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COMPORTAMENTO HUMANO EM SITUAÇÕES DE INCÊNDIO
em 10/03/2013 19:50:00 (632 leituras)
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Por Silvio Leonardo Vieira Prado (1) - CAP QOBM do CBMSE
De uma forma geral, a pessoa tem um comportamento adaptativo, ou seja, consegue
abandonar o edifício sem se afastar dos padrões normais de comportamento. Entretanto,
em alguns casos, podem surgir alguns fenômenos que contribuam para que o indivíduo
passe a ter um comportamento não adaptativo. Um comportamento não adaptativo pode
ser definido como um conjunto de ações que contribuem para dificultar a evacuação do
edifício e o próprio combate a incêndio (ONO e VALENTIN, 2006).
A probabilidade de um comportamento não adaptativo aumenta se não forem
consideradas as seguintes medidas de segurança contra incêndio:
• Concepção correta dos caminhos de evacuação (visibilidade das saídas, larguras
suficientes, adequada relação entre largura e altura dos degraus das escadas, existência
de corrimãos nas escadas, etc);
• Existência de sinalização de segurança;
• Existência de iluminação de emergência;
• Detecção do incêndio em sua fase inicial e adequados sistemas de alarme;
• Existência de lugares de refúgio e sistema de comunicação com os ocupantes (edifício
muito alto);
• Sistema adequado de controle de fumaça.
É importante compreender que o tempo total de abandono é composto por várias
parcelas de tempo. Faz-se necessário entender cada uma destas parcelas de tempo, pois
se a somatória de tempos que precedem o caminhamento for muito alta, quando o
ocupante decidir efetivamente iniciar o movimento, o limite tolerável pode ser mínimo,
ou seja, os gases quentes e tóxicos podem já ter invadido as rotas de fuga ou o incêndio
pode já ter se alastrado (ONO e VALENTIN, 2006).
O tempo de abandono inclui:
• Tempo de detecção do incêndio – pode ser curto quando as pessoas estão despertas
no recinto em que iniciou o incêndio, ou longo se o incêndio ocorrer em sala distante da
presença de pessoas e não houver sistema de detecção automática de incêndio. Neste
caso, ao ser descoberto, o incêndio já terá se desenvolvido, gerando uma grande
quantidade de fumaça ou gases tóxicos;
• Tempo de alarme – depende das ações realizadas pelas pessoas que tomam
conhecimento do incêndio ou das características dos sistemas de detecção e alarme;
• Tempo de reconhecimento – mesmo soado o alarme muitas pessoas querem se
certificar do que está havendo antes de decidir abandonar o local;
• Tempo de resposta – algumas pessoas ainda vão executar certas tarefas antes de
iniciarem o abandono. Estas tarefas podem ser de caráter pessoal ou tarefas necessárias
referentes a algum tipo de processo produtivo. A soma do tempo de reconhecimento e
de resposta é denominada de tempo de pré-movimento;
• Tempo de caminhamento – é aquele efetivamente gasto no deslocamento para a
saída. Inúmeros fatores influem neste tempo como o estado físico e mental das pessoas
e a idade, entre outros. Este é o tempo que está relacionado às distâncias de
caminhamento citadas nas normas e regulamentações.
O conhecimento que se tem obtido, tem resultado em um estereótipo de conduta
irracional ou de pânico, o qual tem estimulado o estabelecimento de normas de
segurança contra incêndio, estabelecendo a obrigatoriedade da observância de novas
soluções tecnológicas baseadas no dito estereotipo. Em estudos realizados nos Estados
Unidos e Inglaterra sobre os diferentes comportamentos das pessoas nos incêndios,
foram apresentadas três situações que, frequentemente, poderão acontecer (PEREIRA,
2006):
1. O componente humano como causa do incêndio;
2. Os planos ou modelos para uma primeira resposta ao incêndio;
3. Os processos de fuga e evacuação durante o incêndio.
Os investigadores observaram toda série de condutas produzidas durante o
desenvolvimento de um incêndio real. Os registros sobre essas condutas foram obtidos
mediante estudos estatísticos de um grande número de incêndios ou através do estudo
de casos, em profundidade, de um incêndio em particular.
Os incêndios em edifícios demonstraram que a maioria das pessoas se comportava de
forma adequada, ainda que se tivesse detectado a existência de condutas não
apropriadas, como a falsa interpretação da situação e a demora em responder aos
primeiros comunicados sobre a existência do incêndio. Nessas edificações foi detectado,
além disso, fatores diferenciais como a importância dos seus serviços de segurança na
administração do sinistro antes da chegada dos bombeiros.
Da análise dos incêndios catastróficos que houve no mundo, verifica-se que o ponto
nevrálgico das edificações é a vulnerabilidade de circulação interna seja elas horizontal
ou vertical aos efeitos do incêndio (fumaça, calor e chamas).
Nesse contexto é que o projeto de combate a incêndio e pânico interfere na segurança
física das vias de circulação horizontal e vertical. As escadas a prova de fumaça, a
sinalização e iluminação de emergência, o correto dimensionamento dos hidrantes de
parede e extintores possibilitam uma evacuação segura das pessoas para fora da
edificação até a chegada do Corpo de Bombeiros.
COMPORTAMENTO HUMANO NOS INCÊNDIOS
Publicado em 30/11/1999
Seção:
Objetivando contribuir com o desenvolvimento de temas científicos ligados a
prevenção, intervenção operacional e análise de incêndios, o CPPT tem a grata
satisfação de publicar o artigo desenvolvido pelo Ten. Cel. BM Sérgio Baptista de
Araujo, um dos principais estudiosos do tema no cenário nacional. Do curriculum
profissional do militar destacam-se as seguintes atividades: Pesquisador/Mestrando da
UFRJ,Professor da UFRJ e da UFF,Ex-assessor técnico da ALFIL - Portugal, Ex
Diretor do Centro de Pesquisas Perícias e Testes do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Rio de Janeiro e atual Diretor da SYGMA Fire Protection Engineering.
COMPORTAMENTO HUMANO NOS INCÊNDIOS
1. INTRODUÇÃO O estudo do comportamento humano em situações de incêndio, é
um estudo complexo, pelo fato de serem impraticáveis as realizações de certos
experimentos que venham a demonstrar as reais reações e comportamentos, sem que
venha a se expor a riscos a integridade física dos envolvidos nestes, e com isto os
estudos existentes fornecem apenas partes das situações reais experimentadas por
vítimas em situações reais de incêndio. Estes estudos têm sido conduzidos nos últimos
40 anos iniciando-se na década de 60 nos Estados Unidos e na Inglaterra, sido
intensificados a partir da década de 70, pela ocorrência do incêndio do edifício Joelma
em São Paulo em 1974. Cenas bem vivas até hoje de pessoas se lançando ao espaço na
tentativa de escapar as chamas percorreram todo o mundo, via televisão, se tornando
uma referência trágica mundial e aguçando a curiosidade científica mundial. De todos
os fatos observados uma coisa é certa: - de que o treinamento prévio de como agir ou
sobreviver em meio a um incêndio, realizado com uma certa periodicidade, pelo menos
uma vez ao ano, é a forma mais segura de se reduzir as fatalidades e os acidentes
decorrentes dos incêndios.
2. RESPOSTA FISIOLÓGICA As reações humanas são condicionadas por um
mecanismo fisiológico, no qual o homem ao ser informado de uma situação de perigo,
o qual ele identifica com base em experiências, cognitivas anteriores ou de
conhecimento adquirido através da informação e de relatos, o qual lhe permite
estabelecer comparações. As reações, estas as mais típicas são:
- a fuga, na maior parte dos comportamentos ou,
- a luta da situação de perigo, ou a ausência dela,
- a inércia, em que nada mais é de um processo total de negação do fato relacionado
com o perigo, motivado por uma situação maior e mais complexa que a capacidade
individual de ser tomada qualquer ação, quer fugir ou lutar. A resposta fisiológica ao
medo é um dos fenômenos fisiológicos mais básicos, inerentes às espécies animais, e a
garantia de sua sobrevivência e evolução. Os seres vivos, em especial os animais, cujo
homem é parte integrante da espécie, ao perceberem da ocorrência de um determinado
perigo, pelos seus sentidos, sendo os mais importantes e influentes: a visão, a audição,
o olfato, e o tato, têm o seu processamento lógico-sensorial baseado na definição ou
não de uma situação de perigo como visto anteriormente. Esta situação sendo
identificada como uma situação de perigo é transmitida um impulso elétrico pelo
Sistema Nervoso Central (o qual corre em grande parte pelo interior da coluna
vertebral) a um conjunto de glândulas situadas sobre os rins - as glândulas supra-
renais, as quais se incumbem de liberar o hormônio adrenalina (ou epinefrina) para a
corrente sanguínea.
Fig. 01 – Composição molecular da Epinefrina
A adrenalina, cujo nome foi criado pelo cientista que conseguiu isolar este hormônio
pela primeira vez, o bioquímico japonês Jokichi Takamine, que formou o nome em
questão tomando o nome dos rins, sobre o qual se situam as glândulas secretoras, como
já mencionado. Utilizou então 'ad-' (prefixo que indica proximidade), 'renalis' (relativo
aos rins) e o sufixo '-ina', que se aplica a algumas substâncias químicas, é um derivado
da modificação de um aminoácido aromático (tirosina), secretado pelas glândulas
supra-renais, assim chamadas por estarem acima dos rins. Em momentos de "stress", as
supra-renais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara o
organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial,
relaxa certos músculos e contrai outros.
Quando lançada na corrente sanguínea, devido a quaisquer condições do meio
ambiente que ameacem a integridade física do corpo (fisicamente ou psicologicamente,
medo), a adrenalina aumenta a freqüência dos batimentos cardíacos (cronotrópica
positiva) e o volume de sangue por batimento cardíaco, eleva o nível de açúcar no
sangue (hiperglicemiante). Esta reação minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no
sistema intestinal enquanto maximiza o tal fluxo para os músculos voluntários nas
pernas e nos braços e "queima" gordura contida nas células adiposas, promovendo uma
relativa insensibilidade das extremidades bem como possibilita uma coagulação rápida
de pequenos ferimentos. Também promove a dilatação pupilar (midríase) o que
aumenta o campo angular de visão, e consequentemente o campo visual para fuga, luta
ou percepção do perigo. Para reações de curta duração, decorrentes de uma situação ou
sensação de perigo rápido (um escorregão, ou susto por exemplo) esta substância é
secretada pela parte exterior da glândula supra-renal. Para situações de stress ou perigo
mais duradouro, como por exemplo: um incêndio, um tiroteio ou uma ameaça
constante, esta substância é excretada pelo córtex (ou seja, a parte interior) da
glândula supra-renal, a qual libera quantidades menores porém intervaladas em um
tempo maior, proporcional a ameaça e a sua duração. O fato da percepção de uma
situação de risco pode passar por conjunto de julgamentos iniciais que levam à dúvida
ou a incredibilidade, em geral sempre através de um processo de negação, com
pensamentos do tipo "eu não acredito que isto esteja acontecendo" ou "não pode ser
verdade".
Via de regra há uma demora significativa entre a tomada de qualquer decisão
entre lutar e ou fugir, o que por vezes se torna fatal, pois os desdobramentos dos
eventos, em especial dos incêndios, se desenvolvem com velocidades rápidas ( em
geral a partir de 3 min e 42 seg. experimentos do NIST – National Institute of
Standards and Technologies – E.U.A. a produção de elementos tóxicos e a
temperatura de um incêndio a menos de 2,10m já se tornam críticos à vida) em termos
de produção de fumaça, com a liberação de produtos tóxicos, opacidade e liberação
súbita de calor ( a ocorrência de um "flashover" ). Na fuga, a qual é um processo
descontrolado, e em geral é a causa maior de acidentes e fatalidades. Entretanto na
desocupação, o qual é um processo controlado ou sob comando, as pessoas tendem a
seguir os padrões das instruções previamente recebidas, quer por treinamentos ou
exercícios simulados, e ainda seguindo as informações contidas em sinais ou plantas de
emergência, com isto as pessoas devem nestas situações serem sempre informadas para
onde ir e como agir. Ao contrário do que se pensa, e do muito que se tem divulgado ao
longo dos anos, é raro nos incêndio ocorrer o chamado Pânico (cujo nome vem da
Mitologia greco-romana, e é atribuído ao Deus Pan, deus das florestas, campos e
rebanhos, tendo torso e cabeça humanos e pernas, chifres e orelhas de bode, cujo grito
levava ao pavor, daí a origem do nome Pânico, o qual é uma resposta de inadaptação
a uma determinada situação não controlada ou não controlável).
Entretanto há uma profunda e significativa relação de predisponibilidade para estas
situações em eventos esportivos ou religiosos, aonde associado a elevada densidade
ocupacional, e ao reduzido número e as dimensões das vias de saída, há o forte apelo
emocional, como elemento latente.
As pessoas de uma forma geral seguem os caminhos e as ações as quais estão
acostumadas ou foram treinadas, é um padrão típico dos animais, incluindo formigas,
abelhas e até bactérias. Experiências demonstram na elaboração de Planos de Escape,
que apesar de uma determinada via de fuga se encontrar mais próxima ou adequada, as
pessoas em situação de perigo tendem a utilizar aquela que estejam mais acostumadas,
em um processo hoje denominado Dinâmica das Multidões (Crowd Dynamics).
Mesmo em situações em que as pessoas se lançam pelas janelas em um incêndio, tal
visão de quem está do lado de fora sugere a ocorrência de pânico, entretanto sob a
lógica decisória comportamental dos envolvidos, tal ação era um resultado de uma
escolha entre ficar e morrer em meio as chamas cuja probabilidade de sobrevivência
seria nenhuma, a uma probabilidade ainda que infinitamente pequena: a de saltar e
sobreviver, portanto tal atitude é baseada em uma opção lógica, apesar de parecer o
contrário. O evento corrido no World Trade Center (WTC) em 11 Setembro de 2001,
lançou novas luzes sobre o fato e demonstrou que mesmo sobre eminência e
conhecimento do perigo em que estavam expostas as pessoas, não houve pânico, e as
pessoas procuravam ajudar uma às outras. Um grande número de cardiopatas, obesos,
com restrições de locomoção, asmáticos, grávidas etc. para escaparem daquela
situação, uma vez que as escadas, isto é aquelas que ainda se mantinham desobstruídas,
e possibilitavam tal conduta e geravam em virtude de sua dimensão e sinalização um
relativo conforto e segurança psicológica ( Dyewr J. e Flynn K., 2005). Na ocorrência
do pânico, após várias tentativas de ação frustradas por uma determinada reação, p. ex.
tentar várias vezes escapar por uma porta que se encontra fechada, dá lugar a tentativas
de quebra da mesma, ou mesmo devido a raros eventos, como o exemplo ocorrido no
Station Nightclub, em West Warnick, Rhode Island, EUA, em 20 de Fevereiro de
2003, quando 100 pessoas entre empregados e clientes perderam a vida (Tubbs S.J.J &
Brian J. M, 2007), ficando um grande número presos as portas por retenções corpo a
corpo. Estas ações por vezes individuais, por vezes coletivas se processam a
velocidades cada vez maiores, uma vez que há um perigo em desenvolvimento e
constante aproximação: - o fogo e com isto as ações tendem a ser mais rápidas e
portanto levam a uma descoordenação motora, psicológica e sensorial de onde
resultando no pânico, o qual se manifesta ou por choros compulsivos, gritos, ações
inesperadas, ou bloqueio psicológico do tipo inercial - paralisia e apatia total. Em
muitos casos de incêndios, entretanto esta situação na realidade não chega a se
manifestar, pois a própria ação dos compostos da fumaça, em especial o Monóxido de
Carbono (CO) levam ao entorpecimento das ações por meio da sonolência e dos
desmaios. Isto decorre em razão dos efeitos fisiológicos da combinação do CO com a
Hemoglobina no sangue através de um processo químico ocorrido a nível celular em
atmosferas normais: Oxigênio (O2) + Hemoglobina (Hb - na realidade uma “variável
química” do elemento Fe - Ferro) = Oxi-Hemoglobina (Hb), entretanto outro processo
dá lugar em meio a fumaça: Monóxido de Carbono (CO) + Hemoglobina (Hb)=
Carboxi-Hemoglobina (COHb), com uma estabilidade química maior decorrente de
uma maior predisposição de combinação entre o Ferro (Fe) e o Carbono (C) ser de até
quatro vezes mais do que com o Oxigênio (O2) Na realidade as pessoas em uma
situação de emergência tendem a seguir padrões comportamentais regidos por uma
"Consciência Coletiva", a qual pode ser definida como um arcabouço cultural de idéias
morais e normativas, adquiridos pela humanidade ao longo de sua evolução, tendo
padrões típicos comportamentais assim denominados:
- A “Aglutinação” - fenômeno pelo qual o ser humano se sente melhor protegido
quando em grupo do que isolado e, portanto, em situações de perigo as pessoas tendem
a se agrupar umas as outras, cujo sentimento remota a mais básica das sensações
emocionais do ser humano: a proteção pelo abraço materno, em uma determinada área,
em geral um saída, a qual por vezes podem não ser a mais adequada para fins de
escape, e,
- A “Convergência” - Quando tal mecanismo de “Aglutinação” inverte-se, e
observando que a oportunidade de sobrevivência será tão e exclusivamente única para
poucos, em função das limitações ao livre escape, as pessoas lutam pela sua
sobrevivência, agredindo umas as outras, pisoteando-as, como é muito comum em
estádios esportivos.
3. O AMBIENTE DO INCÊNDIO Um dos elementos fundamentais de toda
estratégia da Proteção Contra Incêndios é a Proteção a Vida (Life Safety), e neste
conceito há três direções: a prevenção da ignição, o controle do incêndio e o terceiro
que é o de isolar as pessoas dos efeitos impactantes da combustão pelo: tempo,
distância e abrigagem. Os fatores específicos que determinam um maior ou menor
sucesso durante uma desocupação estão ligados a três parâmetros básicos: Tempo,
Tempo-Crítico e Intervalo para ação.
Tempo
Como o incêndio se desenvolve ao longo de uma linha do tempo, e nesta linha vimos
que a fumaça é o elemento impactante, que primeiro surge e por mais tempo se
mantém, mesmo depois da extinção das chamas e da redução do calor (a nível de
tolerância fisiológica). A ameaça está diretamente relacionada com a velocidade de
propagação do fogo (Flame Spread Rate), esta consideravelmente maior aonde existe
uma determinada carga mobiliária (p.ex. cadeiras, sofás, camas, em geral como quase
tudo hoje à base de polímeros sintéticos) bem como revestimentos (p.ex. divisórias,
forros, pisos) estes também a base de polímeros sintéticos, como espumas, poliestireno
etc. Em alguns casos como o caso do incêndio do Hotel MGM em Las Vegas, ocorrido
em 21 de Novembro de 1980, em Las Vegas, EUA, o fator de difícil identificação
ligado as características (inodoro, incolor, insípido) do Monóxido de Carbono (CO),
fez com que não pudesse ser percebida a propagação da fumaça em decorrência de um
incêndio que lavrava no restaurante do Hotel, tendo se propagado pela juntas de
dilatação sísmica e penetrado nos vários quartos, deixando um saldo de 85 mortos, sem
que houvesse neles a identificação de menor esforço ou posição indicativa de
percepção do risco ou de escape.
Tempo-crítico
O tempo crítico para a sobrevivência humana, e consequentemente para o escape é
composta de três condições que interagem entre si: As temperaturas elevadas do
ambiente, as condições tóxicas e as atuais ou pré-existentes condições psico-
fisiológicas dos ocupantes. Temperaturas elevadas do ambiente podem causar
queimaduras ou stress térmico (intermação) que mesmo lentas podem comprometer o
equilíbrio homeostático e levar à morte, bem como golpes súbitos de calor radiante
proveniente de "flashovers" - inflamação generalizada do ambiente ou "backdrafts" -
explosões súbitas de fumaça.
As condições tóxicas podem ser criadas em função da composição química do
material que se encontra presente e de suas concentrações (Carga-Incêndio).
As atuais ou pré-existentes condições psico-fisiológicas dos ocupantes são sem
sombra de dúvida afetadas pelas temperaturas elevadas do ambiente e pelas condições
tóxicas do mesmo, sendo um exemplo comum a de problemas cardíacos anteriores, o
que leva a inúmeras fatalidades nos incêndios.
Intervalo para ação
O intervalo entre a descoberta do fogo e a estimativa de seu risco, pode ser
definido como o tempo disponível para serem tomadas as ações que previnam os
ocupantes de estarem expostos aos riscos do incêndio.
Esta ação pode ser através da ativação do equipamento automático de extinção
ou pelo confinamento do incêndio (compartimentação) , saída dos ocupantes
(desocupação) ou ambos. Quanto mais cedo for descoberto o fogo mais tempo se terá
para as ações de controle, e neste aspecto os Sistemas Automáticos de Detecção e de
Extinção de Incêndios (SAD/E-I), ocupam preponderante papel. O risco nem sempre
cresce com a mesma velocidade do incêndio. A ação de um destes sistemas pode
reduzir a velocidade de propagação deste risco.
4. O FATOR HUMANO
Duas pessoas reagem de forma diferente a uma mesma situação quando ela
ocorre, e mesmo assim, uma destas pode agir de uma determinada forma hoje e
diferentemente daqui a algumas horas, dias ou semanas. Há certos fatores que podem
determinar como nós agiremos em determinadas situações. Como nós agimos frente ao
calor, fumaça e chamas é baseado nos seguintes fatores:
- Idade - Os mais novos devido ao desconhecimento e as restrições de
mobilidade, e os mais velhos ( por isso as faixas de maior vulnerabilidade nos
incêndios é até os 5 anos e acima dos 65 anos) além destas restrições de mobilidade,
devido a outros problemas de ordem sensorial e neurológica ( agravadas ainda por mal
de Parkinson, Alzheimer etc.) tem a sua capacidade de lidar com o incêndio reduzida
tornando-se um fator crítico de sobrevivência,
- Tamanho - Pessoas de maior massa muscular podem tolerar melhor altas
doses de materiais tóxicos gerados nos incêndios, entretanto no tocante ao
condicionamento cárdio-respiratório, crucial nestas condições de sobrevivência, estas
pessoas em geral mal condicionadas podem tornar-se vítimas potenciais,
- Condições físicas pré-existentes - A condição geral de um indivíduo poderá
ter um efeito na sua sobrevivência em um incêndio, Nestas podemos incluir: -
Estabilidade Cardíaca ( determinada pela condição anatomo-fisiológica do sistema
cárdio-circulatório),
- Condição Aeróbica (associada ao condicionamento cárdio-respiratório) -
Mobilidade (ligada ao biotipo, peso, altura, flexibilidade articular, doenças músculo-
esqueléticas), neste aspecto temos também de considerar grávidas, pessoas com
restrição motora, visual e auditiva, em especial cadeirantes,
- Capacidade Respiratória - A maior parte das "Causas Mortis" nos incêndios
decorre da inalação de fumaça. Por esta razão a Capacidade Respiratória é uma
condição crítica de sobrevivência na situação de um incêndio. Quaisquer doenças
crônicas pré-existentes como efisema pulmonar e asma (devido a alteração
respiratória por conta da alteração e da elevação da freqüência respiratória, em
decorrente da obstrução dos músculos pulmonares contraem-se, interrompendo o ciclo
respiratório e provocando vasoconstrição - diminuição do calibre das vias aéreas
pulmonares. Fatores estes associados a fumaça, stress, calor etc.), podem reduzir
consideravelmente esta capacidade. Fatores agudos como Resfriados, Gripes ou
Pneumonias podem vir a afetar esta capacidade. E no caso de fumantes as condições
pulmonares, bem reduzidas em geral, dificultam a ações de troca pulmonar a nível
alveolar, em termos de absorção de O2, e consequentemente dificultando uma boa
irrigação sanguínea cerebral, indispensável para a tomada de ações, quer quanto ao
critério, quanto a velocidade das mesmas, quer quanto ao impulso neurológico em uma
situação de incêndio.
- Medicação, drogas e álcool - estes elementos reduzem substancialmente a
capacidade de avaliação e da percepção dos riscos inerentes a um incêndio, alterando
substancialmente a capacidade de se tomar a decisão adequada frente a emergências.
Estatísticas recentes (United States Fire Administration – USFA , Abril, 17 , 2008)
citam que pelo menos 10% das fatalidades em incêndios residenciais tem como causa
principal o uso de drogas ou álcool, em especial nas comunidades mais pobres. Neste
aspecto a faixa etária envolvida neste tipo de evento se situa entre 20 a 64 anos, cujos
índices são duas vezes maiores que as outra faixas etárias, e os homens são os mais
predominantes neste aspecto.
5. RISCOS DO INCÊNDIO Como as pessoas reagem ao incêndio é
determinado pelos riscos provenientes da situação do incêndio, estes são determinados
pela: Temperatura, calor, fumaça e redução da taxa de oxigênio. - Temperatura - os
efeitos podem variar com a duração da exposição. A umidade e respirabilidade também
têm efeito. As condições mais severas podem ocorrer mais entre 50°C até 65°C e são
consideradas incapacitantes. Temperaturas acima de 100°C podem causar a morte. A
tabela abaixo mostra os efeitos fisiológicos do calor:
- Fluxo de Calor e queimaduras - Esta é a medida de quanto calor é disponível
para ser transferido a pele humana ( ou outra superfície). O limite superior é 2.5kW/m2
por 3 minutos sem dor severa. Isto é equivalente a colocação da mão a poucas
polegadas sobre uma lâmpada de 100 watts por cerca de 3 minutos. O ponto alto da
temperatura será quanto mais rápido a queimadura ocorrer. - Obscurecimento pela
Fumaça - A fumaça tem diversos efeitos negativos - a redução da visibilidade para
menos de 4 metros, a irritação e a toxidez causada pela inalação, causa lacrimejamento
e medo, e consequentemente reduz a capacidade da pessoa escapar. - Redução do Nível
de Oxigênio (O2) - O índice de O2 na atmosfera é da ordem de 21%, portanto quando
este valor é reduzido são causados vários efeitos fisiológicos, bem como psicológicos.
Quando falamos de redução do nível de O2 podemos nos referenciar tanto a valores
percentuais quanto a valores áricos ( associados à pressão). Quando temos a redução
dos valores quantitativos temos os efeitos associados à anoxia, a qual pode resultar em
comportamentos irracionais e que por vezes são sugeridos de estarem ligados ao fator
Pânico, entretanto com a redução do percentual de O2 no cérebro, há o conseqüente
aumento dos valores de Dióxido de Carbono (CO2), o qual produz um efeito sedante e
por vezes dependendo da concentração alucinógeno, fazendo com que se feche uma
porta ao invés de abrí-la para fugir de um incêndio. A quantidade de O2 no ambiente
determina ou não a sobrevivência em um incêndio, concentrações menores que 9%
levam a inconsciência imediata, e a partir do terceiro minuto nestas condições
restritivas caem as chances de sobrevivência em um incêndio.
Fig. 02 _ tempos-limite de sobrevivência em incêndios
A anoxia torna mais vulneráveis os usuários de medicamentos, drogas e álcool. A
hipoxia, é relacionada com a redução da pressão do O2 na corrente sanguínea para
menos de 0,21atm, cujo controle bárico é realizado pelos baroreceptores (detectores de
nível de pressão), os quais são minúsculos gânglios localizados em alguns no coração,
artérias e alguns vasos de calibre significativo como a Aorta e a Carótida, os quais
informam o Sistema Nervoso Central (SNC) juntamente com os Quimioreceptores
(detectores da relação O2/CO2), e que levam ao acionamento dos nervos frênicos,
localizados no diafragma pulmonar, cuja finalidade é a de realizar o mecanismo de
aborção do ar atmosférico pelo movimento da inspiração. - Exposição aos Gases do
Incêndio - Há muitos gases resultantes do processo de combustão, entretanto o mais
comum e consequentemente o mais problemático é o Monóxido de Carbono (CO), que
é responsável por mais da metade das mortes relatadas nos incêndios, devido a sua
extrema compatibilidade com a Hemoglobina (Hb) conforme citado anteriormente.
Além de perigoso em pequenas quantidades, as concentrações de CO tendem a ser
cumulativas, ou seja isto significa que diversas exposições me curtos intervalos de
tempo podem fazer com que sejam acumuladas consideráveis concentrações de CO, o
que pode se tornar fatal em alguns casos.
Em 1979 Walter Berl e Byron Halpin do Johns Hopkins University analizaram
463 mortes decorrentes de incêndios em Maryland, nos E.E.U.U. e apresentaram a
primeira estatística que evidenciava a relação destas mortes diretamente a inalação de
CO. Suas observações estão registradas no gráfico abaixo a partir da análise do
percentual de 100% de mortes decorrentes dos incêndios, lançando novas luzes sobre a
questão.
Fig. 03 – Mortes nos incêndios
Ao contrário do que se pensa e se utiliza em geral nos incêndios como prática: a
administração do leite para as pessoas ingerirem. Tal finalidade, além do poder sedante
do triptofano (O triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção de serotonina
que é o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite,
relaxar e até induzir e melhorar o sono), destina-se apenas a reduzir a acidez
proveniente das partículas sólidas de carvão (C), resultantes da combustão incompleta.
Estas partículas se alojam nas vias respiratórias e criam espasmos musculares, do tipo
tosse, enjôo e vômitos devido a sua toxidez. Em contato com a retina ocular provocam
coceira, e lacrimejamento o que pode levar a acidentes em decorrência da perda
temporária da visão. A única forma de se reduzir a concentração de CO no sangue é
através da administração de Oxigenoterapia, Hiperbárica - OH (a qual consiste,
basicamente, em sessões de 60 à 120 minutos, sob pressões de 2.0 à 3.0 atmosferas
absolutas) A administração de 100% de O2 faz-se até que os níveis de Carboxi-
Hemoglobina (CHb) estejam normais. Neste regime, a semi-vida da Carboxi-
Hemoglobina é de 74 minutos (comparada a 320 minutos respirando ar). A acidose
láctica facilita a difusão do O2 nos tecidos e não deve ser corrigida, a não ser que seja
extrema (pH < 7,15).
6 - O COMPORTAMENTO HUMANO DURANTE OS INCÊNDIOS
Da forma que um indivíduo é informado de que um incêndio está se
desenvolvendo próximo a si tem um impacto direto sobre as suas ações. Há diversas
formas nas quais as pessoas possam ser alertadas da ocorrência de um incêndio estas
são via de regra:
- Sistemas de Alerta - Através de sons ou luzes específicas, uma vez já reconhecidas
através de programas informativos, de treinamento ou exercícios simulados levam a
pessoa a identificar como um alerta de incêndio. É importante que estes sinais,
possuam intensidade sonora acima do ruído de fundo em especial nas indústrias (acima
de 95Db), podendo por vezes serem conjugados com sistemas luminosos (do tipo
estroboscópico com freqüência superior a 2 Hz). Sistemas de Ar Condicionado tendem
a absorver ruídos e com isto quando no funcionamento destes sistemas em especial em
hotéis, os sinais tendem a passar desapercebidos.
Crianças e idosos possuem em geral sono mais profundo o que vem a dificultar a
percepção destes sinais.
Entretanto estes sistemas apenas informam que está ocorrendo um incêndio,
entretanto não informam como agir e para onde se dirigir, portanto devem ser seguidos
de instruções dadas por Sistemas de Notificação Sonora. Estes alertas devem apenas
ser utilizados, no sentido geral, ou seja para o público, uma vez que a situação está de
difícil controle e para a segurança dos ocupantes é imprescindível a desocupação (
controlada) ou o abandono ( por ação própria)
- Sistema de Notificação Sonora - Estes sistemas devem ser complementares aos
Sistemas de Alerta, uma vez que uma mensagem pura e simples, pode passar
desapercebida em meio a pessoas, trabalhando, conversando com máquinas
funcionando, em ambientes com grande concentração de público, como Shopping
Centers, na fase ainda controlável do incêndio, as mensagens devem ser apenas em
código e destinadas apenas às Equipes de Controle de Emergências, evitando-se assim
ansiedade e condutas descontroladas e inapropriadas.
As mensagens devem ter uma elaboração prévia, e algumas palavras como
“CALMA”, “NÃO CORRA”, podem vir a ser problemáticas, gerando um entendimento
inverso ao esperado. O volume da mensagem, o tom de voz também tem um efeito
direto na forma pela qual as pessoas percebem a ameaça.
- Cheiro de fumaça - O cheiro da fumaça é um outro fator importante de que haja a
percepção de que um incêndio está em desenvolvimento, o que leva a maior parte das
pessoas a tentar a localização exata de sua origem.
- Notificação pessoal - A notificação pessoal constitui a forma direta e em geral a tida
como a mais confiável pela maior parte das pessoas, especialmente se esta notificação
for dada por familiares ou colegas de trabalho.
- Barulhos - Um outro modo de percepção da ocorrência de um incêndio pode ser a de
pessoas subindo ou descendo escadas, no corredor, vozes altas, gritos, apitos, viaturas
do Corpo de Bombeiros chegando etc.
Nos estudos realizados na Inglaterra e Estados Unidos, entre 1987 e 1991
(ZIMMERMAN et al.) sob a forma de questionários, pode-se se chegar sob a forma de
resumo a algumas conclusões importantes:
- A maior parte das pessoas 39% acredita durante o acionamento de um alarme de
incêndio tratar-se apenas de um exercício simulado, e outra quantidade significativa
23% pensa estar relacionado o som com as atividades de manutenção dos sistemas,
apenas 14% consideram a hipótese de um incêndio real;
- As razões que levam as pessoas a considerar que mesmo após terem percebido o
sinal de alarme de incêndio, consideram que se trata de um incêndio 34% informaram
que com somente uma informação oral adicional, 18% devido a familiaridade com o
som e 14% na incerteza consideram-no como um alarme real;
- Quanto a reação ao alarme, um número significativo de pessoas 24%, ignora o
alarme, enquanto outros 24% procuram localizar o alarme, 13% procuram comprovar
se o incêndio é real e outros 13% avisam terceiros para deixar o edifício; - Uma vez
tendo sido cientificados por terceiros, ou seja, por outras pessoas que ouviram o
alarme, e repassaram a informação, 38% procuraram deixar o edifício em resposta as
instruções, enquanto 18% preferiram ignorar o alarme e 13% preferiram manter suas
atividades rotineiras, ao invés de abandonar o local; Entretanto após uma situação de
incêndio real, feita uma avaliação após o mesmo se teve como resultado: - 68% das
pessoas ligaram o som ao incêndio real em andamento, entretanto mesmo assim 32%
das pessoas não ligaram o alarme ao incêndio;
Estes dados tendem a provar que via de regra: “AS PESSOAS NÃO ACREDITAM
QUE OS INCÊNDIOS POSSAM OCORRER, A NÃO SER QUANDO ELE ESTÁ
REALMENTE OCORRENDO.”
Quanto a real percepção da ocorrência de um incêndio a certeza foi dada:
- Para 26% das pessoas, através do cheiro da fumaça, para outras 21% através da
notificação direta e 18% pelo barulho associado; Quanto às primeiras ações
empreendidas, quando se realiza um comparativo em termos de sexo, pode-se observar
comportamentos distintos entre ambos, decorrentes dos resultados destas pesquisas,
realizadas por Bryan J.L em seu estudo “Human Behavior in Fire Situations”, em
1977, através de inquéritos a 584 pessoas envolvidas em incêndios entre Janeiro de
1975 e abril de 1976, chegou -se as seguintes conclusões:
- As ações mais freqüentes foram nesta ordem: - avisar os terceiros, procurar a
origem dos incêndios, chamar os Bombeiros e vestirem-se; De acordo com o sexo:
- Os homens procuraram chamar os bombeiros, deixar o edifício e procurar os
familiares;
- As mulheres procuraram a origem do fogo e a localização dos extintores. Quanto a
reentrada no edifício, de cerca de 29.7% dos inquiridos as razões foram em ordem:-
combater o incêndio, tentar salvar bens pessoais, observar o incêndio e avisar terceiros.
Cinco processos seqüenciais foram identificados como padrões-resposta a situações
de emergência, predecessores do pânico os quais se alternam sucessivamente em uma
espiral crescente, são eles:
RECONHECIMENTO
Da forma que um indivíduo é informado ou tem a sensação de "que algo não
corre bem", ou seja, de que um incêndio está se desenvolvendo próximo a si, tem um
impacto direto sobre as suas ações.
VALIDAÇÃO
Este processo consiste na tentativa de avaliar o quão séria representa a ameaça a
que ele está exposto, quando são colocadas questões do tipo: - "Devemos desocupar o
prédio ou aguardar as instruções?", "Este cheiro de fumaça será de algo que
realmente está queimando?".
DEFINIÇÃO
Este processo consiste basicamente no conhecimento da informação sobre o
perigo ao qual o indivíduo está exposto, dentro de certas variáveis qualitativas, como a
natureza da ameaça, a magnitude do risco, e o contexto temporal de desenvolvimento
da emergência, neste caso do incêndio. Neste aspecto o indivíduo pode determinar o
curso de andamento da situação, com questões do tipo "Com quanta fumaça nós ainda
poderemos ver?" ou "Quanto calor nós ainda poderemos sentir?"
AVALIAÇÃO
Este processo pode ser descrito como um conjunto de atividades cognitivas e
psicológicas requeridas para que o indivíduo venha a responder à ameaça. A habilidade
individual de se controlar a ansiedade e o stress torna-se fatores preponderantes, e neste
processo a ameaça causada pelo incêndio determinará, segundo o padrão psicológico
ou vivencial do indivíduo a ação subseqüente: a de fugir ou a de lutar contra o fogo.
EXECUÇÃO
Esta parte do processo é relativa ao conjunto de mecanismos os quais o
indivíduo lançará mão, o qual foi estabelecido previamente, durante o processo de
Avaliação, e que será a garantia de sua sobrevivência.
REAVALIAÇÃO
Este é o processo mais estressante para o indivíduo, em especial quando uma ultima
tentativa tem acabado de falhar, e a subseqüência destas tentativas ( p. ex. tentar
escapar de locais aonde as portas se encontram fechadas ou obstruídas), pode levar
devido a recorrência do stress, cansaço à perda subseqüente da coordenação motora ao
incremento da possibilidade de sucesso, tornando as decisões cada vez menos racionais
e daí ao pânico como elemento final.
7. O MITO DO PÂNICO
Em 1982 o Dr. Jonh Keating escreveu um artigo na revista da NFPA - Fire Journal
intitulado “O mito do pânico”, neste artigo ele identificava certos elementos que eram
essenciais para o estabelecimento do estado de pânico. Ele também desenvolveu uma
nova definição para o Pânico - Um comportamento agressivo induzido pelo medo, que
é irracional, inadaptado e anti-social que serve para reduzir as possibilidades de escape
de um grupo como um todo. Os quatro elementos para o estabelecimento do pânico são
segundo este estudo:
- A esperança permanente de escape, ainda que as vias de escape se encontrem
fechadas;
- Um comportamento contagiante, especialmente se iniciado por qualquer um dos
líderes previamente qualificados ou surgidos em meio a um grupo, afetado pelo fogo;
- Uma “atitude agressiva constante” desenvolvida pelo indivíduo, visando a sua
própria segurança mesmo que contra os outros do grupo;
- Um conjunto seqüencial de respostas irracionais ou ilógicas a uma determinada
situação de emergência;
Não há necessariamente a ocorrência de pânico ainda que não houvesse a evidencia
de escape; Os comportamentos contagiosos são muito mais comuns nas situações
ambíguas ou emergenciais simplesmente pela tendência das pessoas, seguirem um
líder, em situações de stress, onde esta opção (de seguir um líder) é a única opção. é
importante ressaltar como já dito ambientes esportivos, de alta emotividade,
competitividade e/ou agressividade são fatores predisponentes para tal, como por
exemplo partidas de futebol e eventos religiosos, e os exemplos dramáticos ocorridos
em Bradford no Reino Unido, em 1985, em Heyssel na Bélgica também em 1985, em
Hillsborough, Reino Unido em 1989, e na peregrinação a Meca, Arábia Saudita em
2000, mostraram estas evidências. De uma forma geral as pessoas sempre ajudam umas
as outras, tendendo a ser solidárias umas com as outras nas situações de grande perigo,
ao contrário do pensamento comum de que em situações extremas o caráter individual
é prevalente, e o exemplo recente do World Trade Center, mostrou esta característica.
8 . BIBLIOGRAFIA
BERL W. G.& HALPIN B.M., Human Fatalities from Unwanted Fires,
Baltimore, Md: Johns Hopkins University, Applied Physics Laboratory, EUA, 1979
BRYAN J. L. – Human Behavior in Fire – Fire Protection Engineering – SFPE,
Massachussets, EUA, Edição de Inverno 2002
BUKOWSKI, R. W.; O´LAUGHLIN, R.J. & ZIMERMMAN, C.E. Eds. – Fire
Alarm Signaling Systems Handbook, NFPA, Quincy, USA, 1990
DWYER J. & FLYNN K. – 102 Minutos – Jorge Zahar Editores, Rio de
Janeiro, 2005
FARKAS I.J. ,HELBING D., MOLNÁR. P., BOLAY K. - Self-organizing pedestrian
movement - Department of Biological Physics, Eotvos University, Budapest, Hungria,
2000
PROULX G. & TILLER D., - Assessment of Photoluminescent Material During Office
Occupant Evacuation - Institute for Research in Construction, National Research
Council of Canada, 1999
SHEN T. Z. - Building Egress Analysis – Central Police University – Taiwan, 2004
TUBBS, S. JEFFREY & MEACHAM – Egress Design Solutions – A Guide to
Evacuation and Crowd Management Planning – Jonh Wiley & Sons, Inc. New Jersey,
2007
ZIMMERMAN, C.E. – Automatic Fire Detectors, Section 16, Chapter 3 – Fire
Suppression Handbook, Sixteenth Edition, NFPA, Quincy, 1991
9. CONTATOS
Estrada do Ribeirinho, 55 – Vila D. Pedro I
CEP.: 23.970-000 – PARATY – R.J. BRASIL
Tel.Fax.: 0055 24 3371-0163
Celular: 0055 21 9431-7675
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e-mail: sygma@iol.pt
MÉTODO DE GRETENER
INTRODUÇÃO:
O Método de Gretener tem por finalidade a avaliação do risco de incêndio. Foi desenvolvido,
por encomenda da Associação Suíça de Seguradoras, pelo Engenheiro Max Gretener com a
finalidade de obter um processo analítico para a quantificação do risco de incêndio de
edifícios através de critérios uniformes e de harmonizar o processo de cálculo da tarifa de
seguro de incêndio.
Este método foi revisto e adaptado à realidade nacional nomeadamente ao nível da
fiabilidade do abastecimento de água à empresa e da capacidade de intervenção dos
socorros exteriores e interiores da empresa.
Como nota prévia, refira-se que a aplicação do método pressupõe a estrita observação de
um conjunto de normas e requisitos de segurança, tais como:
- Distâncias de segurança entre edifícios vizinhos, quando exigível;
- Cumprimento das prescrições de segurança relativas as instalações e equipamentos
técnicos;
- Medidas de protecção as pessoas (caminhos de evacuação, sinalização e iluminação
de emergência, etc.).
De salientar que estas medidas não podem ser substituídas por outras. Em termos práticos,
a metodologia assume que todos estes requisitos se encontram cumpridos e não são
avaliados pelo método.
Assim, o analista deverá ter o cuidado de assegurar que as medidas regulamentares se
encontram cumpridas antes de efectuar o cálculo, de forma que o risco calculado seja o mais
próximo da realidade. Ao desprezar o conjunto de normas acima descritas como, por
exemplo, a quantidade e dimensão das vias de evacuação, atendendo ao efectivo do edifício,
isto é, ao número de pessoas presentes no edifício, o valor obtido representará um risco de
dimensão inferior ao real, o que é, de todo, indesejável.
Na sua aplicação, o método tem em conta um conjunto de factures de perigo essenciais e
permite definir as medidas necessárias para reduzir o risco de incêndio. Possibilita ainda a
avaliação da eficácia de cada uma das medidas propostas através do recalculo de diversas
situações onde se pode simular a introdução de medidas mitigadoras do risco e avaliar da
sua eficácia na redução do risco de incêndio, o que permite uma boa base para uma análise
de custo e eficácia destas mesmas medidas.
O método aplica-se a uma enorme diversidade de edifícios. Em boa verdade, o método é
aplicável a toda e qualquer situação onde exista uma construção que possa ser considerada
como um edifício, já que é este, o edifício, o conceito que esta subjacente ao
desenvolvimento do método. Assim, o processo aplica-se, entre outros, a:
- Estabelecimentos que recebem público, com forte densidade de ocupação;
- Estabelecimentos nos quais as pessoas estão expostas a um risco especifico:
• Exposições, museus e locais de espectáculos;
• Centras comerciais;
• Hospitais, hotéis e outros estabelecimentos similares;
- Indústria e comércio:
• Unidades de produção;
• Áreas de armazenagem;
• Áreas administrativas.
O método baseia-se na determinação do risco de incêndio efectivo de um determinado
espaço avaliado e a sua comparação com um risco de incêndio admissível previamente
determinado. Se o risco de incêndio efectivo for inferior ao admissível considera-se que o
espaço avaliado apresenta condições de segurança aceitáveis. Caso contrário, considera-se
que não apresenta condições de segurança aceitáveis, sendo necessário formular novos
conceitos de protecção e controlá-los por meio do método de Gretener.
PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS - PROJECTO
SCIE
Elaboramos e subscrevemos Estudos, Planos e Projetos de
Segurança Contra incêndios em Edifícios (SCIE) e
Recintos Qualificados nos termos do Decreto-Lei nº
220/2008 de 12 de Novembro, da Portaria nº 1532/2008 de
29 de Dezembro e da Portaria nº 64/2009 de 22 de Janeiro.
O novo regime jurídico SCIE divide os edifícios ou parte de
edifícios por diferentes utilizações-tipo (UT), sendo:
Tipo I Habitacionais
Tipo II Estacionamentos
Tipo III Administrativos
Tipo IV Escolares
Tipo V Hospitalares e Lares de Idosos
Tipo VI Espectáculos e Reuniões Públicas
Tipo VII Hoteleiros e Restauração
Tipo VIII
Comerciais e Gares de
Transportes
Tipo IX Desportivos e de Lazer
Tipo X Museus e Galerias de Arte
Tipo XI Bibliotecas e Arquivos
Tipo XII Industriais, Oficinas e Armazéns
Cada utilização-tipo (UT) é classificada em quatro categorias de risco, sendo as exigências
em termos de segurança crescentes. O critério de classificação é diferente para cada
utilização -tipo, e tem em atenção fatores como a altura, a área, o efetivo e a carga de
incêndios, entre outros.
Categoria Fatores de risco
1.ª Risco reduzido
2.ª Risco moderado
3.ª Risco elevado
4.ª Risco muito elevado
O projeto de segurança contra incêndio (Projeto SCIE) é no conjunto dos projetos de
especialidade aquele que mais pode influenciar ou condicionar o ato de criação do objeto
arquitetónico.
Por sua vez, este tem implicações diretas sobre as demais especialidades (Arquitetura,
eletricidade, águas, AVAC, desenfumagem, sinalização de segurança, etc ...), uma vez que
define exigências para todas elas, traduzindo-se numa necessária articulação com todos os
intervenientes do processo construtivo.
A PROTECH conta já com uma vasta experiência nesta área (com mais de 10 anos), tendo
realizado diversos estudos de segurança abrangendo utilizações-tipo das diversas categorias
de risco.
Os nossos projetos em casos específicos ou quando a legislação assim o obriga terão a
aprovação da ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil), que garante a sua boa execução
de acordo com a legislação em vigor, ou quando não é possível garantir a sua aplicação,
sugerir medidas compensatórias com a aprovação da Autoridade (ANPC).
Pela nossa experiência, deparamo-nos ainda infelizmente, com a ausência de elaboração do
Projeto SCIE, por parte do dono de obra, para efeitos legais (legalização) em casos de
remodelação ou mudanças de uso e até nas novas edificações.
Está lacuna pode comprometer gravemente a viabilidade do projeto do dono de obra,
implicando graves contra tempos e desnecessários transtornos.
Por isso, a PROTECH aconselha vivamente que entre em contacto connosco em caso de
dúvida.
Para a sua tranquilidade acompanhamos as obras e aconselhamos o dono de obra na seleção
de propostas e produtos.
Como mais valia, temos para casos de arquiteturas atípicas ou imaginativas, a possibilidade
de efetuar simulação por computador* (especialmente para desenfumagem, tempo de
reação de sprinklers, difusão de calor) quando a legislação em vigor não permite à sua
implementação, baseando-se em alternativa no desempenho.
PROJETO REDE DE SPRINKLERS
REDE DE SPRINKLERS
A função de um sistema/rede de sprinkers é detectar um foco
de incêndio, dar o alarme, extinguir o incêndio na sua fase
inicial ou limitar a sua propagação até chegar as equipas de
intervenção.
Existem vários tipos de sistemas/redes sprinkler, que tomam a
forma de:
Instalação húmida;
Instalação seca;
Instalação dilúvio;
Instalação preacção.
A especificidade deste sistema/rede obriga a uma analise de risco das instalações a
proteger, tendo em conta:
A actividade exercida ou prevista;
A natureza dos produtos fabricados, utilizados, armazenados;
A tipologia e altura do armazenamento;
As características do edifício, pé direito, etc ...
Em função da análise de risco, resulta uma classificação para o dimensionamento do
sistema/rede de sprinklers. As classificações resultantes são:
LH (risco ligeiro);
OH (risco ordinário);
HHP (risco elevado de produção);
HHP 1, HHP 2, HHP 3 e HHP 4;
HHS (risco elevado de armazenagem);
HHS 1, HHS 2, HHS 3 e HHS 4.
Em função da classificação é selecionado o elemento sprinkler (detector e difusor) com as
seguintes características
Tipo: convencional, spray, ocultos, Sidewall (sprinkler de parede);
Temperatura de actuação: 57ºC, 68ºC, 79ºC, 93ºC, 121ºC, 141ºC, 163ºC, 182ºC,
204ºC, 227ºC até 343ºC;
Factor K de caudal: 57, 80, 115, 160;
Tempo de resposta RTI: standard (RTI>80), especial (50<RTI<80), rápido (RTI<50);
Sprinklers específicos: ELO (Extra Large Orifice) e ESFR (Early Suppression Fast
Response) para riscos especiais.
Nossa mais valia para a sua tranquilidade e segurança:
Estamos habilitados pela ANPC (Autoridade Nacional de Protecção Civil) nos termos do
Decreto-Lei nº 220/2008 de 12 de Novembro, da Portaria nº 1532/2008 de 29 de
Dezembro;
Elaboramos o projecto, com cálculos hidráulicos por computador, de acordo com a
norma EN 12845 (CEA 4001 - European Insurance Federation), exigida pelas
companhias seguradoras europeias para celebração de contrato de seguro contra
incêndios, ou de acordo com a norma NFPA 13.
* Motor de cálculo validado e verificado da FDS (Fire Dynamics Simulator) da NIST (National Institute of
Standards and Technology - http://www.fire.nist.gov/)
CENTRAL DE BOMBAGEM (SERVIÇO DE INCÊNDIO)
CENTRAL DE BOMBAGEM S.I (SERVIÇO DE
INCÊNDIO)
A função primordial da central de bombagem para S.I
é satisfazer os requisitos requeridos pela rede de
incêndio (pressão e caudal), características
fundamentais e necessárias para a eficácia de
extinção do incêndio.
A especificidade deste sistema, obriga a que deva ser
implementado um plano de manutenção e assistência
técnica preventiva/corretiva adequado, alimentando
os:
Sprinklers;
R.I.A (Rede de incêndio armada);
Outros S.I (Serviço de Incêndio).
Independentemente das normas associadas, os sistemas de bombagem são normalmente
caracterizados pelos seguintes conjuntos:
Grupo PRINCIPAL
Constituído por bomba/motor/quadro elétrico tem como objetivo fornecer o caudal e
pressão necessários à instalação de acordo com os requisitos do projeto. O sistema arranca
automaticamente por queda de pressão por ordem do pressostato/transdutor de pressão.
Grupo de RESERVA
Tem as mesmas características do grupo principal. Deve ser tido em consideração que a
fonte de energia do grupo reserva deve ser distinto da do grupo principal.
Grupo JOCKEY
A bomba jockey é normalmente uma bomba multicelular vertical de acionamento elétrico
que tem como objetivo manter o sistema pressurizado, comandado por um pressostato,
compensando variações de pressão resultantes de pequenas fugas na instalação.
A bomba jockey deve ser utilizada em exclusive para este efeito pelo que o caudal a
selecionar deve ser reduzido.
Coletor de PROVAS
Equipado com um caudalímetro permite verificar o caudal debitado pelas bombas principais,
tanto no seu ponto nominal de funcionamento como nos pontos solicitados pela norma
respetiva.
CENTRAL DE BOMBAGEM S.I (SERVIÇO DE INCÊNDIO) TIPO BOOSTER
Especialmente concebida para o abastecimento em água de pequena rede de incêndio RIA
(Rede de Incêndio Armada) até 20 m3
/h ligada à rede pública, quando a mesma não tem
uma pressão suficiente para o coreto funcionamento das bocas de incêndio de tipo CCR
(Carretel de Calibre Reduzido).
Com a nossa central de bombagem de tipo BOOSTER, não necessita de uma
instalação/construção de um depósito dedicado de água de grande capacidade. A central de
bombagem S.I BOOSTER é equipada com um depósito pressurizado de 2m3
somente.
Para a sua tranquilidade e segurança, a nossa central de bombagem S.I BOOSTER está de
acordo com a Nota Técnica Nº 14 da ANPC (Autoridade Nacional de Protecção Civil).
Nossa mais valia para a sua tranquilidade e segurança:
Estamos registado na ANPC (Autoridade Nacional de Protecção Civil) ao abrigo da Portaria
n.º 773/2009, de 21 de Julho, previsto no artigo 23.º do Decreto-lei n.º 220/2008, de 12
de Novembro;
Entregamos o documento oficial do técnico responsável SCIE ou projetista emitida
pela a ordem profissional para efeitos legais e de acordo com a norma NP 4513:2012
(Segurança contra incêndios. Requisitos do serviço de comercialização, instalação e manutenção de
produtos, equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio).
Efetuamos: Reparação, manutenção e venda de grupo de bombagem

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Comportamento humano em situações de incêndio

  • 1. COMPORTAMENTO HUMANO EM SITUAÇÕES DE INCÊNDIO em 10/03/2013 19:50:00 (632 leituras) Share on facebook Share on twitter Share on email Share on print More Sharing Services 1 Por Silvio Leonardo Vieira Prado (1) - CAP QOBM do CBMSE De uma forma geral, a pessoa tem um comportamento adaptativo, ou seja, consegue abandonar o edifício sem se afastar dos padrões normais de comportamento. Entretanto, em alguns casos, podem surgir alguns fenômenos que contribuam para que o indivíduo passe a ter um comportamento não adaptativo. Um comportamento não adaptativo pode ser definido como um conjunto de ações que contribuem para dificultar a evacuação do edifício e o próprio combate a incêndio (ONO e VALENTIN, 2006). A probabilidade de um comportamento não adaptativo aumenta se não forem consideradas as seguintes medidas de segurança contra incêndio: • Concepção correta dos caminhos de evacuação (visibilidade das saídas, larguras suficientes, adequada relação entre largura e altura dos degraus das escadas, existência de corrimãos nas escadas, etc); • Existência de sinalização de segurança; • Existência de iluminação de emergência; • Detecção do incêndio em sua fase inicial e adequados sistemas de alarme; • Existência de lugares de refúgio e sistema de comunicação com os ocupantes (edifício muito alto); • Sistema adequado de controle de fumaça.
  • 2. É importante compreender que o tempo total de abandono é composto por várias parcelas de tempo. Faz-se necessário entender cada uma destas parcelas de tempo, pois se a somatória de tempos que precedem o caminhamento for muito alta, quando o ocupante decidir efetivamente iniciar o movimento, o limite tolerável pode ser mínimo, ou seja, os gases quentes e tóxicos podem já ter invadido as rotas de fuga ou o incêndio pode já ter se alastrado (ONO e VALENTIN, 2006). O tempo de abandono inclui: • Tempo de detecção do incêndio – pode ser curto quando as pessoas estão despertas no recinto em que iniciou o incêndio, ou longo se o incêndio ocorrer em sala distante da presença de pessoas e não houver sistema de detecção automática de incêndio. Neste caso, ao ser descoberto, o incêndio já terá se desenvolvido, gerando uma grande quantidade de fumaça ou gases tóxicos; • Tempo de alarme – depende das ações realizadas pelas pessoas que tomam conhecimento do incêndio ou das características dos sistemas de detecção e alarme; • Tempo de reconhecimento – mesmo soado o alarme muitas pessoas querem se certificar do que está havendo antes de decidir abandonar o local; • Tempo de resposta – algumas pessoas ainda vão executar certas tarefas antes de iniciarem o abandono. Estas tarefas podem ser de caráter pessoal ou tarefas necessárias referentes a algum tipo de processo produtivo. A soma do tempo de reconhecimento e de resposta é denominada de tempo de pré-movimento; • Tempo de caminhamento – é aquele efetivamente gasto no deslocamento para a saída. Inúmeros fatores influem neste tempo como o estado físico e mental das pessoas e a idade, entre outros. Este é o tempo que está relacionado às distâncias de caminhamento citadas nas normas e regulamentações. O conhecimento que se tem obtido, tem resultado em um estereótipo de conduta irracional ou de pânico, o qual tem estimulado o estabelecimento de normas de
  • 3. segurança contra incêndio, estabelecendo a obrigatoriedade da observância de novas soluções tecnológicas baseadas no dito estereotipo. Em estudos realizados nos Estados Unidos e Inglaterra sobre os diferentes comportamentos das pessoas nos incêndios, foram apresentadas três situações que, frequentemente, poderão acontecer (PEREIRA, 2006): 1. O componente humano como causa do incêndio; 2. Os planos ou modelos para uma primeira resposta ao incêndio; 3. Os processos de fuga e evacuação durante o incêndio. Os investigadores observaram toda série de condutas produzidas durante o desenvolvimento de um incêndio real. Os registros sobre essas condutas foram obtidos mediante estudos estatísticos de um grande número de incêndios ou através do estudo de casos, em profundidade, de um incêndio em particular. Os incêndios em edifícios demonstraram que a maioria das pessoas se comportava de forma adequada, ainda que se tivesse detectado a existência de condutas não apropriadas, como a falsa interpretação da situação e a demora em responder aos primeiros comunicados sobre a existência do incêndio. Nessas edificações foi detectado, além disso, fatores diferenciais como a importância dos seus serviços de segurança na administração do sinistro antes da chegada dos bombeiros. Da análise dos incêndios catastróficos que houve no mundo, verifica-se que o ponto nevrálgico das edificações é a vulnerabilidade de circulação interna seja elas horizontal ou vertical aos efeitos do incêndio (fumaça, calor e chamas). Nesse contexto é que o projeto de combate a incêndio e pânico interfere na segurança física das vias de circulação horizontal e vertical. As escadas a prova de fumaça, a sinalização e iluminação de emergência, o correto dimensionamento dos hidrantes de parede e extintores possibilitam uma evacuação segura das pessoas para fora da edificação até a chegada do Corpo de Bombeiros. COMPORTAMENTO HUMANO NOS INCÊNDIOS Publicado em 30/11/1999 Seção: Objetivando contribuir com o desenvolvimento de temas científicos ligados a prevenção, intervenção operacional e análise de incêndios, o CPPT tem a grata satisfação de publicar o artigo desenvolvido pelo Ten. Cel. BM Sérgio Baptista de
  • 4. Araujo, um dos principais estudiosos do tema no cenário nacional. Do curriculum profissional do militar destacam-se as seguintes atividades: Pesquisador/Mestrando da UFRJ,Professor da UFRJ e da UFF,Ex-assessor técnico da ALFIL - Portugal, Ex Diretor do Centro de Pesquisas Perícias e Testes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro e atual Diretor da SYGMA Fire Protection Engineering. COMPORTAMENTO HUMANO NOS INCÊNDIOS 1. INTRODUÇÃO O estudo do comportamento humano em situações de incêndio, é um estudo complexo, pelo fato de serem impraticáveis as realizações de certos experimentos que venham a demonstrar as reais reações e comportamentos, sem que venha a se expor a riscos a integridade física dos envolvidos nestes, e com isto os estudos existentes fornecem apenas partes das situações reais experimentadas por vítimas em situações reais de incêndio. Estes estudos têm sido conduzidos nos últimos 40 anos iniciando-se na década de 60 nos Estados Unidos e na Inglaterra, sido intensificados a partir da década de 70, pela ocorrência do incêndio do edifício Joelma em São Paulo em 1974. Cenas bem vivas até hoje de pessoas se lançando ao espaço na tentativa de escapar as chamas percorreram todo o mundo, via televisão, se tornando uma referência trágica mundial e aguçando a curiosidade científica mundial. De todos os fatos observados uma coisa é certa: - de que o treinamento prévio de como agir ou sobreviver em meio a um incêndio, realizado com uma certa periodicidade, pelo menos uma vez ao ano, é a forma mais segura de se reduzir as fatalidades e os acidentes decorrentes dos incêndios. 2. RESPOSTA FISIOLÓGICA As reações humanas são condicionadas por um mecanismo fisiológico, no qual o homem ao ser informado de uma situação de perigo, o qual ele identifica com base em experiências, cognitivas anteriores ou de conhecimento adquirido através da informação e de relatos, o qual lhe permite estabelecer comparações. As reações, estas as mais típicas são: - a fuga, na maior parte dos comportamentos ou, - a luta da situação de perigo, ou a ausência dela, - a inércia, em que nada mais é de um processo total de negação do fato relacionado com o perigo, motivado por uma situação maior e mais complexa que a capacidade individual de ser tomada qualquer ação, quer fugir ou lutar. A resposta fisiológica ao medo é um dos fenômenos fisiológicos mais básicos, inerentes às espécies animais, e a garantia de sua sobrevivência e evolução. Os seres vivos, em especial os animais, cujo homem é parte integrante da espécie, ao perceberem da ocorrência de um determinado perigo, pelos seus sentidos, sendo os mais importantes e influentes: a visão, a audição, o olfato, e o tato, têm o seu processamento lógico-sensorial baseado na definição ou não de uma situação de perigo como visto anteriormente. Esta situação sendo identificada como uma situação de perigo é transmitida um impulso elétrico pelo Sistema Nervoso Central (o qual corre em grande parte pelo interior da coluna vertebral) a um conjunto de glândulas situadas sobre os rins - as glândulas supra-
  • 5. renais, as quais se incumbem de liberar o hormônio adrenalina (ou epinefrina) para a corrente sanguínea. Fig. 01 – Composição molecular da Epinefrina A adrenalina, cujo nome foi criado pelo cientista que conseguiu isolar este hormônio pela primeira vez, o bioquímico japonês Jokichi Takamine, que formou o nome em questão tomando o nome dos rins, sobre o qual se situam as glândulas secretoras, como já mencionado. Utilizou então 'ad-' (prefixo que indica proximidade), 'renalis' (relativo aos rins) e o sufixo '-ina', que se aplica a algumas substâncias químicas, é um derivado da modificação de um aminoácido aromático (tirosina), secretado pelas glândulas supra-renais, assim chamadas por estarem acima dos rins. Em momentos de "stress", as supra-renais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos e contrai outros. Quando lançada na corrente sanguínea, devido a quaisquer condições do meio ambiente que ameacem a integridade física do corpo (fisicamente ou psicologicamente, medo), a adrenalina aumenta a freqüência dos batimentos cardíacos (cronotrópica positiva) e o volume de sangue por batimento cardíaco, eleva o nível de açúcar no sangue (hiperglicemiante). Esta reação minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal enquanto maximiza o tal fluxo para os músculos voluntários nas pernas e nos braços e "queima" gordura contida nas células adiposas, promovendo uma relativa insensibilidade das extremidades bem como possibilita uma coagulação rápida de pequenos ferimentos. Também promove a dilatação pupilar (midríase) o que aumenta o campo angular de visão, e consequentemente o campo visual para fuga, luta ou percepção do perigo. Para reações de curta duração, decorrentes de uma situação ou sensação de perigo rápido (um escorregão, ou susto por exemplo) esta substância é secretada pela parte exterior da glândula supra-renal. Para situações de stress ou perigo mais duradouro, como por exemplo: um incêndio, um tiroteio ou uma ameaça constante, esta substância é excretada pelo córtex (ou seja, a parte interior) da glândula supra-renal, a qual libera quantidades menores porém intervaladas em um tempo maior, proporcional a ameaça e a sua duração. O fato da percepção de uma situação de risco pode passar por conjunto de julgamentos iniciais que levam à dúvida ou a incredibilidade, em geral sempre através de um processo de negação, com pensamentos do tipo "eu não acredito que isto esteja acontecendo" ou "não pode ser verdade". Via de regra há uma demora significativa entre a tomada de qualquer decisão entre lutar e ou fugir, o que por vezes se torna fatal, pois os desdobramentos dos eventos, em especial dos incêndios, se desenvolvem com velocidades rápidas ( em geral a partir de 3 min e 42 seg. experimentos do NIST – National Institute of Standards and Technologies – E.U.A. a produção de elementos tóxicos e a temperatura de um incêndio a menos de 2,10m já se tornam críticos à vida) em termos de produção de fumaça, com a liberação de produtos tóxicos, opacidade e liberação súbita de calor ( a ocorrência de um "flashover" ). Na fuga, a qual é um processo
  • 6. descontrolado, e em geral é a causa maior de acidentes e fatalidades. Entretanto na desocupação, o qual é um processo controlado ou sob comando, as pessoas tendem a seguir os padrões das instruções previamente recebidas, quer por treinamentos ou exercícios simulados, e ainda seguindo as informações contidas em sinais ou plantas de emergência, com isto as pessoas devem nestas situações serem sempre informadas para onde ir e como agir. Ao contrário do que se pensa, e do muito que se tem divulgado ao longo dos anos, é raro nos incêndio ocorrer o chamado Pânico (cujo nome vem da Mitologia greco-romana, e é atribuído ao Deus Pan, deus das florestas, campos e rebanhos, tendo torso e cabeça humanos e pernas, chifres e orelhas de bode, cujo grito levava ao pavor, daí a origem do nome Pânico, o qual é uma resposta de inadaptação a uma determinada situação não controlada ou não controlável). Entretanto há uma profunda e significativa relação de predisponibilidade para estas situações em eventos esportivos ou religiosos, aonde associado a elevada densidade ocupacional, e ao reduzido número e as dimensões das vias de saída, há o forte apelo emocional, como elemento latente. As pessoas de uma forma geral seguem os caminhos e as ações as quais estão acostumadas ou foram treinadas, é um padrão típico dos animais, incluindo formigas, abelhas e até bactérias. Experiências demonstram na elaboração de Planos de Escape, que apesar de uma determinada via de fuga se encontrar mais próxima ou adequada, as pessoas em situação de perigo tendem a utilizar aquela que estejam mais acostumadas, em um processo hoje denominado Dinâmica das Multidões (Crowd Dynamics). Mesmo em situações em que as pessoas se lançam pelas janelas em um incêndio, tal visão de quem está do lado de fora sugere a ocorrência de pânico, entretanto sob a lógica decisória comportamental dos envolvidos, tal ação era um resultado de uma escolha entre ficar e morrer em meio as chamas cuja probabilidade de sobrevivência seria nenhuma, a uma probabilidade ainda que infinitamente pequena: a de saltar e sobreviver, portanto tal atitude é baseada em uma opção lógica, apesar de parecer o contrário. O evento corrido no World Trade Center (WTC) em 11 Setembro de 2001, lançou novas luzes sobre o fato e demonstrou que mesmo sobre eminência e conhecimento do perigo em que estavam expostas as pessoas, não houve pânico, e as pessoas procuravam ajudar uma às outras. Um grande número de cardiopatas, obesos, com restrições de locomoção, asmáticos, grávidas etc. para escaparem daquela situação, uma vez que as escadas, isto é aquelas que ainda se mantinham desobstruídas, e possibilitavam tal conduta e geravam em virtude de sua dimensão e sinalização um relativo conforto e segurança psicológica ( Dyewr J. e Flynn K., 2005). Na ocorrência do pânico, após várias tentativas de ação frustradas por uma determinada reação, p. ex. tentar várias vezes escapar por uma porta que se encontra fechada, dá lugar a tentativas de quebra da mesma, ou mesmo devido a raros eventos, como o exemplo ocorrido no Station Nightclub, em West Warnick, Rhode Island, EUA, em 20 de Fevereiro de 2003, quando 100 pessoas entre empregados e clientes perderam a vida (Tubbs S.J.J & Brian J. M, 2007), ficando um grande número presos as portas por retenções corpo a corpo. Estas ações por vezes individuais, por vezes coletivas se processam a velocidades cada vez maiores, uma vez que há um perigo em desenvolvimento e constante aproximação: - o fogo e com isto as ações tendem a ser mais rápidas e portanto levam a uma descoordenação motora, psicológica e sensorial de onde resultando no pânico, o qual se manifesta ou por choros compulsivos, gritos, ações inesperadas, ou bloqueio psicológico do tipo inercial - paralisia e apatia total. Em muitos casos de incêndios, entretanto esta situação na realidade não chega a se
  • 7. manifestar, pois a própria ação dos compostos da fumaça, em especial o Monóxido de Carbono (CO) levam ao entorpecimento das ações por meio da sonolência e dos desmaios. Isto decorre em razão dos efeitos fisiológicos da combinação do CO com a Hemoglobina no sangue através de um processo químico ocorrido a nível celular em atmosferas normais: Oxigênio (O2) + Hemoglobina (Hb - na realidade uma “variável química” do elemento Fe - Ferro) = Oxi-Hemoglobina (Hb), entretanto outro processo dá lugar em meio a fumaça: Monóxido de Carbono (CO) + Hemoglobina (Hb)= Carboxi-Hemoglobina (COHb), com uma estabilidade química maior decorrente de uma maior predisposição de combinação entre o Ferro (Fe) e o Carbono (C) ser de até quatro vezes mais do que com o Oxigênio (O2) Na realidade as pessoas em uma situação de emergência tendem a seguir padrões comportamentais regidos por uma "Consciência Coletiva", a qual pode ser definida como um arcabouço cultural de idéias morais e normativas, adquiridos pela humanidade ao longo de sua evolução, tendo padrões típicos comportamentais assim denominados: - A “Aglutinação” - fenômeno pelo qual o ser humano se sente melhor protegido quando em grupo do que isolado e, portanto, em situações de perigo as pessoas tendem a se agrupar umas as outras, cujo sentimento remota a mais básica das sensações emocionais do ser humano: a proteção pelo abraço materno, em uma determinada área, em geral um saída, a qual por vezes podem não ser a mais adequada para fins de escape, e, - A “Convergência” - Quando tal mecanismo de “Aglutinação” inverte-se, e observando que a oportunidade de sobrevivência será tão e exclusivamente única para poucos, em função das limitações ao livre escape, as pessoas lutam pela sua sobrevivência, agredindo umas as outras, pisoteando-as, como é muito comum em estádios esportivos. 3. O AMBIENTE DO INCÊNDIO Um dos elementos fundamentais de toda estratégia da Proteção Contra Incêndios é a Proteção a Vida (Life Safety), e neste conceito há três direções: a prevenção da ignição, o controle do incêndio e o terceiro que é o de isolar as pessoas dos efeitos impactantes da combustão pelo: tempo, distância e abrigagem. Os fatores específicos que determinam um maior ou menor sucesso durante uma desocupação estão ligados a três parâmetros básicos: Tempo, Tempo-Crítico e Intervalo para ação. Tempo Como o incêndio se desenvolve ao longo de uma linha do tempo, e nesta linha vimos que a fumaça é o elemento impactante, que primeiro surge e por mais tempo se mantém, mesmo depois da extinção das chamas e da redução do calor (a nível de tolerância fisiológica). A ameaça está diretamente relacionada com a velocidade de propagação do fogo (Flame Spread Rate), esta consideravelmente maior aonde existe uma determinada carga mobiliária (p.ex. cadeiras, sofás, camas, em geral como quase tudo hoje à base de polímeros sintéticos) bem como revestimentos (p.ex. divisórias, forros, pisos) estes também a base de polímeros sintéticos, como espumas, poliestireno etc. Em alguns casos como o caso do incêndio do Hotel MGM em Las Vegas, ocorrido em 21 de Novembro de 1980, em Las Vegas, EUA, o fator de difícil identificação ligado as características (inodoro, incolor, insípido) do Monóxido de Carbono (CO), fez com que não pudesse ser percebida a propagação da fumaça em decorrência de um
  • 8. incêndio que lavrava no restaurante do Hotel, tendo se propagado pela juntas de dilatação sísmica e penetrado nos vários quartos, deixando um saldo de 85 mortos, sem que houvesse neles a identificação de menor esforço ou posição indicativa de percepção do risco ou de escape. Tempo-crítico O tempo crítico para a sobrevivência humana, e consequentemente para o escape é composta de três condições que interagem entre si: As temperaturas elevadas do ambiente, as condições tóxicas e as atuais ou pré-existentes condições psico- fisiológicas dos ocupantes. Temperaturas elevadas do ambiente podem causar queimaduras ou stress térmico (intermação) que mesmo lentas podem comprometer o equilíbrio homeostático e levar à morte, bem como golpes súbitos de calor radiante proveniente de "flashovers" - inflamação generalizada do ambiente ou "backdrafts" - explosões súbitas de fumaça. As condições tóxicas podem ser criadas em função da composição química do material que se encontra presente e de suas concentrações (Carga-Incêndio). As atuais ou pré-existentes condições psico-fisiológicas dos ocupantes são sem sombra de dúvida afetadas pelas temperaturas elevadas do ambiente e pelas condições tóxicas do mesmo, sendo um exemplo comum a de problemas cardíacos anteriores, o que leva a inúmeras fatalidades nos incêndios. Intervalo para ação O intervalo entre a descoberta do fogo e a estimativa de seu risco, pode ser definido como o tempo disponível para serem tomadas as ações que previnam os ocupantes de estarem expostos aos riscos do incêndio. Esta ação pode ser através da ativação do equipamento automático de extinção ou pelo confinamento do incêndio (compartimentação) , saída dos ocupantes (desocupação) ou ambos. Quanto mais cedo for descoberto o fogo mais tempo se terá para as ações de controle, e neste aspecto os Sistemas Automáticos de Detecção e de Extinção de Incêndios (SAD/E-I), ocupam preponderante papel. O risco nem sempre cresce com a mesma velocidade do incêndio. A ação de um destes sistemas pode reduzir a velocidade de propagação deste risco. 4. O FATOR HUMANO Duas pessoas reagem de forma diferente a uma mesma situação quando ela ocorre, e mesmo assim, uma destas pode agir de uma determinada forma hoje e diferentemente daqui a algumas horas, dias ou semanas. Há certos fatores que podem determinar como nós agiremos em determinadas situações. Como nós agimos frente ao calor, fumaça e chamas é baseado nos seguintes fatores: - Idade - Os mais novos devido ao desconhecimento e as restrições de mobilidade, e os mais velhos ( por isso as faixas de maior vulnerabilidade nos incêndios é até os 5 anos e acima dos 65 anos) além destas restrições de mobilidade, devido a outros problemas de ordem sensorial e neurológica ( agravadas ainda por mal
  • 9. de Parkinson, Alzheimer etc.) tem a sua capacidade de lidar com o incêndio reduzida tornando-se um fator crítico de sobrevivência, - Tamanho - Pessoas de maior massa muscular podem tolerar melhor altas doses de materiais tóxicos gerados nos incêndios, entretanto no tocante ao condicionamento cárdio-respiratório, crucial nestas condições de sobrevivência, estas pessoas em geral mal condicionadas podem tornar-se vítimas potenciais, - Condições físicas pré-existentes - A condição geral de um indivíduo poderá ter um efeito na sua sobrevivência em um incêndio, Nestas podemos incluir: - Estabilidade Cardíaca ( determinada pela condição anatomo-fisiológica do sistema cárdio-circulatório), - Condição Aeróbica (associada ao condicionamento cárdio-respiratório) - Mobilidade (ligada ao biotipo, peso, altura, flexibilidade articular, doenças músculo- esqueléticas), neste aspecto temos também de considerar grávidas, pessoas com restrição motora, visual e auditiva, em especial cadeirantes, - Capacidade Respiratória - A maior parte das "Causas Mortis" nos incêndios decorre da inalação de fumaça. Por esta razão a Capacidade Respiratória é uma condição crítica de sobrevivência na situação de um incêndio. Quaisquer doenças crônicas pré-existentes como efisema pulmonar e asma (devido a alteração respiratória por conta da alteração e da elevação da freqüência respiratória, em decorrente da obstrução dos músculos pulmonares contraem-se, interrompendo o ciclo respiratório e provocando vasoconstrição - diminuição do calibre das vias aéreas pulmonares. Fatores estes associados a fumaça, stress, calor etc.), podem reduzir consideravelmente esta capacidade. Fatores agudos como Resfriados, Gripes ou Pneumonias podem vir a afetar esta capacidade. E no caso de fumantes as condições pulmonares, bem reduzidas em geral, dificultam a ações de troca pulmonar a nível alveolar, em termos de absorção de O2, e consequentemente dificultando uma boa irrigação sanguínea cerebral, indispensável para a tomada de ações, quer quanto ao critério, quanto a velocidade das mesmas, quer quanto ao impulso neurológico em uma situação de incêndio. - Medicação, drogas e álcool - estes elementos reduzem substancialmente a capacidade de avaliação e da percepção dos riscos inerentes a um incêndio, alterando substancialmente a capacidade de se tomar a decisão adequada frente a emergências. Estatísticas recentes (United States Fire Administration – USFA , Abril, 17 , 2008) citam que pelo menos 10% das fatalidades em incêndios residenciais tem como causa principal o uso de drogas ou álcool, em especial nas comunidades mais pobres. Neste aspecto a faixa etária envolvida neste tipo de evento se situa entre 20 a 64 anos, cujos índices são duas vezes maiores que as outra faixas etárias, e os homens são os mais predominantes neste aspecto. 5. RISCOS DO INCÊNDIO Como as pessoas reagem ao incêndio é determinado pelos riscos provenientes da situação do incêndio, estes são determinados pela: Temperatura, calor, fumaça e redução da taxa de oxigênio. - Temperatura - os efeitos podem variar com a duração da exposição. A umidade e respirabilidade também têm efeito. As condições mais severas podem ocorrer mais entre 50°C até 65°C e são consideradas incapacitantes. Temperaturas acima de 100°C podem causar a morte. A
  • 10. tabela abaixo mostra os efeitos fisiológicos do calor: - Fluxo de Calor e queimaduras - Esta é a medida de quanto calor é disponível para ser transferido a pele humana ( ou outra superfície). O limite superior é 2.5kW/m2 por 3 minutos sem dor severa. Isto é equivalente a colocação da mão a poucas polegadas sobre uma lâmpada de 100 watts por cerca de 3 minutos. O ponto alto da temperatura será quanto mais rápido a queimadura ocorrer. - Obscurecimento pela Fumaça - A fumaça tem diversos efeitos negativos - a redução da visibilidade para menos de 4 metros, a irritação e a toxidez causada pela inalação, causa lacrimejamento e medo, e consequentemente reduz a capacidade da pessoa escapar. - Redução do Nível de Oxigênio (O2) - O índice de O2 na atmosfera é da ordem de 21%, portanto quando este valor é reduzido são causados vários efeitos fisiológicos, bem como psicológicos. Quando falamos de redução do nível de O2 podemos nos referenciar tanto a valores percentuais quanto a valores áricos ( associados à pressão). Quando temos a redução dos valores quantitativos temos os efeitos associados à anoxia, a qual pode resultar em comportamentos irracionais e que por vezes são sugeridos de estarem ligados ao fator Pânico, entretanto com a redução do percentual de O2 no cérebro, há o conseqüente aumento dos valores de Dióxido de Carbono (CO2), o qual produz um efeito sedante e por vezes dependendo da concentração alucinógeno, fazendo com que se feche uma porta ao invés de abrí-la para fugir de um incêndio. A quantidade de O2 no ambiente determina ou não a sobrevivência em um incêndio, concentrações menores que 9% levam a inconsciência imediata, e a partir do terceiro minuto nestas condições restritivas caem as chances de sobrevivência em um incêndio.
  • 11. Fig. 02 _ tempos-limite de sobrevivência em incêndios A anoxia torna mais vulneráveis os usuários de medicamentos, drogas e álcool. A hipoxia, é relacionada com a redução da pressão do O2 na corrente sanguínea para menos de 0,21atm, cujo controle bárico é realizado pelos baroreceptores (detectores de nível de pressão), os quais são minúsculos gânglios localizados em alguns no coração, artérias e alguns vasos de calibre significativo como a Aorta e a Carótida, os quais informam o Sistema Nervoso Central (SNC) juntamente com os Quimioreceptores (detectores da relação O2/CO2), e que levam ao acionamento dos nervos frênicos, localizados no diafragma pulmonar, cuja finalidade é a de realizar o mecanismo de aborção do ar atmosférico pelo movimento da inspiração. - Exposição aos Gases do Incêndio - Há muitos gases resultantes do processo de combustão, entretanto o mais comum e consequentemente o mais problemático é o Monóxido de Carbono (CO), que é responsável por mais da metade das mortes relatadas nos incêndios, devido a sua extrema compatibilidade com a Hemoglobina (Hb) conforme citado anteriormente. Além de perigoso em pequenas quantidades, as concentrações de CO tendem a ser cumulativas, ou seja isto significa que diversas exposições me curtos intervalos de tempo podem fazer com que sejam acumuladas consideráveis concentrações de CO, o que pode se tornar fatal em alguns casos. Em 1979 Walter Berl e Byron Halpin do Johns Hopkins University analizaram 463 mortes decorrentes de incêndios em Maryland, nos E.E.U.U. e apresentaram a primeira estatística que evidenciava a relação destas mortes diretamente a inalação de CO. Suas observações estão registradas no gráfico abaixo a partir da análise do percentual de 100% de mortes decorrentes dos incêndios, lançando novas luzes sobre a questão.
  • 12. Fig. 03 – Mortes nos incêndios Ao contrário do que se pensa e se utiliza em geral nos incêndios como prática: a administração do leite para as pessoas ingerirem. Tal finalidade, além do poder sedante do triptofano (O triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção de serotonina que é o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e até induzir e melhorar o sono), destina-se apenas a reduzir a acidez proveniente das partículas sólidas de carvão (C), resultantes da combustão incompleta. Estas partículas se alojam nas vias respiratórias e criam espasmos musculares, do tipo tosse, enjôo e vômitos devido a sua toxidez. Em contato com a retina ocular provocam coceira, e lacrimejamento o que pode levar a acidentes em decorrência da perda temporária da visão. A única forma de se reduzir a concentração de CO no sangue é através da administração de Oxigenoterapia, Hiperbárica - OH (a qual consiste, basicamente, em sessões de 60 à 120 minutos, sob pressões de 2.0 à 3.0 atmosferas absolutas) A administração de 100% de O2 faz-se até que os níveis de Carboxi- Hemoglobina (CHb) estejam normais. Neste regime, a semi-vida da Carboxi- Hemoglobina é de 74 minutos (comparada a 320 minutos respirando ar). A acidose láctica facilita a difusão do O2 nos tecidos e não deve ser corrigida, a não ser que seja extrema (pH < 7,15). 6 - O COMPORTAMENTO HUMANO DURANTE OS INCÊNDIOS Da forma que um indivíduo é informado de que um incêndio está se desenvolvendo próximo a si tem um impacto direto sobre as suas ações. Há diversas formas nas quais as pessoas possam ser alertadas da ocorrência de um incêndio estas são via de regra: - Sistemas de Alerta - Através de sons ou luzes específicas, uma vez já reconhecidas através de programas informativos, de treinamento ou exercícios simulados levam a pessoa a identificar como um alerta de incêndio. É importante que estes sinais, possuam intensidade sonora acima do ruído de fundo em especial nas indústrias (acima de 95Db), podendo por vezes serem conjugados com sistemas luminosos (do tipo estroboscópico com freqüência superior a 2 Hz). Sistemas de Ar Condicionado tendem a absorver ruídos e com isto quando no funcionamento destes sistemas em especial em
  • 13. hotéis, os sinais tendem a passar desapercebidos. Crianças e idosos possuem em geral sono mais profundo o que vem a dificultar a percepção destes sinais. Entretanto estes sistemas apenas informam que está ocorrendo um incêndio, entretanto não informam como agir e para onde se dirigir, portanto devem ser seguidos de instruções dadas por Sistemas de Notificação Sonora. Estes alertas devem apenas ser utilizados, no sentido geral, ou seja para o público, uma vez que a situação está de difícil controle e para a segurança dos ocupantes é imprescindível a desocupação ( controlada) ou o abandono ( por ação própria) - Sistema de Notificação Sonora - Estes sistemas devem ser complementares aos Sistemas de Alerta, uma vez que uma mensagem pura e simples, pode passar desapercebida em meio a pessoas, trabalhando, conversando com máquinas funcionando, em ambientes com grande concentração de público, como Shopping Centers, na fase ainda controlável do incêndio, as mensagens devem ser apenas em código e destinadas apenas às Equipes de Controle de Emergências, evitando-se assim ansiedade e condutas descontroladas e inapropriadas. As mensagens devem ter uma elaboração prévia, e algumas palavras como “CALMA”, “NÃO CORRA”, podem vir a ser problemáticas, gerando um entendimento inverso ao esperado. O volume da mensagem, o tom de voz também tem um efeito direto na forma pela qual as pessoas percebem a ameaça. - Cheiro de fumaça - O cheiro da fumaça é um outro fator importante de que haja a percepção de que um incêndio está em desenvolvimento, o que leva a maior parte das pessoas a tentar a localização exata de sua origem. - Notificação pessoal - A notificação pessoal constitui a forma direta e em geral a tida como a mais confiável pela maior parte das pessoas, especialmente se esta notificação for dada por familiares ou colegas de trabalho. - Barulhos - Um outro modo de percepção da ocorrência de um incêndio pode ser a de pessoas subindo ou descendo escadas, no corredor, vozes altas, gritos, apitos, viaturas do Corpo de Bombeiros chegando etc. Nos estudos realizados na Inglaterra e Estados Unidos, entre 1987 e 1991 (ZIMMERMAN et al.) sob a forma de questionários, pode-se se chegar sob a forma de resumo a algumas conclusões importantes: - A maior parte das pessoas 39% acredita durante o acionamento de um alarme de incêndio tratar-se apenas de um exercício simulado, e outra quantidade significativa 23% pensa estar relacionado o som com as atividades de manutenção dos sistemas, apenas 14% consideram a hipótese de um incêndio real; - As razões que levam as pessoas a considerar que mesmo após terem percebido o sinal de alarme de incêndio, consideram que se trata de um incêndio 34% informaram que com somente uma informação oral adicional, 18% devido a familiaridade com o
  • 14. som e 14% na incerteza consideram-no como um alarme real; - Quanto a reação ao alarme, um número significativo de pessoas 24%, ignora o alarme, enquanto outros 24% procuram localizar o alarme, 13% procuram comprovar se o incêndio é real e outros 13% avisam terceiros para deixar o edifício; - Uma vez tendo sido cientificados por terceiros, ou seja, por outras pessoas que ouviram o alarme, e repassaram a informação, 38% procuraram deixar o edifício em resposta as instruções, enquanto 18% preferiram ignorar o alarme e 13% preferiram manter suas atividades rotineiras, ao invés de abandonar o local; Entretanto após uma situação de incêndio real, feita uma avaliação após o mesmo se teve como resultado: - 68% das pessoas ligaram o som ao incêndio real em andamento, entretanto mesmo assim 32% das pessoas não ligaram o alarme ao incêndio; Estes dados tendem a provar que via de regra: “AS PESSOAS NÃO ACREDITAM QUE OS INCÊNDIOS POSSAM OCORRER, A NÃO SER QUANDO ELE ESTÁ REALMENTE OCORRENDO.” Quanto a real percepção da ocorrência de um incêndio a certeza foi dada: - Para 26% das pessoas, através do cheiro da fumaça, para outras 21% através da notificação direta e 18% pelo barulho associado; Quanto às primeiras ações empreendidas, quando se realiza um comparativo em termos de sexo, pode-se observar comportamentos distintos entre ambos, decorrentes dos resultados destas pesquisas, realizadas por Bryan J.L em seu estudo “Human Behavior in Fire Situations”, em 1977, através de inquéritos a 584 pessoas envolvidas em incêndios entre Janeiro de 1975 e abril de 1976, chegou -se as seguintes conclusões: - As ações mais freqüentes foram nesta ordem: - avisar os terceiros, procurar a origem dos incêndios, chamar os Bombeiros e vestirem-se; De acordo com o sexo: - Os homens procuraram chamar os bombeiros, deixar o edifício e procurar os familiares; - As mulheres procuraram a origem do fogo e a localização dos extintores. Quanto a reentrada no edifício, de cerca de 29.7% dos inquiridos as razões foram em ordem:- combater o incêndio, tentar salvar bens pessoais, observar o incêndio e avisar terceiros. Cinco processos seqüenciais foram identificados como padrões-resposta a situações de emergência, predecessores do pânico os quais se alternam sucessivamente em uma espiral crescente, são eles: RECONHECIMENTO Da forma que um indivíduo é informado ou tem a sensação de "que algo não corre bem", ou seja, de que um incêndio está se desenvolvendo próximo a si, tem um impacto direto sobre as suas ações. VALIDAÇÃO Este processo consiste na tentativa de avaliar o quão séria representa a ameaça a
  • 15. que ele está exposto, quando são colocadas questões do tipo: - "Devemos desocupar o prédio ou aguardar as instruções?", "Este cheiro de fumaça será de algo que realmente está queimando?". DEFINIÇÃO Este processo consiste basicamente no conhecimento da informação sobre o perigo ao qual o indivíduo está exposto, dentro de certas variáveis qualitativas, como a natureza da ameaça, a magnitude do risco, e o contexto temporal de desenvolvimento da emergência, neste caso do incêndio. Neste aspecto o indivíduo pode determinar o curso de andamento da situação, com questões do tipo "Com quanta fumaça nós ainda poderemos ver?" ou "Quanto calor nós ainda poderemos sentir?" AVALIAÇÃO Este processo pode ser descrito como um conjunto de atividades cognitivas e psicológicas requeridas para que o indivíduo venha a responder à ameaça. A habilidade individual de se controlar a ansiedade e o stress torna-se fatores preponderantes, e neste processo a ameaça causada pelo incêndio determinará, segundo o padrão psicológico ou vivencial do indivíduo a ação subseqüente: a de fugir ou a de lutar contra o fogo. EXECUÇÃO Esta parte do processo é relativa ao conjunto de mecanismos os quais o indivíduo lançará mão, o qual foi estabelecido previamente, durante o processo de Avaliação, e que será a garantia de sua sobrevivência. REAVALIAÇÃO Este é o processo mais estressante para o indivíduo, em especial quando uma ultima tentativa tem acabado de falhar, e a subseqüência destas tentativas ( p. ex. tentar escapar de locais aonde as portas se encontram fechadas ou obstruídas), pode levar devido a recorrência do stress, cansaço à perda subseqüente da coordenação motora ao incremento da possibilidade de sucesso, tornando as decisões cada vez menos racionais e daí ao pânico como elemento final. 7. O MITO DO PÂNICO Em 1982 o Dr. Jonh Keating escreveu um artigo na revista da NFPA - Fire Journal intitulado “O mito do pânico”, neste artigo ele identificava certos elementos que eram essenciais para o estabelecimento do estado de pânico. Ele também desenvolveu uma nova definição para o Pânico - Um comportamento agressivo induzido pelo medo, que é irracional, inadaptado e anti-social que serve para reduzir as possibilidades de escape de um grupo como um todo. Os quatro elementos para o estabelecimento do pânico são segundo este estudo: - A esperança permanente de escape, ainda que as vias de escape se encontrem fechadas; - Um comportamento contagiante, especialmente se iniciado por qualquer um dos
  • 16. líderes previamente qualificados ou surgidos em meio a um grupo, afetado pelo fogo; - Uma “atitude agressiva constante” desenvolvida pelo indivíduo, visando a sua própria segurança mesmo que contra os outros do grupo; - Um conjunto seqüencial de respostas irracionais ou ilógicas a uma determinada situação de emergência; Não há necessariamente a ocorrência de pânico ainda que não houvesse a evidencia de escape; Os comportamentos contagiosos são muito mais comuns nas situações ambíguas ou emergenciais simplesmente pela tendência das pessoas, seguirem um líder, em situações de stress, onde esta opção (de seguir um líder) é a única opção. é importante ressaltar como já dito ambientes esportivos, de alta emotividade, competitividade e/ou agressividade são fatores predisponentes para tal, como por exemplo partidas de futebol e eventos religiosos, e os exemplos dramáticos ocorridos em Bradford no Reino Unido, em 1985, em Heyssel na Bélgica também em 1985, em Hillsborough, Reino Unido em 1989, e na peregrinação a Meca, Arábia Saudita em 2000, mostraram estas evidências. De uma forma geral as pessoas sempre ajudam umas as outras, tendendo a ser solidárias umas com as outras nas situações de grande perigo, ao contrário do pensamento comum de que em situações extremas o caráter individual é prevalente, e o exemplo recente do World Trade Center, mostrou esta característica. 8 . BIBLIOGRAFIA BERL W. G.& HALPIN B.M., Human Fatalities from Unwanted Fires, Baltimore, Md: Johns Hopkins University, Applied Physics Laboratory, EUA, 1979 BRYAN J. L. – Human Behavior in Fire – Fire Protection Engineering – SFPE, Massachussets, EUA, Edição de Inverno 2002 BUKOWSKI, R. W.; O´LAUGHLIN, R.J. & ZIMERMMAN, C.E. Eds. – Fire Alarm Signaling Systems Handbook, NFPA, Quincy, USA, 1990 DWYER J. & FLYNN K. – 102 Minutos – Jorge Zahar Editores, Rio de Janeiro, 2005 FARKAS I.J. ,HELBING D., MOLNÁR. P., BOLAY K. - Self-organizing pedestrian movement - Department of Biological Physics, Eotvos University, Budapest, Hungria, 2000 PROULX G. & TILLER D., - Assessment of Photoluminescent Material During Office Occupant Evacuation - Institute for Research in Construction, National Research Council of Canada, 1999 SHEN T. Z. - Building Egress Analysis – Central Police University – Taiwan, 2004 TUBBS, S. JEFFREY & MEACHAM – Egress Design Solutions – A Guide to Evacuation and Crowd Management Planning – Jonh Wiley & Sons, Inc. New Jersey, 2007
  • 17. ZIMMERMAN, C.E. – Automatic Fire Detectors, Section 16, Chapter 3 – Fire Suppression Handbook, Sixteenth Edition, NFPA, Quincy, 1991 9. CONTATOS Estrada do Ribeirinho, 55 – Vila D. Pedro I CEP.: 23.970-000 – PARATY – R.J. BRASIL Tel.Fax.: 0055 24 3371-0163 Celular: 0055 21 9431-7675 Home-Page: www.mamut.com/sygmafpe e-mail: sygma@iol.pt MÉTODO DE GRETENER INTRODUÇÃO: O Método de Gretener tem por finalidade a avaliação do risco de incêndio. Foi desenvolvido, por encomenda da Associação Suíça de Seguradoras, pelo Engenheiro Max Gretener com a finalidade de obter um processo analítico para a quantificação do risco de incêndio de edifícios através de critérios uniformes e de harmonizar o processo de cálculo da tarifa de seguro de incêndio. Este método foi revisto e adaptado à realidade nacional nomeadamente ao nível da fiabilidade do abastecimento de água à empresa e da capacidade de intervenção dos socorros exteriores e interiores da empresa. Como nota prévia, refira-se que a aplicação do método pressupõe a estrita observação de um conjunto de normas e requisitos de segurança, tais como: - Distâncias de segurança entre edifícios vizinhos, quando exigível; - Cumprimento das prescrições de segurança relativas as instalações e equipamentos técnicos; - Medidas de protecção as pessoas (caminhos de evacuação, sinalização e iluminação de emergência, etc.). De salientar que estas medidas não podem ser substituídas por outras. Em termos práticos, a metodologia assume que todos estes requisitos se encontram cumpridos e não são avaliados pelo método.
  • 18. Assim, o analista deverá ter o cuidado de assegurar que as medidas regulamentares se encontram cumpridas antes de efectuar o cálculo, de forma que o risco calculado seja o mais próximo da realidade. Ao desprezar o conjunto de normas acima descritas como, por exemplo, a quantidade e dimensão das vias de evacuação, atendendo ao efectivo do edifício, isto é, ao número de pessoas presentes no edifício, o valor obtido representará um risco de dimensão inferior ao real, o que é, de todo, indesejável. Na sua aplicação, o método tem em conta um conjunto de factures de perigo essenciais e permite definir as medidas necessárias para reduzir o risco de incêndio. Possibilita ainda a avaliação da eficácia de cada uma das medidas propostas através do recalculo de diversas situações onde se pode simular a introdução de medidas mitigadoras do risco e avaliar da sua eficácia na redução do risco de incêndio, o que permite uma boa base para uma análise de custo e eficácia destas mesmas medidas. O método aplica-se a uma enorme diversidade de edifícios. Em boa verdade, o método é aplicável a toda e qualquer situação onde exista uma construção que possa ser considerada como um edifício, já que é este, o edifício, o conceito que esta subjacente ao desenvolvimento do método. Assim, o processo aplica-se, entre outros, a: - Estabelecimentos que recebem público, com forte densidade de ocupação; - Estabelecimentos nos quais as pessoas estão expostas a um risco especifico: • Exposições, museus e locais de espectáculos; • Centras comerciais; • Hospitais, hotéis e outros estabelecimentos similares; - Indústria e comércio: • Unidades de produção; • Áreas de armazenagem; • Áreas administrativas. O método baseia-se na determinação do risco de incêndio efectivo de um determinado espaço avaliado e a sua comparação com um risco de incêndio admissível previamente determinado. Se o risco de incêndio efectivo for inferior ao admissível considera-se que o espaço avaliado apresenta condições de segurança aceitáveis. Caso contrário, considera-se que não apresenta condições de segurança aceitáveis, sendo necessário formular novos conceitos de protecção e controlá-los por meio do método de Gretener. PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS - PROJECTO SCIE Elaboramos e subscrevemos Estudos, Planos e Projetos de Segurança Contra incêndios em Edifícios (SCIE) e Recintos Qualificados nos termos do Decreto-Lei nº 220/2008 de 12 de Novembro, da Portaria nº 1532/2008 de 29 de Dezembro e da Portaria nº 64/2009 de 22 de Janeiro. O novo regime jurídico SCIE divide os edifícios ou parte de edifícios por diferentes utilizações-tipo (UT), sendo:
  • 19. Tipo I Habitacionais Tipo II Estacionamentos Tipo III Administrativos Tipo IV Escolares Tipo V Hospitalares e Lares de Idosos Tipo VI Espectáculos e Reuniões Públicas Tipo VII Hoteleiros e Restauração Tipo VIII Comerciais e Gares de Transportes Tipo IX Desportivos e de Lazer Tipo X Museus e Galerias de Arte Tipo XI Bibliotecas e Arquivos Tipo XII Industriais, Oficinas e Armazéns Cada utilização-tipo (UT) é classificada em quatro categorias de risco, sendo as exigências em termos de segurança crescentes. O critério de classificação é diferente para cada utilização -tipo, e tem em atenção fatores como a altura, a área, o efetivo e a carga de incêndios, entre outros. Categoria Fatores de risco 1.ª Risco reduzido 2.ª Risco moderado 3.ª Risco elevado 4.ª Risco muito elevado O projeto de segurança contra incêndio (Projeto SCIE) é no conjunto dos projetos de especialidade aquele que mais pode influenciar ou condicionar o ato de criação do objeto arquitetónico. Por sua vez, este tem implicações diretas sobre as demais especialidades (Arquitetura, eletricidade, águas, AVAC, desenfumagem, sinalização de segurança, etc ...), uma vez que define exigências para todas elas, traduzindo-se numa necessária articulação com todos os intervenientes do processo construtivo. A PROTECH conta já com uma vasta experiência nesta área (com mais de 10 anos), tendo realizado diversos estudos de segurança abrangendo utilizações-tipo das diversas categorias de risco. Os nossos projetos em casos específicos ou quando a legislação assim o obriga terão a aprovação da ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil), que garante a sua boa execução de acordo com a legislação em vigor, ou quando não é possível garantir a sua aplicação, sugerir medidas compensatórias com a aprovação da Autoridade (ANPC). Pela nossa experiência, deparamo-nos ainda infelizmente, com a ausência de elaboração do Projeto SCIE, por parte do dono de obra, para efeitos legais (legalização) em casos de remodelação ou mudanças de uso e até nas novas edificações. Está lacuna pode comprometer gravemente a viabilidade do projeto do dono de obra, implicando graves contra tempos e desnecessários transtornos. Por isso, a PROTECH aconselha vivamente que entre em contacto connosco em caso de dúvida.
  • 20. Para a sua tranquilidade acompanhamos as obras e aconselhamos o dono de obra na seleção de propostas e produtos. Como mais valia, temos para casos de arquiteturas atípicas ou imaginativas, a possibilidade de efetuar simulação por computador* (especialmente para desenfumagem, tempo de reação de sprinklers, difusão de calor) quando a legislação em vigor não permite à sua implementação, baseando-se em alternativa no desempenho. PROJETO REDE DE SPRINKLERS REDE DE SPRINKLERS A função de um sistema/rede de sprinkers é detectar um foco de incêndio, dar o alarme, extinguir o incêndio na sua fase inicial ou limitar a sua propagação até chegar as equipas de intervenção. Existem vários tipos de sistemas/redes sprinkler, que tomam a forma de: Instalação húmida; Instalação seca; Instalação dilúvio; Instalação preacção. A especificidade deste sistema/rede obriga a uma analise de risco das instalações a proteger, tendo em conta: A actividade exercida ou prevista; A natureza dos produtos fabricados, utilizados, armazenados; A tipologia e altura do armazenamento; As características do edifício, pé direito, etc ... Em função da análise de risco, resulta uma classificação para o dimensionamento do sistema/rede de sprinklers. As classificações resultantes são: LH (risco ligeiro); OH (risco ordinário); HHP (risco elevado de produção); HHP 1, HHP 2, HHP 3 e HHP 4; HHS (risco elevado de armazenagem); HHS 1, HHS 2, HHS 3 e HHS 4.
  • 21. Em função da classificação é selecionado o elemento sprinkler (detector e difusor) com as seguintes características Tipo: convencional, spray, ocultos, Sidewall (sprinkler de parede); Temperatura de actuação: 57ºC, 68ºC, 79ºC, 93ºC, 121ºC, 141ºC, 163ºC, 182ºC, 204ºC, 227ºC até 343ºC; Factor K de caudal: 57, 80, 115, 160; Tempo de resposta RTI: standard (RTI>80), especial (50<RTI<80), rápido (RTI<50); Sprinklers específicos: ELO (Extra Large Orifice) e ESFR (Early Suppression Fast Response) para riscos especiais. Nossa mais valia para a sua tranquilidade e segurança: Estamos habilitados pela ANPC (Autoridade Nacional de Protecção Civil) nos termos do Decreto-Lei nº 220/2008 de 12 de Novembro, da Portaria nº 1532/2008 de 29 de Dezembro; Elaboramos o projecto, com cálculos hidráulicos por computador, de acordo com a norma EN 12845 (CEA 4001 - European Insurance Federation), exigida pelas companhias seguradoras europeias para celebração de contrato de seguro contra incêndios, ou de acordo com a norma NFPA 13. * Motor de cálculo validado e verificado da FDS (Fire Dynamics Simulator) da NIST (National Institute of Standards and Technology - http://www.fire.nist.gov/) CENTRAL DE BOMBAGEM (SERVIÇO DE INCÊNDIO) CENTRAL DE BOMBAGEM S.I (SERVIÇO DE INCÊNDIO) A função primordial da central de bombagem para S.I é satisfazer os requisitos requeridos pela rede de incêndio (pressão e caudal), características fundamentais e necessárias para a eficácia de extinção do incêndio. A especificidade deste sistema, obriga a que deva ser implementado um plano de manutenção e assistência técnica preventiva/corretiva adequado, alimentando
  • 22. os: Sprinklers; R.I.A (Rede de incêndio armada); Outros S.I (Serviço de Incêndio). Independentemente das normas associadas, os sistemas de bombagem são normalmente caracterizados pelos seguintes conjuntos: Grupo PRINCIPAL Constituído por bomba/motor/quadro elétrico tem como objetivo fornecer o caudal e pressão necessários à instalação de acordo com os requisitos do projeto. O sistema arranca automaticamente por queda de pressão por ordem do pressostato/transdutor de pressão. Grupo de RESERVA Tem as mesmas características do grupo principal. Deve ser tido em consideração que a fonte de energia do grupo reserva deve ser distinto da do grupo principal. Grupo JOCKEY A bomba jockey é normalmente uma bomba multicelular vertical de acionamento elétrico que tem como objetivo manter o sistema pressurizado, comandado por um pressostato, compensando variações de pressão resultantes de pequenas fugas na instalação. A bomba jockey deve ser utilizada em exclusive para este efeito pelo que o caudal a selecionar deve ser reduzido. Coletor de PROVAS Equipado com um caudalímetro permite verificar o caudal debitado pelas bombas principais, tanto no seu ponto nominal de funcionamento como nos pontos solicitados pela norma respetiva. CENTRAL DE BOMBAGEM S.I (SERVIÇO DE INCÊNDIO) TIPO BOOSTER Especialmente concebida para o abastecimento em água de pequena rede de incêndio RIA (Rede de Incêndio Armada) até 20 m3 /h ligada à rede pública, quando a mesma não tem uma pressão suficiente para o coreto funcionamento das bocas de incêndio de tipo CCR (Carretel de Calibre Reduzido). Com a nossa central de bombagem de tipo BOOSTER, não necessita de uma instalação/construção de um depósito dedicado de água de grande capacidade. A central de bombagem S.I BOOSTER é equipada com um depósito pressurizado de 2m3 somente.
  • 23. Para a sua tranquilidade e segurança, a nossa central de bombagem S.I BOOSTER está de acordo com a Nota Técnica Nº 14 da ANPC (Autoridade Nacional de Protecção Civil). Nossa mais valia para a sua tranquilidade e segurança: Estamos registado na ANPC (Autoridade Nacional de Protecção Civil) ao abrigo da Portaria n.º 773/2009, de 21 de Julho, previsto no artigo 23.º do Decreto-lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro; Entregamos o documento oficial do técnico responsável SCIE ou projetista emitida pela a ordem profissional para efeitos legais e de acordo com a norma NP 4513:2012 (Segurança contra incêndios. Requisitos do serviço de comercialização, instalação e manutenção de produtos, equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio). Efetuamos: Reparação, manutenção e venda de grupo de bombagem