O documento apresenta as opiniões de uma pessoa tecnofóbica sobre o uso de computadores na educação. Ela argumenta que (1) os computadores não devem substituir os professores no processo de ensino-aprendizagem; (2) o uso excessivo de computadores pode levar as crianças a desenvolverem um raciocínio rápido demais para o mundo real; e (3) é essencial manter a interação humana entre professores e alunos, que máquinas não podem substituir.
Os computadores na educação: aliados ou substitutos do professor
1. Mariana Clark Peres Rabello
Posição Adotada: Tecnófobo
O ser humano é insubstituível
2. • O futuro não deve estar apenas nos
computadores.
• Relegar boa parte da educação dos jovens aos
computadores é isentar o professor de seu papel
essencial: educar os jovens e as crianças.
• O uso excessivo leva às crianças e jovens a um
raciocínio rápido que só tem lugar no universo
virtual. O processo de aprendizado não se dá da
mesma maneira.
3. • O uso do computador pode ser muito útil na
educação porém há um endeusamento
preocupante e prejudicial.
• Necessidade de equipar todas as escolas com
computadores para os alunos como se isso
fosse garantia de um bom ensino.
• Alto custo por parte do governo/dinheiro
público para equipar escolas. Esse dinheiro
poderia ser melhor gasto.
4. • Os computadores podem ser aliados mas não
devem, jamais, aparecer como aquilo que irá
animar os alunos, mantê-los ocupados e
quietos.
• É tarefa dos pais e dos professores instigar
esses alunos. Deixar que o computador faça
isso é extremamente prejudicial.
5. • O computador, por si só, não tem um
discernimento. Ele é uma máquina.
• É preciso estabelecer uma interação humana
entre professor e aluno.
• Há um tanto de cada professor que não pode
e nem deve ser substituído por uma máquina.
• Grande perda para os alunos ocorre quando o
uso do computador é alçado ao estatuto de
indispensável.
6. • Há um endeusamento geral que toda boa
escola deva ter computadores como forma de
boa educação e evolução.
• Levar em conta as evoluções tecnológicas não
é relegar tudo à interação entre a máquina e o
aluno.
• A criatividade é um ponto importantíssimo na
aprendizagem.
7. • Essa pressa em concluir o papel dos
computadores na educação faz diminuir as
escolas e alunos que não têm acesso a eles.
• Cria-se um imaginário em que qualquer
estudante que não tenha acesso a eles é um
estudante deficiente o que está longe de ser
verdade.
8. • Acredita-se que a Internet contenha todas as
informações necessárias ao aluno. Esse fato
está longe de ser uma verdade.
• Há inúmeras fontes de pesquisas e, na maioria
das vezes, imensamente mais confiáveis que a
Internet.
• É preciso separar o que é verdadeiro e o que é
falso e é preciso, portanto, um discernimento
no uso das informações da Internet.
9. • O ambiente virtual é rápido e esse fator pode
criar no aluno uma ideia de que tudo que se
demora um pouco mais é ruim. Ou, pior,
desacostumá-lo com outros ritmos em que a
vida decorre seja no ambiente escolar quanto
no factual.
10. • O uso das novas tecnologias é parte do
mundo em que vivemos. Entretanto, é preciso
desmitificar certos padrões e aprender, de
maneira sóbria, o lugar dos computadores na
aprendizagem dos alunos e dentro das
escolas.