
Total de casos: 82.926
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26. Distribuição dos Casos Registrados, por Agente Tóxico e Zona de
Ocorrência. Brasil, 2002
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27. Estatísticas de Casos e Óbitos
Casos Registrados de Acidentes por Animais Peçonhentos no Estado do Rio de Janeiro distribuídos
por Ano de Ocorrência e Animal Envolvido.
Ano Aranha Escorpião Serpente Total
1990 33 96 733 862
1991 84 248 924 1256
1992 60 201 974 1235
1993 64 188 971 1223
1994 82 132 979 1193
1995 55 129 906 1090
1996 49 109 724 882
1997 58 112 734 904
1998 60 95 513 668
1999 56 83 664 803
2000 56 87 705 848
2001 57 95 697 849
TOTAL 714 1575 9524 11813
Fonte: SES-RJ/SUSC/ADIN
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28. Ministério da Saúde
Secretaria de Políticas de Saúde
Departamento de Gestão de Políticas Estratégicas
Coordenação de Saúde do Trabalhador
DOENÇAS OCUPACIONAIS E ACIDENTES DO
TRABALHO
5. Picadas por animais peçonhentos:
Verificar se ocorreu no exercício de atividades laborais, notificar e
investigar a situação.
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32. Legislação
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 19,
DE 3 DE FEVEREIRO DE 2005.
Publicada no DOU No 25, de 04/02/2005
Cria a Rede Nacional de Centros de Informação e
Assistência Toxicológica – RENACIAT.
I – Atribuições:
8. Apoiar o Programa Nacional de Controle de
Acidentes por Animais Peçonhentos.
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33. RENACIAT
COMPOSIÇÃO:
• Centros de Informação e Assistência
Tóxicológica filiados, segundo critérios
estabelecidos na RDC;
•GGTOX/ANVISA;
•SINITOX/FIOCRUZ.
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34. RIO DE JANEIRO
Niterói
Centro de Controle de Intoxicações de Niterói
Responsável: Ana Claudia Moraes
End: Hospital Universitário Antônio Pedro
Avenida Marques do Paraná, 303 - Centro
Prédio da emergência do HUAP - 2º andar
CEP: 24.033-900 - Niterói/RJ
Telefone: (21) 2717-0148; (21) 2717-0521
E-mail: analopes@huap.uff.br e anamoraes@predialnet.com.br
Rio de Janeiro
Centro de Controle de Intoxicações do Rio de Janeiro
Responsável: Roberto Belo
End: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
Av. Brigadeiro Trompovski, s/nº
UFRJ - 8º andar, sala E-01- Ilha do Fundão - Cidade Universitária
CEP: 21.941-590 - Rio de Janeiro/RJ
Telefone: (21) 2521-4271
E-mail: robertohbelo@yahoo.com.br
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35. ASSISTÊNCIA
ENSINO
PESQUISA
Início: 1989
Local: Hospital Universitário Antônio Pedro
Plantões: 24h/dia
Público: estudantes e profissionais da área de
saúde, comunidade
Estágio: Medicina, Farmácia, Medicina
Veterinária, Biólogos, Enfermagem
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36. Total de Casos e Total de Casos de Acidentes
com Animais Peçonhentos Notificados ao CCIn e
nos Anos de 2003 e 2004.
3500
3000
2500 2002 = 6,0%
2000 Total 2003 = 4,7%
1500 2004 = 7,4%
Animais
1000 Peçonhentos
500
0
2002 2003 2004 No Casos/mês: 11 a 14
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37. Casos de Acidentes por Animais Peçonhentos
Notificados ao CCIn nos Anos de 2003 e 2004,
Distribuídos Por Meses do Ano
35
30
25
20
2003
15 2004
10
5
0
Jan Mar Mai Jul Set Nov
Totais: 2003: 140 e 2004: 169 casos
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38. Distribuição Percentual dos Casos de Acidentes,
por Animais, nos Anos de 2003 e 2004.
6%
20% Serpentes
43% Escorpiões
Aranhas
Lagartas
Lacraias
Abelhas
10%
13% 8%
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39. Capítulo 5
Vigilância Epidemiológica de Doenças e Agravos Específicos
5.1. Acidentes por animais peçonhentos
Ofidismo: na maioria dos casos não complicados, a alta ocorre,
em média, de 4 a 7 dias após o acidente e respectivo tratamento.
Nos casos complicados, a evolução do paciente estabelece a alta
definitiva.
Escorpionismo e Araneísmo: a alta pode ser dada após remissão
do quadro local ou sistêmico, exceto nos acidentes necrotizantes
pela aranha Loxosceles, nos quais a evolução clínica da lesão é
muito lenta, podendo haver necessidade de procedimentos
cirúrgicos reparadores.
http://dtr2001.saude.gov.br/svs/pub/GVE/GVE0501G.htm Junho 2005