O documento descreve a história da assessoria de imprensa, começando com seu precursor, o jornalista Ivy Lee, que em 1906 criou o primeiro escritório de relações públicas para melhorar a imagem do empresário John Rockefeller. Atualmente, assessorias de imprensa são estratégicas para empresas e organizações se comunicarem com a mídia e o público. O documento também discute o desenvolvimento da assessoria de imprensa no Brasil.
2. Segmento que mais emprega
jornalistas (FENAJ, 2007).
Estima-se que
atualmente 50% dos
jornalistas trabalhem
em assessoria de
imprensa (DUARTE,
2003).
3. Precursor:
1906 – jornalista Ivy Lee
Primeiro cliente: John
Rockefeller => mudança
de imagem
Outros empresários:
conquistar a opinião Primeiro assessor de
pública por meio da imprensa da história e o
mídia pai das Relações
Públicas
4. O precursor foi o jornalista americano Ivy Lee
que em 1906 inventou as Relações Públicas e
a assessoria de comunicação.
Criou o primeiro escritório de RP do mundo e
prestou serviço ao empresário John
Rockfeller, um impopular homem de
negócios, que com o passar do tempo passou
a ser venerado. A partir da criação de fatos
noticiáveis, formou uma nova imagem do seu
cliente.
5. “Este não é um serviço de
imprensa secreto. Todo
nosso trabalho é feito às
claras. Pretendemos fazer
a divulgação de notícias.
Isto não é agenciamento
de anúncios. Se acharem
que o nosso assunto
ficaria melhor na seção
comercial, não o usem”.
6. “Nosso assunto é exato.
Maiores detalhes, sobre
qualquer questão, serão
dados prontamente. E
qualquer diretor de jornal
interessado será auxiliado,
com o maior prazer, na
verificação direta de
qualquer declaração de
fato”.
7. “Em resumo, nosso plano é
divulgar, prontamente,
para o bem das empresas e
das instituições públicas,
com absoluta franqueza, à
imprensa e ao público dos
Estados Unidos,
informações relativas a
assuntos de valor e de
interesse para o público”.
8. Primeira Guerra: campo fértil para o
desenvolvimento das técnicas de promoção,
propaganda e assessoramento da imprensa
Fortalecimento da posição dos assessores de
imprensa: o jornalista Silas Bent disse que
pelo menos 147 das 255 matérias publicadas
pelo New York Times no dia 29/12/1926
foram por ele originadas.
9. Nos EUA as assessorias resultaram de 3
fatores no final do século XIX:
◦ do espaço conquistado pelos agentes de imprensa,
◦ da intensificação da campanha política
◦ e da utilização de redatores de publicidade pelo
empresariado.
10. A informação tornou-se uma necessidade
estratégica
Demanda social de informação
A sociedade norte-americana exigia ser
informada, não apenas para saber, mas
também para compreender o que estava
acontecendo
As instituições organizaram-se para atuar
como fontes
11. O presidente Theodore Roosevelt busca o release e a coletiva
de imprensa para melhorar sua imagem.
Cria o Comitê Público de Informação para estimular apoio
público aos objetivos de guerra. Ivy Lee junta-se ao comitê.
A primeira guerra foi chamada pelo New Yok Times como “a
primeira guerra dos agentes de imprensa”.
Surge uma sala de imprensa na Casa Branca
O termo “porta voz da Casa Branca” é introduzido pelo
assessor Warren Harding, para que os jornalistas
identificassem o autor dos discursos ( o presidente não podia
ser mencionado como autor das declarações).
12. As atividades ligadas à assessoria são iguais
na Europa e no Brasil
No entanto, na União Européia a assessoria
de imprensa é entendida como uma atividade
de RP e, portanto, incompatível com o
Jornalismo.
13. Fim dos anos 50: origem da assessoria em
forma similar à atual
Depois da Segunda Guerra e da eleição de JK,
o Brasil recebeu investimentos de grandes
multinacionais e, com as fábricas, veio
também a prática de assessoria de imprensa
Expansão das assessorias acontece após o
regime militar
14. Aumento de jornalistas à procura de trabalho
em assessorias:
- Greve dos Jornalistas, em 1979, em SP, gerou
a demissão de vários jornalistas
- Controle do sindicato para que a atividade
fosse desempenhada por jornalistas
- Condições mais tranquilas de trabalho
15. “A comunicação deixa de ser „perfumaria‟,
ganhando as entranhas da administração
pública e privada, e extrapola os limites dos
tradicionais „jornaizinhos‟ internos para
assumir o status de um complexo poderoso,
intrinsicamente vinculado à chamada
estratégia negocial” (BUENO apud DUARTE,
2001).
Assessorias passaram a ser estratégicas,
fontes importantes de informação e apoio
(facilitando o acesso dos jornalistas às fontes
oficiais) porque as empresas buscavam canais
sofisticados com seus públicos.
16. São Paulo, 1971 - empresa Unipress, nova
proposta de assessoria de imprensa
Os jornalistas Reginaldo Finotti e Alaor José
Gomes experimentaram “um conceito de
transparência, nas relações da Volkswagen
com a Imprensa e a Comunidade”.
Alimentar pautas:
“Contamos toda a história ao jornalista e
deixamos o aproveitamento a critério dele”.
17. 1980: O Sindicato dos Jornalistas
Profissionais de SP criou a Comissão
Permanente e Aberta dos Jornalistas em
Assessoria de Imprensa
Início do processo de se dar identidade
jornalística à atividade de assessoria de
imprensa
18. Em pesquisa sobre como os jornalistas
buscavam informações, ficou constatado que:
- 36% procuram no site
- 6% direto com a fonte
- 58% procuram a assessoria de imprensa para
agilizar o contato
19. DUARTE, Jorge (org). Assessoria de
imprensa e Relacionamento com a
mídia. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2003.
BARROS, Antonio; DUARTE,
Jorge; MARTINEZ, Regina.
Comunicação: discursos,
práticas e tendências. São
Paulo: Rideel; Brasília:
UniCEUB, 2001.