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REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS
ESPONTÂNEAS NA RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS ADITIVOS NO 2º ANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Mestranda Margarete Borga
Orientadora Prof.ª Dr.ª Jutta C. R. Justo
1
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE
CIÊNCIAS E MATEMÁTICA
2
Introdução
 As crianças, desde cedo, através de suas
experiências desenvolvem a ideia de números.
 Conhecimento matemático surge das necessidades
das próprias crianças na interação com o meio.
 Essa vivência inicial favorece a elaboração de
conhecimentos matemáticos na escola.
3
Objetivos
 Analisar os procedimentos utilizados pelos alunos do
2º ano para resolver problemas matemáticos ;
 Interpretar e compreender o pensamento matemático
expresso através de representações gráficas
espontâneas.
Quebrar o mito de que os alunos precisam ter
domínio do esquema de cálculo e proficiência
leitora convencional para resolver problemas.
4
“Sabemos que não é comum o trabalho com resolução de
problemas com crianças que não leem, uma vez que se
considera o aluno apto a resolver problemas apenas quando
tem algum controle sobre sua leitura, identifica algumas
operações e sinais matemáticos” (Smole 2000, p. 95)
Consideramos que, para ampliar as capacidades em
resolução de problemas, é imprescindível que desde o
princípio da escolaridade as crianças sejam desafiadas a
procurar respostas próprias para solucioná-los
5
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Teoria dos campos conceituais
Vergnaud ( 1983)
Conhecimento é organizado em campos
conceituais.
Campo conceitual : “um conjunto informal e heterogêneo
de problemas, situações, conceitos, relações, conteúdos, e
operações de pensamento, conectados uns aos outros
durante o processo de aquisição do conhecimento”
6
Através de problemas para resolver que o
aluno estabelece as conexões existentes entre
os variados conceitos
O campo conceitual das estruturas aditivas
“conjunto de situações que pedem uma adição, uma
subtração ou uma combinação das duas operações
para serem resolvidas e, ao mesmo tempo”
(VERGNAUD,1990)
7
Os problemas matemáticos aditivos são classificados em
quatro categorias de situações:
transformação, combinação, comparação e
igualação.
Problemas de transformação
“Situações em que a ideia temporal está sempre
envolvida, no estado inicial tem-se uma quantidade que
se transforma, chegando ao estado final com outra
quantidade” (MAGINA et al, 2008)
8
“Dependendo de qual valor é desconhecido, os
problemas de transformação possuem diferentes
níveis de dificuldade. A quantidade desconhecida
pode ser a situação final, a transformação ou a
situação inicial, o que gera, para cada uma das
condições, de acrescentar ou diminuir, três tipos
de problemas, totalizando seis problemas de
transformação.” (JUSTO 2009)
9
Registro e comunicação do raciocínio elaborado:
Representações gráficas espontâneas
 É aquela em que o resolvedor é encorajado a registrar o
processo ou estratégia que utilizou como solução.
 Desenhar, recurso poderoso de comunicação, é primeira
escrita da criança .
 Compreender as representações gráficas permite ao professor
perceber os significados que o aluno atribui à tarefa e como
pensou sua execução.
As representações expressam o que ocorre na mente do sujeito
que aprende. (SMOLE E MUNIZ 2013)
10
Contexto
 O estudo foi desenvolvido durante seis aulas, com duas horas
de duração cada, em abril e maio de 2013, em uma escola
pública, com duas turmas do 2° ano, com 39 crianças com
idade entre sete e oito anos.
 Parte dos alunos já conheciam os numerais até 20,
apresentavam conceitos de ordenação e sequenciação.
 Um número pequeno de crianças realizava cálculos de adição
e subtração de forma mental e escrita, embora estas
operações ainda não tivessem sido introduzidas formalmente
na escola.
11
Metodologia
 Situações problemas do campo aditivo com significado de
transformação . ( JUSTO 2009)
 O instrumento foi constituído por doze situações problemas, de
transformação, sendo dois problemas de cada tipo .
 A aplicação da atividade iniciou com os problemas de menor
dificuldade.
 Aplicação de 2 problemas em cada encontro.
 Leitura de todas as situações foi feita pela professora em voz
alta, repetindo a leitura sempre que solicitado pelos alunos.
 Não foram realizadas intervenções iniciais.
 Os resultados foram compartilhados com a turma.
12
Problema de Transformação: situação de
acréscimo com final desconhecido (T1)
Inicial e a transformação.
Não representa a situação
final, usou a operação de
adição .
Relação parte-todo da adição.
Transformação temporal.
A solução - na mão direita
da personagem há sete
elementos unidos.
Empregou o algoritmo de
adição.
13
Problema de Transformação: situação de
decréscimo com final desconhecido (T2)
A representação
mostra a quantidade
inicial, a
transformação e a
quantidade final .
Desenhou cada etapa
enunciada
no problema
14
Problemas tipo T1 e T2
São protótipos de adição e subtração.
São considerados de fácil resolução para crianças nesta
etapa de escolaridade. (MAGINA et al. 2008)
O protocolo de resolução apresentado por estes dois
alunos se aproxima do apresentado pela maioria dos
alunos pesquisados. Eles representam cada um dos
momentos da situação problema .
15
Problema de Transformação: situação de
acréscimo com mudança desconhecida (T3)
Conta os gatos
existentes no estado
inicial e após, registra a
contagem dos gatos até
chegar aos 9 gatos
apontados no resultado
final.
Utilizou o esquema de
complementaridade e
contagem para completar a
quantidade inicial até chegar à
quantidade final. Cálculo
mental como organizador da
solução.
16
Problema de Transformação: situação de
decréscimo com mudança desconhecida (T4)
Usou a estratégia de
contar nos dedos até
chegar ao estado inicial .
Usou o esquema da
complementaridade .
Representou o dinheiro de
João com 9 cédulas em sua
mão.
Marcou com X seis cédulas,
restando 3 não riscadas .
17
Problemas tipo T3 e T4
Possuem um grau de dificuldade maior do que os
anteriores .
A maioria das crianças, contou a partir da quantidade
inicial, completando com o número necessário para
chegar à quantidade final dada no problema.
São resolvidos formalmente através da subtração, no
entanto, é comum que crianças nesta escolaridade usem a
adição para resolver estas situações .
(MAGINA et al., 2008 , JUSTO,2000, 2004).
18
Problema de Transformação: situação de
acréscimo com início desconhecido (T5)
Usou o esquema da
complementaridade
Seu desenho mostra as
partes (7+4) separadas
espacialmente.
Desenhou a situação
final.
Usou a operação de
adição.
19
Problema de Transformação: situação de
decréscimo com início desconhecido (T6)
Modelou a situação através
do desenho da cédula e
moedas. Usou a contagem
para juntar as partes (adição)
e chegar à situação inicial que
responde o problema.
As maçãs separadas
espacialmente na árvore.
Na parte superior direita, escreve
o número 4 (espelhado) e o 9
que mostra o total de maçãs.
20
Análise dos Protocolos de Resolução
 Os esquemas mais usados foram contagem,
complementaridade e modelagem.
 As representações gráficas espontâneas mostraram
favorecer a resolução dos problemas, mesmo que,
algumas vezes, tenham sido usadas para ilustrá-los, pois,
em suas explicações, algumas crianças evidenciaram já
terem solucionado o problema através do uso dos dedos e
de cálculo mental.
 Entendemos que o uso das representações gráficas
espontâneas pode servir como uma estratégia de
sistematização de um raciocínio ou ação mental das
crianças.
21
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Os alunos do contexto pesquisado possuem esquemas que
permitem desenvolver atividades de resolução de
problemas, ainda que os mesmos não possuam domínio
completo da escrita, leitura e das operações matemáticas.
 A maioria dos alunos conseguiu elaborar estratégias
próprias explicando-as de forma coerente, evidenciando a
compreensão e o raciocínio adequado a resolução do
problema proposto.
 Consideramos que as representações gráficas espontâneas
possibilitam a expressão do pensamento e favorecem o
desenvolvimento da estrutura cognitiva dos estudantes.
22
 A pesquisa mostrou que é possível propor problemas
às crianças antes que elas tenham formalizado as
operações matemáticas, pois demonstraram ter
capacidades e conhecimentos suficientes para
encontrar soluções adequadas aos problemas
propostos.
 Espera-se que os resultados desta pesquisa motivem
os professores que atuam nesta etapa escolar a
proporcionar aos alunos a possibilidade de resolverem
problemas desde muito cedo, explorando diferentes
formas de solução e de representação, para que as
crianças avancem em suas aprendizagens.
23
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Matemática / Secretaria de
Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
FERREIRA, Sueli. Imaginação e linguagem no desenho da criança. São Paulo: Papirus, 1998.
JUSTO, J.C.R. Os Significados das Operações Matemáticas de Adição e Subtração: a evolução da compreensão de
1ª a 4ª séries. In: V Reunión de Didactica Matemática del Cono Sur. Universidad de Santiago de Chile,
janeiro/2000.
JUSTO, J.C.R. Mais... Ou Menos?... A Construção da Operação de Subtração no Campo Conceitual das Estruturas
Aditivas. Dissertação apresenta da ao Programa de Pós-Graduação em Educação. UFRGS. 2004
JUSTO, J.C.R. Resolução de problemas matemáticos aditivos: possibilidades da ação docente. Tese de Doutorado
UFRGS. 2009.
KAMII, C.; DECLARK, G. Reinventando a aritmética: implicações da teoria de Piaget. Campinas, SP: Papirus,
1986.
MAGINA, S.; CAMPOS, T. M. M.; GITIRANA, V. Repensando Adição e Subtração: Contribuições da Teoria dos
Campos Conceituais. 3ª edição. São Paulo: PROEM, 2008.
MOREIRA, M. A. A Teoria dos Campos Conceituais de Vergnaud, o ensino de ciências e a pesquisa nesta área.
Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 7, n. 1, p.7-29, 2002. Disponível em:
http:<//www.if.ufrgs.br/public /ensino /vol7/n1/v7_n1_a1.html >. Acesso em: 04 mai. 2013.
NUNES, T.; BRYANT, P. Crianças fazendo a matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
SANTANA, E. R. S. Estruturas Aditivas: o suporte didático influencia a aprendizagem do estudante? Tese de
Doutorado em educação matemática. PUC. São Paulo. 2010. Disponível
em:<http://www.pucsp.br/pos/edmat/do/tese/eurivalda_ribeiro_santana.pdf>. Acesso em junho de 2013.
SMOLE, K.S.; DINIZ, M. I.; CÂNDIDO, P. Resolução de problemas: matemática de 0 a 6. Porto Alegre: Artmed,
2000a.
SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I.,CÂNDIDO, P. Resolução de Problemas. Porto Alegre: Artmed, 2000b.
SMOLE, K.S.; MUNIZ, C.A. A matemática na sala de aula: reflexões e propostas para os anos iniciais do ensino
fundamental. Porto Alegre: Penso, 2013.

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Resolução de problemas representações espontaneas

  • 1. REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS ESPONTÂNEAS NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ADITIVOS NO 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Mestranda Margarete Borga Orientadora Prof.ª Dr.ª Jutta C. R. Justo 1 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA
  • 2. 2 Introdução  As crianças, desde cedo, através de suas experiências desenvolvem a ideia de números.  Conhecimento matemático surge das necessidades das próprias crianças na interação com o meio.  Essa vivência inicial favorece a elaboração de conhecimentos matemáticos na escola.
  • 3. 3 Objetivos  Analisar os procedimentos utilizados pelos alunos do 2º ano para resolver problemas matemáticos ;  Interpretar e compreender o pensamento matemático expresso através de representações gráficas espontâneas. Quebrar o mito de que os alunos precisam ter domínio do esquema de cálculo e proficiência leitora convencional para resolver problemas.
  • 4. 4 “Sabemos que não é comum o trabalho com resolução de problemas com crianças que não leem, uma vez que se considera o aluno apto a resolver problemas apenas quando tem algum controle sobre sua leitura, identifica algumas operações e sinais matemáticos” (Smole 2000, p. 95) Consideramos que, para ampliar as capacidades em resolução de problemas, é imprescindível que desde o princípio da escolaridade as crianças sejam desafiadas a procurar respostas próprias para solucioná-los
  • 5. 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Teoria dos campos conceituais Vergnaud ( 1983) Conhecimento é organizado em campos conceituais. Campo conceitual : “um conjunto informal e heterogêneo de problemas, situações, conceitos, relações, conteúdos, e operações de pensamento, conectados uns aos outros durante o processo de aquisição do conhecimento”
  • 6. 6 Através de problemas para resolver que o aluno estabelece as conexões existentes entre os variados conceitos O campo conceitual das estruturas aditivas “conjunto de situações que pedem uma adição, uma subtração ou uma combinação das duas operações para serem resolvidas e, ao mesmo tempo” (VERGNAUD,1990)
  • 7. 7 Os problemas matemáticos aditivos são classificados em quatro categorias de situações: transformação, combinação, comparação e igualação. Problemas de transformação “Situações em que a ideia temporal está sempre envolvida, no estado inicial tem-se uma quantidade que se transforma, chegando ao estado final com outra quantidade” (MAGINA et al, 2008)
  • 8. 8 “Dependendo de qual valor é desconhecido, os problemas de transformação possuem diferentes níveis de dificuldade. A quantidade desconhecida pode ser a situação final, a transformação ou a situação inicial, o que gera, para cada uma das condições, de acrescentar ou diminuir, três tipos de problemas, totalizando seis problemas de transformação.” (JUSTO 2009)
  • 9. 9 Registro e comunicação do raciocínio elaborado: Representações gráficas espontâneas  É aquela em que o resolvedor é encorajado a registrar o processo ou estratégia que utilizou como solução.  Desenhar, recurso poderoso de comunicação, é primeira escrita da criança .  Compreender as representações gráficas permite ao professor perceber os significados que o aluno atribui à tarefa e como pensou sua execução. As representações expressam o que ocorre na mente do sujeito que aprende. (SMOLE E MUNIZ 2013)
  • 10. 10 Contexto  O estudo foi desenvolvido durante seis aulas, com duas horas de duração cada, em abril e maio de 2013, em uma escola pública, com duas turmas do 2° ano, com 39 crianças com idade entre sete e oito anos.  Parte dos alunos já conheciam os numerais até 20, apresentavam conceitos de ordenação e sequenciação.  Um número pequeno de crianças realizava cálculos de adição e subtração de forma mental e escrita, embora estas operações ainda não tivessem sido introduzidas formalmente na escola.
  • 11. 11 Metodologia  Situações problemas do campo aditivo com significado de transformação . ( JUSTO 2009)  O instrumento foi constituído por doze situações problemas, de transformação, sendo dois problemas de cada tipo .  A aplicação da atividade iniciou com os problemas de menor dificuldade.  Aplicação de 2 problemas em cada encontro.  Leitura de todas as situações foi feita pela professora em voz alta, repetindo a leitura sempre que solicitado pelos alunos.  Não foram realizadas intervenções iniciais.  Os resultados foram compartilhados com a turma.
  • 12. 12 Problema de Transformação: situação de acréscimo com final desconhecido (T1) Inicial e a transformação. Não representa a situação final, usou a operação de adição . Relação parte-todo da adição. Transformação temporal. A solução - na mão direita da personagem há sete elementos unidos. Empregou o algoritmo de adição.
  • 13. 13 Problema de Transformação: situação de decréscimo com final desconhecido (T2) A representação mostra a quantidade inicial, a transformação e a quantidade final . Desenhou cada etapa enunciada no problema
  • 14. 14 Problemas tipo T1 e T2 São protótipos de adição e subtração. São considerados de fácil resolução para crianças nesta etapa de escolaridade. (MAGINA et al. 2008) O protocolo de resolução apresentado por estes dois alunos se aproxima do apresentado pela maioria dos alunos pesquisados. Eles representam cada um dos momentos da situação problema .
  • 15. 15 Problema de Transformação: situação de acréscimo com mudança desconhecida (T3) Conta os gatos existentes no estado inicial e após, registra a contagem dos gatos até chegar aos 9 gatos apontados no resultado final. Utilizou o esquema de complementaridade e contagem para completar a quantidade inicial até chegar à quantidade final. Cálculo mental como organizador da solução.
  • 16. 16 Problema de Transformação: situação de decréscimo com mudança desconhecida (T4) Usou a estratégia de contar nos dedos até chegar ao estado inicial . Usou o esquema da complementaridade . Representou o dinheiro de João com 9 cédulas em sua mão. Marcou com X seis cédulas, restando 3 não riscadas .
  • 17. 17 Problemas tipo T3 e T4 Possuem um grau de dificuldade maior do que os anteriores . A maioria das crianças, contou a partir da quantidade inicial, completando com o número necessário para chegar à quantidade final dada no problema. São resolvidos formalmente através da subtração, no entanto, é comum que crianças nesta escolaridade usem a adição para resolver estas situações . (MAGINA et al., 2008 , JUSTO,2000, 2004).
  • 18. 18 Problema de Transformação: situação de acréscimo com início desconhecido (T5) Usou o esquema da complementaridade Seu desenho mostra as partes (7+4) separadas espacialmente. Desenhou a situação final. Usou a operação de adição.
  • 19. 19 Problema de Transformação: situação de decréscimo com início desconhecido (T6) Modelou a situação através do desenho da cédula e moedas. Usou a contagem para juntar as partes (adição) e chegar à situação inicial que responde o problema. As maçãs separadas espacialmente na árvore. Na parte superior direita, escreve o número 4 (espelhado) e o 9 que mostra o total de maçãs.
  • 20. 20 Análise dos Protocolos de Resolução  Os esquemas mais usados foram contagem, complementaridade e modelagem.  As representações gráficas espontâneas mostraram favorecer a resolução dos problemas, mesmo que, algumas vezes, tenham sido usadas para ilustrá-los, pois, em suas explicações, algumas crianças evidenciaram já terem solucionado o problema através do uso dos dedos e de cálculo mental.  Entendemos que o uso das representações gráficas espontâneas pode servir como uma estratégia de sistematização de um raciocínio ou ação mental das crianças.
  • 21. 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS  Os alunos do contexto pesquisado possuem esquemas que permitem desenvolver atividades de resolução de problemas, ainda que os mesmos não possuam domínio completo da escrita, leitura e das operações matemáticas.  A maioria dos alunos conseguiu elaborar estratégias próprias explicando-as de forma coerente, evidenciando a compreensão e o raciocínio adequado a resolução do problema proposto.  Consideramos que as representações gráficas espontâneas possibilitam a expressão do pensamento e favorecem o desenvolvimento da estrutura cognitiva dos estudantes.
  • 22. 22  A pesquisa mostrou que é possível propor problemas às crianças antes que elas tenham formalizado as operações matemáticas, pois demonstraram ter capacidades e conhecimentos suficientes para encontrar soluções adequadas aos problemas propostos.  Espera-se que os resultados desta pesquisa motivem os professores que atuam nesta etapa escolar a proporcionar aos alunos a possibilidade de resolverem problemas desde muito cedo, explorando diferentes formas de solução e de representação, para que as crianças avancem em suas aprendizagens.
  • 23. 23 REFERÊNCIAS BRASIL. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Matemática / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. FERREIRA, Sueli. Imaginação e linguagem no desenho da criança. São Paulo: Papirus, 1998. JUSTO, J.C.R. Os Significados das Operações Matemáticas de Adição e Subtração: a evolução da compreensão de 1ª a 4ª séries. In: V Reunión de Didactica Matemática del Cono Sur. Universidad de Santiago de Chile, janeiro/2000. JUSTO, J.C.R. Mais... Ou Menos?... A Construção da Operação de Subtração no Campo Conceitual das Estruturas Aditivas. Dissertação apresenta da ao Programa de Pós-Graduação em Educação. UFRGS. 2004 JUSTO, J.C.R. Resolução de problemas matemáticos aditivos: possibilidades da ação docente. Tese de Doutorado UFRGS. 2009. KAMII, C.; DECLARK, G. Reinventando a aritmética: implicações da teoria de Piaget. Campinas, SP: Papirus, 1986. MAGINA, S.; CAMPOS, T. M. M.; GITIRANA, V. Repensando Adição e Subtração: Contribuições da Teoria dos Campos Conceituais. 3ª edição. São Paulo: PROEM, 2008. MOREIRA, M. A. A Teoria dos Campos Conceituais de Vergnaud, o ensino de ciências e a pesquisa nesta área. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 7, n. 1, p.7-29, 2002. Disponível em: http:<//www.if.ufrgs.br/public /ensino /vol7/n1/v7_n1_a1.html >. Acesso em: 04 mai. 2013. NUNES, T.; BRYANT, P. Crianças fazendo a matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. SANTANA, E. R. S. Estruturas Aditivas: o suporte didático influencia a aprendizagem do estudante? Tese de Doutorado em educação matemática. PUC. São Paulo. 2010. Disponível em:<http://www.pucsp.br/pos/edmat/do/tese/eurivalda_ribeiro_santana.pdf>. Acesso em junho de 2013. SMOLE, K.S.; DINIZ, M. I.; CÂNDIDO, P. Resolução de problemas: matemática de 0 a 6. Porto Alegre: Artmed, 2000a. SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I.,CÂNDIDO, P. Resolução de Problemas. Porto Alegre: Artmed, 2000b. SMOLE, K.S.; MUNIZ, C.A. A matemática na sala de aula: reflexões e propostas para os anos iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre: Penso, 2013.