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OCUPAÇÃO ANTRÓPICA
   ZONAS DE VERTENTE


      MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
Ocupação Antrópica
2




 O crescimento da população gerou a ocupação de grandes áreas da
  superfície terrestre pelo Homem – Ocupação Antrópica – que
  acarretou alterações nas paisagens naturais.

 A ocupação desordenada do território, considerando os espaços
  urbanos e rurais, acarretou vários impactos negativos ao meio
  ambiente.

 Para evitar que a ocupação antrópica acentue cada vez mais os
  impactos negativos, é necessário definir regras de Ordenamento
  do Território.
Ocupação Antrópica
3



 O Ordenamento do Território é o conjunto de processos
  integrados de organização do espaço biofísico, tendo como objetivo
  a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as
  capacidades do referido espaço.

 A ocupação antrópica gera situações de risco especialmente no que
  se refere a:
   bacias hidrográficas,

   zonas costeiras,

   zonas de vertente.
Zonas de Vertente
4

     Causas da alteração das vertentes

                                  Erosão hídrica
                                    desgaste mais ou menos lento e
                                     gradual dos solos devido ao impacto
                                     da chuva e escoamento das águas ao
                                     longo das vertentes.


                                  Movimentos em massa
                                    deslizamento, geralmente brusco e
                                     repentino, de uma grande massa de
                                     materiais sólidos ao longo de uma
                                     vertente.
Zonas de Vertente
5

     Movimentos em massa




         Madeira – Fevereiro 2010
Zonas de Vertente
6


     Causas dos movimentos em massa

       Naturais,

       Antrópicos.



     Estas causas podem estar relacionadas com:

       Fatores condicionantes

            Condições mais ou menos permanentes que podem favorecer os
            movimentos em massa;

       Fatores desencadeantes

            Resultam de alterações que foram introduzidas numa vertente e
            que podem despoletar um movimento em massa.
Zonas de Vertente
7


 Causas dos movimentos em massa
     Fatores condicionantes



                                Força da gravidade;
                                Inclinação do terreno;
                                Contexto geológico;
                                Caraterísticas geomorfológicas
                                 da região.
Zonas de Vertente
8


 Causas dos movimentos em massa
     Fatores desencadeantes

       Precipitação - quantidade de água existente no solo,
       Sismos,
       Tempestades,
       Ação antrópica.
Zonas de Vertente
9

 Causas dos movimentos em massa
   Naturais
      Força da gravidade

                                    Numa vertente, atuam duas forças
                                     opostas:
                                       a gravidade,
                                       o atrito.


                                    A força da gravidade pode ser
                                     decomposta em 2 componentes
                                     principais:
                                      GN – gravidade normal,
                                      GT – tangencial.
Zonas de Vertente
10

 Causas dos movimentos em massa
   Naturais
      Força da gravidade



                                    Forças de resistência (atrito, coesão
                                     das partículas…) opõem-se ao
                                     movimento, impedindo a movimentação
                                     dos materiais.


                                    Quando a força da gravidade “vence” o
                                     atrito podem ocorrer movimentos em
                                     massa.
Zonas de Vertente
11

 Causas dos movimentos em massa
   Naturais
      Força da gravidade




      À medida que a inclinação aumenta:
        GT aumenta,
        GN diminui.

      A componente tangencial da gravidade é a responsável pela eventual
       movimentação.
Zonas de Vertente
12

 Causas dos movimentos em massa
   Naturais
      Força da gravidade




      Fator de Segurança (FS) = Força de Resistência (FR) / Componente Tangencial (GT)
         Movimentos em massa ocorrem quando FS<1,
         Ocupação humana só deve ocorrer quando FS>10.
Zonas de Vertente
13

 Causas dos movimentos em massa
      Naturais
          Força da gravidade




         (FS) = (FR) / (GT)
            FS>1                     (FS) = (FR) / (GT)
                                         FS>1                   (FS) = (FR) / (GT)
                                                                     FS>1
      Fator de Segurança (FS) = Força de Resistência (FR) / Componente Tangencial (GT)
Zonas de Vertente
14


  Causas dos movimentos em massa
    Naturais
       Inclinação do terreno




     • Se o declive da área for muito pronunciado, o risco de ocorrência de um
       movimento de massa será mais elevado.
     • São frequentes deslizamentos em vertentes urbanizadas com pendores
       superiores a 15%.
Zonas de Vertente
15


  Causas dos movimentos em massa
    Naturais
       Quantidade de água no solo




     Se a concentração de água no solo atingir níveis que conduzam à sua saturação, a
     tensão por ela exercida leva a que as partículas do solo se afastem, criando
     instabilidade que pode gerar o movimento em massa ao longo da vertente.
Zonas de Vertente
16


  Causas dos movimentos em massa
    Naturais
       Contexto geológico
        • Características litológicas das rochas

                                   • Alguns solos contêm grandes quantidades de
                                     argilas que, quando molhadas, incorporam
                                     moléculas de água na sua estrutura cristalina,
                                     aumentando de volume.
                                   • Quando secam dá-se o processo inverso, com
                                     libertação das moléculas de água e redução
                                     de volume.


                                       perda das forças de resistência do solo

                                        movimento ao longo de uma vertente.
Zonas de Vertente
17


  Causas dos movimentos em massa
    Naturais
       Contexto geológico
                              • Disposição no terreno, em particular
                                a orientação e inclinação das
                                camadas, ou da clivagem xistenta -
                                se a inclinação das camadas for paralela à
                                vertente, estas podem funcionar com
                                superfícies de deslizamento,
                                (particularmente se a água
                                entrar ao longo destas superfícies
                                reduzindo a coesão).


                              • Grau de alteração e de fracturação
                                dos materiais rochosos – ao longo das
                                fraturas podem soltar-se blocos e deslizar
                                vertente abaixo.
Zonas de Vertente
18


  Causas dos movimentos em massa
    Naturais
       Precipitação

      • Elevada precipitação durante um curto período de tempo,
      •   Precipitação moderada durante um longo período


             alteram o equilíbrio em que se encontramos solos
             e as formações rochosas


                  podem conduzir a movimentos em massa.
Zonas de Vertente
19


  Causas dos movimentos em massa
    Naturais
       Sismos e tempestades

      • Sismos e tempestades poderão atuar sobre formações rochosas que
        se encontram em posições instáveis


                   conduzindo a movimentos em massa.
Zonas de Vertente
20


  Causas dos movimentos em
   massa
    Naturais
       Incêndios
                              • Os incêndios destroem
                                a vegetação e os
                                sistemas
                                radiculares, enfraquece
                                ndo o solo e tornando-o
                                suscetível à erosão

                               conduzindo a movimentos
                                      em massa.
Zonas de Vertente
21


  Causas dos movimentos em massa
      Antrópicas




        Destruição da cobertura vegetal dos terrenos, com consequente
         aumento da erosão do solo;
        Remoção, não controlada, de terrenos para urbanização ou
         abertura de estradas;
        Saturação dos terrenos por excesso de irrigação.
Zonas de Vertente
22


  Causas dos movimentos em massa
      Antrópicas




        Movimento em massa em Janeiro de 2010, junto à CREL
Zonas de Vertente
23


  Medidas de prevenção

       Medidas de contenção




                                                Muro de suporte
     Pregagem




                          Sistema de drenagem
Zonas de Vertente
24


  Medidas de prevenção

      Medidas de contenção

         Pregagem
Zonas de Vertente
25


  Medidas de prevenção

      Medidas de remoção




                            As camadas instáveis foram
                            removidas
Zonas de Vertente
26


  Medidas de prevenção

      Estudo das características geológicas e geomorfológicas do local para
       avaliação do seu potencial de risco;

      Elaboração de cartas de risco geológico (evidenciando as áreas com
       probabilidade de ocorrência de movimentos em massa);

      Elaboração de cartas de ordenamento do território (definindo as áreas
       onde podem ser exercidas as diferentes atividades humanas – zonas habitacionais,
       zonas agrícolas, vias de comunicação…);

      Remoção ou contenção dos materiais geológicos que possam constituir risco.

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1 ocupação antrópica - zonas de vertente

  • 1. OCUPAÇÃO ANTRÓPICA ZONAS DE VERTENTE MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
  • 2. Ocupação Antrópica 2  O crescimento da população gerou a ocupação de grandes áreas da superfície terrestre pelo Homem – Ocupação Antrópica – que acarretou alterações nas paisagens naturais.  A ocupação desordenada do território, considerando os espaços urbanos e rurais, acarretou vários impactos negativos ao meio ambiente.  Para evitar que a ocupação antrópica acentue cada vez mais os impactos negativos, é necessário definir regras de Ordenamento do Território.
  • 3. Ocupação Antrópica 3  O Ordenamento do Território é o conjunto de processos integrados de organização do espaço biofísico, tendo como objetivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço.  A ocupação antrópica gera situações de risco especialmente no que se refere a:  bacias hidrográficas,  zonas costeiras,  zonas de vertente.
  • 4. Zonas de Vertente 4  Causas da alteração das vertentes  Erosão hídrica  desgaste mais ou menos lento e gradual dos solos devido ao impacto da chuva e escoamento das águas ao longo das vertentes.  Movimentos em massa  deslizamento, geralmente brusco e repentino, de uma grande massa de materiais sólidos ao longo de uma vertente.
  • 5. Zonas de Vertente 5  Movimentos em massa  Madeira – Fevereiro 2010
  • 6. Zonas de Vertente 6  Causas dos movimentos em massa  Naturais,  Antrópicos.  Estas causas podem estar relacionadas com:  Fatores condicionantes Condições mais ou menos permanentes que podem favorecer os movimentos em massa;  Fatores desencadeantes Resultam de alterações que foram introduzidas numa vertente e que podem despoletar um movimento em massa.
  • 7. Zonas de Vertente 7  Causas dos movimentos em massa  Fatores condicionantes  Força da gravidade;  Inclinação do terreno;  Contexto geológico;  Caraterísticas geomorfológicas da região.
  • 8. Zonas de Vertente 8  Causas dos movimentos em massa  Fatores desencadeantes  Precipitação - quantidade de água existente no solo,  Sismos,  Tempestades,  Ação antrópica.
  • 9. Zonas de Vertente 9  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Força da gravidade  Numa vertente, atuam duas forças opostas:  a gravidade,  o atrito.  A força da gravidade pode ser decomposta em 2 componentes principais:  GN – gravidade normal,  GT – tangencial.
  • 10. Zonas de Vertente 10  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Força da gravidade  Forças de resistência (atrito, coesão das partículas…) opõem-se ao movimento, impedindo a movimentação dos materiais.  Quando a força da gravidade “vence” o atrito podem ocorrer movimentos em massa.
  • 11. Zonas de Vertente 11  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Força da gravidade  À medida que a inclinação aumenta:  GT aumenta,  GN diminui.  A componente tangencial da gravidade é a responsável pela eventual movimentação.
  • 12. Zonas de Vertente 12  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Força da gravidade  Fator de Segurança (FS) = Força de Resistência (FR) / Componente Tangencial (GT)  Movimentos em massa ocorrem quando FS<1,  Ocupação humana só deve ocorrer quando FS>10.
  • 13. Zonas de Vertente 13  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Força da gravidade  (FS) = (FR) / (GT)  FS>1  (FS) = (FR) / (GT)  FS>1  (FS) = (FR) / (GT)  FS>1  Fator de Segurança (FS) = Força de Resistência (FR) / Componente Tangencial (GT)
  • 14. Zonas de Vertente 14  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Inclinação do terreno • Se o declive da área for muito pronunciado, o risco de ocorrência de um movimento de massa será mais elevado. • São frequentes deslizamentos em vertentes urbanizadas com pendores superiores a 15%.
  • 15. Zonas de Vertente 15  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Quantidade de água no solo Se a concentração de água no solo atingir níveis que conduzam à sua saturação, a tensão por ela exercida leva a que as partículas do solo se afastem, criando instabilidade que pode gerar o movimento em massa ao longo da vertente.
  • 16. Zonas de Vertente 16  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Contexto geológico • Características litológicas das rochas • Alguns solos contêm grandes quantidades de argilas que, quando molhadas, incorporam moléculas de água na sua estrutura cristalina, aumentando de volume. • Quando secam dá-se o processo inverso, com libertação das moléculas de água e redução de volume. perda das forças de resistência do solo movimento ao longo de uma vertente.
  • 17. Zonas de Vertente 17  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Contexto geológico • Disposição no terreno, em particular a orientação e inclinação das camadas, ou da clivagem xistenta - se a inclinação das camadas for paralela à vertente, estas podem funcionar com superfícies de deslizamento, (particularmente se a água entrar ao longo destas superfícies reduzindo a coesão). • Grau de alteração e de fracturação dos materiais rochosos – ao longo das fraturas podem soltar-se blocos e deslizar vertente abaixo.
  • 18. Zonas de Vertente 18  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Precipitação • Elevada precipitação durante um curto período de tempo, • Precipitação moderada durante um longo período alteram o equilíbrio em que se encontramos solos e as formações rochosas podem conduzir a movimentos em massa.
  • 19. Zonas de Vertente 19  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Sismos e tempestades • Sismos e tempestades poderão atuar sobre formações rochosas que se encontram em posições instáveis conduzindo a movimentos em massa.
  • 20. Zonas de Vertente 20  Causas dos movimentos em massa  Naturais  Incêndios • Os incêndios destroem a vegetação e os sistemas radiculares, enfraquece ndo o solo e tornando-o suscetível à erosão conduzindo a movimentos em massa.
  • 21. Zonas de Vertente 21  Causas dos movimentos em massa  Antrópicas  Destruição da cobertura vegetal dos terrenos, com consequente aumento da erosão do solo;  Remoção, não controlada, de terrenos para urbanização ou abertura de estradas;  Saturação dos terrenos por excesso de irrigação.
  • 22. Zonas de Vertente 22  Causas dos movimentos em massa  Antrópicas  Movimento em massa em Janeiro de 2010, junto à CREL
  • 23. Zonas de Vertente 23  Medidas de prevenção  Medidas de contenção Muro de suporte Pregagem Sistema de drenagem
  • 24. Zonas de Vertente 24  Medidas de prevenção  Medidas de contenção Pregagem
  • 25. Zonas de Vertente 25  Medidas de prevenção  Medidas de remoção As camadas instáveis foram removidas
  • 26. Zonas de Vertente 26  Medidas de prevenção  Estudo das características geológicas e geomorfológicas do local para avaliação do seu potencial de risco;  Elaboração de cartas de risco geológico (evidenciando as áreas com probabilidade de ocorrência de movimentos em massa);  Elaboração de cartas de ordenamento do território (definindo as áreas onde podem ser exercidas as diferentes atividades humanas – zonas habitacionais, zonas agrícolas, vias de comunicação…);  Remoção ou contenção dos materiais geológicos que possam constituir risco.