2. Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, na Suíça a 28 de Junho de 1712 e
morreu a 2 de Julho de 1778, em Ermenonville, nordeste de Paris, França.
Filho de Isaac Rousseau, relojoeiro de profissão e de Suzanne Bernard que
faleceu poucos dias depois de seu nascimento.
Este acontecimento marcou-o bastante desde criança e sempre se sentiu
culpado disso, logo não seria de estranhar que ele chamasse “ mãe ” à sua
primeira amante de “ tia ” à segunda.
Rousseau tinha um irmão, François, mais velho que ele sete anos, mas este
abandonou a família.
3. Jean-Jacques Rousseau
Em 1722 o pai foi injustamente preso. Rousseau e o irmão ficaram
sob tutela do tio Gabriel Bernard, irmão de mãe de Rousseau e
casado com a irmã do pai de Rousseau.
Passado algum tempo Rosseau e o primo, filho de Gabriel
Bernard, foram estudar para a residência de um pastor protestante
em Bossey, perto de Genebra, onde aprenderam latim e outras
disciplinas.
4. Quem foi?
Foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor
autodidata suíço.
É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um
precursor do romantismo.
Com a sua primeira amante desenvolveu o gosto pela música e pela
filosofia.
Rousseau era convidado para participar em discussões e jantares para
expor suas ideias.
Rousseau teve cinco filhos com sua amante, mas acaba por colocá-los
todos num orfanato. Anos depois escreve o livro Emílio, que ensina
sobre como deve-se educar as crianças.
No seu romance A Nova Heloísa mostra-se como defensor da moral e
da justiça divina, mostrando-se assim um grande espiritualista.
5. …
Politicamente, expõe suas ideias no Contrato Social. Procura um
Estado social legítimo, próximo da vontade geral e distante da
corrupção. A soberania do poder, para ele, deve estar nas mãos do
povo, através do corpo político dos cidadãos. Segundo suas ideias, a
população tem que tomar cuidado ao transformar seus direitos naturais
em direitos civis.
“ O homem nasce bom e a sociedade o corrompe“ – Rosseau
Rousseau começou a ser perseguido na França, pois suas obras foram
consideradas uma afronta aos costumes morais e religiosos. Refugiou-
se na cidade suíça de Neuchâtel.
Em 1765, foi morar para a Inglaterra a convite do filósofo David Hume.
De volta à França, casou-se com Thérèse Levasseur (segunda
amante), no ano de 1767.
6. Que ideias defendeu?
Rousseau defendia nas suas obras, a ideia de um
passado ligado à natureza, pleno de bondade e
fraternidade humanas, que a civilização corrompeu.
7. O Contrato Social
A questão que se punha era: “ Como reforçar um ser que tem o direito
de dispor de si próprio à obediência?”.
Este problema foi analisado por John Locke , que este solucionou com um
contrato livremente assumido entre os governantes e os governados.
Por este contrato o povo conferia aos seus governantes a autoridade
necessária ao bom funcionamento do corpo social.
A questão foi retomada por Rousseau na obra “ O Contrato Social” em 1762.
Nesta obra, Rousseau reforça a ideia de que a soberania popular se mantem
apesar da transferência de poder dos governados para os governantes.
Isto porque, é através do contrato que os indivíduos asseguram a vontade da
maioria, expressa num conjunto de leis justas e na sábia atuação dos
governantes.
8. …
Com as ideias contidas no livro O Contrato Social, entende–se por que é que
em França lhe chamam “a Bíblia da Revolução Francesa”.
Foi grande a influência política de suas ideias na França.
A inspiração causadora das revoluções basearam-se principalmente no conceito
da soberania do povo, mudando o direito da vontade singular do príncipe para
a vontade geral do povo.
9. A importância que teve
A teoria do contratos social veio transformar
radicalmente o estatuto do individuo no seio da
comunidade politica: da posição de mero súbito, ao
qual apenas competia obedecer, elevou-se à condição
de cidadão, a quem pertencem, também as decisões
politicas fundamentais.
10. Podemos concluir que…
Jean Jacques Rousseau foi um importante intelectual do século XVIII para
pensar na constituição de um Estado como organizador da sociedade civil
assim como se conhece hoje.
Para Rousseau, o homem nasceria bom, mas a sociedade o corrompia.
Da mesma forma, o homem nasceria livre, mas por toda parte se encontraria
acorrentado por fatores como sua própria vaidade, fruto da corrupção do
coração.
O indivíduo se tornaria escravo das suas necessidades e daqueles que o
rodeiam, o que em certo sentido refere-se a uma preocupação constante com
o mundo das aparências, do orgulho, da busca por reconhecimento e
estatuto.
Mesmo assim, acreditava que seria possível se pensar numa sociedade
ideal, tendo assim sua ideologia refletida na conceção da Revolução Francesa
ao final do século XVIII.
11. …
Este filósofo acreditava que seria preciso instituir a justiça e a paz para
submeter igualmente o poderoso e o fraco, adquirindo a concórdia eterna entre
as pessoas que viviam em sociedade.
Daí a importância do contrato social, pois os homens, depois de terem
perdido sua liberdade natural (quando o coração ainda não havia
corrompido, existindo uma piedade natural), necessitariam de ganhar em troca
a liberdade civil, sendo o contrato um mecanismo para isso.
O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste contrato, isto
é, agente do processo de elaboração das leis e de cumprimento
destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si mesmo seria
um ato de liberdade.
12. Algumas das suas obras
Discurso Sobre as Ciências e as Artes
Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os
Homens
O Contrato Social
Emílio, ou a Educação
Os Devaneios de um Caminhante Solitário