Este documento descreve as principais relações bióticas que ocorrem entre os seres vivos de uma comunidade, incluindo relações intra-específicas como cooperação, competição e canibalismo, e relações interespecíficas como mutualismo, comensalismo, predação, parasitismo e competição. Fornece exemplos de cada uma destas relações entre diferentes espécies animais e vegetais.

1. FACTORES BIÓTICOS: RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS DE UMA COMUNIDADE

2. Na comunidade biótica ocorrem: • Relações intra-específicas - Cooperação - Competição - Canibalismo • Relações interespecíficas - Competição - Mutualismo - Comensalismo - Parasitismo - Predação

3. Relações intra-específicas

4. COOPERAÇÃO Relação em que os indivíduos contribuem para o benefício do grupo.

7. O trabalho em grupo das hienas é altamente eficaz para afastar abutres das carcaças de que se alimentam. COOPERAÇÃO

8. As alcateias são grupos com uma hierarquia social bem definida. A organização favorece a sobrevivência do grupo, facilitando a sua defesa, reprodução, alimentação e protecção das crias. COOPERAÇÃO

9. COMPETIÇÃO Relação em que os indivíduos actuam para garantir a sobrevivência individual e não contribuem para o bem comum. Geralmente ocorre quando os recursos são escassos.

10. Na época da reprodução, as lebres-do-Árctico recorrem à luta, utilizando as patas dianteiras. COMPETIÇÃO

11. A noção de território é muito importante nos cisnes durante a Primavera. Quando um cisne mais jovem tenta penetrar no território de um cisne mais velho, este demonstra a sua força abrindo as asas e lembrando ao recém-chegado que o terreno já está ocupado. COMPETIÇÃO

12. Os veados travam lutas com os rivais, de modo a defenderem o seu território. COMPETIÇÃO

13. Um grupo de abutres disputa os restos da carcaça de um animal. COMPETIÇÃO

14. COMPETIÇÃO Estas árvores da borracha competem entre si pela luz e pelos nutrientes. Assim, as que ficam na periferia crescem melhor do que as que ficam no meio.

15. CANIBALISMO Relação em que um indivíduo mata o outro (da mesma espécie) alimentando-se dele.

16. A Fêmea do louva-a-deus é maior que o macho e devora-o, geralmente, após o acasalamento. CANIBALISMO

17. A fêmea da aranha-dos-jardins devora o macho se este hesita em abandonar a teia após o acasalamento. O macho é uma excelente fonte de alimento. CANIBALISMO

18. Relações interespecíficas

19. MUTUALISMO Relação em que ambos os indivíduos intervenientes beneficiam e são largamente dependentes um do outro, embora possam também sobreviver de forma independente.

20. MUTUALISMO Estas aves removem do exterior do corpo da impala pequenos parasitas que lhes servem de alimento.

21. MUTUALISMO Alguns insectos asseguram a sua subsistência com o pólen ou o néctar que algumas plantas segregam.

22. MUTUALISMO O peixe-palhaço é protegido dos predadores pelos tentáculos da anémona que a ele não o afectam. Esta pode receber algum alimento deixado pelo peixe.

23. MUTUALISMO

24. MUTUALISMO (simbiose) Os líquenes são formados pela associação de uma alga com um fungo; a alga, através da fotossíntese, fornece ao fungo matéria orgânica e o fungo proporciona à alga os sais minerais e a água de que esta necessita.

25. COMENSALISMO Relação muito comum nos meios marinhos, com benefício só para uma das espécies (comensal); a outra não é beneficiada nem prejudicada (hospedeiro).

26. COMENSALISMO As rémoras prendem-se ao corpo do tubarão, obtendo, assim, restos de comida e um meio de transporte.

27. COMENSALISMO Certas espécies de peixes alimentam-se dos excrementos que o hipopótamo deixa no rio.

28. COMENSALISMO Estas orquídeas vivem sobre outras plantas sem as prejudicar, uma vez que as usam apenas como suporte.

29. PREDAÇÃO É uma relação em que a espécie predadora mata uma presa para se alimentar.

30. PREDAÇÃO Os abelharucos são aves com bico comprido, pontiagudo e ligeiramente curvado, que lhes permite capturarem insectos em voo.

31. PREDAÇÃO Esta aranha captura, geralmente, insectos. No entanto também écapaz de mergulhar e apanhar pequenos peixes.

32. PREDAÇÃO A anémona-do-mar utiliza os tentáculos (com células urticantes) para paralisar as suas presas. Posteriormente, os tentáculos conduzem a presa para a cavidade digestiva da anémona.

33. PREDAÇÃO

34. PREDAÇÃO

35. PARASITISMO É uma relação com benefício para uma espécie, parasita, e com prejuízo para a outra, hospedeiro. O parasita alimenta-se à custa do hospedeiro, não lhe causando, no entanto, a morte.

36. PARASITISMO As carraças são parasitas externos (ectoparasitas) dos mamíferos, sugando-lhes o sangue. Causam irritações na pele dos hospedeiros e transmitem-lhes, por vezes, doenças.

37. PARASITISMO Um fungo parasita alimenta-se dos tecidos vivos desta formiga. A formiga terá ingerido um esporo do fungo que rapidamente proliferou no interior do seu corpo, estando a produzir novos esporos à superfície.

38. PARASITISMO A cuscuta vive sobre outras plantas, retirando delas o alimento.

39. COMPETIÇÃO É uma relação na qual dois seres vivos competem pelos mesmos recursos alimentares, pelo território, luz, ou algo que se encontra em quantidade insuficiente para assegurar a sobrevivência de ambos. Os organismos competidores prejudicam-se mutuamente.

40. COMPETIÇÃO A competição pelo alimento é frequente entre diferentes predadores, como é o caso desta leoa e hienas.

41. COMPETIÇÃO Pica-paus de diferentes espécies competem pelo mesmo alimento.

43. Realizado por Margarida Branco Rodrigues