Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Abrimos as portas para a Misericórdia
1. Novena de Natal 2015
«MISERICÓRDIA
EU QUERO,
NÃO SACRIFÍCIOS»
(Mt 9,13)
«MISERICÓRDIA
EU QUERO,
NÃO SACRIFÍCIOS»
(Mt 9,13)
PrelaziadeSãoFélixdoAraguaia-MT
EquipedaFORMAÇÃODEBASE
Umaajudapararezar,partilharavidaeaPalavradeDeus
nascomunidades,nosgruposderuaenasfamílias
11
Com toda a Igreja abrimos as portas
ao Deus misericordioso
2. Acolhida e oração de abertura pág. 4
Oração final pág. 6
Bênção de envio dos animadores dos grupos pág. 10
1) Abrimos a porta do nosso coração
para que o amor de Deus possa entrar pág. 11
2) Abrimos a porta do nosso coração
para vivermos em comunhão com a Igreja pág. 14
3) Abrimos a porta do nosso coração para as alegrias
e as esperanças do mundo em que vivemos pág. 17
4) Abrimos a porta do nosso coração
para a caridade de Deus pág. 20
5) Abrimos a porta do nosso coração
para que o Espírito Santo nos conduza pág. 23
6) Abrimos a porta do nosso coração
para que Jesus tenha compaixão de nós pág. 26
7) Abrimos a porta do nosso coração
para que o Pai o encha de amor pág. 29
8) Abrimos a porta do nosso coração
para vivermos juntos com os irmãos pág. 32
9) Abrimos a porta do nosso coração
para escutar o grito dos pobres pág. 35
Celebração da misericórdia pág. 38
Cantos pág. 42
OBSERVAÇÃO: este roteiro é uma ajuda para refletir, mas não quer
substituir a criatividade dos animadores/as dos grupos.
Cada grupo sinta-se à vontade para melhorar o que está escrito nestas
páginas.
2
___________________________________________
Subsídios para a formação de base:
1) Bíblia, Palavra de Deus (Setembro 2013)
2) O teu Rosto, Senhor, eu procuro (Advento-Natal 2013)
3) Eis o tempo de conversão (Quaresma 2014)
4) Eis o tempo da alegria (Páscoa 2014)
5) Sejam os santos do novo milênio (Agosto 2014)
6) A Palavra de Deus nos convoca e nos envia (Setembro 2014)
7) Palavras para preparar o Natal (Advento-Natal 2014)
8) Eu vim para servir (Quaresma 2015)
9) Dízimo, gesto de amor e gratidão de um coração que ama.
10) Na Igreja com o jeito da Gaudium et Spés.
ROTEIRO
3. Querida irmã, querido irmão,
no dia 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição de Nossa
Senhora, começa o Ano Santo da Misericórdia. O papa Francisco
convocou a Igreja para que todas as pessoas possam experimentar a
misericórdia de Deus. Assim escreve na Bula de proclamação do Jubileu
extraordinário da Misericórdia:
“Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na
Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia. (…) Este
Ano Santo iniciará na próxima Solenidade da Imaculada Conceição e
concluiráaos20denovembrode2016.”
Com toda a Igreja acolhemos com alegria o convite do papa e desde já
nos comprometemos em abrir as portas do nosso coração, das nossas
casas, das nossas comunidades e das nossas Igrejas para que o Deus de
Jesus, o Deus misericordioso, o Deus que tem o rosto dos que precisam de
nós possa entrar e ficar a vontade.
Com a novena em preparação ao Natal queremos nos ajudar a rezar,
meditar a Palavra de Deus e entender o que significa "Misericórdia eu
quero, não sacrifícios" (Mt 9,13). Faremos isso nos ajudando a abrir
portas... Queremos viver o advento como um tempo para aprender a
abrir portas para que Jesus encontre em nós e nas nossas comunidades
um lugar para ficar a vontade, renascer a cada dia e presentear a todas
as pessoas com a misericórdia do Pai.
A Equipe da formação de base
deseja um feliz Natal e um próspero 2016!
3
ACOROADOADVENTO
A coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Começa aparecer no início
do Advento, um mês antes do Natal. A coroa é uma guirlanda verde, sinal de
esperança e vida, enfeitada com uma fita vermelha, que simboliza o amor de Deus
que nos envolve, e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o
nascimento do Filho de Deus.
Na coroa encontramos quatro velas, uma para cada domingo do Advento.
Começa-se no primeiro domingo acendendo apenas uma vela, e, a cada Domingo
se acende uma vela a mais, até chegar ao quarto domingo, quando todas devem
estar acesas.
As velas acesas simbolizam a nossa fé, nossa alegria em esperar Deus que vem.
Deus é a grande luz! A luz que ilumina todo homem que vem a este mundo está
para chegar! Nós o esperamos com luzes acesas, porque o amamos e também
queremos ser, com Ele, luz, como as virgens prudentes de Mt 25,1-13.
Para a novena sugerimos fazer uma coroa com 9 velas, uma para cada
encontro, assim no primeiro encontro acenderemos
uma vela, no segundo duas, no terceiro três... até chegar ao Natal.
QUERIDOIRMÃO,QUERIDAIRMÃ
4. 4
ACOLHIDA E ORAÇÃO DE ABERTURA
A comunidade ou o pequeno grupo que quer celebrar a Novena se reúne ao redor do presépio.
O dono da casa ou o animador do grupo acolhe os presentes de forma espontânea.
Para criar o clima de silencio e de oração pode-se entoar um dos seguintes refrões ou um canto
de Natal que se encontra nas páginas de 42 à 47.
É bom cantar um bendito, um canto novo, um louvor! (bis)
Jesus nasceu de Maria proclamem esta alegria!
ou Deus é amor arrisquemos viver por amor
Deus é amor Ele afasta o medo
ou Vem ó Senhor com o teu povo caminhar,
teu corpo e sangue, vida e força vem nos dar. (bis)
ou Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem Saciar nossa Sede de Paz!
Todos: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém
Pode-se cantar a Ladainha do Advento (n° 26 na pág. 47) ou rezar as invocações seguintes:
Animador: Menino Jesus, nosso Senhor. Todos: Abençoai nossa Novena.
Animador: Menino Jesus, nosso Salvador. Todos: Abençoai nosso encontro.
Animador: Menino Jesus, nosso Redentor. Todos: Abençoai nosso coração.
Animador: Menino Jesus, nosso Libertador. Todos: Abençoai nossa mente.
Animador: Menino Jesus, nosso Irmão. Todos: Abençoai nossa convivência.
Animador: Menino Jesus, nossa Luz. Todos: Abençoai nossa reflexão.
Animador: Menino Jesus, nosso Caminho. Todos: Abençoai nossa vontade.
Animador: Menino Jesus, nossa Verdade. Todos: Abençoai nossas escolhas.
Animador: Menino Jesus, nossa Vida. Todos: Abençoai nossa disponibilidade.
Animador: Menino Jesus, nossa Justiça. Todos: Abençoai nossas decisões.
Animador: Menino Jesus, nossa Glória. Todos: Abençoai nossa oração.
Animador: Menino Jesus, nosso Deus. Todos: Abençoai com a vossa
divindade a nossa humanidade.
De forma solene se acende uma vela da coroa do Advento. Pode-se entoar o seguinte canto.
1. Uma vela se acende no caminho a iluminar.
Preparemos nossa casa é Jesus quem vai chegar.
No advento a tua vinda nós queremos preparar.
Vem, Senhor, que é Teu Natal, vem nascer em nosso lar. (bis).
2. A segunda vela acesa vem a vida clarear. Rejeitemos, pois, as
trevas, é Jesus quem vai chegar.
3. Na terceira vela temos a esperança a crepitar. Nossa fé se
reanima é Jesus quem vai chegar.
4. Eis a luz da quarta vela, um clarão se faz brilhar. Bate forte o
coração, é Jesus quem vai chegar.
8. 8
Oração pelo Ano Santo da Misericórdia
Senhor Jesus Cristo, Vós que nos ensinastes a ser misericordiosos
como o Pai celeste, e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele.
Mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos. O Vosso olhar
amoroso libertou Zaqueu e Mateus da escravidão do dinheiro; a
adúltera e Madalena de colocar a felicidade apenas numa criatura;
fez Pedro chorar depois da traição, e assegurou o Paraíso ao ladrão
arrependido.
Fazei que cada um de nós considere como dirigida a si mesmo as
palavras que dissestes à mulher samaritana: Se tu conhecesses o
dom de Deus! Vós sois o rosto visível do Pai invisível, do Deus que
manifesta sua onipotência sobretudo com o perdão e a misericórdia:
fazei que a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós, seu Senhor,
ressuscitado e na glória.
Vós quisestes que os Vossos ministros fossem também eles
revestidos de fraqueza para sentirem justa compaixão por aqueles
que estão na ignorância e no erro: fazei que todos os que se
aproximarem de cada um deles se sintam esperados, amados e
perdoados por Deus.
Enviai o Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com a sua unção
para que o Jubileu da Misericórdia seja um ano de graça do Senhor e
a Vossa Igreja possa, com renovado entusiasmo, levar aos pobres a
alegre mensagem proclamar aos cativos e oprimidos a libertação e
aos cegos restaurar a vista.
Nós Vo-lo pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia,
a Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos
dos séculos. Amém!
OPRESÉPIO
O presépio nos ajuda a visualizar a mensagem do Natal:
pobreza, simplicidade, humildade, fé, docilidade, uma
sequência de ensinamentos para a vida cristã.
Quando nós representamos algo, isso nos fica mais gravado.
Por isso São Francisco de Assis, para sentir mais
profundamente a mensagem do Natal, no Natal de 1223
idealizou o presépio, ou seja, a cena do ambiente onde Jesus nasceu.
Ao longo da novena seria bom construir o presépio acrescentando
a cada dia uma imagem e na noite de Natal colocar o menino Jesus.
9. ORIENTAÇÕES PARA O USO DO SUBSÍDIO
1. É bom que cada comunidade faça uma reunião com os animadores antes
de iniciar o estudo deste subsídio. Esta reunião servirá para avaliar o
material e a maneira como os encontros do subsídio anterior foram feitos,
aproveitando para fazer possíveis inovações, apresentar o novo material,
bem como fazer a leitura destas dicas e relembrar os passos de cada
encontro.
2. Cada comunidade poderá também fazer o envio dos animadores na
celebração do primeiro domingo do Advento. Encontra-se uma sugestão
na página 10.
3. É bom que o animador prepare cada encontro com antecedência, prevendo
o ambiente necessário a cada reunião. Se possível, os leitores podem ser
escalados anteriormente para treinar a leitura. Não se esqueçam de
escolher os cantos para animar o encontro. No final deste subsídio
encontram-se alguns cantos como sugestão. No momento da reflexão o
animador deve ajudar a todos a participar opinando.
4. Alguém pode assumir a tarefa de passar de casa em casa para convidar as
pessoas lembrando o dia, o horário e o local. É importante convidar
pessoas novas. Não custa repetir o convite com simpatia às pessoas que
ainda não participam. A última página deste subsídio pode ser recortada e
colada num lugar bem visível com as datas do encontro.
5. Convidem, na medida do possível, os participantes para trazerem a Bíblia.
Evitem-se conversas e comentários sobre assuntos inconvenientes. O
encontro deve ser algo esperado e desejado por todos.
O AMBIENTE dos encontros é o lugar onde vivemos: casa, oficina, empresa,
comunidade, escola... É bom que o grupo se reúna num ambiente
anteriormente preparado, tendo no centro alguns sinais que possam
ajudar a viver o Advento: coroa do Advento, presépio, Bíblia... podem
ajudar no clima de oração.
ORAÇÃO DE ABERTURA E ACOLHIDA. (página 4). A celebração começa com
as boas vindas, a acolhida carinhosa dos participantes e, se for necessário,
a apresentação dos participantes do encontro. Cuidar de forma especial
dos que participam pela primeira vez.
INTRODUÇÃO AO TEMA. Cada roteiro começa com uma introdução ao tema
em que são destacadas as ideias mais importantes do encontro.
A PALAVRA DE DEUS QUER NOS INCOMODAR. A Palavra de Deus é a alma da
nossa oração. Ela vai iluminar a realidade da vida, do dia-a-dia. Nos
roteiros colocamos somente uma frase da Palavra de Deus, mas. O grupo,
porém, está convidado ler o trecho completo na Bíblia. Quem vai
proclamar a Palavra de Deus se prepare com um carinho todo especial: o
que vai proclamar é Palavra de Deus! Depois da leitura é bom
deixar um tempo de silêncio para a meditação.
COMPROMISSO MISSIONÁRIO. A cada encontro sugerimos um
compromisso para ajudar a traduzir em gestos concretos as nossas
reflexões. O grupo, porém, pode escolher outro compromisso:
9
10. BÊNÇÃO DE ENVIO DOS ANIMADORES DOS GRUPOS
Na celebração da comunidade, no primeiro domingo do Advento, se pode fazer a apresentação,
a bênção e o envio dos animadores dos grupos da Novena.
Presidente: Louvamos e agradecemos a Deus pelo tempo de Advento: mais
uma oportunidade para abrir os nossos corações ao amor misericordioso
do Pai. Assembleia: Bendito e louvado seja Deus
Presidente: Queremos louvar e agradecer a Deus que continuamente envia
operários para a sua messe. Assembleia: Bendito e louvado seja Deus
Presidente: Louvamos e agradecemos a Deus pelas pessoas que se colocaram
a disposição para animar os grupos da novena em preparação ao Natal em
nossa comunidade. Assembleia: Bendito e louvado seja Deus
Os animadores se colocam de joelhos no meio da assembleia e todos estendem a mão. Depois de
alguns segundos de siléncio...
Presidente: Misericordioso e bom Deus, abençoa estes missionários do
Evangelho que se dispuseram para animar os grupos da Novena.
Assembleia: Amém.
Presidente: Estende a tua mão protetora sobre eles e concede que sintam em
todo lugar a tua presença amorosa. Permeia-os com teu Espírito Santo.
Assembleia: Amém.
Presidente: Deixa o teu Espírito curador entrar nos abismos de seus corações.
Cura as suas feridas. Dá-lhes a confiança de que Tu abençoas os seus
caminhos. Assembleia: Amém.
O presidente se aproxima de cada animador para abençoa-lo individualmente fazendo uma
cruz na fronte dizendo...
Presidente: Seja misericordioso como Deus é misericordioso! Eu te envio em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Animador: Amém.
O Presidente entrega ao animador uma imagem do menino Jesus e o livrinho da novena.
10
importante é que ajude as pessoas a sair delas mesmas e a ir ao encontro dos
outros.
GUARDADA NO CORAÇÃO A PALAVRA DE DEUS SE FAZ ORAÇÃO. É o momento
em que a Palavra de Deus abre o nosso coração à oração.
ORAÇÃO FINAL (página 6). É o momento em que recolhemos os frutos do encontro
para levá-los às nossas casas. Rezando o Magnificat nos colocamos, com Maria e
José, ao lado dos pobres e marginalizados para os quais Deus olha com carinho e
amor. Acolhendo a bênção de Deus, nos tornamos também uma bênção para as
pessoas que encontraremos no nosso dia-a-dia. Antes da bênção, pode ser bom
mais um momento de partilha para gravar no coração uma frase, um gesto, uma
experiência que marcou o encontro.
PARA PENSAR. Para nos ajudar a pensar na nossa realidade, no final de cada
encontro colocamos um conto ou um testemunho. O animador do grupo decidirá
se e quando é mais oportuno lê-lo.
11. Acolhida e oração de abertura como na página 4.
Introduçãoaotema
Animador: Celebramos mais uma novena em preparação ao Natal! Neste
ano queremos fazer uma profunda experiência do amor de Deus
assim como nos convida o papa Francisco abrindo o Ano Santo da
Misericórdia.
Leitor: Escreve o Papa na Bula de proclamação do Jubileu extraordinário
da Misericórdia:
O Ano Santo se abrirá no dia 8 de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada
Conceição.EstafestalitúrgicaindicaomododeagirdeDeusdesdeocomeçodanossa
história. Depois do pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade
sozinhaeàmercêdomal.Porisso,pensouequisMariasantaeimaculadanoamor(cf.
Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do
pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior
do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que
perdoa. Na festa da Imaculada Conceição, terei a alegria de abrir a Porta Santa. Será
então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá
experimentaroamordeDeusqueconsola,perdoaedáesperança.
Animador: Nós também queremos passar por aquela Porta da
Misericórdia e experimentar o amor de Deus
que consola, perdoa e dá esperança.
Escutemos a Palavra de Deus.
1
APalavradeDeusquernosincomodar
Canto: encontram-se sugestões a começar da página 42
Leitura de Isaías 26,1-6
Animador: Misericórdia é abrir as portas para Deus que vem para
nos salvar. Vamos repetir no nosso coração: “Abram as portas
para que entre o povo justo”
Momento de silêncio e oração pessoal.
Animador: O que Deus quer nos dizer com esta Palavra?
Conversa em grupo.
11
Is 26,1-6
ABRIMOS A PORTA DO NOSSO CORAÇÃO
PARA QUE O AMOR DE DEUS POSSA ENTRAR
13. ObarbeiroquenãocrêemDeus
Um homem foi ao barbeiro para cortar o cabelo como ele
sempre fazia. Ele começou a conversar com o barbeiro sobre vários
assuntos. Conversa vai, conversa vem, e eles começaram a falar
sobre Deus.
O barbeiro disse:
– Eu não acredito que Deus exista como você diz.
– Por que você diz isto?
O cliente perguntou.
– Bem, é muito simples. Você só precisa sair na rua para ver que
Deus não existe. Se Deus existisse, você acha que existiriam tantas
pessoas doentes? Existiriam crianças abandonadas? Se Deus
existisse, não haveria dor ou sofrimento. Eu não consigo imaginar
um Deus que permite todas essas coisas!
O cliente pensou por um momento, mas não quis dar uma
resposta, para prevenir uma discussão. O barbeiro terminou o
trabalho e o cliente saiu.
Neste momento, ele viu um homem na rua com barba e cabelos
longos. Parecia que já fazia um bom tempo que ele não cortava o
cabelo ou fazia a barba e ele parecia bem sujo e arrepiado.
Então o cliente voltou para a barbearia e disse ao barbeiro:
– Sabe de uma coisa? Barbeiros também não existem!
– Como assim eles não existem? Perguntou o barbeiro. Eu sou
um!
– Não! O cliente exclamou.
– Eles não existem, pois se eles existissem não haveriam pessoas
com barba e cabelos longos como aquele homem que está ali na
rua.
– Ah, mas barbeiros existem, o que acontece é que as pessoas
não me procuram, e isso é uma opção delas. Responde o barbeiro.
– Exatamente! Afirmou o cliente. É justamente isso! Deus existe,
o que acontece é que as pessoas não o procuram, pois é uma opção
delas e é por isso que há tanta falta de amor, dor e sofrimento no
mundo.
Parapensar
13
14. 14
Acolhida e oração de abertura como na página 4.
Introduçãoaotema
Animador: Na nossa caminhada de preparação ao Natal queremos
renovar a comunhão com toda a Igreja e com todas as pessoas que,
como nós, estão se preparando para acolher Jesus que vem. Pedimos
ao Deus de misericórdia o dom da unidade para a sua Igreja.
Leitor: Escreve o Papa na Bula de proclamação do Jubileu extraordinário
da Misericórdia:
No Terceiro Domingo de Advento, se abrirá a Porta Santa na Catedral de Roma, a
Basílica de São João de Latrão. E em seguida será aberta a Porta Santa nas outras
Basílicas Papais. Estabeleço que no mesmo domingo, em cada Igreja particular – na
Catedral, que é a Igreja-Mãe para todos os fiéis, ou na com-catedral ou então numa
Igreja de significado especial – se abra igualmente, durante todo o Ano Santo, uma
Porta da Misericórdia. Por opção do Bispo, a mesma poderá ser aberta também nos
Santuários, meta de muitos peregrinos que frequentemente, nestes lugares sagrados,
se sentem tocados no coração pela graça e encontram o caminho da conversão. Assim,
cada Igreja particular estará diretamente envolvida na vivência deste Ano Santo
como um momento extraordinário de graça e renovação espiritual. Portanto o Jubileu
será celebrado, quer em Roma quer nas Igrejas particulares, como sinal visível da
comunhãodaIgrejainteira.
Animador: Nós também queremos viver este Ano Santo como momento
extraordinário de graça e renovação espiritual.
Escutemos a Palavra de Deus.
2
APalavradeDeusquernosincomodar
Canto: encontram-se sugestões a começar da página 42
Leitura de Isaías 40,1-5
Animador: Misericórdia é acolher Deus que vem para nos salvar.
Vamos repetir no nosso coração: “Consolem o meu povo”.
Momento de silêncio e oração pessoal.
Animador: O que Deus quer nos dizer com esta Palavra?
Conversa em grupo.
Is 40,1-5
ABRIMOS A PORTA DO NOSSO CORAÇÃO
PARA VIVERMOS EM COMUNHÃO COM A IGREJA
17. Acolhida e oração de abertura como na página 4.
Introduçãoaotema
Animador: Celebramos a nossa esperança: Deus não abandona a humanidade,
mas manda Jesus! Este acontecimento que marcou definitivamente a
história da Igreja nos anima e nos impele a sermos, no mundo, sinal do
amor do Pai. Abrimos a porta do nosso coração às alegrias e às esperanças
do mundo em que vivemos e partilhamos, sem vergonha, a nossa alegria
em acolher Jesus que vem!
Leitor: Escreve o Papa na Bula de proclamação do Jubileu extraordinário da
Misericórdia:
Escolhi a data de 8 de Dezembro, porque é cheia de significado na história recente da
Igreja. Com efeito, abrirei a Porta Santa no cinquentenário da conclusão do Concílio
Ecumênico Vaticano II. A Igreja sente a necessidade de manter vivo aquele
acontecimento. Começava então, para ela, um percurso novo da sua história. Os
Padres, reunidos no Concílio, tinham sentido forte, como um verdadeiro sopro do
Espírito, a exigência de falar de Deus aos homens do seu tempo de modo mais
compreensível. Derrubadas as muralhas que, por demasiado tempo, tinham encerrado
a Igreja numa cidadela privilegiada, chegara o tempo de anunciar o Evangelho de
maneira nova. Uma nova etapa na evangelização de sempre. Um novo compromisso
para todos os cristãos de testemunharem, com mais entusiasmo e convicção, a sua fé.
AIgrejasentiaaresponsabilidadedeser,nomundo,osinalvivodoamordoPai
Animador: Nós também queremos assumir o compromisso de testemunhar,
com mais entusiasmo e convicção a nossa fé. Temos a
responsabilidade de sermos bons exemplos para
o mundo. Escutemos a Palavra de Deus.
3
APalavradeDeusquernosincomodar
Canto: encontram-se sugestões a começar da página 42
Leitura de Isaías 9,1-5
Animador: Misericórdia é enxergar a luz de Deus que conduz o seu
povo. Vamos repetir no nosso coração: “O povo viu uma
grande luz”.
Momento de silêncio e oração pessoal.
Animador: O que Deus quer nos dizer com esta Palavra?
Conversa em grupo.
17
Is 9,1-5
ABRIMOS A PORTA DO NOSSO CORAÇÃO
PARAASALEGRIASEASESPERANÇASDOMUNDO
20. Acolhida e oração de abertura como na página 4.
Introduçãoaotema
Animador: Celebramos o maior gesto de amor de Deus com a
humanidade: o envio de seu Filho Jesus! Nós, comunidade dos
discípulos de Jesus, queremos que a caridade de Deus invada a nossa
vida e faça de nós servidores dos homens e das mulheres de hoje em
todas as circunstâncias da vida, em todas as suas fraquezas e em
todas as suas necessidades.
Leitor: Escreve o Papa na Bula de proclamação do Jubileu extraordinário
da Misericórdia:
Voltam à mente aquelas palavras, cheias de significado, que São João XXIII
pronunciou na abertura do Concílio para indicar o caminho a seguir: «Nos nossos
dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da
severidade. (…) A Igreja Católica deseja mostrar-se mãe amorosa de todos, benigna,
paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos dela separados». E, no mesmo
horizonte, havia de colocar-se o Beato Paulo VI, que assim falou na conclusão do
Concílio: «Desejamos notar que a religião do nosso Concílio foi a caridade. (...) Aquela
antigahistóriadobomsamaritanofoiexemploenormasegundoosquaisseorientouo
nosso Concílio. (…) Uma corrente de interesse e admiração saiu do Concílio sobre o
mundo atual. Rejeitaram-se os erros, como a própria caridade e verdade exigiam, mas
os homens, salvaguardado sempre o preceito do respeito e do amor, foram apenas
advertidos do erro. Assim se fez, para que, em vez de diagnósticos desalentadores, se
dessem remédios cheios de esperança; para que o Concílio falasse ao mundo atual não
com presságios funestos mas com mensagens de esperança e palavras de confiança.
Não só respeitou mas também honrou os valores humanos, apoiou todas as suas
iniciativase,depoisdeospurificar,aprovoutodososseusesforços.(…).
Animador: Nós também queremos que a Igreja seja como uma mãe
amorosa, benigna, paciente, cheia de misericórdia e de bondade
com todos. Escutemos a Palavra de Deus.
4
20
ABRIMOS A PORTA DO NOSSO CORAÇÃO
PARA A CARIDADE DE DEUS
22. AEspiritualidadedocafé
Lembro-me de, quando criança, ter visto meu avô Lauro
peneirando café - ou abanando, como se diz no Sul de Minas. O café,
cheio de folhas e ciscos, ficava numa lona no chão. Meu Avô enchia
a peneira e jogava tudo muito para o alto, para que as folhas e
gravetos escapassem da peneira. Com muita habilidade, ele
recolhia o café que caia de volta na peneira e o jogava para o alto
mais duas vezes. Os grãos limpos eram separados para uma
paciente secagem no terreiro de café, para depois serem
manualmente torrados, moídos e preparados pela minha avó
Aparecida. Lembro-me de meu avô me falando: "O bom abanador
nunca dá mais que três peneiradas". Também nunca vou me
esquecer do perfume e do sabor do café que a minha avó fazia.
A nossa vida se realiza quando também enchemos o mundo de
mais perfume e sabor, como o café da minha avó. Jesus nos convida
a ser o sal da terra, Paulo diz que o cristão é o bom odor de Cristo no
meio do mundo! Nós, certamente, conhecemos pessoas que são
assim: deixam um rasto de bondade e transformação por onde
passam. Como Jesus passam pelo mundo fazendo o bem e curando
a todos. Essa, entretanto, é a postura da vida que não acontece de
modo mágico ou automático: ela requer escolhas, muitas escolhas,
a quais passam por todas as pequenas decisões que tomamos
diariamente. Por isso, para tornarmos mais saborosa e perfumada
a nossa vida e a vida do mundo, também precisamos nos deixar ser
abanados, torrados e moídos.
Parapensar
22
SOBREOCONCÍLIO
Na Bula de proclamação do Jubileu o papa se refere ao
Concílio Ecumênico Vaticano II ocorrido em Roma desde o
outubro de 1962 até dezembro de 1965. Foi um momento de
grande importância que acordou a Igreja e a colocou diante dos
desafios da modernidade.
O papa João Paulo II definiu o Concílio como um momento de
reflexão global da Igreja sobre si mesma e sobre suas relações
com o mundo, como uma atualização da Igreja à luz do
Evangelho e em diálogo com a história em que vivia.
25. Aparáboladobambu
Lá no meio de um lindo jardim havia uma planta especial: um bambu.
Não era mais bonito que as outras plantas nem mais raro, mas era muito
estimado por Davi, o jardineiro. Com sua folhagem verde deixava o
jardim mais solene.
Um dia Davi lhe disse:
– Amado bambu, vou precisar de você.
O bambu ficou muito feliz, pois havia chegado a hora de servir a seu
amado jardineiro. Rapidamente foi dizendo:
– Como posso lhe ser útil?
Davi respondeu:
– Antes de mais nada, devo cortar seus ramos.
O bambu ficou espantado, com medo, mas pensou:
– Meu jardineiro sabe o que faz.
E permitiu que Davi cortasse seus ramos verdes. Sua surpresa foi
grande quando Davi acrescentou:
– Agora preciso arrancar suas folhas.
O bambu, tremendo de medo, disse:
– Mas para que? Elas são tão bonitas e me dão uma bela aparência!
Davi respondeu:
– Se eu não arrancar suas folhas, você não será útil para mim!
O bambu então permitiu e ficou observando os gestos do jardineiro.
Foi então que veio a hora mais dura:
– Agora preciso lhe partir ao meio e arrancar seu coração, disse Davi.
Fez-se silêncio total no jardim. O bambu estava já todo entregue a
vontade do seu jardineiro, para que fizesse dele o que fosse melhor.
Então ele foi cortado ao meio e seu coração arrancado. Davi juntou as
duas metades, uma na ponta da outra. Colocou um dos lados numa
refrescante fonte que ali cantava e ajeitou o outro lado numa terra árida,
em um canto do jardim, para que fosse regada. Não demorou muito
tempo para que a terra, banhada pela água, gerasse flores de uma beleza
rara.
E o bambu ficou muito feliz, pois valera a pena entregar sua vida,
deixar sua comodidade e seu individualismo, para levar vida a outros
lugares que dele necessitavam.
Parapensar
25
26. 26
Acolhida e oração de abertura como na página 4.
Introduçãoaotema
Animador: Com a novena nos preparamos para acolher Jesus. Diante dos
sofrimentos da humanidade e das pessoas que encontrava, Jesus
sempre teve uma atitude de cuidado nos confirmando assim que o
coração de Deus é um coração de amor e compaixão. Abrimos a porta
do nosso coração para que Jesus tenha compaixão de nós.
Leitor: Escreve o Papa na Bula de proclamação do Jubileu extraordinário
da Misericórdia:
VendoqueamultidãodepessoasqueOseguiaestavacansadaeabatida,Jesussentiu,
no fundo do coração, uma intensa compaixão por elas (cf. Mt 9,36). Em virtude deste
amor compassivo, curou os doentes que Lhe foram apresentados (cf. Mt 14,14) e, com
poucos pães e peixes, saciou grandes multidões (cf. Mt 15,37). Em todas as
circunstâncias, o que movia Jesus era apenas a misericórdia, com a qual lia no coração
dos seus interlocutores e dava resposta às necessidades mais autênticas que tinham.
Quando encontrou a viúva de Naim que levava o seu único filho a sepultar, sentiu
grande compaixão pela dor imensa daquela mãe em lágrimas e entregou-lhe de novo o
filho, ressuscitando-o da morte (cf. Lc 7, 15). Depois de ter libertado o endemoniado
de Gerasa, confia-lhe esta missão: «Conta tudo o que o Senhor fez por ti e como teve
misericórdia de ti» (Mc 5,19). A própria vocação de Mateus se insere no horizonte da
misericórdia. Ao passar diante do posto de cobrança dos impostos, os olhos de Jesus
fixaram-se nos de Mateus. Era um olhar cheio de misericórdia que perdoava os
pecadosdaquelehomeme,vencendoasresistênciasdosoutrosdiscípulos,escolheu-o,a
ele pecador e publicano, para se tornar um dos Doze. A primeira verdade da Igreja é o
amordeCristo.E,desteamorquevaiatéaoperdãoeaodomdesimesmo,aIgrejafaz-
seservaemediadorajuntodoshomens.Porisso,ondeaIgrejaestiverpresente,aídeve
ser evidente a misericórdia do Pai. Nas nossas paróquias, nas comunidades e onde
houvercristãos,qualquerpessoadevepoderencontrarumoásisdemisericórdia.
Animador: Nós também queremos que Jesus, ao passar, olhe para nós
com um olhar cheio de misericórdia, nos escolha e nos chame a
segui-lo como discípulos e missionários do Evangelho.
Escutemos a Palavra de Deus.
6ABRIMOS A PORTA DO NOSSO CORAÇÃO
PARA QUE JESUS TENHA COMPAIXÃO DE NÓS
28. Otaxistaeomédico
Numa grande cidade brasileira um menino, com a sua bicicleta,
foi atropelado por um motorista distraído e irresponsável, que em
vez de atender a vítima, sumiu. Um taxista acudiu o menino
gravemente machucado o levou para um pronto socorro, onde
imperava a implacável ordem "pagar antecipado".
O taxista suplicou ao médico de plantão:
– Não tenho este dinheiro, fiz a minha parte, por favor atenda, é
um caso urgente.
O médico enrolou, mas enfim atendeu, após ter recebido a
metade da importância exigida.
Quando levantou o lençol levou o maior choque: era o próprio
filho que logo agonizou nos seus braços. O médico entre
soluções de desespero, abraçou o taxista:
– Obrigado por tudo. Como posso perdoar-me?
O taxista, fervoroso cristão, pediu:
– Doutor, de agora em diante tenha compaixão. Todo paciente é
seu filho e irmão.
Parapensar
28
uma coisa é necessária: deixar-te entrar em minha
vida, ficar sentado a teus pés e deixar que Tu me
presenteies. Pois, somente Tu, podes satisfazer o
meu anseio mais profundo.
O encontro continua com a oração final e a bênção na página 6.
OBSERVAÇÃOPARALEITORES
Quando lê um texto e encontra entre parênteses uma citação
como por exemplo: (cf. Mt 9,36), se todo mundo tem o livrinho
não é necessário ler a citação. Se a maioria das pessoas na
reunião não tem o livrinho é bom ler da seguinte forma:
(Confira Mateus capitulo 9 versículo 36).
29. 29
Acolhida e oração de abertura como na página 4.
Introduçãoaotema
Animador: Nos preparamos para acolher Jesus. Ele nos fez conhecer quem
é Deus: um Pai misericordioso. Abrimos as portas do nosso coração
para que Deus o encha de amor!
Leitor: Escreve o Papa na Bula de proclamação do Jubileu extraordinário
da Misericórdia:
Nas parábolas dedicadas à misericórdia, Jesus revela a natureza de Deus como a de
umPaiquenuncasedáporvencidoenquantonãotiverdissolvidoopecadoesuperada
a recusa com a compaixão e a misericórdia. Conhecemos estas parábolas, três em
especial:asdaovelhaextraviadaedamoedaperdida,eadopaicomosseusdoisfilhos
(cf. Lc 15, 1-32). Nestas parábolas, Deus é apresentado sempre cheio de alegria,
sobretudo quando perdoa. Nelas, encontramos o núcleo do Evangelho e da nossa fé,
porque a misericórdia é apresentada como a força que tudo vence, enche o coração de
amoreconsolacomoperdão.
Animador: Nós também queremos conhecer e experimentar a alegria de
Deus que perdoa e consola os pecadores. Escutemos a Palavra de
Deus.
7
APalavradeDeusquernosincomodar
Canto: encontram-se sugestões a começar da página 42
Leitura de Lucas 1,26-38
Animador: Misericórdia é dizer: "Faça-se em mim segundo a tua
vontade". Vamos repetir no nosso coração: “Para Deus nada é
impossível”.
Momento de silêncio e oração pessoal.
Animador: O que Deus quer nos dizer com esta Palavra?
Conversa em grupo.
Lc 1,26-38
ABRIMOS A PORTA DO NOSSO CORAÇÃO
PARA QUE O PAI O ENCHA DE AMOR
31. SantaRosadeLima
Isabel Flores de Oliveira, como fora batizada, nasceu no ano de
1586 e viveu toda a sua vida na cidade de Lima, no Peru. O nome
Rosa foi o apelido que recebeu da empregada da família que
admirava a sua beleza.
Desde pequena, Rosa se destacava por sua beleza física, pela
piedade e devoção para com Deus, por um amor puro a Jesus e por
sua vocação constante para ajudar o próximo, de modo especial os
marginalizados negros e índios. No dia em que sua mãe a
repreendeu por manter em casa pobres e doentes, Rosa lhe
replicou: "Quando nós servimos os pobres e as pessoas doentes,
nós servimos Jesus. Nós não deveríamos nos cansar de ajudar
nosso próximo, porque nele nós servimos a Jesus".
Aos vinte anos de idade recebeu o hábito da ordem terceira de
São Domingos imitando o exemplo de Santa Catarina da Sena. Daí
em diante procurou o silêncio em uma cabana pequena e pobre
que ela própria construiu, com a ajuda do irmão, na horta de sua
casa. De lá não saia, dedicando-se a uma intensa vida de oração,
penitências e caridade para com todos, especialmente com os
índios e negros, aos quais prestava os serviços mais humildes em
casos de doenças.
Durante a doença que precedeu sua morte, esta era a sua
oração: "Senhor, me aumente os sofrimentos, mas me
aumente na mesma medida o seu amor".
Parapensar
31
32. Acolhida e oração de abertura como na página 4.
Introduçãoaotema
Animador: Deus é misericórdia e nos perdoa! Responder ao perdão de
Deus e ser-lhe agradecidos significa perdoar a quem nos tem
ofendido. Abrir as portas do nosso coração aos irmãos nos leva a ter
compaixão uns dos outros como Deus tem compaixão de nós!
Leitor: Escreve o Papa na Bula de proclamação do Jubileu extraordinário
da Misericórdia:
Temos uma parábola da qual tiramos uma lição para o nosso estilo de vida cristã.
Interpelado pela pergunta de Pedro sobre quantas vezes fosse necessário perdoar,
Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete» (Mt18, 22) e
contou a parábola do «servo sem compaixão». Este, convidado pelo senhor a devolver
uma grande quantia, suplica-lhe de joelhos e o senhor perdoa-lhe a dívida. Mas,
imediatamente depois, encontra outro servo como ele, que lhe devia poucos centavos;
este suplica-lhe de joelhos que tenha piedade, mas aquele recusa-se e o faz botar na
prisão. Então o senhor, tendo sabido do fato, zanga-se muito e, convocando aquele
servo, diz-lhe: «Não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de
ti?» (Mt 18, 33). E Jesus concluiu: «Assim procederá convosco meu Pai celeste, se
cadaumdevósnãoperdoaraoseuirmãodoíntimodocoração»(Mt18,35)
Animador: Nós também queremos ter piedade dos nossos companhei-
ros, colegas e amigos que pecam contra nós e perdoá-los.
Escutemos a Palavra de Deus.
8
APalavradeDeusquernosincomodar
Canto: encontram-se sugestões a começar da página 42
Leitura de Lucas 1,67-79
Animador: Misericórdia é acreditar na aliança de Deus. Vamos
repetir no nosso coração: “Ele realizou a misericórdia
recordando a Santa aliança”.
Momento de silêncio e oração pessoal.
Animador: O que Deus quer nos dizer com esta Palavra?
Conversa em grupo.
32
Lc 1,67-79
ABRIMOS A PORTA DO NOSSO CORAÇÃO
PARA VIVERMOS JUNTOS COMO IRMÃOS
35. 35
Acolhida e oração de abertura como na página 4.
Introduçãoaotema
Animador: Com este encontro encerramos a Novena em preparação ao
Natal. Hoje queremos abrir a porta do nosso coração aos pobres que
Deus coloca no nosso caminho.
Leitor: Escreve o Papa na Bula de proclamação do Jubileu extraordinário
da Misericórdia:
Neste Ano Santo, poderemos fazer a experiência de abrir o coração àqueles que vivem
nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo
criadeformadramática. Quantassituaçõesdeprecariedadeesofrimentopresentesno
mundo atual! Quantas feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz,
porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos
ricos.Nãonosdeixemoscairnaindiferençaquehumilha,nahabituaçãoqueanestesia
o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói. Abramos os nossos
olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da
própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas
mãos apertem as suas mãos e estreitemo-lo a nós para que sintam o calor da nossa
presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos,
possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para
esconderahipocrisiaeoegoísmo.
Animador: Nós também queremos apertar as mãos de Jesus e estreitá-lo a
nós para sentir a sua presença, a sua amizade e fraternidade.
Escutemos a Palavra de Deus.
9
APalavradeDeusquernosincomodar
Canto: encontram-se sugestões a começar da página 42
Leitura de Lucas 2,8-18
Animador: Misericórdia é 'ir a Belém', 'glorificar a Deus'. Vamos
repetir no nosso coração: “Não tenham medo”.
Momento de silêncio e oração pessoal.
Animador: O que Deus quer nos dizer com esta Palavra?
Conversa em grupo.
Lc 2,8-18
ABRIMOS A PORTA DO NOSSO CORAÇÃO
PARA ESCUTAR O GRITO DOS POBRES
36. 36
GuardadanonossocoraçãoaPalavradeDeussefazoração
Oração do papa Francisco
Deus Onipotente, que estais presente em todo o
universo e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que
existe, derramai em nós a força do vosso amor para
cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e
irmãs sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar os
abandonados e esquecidos desta terra que valem
tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e
não o depredemos, para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações daqueles que buscam apenas
benefícios à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com
encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com
todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais conosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz
O encontro continua com a oração final e a bênção na página 6.
Compromissomissionário
Animador: No Evangelho de João (12,8) Jesus nos lembra
que: "Os pobres sempre os tendes convosco". Deus
sempre coloca pobres no nosso caminho, não somente
na proximidade do Natal, para que o nosso coração de
pedra se torne um coração de carne, misericordioso e
compassivo. Hoje nos comprometemos, como
comunidade, a dar um sinal claro de compromisso
com os pobres para fazer deste ano de misericórdia
um ano de conversão.
37. IrmãDulcedaBahia
Irmã Dulce, o Anjo da Bahia, foi um extraordinário exemplo de
pessoa que abriu as portas ao grito dos pobres é um modelo de
cuidado e amor aos marginalizados. Ela não se contentou com a
sua imagem e procurou ser a imagem de Deus refletida no espelho
da sua vida para os mais pobres da Bahia.
Em 1935, dois anos depois da profissão religiosa, Ir. Dulce
começa acolher doentes num barracão abandonado, levando
alimentos, remédios e médicos amigos par atendê-los. Mais tarde,
ocupou com seus doentes os arcos da Ladeira do Bonfim, um
mercado popular fechado. Em 1959 Conseguiu um terreno onde
construiu um albergue para os pobres e ao lado o Hospital Santo
Antônio (hoje o maior hospital da Bahia). Ela dizia: "Quando
nenhum hospital aceitar mais algum paciente, nós aceitaremos.
Esta é a última porta e, por isso, eu não posso fechá-la". Nos anos
seguinte a sua obra, graças a Deus, foi crescendo.
Irmã Dulce faleceu depois de 16 meses de internação ao lado
dos que mais amava: os pobres e os doentes. Ela mesmo havia
pedido com insistência: "Quero morrer junto aos pobres".
Olhando para o exemplo de Ir. Dulce destacamos a humildade no
serviço a Deus e aos pobres. A fé inabalável em Deus era a chave da
sua espiritualidade. A luta por um mundo melhor era o único
objetivo de sua vida, por isso doou a sua própria vida como o mais
belo gesto de amor.
Parapensar
37
CHEGOU A HORA
DE SONHAR DE NOVO
1. Chegou a hora de sonhar de
novo, de tornar-se povo e se fazer
irmão. Chegou a hora que ligeiro
passa de ganhar a graça para a
conversão.
Meu caro irmão, olha pra
dentro do teu coração, vê se o
Natal se tornou conversão e te
ensinou a viver.
2. Chegou a hora de viver o Cristo
e acreditar que isto é se tornar
maior. Chegou a hora de pensar
profundo e perceber que o mundo
pode ser melhor.
3. Será difícil tantas mãos unidas
não fazer da vida um tempo sem
igual. Será difícil, tanto amor e
afeto, não tornar concreto o gesto
do Natal.
38. 38
CELEBRAÇÃO DA MISERICÓRDIA
A celebração começa ao redor do presépio acendendo a coroa do Advento e cantando juntos
várias vezes o seguinte refrão:
Deus é amor arrisquemos viver por amor.
Deus é amor Ele afasta o medo.
Introdução
O animador motiva a celebração com estas ou outras palavras:
Animador: Estamos nos aproximando do Natal! Começamos o Ano Santo da
Misericórdia! A voz de João Batista alcança os nossos ouvidos e nos
convida a preparar o caminho do Senhor. É tempo de Advento, de
preparação, de arrependimento e de conversão. Queremos encerrar a
nossa Novena celebrando a Misericórdia de Deus com o Sacramento da
confissão. Vamos começar o ano da misericórdia e nos preparar para o
Natal com uma sincera confissão dos nossos pecados.
Canto de inicio
1. Chegou a hora de sonhar de novo, de tornar-se povo e se fazer irmão.
Chegou a hora que ligeiro passa de ganhar a graça para a conversão.
Meu caro irmão, olha pra dentro do teu coração, vê se o Natal se
tornou conversão e te ensinou a viver.
2. Chegou a hora de viver o Cristo e acreditar que isto é se tornar maior.
Chegou a hora de pensar profundo e perceber que o mundo pode ser
melhor.
3. Será difícil tantas mãos unidas não fazer da vida um tempo sem igual.
Será difícil, tanto amor e afeto, não tornar concreto o gesto do Natal.
Sinal da cruz e saudação do presidente da celebração.
Animador: Abrimos as portas do nosso coração para que o amor de Deus
possa entrar.
Entram algumas pessoas com chaves e dizem:
- Senhor Jesus,, nós te pedimos perdão pelas vezes em que o nosso
coração está travado.
- Pai de misericórdia, ajuda-nos a abrir o nosso coração às necessidades
dos irmãos que encontramos no nosso caminho.
Animador: Abrimos as portas do nosso coração para vivermos em
comunhão com toda a Igreja.
Entram algumas pessoas com a Bíblia e dizem:
- Senhor Jesus, nós te pedimos perdão pelas divisões na tua Igreja.
- Pai de misericórdia, ajuda-nos a abrir o nosso coração à comunhão
com os irmãos que acreditam em Jesus.
40. Animador: Abrimos as portas do nosso coração para escutar o grito dos
pobres.
Entram algumas pessoas com uma cesta básica (ou alguns alimentos) para os pobres da
comunidade e dizem:
- Senhor Jesus, nós te pedimos perdão pelas vezes em que nos
esquecemos dos pobres.
- Pai de misericórdia, ajuda-nos a abrir o nosso coração para os pobres
da nossa comunidade.
Canto
Anúncio da Palavra de Deus.
A primeira leitura seja escolhida pelo grupo.
Salmo 34 (33) ou outro cantado.
R.: Provai a misericórdia do nosso Deus
Bendirei o Senhor Deus em todo tempo,
Seu louvor estará sempre em minha boca.
Minh'alma se gloria no Senhor;
Que ouçam os humildes e se alegrem!
Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
Exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,
E de todos os temores me livrou.
Contemplai a sua face e alegrai-vos,
E vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido,
E o Senhor o libertou de toda a angústia.
Canto de aclamação ao Evangelho
Evangelho Lc 2,1-7
Homília e momento de partilha
Exame de Consciência.
Animador: Condição indispensável para uma confissão bem feita é o exame
de consciência, que se traduz num confronto sincero e sereno com a lei
moral que está no nosso coração, com as normas evangélicas propostas
pela Igreja com o próprio Jesus Cristo que é para nós Mestre e modelo
de vida.
Reconhecemos com humildade os nossos pecados ajudados por duas
perguntas: eu preciso da misericórdia de Deus? Se a resposta é positiva:
qual o pecado que me leva a pedir o perdão?
Silêncio e meditação. Pode-se colocar um fundo musical muito suave.
Presidente: Irmãos e irmãs, lembrados da Bondade de Deus, nosso
40