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Campanha da Fraternidade
                        2012




                   21 de dezembro de 2011
Tema


Fraternidade e Saúde


               Lema


                       Que a S A Ú D E
                      se difunda sobre
                          a TERRA
ORAÇÃO DA CF 2012

   Senhor Deus de amor,
       Pai de bondade,
     nós vos louvamos e
        agradecemos
      pelo dom da vida,
 pelo amor com que cuidais
      de toda a criação.
ORAÇÃO DA CF 2012

    Vosso Filho Jesus Cristo,
             em sua
    misericórdia, assumiu a
     cruz dos enfermos e de
   todos os sofredores, sobre
   eles derramou a esperança
      de vida em plenitude.
ORAÇÃO DA CF 2012
  Enviai-nos, Senhor, o Vosso
  Espírito. Guiai a vossa Igreja, para
  que ela, pela conversão se faça
  sempre mais, solidária às dores e
  enfermidades do povo,e que a
  saúde se difunda sobre a terra.
  Amém.
Apresentção - CF 2012

A quaresma é o caminho que nos leva ao
encontro do Crucificado-ressuscitado.
Caminho,          porque          processo
existencial,         mudança            de
vida, transformação da pessoa que
recebeu a graça de ser discípulo-
missionário. A oração, o jejum e a esmola
indicam o processo de abertura necessária
para sermos tocados pela grandeza da vida
nova que nasce da cruz e da ressurreição.
Apresentação - CF 2012

 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
 (CNBB)     promove      a   Campanha    da
 Fraternidade, desde o ano de 1964, como
 itinerário    evangelizador   para   viver
 intensamente o tempo da quaresma.

A Igreja deseja sensibilizar a todos sobre a dura
realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à
assistência de Saúde Pública condizente com suas
necessidades e dignidade. A conversão pede que as
estruturas de morte sejam transformadas.
Introdução - CF 2012
  . Toda a ação eclesial brota de Jesus Cristo
  e se volta para Ele e para o Reino do Pai.
Esta perspectiva norteia as novas Diretrizes
Gerais da Ação Evangelizadora. Ela é condição
para que, na Igreja, aconteça uma conversão
pastoral que a coloque em estado permanente
de missão, com o advento de inúmeros
discípulos missionários, enraizados        em
critérios sólidos para ver, julgar e agir no
enfrentamento dos problemas concretos e
urgentes da vida de nosso povo.
Introdução - CF 2012


A CF 2012 visa a saúde integral. Há
muito tempo, ela vem sendo
considerada a principal preocupação e
pauta reivindicatória da população
brasileira, no campo das políticas
públicas.
Introdução - CF 2012

O      SUS       (Sistema   Único     de
Saúde), inspirado em belos princípios
como o da universalidade, cuja proposta é
atender                                 a
todos, indiscriminadamente, deveria ser
modelo para o mundo. No entanto, ele
ainda não conseguiu ser implantado em
sua totalidade e ainda não atende a
contento, sobretudo os mais necessitados
destes serviços.
OBJETIVO GERAL
Objetivos Específicos

 a. Disseminar o conceito de bem
    viver e sensibilizar para a prá-tica
    de hábitos de vida saudável;

 b. sensibilizar as pessoas para o
    serviço     aos     enfermos,  o
    supri-mento de suas necessidades
    e a integração na comunidade
Objetivos Específicos

c.   alertar para a importância da organização da
     pastoral da Saúde nas comunidades: criar
     onde não existe, fortalecer onde está
     incipiente e dinamizá-la onde ela já existe;

d. difundir dados sobre a realidade da saúde
   no Brasil e seus desafios, como sua
   estreita relação com os aspectos
   socio-culturais de nossa sociedade;
Objetivos Específicos
  e.    despertar nas comunidades a
       discussão sobre a realidade da
       saúde pública, visando à defesa do
       SUS e a reivindicação do seu justo
       financiamento;
  f.   qualificar a comunidade para
       acompanhar as ações da gestão
       pública e exigir a aplicação dos
       recursos       públicos       com
       transparência, especialmente na
       saúde.
CF 2012


   CARTAZ
             Atualiza o encontro do
             Bom Samaritano com o
             doente que necessita de
             cuidado Lc 10,29-37



            A mão do profissional da
            saúde segurando as mãos do
            doente afasta cultura da
            morte e viabiliza a acolhida
            entre irmãos (o próximo).
CF 2012


   CARTAZ
            A Igreja como mãe, na sua
            samaritanidade, aproxima e
            cuida dos doentes, de todos
            que se encontram à margem
            do caminho.

            O profissional de pé, o
            enfermo sentado, olhos nos
            olhos, lembra a acolhida e o
            compromisso do profissional
            de saúde, gera relação de
            confiança.
CF 2012


   CARTAZ
            A cruz que sustenta e
            ilumina o sentido do cartaz
            recorda a salvação que Jesus
            Cristo nos conquistou


            A alegria do encontro
            recorda aos profissionais da
            saúde que foram escolhidos
            para atualizar em a atitude
            do Bom Samaritano em
            relação aos enfermos.
Fraternidade e Saúde Pública

Primeira   • Fraternidade e a Saúde
 parte       Pública.


Segunda    • Que a Saúde se difunda sobre
 parte       a Terra.

           • Indicações para a Ação
Terceira
             transformadora no Mundo da
 parte       Saúde.
QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA
                                   Eclo 38,8




2012


1ª
PARTE




                                               19
Saúde e Doença: dois lados da
      mesma realidade
   A vida, a saúde e a doença são realidades
  profundas, envoltas em mistérios. Diante
  delas, as ciências não se encontram em
  condições de oferecer uma palavra
  definitiva, mesmo com todo o aparato
  tecnológico hoje disponível. Assim, as
  enfermidades, o sofrimento e a morte
  apresentam-se como realidades duras de
  serem enfrentadas e contrariam os
  anseios de vida e bem-estar do ser
  humano.
Saúde e salvação

Nas línguas antigas é comum a utilização
  de um mesmo termo para expressar os
  significados de saúde e de salvação. Na
   lingua grega, soter é aquele que cura e
  ao mesmo tempo é salvador. Em latim,
      ocorre o mesmo com salus, o que
   permaneceu até épocas mais recentes.
  Verifica-se o mesmo em outras línguas
Saúde e salvação


   Certamente, a convergência destes
significados para um único termo é reflexo
   da dura experiência existencial diante
 destes fenômenos e a percepção de que o
    doente necessita ser curado ou salvo
daquela moléstia por iniciativa da ação de
                  outrem.
Saúde e salvação


A estreita ligação entre saúde e salvação
(cura) e a convergência desses siginificados
  em um mesmo termo, aponta para uma
 concepção mais abrangente do que seja a
   doença. Diante disso, as tendências de
      excluir a dimensão espiritual na
 consideração do que seja saúde e doença,
  resultam em compreensões superficiais
              destas realidades.
Saúde e Salvação para a Igreja

   A experiência da doença mostra que o
   ser humano é uma profunda unidade
   pneumossomática.
   Com a doença passamos a perceber o
   corpo como um ‘outro’, independente,
   rebelde e opressor.
   Ninguém escolhe ficar doente. A doença
   se impõe. Ela pode tolher nosso direito
   de ir e vir.
   A doença é, por isso, um forte convite à
   reconciliação e à harmonização com
   nosso próprio ser.
Saúde e Salvação para a Igreja




A doença é também um apelo à fraternidade e à
igualdade, pois não discrimina ninguém. Atinge a
todos: ricos, pobres, crianças, jovens, idosos. Com a
doença, escancara-se diante de todos nossa
profunda igualdade. Diante de tal realidade, a
atitude mais lógica é a da fraternidade e da
solidariedade
Saúde e salvação para a Igreja



O GPS diz que a saúde é afirmação da vida em suas
 multiplas incidências e um direito fundamental que
  os Estados devem garantir. E, define saúde como,
   “saúde é um processo harmonioso de bem-estar
  físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a
   ausência de doença, processo que capacita o ser
 humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou,
 de acordo com a etapa e a condição de vida em que
                       se encontre.
Saúde e salvação para a Igreja



A vida saudável requer harmonia entre corpo e
     espírito, entre pessoa e ambiente, entre
     personalidade e responsabilidade. Nesse
  sentido, este Guia Pastoral, entendendo que a
      saúde é uma condição essencial para o
     desenvolvimento pessoal e comunitário,
  apresenta algumas exigências para a melhoria
                     da saúde:
Saúde e salvação para a Igreja



A) articular o tema saúde com a alimentação, a
      educação, o trabalho, a remuneração, a
        promoção da mulher, da criança, da
          ecologia, do meio ambiente etc;
Saúde e salvação para a Igreja



B) A preocupação com as ações de promoção da saúde    e
      defesa da vida, que respondem a necessidades
  imediatas das pessoas, das coletividades e das relações
    interpessoais. Que estas ações contribuam para a
     construção de políticas públicas e de projetos de
   desenvolvimento nacional, local e paroquial, calcada
     em valores como: a igualdade, a solidariedade, a
       justiça, a democracia, a qualidade de vida e a
                    participação cidadã
Saúde e Salvação para a Igreja




Trata-se de uma concepção dinâmica e
socioeconômica da saúde que, ao tomar o tema da
saúde, não restringe a reflexão a causas
físicas, mentais e espirituais, mas avança para as
sociais. Com esta abordagem, a Igreja objetiva
apresentar elementos para dialogar com a
sociedade, a fim de melhorar a situação de saúde da
população.
Elementos da Doutrina Social da
Igreja pertinentes à Saúde Pública



  “Mesmo em uma sociedade em que as
  relações e serviços se pautem pela
  justiça, faz-se necessária a caridade, pois:
  “Não há qualquer ordenamento estatal
  justo que possa tornar supérfluo o serviço
  do amor” (Bento XVI).
Elementos da Doutrina Social da Igreja
    pertinentes à Saúde Pública




A solidariedade precisa se efetivar em ações
    concretas, convergindo para a caridade
         operativa. “Jesus de Nazaré faz
      resplandecer, aos olhos de todos os
     homens, o nexo entre solidariedade e
        caridade, iluminando todo o seu
                  significado”
Elementos da Doutrina Social da
  Igreja pertinentes à Saúde Pública


A subsidiariedade é um princípio que aponta
    para um modo de relação e cooperação
   construtivo entre as instituições maiores e
     de maior abrangência e as menores de
                uma sociedade.
Elementos da Doutrina Social da
Igreja pertinentes à Saúde Pública


O princípio da participação exprime-se numa série
     de “atividades mediante as quais o cidadão,
       como cidadão ou associado com outros,
      contribui para a vida cultural, econômica,
       política e social da sociedade civil a que
      pertence. A participação é um dever a ser
   conscientemente exercitado por todos de modo
       responsável e em vista do bem comum”
Elementos da Doutrina Social da
 Igreja pertinentes à Saúde Pública


Pelos princípios de subsidiariedade e de participação,
     também podemos inferir que os cidadãos e as
       entidades e organizações civis e religiosas,
           precisam colaborar com o Estado na
    implementação das políticas de saúde, por meio
             dos espaços de controle social.
Elementos da Doutrina Social da
 Igreja pertinentes à Saúde Pública

Se, é dever do Estado promover a saúde por meio de
       ações preventivas e oferecer um sistema de
       tratamento eficaz e digno a toda população,
    especialmente aos mais desprovidos de recursos;
     é, também, responsabilidade de cada família e
    cidadão assumir um estilo de viver que contribua
      para se evitas as doenças, por meio de hábitos
      saudáveis e a procura de exames preventivos.
Contribuições recentes da Igreja no
    Brasil para a Saúde Pública
A reflexão sobre estes princípios orientadores são
importantes para que a ação evangelizadora, da Igreja
   e dos cristãos, possa se revestir de contundência e
   profetismo na área da saúde. Além da caridade na
   atenção aos enfermos, é necessário empenho por
 mudanças nas estruturas que geram enfermidades e
      mortes. Tais estruturas tornam-se visíveis nas
      situações de exclusão, na falta de condições
 adequadas e dignas de vida e no descaso, em certas
circunstâncias, no atendimento oferecido aos usuários
                   do sistema de saúde.
Contribuições recentes da Igreja
          no Brasil para a Saúde Pública

Na CF de 1981, “Saúde para Todos”, o Papa João
Paulo II escreveu, em sua mensagem para a
Campanha, que a “boa saúde não é apenas ausência
de doenças: é vida plenamente vivida, em todas as
suas dimensões, pessoais e sociais. Como o
contrário, a falta de saúde, não é só a presença da
dor ou do mal físico. Há tantos nossos irmãos
enfermos, por causas inevitáveis ou evitáveis, a
sofrer, paralisados, ‘à beira do caminho’, à espera da
misericórdia do próximo, sem a qual jamais poderão
superar o estado de ‘semimortos’”.
8 Metas da ONU – do Início dos anos 90 até 2015
   Reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria e
   passam fome.
   Educação básica de qualidade para todos.

   Igualdade entre os sexos e mais autonomia para as mulheres.

   Redução da mortalidade infantil.

   Melhoria da saúde materna.

   Combate a epidemias e doenças.

   Garantia da sustentabilidade ambiental.

   Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento.
                                                                    39
A redução da mortalidade infantil



                                 71,23%


O Brasil é um dos países onde mais se reduziu a
mortalidade infantil: de 69,12 óbitos por mil nascidos
vivos, em 1980, para 19,88, em 2010, segundo dados
da Revista The Lancet, em seu estudo Saúde no Brasil
(2011). Este decréscimo de 71,23% é um avanço
positivo e aconteceu basicamente graças ao SUS, à
participação da sociedade, ao maior incentivo ao
aleitamento materno
Igreja no
                        Brasil


               Pastoral      Pastoral
              da Criança     da Saúde


Destaca-se neste âmbito o trabalho da Igreja através
da Pastoral da Criança e da Pastoral da Saúde. A
Pastoral da Criança, em suas ações, promove o
desenvolvimento integral das crianças pobres, da
concepção aos seis anos de idade em seu contexto
familiar e comunitário, com ações preventivas de
saúde, nutrição, educação e cidadania.
Igreja no
                        Brasil


                Pastoral      Pastoral
               da Criança     da Saúde


Em 2010, o índice de mortalidade infantil entre as
crianças assistidas pela a Pastoral da Criança, foi de
9,5 mortes para cada 1000 crianças nascidas
vivas, quase a metade da média nacional. Fé e
solidariedade são grandes e importantes instrumentos
que a Igreja no Brasil se apropria para ajudar o povo
carente.
Contribuições da Igreja no Brasil
              para Saúde Pública




Uma das razões da significativas redução da
mortalidade infantil, entre as crianças atendidas pela
Pastoral da Criança, é o trabalho solidário e contínuo
de inúmeros voluntários na promoção de ações
básicas de saúde. Dentre elas, salienta-se a campanha
de incentivo à utilização do soro caseiro.
Fatores intervenientes
na Saúde em geral

a. Transição demográfica – (aumento na média de
idade da população brasileira).
b. Transição epidemiológica – (mudança no perfil nas
doenças que atinge a população brasileira).
c. Transição tecnológica – (tecnologia avança na
medicina, porém, aumenta o custo e periga
desumanizar).
d. Transição nutricional – mudança no hábito
alimentar (obesidade).
Conforme o contexto delineado, é possível extrair
temas preocupantes para a saúde atualmente:
a. Doenças Não Transmissíveis
b. Doenças Transmissíveis
c. Fatores de Riscos Modificáveis
d. Dependência Química
e. Causas Externas (acidentes e violências)
Doenças cardiovasculares
correspondem a 30% dos
óbitos não transmissíveis

                     Hipertensão Arterial
                             (% )

30,0%
                                25,5%
25,0%
                    20,7%
20,0%
                                            Homens
15,0%
                                            Mulheres
10,0%

 5,0%

 0,0%
                            1
Em relação ao diabetes, estimativas
apontam para 11 milhões de portadores,
sendo que somente 7,5 milhões sabem
que são portadores e nem todos se
tratam adequadamente.
Câncer                         Doenças Renais



                                    Atinge mais de
                                    um milhão de
Estimativa de                         brasileiros
2011: 489.270
de novos casos
                                        10 de março
      Doenças Não Transmissíveis
Doenças Transmissíveis
Fatores de riscos
  modificáveis
  Dependência
     Química
   Acidentes e
    violências
Saúde pública Indígena




As ações da Igreja com as populações indígenas
partem do conhecimento nas aldeias, contato
com o Ministério da Saúde e organizações que
acompanham os indígenas, como o Conselho
Indigenista Missionário – CIMI, com o
consentimento dos Caciques e seus conselhos e
da Fundação Nacional do Índio - FUNAI
Saúde pública Indígena



                            Contágio
             Mudanças      por doenças
             climáticas
 Saúde                      Conflitos
Indígena                    culturais
              Migração
              imposta
                           alcoolismo
Saúde Pública

            ?
Conceitos básicos do SUS



                 Universalidade

Princípios                 Integralidade
Doutrinais

                  Equidade
Conceitos básicos do SUS

                         Regionalização

                        Hierarquização
  Princípios
                        Descentralização
Organizacionais
                        Complementaridade
                        do setor privado

                  Participação da Comunidade
A problemática do financiamento da
        saúde pública no Brasil


 Apesar do avanço que significou a criação do SUS, o
Brasil está longe de dedicar atenção à saúde pública
semelhante à dos países que contam com um sistema
público e universal, como Reino Unido, Suécia,
Espanha, Itália, Alemanha, França, Canadá e Austrália.
Para atestar esta afirmação, basta lembrar que, em
2008, enquanto o SUS gastou 3,24% do PIB, o gasto
público em saúde nos países mencionados foi, em
média, 6,7%.
A problemática do financiamento da
         saúde pública no Brasil

          Alternativa para enfrentar esta
          problemática é Emenda
          Constitucional 29 (EC 29 )

EC 29 objetiva:
Regulamentar repasse mínimo das Esferas do Governo
para a saúde pública.
Define ações e serviços em saúde.
Propõe punição aos maus gestores da saúde pública.
Direitos, humanização e
          espiritualidade na saúde


 Melhorar o atendimento no Sistema Público de
Saúde Brasileiro é um grande desafio. O Ministério
da Saúde, aprovou a Portaria n. 1820, de 13 de
agosto de 2009, que “dispõe sobre os direitos e
deveres dos usuários da saúde nos termos da
legislação vigente” (Art. 1º), que passam a
constituir a “Carta dos Direitos dos Usuários da
Saúde”.
Direitos, humanização e
           espiritualidade na saúde         2012


   Da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde

 Art. 4º - Toda pessoa tem direito ao atendimento
 humanizado e acolhedor, realizado por
 profissionais    qualificados,     em   ambiente
 limpo, confortável e acessível a todos.

Direito ao recebimento de visita de religiosos de
qualquer credo, sem que isso acarrete mudança na
rotina de tratamento e do estabelecimento e ameaça
ou perturbações a si ou aos outros.
Desafios do Sistema Único de Saúde


O SUS tem desafios de curto, médio e longo prazo.
Hoje é investido mais na cura das doenças do que na
prevenção.

Pesquisa com usuários, constatou como deficiências
A falta de médicos.
A demora para atendimento em postos, centros de
saúde ou hospitais.
A     demora para conseguir uma consulta com
especialistas.
Desafios do Sistema Único de Saúde


  Acesso

  Gestão

 Financiamento

 Fatores Externos
QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA
                                  Eclo 38,8




2012


2ª
PARTE




                                              62
Introdução
                                                2012

Os significados de saúde e de salvação, ao longo da
história, são convergentes e sempre apresentaram
uma relação profunda. Em diversas línguas, os
termos nasceram de uma raiz única e, por muito
tempo, partilharam a mesma palavra. Em geral,
saúde e salvação significaram plenitude, integridade
física e espiritual, paz, prosperidade. Evidência disso
é que, nas grandes romarias, o povo em sua fé
sempre pede, mas também agradece pela cura e
saúde alcançada.
Saúde na antiguidade e na Bíblia


Relação saúde e religião



Para muitos povos antigos a doença resultava:
A ação de forças alheias ao organismo que se
instalavam na pessoa por causa de erros em vidas
passadas, infrações na vida presente, castigo da
divindade ou ações de demônios. Por isso era
comum a busca da cura na religião ou com certas
práticas de magia.
Doença e Saúde no AT




A preservação da saúde, mais do que a
cura da doença era obtida pela a
observância da Lei de Deus Dt 28, 1-14.
Para certos problemas físicos eram os
sacerdotes que deviam ser consultados,
recorrer aos médicos era visto como falta
de fé no Deus vivo.
O Eclesiástico e a sabedoria
              popular em saúde

“a saúde se difunde sobre a terra” (cf. Eclo 38,8).
Este é o verso central de uma coleção de ditos
populares sobre saúde e a missão dos
profissionais que ajudam a preservá-la.
O texto sugere que Deus colabora com a
humanidade na cura das doenças, dispondo os
meios necessários para a cura.
Antecede Eclo 38 um texto que resgata a relação
da saúde com a temperança para se evitar as
doenças.
O sofrimento do justo
             e seu significado

O sofrimento do justo não se inscrevia no
esquema transgressão/castigo, com o qual se
explicava as doenças na antiguidade.
O livro de Jó enfrenta o problema. Para ele o
sofrimento não pode ser respondido somente na
esfera moral.
Sua resposta aponta para a aceitação de um
mistério que o homem não está em condições de
compreender. Avança na resposta, mas não está
em condições de responder totalmente.
Doença e Saúde no NT


A cura do cego de nascença

“Quem pecou para que ele nascesse cego?”
(Jo 9,2).
Jesus responde: “nem ele, nem seus pais
pecaram, mas é uma ocasião para que se
manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9,3).
Assim, interrompe a teologia tradicional e
excludente – pecado/sofrimento. E se
apresenta como “luz do mundo”.
Jesus e os doentes: a saúde
       se difunde sobre a terra

“Jesus percorria toda a Galiléia, ... Curando
toda espécie de doença e enfermidade do
povo” (Mt 4, 23).
Estas obras manifestam a sua origem divina
e sua messianidade, ao curar o homem
inteiro, alma e corpo e, resgatá-lo para o
convívio social.
Também indica uma nova forma de se
relacionar        com     as          pessoas
necessitadas, especialmente os doentes.
Bom samaritano:
           paradigma do cuidado

Esta parábola ajuda a pensar sobre a solidariedade e
acerca da vulnerabilidade do se humano. Como
também, da proximidade sanadora do outro.
O samaritano se deixa interpelar pela necessidade do
outro, se coloca em suas mãos. Estes verbos
expressam nos verbos: ver, compadecer, aproximar,
curar, colocar no próprio animal, levar à hospedaria,
cuidar.
A figura do samaritano é modelo para a ação da Igreja
no campo da saúde e na defesa das políticas públicas.
Bom samaritano:
       paradigma do cuidado

Atitude revelada em sete verbos:
VER




“ O Bom Samaritano é todo homem que se
detém junto ao sofrimento de outro
homem, seja qual for o sofrimento” (SD 28).
Bom samaritano:
       paradigma do cuidado

Atitude revelada em sete verbos:
COMPADECER-SE


“Bom Samaritano é todo homem sensível
ao sofrimento de outrem... Por vezes esta
compaixão acaba por ser a única ou a
principal expressão do nosso amor e da
nossa solidariedade com o homem que
sofre” (SD 28).
Bom samaritano:
       paradigma do cuidado

Atitude revelada em sete verbos:
APROXIMAR-SE



Curar-se do medo de se aproximar do
outro, de se tornar próximo do outro, pois
isto implica aceitar tornar-se frágil nas
mãos de outrem.
Bom samaritano:
       paradigma do cuidado

Atitude revelada em sete verbos:
CURAR




A presença do outro que sofre clama por
cuidado. Acolhendo este clamor se traduz
em      atitude   os   sentimentos    de
solidariedade e compaixão.
Bom samaritano:
       paradigma do cuidado

Atitude revelada em sete verbos:
COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL




 Significa colocar a serviço do outro os
 próprios bens.
Bom samaritano:
       paradigma do cuidado

Atitude revelada em sete verbos:
LEVAR À HOSPEDARIA




Indica a necessidade de mudanças e
adaptação para atender aquele que sofre.
A mobilização de levar à hospedaria gera
uma rede de solidariedade.
Bom samaritano:
       paradigma do cuidado

Atitude revelada em sete verbos:
CUIDAR




Este verbo expressa o conjunto da
intervenção do Samaritano. Cuidar passa a
ser uma missão, pois os passos dados pelas
ações no decorrer da intervenção gera
compromisso.
O Horizonte humano e
       teológico do sofrimento

A experiência da dor e do sofrimento


O sofrimento é de difícil aceitação. Várias
são as suas modalidades.
Suscita perguntas e a busca sincera por
resposta.
As situações de sofrimento clamam por
compaixão e solidariedade.
O Horizonte humano e
         teológico do sofrimento
  A participação humana no sofrimento de Cristo

•“Com Cristo fui pregado na cruz. Eu vivo, mas
não eu: é Cristo que vive em mim. Minha vida
atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho
de Deus, que me amou e se entregou por mim”
(cf. Gl 2,19-20).
•O sofrimento redentor de Cristo leva o homem
ao reencontro com seus próprios sofrimentos.
•A cruz de Cristo ilumina a vida humana, o
anúncio da cruz inclui a notícia da ressurreição.
Igreja, comunidade
              servidora no amor



O Papa Bento XVI nos lembra, em sua
primeira Carta Encíclica, que a Igreja como
comunidade deve praticar o amor.
Desde os primórdios da Igreja, a caridade
inspirou suas comunidades ao serviço dos
adoecidos, pois a caridade como tarefa da
Igreja encontra uma prática especialmente
significativa no cuidado dos doentes.
Os Enfermos no seio da Igreja


•Quem permanece por muito tempo próximo das
pessoas que sofrem, conhece a angústia e as
lágrimas, mas também o milagre da alegria,
fruto do amor (Bento XVI).
•Na Igreja, os doentes evangelizam e recordam
que a esperança repousa em Deus.
•Se os enfermos evangelizam, também provocam
uma resposta da Igreja. Primeiro, a oração na fé,
“a oração feita com fé salvará o doente, e o
Senhor o levantará” (cf. Tg 5,15).
A Unção dos Enfermos,
        sacramento da cura

•A unção não é um sacramento pontual e
isolado, que se celebra de forma quase
mágica, numa UTI, a um moribundo totalmente
inconsciente.
•Pelo contrário, é um sacramento eclesial
que, além de comprometer toda a Igreja, é
também o ápice de um processo em favor e a
serviço dos irmãos enfermos de uma
comunidade.
•Por ser um serviço de toda a
Igreja, compromete a todos na comunidade.
Maria, Saúde dos enfermos, a
               ação da Igreja na saúde

•No Evangelho, a cura do corpo é sinal da purificação mais
profunda, que é a remissão dos pecados (cf. Mc 2,1-12).
“Neles se manifesta a vitória de Cristo sobre o pecado e a
morte, ao transformá-los em portadores da Boa Nova do
Reino.

•Maria santíssima (cf. Lc 1,28), plena do Espírito de Deus e
primeira e perfeita discípula do seu Filho, sempre demonstrou
especial solicitude para com os sofredores.
•Papa Bento XVI lembra a toda a Igreja, “não admira que
Maria, Mãe e modelo da Igreja, seja evocada e venerada
como ‘Salus infirmorum’, ‘Saúde dos enfermos’.
Ação transformadora no mundo da saúde




2012


3ª
PARTE




                                      84
Indicações para a Ação
   Transformadora no Mundo da Saúde

Introdução
Pastoral da Saúde

•A Pastoral da Saúde representa a
atividade desempenhada pela Igreja no
setor da saúde, é expressão de sua
missão e manifesta a ternura de Deus
para com a humanidade que sofre.
•A Igreja, ao meditar a parábola do bom
samaritano (cf. Lc 10,25-37), entende
que não é lícito delegar o alívio do
sofrimento apenas à medicina, mas é
necessário ampliar o significado desta
atividade humana.
Pastoral da Saúde

•Seu objetivo geral é promover, educar, prevenir,
cuidar, recuperar, defender e celebrar a vida ou
promover ações em prol da vida saudável e plena
de todo o povo de Deus, tornando presente, no
mundo de hoje, a ação libertadora de Cristo na área
da saúde. Sua atuação é em âmbito nacional e de
referência internacional.
•Esse trabalho evangelizador atua em três
dimensões, sempre em consonância com as
Diretrizes de Ação da CNBB. São elas: solidária,
comunitária, político-institucional.
A dignidade de viver e morrer


•Precisamos de sabedoria e ética samaritana
para cuidar das pessoas que estão se
aproximando do final de suas existências. O
desafio ético é considerar a questão da
dignidade no adeus à vida.
•Antes de existir um direito à morte humana, há
que ressaltar o direito de que a vida possa ter
condições de ser conservada, preservada e
desabrochada plenamente.
A dignidade de viver e morrer


•É chocante e até irônico constatar situações em
que a mesma sociedade que nega o pão para o
ser humano viver, lhe oferece a mais alta
tecnologia para ‘bem morrer!’

•Não podemos passivamente aceitar a
morte que é consequência do descaso pela
vida, causada por violência, acidentes e
pobreza.
A dignidade de viver e morrer


•Podemos ser curados de uma doença classificada
como mortal, mas não de nossa mortalidade.
Quando esquecemos isso, acabamos caindo, pura e
simplesmente, na tecnolatria e na absolutização da
vida biológica.

•É a obstinação terapêutica (distanásia) adiando o
inevitável, que acrescenta mais sofrimento e vida
quantitativa que qualidade de vida.
A dignidade de viver e morrer

•quando a morte se anuncia iminente e
inevitável, pode-se em consciência renunciar a
tratamentos     que    dariam    somente     um
prolongamento      precário    e   penoso    da
vida, sem, contudo interromper os cuidados
normais devidos ao doente em caso
semelhantes. (...) A renúncia a meios
extraordinários ou desproporcionais não equivale
ao suicídio ou à eutanásia; exprime, antes, a
aceitação da condição humana diante da morte
(Papa João Paulo II, EV n. 65).
A dignidade de viver e morrer


•   É um desafio difícil aprender a amar o paciente
    terminal sem exigir retorno, com a gratuidade com
    que se ama um bebê, num contexto social em que
    tudo é medido pelo mérito! O sofrimento humano
    somente é intolerável se ninguém cuida. Como
    fomos cuidados para nascer, precisamos também
    ser     cuidados       para     morrer.     Cuidar
    fundamentalmente é sermos solidários com os que
    hoje passam pelo ‘vale das sombras da morte’.
    Amanhã seremos nós
Os Agentes da Pastoral da Saúde


•Os agentes da pastoral da saúde são os discípulos
missionários de Jesus Cristo e de sua
Igreja, envolvidos em sua missão de cura e de
salvação.
•São eles: o bispo, os presbíteros, os capelães, os
diáconos, os religiosos e as religiosas, e todos os
leigos.
•os profissionais de saúde cristãos, católicos
(médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes
sociais,...) são os agentes naturais da pastoral da
saúde. Deveriam ser convidados a assumir
evangelicamente sua profissão.
Os Agentes da Pastoral da Saúde
Proposta de ação - Igreja


•trabalhar, datas ligadas à saúde, e mostrar a
importância de um estilo de vida saudável;
•promover a formação política e participação
cidadã cada vez mais responsável dos cristãos;
•Trabalho de evangelização com os agentes da
área de saúde.
•articular a participação efetiva de membros das
comunidades nas instâncias colegiadas do SUS
(Conselhos municipais e Conferências de
Saúde).
Proposta de ação - Igreja



criar observatórios locais da saúde, que se
tornem referências para a população;
denunciar situações de irregularidade na
condução da coisa pública.

dar continuidade à CF 2011 (Fraternidade e
Vida no Planeta) e reforçar ações de
equilíbrio na relação entre ser humano e o
meio ambiente.
Como as famílias podem colaborar


incentivar o cuidado pleno aos extremos de
vida (criança e idosos);
garantir que a prevenção avance através de
ações educativas abrangentes e outras como
manter o cartão de vacinas atualizado.

Colaborar na prevenção ao uso de drogas;
Aderir à coleta seletiva e à reciclagem, a
práticas que resultem na sustentabilidade.
Propostas para a ação em relação a
        temas específicos



Quanto ao acesso no atendimento dos
doentes na rede de saúde pública
Quanto à gestão do sistema de saúde
pública.

Quanto à problemática do financiamento
Quanto aos fatores externos
(Conferir texto base).
Propostas gerais para o SUS


•Priorizar a atenção básica em relação aos
outros níveis de atenção à saúde,
fortalecendo e as redes especializadas de
atenção à saúde.

•estudar uma forma de coparticipação ou
contribuição à saúde pública dos setores
empresariais que usufruem ou estimulam
hábitos inadequados à saúde.
Propostas gerais para o SUS


•criação, no Poder Judiciário, da ‘Vara da
Saúde’, para atendimento especializado e
eficaz neste segmento.

•estimular    a    ‘quarentena    política’
(proibição de se candidatar, durante certo
período, a cargos) aos gestores técnicos
que deixarem o cargo, no governo.
Conclusão

Ao longo dos últimos anos, houve mudança
no conceito de saúde: de ‘caridade’ para
‘direito’. Hoje em dia, no entanto, esse
direito está sendo transformado em
‘negócio’, num mercado livre sem coração!
Há necessidade de empoderamento dos
pobres, em termos de reivindicação
(cidadania) e para fazer algo concreto e
forçar o direito básico à saúde.
Campanha da Fraternidade 2012
                   Conferência Nacional dos Bispos do Brasil




               Elaboração: Pe. Altevir, CSSp
                           Pe. Luis Carlos

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Cf2012 apresentacao

  • 1. Campanha da Fraternidade 2012 21 de dezembro de 2011
  • 2. Tema Fraternidade e Saúde Lema Que a S A Ú D E se difunda sobre a TERRA
  • 3. ORAÇÃO DA CF 2012 Senhor Deus de amor, Pai de bondade, nós vos louvamos e agradecemos pelo dom da vida, pelo amor com que cuidais de toda a criação.
  • 4. ORAÇÃO DA CF 2012 Vosso Filho Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores, sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.
  • 5. ORAÇÃO DA CF 2012 Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito. Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,e que a saúde se difunda sobre a terra. Amém.
  • 6. Apresentção - CF 2012 A quaresma é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado. Caminho, porque processo existencial, mudança de vida, transformação da pessoa que recebeu a graça de ser discípulo- missionário. A oração, o jejum e a esmola indicam o processo de abertura necessária para sermos tocados pela grandeza da vida nova que nasce da cruz e da ressurreição.
  • 7. Apresentação - CF 2012 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade, desde o ano de 1964, como itinerário evangelizador para viver intensamente o tempo da quaresma. A Igreja deseja sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. A conversão pede que as estruturas de morte sejam transformadas.
  • 8. Introdução - CF 2012 . Toda a ação eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para Ele e para o Reino do Pai. Esta perspectiva norteia as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. Ela é condição para que, na Igreja, aconteça uma conversão pastoral que a coloque em estado permanente de missão, com o advento de inúmeros discípulos missionários, enraizados em critérios sólidos para ver, julgar e agir no enfrentamento dos problemas concretos e urgentes da vida de nosso povo.
  • 9. Introdução - CF 2012 A CF 2012 visa a saúde integral. Há muito tempo, ela vem sendo considerada a principal preocupação e pauta reivindicatória da população brasileira, no campo das políticas públicas.
  • 10. Introdução - CF 2012 O SUS (Sistema Único de Saúde), inspirado em belos princípios como o da universalidade, cuja proposta é atender a todos, indiscriminadamente, deveria ser modelo para o mundo. No entanto, ele ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a contento, sobretudo os mais necessitados destes serviços.
  • 12. Objetivos Específicos a. Disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prá-tica de hábitos de vida saudável; b. sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o supri-mento de suas necessidades e a integração na comunidade
  • 13. Objetivos Específicos c. alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe; d. difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos socio-culturais de nossa sociedade;
  • 14. Objetivos Específicos e. despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a reivindicação do seu justo financiamento; f. qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na saúde.
  • 15. CF 2012 CARTAZ Atualiza o encontro do Bom Samaritano com o doente que necessita de cuidado Lc 10,29-37 A mão do profissional da saúde segurando as mãos do doente afasta cultura da morte e viabiliza a acolhida entre irmãos (o próximo).
  • 16. CF 2012 CARTAZ A Igreja como mãe, na sua samaritanidade, aproxima e cuida dos doentes, de todos que se encontram à margem do caminho. O profissional de pé, o enfermo sentado, olhos nos olhos, lembra a acolhida e o compromisso do profissional de saúde, gera relação de confiança.
  • 17. CF 2012 CARTAZ A cruz que sustenta e ilumina o sentido do cartaz recorda a salvação que Jesus Cristo nos conquistou A alegria do encontro recorda aos profissionais da saúde que foram escolhidos para atualizar em a atitude do Bom Samaritano em relação aos enfermos.
  • 18. Fraternidade e Saúde Pública Primeira • Fraternidade e a Saúde parte Pública. Segunda • Que a Saúde se difunda sobre parte a Terra. • Indicações para a Ação Terceira transformadora no Mundo da parte Saúde.
  • 19. QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA Eclo 38,8 2012 1ª PARTE 19
  • 20. Saúde e Doença: dois lados da mesma realidade A vida, a saúde e a doença são realidades profundas, envoltas em mistérios. Diante delas, as ciências não se encontram em condições de oferecer uma palavra definitiva, mesmo com todo o aparato tecnológico hoje disponível. Assim, as enfermidades, o sofrimento e a morte apresentam-se como realidades duras de serem enfrentadas e contrariam os anseios de vida e bem-estar do ser humano.
  • 21. Saúde e salvação Nas línguas antigas é comum a utilização de um mesmo termo para expressar os significados de saúde e de salvação. Na lingua grega, soter é aquele que cura e ao mesmo tempo é salvador. Em latim, ocorre o mesmo com salus, o que permaneceu até épocas mais recentes. Verifica-se o mesmo em outras línguas
  • 22. Saúde e salvação Certamente, a convergência destes significados para um único termo é reflexo da dura experiência existencial diante destes fenômenos e a percepção de que o doente necessita ser curado ou salvo daquela moléstia por iniciativa da ação de outrem.
  • 23. Saúde e salvação A estreita ligação entre saúde e salvação (cura) e a convergência desses siginificados em um mesmo termo, aponta para uma concepção mais abrangente do que seja a doença. Diante disso, as tendências de excluir a dimensão espiritual na consideração do que seja saúde e doença, resultam em compreensões superficiais destas realidades.
  • 24. Saúde e Salvação para a Igreja A experiência da doença mostra que o ser humano é uma profunda unidade pneumossomática. Com a doença passamos a perceber o corpo como um ‘outro’, independente, rebelde e opressor. Ninguém escolhe ficar doente. A doença se impõe. Ela pode tolher nosso direito de ir e vir. A doença é, por isso, um forte convite à reconciliação e à harmonização com nosso próprio ser.
  • 25. Saúde e Salvação para a Igreja A doença é também um apelo à fraternidade e à igualdade, pois não discrimina ninguém. Atinge a todos: ricos, pobres, crianças, jovens, idosos. Com a doença, escancara-se diante de todos nossa profunda igualdade. Diante de tal realidade, a atitude mais lógica é a da fraternidade e da solidariedade
  • 26. Saúde e salvação para a Igreja O GPS diz que a saúde é afirmação da vida em suas multiplas incidências e um direito fundamental que os Estados devem garantir. E, define saúde como, “saúde é um processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre.
  • 27. Saúde e salvação para a Igreja A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre personalidade e responsabilidade. Nesse sentido, este Guia Pastoral, entendendo que a saúde é uma condição essencial para o desenvolvimento pessoal e comunitário, apresenta algumas exigências para a melhoria da saúde:
  • 28. Saúde e salvação para a Igreja A) articular o tema saúde com a alimentação, a educação, o trabalho, a remuneração, a promoção da mulher, da criança, da ecologia, do meio ambiente etc;
  • 29. Saúde e salvação para a Igreja B) A preocupação com as ações de promoção da saúde e defesa da vida, que respondem a necessidades imediatas das pessoas, das coletividades e das relações interpessoais. Que estas ações contribuam para a construção de políticas públicas e de projetos de desenvolvimento nacional, local e paroquial, calcada em valores como: a igualdade, a solidariedade, a justiça, a democracia, a qualidade de vida e a participação cidadã
  • 30. Saúde e Salvação para a Igreja Trata-se de uma concepção dinâmica e socioeconômica da saúde que, ao tomar o tema da saúde, não restringe a reflexão a causas físicas, mentais e espirituais, mas avança para as sociais. Com esta abordagem, a Igreja objetiva apresentar elementos para dialogar com a sociedade, a fim de melhorar a situação de saúde da população.
  • 31. Elementos da Doutrina Social da Igreja pertinentes à Saúde Pública “Mesmo em uma sociedade em que as relações e serviços se pautem pela justiça, faz-se necessária a caridade, pois: “Não há qualquer ordenamento estatal justo que possa tornar supérfluo o serviço do amor” (Bento XVI).
  • 32. Elementos da Doutrina Social da Igreja pertinentes à Saúde Pública A solidariedade precisa se efetivar em ações concretas, convergindo para a caridade operativa. “Jesus de Nazaré faz resplandecer, aos olhos de todos os homens, o nexo entre solidariedade e caridade, iluminando todo o seu significado”
  • 33. Elementos da Doutrina Social da Igreja pertinentes à Saúde Pública A subsidiariedade é um princípio que aponta para um modo de relação e cooperação construtivo entre as instituições maiores e de maior abrangência e as menores de uma sociedade.
  • 34. Elementos da Doutrina Social da Igreja pertinentes à Saúde Pública O princípio da participação exprime-se numa série de “atividades mediante as quais o cidadão, como cidadão ou associado com outros, contribui para a vida cultural, econômica, política e social da sociedade civil a que pertence. A participação é um dever a ser conscientemente exercitado por todos de modo responsável e em vista do bem comum”
  • 35. Elementos da Doutrina Social da Igreja pertinentes à Saúde Pública Pelos princípios de subsidiariedade e de participação, também podemos inferir que os cidadãos e as entidades e organizações civis e religiosas, precisam colaborar com o Estado na implementação das políticas de saúde, por meio dos espaços de controle social.
  • 36. Elementos da Doutrina Social da Igreja pertinentes à Saúde Pública Se, é dever do Estado promover a saúde por meio de ações preventivas e oferecer um sistema de tratamento eficaz e digno a toda população, especialmente aos mais desprovidos de recursos; é, também, responsabilidade de cada família e cidadão assumir um estilo de viver que contribua para se evitas as doenças, por meio de hábitos saudáveis e a procura de exames preventivos.
  • 37. Contribuições recentes da Igreja no Brasil para a Saúde Pública A reflexão sobre estes princípios orientadores são importantes para que a ação evangelizadora, da Igreja e dos cristãos, possa se revestir de contundência e profetismo na área da saúde. Além da caridade na atenção aos enfermos, é necessário empenho por mudanças nas estruturas que geram enfermidades e mortes. Tais estruturas tornam-se visíveis nas situações de exclusão, na falta de condições adequadas e dignas de vida e no descaso, em certas circunstâncias, no atendimento oferecido aos usuários do sistema de saúde.
  • 38. Contribuições recentes da Igreja no Brasil para a Saúde Pública Na CF de 1981, “Saúde para Todos”, o Papa João Paulo II escreveu, em sua mensagem para a Campanha, que a “boa saúde não é apenas ausência de doenças: é vida plenamente vivida, em todas as suas dimensões, pessoais e sociais. Como o contrário, a falta de saúde, não é só a presença da dor ou do mal físico. Há tantos nossos irmãos enfermos, por causas inevitáveis ou evitáveis, a sofrer, paralisados, ‘à beira do caminho’, à espera da misericórdia do próximo, sem a qual jamais poderão superar o estado de ‘semimortos’”.
  • 39. 8 Metas da ONU – do Início dos anos 90 até 2015 Reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria e passam fome. Educação básica de qualidade para todos. Igualdade entre os sexos e mais autonomia para as mulheres. Redução da mortalidade infantil. Melhoria da saúde materna. Combate a epidemias e doenças. Garantia da sustentabilidade ambiental. Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento. 39
  • 40. A redução da mortalidade infantil 71,23% O Brasil é um dos países onde mais se reduziu a mortalidade infantil: de 69,12 óbitos por mil nascidos vivos, em 1980, para 19,88, em 2010, segundo dados da Revista The Lancet, em seu estudo Saúde no Brasil (2011). Este decréscimo de 71,23% é um avanço positivo e aconteceu basicamente graças ao SUS, à participação da sociedade, ao maior incentivo ao aleitamento materno
  • 41. Igreja no Brasil Pastoral Pastoral da Criança da Saúde Destaca-se neste âmbito o trabalho da Igreja através da Pastoral da Criança e da Pastoral da Saúde. A Pastoral da Criança, em suas ações, promove o desenvolvimento integral das crianças pobres, da concepção aos seis anos de idade em seu contexto familiar e comunitário, com ações preventivas de saúde, nutrição, educação e cidadania.
  • 42. Igreja no Brasil Pastoral Pastoral da Criança da Saúde Em 2010, o índice de mortalidade infantil entre as crianças assistidas pela a Pastoral da Criança, foi de 9,5 mortes para cada 1000 crianças nascidas vivas, quase a metade da média nacional. Fé e solidariedade são grandes e importantes instrumentos que a Igreja no Brasil se apropria para ajudar o povo carente.
  • 43. Contribuições da Igreja no Brasil para Saúde Pública Uma das razões da significativas redução da mortalidade infantil, entre as crianças atendidas pela Pastoral da Criança, é o trabalho solidário e contínuo de inúmeros voluntários na promoção de ações básicas de saúde. Dentre elas, salienta-se a campanha de incentivo à utilização do soro caseiro.
  • 44. Fatores intervenientes na Saúde em geral a. Transição demográfica – (aumento na média de idade da população brasileira). b. Transição epidemiológica – (mudança no perfil nas doenças que atinge a população brasileira). c. Transição tecnológica – (tecnologia avança na medicina, porém, aumenta o custo e periga desumanizar). d. Transição nutricional – mudança no hábito alimentar (obesidade).
  • 45. Conforme o contexto delineado, é possível extrair temas preocupantes para a saúde atualmente: a. Doenças Não Transmissíveis b. Doenças Transmissíveis c. Fatores de Riscos Modificáveis d. Dependência Química e. Causas Externas (acidentes e violências)
  • 46. Doenças cardiovasculares correspondem a 30% dos óbitos não transmissíveis Hipertensão Arterial (% ) 30,0% 25,5% 25,0% 20,7% 20,0% Homens 15,0% Mulheres 10,0% 5,0% 0,0% 1
  • 47. Em relação ao diabetes, estimativas apontam para 11 milhões de portadores, sendo que somente 7,5 milhões sabem que são portadores e nem todos se tratam adequadamente.
  • 48. Câncer Doenças Renais Atinge mais de um milhão de Estimativa de brasileiros 2011: 489.270 de novos casos 10 de março Doenças Não Transmissíveis
  • 50. Fatores de riscos modificáveis Dependência Química Acidentes e violências
  • 51. Saúde pública Indígena As ações da Igreja com as populações indígenas partem do conhecimento nas aldeias, contato com o Ministério da Saúde e organizações que acompanham os indígenas, como o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, com o consentimento dos Caciques e seus conselhos e da Fundação Nacional do Índio - FUNAI
  • 52. Saúde pública Indígena Contágio Mudanças por doenças climáticas Saúde Conflitos Indígena culturais Migração imposta alcoolismo
  • 54. Conceitos básicos do SUS Universalidade Princípios Integralidade Doutrinais Equidade
  • 55. Conceitos básicos do SUS Regionalização Hierarquização Princípios Descentralização Organizacionais Complementaridade do setor privado Participação da Comunidade
  • 56. A problemática do financiamento da saúde pública no Brasil Apesar do avanço que significou a criação do SUS, o Brasil está longe de dedicar atenção à saúde pública semelhante à dos países que contam com um sistema público e universal, como Reino Unido, Suécia, Espanha, Itália, Alemanha, França, Canadá e Austrália. Para atestar esta afirmação, basta lembrar que, em 2008, enquanto o SUS gastou 3,24% do PIB, o gasto público em saúde nos países mencionados foi, em média, 6,7%.
  • 57. A problemática do financiamento da saúde pública no Brasil Alternativa para enfrentar esta problemática é Emenda Constitucional 29 (EC 29 ) EC 29 objetiva: Regulamentar repasse mínimo das Esferas do Governo para a saúde pública. Define ações e serviços em saúde. Propõe punição aos maus gestores da saúde pública.
  • 58. Direitos, humanização e espiritualidade na saúde Melhorar o atendimento no Sistema Público de Saúde Brasileiro é um grande desafio. O Ministério da Saúde, aprovou a Portaria n. 1820, de 13 de agosto de 2009, que “dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde nos termos da legislação vigente” (Art. 1º), que passam a constituir a “Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde”.
  • 59. Direitos, humanização e espiritualidade na saúde 2012 Da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde Art. 4º - Toda pessoa tem direito ao atendimento humanizado e acolhedor, realizado por profissionais qualificados, em ambiente limpo, confortável e acessível a todos. Direito ao recebimento de visita de religiosos de qualquer credo, sem que isso acarrete mudança na rotina de tratamento e do estabelecimento e ameaça ou perturbações a si ou aos outros.
  • 60. Desafios do Sistema Único de Saúde O SUS tem desafios de curto, médio e longo prazo. Hoje é investido mais na cura das doenças do que na prevenção. Pesquisa com usuários, constatou como deficiências A falta de médicos. A demora para atendimento em postos, centros de saúde ou hospitais. A demora para conseguir uma consulta com especialistas.
  • 61. Desafios do Sistema Único de Saúde Acesso Gestão Financiamento Fatores Externos
  • 62. QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA Eclo 38,8 2012 2ª PARTE 62
  • 63. Introdução 2012 Os significados de saúde e de salvação, ao longo da história, são convergentes e sempre apresentaram uma relação profunda. Em diversas línguas, os termos nasceram de uma raiz única e, por muito tempo, partilharam a mesma palavra. Em geral, saúde e salvação significaram plenitude, integridade física e espiritual, paz, prosperidade. Evidência disso é que, nas grandes romarias, o povo em sua fé sempre pede, mas também agradece pela cura e saúde alcançada.
  • 64. Saúde na antiguidade e na Bíblia Relação saúde e religião Para muitos povos antigos a doença resultava: A ação de forças alheias ao organismo que se instalavam na pessoa por causa de erros em vidas passadas, infrações na vida presente, castigo da divindade ou ações de demônios. Por isso era comum a busca da cura na religião ou com certas práticas de magia.
  • 65. Doença e Saúde no AT A preservação da saúde, mais do que a cura da doença era obtida pela a observância da Lei de Deus Dt 28, 1-14. Para certos problemas físicos eram os sacerdotes que deviam ser consultados, recorrer aos médicos era visto como falta de fé no Deus vivo.
  • 66. O Eclesiástico e a sabedoria popular em saúde “a saúde se difunde sobre a terra” (cf. Eclo 38,8). Este é o verso central de uma coleção de ditos populares sobre saúde e a missão dos profissionais que ajudam a preservá-la. O texto sugere que Deus colabora com a humanidade na cura das doenças, dispondo os meios necessários para a cura. Antecede Eclo 38 um texto que resgata a relação da saúde com a temperança para se evitar as doenças.
  • 67. O sofrimento do justo e seu significado O sofrimento do justo não se inscrevia no esquema transgressão/castigo, com o qual se explicava as doenças na antiguidade. O livro de Jó enfrenta o problema. Para ele o sofrimento não pode ser respondido somente na esfera moral. Sua resposta aponta para a aceitação de um mistério que o homem não está em condições de compreender. Avança na resposta, mas não está em condições de responder totalmente.
  • 68. Doença e Saúde no NT A cura do cego de nascença “Quem pecou para que ele nascesse cego?” (Jo 9,2). Jesus responde: “nem ele, nem seus pais pecaram, mas é uma ocasião para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9,3). Assim, interrompe a teologia tradicional e excludente – pecado/sofrimento. E se apresenta como “luz do mundo”.
  • 69. Jesus e os doentes: a saúde se difunde sobre a terra “Jesus percorria toda a Galiléia, ... Curando toda espécie de doença e enfermidade do povo” (Mt 4, 23). Estas obras manifestam a sua origem divina e sua messianidade, ao curar o homem inteiro, alma e corpo e, resgatá-lo para o convívio social. Também indica uma nova forma de se relacionar com as pessoas necessitadas, especialmente os doentes.
  • 70. Bom samaritano: paradigma do cuidado Esta parábola ajuda a pensar sobre a solidariedade e acerca da vulnerabilidade do se humano. Como também, da proximidade sanadora do outro. O samaritano se deixa interpelar pela necessidade do outro, se coloca em suas mãos. Estes verbos expressam nos verbos: ver, compadecer, aproximar, curar, colocar no próprio animal, levar à hospedaria, cuidar. A figura do samaritano é modelo para a ação da Igreja no campo da saúde e na defesa das políticas públicas.
  • 71. Bom samaritano: paradigma do cuidado Atitude revelada em sete verbos: VER “ O Bom Samaritano é todo homem que se detém junto ao sofrimento de outro homem, seja qual for o sofrimento” (SD 28).
  • 72. Bom samaritano: paradigma do cuidado Atitude revelada em sete verbos: COMPADECER-SE “Bom Samaritano é todo homem sensível ao sofrimento de outrem... Por vezes esta compaixão acaba por ser a única ou a principal expressão do nosso amor e da nossa solidariedade com o homem que sofre” (SD 28).
  • 73. Bom samaritano: paradigma do cuidado Atitude revelada em sete verbos: APROXIMAR-SE Curar-se do medo de se aproximar do outro, de se tornar próximo do outro, pois isto implica aceitar tornar-se frágil nas mãos de outrem.
  • 74. Bom samaritano: paradigma do cuidado Atitude revelada em sete verbos: CURAR A presença do outro que sofre clama por cuidado. Acolhendo este clamor se traduz em atitude os sentimentos de solidariedade e compaixão.
  • 75. Bom samaritano: paradigma do cuidado Atitude revelada em sete verbos: COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL Significa colocar a serviço do outro os próprios bens.
  • 76. Bom samaritano: paradigma do cuidado Atitude revelada em sete verbos: LEVAR À HOSPEDARIA Indica a necessidade de mudanças e adaptação para atender aquele que sofre. A mobilização de levar à hospedaria gera uma rede de solidariedade.
  • 77. Bom samaritano: paradigma do cuidado Atitude revelada em sete verbos: CUIDAR Este verbo expressa o conjunto da intervenção do Samaritano. Cuidar passa a ser uma missão, pois os passos dados pelas ações no decorrer da intervenção gera compromisso.
  • 78. O Horizonte humano e teológico do sofrimento A experiência da dor e do sofrimento O sofrimento é de difícil aceitação. Várias são as suas modalidades. Suscita perguntas e a busca sincera por resposta. As situações de sofrimento clamam por compaixão e solidariedade.
  • 79. O Horizonte humano e teológico do sofrimento A participação humana no sofrimento de Cristo •“Com Cristo fui pregado na cruz. Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim. Minha vida atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (cf. Gl 2,19-20). •O sofrimento redentor de Cristo leva o homem ao reencontro com seus próprios sofrimentos. •A cruz de Cristo ilumina a vida humana, o anúncio da cruz inclui a notícia da ressurreição.
  • 80. Igreja, comunidade servidora no amor O Papa Bento XVI nos lembra, em sua primeira Carta Encíclica, que a Igreja como comunidade deve praticar o amor. Desde os primórdios da Igreja, a caridade inspirou suas comunidades ao serviço dos adoecidos, pois a caridade como tarefa da Igreja encontra uma prática especialmente significativa no cuidado dos doentes.
  • 81. Os Enfermos no seio da Igreja •Quem permanece por muito tempo próximo das pessoas que sofrem, conhece a angústia e as lágrimas, mas também o milagre da alegria, fruto do amor (Bento XVI). •Na Igreja, os doentes evangelizam e recordam que a esperança repousa em Deus. •Se os enfermos evangelizam, também provocam uma resposta da Igreja. Primeiro, a oração na fé, “a oração feita com fé salvará o doente, e o Senhor o levantará” (cf. Tg 5,15).
  • 82. A Unção dos Enfermos, sacramento da cura •A unção não é um sacramento pontual e isolado, que se celebra de forma quase mágica, numa UTI, a um moribundo totalmente inconsciente. •Pelo contrário, é um sacramento eclesial que, além de comprometer toda a Igreja, é também o ápice de um processo em favor e a serviço dos irmãos enfermos de uma comunidade. •Por ser um serviço de toda a Igreja, compromete a todos na comunidade.
  • 83. Maria, Saúde dos enfermos, a ação da Igreja na saúde •No Evangelho, a cura do corpo é sinal da purificação mais profunda, que é a remissão dos pecados (cf. Mc 2,1-12). “Neles se manifesta a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, ao transformá-los em portadores da Boa Nova do Reino. •Maria santíssima (cf. Lc 1,28), plena do Espírito de Deus e primeira e perfeita discípula do seu Filho, sempre demonstrou especial solicitude para com os sofredores. •Papa Bento XVI lembra a toda a Igreja, “não admira que Maria, Mãe e modelo da Igreja, seja evocada e venerada como ‘Salus infirmorum’, ‘Saúde dos enfermos’.
  • 84. Ação transformadora no mundo da saúde 2012 3ª PARTE 84
  • 85. Indicações para a Ação Transformadora no Mundo da Saúde Introdução
  • 86. Pastoral da Saúde •A Pastoral da Saúde representa a atividade desempenhada pela Igreja no setor da saúde, é expressão de sua missão e manifesta a ternura de Deus para com a humanidade que sofre. •A Igreja, ao meditar a parábola do bom samaritano (cf. Lc 10,25-37), entende que não é lícito delegar o alívio do sofrimento apenas à medicina, mas é necessário ampliar o significado desta atividade humana.
  • 87. Pastoral da Saúde •Seu objetivo geral é promover, educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e celebrar a vida ou promover ações em prol da vida saudável e plena de todo o povo de Deus, tornando presente, no mundo de hoje, a ação libertadora de Cristo na área da saúde. Sua atuação é em âmbito nacional e de referência internacional. •Esse trabalho evangelizador atua em três dimensões, sempre em consonância com as Diretrizes de Ação da CNBB. São elas: solidária, comunitária, político-institucional.
  • 88. A dignidade de viver e morrer •Precisamos de sabedoria e ética samaritana para cuidar das pessoas que estão se aproximando do final de suas existências. O desafio ético é considerar a questão da dignidade no adeus à vida. •Antes de existir um direito à morte humana, há que ressaltar o direito de que a vida possa ter condições de ser conservada, preservada e desabrochada plenamente.
  • 89. A dignidade de viver e morrer •É chocante e até irônico constatar situações em que a mesma sociedade que nega o pão para o ser humano viver, lhe oferece a mais alta tecnologia para ‘bem morrer!’ •Não podemos passivamente aceitar a morte que é consequência do descaso pela vida, causada por violência, acidentes e pobreza.
  • 90. A dignidade de viver e morrer •Podemos ser curados de uma doença classificada como mortal, mas não de nossa mortalidade. Quando esquecemos isso, acabamos caindo, pura e simplesmente, na tecnolatria e na absolutização da vida biológica. •É a obstinação terapêutica (distanásia) adiando o inevitável, que acrescenta mais sofrimento e vida quantitativa que qualidade de vida.
  • 91. A dignidade de viver e morrer •quando a morte se anuncia iminente e inevitável, pode-se em consciência renunciar a tratamentos que dariam somente um prolongamento precário e penoso da vida, sem, contudo interromper os cuidados normais devidos ao doente em caso semelhantes. (...) A renúncia a meios extraordinários ou desproporcionais não equivale ao suicídio ou à eutanásia; exprime, antes, a aceitação da condição humana diante da morte (Papa João Paulo II, EV n. 65).
  • 92. A dignidade de viver e morrer • É um desafio difícil aprender a amar o paciente terminal sem exigir retorno, com a gratuidade com que se ama um bebê, num contexto social em que tudo é medido pelo mérito! O sofrimento humano somente é intolerável se ninguém cuida. Como fomos cuidados para nascer, precisamos também ser cuidados para morrer. Cuidar fundamentalmente é sermos solidários com os que hoje passam pelo ‘vale das sombras da morte’. Amanhã seremos nós
  • 93. Os Agentes da Pastoral da Saúde •Os agentes da pastoral da saúde são os discípulos missionários de Jesus Cristo e de sua Igreja, envolvidos em sua missão de cura e de salvação. •São eles: o bispo, os presbíteros, os capelães, os diáconos, os religiosos e as religiosas, e todos os leigos. •os profissionais de saúde cristãos, católicos (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais,...) são os agentes naturais da pastoral da saúde. Deveriam ser convidados a assumir evangelicamente sua profissão.
  • 94. Os Agentes da Pastoral da Saúde
  • 95. Proposta de ação - Igreja •trabalhar, datas ligadas à saúde, e mostrar a importância de um estilo de vida saudável; •promover a formação política e participação cidadã cada vez mais responsável dos cristãos; •Trabalho de evangelização com os agentes da área de saúde. •articular a participação efetiva de membros das comunidades nas instâncias colegiadas do SUS (Conselhos municipais e Conferências de Saúde).
  • 96. Proposta de ação - Igreja criar observatórios locais da saúde, que se tornem referências para a população; denunciar situações de irregularidade na condução da coisa pública. dar continuidade à CF 2011 (Fraternidade e Vida no Planeta) e reforçar ações de equilíbrio na relação entre ser humano e o meio ambiente.
  • 97. Como as famílias podem colaborar incentivar o cuidado pleno aos extremos de vida (criança e idosos); garantir que a prevenção avance através de ações educativas abrangentes e outras como manter o cartão de vacinas atualizado. Colaborar na prevenção ao uso de drogas; Aderir à coleta seletiva e à reciclagem, a práticas que resultem na sustentabilidade.
  • 98. Propostas para a ação em relação a temas específicos Quanto ao acesso no atendimento dos doentes na rede de saúde pública Quanto à gestão do sistema de saúde pública. Quanto à problemática do financiamento Quanto aos fatores externos (Conferir texto base).
  • 99. Propostas gerais para o SUS •Priorizar a atenção básica em relação aos outros níveis de atenção à saúde, fortalecendo e as redes especializadas de atenção à saúde. •estudar uma forma de coparticipação ou contribuição à saúde pública dos setores empresariais que usufruem ou estimulam hábitos inadequados à saúde.
  • 100. Propostas gerais para o SUS •criação, no Poder Judiciário, da ‘Vara da Saúde’, para atendimento especializado e eficaz neste segmento. •estimular a ‘quarentena política’ (proibição de se candidatar, durante certo período, a cargos) aos gestores técnicos que deixarem o cargo, no governo.
  • 101. Conclusão Ao longo dos últimos anos, houve mudança no conceito de saúde: de ‘caridade’ para ‘direito’. Hoje em dia, no entanto, esse direito está sendo transformado em ‘negócio’, num mercado livre sem coração! Há necessidade de empoderamento dos pobres, em termos de reivindicação (cidadania) e para fazer algo concreto e forçar o direito básico à saúde.
  • 102. Campanha da Fraternidade 2012 Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Elaboração: Pe. Altevir, CSSp Pe. Luis Carlos