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Comunicação Digital Klaus Denecke Rabello Marcos Felipe Campos da Silva CS4C
O início  Essa é uma metáfora muito justa do que é a aula do Klaus. Abrir a mente de nós estudantes para tudo que está a nossa volta, de todas as infinitas possibilidades das mídias digitais.
Então após aceitarmos a “pílula do Matrix” e sairmos da caverna, começa a viagem para o conhecimento.
O meio Durante a disciplina, falamos dos aspectos teóricos da comunicação digital, onde a nova frente de luta é fazer o digital desaparecer, pois o digital já dominou e a diferenciação não deve existir. Hoje com essa interação no online (consumidor X corporações) a relação é muito intensa e se a marca não tiver presente nesse contexto ela não vai conseguir manter uma relação com o seu consumidor e também não vai saber quem é esse cliente, o que ele espera do seu produto, suas críticas, desejos e por ai vai. Um exemplo simples da falta de interação com o digital é quando você reclama via Twitter contra a marca, e se ligar reclamando no SAC eles não sabem das reclamações que ocorrem no digital. Pior ainda, se for reclamar no guichê da loja, os clientes têm que repetir a reclamação mais uma vez. Os canais não interagem, não são interligados.
 
O consumidor hoje interage com a marca em diversas frentes e ele tem que estar no centro de toda a corporação. E toda essa interação com o consumidor, se for bem feita, a empresa vai ter um extenso banco de dados dos seus clientes. Assim, ela pode montar um perfil desse consumidor, saber como ele pensa, sua linguagem, hábitos de compra, dados geográficos e demográficos, enfim tudo que for relevante a marca para montar o perfil de todo o seu público.  Assim estando em total sintonia com ele. Mas esse é o mundo ideal, toda a marca busca fazer isso. Porém não é fácil, leva tempo, dinheiro, investimento. Mas enfim, é você fazer uma gestão de informações para saber o que o cliente quer e ser inovador com essas informações, surpreender o seu público. E como eu posso através da comunicação digital ofertar produtos? Cada veículo tem uma característica própria: Informar/ criar interesse/ imagem da marca/ venda/ ação... E dependendo da sua intenção você foca em um ponto.  Mas o que seria na internet o meio e o veículo? O meio é a própria internet, e o veículo, tem uma infinidade de opções ( globo esporte, blogs, mídias sociais...) Mas o Twitter também pode ser o meio?  E nesse caso, o que seriam os veículos? Seriam as diversas contas dentro do próprio Twitter. Não tem uma regra e é exatamente isso que torna as possibilidades infinitas.
 
E o que surge a partir da internet? A marca não precisa mais falar dela mesma, ela pode abrir espaço para o consumidor, onde ele vira o produtor e a marca passa a virar ponto de convergência onde os diversos consumidores se comunicam e produzem conteúdo para a marca. Em que muitas vezes eles mesmos fazem a publicidade da marca (boca a boca digital). Uma vez também que ao consumidor produzir e a marca divulgar ele fica excitado e divulga também incansavelmente. Formando um ciclo muito positivo para a marca. E as marcas que estão entendendo isso estão rumando para o sucesso em passos largos.
 
Entendendo o meio
Para entendermos a comunicação digital temos que ir às raízes da comunicação. Vamos ter uma visão de como a comunicação se desenvolveu nos últimos 200 anos. O começo... Foi na revolução francesa, juntamente com a revolução Industrial. Isso porque antes a produção era artesanal, era ligada a arte, ao prazer, não era quantidade, mas qualidade. Depois, foi o oposto. Muita produção, excedentes de produtos, perda do lúdico no trabalho.
 
Antes a comunicação era em praça pública (frente a frente). Mas a partir dessa revolução a comunicação passou a ser feita por grupos de elite. O povo não tem mais voz, apenas ouve e observa, não tem mais influência.
E conforme a tecnologia ia evoluindo, o controle ia se aperfeiçoando. E então veio o rádio e a TV, que se tornaram os maiores manipuladores de todos.
E então algo aconteceu, existe luz no fim do túnel, todo esse controle que foi construído ao longo de todo o ciclo de tempo pode ser perdido. E o grande responsável por essa reviravolta é a internet.
A internet é na verdade uma ferramenta militar, que teve o seu surgimento na guerra fria. Os EUA com medo do ataque da União Soviética, desenvolveram um sistema de defesa em rede, interligando todos os pontos da linha de defesa, não mais tendo um ponto central, mas sim funcionando como um cérebro, descentralizando os comandos e interligando todo o sistema.
E com a queda da União Soviética e o fim de guerra fria, os EUA puderam repassar a tecnologia. E assim surgiu a internet, que devolveu a voz a todos e está iniciando um processo sem volta. É a “pílula do Matrix”. E é irônico pensar que talvez o maior manipulador de todos – o “Capitalismo Americano” – possa vir a ser o responsável por dar voz ao povo e descentralizar a informação, o conhecimento, o senso crítico, o poder, a quebra de paradigmas.
 
E assim começa a descentralização do poder... Para explicar essa história vou dar um exemplo que me chamou na atenção em sala. Quanto custa para se pegar dinheiro emprestado no banco? Muito caro não é. Agora se eu chego pra você, em uma rede social, e digo que quero pegar tanto emprestado e pago 7 % ao mês? A internet está retirando os intermediários. E eu não estou falando apenas do banco, mas também distribuidores, varejistas, qualquer intermediário que encareça o produto. As pessoas começaram a se perguntar por que devo pagar muito mais caro por algo que na fábrica custa muito mais barato.  E os próprios produtores abriram esse canal direto com os consumidores, pois muitas vezes quem produz o produto não esta lucrando tanto. Isso porque no canal – fabricante X consumidor final – quanto mais perto do consumidor, o intermediário quer comprar pelo mínimo possível e vender pelo máximo possível. Com a internet, as pessoas estão se unindo. Em vez de comprarem no varejo com o preço final, elas estão se juntando e comprando direto no produtor. Assim os consumidores pagam menos e o produtor ganha mais.
 
E isso já é uma quebra de paradigma, é uma revolução, e está ocorrendo agora ao nosso redor. E qual o impacto disso tudo? No Brasil, sempre que ocorre uma revolução, não se pensa de maneira sustentável. Apenas pensa-se na mudança e não nas conseqüências (abolição da escravidão, crescimento urbano e etc). Mas isso é errado. Têm que se pensar de uma maneira sustentável para se ter uma transição saudável para outro momento .
Como fazer uma mudança na sociedade com a internet? Se existe grupos líderes (manipuladores) é porque existem seguidores. Esses grupos somente existem porque são sustentados. Quanto mais fizer força, mais vamos dar poder para os líderes da pirâmide, e legitimando uma resposta com violência. Precisamos deixar de dar força para o sistema e sim termos uma convergência de pessoas em busca de um mundo melhor. Mas para isso, precisamos nos organizar internamente, repensarmos os nossos valores, nosso comportamento, idéias, ou seja, evoluir internamente, para assim, podermos nos organizar em rede.
 
O que acontece é que as pessoas agem como se a organização atual da sociedade fosse algo natural, mas na realidade foi criada, imposta e nem ao menos nos damos conta disso. No passado os povos tinham diferentes deuses e quando um povo conquistava o outro, ele obrigava o povo conquistado a seguir a sua religião, os seus deuses. Isso é imposição de valores, uma forma de controle. Mas quem criou isso e por quê? E não para por ai, além de termos esse controle, nós aprendemos a não confiarmos um no outro. Assim, a sociedade não funciona em rede, pois não se comunica de uma forma profunda, mas apenas superficialmente.
 
Com isso acabamos sempre pensando nas nossas relações, no que o outro pode me dar em troca. Essa necessidade está dentro de nós desde que nascemos. E isso nos faz pensar até onde nos relacionamos por vontade ou por necessidade, interesse. E é assim na sociedade, é tudo inconsciente, você, nós, fazemos isso e não percebemos. E essa preocupação inconsciente sobre o que o outro pode me trazer, faz com que não consigamos nos relacionar em rede no sentido mais amplo. Pois o mundo é tribal. Temos hoje toda a tecnologia para nós usufruirmos, porém o mundo está se espremendo nas tribos e assim encolhemos no sentido de se “apequenar”. Estamos usando a tecnologia para não fazer no real, pois a verdade é que: a tecnologia sozinha não vai nos transformar, nossa evolução cultural e comportamental é algo que tem que surgir dentro de cada um de nós.
 
Os responsáveis pela rede somos nós. Nós somos a sociedade, se adotarmos novos comportamentos, temos a revolução. Mas porque não conseguimos transformar isso? Porque estamos presos a nós mesmos, no vazio de nossas mentes?
 
Poucos são aqueles que ousam. Que questionam e fazem diferente. Se olharmos o todo, tudo é um “eu”, onde o outro não é o inimigo, mas um suporte para realizarmos as coisas em conjunto. Ao olhar para outra pessoa ela na verdade é uma manifestação do outro “eu”, todos são outros “eu”. Temos que entender isso para evoluirmos e não ficarmos aprisionados pelo sistema.
 
Temos que buscar ter um olhar mais amplo. Quando vemos uma campanha “salve o planeta”, é um olhar pequeno. O planeta não vai acabar o que vai acabar é a sociedade, a raça humana. O certo deveria ser “salve a raça humana”. Então tendo em vista esse pensamento, até que pondo essa evolução sustentável é real ou é uma necessidade do sistema de se readaptar a uma tendência. Até que ponto isso é uma verdade? Até que ponto adaptamos as coisas? Coliseu X Maracanã
~ Soneto 30 ~ Quando à corte silente do pensar Eu convoco as lembranças do passado, Suspiro pelo que ontem fui buscar, Chorando o tempo já desperdiçado, Afogo olhar em lágrima, tão rara, Por amigos que a morte anoiteceu; Pranteio dor que o amor já superara, Deplorando o que desapareceu. Posso então lastimar o erro esquecido, E de tais penas recontar as sagas, Chorando o já chorado e já sofrido, Tornando a pagar contas todas pagas. Mas, amigo, se em ti penso um momento, Vão-se as perdas e acaba o sofrimento William Shakespeare Já dizia um gênio:
Pois se não fizermos essas perguntas, se não questionarmos, ficamos muito domesticados, e vamos repetindo os mesmos erros que nossos antepassados.  Se existe uma elite manipulando a rede para em vez de questionarmos e nos unirmos, gastarmos o tempo brigando entre nós, vamos acabar colapsando a rede entre nós, e não vamos conseguir atingir os manipuladores, mas sim intensificar ainda mais o controle sobre os nossos valores. Como deixamos isso ocorrer? É muita informação, nós ocupamos 10 % do nosso tempo com informação relevante, e 90% com informações totalmente inúteis. Nós usamos Facebook, assistimos futebol, celular, escoamos o nosso tempo com diversas informações que não nos levam a nada.
 
O mundo com essa tecnologia toda ficou muito rápido, muito corrido, temos sempre que ter uma resposta rápida para tudo. E não podemos nos atropelar, temos que nos organizar em como usar a tecnologia para nossa evolução e não ficarmos no “Pão e Circo”. Nós temos que entender que temos que tomar o poder do nosso ser, sair da influência do externo, questionar esse externo, assim entender como está situada a rede ao nosso redor e modificá-la em nosso favor. Todo esse excesso de informação leva todos nós a ansiedade. A sociedade está ansiosa, muita coisa acontece ao mesmo tempo e não conseguimos dar conta de toda essa informação, ao mesmo tempo em que, não sabemos organizar toda a informação ao nosso redor, hierarquizar as mais importantes. Mas não fazemos isso, temos preguiça. E tudo isso está gerando o grande mal da sociedade, o stress. O nosso ego, nosso desejo de querer controlar tudo, de sermos o centro do universo, nos faz sermos frustrados exatamente por não conseguirmos isso.
 
Ficamos presos nisso, pois somente pensamos no eu. Para atuarmos em rede, temos que tirar o eu e atuar como todo. Temos que nos livrar dessa necessidade de sermos o centro e deixar fluir, temos que sair da zona de conforto, sair do controle.  Temos que nos libertar do nosso ego.
 
Fim e Recomeço
 
Temos que encontrar a força dentro de nós para atuarmos em rede. Vamos ser barreiras ou pontes nessa busca? Se vivermos sonhando com algo que não temos, nós vamos nos tornar uma sociedade insatisfeita e se somos dessa maneira, como vamos viver com o outro se não suportamos nós mesmos? E a iniciativa disso tudo tem que partir de cada um de nós, não podemos esperar o outro dar o primeiro passo, cada um de nós é que temos que dar o primeiro passo. Nós é que temos que atravessar a ponte. E assim, ao cruzar essa fronteira, vamos evoluir nossa natureza, que de fato, já está naturalmente sempre evoluindo, se modificando. E assim teremos a revolução, assim teremos uma real atuação em rede.
 
Klaus, esse é o resumo do que eu aprendi na sua matéria. Sempre tive esses pensamentos, diversas madrugadas confabulando sobre esse assunto com amigos acompanhando de uma boa cerveja e afins. Todo esse questionamento que você traz em sala é muito valido. Todo esse esforço em abrir nossas mentes para o todo é muito bem vindo. Espero que tenha gostado da leitura, sei que não sou nenhum filosófico, mas fiz o meu melhor. Um grande abraço Marcos Felipe Campos da Silva.
 

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  • 1. Comunicação Digital Klaus Denecke Rabello Marcos Felipe Campos da Silva CS4C
  • 2. O início Essa é uma metáfora muito justa do que é a aula do Klaus. Abrir a mente de nós estudantes para tudo que está a nossa volta, de todas as infinitas possibilidades das mídias digitais.
  • 3. Então após aceitarmos a “pílula do Matrix” e sairmos da caverna, começa a viagem para o conhecimento.
  • 4. O meio Durante a disciplina, falamos dos aspectos teóricos da comunicação digital, onde a nova frente de luta é fazer o digital desaparecer, pois o digital já dominou e a diferenciação não deve existir. Hoje com essa interação no online (consumidor X corporações) a relação é muito intensa e se a marca não tiver presente nesse contexto ela não vai conseguir manter uma relação com o seu consumidor e também não vai saber quem é esse cliente, o que ele espera do seu produto, suas críticas, desejos e por ai vai. Um exemplo simples da falta de interação com o digital é quando você reclama via Twitter contra a marca, e se ligar reclamando no SAC eles não sabem das reclamações que ocorrem no digital. Pior ainda, se for reclamar no guichê da loja, os clientes têm que repetir a reclamação mais uma vez. Os canais não interagem, não são interligados.
  • 5.  
  • 6. O consumidor hoje interage com a marca em diversas frentes e ele tem que estar no centro de toda a corporação. E toda essa interação com o consumidor, se for bem feita, a empresa vai ter um extenso banco de dados dos seus clientes. Assim, ela pode montar um perfil desse consumidor, saber como ele pensa, sua linguagem, hábitos de compra, dados geográficos e demográficos, enfim tudo que for relevante a marca para montar o perfil de todo o seu público. Assim estando em total sintonia com ele. Mas esse é o mundo ideal, toda a marca busca fazer isso. Porém não é fácil, leva tempo, dinheiro, investimento. Mas enfim, é você fazer uma gestão de informações para saber o que o cliente quer e ser inovador com essas informações, surpreender o seu público. E como eu posso através da comunicação digital ofertar produtos? Cada veículo tem uma característica própria: Informar/ criar interesse/ imagem da marca/ venda/ ação... E dependendo da sua intenção você foca em um ponto. Mas o que seria na internet o meio e o veículo? O meio é a própria internet, e o veículo, tem uma infinidade de opções ( globo esporte, blogs, mídias sociais...) Mas o Twitter também pode ser o meio? E nesse caso, o que seriam os veículos? Seriam as diversas contas dentro do próprio Twitter. Não tem uma regra e é exatamente isso que torna as possibilidades infinitas.
  • 7.  
  • 8. E o que surge a partir da internet? A marca não precisa mais falar dela mesma, ela pode abrir espaço para o consumidor, onde ele vira o produtor e a marca passa a virar ponto de convergência onde os diversos consumidores se comunicam e produzem conteúdo para a marca. Em que muitas vezes eles mesmos fazem a publicidade da marca (boca a boca digital). Uma vez também que ao consumidor produzir e a marca divulgar ele fica excitado e divulga também incansavelmente. Formando um ciclo muito positivo para a marca. E as marcas que estão entendendo isso estão rumando para o sucesso em passos largos.
  • 9.  
  • 11. Para entendermos a comunicação digital temos que ir às raízes da comunicação. Vamos ter uma visão de como a comunicação se desenvolveu nos últimos 200 anos. O começo... Foi na revolução francesa, juntamente com a revolução Industrial. Isso porque antes a produção era artesanal, era ligada a arte, ao prazer, não era quantidade, mas qualidade. Depois, foi o oposto. Muita produção, excedentes de produtos, perda do lúdico no trabalho.
  • 12.  
  • 13. Antes a comunicação era em praça pública (frente a frente). Mas a partir dessa revolução a comunicação passou a ser feita por grupos de elite. O povo não tem mais voz, apenas ouve e observa, não tem mais influência.
  • 14. E conforme a tecnologia ia evoluindo, o controle ia se aperfeiçoando. E então veio o rádio e a TV, que se tornaram os maiores manipuladores de todos.
  • 15. E então algo aconteceu, existe luz no fim do túnel, todo esse controle que foi construído ao longo de todo o ciclo de tempo pode ser perdido. E o grande responsável por essa reviravolta é a internet.
  • 16. A internet é na verdade uma ferramenta militar, que teve o seu surgimento na guerra fria. Os EUA com medo do ataque da União Soviética, desenvolveram um sistema de defesa em rede, interligando todos os pontos da linha de defesa, não mais tendo um ponto central, mas sim funcionando como um cérebro, descentralizando os comandos e interligando todo o sistema.
  • 17. E com a queda da União Soviética e o fim de guerra fria, os EUA puderam repassar a tecnologia. E assim surgiu a internet, que devolveu a voz a todos e está iniciando um processo sem volta. É a “pílula do Matrix”. E é irônico pensar que talvez o maior manipulador de todos – o “Capitalismo Americano” – possa vir a ser o responsável por dar voz ao povo e descentralizar a informação, o conhecimento, o senso crítico, o poder, a quebra de paradigmas.
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  • 19. E assim começa a descentralização do poder... Para explicar essa história vou dar um exemplo que me chamou na atenção em sala. Quanto custa para se pegar dinheiro emprestado no banco? Muito caro não é. Agora se eu chego pra você, em uma rede social, e digo que quero pegar tanto emprestado e pago 7 % ao mês? A internet está retirando os intermediários. E eu não estou falando apenas do banco, mas também distribuidores, varejistas, qualquer intermediário que encareça o produto. As pessoas começaram a se perguntar por que devo pagar muito mais caro por algo que na fábrica custa muito mais barato. E os próprios produtores abriram esse canal direto com os consumidores, pois muitas vezes quem produz o produto não esta lucrando tanto. Isso porque no canal – fabricante X consumidor final – quanto mais perto do consumidor, o intermediário quer comprar pelo mínimo possível e vender pelo máximo possível. Com a internet, as pessoas estão se unindo. Em vez de comprarem no varejo com o preço final, elas estão se juntando e comprando direto no produtor. Assim os consumidores pagam menos e o produtor ganha mais.
  • 20.  
  • 21. E isso já é uma quebra de paradigma, é uma revolução, e está ocorrendo agora ao nosso redor. E qual o impacto disso tudo? No Brasil, sempre que ocorre uma revolução, não se pensa de maneira sustentável. Apenas pensa-se na mudança e não nas conseqüências (abolição da escravidão, crescimento urbano e etc). Mas isso é errado. Têm que se pensar de uma maneira sustentável para se ter uma transição saudável para outro momento .
  • 22. Como fazer uma mudança na sociedade com a internet? Se existe grupos líderes (manipuladores) é porque existem seguidores. Esses grupos somente existem porque são sustentados. Quanto mais fizer força, mais vamos dar poder para os líderes da pirâmide, e legitimando uma resposta com violência. Precisamos deixar de dar força para o sistema e sim termos uma convergência de pessoas em busca de um mundo melhor. Mas para isso, precisamos nos organizar internamente, repensarmos os nossos valores, nosso comportamento, idéias, ou seja, evoluir internamente, para assim, podermos nos organizar em rede.
  • 23.  
  • 24. O que acontece é que as pessoas agem como se a organização atual da sociedade fosse algo natural, mas na realidade foi criada, imposta e nem ao menos nos damos conta disso. No passado os povos tinham diferentes deuses e quando um povo conquistava o outro, ele obrigava o povo conquistado a seguir a sua religião, os seus deuses. Isso é imposição de valores, uma forma de controle. Mas quem criou isso e por quê? E não para por ai, além de termos esse controle, nós aprendemos a não confiarmos um no outro. Assim, a sociedade não funciona em rede, pois não se comunica de uma forma profunda, mas apenas superficialmente.
  • 25.  
  • 26. Com isso acabamos sempre pensando nas nossas relações, no que o outro pode me dar em troca. Essa necessidade está dentro de nós desde que nascemos. E isso nos faz pensar até onde nos relacionamos por vontade ou por necessidade, interesse. E é assim na sociedade, é tudo inconsciente, você, nós, fazemos isso e não percebemos. E essa preocupação inconsciente sobre o que o outro pode me trazer, faz com que não consigamos nos relacionar em rede no sentido mais amplo. Pois o mundo é tribal. Temos hoje toda a tecnologia para nós usufruirmos, porém o mundo está se espremendo nas tribos e assim encolhemos no sentido de se “apequenar”. Estamos usando a tecnologia para não fazer no real, pois a verdade é que: a tecnologia sozinha não vai nos transformar, nossa evolução cultural e comportamental é algo que tem que surgir dentro de cada um de nós.
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  • 28. Os responsáveis pela rede somos nós. Nós somos a sociedade, se adotarmos novos comportamentos, temos a revolução. Mas porque não conseguimos transformar isso? Porque estamos presos a nós mesmos, no vazio de nossas mentes?
  • 29.  
  • 30. Poucos são aqueles que ousam. Que questionam e fazem diferente. Se olharmos o todo, tudo é um “eu”, onde o outro não é o inimigo, mas um suporte para realizarmos as coisas em conjunto. Ao olhar para outra pessoa ela na verdade é uma manifestação do outro “eu”, todos são outros “eu”. Temos que entender isso para evoluirmos e não ficarmos aprisionados pelo sistema.
  • 31.  
  • 32. Temos que buscar ter um olhar mais amplo. Quando vemos uma campanha “salve o planeta”, é um olhar pequeno. O planeta não vai acabar o que vai acabar é a sociedade, a raça humana. O certo deveria ser “salve a raça humana”. Então tendo em vista esse pensamento, até que pondo essa evolução sustentável é real ou é uma necessidade do sistema de se readaptar a uma tendência. Até que ponto isso é uma verdade? Até que ponto adaptamos as coisas? Coliseu X Maracanã
  • 33. ~ Soneto 30 ~ Quando à corte silente do pensar Eu convoco as lembranças do passado, Suspiro pelo que ontem fui buscar, Chorando o tempo já desperdiçado, Afogo olhar em lágrima, tão rara, Por amigos que a morte anoiteceu; Pranteio dor que o amor já superara, Deplorando o que desapareceu. Posso então lastimar o erro esquecido, E de tais penas recontar as sagas, Chorando o já chorado e já sofrido, Tornando a pagar contas todas pagas. Mas, amigo, se em ti penso um momento, Vão-se as perdas e acaba o sofrimento William Shakespeare Já dizia um gênio:
  • 34. Pois se não fizermos essas perguntas, se não questionarmos, ficamos muito domesticados, e vamos repetindo os mesmos erros que nossos antepassados. Se existe uma elite manipulando a rede para em vez de questionarmos e nos unirmos, gastarmos o tempo brigando entre nós, vamos acabar colapsando a rede entre nós, e não vamos conseguir atingir os manipuladores, mas sim intensificar ainda mais o controle sobre os nossos valores. Como deixamos isso ocorrer? É muita informação, nós ocupamos 10 % do nosso tempo com informação relevante, e 90% com informações totalmente inúteis. Nós usamos Facebook, assistimos futebol, celular, escoamos o nosso tempo com diversas informações que não nos levam a nada.
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  • 36. O mundo com essa tecnologia toda ficou muito rápido, muito corrido, temos sempre que ter uma resposta rápida para tudo. E não podemos nos atropelar, temos que nos organizar em como usar a tecnologia para nossa evolução e não ficarmos no “Pão e Circo”. Nós temos que entender que temos que tomar o poder do nosso ser, sair da influência do externo, questionar esse externo, assim entender como está situada a rede ao nosso redor e modificá-la em nosso favor. Todo esse excesso de informação leva todos nós a ansiedade. A sociedade está ansiosa, muita coisa acontece ao mesmo tempo e não conseguimos dar conta de toda essa informação, ao mesmo tempo em que, não sabemos organizar toda a informação ao nosso redor, hierarquizar as mais importantes. Mas não fazemos isso, temos preguiça. E tudo isso está gerando o grande mal da sociedade, o stress. O nosso ego, nosso desejo de querer controlar tudo, de sermos o centro do universo, nos faz sermos frustrados exatamente por não conseguirmos isso.
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  • 38. Ficamos presos nisso, pois somente pensamos no eu. Para atuarmos em rede, temos que tirar o eu e atuar como todo. Temos que nos livrar dessa necessidade de sermos o centro e deixar fluir, temos que sair da zona de conforto, sair do controle. Temos que nos libertar do nosso ego.
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  • 41.  
  • 42. Temos que encontrar a força dentro de nós para atuarmos em rede. Vamos ser barreiras ou pontes nessa busca? Se vivermos sonhando com algo que não temos, nós vamos nos tornar uma sociedade insatisfeita e se somos dessa maneira, como vamos viver com o outro se não suportamos nós mesmos? E a iniciativa disso tudo tem que partir de cada um de nós, não podemos esperar o outro dar o primeiro passo, cada um de nós é que temos que dar o primeiro passo. Nós é que temos que atravessar a ponte. E assim, ao cruzar essa fronteira, vamos evoluir nossa natureza, que de fato, já está naturalmente sempre evoluindo, se modificando. E assim teremos a revolução, assim teremos uma real atuação em rede.
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  • 44. Klaus, esse é o resumo do que eu aprendi na sua matéria. Sempre tive esses pensamentos, diversas madrugadas confabulando sobre esse assunto com amigos acompanhando de uma boa cerveja e afins. Todo esse questionamento que você traz em sala é muito valido. Todo esse esforço em abrir nossas mentes para o todo é muito bem vindo. Espero que tenha gostado da leitura, sei que não sou nenhum filosófico, mas fiz o meu melhor. Um grande abraço Marcos Felipe Campos da Silva.
  • 45.