SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 58
Descargar para leer sin conexión
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
                Curso de Pós-Graduação Lato Sensu
            Especialização em Orientação Educacional




   AVALIAÇÃO DOCENTE DO CURSO DE MATEMÁTICA DO CAMPUS
UNIVERSITÁRIO DE MIRACEMA DO TOCANTINS – UNITINS: perspectiva de
       melhoria da qualidade do ensino e do crescimento profissional.




                                         DENISÁLIA ALMEIDA HEITZ ARAÚJO
                                                      MÁRIO FERREIRA NETO




                   MIRACEMA DO TOCANTINS – TO
                              MARÇO - 2002
2



                     MÁRIO FERREIRA NETO




   AVALIAÇÃO DOCENTE DO CURSO DE MATEMÁTICA DO CAMPUS
UNIVERSITÁRIO DE MIRACEMA DO TOCANTINS – UNITINS: perspectiva de
       melhoria da qualidade do ensino e do crescimento profissional.




                          Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação, lato
                          sensu, em Orientação Educacional da Universidade
                          Salgado de Oliveira do Rio de Janeiro como parte da nota
                          referente à obtenção do título de pós-graduado em
                          Orientação Educacional, sob a orientação da Professora
                          Msc. Nilza Fernandes.




                   MIRACEMA DO TOCANTINS – TO
                              MARÇO - 2002
3



Mário Ferreira Neto




AVALIAÇÃO       DOCENTE       DO     CURSO      DE     MATEMÁTICA      DO    CAMPUS
UNIVERSITÁRIO DE MIRACEMA DO TOCANTINS – UNITINS: perspectiva de
melhoria da qualidade do ensino e do crescimento profissional.




Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação, lato sensu, em Orientação Educacional
da Universidade Salgado de Oliveira do Rio de Janeiro como parte da nota referente à
obtenção do título de pós-graduado em Orientação Educacional, sob a orientação da
Professora Msc. Nilza Fernandes.
Miracema do Tocantins – TO, março/2002.




                      ______________________________________
                            Professora Msc. Nilza Fernandes
                                      Orientadora




                      ______________________________________
                                   1º Examinador (a)




                      ______________________________________
                                   2º Examinador (a)
4



       AGRADECIMENTO


       Primeiramente ao meu Senhor e Salvador Jesus Cristo que é único digno de toda
honra e louvor, pelo amor eterno e inspiração, por me conceder a oportunidade de estudar e
concluir o presente trabalho, pois sem Ele nada somos e nada podemos. Deus, meu amigo fiel
pela força nas horas difíceis, sei que nada estaria concretizado sem sua infinita graça,
inclusive por estar me abençoado com sua misericórdia e dando-me dias melhores com
intensa força espiritual e física para lutar contra o câncer (neoplasia maligna). Deus tem me
iluminado todos os dias de minha vida, dando-me oportunidades de continuar vivendo para
vencer o câncer.


       À minha mãe, Isabel Gonçalves Lima, por toda dedicação de sempre, por não ter
medido esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida. Mulher de exemplo
palpável, dedicação, coragem e perseverança, por me fortalecer com seu carinho e suas
orações, quero lhe agradecer pelo seu esforço em me educar e ensinar a enfrentar as
intempéries da vida.


       Ao meu pai, Délio Ferreira, que sempre me incentivou nos estudos e estivera ao meu
lado, nunca deixando desanimar nos momentos difíceis. Também em parceria com minha
mãe, pelo exemplo que me foi passado, porque desde criança me ensinaram o caminho da
vida, que é Jesus Cristo, por todo amor dedicado a mim, sempre pensando na minha felicidade
e fazendo tudo para que eu e meus irmãos tivéssemos o melhor.


       Aos meus irmãos: Carlos José Ferreira (Zezé), Pedro Paulo Ferreira, Maria
Marta Ferreira (Marica) - in memorian, Antônio Carlos Ferreira (Tunin), Délio Ferreira
Filho (Delin), Sebastião Gonçalves Ferreira (Tião) e Maria Aparecida Gonçalves
Ferreira (Cida), por terem me ajudado direta ou indiretamente na elaboração deste trabalho,
bem como pelo incentivo e pelas palavras amigas que não deixaram que eu desistisse deste
projeto.


       Aos meus filhos: Yasmim Correia Ribeiro Ferreira, Yago Correia Ribeiro
Ferreira, Guilherme Lopes Ferreira e Gustavo Lopes Ferreira, pelos carinhos e
compreensões. Não tenho palavras para descrever suas importâncias na minha vida e nesta
conquista, que são inquestionavelmente a minha alegria de viver.
5




       À minha esposa, Mara Braga de Souza Ferreira, que sempre me apóia, estando ao
meu lado nos momentos de angústias, alegrias, tristezas, frustrações, felicidades e que nunca
deixou de acreditar em mim, que têm feito minha vida mais feliz a cada dia.


       A toda minha família (avós, pais, irmãos, filhos, esposa, tios, sobrinhos, sogro, sogra e
cunhada e cunhado) por torcerem pela minha recuperação de saúde, dando-me coragem,
esperança, fé e força para vencer a neoplasia maligna gástrica (câncer de estômago), cuja
doença vem enfrentando desde 31 de março de 2008, quando me submeti à intervenção
cirúrgica de gastrectomia total (extração total do estômago), posteriormente com a submissão
às sessões de quimioterapia e radioterapia Aos professores e funcionários da Universidade
Salgado de Oliveira, que sempre nos ajudou ao longo da vida acadêmica.


       Aos meus colegas de trabalho do Fórum da Comarca de Miranorte-TO: Cleusa Alves
de Jesus, Valdemi Alves Arruda, Kassandra Araújo Oliveira Kasburg, Élcio Roberto Kasburg,
Mara Núbia Santos, Sônia Maria Bezerra Ferreira, Francisco Carlos Pereira Salgado,
Jefferson da Cruz, que buscaram suprir horas de ausências, pela compreensão e tolerância,
que juntos percorremos um longo caminho, sobretudo pela colaboração.


       À professora Maria de Fátima Marques, a quem tenho muita estima e consideração,
por acreditar no projeto, pela sua atenção e por ser esta pessoa maravilhosa e humana que
busca sempre confortar os amigos.


       Aos amigos que fiz durante a vida acadêmica, especialmente à Denisália Almeida
Heitz Araújo, que comigo compartilhou os bons e maus momentos, dentro e fora da
Universidade, desde a graduação.


       À Professora Orientadora, Msc. Nilza Fernandes por ter compartilhado seus
profundos conhecimentos no âmbito desta formação em Orientação Educacional, assim como
o apoio, incentivo, compreensão e solicitude, imprescindíveis para a concretização desta
monografia.
6



       À Universidade Salgado de Oliveira que através de seus docentes e funcionários
proporcionaram-me a oportunidade de aprimorar meus conhecimentos para desempenho de
minhas atividades profissionais.


       Ao grande amigo, Dr. Heitor Saenger, por me incentivar e orientar, também por
sempre me dizer palavras que erguem a auto-estima e faz elevar meu potencial no exercício
profissional de Professor de Nível Superior de Matemática e de Contador Judicial.


       Por fim, agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para que esta pós-
graduação fosse concretizada e mesmo não sabendo me ajudaram a enfrentar as dificuldades
do dia-a-dia, especialmente aos acadêmicos do Curso de Matemática do Campus da Fundação
Universidade do Tocantins – UNITINS pelo apoio às minhas pesquisas que de uma forma ou
de outra contribuíram para que essa obra fosse elaborada.
7




                                 A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são
                                 doces.
                                                                               Aristóteles


                                 O homem não é nada além daquilo que a educação faz
                                 dele.
                                                                          Immanuel Kant


                                 ... a dignidade da pessoa humana é valor supremo que atrai
                                 o conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem,
                                 desde o direito à vida.
                                                                     José Afonso da Silva




                           TERMO DE RESPONSABILIDADE


       Declaro, para todos os fins de direito que assumo total responsabilidade pelo aporte
ideológico conferido ao presente trabalho, isentando à Direção, Coordenação e a Banca
Examinadora da Universidade Salgado de Oliveira, de toda e qualquer responsabilidade
acerca desta monografia.
8



       RESUMO


       Título: Avaliação Docente Universidade do Tocantins: Perspectiva de Melhoria
da Qualidade do Ensino e do Crescimento Profissional.


       A Universidade tem sido uma das Instituições mais visadas da contemporaneidade.
Sobre ela recaem expectativas muito intensas, exigindo deste a formação profissional de
qualidade até a resolução dos problemas sociais, pela pesquisa e pela extensão.       As
Universidades estão, hoje, determinadas a melhorar a qualidade do seu ensino. A um
consenso sobre a necessidade de se oferecer aos alunos a melhora qualidade de ensino
possível, uma melhor preparação como cidadãos e profissionais. O conhecimento acadêmico
não é um conjunto isolado de informações, mas sim um conjunto comprometido com uma
determinada visão de mundo que se manifesta no próprio processo de investigação real.
Quando o conhecimento é trabalhado como processo torna-se momento dinâmico, em que a
dimensão ideológica aparece por meio das diferentes alternativas de concepção de mundo. O
conhecimento é trabalhado como resultado de uma série de atividades transformadoras
ficando clara sua natureza social. A avaliação do desempenho docente para alcançar seu
objetivo último, que é a aprendizagem do aluno, deve ter como referencial e linhas
norteadoras claras e definidas. E para ser levada a cabo necessita de uma metodologia de
investigação viável, fidedigna e adequada aos propósitos.


       PALAVRAS-CHAVE: Avaliação. Ensino. Qualidade.
9



       JUSTIFICATIVA


       A Universidade tem sido uma das instituições mais visadas da contemporaneidade.
Sobre ela recaem expectativas muito intensas, exigindo desde a formação profissional de
qualidade até a resolução dos problemas sociais, pela pesquisa e pela extensão.


       O desenvolvimento da educação superior no Brasil tem sua história inteiramente
articulada ao processo de formulação e execução de políticas, pensadas e estabelecidas de
forma fragmentada e desconectada de um projeto viável para o desenvolvimento do país.


       A avaliação associada à idéia de que a universidade brasileira necessita rever seu
projeto institucional, seu papel junto à sociedade foi amplamente debatido no início da década
de, quando, o movimento estudantil, alguns docentes e outros segmentos sociais propugnaram
por uma reforma universitária, que tentava estabelecer de forma clara um compromisso, tanto
político quanto técnico-científico, com o desenvolvimento e com a transformação da
sociedade brasileira.


       Com o advento e a expansão do movimento docente, principalmente nas instituições
públicas, uma nova forma de considerar a questão é encaminhada. A partir daí, ganha
destaque à preocupação com a qualidade das atividades acadêmicas sobejamente prejudicadas
pela deterioração das condições de trabalho, o resultado palpável de uma política educacional,
implementada desde meados dos anos em que a ênfase no acessório prejudicava a percepção
essencial.


       Passam, então, a serem preocupações manifestadas dos educadores as propostas acerca
da necessidade da redefinição do projeto político institucional, bem como a importância da
análise da estrutura curricular dos cursos, das atividades de ensino, pesquisa, extensão e do
desenvolvimento docente.


       No atual momento histórico e político, é impossível não pensar a educação como em
processo educativo que se desenvolve de forma global e articulada, em que as ações
concorrem para crescimento da visão de mundo dos alunos, através da compreensão da
realidade, da abertura intelectual, do desenvolvimento da capacidade de interpretar e da
produção do novo.
10




       Muitas universidades estão, hoje, determinadas a melhorar a qualidade do seu ensino e
há um clima extremamente favorável à introdução de mudanças e inovações. Há um consenso
sobre a necessidade de se oferecer aos alunos a melhor qualidade de ensino possível, uma
melhor preparação como cidadãos e profissionais. FÁVERO (1995), Universidade e estágio
curricular: subsídios para discussão descrevem:


       Devemos lutar por uma concepção de universidade como instituição dedicada a
promover o avanço do saber e do saber-fazer; ela deve ser o espaço da invenção, da
descoberta, da teoria, de novos processos deve ser o lugar da pesquisa, buscando novos
conhecimentos, sem preocupação imediata; deve ser o lugar da inovação, onde se persegue o
emprego de tecnologias e de soluções; finalmente, deve ser âmbito da solicitação do saber na
medida em que divulgar conhecimentos. Essa concepção universidade implica uma estreita
relação entre ensino, pesquisa e extensão nos mais variados campos. Eximi-la de tal papel e
contribuir para a deteorização da qualidade do ensino universitário no país.


       A busca incessante pela qualidade ou qualidade total tem se constituído, em todos os
segmentos da sociedade, em um objetivo a ser alcançado, muito especialmente pelas
Universidades, quer sejam elas públicas ou privadas. Neste sentido, a avaliação docente deve
enfocar a qualidade do ensino, a sua contribuição e o seu significado, explorando,
particu3larmente, o papel da avaliação feita pelos graduandos, como um instrumento para o
crescimento e as implicações dessa avaliação para a melhoria do ensino.


       O tema avaliação está intimamente relacionado ao tema ensino porque a avaliação tem
sido vista como um instrumento para melhorar a qualidade do ensino.


       Entretanto, muitas são as Universidades que estão determinadas hoje a melhorar a
qualidade do seu ensino e há um clima extremamente favorável ao florescimento de inovações
e à introdução de mudanças. Em grande parte das Universidades Brasileiras se busca hoje a
qualidade.


       Parece que hoje, muito mais que no final da década de 70 e início de 80, há consenso
sobre a necessidade de se oferecer aos graduandos a melhor qualidade de ensino possível, a
melhor preparação como cidadãos e como profissionais.
11




       I – TÍTULO DA MONOGRAFIA:


       Avaliação Docente do Curso de Matemática do Campus Universitário de Miracema do
Tocantins – UNITINS: perspectiva de melhoria da qualidade do ensino e do crescimento
profissional.


       II – ÁREA:


       Avaliação Docente.


       III – JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA:


       Desde 1995, quando iniciou o Curso de Matemática do Campus Universitário de
Miracema do Tocantins da Fundação Universidade do Tocantins, o ensino passou por várias
fases de ajustamento como: mudanças de grades, mudanças de regime (anual para semestral)
capacitação do seu quadro docente.


       A partir do segundo semestre de 1998, por exigência da Reitoria, houve uma
organização no sentido de planejar as atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. No Campus
Universitário de Miracema do Tocantins, este planejamento tem sido um aprendizado
compartilhado pela administração, corpo docente e uma participação ainda tímida do corpo
discente.


       Como resultado deste planejamento, foi elaborado o Projeto Pedagógico do Campus
Universitário de Miracema do Tocantins para o Curso de Matemática porque se sentiu a
necessidade de uma avaliação do desempenho docente e verificar se o Planejamento
Pedagógico está coeso com seus objetivos, metas e estratégias, que bem explicitadas nas
políticas educacionais, determinam as condições em que o processo de ensino-aprendizagem
deve ocorrer e que são considerados como padrões mínimos para a qualidade do ensino.


       É necessária a avaliação do desempenho do professor, visando à melhoria da
qualidade do ensino e o crescimento pessoal e profissional do docente numa concepção ética
que promova a autoconfiança do educador. Mostrando seus pontos fracos e fortes, suas
12



capacidades e dificuldades, o professor não irá simplesmente mudar sua maneira de ensinar,
mas sim, oportunidade de melhorar e ajustar seu comportamento e seus métodos.


       IV – DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS:


       Objetivo Geral


            Avaliar o Corpo Docente do Campus Universitário de Miracema do Tocantins,
   na perspectiva de melhoria da qualidade do ensino e o crescimento profissional.


       Objetivos Específicos


            Verificar a relação entre o Projeto Pedagógico do Curso e a prática didático-
   pedagógica do docente;
            Compreender e considerar as razões dos docentes resistirem à avaliação;
            Incluir o maior número de docentes na discussão dos critérios que serão usados
   na avaliação;
            Criar procedimentos avaliativos apropriados à realidade do Campus;
            Aprimorar a sensibilidade pessoal e profissional no exercício da avaliação.


       V – METODOLOGIA A SER DESENVOLVIDA:


       A metodologia adotada para obtenção dos dados para redigir a monografia consistiu
de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, sendo esta através de questionários e
entrevistas dirigidas aos professore e aos graduandos.


       INTRODUÇÃO


       As Universidades querem sejam públicas ou privadas, a exemplo de outros segmentos
da sociedade, têm buscado incessantemente a qualidade total.


       Dentro dessa perspectiva é importante, através da avaliação docente, garantir a
melhoria da qualidade de ensino e o crescimento profissional, tendo como objetivos
13



primordiais: melhorar o desempenho do corpo docente (função formativa) e embasar decisões
eqüitativas e eficientes com referência ao corpo docente (função somativa).


       Tendo como meta o objetivo explicitado acima é que se viu a necessidade de avaliar o
corpo docente do Campus Universitário de Miracema do Tocantins, da Fundação
Universidade do Tocantins, numa concepção ética que promova a autoconfiança do educando,
mostrando seus pontos fracos e fortes, suas capacidades e dificuldades. O professor não irá
simplesmente mudar sua maneira de ensinar, mas sim terá a oportunidade de melhorar e
ajustar seu comportamento e suas técnicas e métodos.


       O Campus Universitário de Miracema do Tocantins foi criado, no ano de 1991, com o
Curso de Administração de Empresas. O Curso de Licenciatura em Matemática se caracteriza
pela Formação de Professores e foi criado na Fundação Universidade do Tocantins, através da
Resolução CODIR/UNITINS/ N° 015/94, publicada no Diário Oficial n° 385, de 17 de
outubro de 1994. Em 1994, foi autorizado, pela Fundação Universidade do Tocantins, o
funcionamento do Curso de Matemática, iniciando suas atividades internas em janeiro 1995,
em regime de matrícula anual, com 40 (quarenta) vagas e com o público-alvo, em março do
mesmo ano, no epigrafado Campus, conforme quadro de ingresso por período letivo (ANEXO
I). O ensino passou por várias fases de ajustamento como: mudanças de grade curricular,
mudanças de regime (anual para semestral) e capacitação do seu quadro docente. Porém, a
partir de 1999, adotou-se o regime semestral, mantendo-se o mesmo número de vagas.


       O Curso de Matemática - Licenciatura Plena – do Campus Universitário de Miracema
do Tocantins foi reconhecido através do parecer nº 088/99, aprovado em 25/06/99, emitido no
Processo nº 1999/2700/002277, publicado no Diário Oficial n.º 843, página 17254 em
16/09/1999.


       O referido curso está em seu 7º (sétimo) ano de vigência, encontra-se vinculada
pedagógica, didática e administrativamente ao Campus Universitário de Miracema do
Tocantins e atualmente seu corpo docente é constituído por 15 professores, sendo 05 (cinco)
mestres, 01 (um) mestrando, 05 (cinco) especialistas e 04 (quatro) especializandos - entre
graduados, especialistas e mestres - que participam ativamente das atividades de ensino,
pesquisa e extensão.
14



       Em seu projeto de criação, o Curso de Licenciatura em Matemática do Campus
Universitário de Miracema do Tocantins, previa a duração mínima de quatro anos, e máxima
de sete anos, perfazendo um total de 2.856 (dois mil, oitocentos e cinqüenta e seis) horas.


       Sua proposta estabelecia o cumprimento de 21 (vinte e uma) disciplinas, obrigatórias e
03 (três) optativas, conforme Anexo II, sendo quatro das obrigatórias, destinadas à formação
pedagógica. As disciplinas foram oferecidas para os períodos diurnos e noturnos, no sistema
seriado anuais, com um total de 20 vagas para cada período letivo.


       Em processo gradativo, novas turmas foram ingressando, para os dois períodos letivos,
mediante vestibular, ressaltando que a partir do ano de 1997, foram abertas inscrições apenas
para o período noturno, para um total de 40 vagas, conforme visualização dos anexos I a V.


       Com o desenvolvimento do curso, o processo de discussão promovido pela
presidência e membros da congregação, permitiu a reflexão sobre as atividades, às disciplinas
e os conteúdos trabalhados. Assim, a estrutura curricular passou por duas alterações,
respectivamente, Resolução nº 001/97 (Anexo III) e Resolução nº 001/98 (Anexo IV).


       As disciplinas alteradas e criadas, no ano de 1997 para implementação em 1998, foram
cursadas, por parte dos alunos ingressos em 1995, na forma de disciplina optativa.


       Ressalta-se, contudo, que as alterações feitas durante o ano de 1998, se referem tanto a
semestralização quanto ao núcleo básico de disciplinas e suas ementas, para implementação a
partir deste ano de 1999. É importante enfatizar que a formação pedagógica dos licenciandos
em Matemática, para esta nova proposta, integra 6 (seis) disciplinas 1. Este procedimento se
fez necessário no sentido de contribuir para a construção da proposta pedagógica do curso em
função dos objetivos concernentes à formação do professor de Matemática. Desta forma,
neste ano de 1999, estão em vigência três estruturas curriculares: (a) para os alunos do 3º e 4º
anos, (ingressos em 1996 e 1997); (b) para os alunos do 2º ano (ingressos em 1998) e (c) para
os alunos do 1º ano (ingressos em 1999).




1
 Em função do processo de semestralização, das seis disciplinas, três estão subdivididas em 1 e 2, a
Prática de Ensino será desenvolvida em três momentos, conforme Anexo IV.
15



       Em especial o Curso de Licenciatura em Matemática, na sua institucionalização,
apresentou-se da seguinte forma:


              Denominação: Curso de Licenciatura em Matemática;
              Carga Horária Total: 2.580 horas;
              Número de vagas anuais: 40;
              Turno de funcionamento: período matutino e noturno;
              Modalidade: modular;
              Integralização da carga horária em anos: mínimo de 4 anos e máximo de 7anos;
              Regime de matrícula: seriado anual;


       A estrutura curricular atualmente possui carga horária total de 2,520 horas, incluídas
às 300 horas do estágio supervisionado, integralizado em um período mínimo de 08 (oito)
semestres letivos e máximo de 15 (quinze) semestres, conforme aprovado pela Resolução
CEE-TO nº 046/99.


       Em relação à estrutura física do curso – salas de aula, 1laboratório, Centro Acadêmico
e auditório. A biblioteca ocupa área de 105m2, em fase de expansão.


       Considerando que a universidade é um espaço institucionalizado para desenvolver um
trabalho com os conhecimentos produzidos pela sociedade, o Curso de Licenciatura em
Matemática, consciente de seu papel no processo de formação de professores, se propõe a
desempenhar o papel de auxiliar a formação do cidadão para atuar em uma sociedade em que
a transição sucessiva de padrões ou regras é uma constante caracterizadora pela formação de
professores. Portanto, os estímulos à investigação, à descoberta e à invenção, devem estar
presentes no fazer pedagógico, considerando os conteúdos trabalhados como vivos, concretos
e indissociáveis da realidade social.


       Com esses princípios norteadores e tendo em vista o Currículo Mínimo previsto em
lei, o Curso de Licenciatura em Matemática tem por objetivos propiciar ao licenciado:


        desenvolvimento de raciocínio matemático e de capacidade de abstração;
16



        situações que lhe permitam estabelecer relações entre os conhecimentos matemáticos
e adquirir habilidades de compreensão e de análise destes conhecimentos;
        situações que lhe permitam articular o conhecimento matemático com a realidade
social, favorecendo o desenvolvimento de uma visão crítica sobre o papel da matemática na
sociedade;
        desenvolvimento de habilidades didático-metodológicas que favoreçam a sua prática
pedagógica com relação à disciplina de Matemática;
        atividades de pesquisa e extensão necessárias à construção de conhecimentos sobre
ensino-aprendizagem da Matemática, compreendendo a escola enquanto realidade concreta e
inserida no contexto histórico-social.;
        uma formação plurisdisciplinar, oferecendo-lhe condições necessárias para o
desempenho de todas as suas atribuições profissionais.


       A partir de 1998, por exigência da Reitoria e necessidade dos Campi, houve uma
organização no sentido de planejar melhor as atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. Este
planejamento tem sido um aprendizado compartilhado pela administração, corpo docente e
uma participação ainda tímida do corpo discente. Como resultado desse planejamento, foi
elaborado o Projeto Pedagógico do Campus para o Curso de Matemática.


       Na última reunião de planejamento semestral (julho/98) e pela experiência adquirida
na qualidade de acadêmico da 1ª Turma (1995 a 1998), bem como na qualidade de professor
auxiliar (agosto de 2000 até o momento) no Campus por mais de cinco anos, e, participado
ativamente das decisões do aludido Campus, senti-se a necessidade de uma avaliação do
desempenho docente e verificar se o planejamento pedagógico está coeso com seus objetivos,
metas e estratégias, que bem explicitados nas políticas educacionais, determinam as condições
em que o processo de ensino-aprendizagem deve ocorrer e que são considerados como
padrões mínimos para a qualidade de ensino.


       Entendeu-se que qualquer estratégia usada para a avaliação do corpo docente só terá
êxito se os professores tiverem suas funções balizadas pelas disfunções contidas no Projeto
Pedagógico do Campus, como uma maneira de garantir um processo de construção coletiva
frente às necessidades e a realidade de nossa região.
17




       1. BUSCANDO UMA MELHOR QUALIDADE DE ENSINO


       A Universidade tem sido uma das instituições mais visadas da contemporaneidade.
Sobre ela recaem expectativas muito intensas, exigindo desde a formação profissional de
qualidade até a resolução dos problemas sociais, pela pesquisa e pela extensão.


       O desenvolvimento da educação superior no Brasil tem sua história inteiramente
articulada ao processo de formulação e execução de políticas, pensadas e estabelecidas de
forma fragmentada e desconectada de um projeto viável para o desenvolvimento do país.


       A avaliação associada à idéia de que a universidade brasileira necessita rever seu
projeto institucional, seus papéis junto à sociedade, foram amplamente debatidos no início da
década de 60, quando o movimento estudantil, alguns docentes e outros segmentos sociais
propugnaram por uma reforma universitária, que tentava estabelecer de forma clara um
compromisso, tanto político quanto técnico-científico, com o desenvolvimento e com a
transformação da sociedade brasileira.


       Com o advento e a expansão do movimento docente, principalmente nas instituições
públicas, uma nova forma de considerar a questão é encaminhada. A partir daí, ganha
destaque à preocupação com a qualidade das atividades acadêmicas sobejamente prejudicadas
pela deterioração das condições de trabalho, o resultado palpável de uma política educacional
implementada desde meados dos anos 70 em que a ênfase no acessório prejudicava a
percepção essencial.


       Passam, então, a serem preocupações manifestadas dos educadores as propostas acerca
da necessidade da redefinição do projeto político institucional, bem como a importância da
análise da estrutura curricular dos cursos, das atividades de ensino, pesquisa, extensão e do
desenvolvimento docente.


       A educação superior que envolve, além do ensino, também a pesquisa e a extensão,
deixa de servir a certos interesses e a determinadas aspirações. Passa a ser criticada, tornando
evidente a necessidade de redefinição de sua função social e científica, mediante um novo
projeto pedagógico.
18




       No atual momento histórico e político, é impossível não pensar a educação como em
processo educativo que se desenvolve de forma global e articulada, em que as ações
concorrem para um crescimento da visão de mundo dos alunos, através da compreensão da
realidade, da abertura intelectual, do desenvolvimento da capacidade de interpretar e da
produção do novo.


       Muitas universidades estão, hoje, determinadas a melhorar a qualidade do seu ensino e
há um clima extremamente favorável à introdução de mudanças e inovações.                Há um
consenso sobre a necessidade de se oferecer aos alunos a melhor qualidade de ensino possível,
uma melhor preparação como cidadãos e profissionais. FÁVERO (1995), Universidade e
estágio curricular: subsídios para discussão, descrevem:


       Devemos lutar por uma concepção de universidade como instituição dedicada a
promover o avanço do saber e do saber-fazer; ela deve ser o espaço da invenção, da
descoberta, da teoria, de novos processos; deve ser o lugar da pesquisa, buscando novos
conhecimentos, sem preocupação imediata; deve ser o lugar da inovação, onde se persegue o
emprego de tecnologias e de soluções; finalmente, deve ser âmbito da socialização do saber
na medida em que divulgar conhecimentos. Essa concepção de universidade implica uma
estreita relação entre ensino, pesquisa e extensão nos mais variados campos. Eximi-la de tal
papel e contribuir para a deteorização da qualidade do ensino universitário no país.


       Na literatura sobre o assunto, dentre os problemas encontrados nos cursos de
licenciaturas, destacam-se: desarticulações entre o conteúdo específico trabalhado nos
diferentes departamentos e a formação pedagógica oferecida pela Faculdade de Educação;
precária formação teórica e prática para o exercício do magistério; falta de integração entre as
diferentes disciplinas do currículo, tanto na parte de formação específica como naquela
voltada para a formação pedagógica; baixo interesse pelo curso por parte de sua clientela,
motivado pelo baixo salário e baixo prestígio da profissão; despreparo acadêmico da clientela,
uma vez que esses cursos atraem alunos que não seriam bem sucedidos no vestibular para
outros cursos mais concorridos das Universidades.


       Uma pesquisa realizada por Pereira (1996), na UFMG, envolvendo alunos e
professores de curso de bacharelado e licenciaturas revela que o ensino é visto, pela grande
19



maioria dos pesquisadores, como uma atividade de transmissão do conhecimento e/ou de
orientação de aprendizagem, ou como uma atividade cujo objetivo é despertar o interesse do
aluno ou favorecer sua aprendizagem. Diferentemente, a pesquisa é vista como uma atividade
voltada para a descoberta e/ou produção do conhecimento e/ou problematização e
aprofundamento em um assunto.


       Esses dados, assim como a vivência no interior da universidade, mostram que a
pesquisa é vista ou representada, geralmente como uma atividade mais criativa ou mais
original do que o ensino, sendo-lhe atribuído, portanto, maior valor ou importância.


       Como vimos, o ensino é muitas vezes tomado como sendo simplesmente um processo
de transmissão do conhecimento produzido nas diferentes áreas do saber. Talvez seja por essa
forma de conceber o ensino que ele termine se tornando uma atividade penosa para aqueles
que a ele se dedicam, como também para aqueles a quem se destina. Nesse contexto, tornam-
se plausíveis as queixas recíprocas de docentes e discentes sobre as relações de ensino nas
diferentes disciplinas.


       O conhecimento acadêmico não é um conjunto isolado de informações, mas sim um
conjunto comprometido com uma determinada visão de mundo que se manifesta no próprio
processo de investigação real.


       A forma de trabalhar o conhecimento dominante na universidade tem sido a de tratá-lo
com um produto a ser distribuído entre os estudantes de forma estática, acabada e
acumulativa, pois se resume a um conjunto de informações neutras, objetivas e impessoais.
Nesse processo encobre-se a própria forma de produção desses conhecimentos, e com isso ele
perde o seu poder criador e transformador.


       Quando o conhecimento é trabalhado como processo, torna-se momento dinâmico, em
que a dimensão ideológica aparece por meio das diferentes alternativas de concepção de
mundo. O conhecimento é trabalhado como resultado de uma série de atividades
transformadoras ficando claro sua natureza social e é possível utilizá-la como forma de
aumentar o controle que as pessoas têm sobre o mundo. Como afirma Phillip Wexler (1982),
deve-se pensar no trabalho com o conhecimento, em sala de aula, como um processo de
20



reedição ou recodificação, em que é possível privilegiar determinados aspectos da realidade
ou formas de pensamento, em função de concepções ou objetivos delineados ou definidos.


        Terry Eagleton (1976) ressalta sobre Walter Benjamin e sua contribuição no teatro e
nas artes modificando as formas através das quais a realidade é normalmente percebida,
possibilitando uma nova percepção e compreensão da realidade. Para Benjamin, a arte como
qualquer outra forma de produção depende de certas técnicas de produção existente. Desta
forma, o artista deve ser criativo, procurar sempre revolucionar a própria forma de produção
dominante em seu campo.


        Nesse contexto e a partir dessas idéias, torna-se possível pensar no ensino como uma
atividade de produção, de criação de novos sentidos e significados. O professor pode produzir
uma narrativa que privilegie determinados aspectos, aumentando a compreensão e o controle
das diferentes situações. Através de sua criatividade e dinâmica ele pode criar no campo do
ensino uma forma nova de trabalhar com a realidade. O conhecimento deve ser apresentado
como um texto aberto que, por não estar completo, exige a participação dos alunos e dos
professores, deixando de ser o conhecimento uma mercadoria a ser consumida pelos alunos.


        É de fundamental importância repensar o ensino tornando-o mais significativo e
interessante para professores e alunos, trazendo para o campo do ensino novas formas de
trabalho que criem novas relações entre discentes e docentes e entre os mesmos
conhecimentos científico e cultural acumulados, possibilitando a produção de novos saberes
práticos e teóricos.


        Repensar mecanismos que ajudem as universidades a garantir sua qualidade. As
atividades de pesquisa e extensão avaliada pelos seus pares, e no ensino um planejamento em
que envolve discussões e exames dos pares, não para tornar o ensino atividade controlada,
tirando a autonomia do professor, e sim com o propósito de valorizar o ensino, possibilitando
maior integração entre os docentes, objetivando até mesmo a interdisciplinaridade, tornando
público seu trabalho, compartilhando seus problemas, o sentido de grupo, tornando o ensino
um trabalho coletivo.


        Este repensar das universidades feitas dentro de reflexões apuradas sobre seus
processos de ensinar e aprender, num esforço coletivo, visa à mudança. Inovações numa
21



perspectiva de ruptura com o paradigma dominante, fazendo avançar, em diferentes âmbitos,
formas alternativas de trabalhos que quebrem a estrutura tradicional, pensando em propostas
alternativas de ensino, pesquisa e extensão, passando pelas relações e demandas da
comunidade.


          Na universidade, usa-se a sala de aula para a formação da cidadania e da consciência,
mas este não deve ser o único espaço para as inovações.


          O ensino superior de qualidade não se faz apenas pela pesquisa, faz-se também pelo
ensino.


          Como diz Maria Isabel Cunha em A aula universitária: inovação e pesquisa:


          Estudar a aula universitária é fazer um recorte na trajetória de todos nós, é favorecer
a possibilidade de construir uma nova universidade, delinear um novo patamar teórico-
metodológico e assim, contribuir para a construção de uma nova relação entre o ensino e o
aprender onde a cognição, o afeto e a ética sejam companheiros de uma significativa
jornada.


          A mesma autora em Ensino e pesquisa: a prática do professor universitário.(CUNHA,
M. I. [1996]), relata uma pesquisa sobre o professor universitário, destaca que mesmo bons
professores, segundo opiniões dos alunos, trabalham na perspectiva de reprodução do
conhecimento. Estes professores desenvolvem um grande número de habilidades de ensino
(fazer perguntas, variar estímulos, organizar o contexto da aula, etc.) e apresentam muitas
qualidades humanas e afetivas no trato com os alunos e com o conhecimento do ensino.
Entretanto, a pesquisa mostrou que ainda não existiam professores especialmente voltados
para desenvolvê-lo habilidades intelectuais nos estudantes. Por exemplo, os professores são
capazes de apresentar o melhor esquema do conteúdo a ser desenvolvido em aula, mas não
conhecem procedimentos sobre como fazer o aluno chegar ao mapeamento próprio da
aprendizagem que está realizando. O bom professor relata e referencia resultados de suas
pesquisas, mas pouco estimula o aluno a fazer suas próprias, mesmo que de forma simples,
ele não torna vivo e relativo o conhecimento.
22



       Atuando, ainda, PAULO FREIRE (1997) os saberes necessários à prática educativa
crítica fundamentada, numa ética pedagógica e numa visão de mundo, são assim detalhados:


       Ensinar exige:
                  Rigorosidade metódica;
                  Respeito aos saberes dos educandos;
                  Criticidade;
                  Estética e ética;
                  Corporificação das palavras pelo exemplo;
                  Risco na aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de
          discriminação;
                  Reflexão crítica sobre a prática;
                  Reconhecimento e assunção da identidade cultural;
                  Consciência do inacabamento;
                  Reconhecimento do ser condicionado;
                  Autonomia do ser do educando;
                  Bom senso;
                  Humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores;
                  Apreensão da realidade;
                  Alegria e esperança;
                  Convicção de que a mudança é possível;
                  Curiosidade;
                  Segurança, competência profissional e generosidade;
                  Compreender a educação como forma de intervenção do mundo;
                  Liberdade e autoridade;
                  Tomada consciente de decisões;
                  Saber escutar, reconhecer que a educação é ideológica;
                  Disponibilidade para o diálogo, querer bem aos educandos.
         (Freire, P. [1997]). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
  educativa. São Paulo : Paz e Terra.


       2. A NECESSIDADE DA AVALIAÇÃO DOCENTE
23




        O tema avaliação está intimamente relacionado ao tema ensino, porque a avaliação
tem sido vista como instrumento para a melhoria da qualidade de ensino. A avaliação docente
vem sendo discutida pelas universidades brasileiras desde 1977, quando foi criado o Programa
de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior – PADES. A partir daí, as universidades
brasileiras têm buscado a qualidade do ensino superior, visando a preparar seus alunos como
cidadãos e melhores profissionais.


        Em todos os segmentos da sociedade, todas as funções econômicas buscam-se a
qualidade total; qualidade de vida, qualidade de consumo etc. As universidades não poderiam
deixar de buscar também esta qualidade em todos os seus segmentos no intuito de promover
esta qualidade de ensino.


        O corpo docente tem que se qualificar, atualizar e preocupar-se com a qualidade do
que transmite.


        O mundo está mudando e diante da crescente incorporação de ciências e tecnologias
de base, com inovações em todas as áreas, como materiais e equipamentos, vêm causar
profundos impactos sobre os processos pedagógicos, passando-se a exigir do homem novos
conhecimentos e novas atitudes no exercício de suas múltiplas funções, enquanto ser social,
político e produtivo.


        Portanto, quando se busca a “qualidade total” nas diferentes áreas do conhecimento
humano, a universidade, como principal responsável pela formação de profissionais de alto
nível deve se engajar nessa nova perspectiva, formando cidadãos capazes de atuar
produtivamente no terceiro milênio. Para que esse empreendimento seja bem sucedido é
mister uma avaliação global do trabalho da universidade, em especial, do desempenho do
professor, pois esse é o recurso mais importante nesse processo e que da sustentação à
instituição.


        Existe em la actualidad um sentir generalizado de que la evolucion del professorado
es um instrumento necessário e imprescindible em todo processo racional de toma de
decisiones. (BENEDITO et al. 1989. p. 280).
24



       A avaliação do desempenho docente para alcançar seu objetivo último, que é a
aprendizagem do aluno, deve ter como referenciais linhas norteadoras claras e definidas. E
para ser levada a cabo, necessita de uma metodologia de investigação viável fidedigna e
adequada aos propósitos.


       A    universidade   deve    discutir   esta   avaliação,   sobretudo,   mas   realizá-la
permanentemente, com a adoção de ferramentas e critérios adequados e condizentes à
situação e, ao invés de cuidar só da reprodução do passado, trabalhar também na construção
do futuro. A universidade tem a obrigação de estimular o exercício pleno pela cidadania,
buscando, com muita agilidade, alternativas para melhorar a qualidade de vida do homem,
adaptando-o aos novos modos de sentir, pensar e agir do terceiro milênio. Daí a importância
da avaliação como um processo que objetiva a mudança qualitativa e a necessidade da
universidade aprender e fazê-la.


       O professor universitário, sujeito capaz de criticar o desenvolvimento de seu próprio
trabalho, deve considerar a avaliação de desenvolvimento uma atividade natural, que faz parte
do próprio processo de ensino. Deve, através da reflexão, considerar os resultados de sua
avaliação para planejar, replanejar e/ou repensar a sua ação pedagógica, pois, na concepção de
PENNA FIRME (1982, p. 17), na medida em que o professor vivenciar um processo de
avaliação significativo para o seu próprio crescimento, ele descobrirá como melhor ensinar a
seus discentes e mais adequadamente avaliá-los com a mesma preocupação de conduzi-los ao
seu aperfeiçoamento como alunos, como futuros educadores e essencialmente como pessoas.


       A avaliação resulta em mudanças quando os professores percebem, como melhorar e
tem oportunidades de se engajar em atividades que dêem maior brilho ao seu ensino. Estas
oportunidades podem variar desde o acesso a material diversificada de leitura sobre aspectos
selecionados do ensino, até o trato com questões com a maneira de preparar o programa de
uma disciplina ou estrutura integrada de um curso, ou uma aula agradável e eficiente, com
aulas mais interessantes e motivadas um grupo de pessoas trabalhando por objetivos comuns,
e não necessariamente o espaço geográfico de encontro dessas mesmas pessoas, aula com
espaço de convivência e de relações pedagógicas.


       Aula com vivência, como vida, como realidade, como espaço que permita, favoreça e
estimule a presença, a discussão, o estudo, a pesquisa, o debate e o enfrentamento de tudo o
25



que constitui o ser e a existência, as evoluções as transformações, o dinamismo e a força do
homem.


          Os professores universitários podem ser considerados como aprendizes cada um deles
com forças, fraquezas, capacidades e limitações individuais. Trabalhar com colegas e seus
pares de confiança ou com especialistas treinados em aperfeiçoamento de docentes aumenta
as chances de os professores refletirem sobre o feedback, repensar algumas de suas crenças,
reverem métodos de ensino e praticarem novas técnicas e habilidades pedagógicas.


          A avaliação não é um ato pelo qual A avalia B. é o ato por meio do qual A e B
avaliam juntos uma prática, seu desenvolvimento, os obstáculos encontrados ou os erros ou
equívocos porventura cometidos. Daí seu caráter dialógico. Tomando distância da ação
realizada ou realizando-se, os avaliadores a examinam. Desta forma, muitas coisas que antes
(durante o tempo da ação) não era percebida, agora aparecem de forma destacada diante
dos avaliadores. “Neste sentido, um lugar de ser um instrumento de fiscalização, a avaliação
é a problematização da própria ação”. (Freire citado por Menga, L & Mediano, Z. Avaliação
na escola de 1º grau, papirus, 1992.)


          A importância da avaliação foi também mencionada há mais de uma década por Gaff
(1976).


          A menos que venhamos a avaliar nossos próprios programas e a demonstrar que eles
produzem resultados em termos de melhores cursos ou estudantes mais bem formados, com
maior conhecimento, mais sensíveis e eficientes ou membros do corpo docente satisfeito ou
organizações mais bem administradas, estaremos fora dos negócios.


          Mais de uma década de cortes e reduções e oportunidades diminuídas para o corpo
docente fez reduzir as fontes de estímulo e encorajamento. Com freqüência, a avaliação é
vista como uma ameaça.


          Infelizmente, os professores que necessitam melhorar são, em geral, aqueles menos
envolvidos com o desenvolvimento do corpo docente. Esses professores podem especular, o
que a avaliação pode lhes oferecer, por que devem passar pelo processo de observações,
seminários e consultorias.
26




       James Bess (1973), em artigo denominado “A Integração dos Ciclos de Vida do
Corpo Docente e do Estudante” descreveu esse problema:


       Uma vez que o prestígio é derivado da reputação da pesquisa, o sistema social
acadêmico e, em alguns casos, propensões pessoais mal direcionadas parecerão estar
levando o corpo docente a desempenhar tarefas que possam vir a não satisfazer suas
necessidades mais básicas. Em outras palavras, muitos são levados a continuar a fazer
pesquisas na crença de que as recompensas de sua carreira proporcionarão maior satisfação
pessoal. Em certa extensão, portanto, eles são, assim, seduzidos a dar relativamente menos
atenção por meio do ensino para atender às necessidades dos estudantes – uma atividade que
poderia, sob condições diferentes, conceder-lhes profundas satisfação em maior abundância.


       Na maioria das instituições, os estudantes, sob as atuais circunstâncias, também não
estão capacitados a atender às suas necessidades mais importantes, principalmente aquelas
que envolvem suas personalidades em desenvolvimento. Faculdades e universidades, em
geral, dão maior atenção a estruturas estabelecidas projetadas para ajudar os estudantes a
adquirir conhecimento cognitivo, a serviço de ampla educação liberal e/ou, presumivelmente,
a preparação para a carreira, a satisfação das necessidades dos estudantes de crescimento
emocional e interpessoal e de autoconhecimento constituem, no máximo, subprodutos da
experiência estudantil. Raramente trata-se de metas explícitas da instituição. Por essa razão,
pelos menos dois dos três principais corpos em nossos campi universitários (corpo docente e
discente) podem existir sob condições antiéticas, ou pelo menos não favoráveis, para atender
às mais profundas de suas necessidades coletivas e individuais (p. 377).


       A necessidade de ensinar bem e conquistar as satisfações que acompanham são não só
necessidades crônicas, mas também atuais do corpo docente mesmo se, para alguns, as
mesmas pareçam não ser reconhecidas. Os professores devem ser convencidos a dar uma
atenção compartilhada ao ensino, com ênfase sobre o feedback informado e útil, que terá a
oportunidade de levar seu nível de satisfação, ajudando-o a melhorar suas práticas de ensino,
e também mudar suas atitudes em relação à ação (ou arte) de ensinar, de forma que venham
percebê-la como uma atividade desafiadora.
27



       A qualidade dos esforços de um determinado professor depende muito dos tipos de
recursos disponíveis para o apoio do ensino, mas depende mais ainda de sua criatividade.


       O processo de avaliação do trabalho acadêmico de cada docente deverá ter como
objetivo o estímulo do aprimoramento de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão e a
compreensão de sua articulação como projeto global da unidade acadêmica e da instituição.


       Geralmente, o corpo docente desempenha satisfatoriamente seu papel de professor,
mas por motivo relacionados com a motivação, competência, o ambiente de trabalho alguns
não tem uma atuação à altura de suas habilidades. Enquanto alguns docentes conseguem
melhorar sua maneira de ensinar sem o auxílio externo, outros precisam de apoio e
encorajamento.


       Os avaliadores freqüentemente usam o desempenho dos alunos como fonte de
informações para a avaliação da disciplina e do corpo discente, mas nunca são os próprios
alunos que estão sendo avaliados. Eles, por seus desempenhos, fornecem um índice do grau
em que o tratamento do ensino foi eficaz.


       Como é o professor que coordena todo o processo de ensino que o aluno recebe,
consideramos     cada   professor   constituindo   um   tratamento   de   ensino   único,   e,
conseqüentemente, avalia este tratamento de ensino como tal.


       O principal objetivo da avaliação do desempenho é o aperfeiçoamento do próprio
desempenho. Este objetivo é atingido ajudando os claudicantes, estimulando os cansados e
orientando os indecisos. As faculdades e universidades contratam e promovem professores e
lhes dão estabilidade na expectativa de um desempenho de primeira.


       Avaliar professores para melhorar seu desempenho não passa de uma extensão lógica
dessa expectativa, e fornece uma prova prática de que a administração está agindo de boa fé.
Assim como os alunos precisam de orientação para corrigir erros, os professores também têm
o direito de ser orientados a fim de aperfeiçoar seu desempenho. Dissonância é o termo mais
da moda para referir à razão mais forte que leva um professor a querer melhorar seu
desempenho.
28



       O feedback de uma avaliação de desempenho construtiva muitas vezes provoca ao
professor a espécie de dissonância, ou insatisfação, que atua como estímulo psicológico ao
aperfeiçoamento.


       A avaliação do grupo é conseqüência da avaliação dos indivíduos. Deve haver
objetividade, critérios anteriormente discutidos e aceito por todos, com a finalidade de
aperfeiçoamento da função, valorização de distintas contribuições ao conhecimento e às
competências necessárias com o compromisso de alcançar a autodeterminação e a capacidade
de promover o próprio crescimento.


       Como diz Pimentel (1993, 85), devemos ter claro que:


       Todos os professores têm domínio do conhecimento amplo, profundo e atualizado,
não só do conteúdo programático, como da ciência que ensinam. Tem também o
conhecimento das ciências correlatas. Nem todos, porém tem o conhecimento da produção do
conhecimento classificado e consciente do que é ensinar.



       3. OS PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS


       “A avaliação representa não apenas um processo final quando se lida com
comportamentos cognitivos, mas, também, uma ligação importante com os comportamentos
afetivos em que os valores, o gosto e o prazer (bem como a ausência e o contrário desses
termos) são os processos centrais envolvidos.” (Bloom, 1956).


       Como enfocamos anteriormente, cada instituição deve criar sua própria sistemática de
avaliação, seus próprios critérios de qualidade com procedimentos pertinentes a cada
realidade.


       Deve-se iniciar a avaliação com um amplo processo de sensibilização, objetivando
promover a preparação dos docentes de um modo geral.
29



          Os docentes, como a maioria dos profissionais, acreditam que eles são os melhores
juízes do que estão fazendo, tanto na qualidade de ensino, como nos serviços que prestam e
sabem que são subvalorizados.


          Avaliar o seu desempenho pode depreciá-los. A maioria poderá criar resistência e
pensam não tem valor na avaliação formativa de suas próprias metas. Considera a avaliação
como uma forma de intromissão e punição e não como melhoria do ensino e crescimento
profissional.


          Essas atitudes dos professores devem ser encaradas com seriedade e respeito. A
avaliação do desempenho não deve ser simplesmente dita que será iniciada. É preciso realizar
reuniões em que as idéias de todos os docentes sejam ouvidas, discutidas e trabalhadas e,
quando for o caso, incorporado.


          É importante levar em conta as questões éticas, numa concepção sadia de avaliação
que promova a autoconfiança do educador, valorizando-o. Uma avaliação bem conduzida, que
não fira, será auto-estima, não acarretando desprestígio entre os pares e descrédito entre os
alunos.


          O corpo docente deve acreditar que mais coisas positivas que negativas resultarão do
processo de avaliação e o que está sendo proposto vai beneficiá-lo. Precisa sentir, e confiar
que terá maiores probabilidades de atingir suas metas profissionais, aprendendo novas
competências, adquirindo novos conhecimentos, avançando em sua profissão, garantindo o
respeito dos colegas e alunos pela qualidade do trabalho que realiza, dentro de uma nova
perspectiva.


          Em vista do exposto, a avaliação deve ocorrer em um clima de cooperação, sem
imposições, com o envolvimento de todo o corpo docente.


          A avaliação precisa ocorrer numa concepção responsiva, com procedimentos
ordenados, sempre que a responsividade e as preocupações dos envolvidos exigem. Deve-se
caracterizar, essencialmente, pela negociação entre os interessados no processo avaliativo, em
que critérios, procedimentos e recomendações são discutidos na busca de consensos.
30



       Garantir uma postura substancialmente democrática em que não só a negociação entre
os pares e os envolvidos se faz necessário, também procurando fortalecer a competência dos
participantes do processo avaliativo, impulsionando a autodeterminação e a busca de auto-
aperfeiçoamento. O avaliado atua, principalmente, como colaborador, na medida em que
permite aos envolvidos a descoberta e o uso de seu próprio poder. Promovendo a capacitação
dos envolvidos, ajuda-os a formularem suas soluções, tomando papel decisivo nas necessárias
transformações; mostrar experiências e explicações que esclareçam compreensão de fatos,
dados e resultados e, liberação de preconceitos, mitos e limitações que embargam o processo
de autodeterminação.


       Portanto, é a própria interação pessoal e o respeito profissional entre os colegas no
ambiente de trabalho, que asseguram o melhor espaço para as compreensões e os bons
resultados.


       Existem múltiplas fontes de possíveis evidências para a avaliação do desempenho do
corpo docente, que podem ser consideradas para analisar a qualidade de desempenho do corpo
docente. Mas é importante a necessidade de serem coletadas apenas evidências fidedignas e
de se conseguir que os docentes aceitem a importância e a credibilidade das evidências
reunidas.


       Exemplificamos, a seguir, possíveis evidências para a avaliação do desempenho do
corpo docente. Incluem: o indivíduo, seus colegas, administradores da instituição , alunos,
especialistas em aperfeiçoamento docente, colegas de profissão e disciplina, ex-alunos e
outros. Existem muitos métodos e técnicas – escalas de classificação, observações,
entrevistas, opiniões por escrito, medidas de excelência, qualidade e impacto, fitas de
vídeo/áudio, registros de trabalhos produzidos e porfólios, entre outros.


       Através de pesquisas realizadas, vários autores concluíram que a capacidade do
professor em se expressar é um importante aspecto do comportamento que pode ser usado
para aumentar a aprendizagem do aluno.


       Como afirma a Professora Eda C. B. M. de Sousa, “os docentes têm recebido muito
pouca preparação para o desempenho de suas funções. É preciso que esta preparação mereça
um cuidado especial e que os administradores também recebam o benefício de uma melhor
31



preparação para o desempenho importante, pois a nossa percepção é a de que para melhorar o
ensino é preciso trabalhar com professores, administradores e alunos”.


       Finalmente, acreditamos que, dado o necessário suporte institucional, é o professor,
individualmente, que será, em última análise, o responsável pela quantidade e qualidade do
processo ensino-aprendizagem.


       É extremamente importante desenvolver a consciência do professor a respeito de sua
própria filosofia, objetivos, estilos de ensino, e também aumentar a sua formalidade e
flexibilidade no emprego de métodos alternativos para alcançar seus objetivos. Isso tudo tem
que ter por base em ambiente centrado no aluno, por quem o professor é incentivado a se
interessar e a ter prazer na interação com ele.


       É necessário ressaltar, contudo, que os professores não muda sua maneira de ensinar, a
menos que eles assim o queiram, que tenham oportunidade e sejam ajudados a encontrar
meios para manter as novas atitudes, comportamentos e métodos.


       Devemos ressaltar que a avaliação deve ter uma concepção de avaliação presente em
todas as fases de atividades profissionais e, mais do que presente, sendo provocadora do seu
desenvolvimento, ao denominá-la de avaliação para o desenvolvimento, Paltton 1994, 1997
(developmental avaliation), na medida em que envolvem um trabalho em movimento,
dinâmico, com um programa para contínuo aperfeiçoamento. Nessa concepção, o avaliador é
parte de uma equipe, cujos membros colaboram para conceitualizar, planejar e trabalhar novas
abordagens, num processo permanente de aperfeiçoamento, adaptação e mudança.


       O crescimento acadêmico se presta mais à avaliação, muito embora as evidências da
qualidade não sejam tão diretas como na pesquisa. Os professores podem informar com
facilidade que tipos de atividades têm se dedicado para aprimorar sua eficácia como membro
do corpo docente, de serviço ou extensão. Eles têm condições de julgar o grau de qualidade de
suas realizações.


       A extensão na universidade brasileira, seja qual for à área de conhecimento, abre um
espaço substancial de ação concreta generalizada de intervenção pedagógica, médica, técnica,
social, cultural ou outra, no ensino fundamental e no ensino médio, com prolongamento de
32



outros setores correlatos. É um critério significativo de avaliação da extensão, o compromisso
do ensino superior com outras instâncias do sistema educacional.


       Existe um vasto campo de ação para o serviço ou extensão em instituições de ensino
superior. Podem-se desenvolver práticas que inspirem um ensino mais autêntico,
comprometido com o bem-estar e desenvolvimento da comunidade e mesmo para a orientação
de novas pesquisas.
               Esta interação é importante para avaliar o corpo docente, a qual não é a mesma
para cada professor, dependendo da ênfase que se dê a cada papel e de acordo com as
potencialidades e o interesse de cada um. E é importante descobrir o valor de cada interação.
       É importante atentar ao aspecto da comunicação que deve ser tratado com muita
seriedade, pelo agravante das repercussões negativas como: depressões, desânimo, perda de
auto-estima, entre outros.


       A utilização dos resultados da avaliação é a culminância do processo, a comunicação
desses resultados é crucial em termos do que informamos e como o fazemos.


       O sucesso da comunicação vai depender da atenção voltada para o verdadeiro contexto
da avaliação, do envolvimento dos interessados em todas as etapas do processo avaliativo, da
clareza de linguagem, da informação dada a tempo de ser útil e da adequada dosagem de
aspectos positivos e negativos.


       Avaliar/comunicar não são descobrimentos e fracassos, ferindo todos ao princípio de
uma avaliação verdadeira e todas as virtudes de um avaliador competente.


       Devem-se       comunicar   os   resultados   com   a   intenção   de   aperfeiçoamento,
transformação, seja do professor, do aluno, do curso ou da instituição. Dar oportunidade ao
avaliando de recolher suas potencialidades, para ter o necessário equilíbrio para entender e
corrigir suas falhas. Sua auto estima preservada e fortalecida, ajudando-o a processar a crítica
com maturidade emocional para levantar-se na dificuldade e não se envaidecer no sucesso,
mas sempre buscando o aperfeiçoamento.


       A metáfora criada por Patton (1982. P. 138) aqui sintetizada, exemplifica
brilhantemente a comunicação e sua importância.
33




       Programas como pessoas
                 usam máscaras.
                 O papel do avaliador
                 é levantar o véu do programa e
                 tirar a máscara do programa
                 o tempo suficiente para que as pessoas
                 envolvidas vejam o que está por detrás.
                 Elas podem gostar do que vêem
                 podem ficar assustadas com o que vêem
                 podem se recusar a ver...
                 Mas uma escolha deveria ser
                 colocar a máscara de volta
                 exatamente onde estava.
                 Isso significa que
                 ao tirar a máscara de um programa
                 o avaliador precisa ser extremamente cuidadoso
                 para não rasgá-la em pedaços.


       3.1. Avaliação da docência por estudantes


       A questão ética é extremamente importante. Os alunos devem saber, desde o início,
que a avaliação que irão fazer deverá servir para ajudar o professor a melhorar seu
comportamento na sala de aula.


       Apenas o professor deve receber o resultado da avaliação dos alunos, e ela deve ser
vista como “feedback” para melhorar os pontos fracos do seu comportamento e reforçar os
pontos fortes.


       A estratégia de pedir aos alunos para avaliarem seus professores pode se tornar
excelente para melhorar o trabalho do professor na sala de aula, se, associando ao trabalho de
avaliação, se fizer um programa de melhoria da qualidade do ensino, em que o professor é
ajudado nos pontos fracos, identificados na avaliação. A avaliação da docência por estudantes
é um assunto complexo, no entanto, esta avaliação é apenas um ponto a considerar na
34



avaliação do desempenho de um professor. Avaliar a qualidade do ensino é uma tarefa por
demais difícil e complexada para basear-se unicamente na opinião dos alunos. Por outro lado
é difícil conceber-se uma avaliação da qualidade do ensino sem levar em conta o que pensam
os alunos, pois eles constituem a audiência para qual o ensino é dirigido.


       A avaliação da docência por estudantes é comum e outros países e vem ganhando
espaço nas universidades brasileiras.


       BERGAMINI (1992, p. 6) salienta a inexistência de um modelo ideal de instrumento
para a avaliação didática. Entretanto, considera a avaliação docente necessária, e que esta
deve ser feita pelos alunos.


       Para MOREIRA,


       Avaliar a qualidade do ensino é uma tarefa por demais difícil e complicada para
basear-se unicamente na opinião do aluno. Por outro lado, é difícil conceber-se uma
avaliação da qualidade do ensino sem levar em conta o que pensam os alunos, pois eles
constituem a audiência para o qual o ensino é dirigido. (1980, p.4)


       No parecer de APODAKA e outros (1990, p. 329), a opinião dos alunos sobre os
professores é o melhor indicador de avaliação docente, mesmo que não seja perfeito. Para
TEJEDOR e MONTEIRO (1990, p. 629), a avaliação do professor pelos alunos estimula a
melhora da qualidade do ensino universitário. APODAKA e outros, referindo-se ao assunto,
dizem que:


       En definitiva, la opinión de los alumnos sobre sus professores há demonstrado ser el
indicador com mayores garantias en cuanto a estabilidad, consistencia, discriminancia y
validez. Esto no puede hacer olvidar que dicha fuente puede dar información sólo de
determinados aspectos de la labor del profesor y en concreto de la conducta del profesor en
el aula. Para uma avaluación adecuada de la docencia en general y del profesorado en
particular son precisos un mayor número de fuentes de información e indicadores que deben
evaluar también los factores contextuales en que se desarrola la docencia. (1990, p. 330)
35



       O ensino é planejado e dirigido para o aluno. Ele, sujeito do processo, que, na
convivência direta, observa, analisa, critica e compara o desempenho do professor, não se
constitui o único, mas, certamente, o mais valioso recurso que a universidade tem para emitir
um juízo de valores sobre o docente. Sem dúvida, ao aluno cabe um papel de fundamental
importância na avaliação do desempenho do professor universitário.


       Os alunos do ensino superior possuem condições de avaliar uma série de desempenhos
do professor, porém, determinados aspectos, quando avaliados por eles, carecem de
credibilidade.


       Para      AHUMADA ACEVEDO (1992, p. 51), a avaliação do professor por seus
alunos se constitui numa das formas mais tradicionais e utilizadas de avaliação da eficiência
docente. Essa área tem sido bastante investigada e há uma série de contradições em suas
conclusões. Por um lado, reconhece-se nesse procedimento uma alta validade e fidelidade. Por
outro, considera-se o aluno incompetente e incapaz de opinar sobre tão delicado tema. Na
verdade, o aluno não é capaz de avaliar aspectos ligados à preparação das aulas, adequações
dos objetivos e princípios de uma disciplina. Ele está apto a opinar sobre clareza das
explicitações, participação e interação, motivação, metodologia utilizada na sala de aula,
sistema de avaliação.


       CASTRO é de opinião que:


       Os alunos captam bem a dedicação dos professores, o seu empenho em sala de aula e
a excelência de sua pedagogia. Sua liderança, sua capacidade para motivá-los não passam
tampouco despercebidas. Contudo, têm também suas limitações. Favorecem o professor
simpático, mas que pouco ensina. Prejudicam o professor duro, secarrão, mas que acaba
fazendo os alunos aprenderem. (1991, p. 13)


       4. PROPOSTA METODOLÓGICA


       Nossa proposta para avaliação do corpo docente do Campus Universitário de
Miracema do Tocantins iniciaria com um sistema objetivo de pontuação. A finalidade é
fornecer um meio de auto-avaliação e comparação. Acreditamos serem importantes critérios
quantitativos no processo.
36




       A pontuação mínima, visada como padrão, será discutida com o grupo, devendo
representar um patamar de realizações acessível a todos e manter o grupo coeso.


       O critério tempo de trabalho não será critério de avaliação, será atribuído um valor
mínimo esperado. Este valor total mínimo será dividido entre ensino, pesquisa e/ou extensão.
Exemplo: atribuindo um valor aleatório com o patamar em 800, espera-se do docente comum
400 pontos para ensino e 400 pontos na pesquisa e/ou extensão como valores-base. Do
administrador espera-se 200 no ensino, uma vez que ele costuma ter sua carga horária didática
reduzida, 200 na pesquisa e/ou extensão e 200 na administração.


       Será discutido, em grupo, a lista de itens ou critérios de desempenho que definem a
ponderação em um sistema dinâmico no sentido de que a pontuação atribuída a cada tarefa é
função do incentivo que o grupo deseja criar. Mudando as prioridades, mudarão os incentivos
e com eles a pontuação relativa das tarefas.


       Exemplificaremos uma proposta que será levada à discussão do grupo, em que os
objetivos são:
            Quantificar o desempenho mínimo esperado dos indivíduos;
            Incentivar atividades benéficas e prioritárias para o grupo;
            Proporcionar a cada um, o meio de auto-avaliação;
            Incentivar os indivíduos e o grupo na melhoria dos resultados do seu trabalho.


       Depois do sistema objetivo de pontuação (Proposta 01), haverá um questionário de
auto-avaliação do professor (Proposta 02) e um questionário de avaliação do aluno (Proposta
03).
37



PROPOSTA 01

Formulário para Avaliação Docente
Universidade: .............................................. Campus: ......................................
Nome: ................................................................................................................
Regime de trabalho: ....................................... Semestre: .................................


1. ENSINO                                                                                                                        P
                                                                                           P        1      2       3     4   5   x
                                                                                                                                 N
1.1.        Aula                                                                           2
1.2.        Preparação de disciplina (antiga)                                              2
1.3.        Preparação de disciplina (nova)                                                2
1.4.        Atendimento ao aluno                                                           3
1.5.        Orientação de estágio                                                          4
1.6.        Orientação de IC                                                               4
1.7.        Participação em reunião da Congregação                                         2
1.8.        Orientação de teses, monografias, projetos                                     5
1.9.        Correção de teses, monografias, projetos                                       3
1.10.       Participação em bancas de IC                                                   3
TOTAL DE ENSINO                                                                            30             MÉDIA
                                                                                                     PONDERADA




2. PESQUISA                                                                                                                      P
                                                                                           P        1      2       3     4   5   x
                                                                                                                                 N
2.1.        Documentos              comprobatórios                de      produção 2
            científica não divulgada
2.2.        Afastamento para cursar PG stricto sensu                                       5
2.3.        Assistir a curso de especialização de 360h                                     4
2.4.        Assistir a curso de aperfeiçoamento de 180h                                    3
2.5.        Publicação em revistas                                                         5
38



2.6.    Apresentação de trabalho em reunião                 2
2.7.    Apresentação         de       trabalho    científico 3
        interinstitucional
2.8.    Apresentação de trabalho em reunião científica 3
        nacional
2.9.    Participação passiva em reunião científica          2
2.10.   Participação   em banca de          júri (mestrado, 5
        doutorado, concursos, etc.)
2.11.   Publicação de livros                                5
2.12.   Divulgação de apostila                              2
2.13.   Preparação e defesa de tese de mestrado             4
2.14.   Preparação e defesa de tese de doutorado            5
TOTAL DA PESQUISA                                            50       MÉDIA
                                                                  PONDERADA




3. EXTENSÃO                                                                           P
                                                            P     1   2   3   4   5   x
                                                                                      N
3.1.    Curso ministrado                                    5
3.2.    Palestra proferida                                  2
3.3.    Consultoria prestada                                2
3.4.    Atividade oficial em entidade de classe             1
TOTAL DE EXTENSÃO                                           10        MÉDIA
                                                                  PONDERADA




4. ADMINISTRAÇÃO                                                                      P
                                                            P     1   2   3   4   5   x
                                                                                      N
4.1.    Diretor                                             5
4.2.    Coordenador de Curso                                4
39



4.3.       Coordenação Interna                                3
4.4.       Participação em Comissões                          3
TOTAL DE ADMINISTRAÇÃO                                        15     MÉDIA
                                                                   PONDERADA
Legenda:
NOTAS: 1 Ruim, 2 Regular, 3 Bom, 4 Ótimo, 5 Excelente.
P PESO, N NOTA.
40



PROPOSTA 02
                                      AUTO-AVALIAÇÃO DO PROFESSOR


Nome do Professor:...........................................................................................
Congregação:.....................................................................................................
Disciplina(s) ministrada(s):...............................................................................


I – Responda às questões, assinalando com um X, na coluna à direita, a letra correspondente à
sua opção.
A – Totalmente
B – Parcialmente
C – Nunca


1. As disciplinas ministradas por você são de sua preferência?
          ( )A                  ( )B                    ( )C


2. As disciplinas por você ministradas foi escolha sua?
          ( )A                  ( )B                    ( )C


3. Em suas disciplinas, você trabalha a parte teórica, fundamental e possibilita sua utilização
     em atividades práticas?
          ( )A                  ( )B                    ( )C


4. Durante o desenvolvimento das disciplinas, são relacionados os objetivos inicialmente
     propostos com os conteúdos trabalhados?
          ( )A                  ( )B                    ( )C


5. Em suas aulas, há incentivo à participação, discussão e expressão de idéias?
          ( )A                  ( )B                    ( )C


6. Estimula os alunos a buscarem soluções alternativas para os problemas pertinentes à
     disciplina?
          ( )A                  ( )B                    ( )C
41



7. Durante suas aulas, mantém o clima de respeito mútuo?
       ( )A           ( )B           ( )C


8. Você incentiva seus alunos à utilização de conhecimento de outras áreas para melhor
   compreensão dos conteúdos desta disciplina?
       ( )A           ( )B           ( )C


9. Você demonstra domínio do conteúdo de todas suas disciplinas?
       ( )A           ( )B           ( )C


10. Você está permanentemente atualizado?
       ( )A           ( )B           ( )C


11. Você se comunica de forma clara e objetiva?
       ( )A           ( )B           ( )C


12. Você diversifica suas técnicas de ensino e recursos didáticos (audiovisuais, experimentos,
   visitas, etc.)?
       ( )A           ( )B           ( )C


13. Você replaneja os objetivos e a metodologia quando há uma maior dificuldade na
   aprendizagem de certos conteúdos?
       ( )A           ( )B           ( )C


14. Você é pontual?
       ( )A           ( )B           ( )C


15. Você é assíduo?
       ( )A           ( )B           ( )C


16. Você cumpre o planejamento previamente estabelecido em todas as disciplinas?
       ( )A           ( )B           ( )C


17. Em sua estratégia de ensino exige do aluno a utilização de bibliografia recomendada?
42



       ( )A           ( )B            ( )C


18. Em suas avaliações aborda os objetivos e conteúdos desenvolvidos na disciplina?
       ( )A           ( )B            ( )C


19. As avaliações são variadas no decorrer do semestre letivo?
       ( )A           ( )B            ( )C


20. Você discute o resultado das avaliações com seus alunos?
       ( )A           ( )B            ( )C


21. Em suas disciplinas leva a perceber um desenvolvimento significativo nos seus
   conhecimentos?
       ( )A           ( )B            ( )C


22. Você utiliza atividades práticas que contribuem para a aprendizagem do aluno?
       ( )A           ( )B            ( )C


23. Realiza atividades práticas em ambientes especiais (laboratórios, oficinas, campos, etc.)?
       ( )A           ( )B            ( )C


24. As atividades extraclasse são desenvolvidas em suas disciplinas?
       ( )A           ( )B            ( )C


25. Apresenta em suas disciplinas a perspectiva de produzir e ampliar o conhecimento, além
   de transmiti-lo?
       ( )A           ( )B            ( )C


26. Complementa o ensino de suas disciplinas com utilização de pesquisas/artigos recentes?
       ( )A           ( )B            ( )C


27. Considera seu desempenho de bom nível?
       ( )A           ( )B            ( )C
43



28. Demonstram interesse, gosto e entusiasmo pelo ensino de suas disciplinas?
       ( )A           ( )B           ( )C


29. Seus procedimentos de avaliação são de agrado da turma?
       ( )A           ( )B           ( )C


II – No caso de alguma de suas disciplinas serem desenvolvida sob a forma de estágio
curricular responda às questões de 30 a 38, assinalando X correspondente à sua opção.
A – Totalmente
B – Parcialmente
C – Nunca


       No estágio curricular (em suas disciplinas) você oferece condições para representar
uma complementação na formação acadêmica:


30.Na organização.
       ( )A           ( )B           ( )C


31.Na adequação.
       ( )A           ( )B           ( )C


32.Nas observações em sala.
       ( )A           ( )B           ( )C


33. No incentivo e sugestões.
       ( )A           ( )B           ( )C


34.Nas críticas construtivas.
       ( )A           ( )B           ( )C


35.Nas reuniões após as aulas observadas.
       ( )A           ( )B           ( )C


36.Despertando a consciência profissional.
44



       ( )A           ( )B            ( )C


37.Orientando os alunos nos relatórios do estágio.
       ( )A           ( )B            ( )C


38.Nos horários reservados ao estágio, sempre disponível e receptivo.
       ( )A           ( )B            ( )C
       Espaço aberto para uma auto-avaliação, considerando seu desempenho.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
45



PROPOSTA 03

Avaliação do Desempenho Docente sob a Ótica do Discente

Questionário do aluno
          Prezado aluno,


          Este é um instrumento de coleta de dados para o levantamento do perfil dos docentes
do Campus Universitário de Guaraí, da Fundação Universidade do Tocantins. Tem por
objetivo avaliar o corpo docente, objetivando a melhoria da qualidade do ensino e o
crescimento profissional.


O questionário está estruturado da seguinte forma:
BLOCO I – refere-se aos seus dados pessoais e da disciplina.
BLOCO II – refere-se à disciplina, ao professor, às estratégias de ensino, à aprendizagem e
ao sistema de avaliação.
BLOCO III – refere-se à avaliação de disciplinas de estágio. Só deverá ser respondida se for
o seu caso.


Por último, reservamos um espaço aberto a informações adicionais sobre o desenvolvimento
da disciplina e desempenho do professor.


LEMBRAMOS AINDA!
          A cada questão você deverá assinalar apenas uma opção.
          O sigilo de suas informações será preservado dentro dos padrões éticos da Pesquisa.




BLOCO I – Responda e/ou assinale com X a sua opção.


1. Curso:...........................................................................
2. Nome da disciplina:.....................................................
3. Ano ou Semestre:........................................................
4. Atividade Profissional:
  Exerce atividade profissional relacionada ao curso em realização........ A( )
46



 Exerce atividade profissional não relacionada ao curso em realização.. B( )
 Não exerce nenhuma atividade profissional .......................................... C( )


BLOCO II – Responda às questões de número 5 a 35 assinalando com um X, na coluna à
direita, a letra correspondente à sua opção, de acordo com a seguinte escala:
A – Concordo totalmente
B – Concordo parcialmente
C – Indeciso
D – Discordo parcialmente
E – Discordo totalmente


5. Você considera esta disciplina importante para sua formação profissional.
       ( )A              ( )B             ( )C             ( )D              ( )E


6. O enfoque teórico trabalhado na disciplina fundamenta e possibilita a sua utilização em
   atividades práticas.
       ( )A              ( )B             ( )C             ( )D              ( )E


7. A seqüência dos conteúdos apresenta-se de forma adequada.
       ( )A              ( )B             ( )C             ( )D              ( )E


8. A carga horária da disciplina é suficiente.
       ( )A              ( )B             ( )C             ( )D              ( )E


9. Durante o desenvolvimento da disciplina, são relacionados os objetivos inicialmente
   propostos com os conteúdos trabalhados.
       ( )A              ( )B             ( )C             ( )D              ( )E


10. Nas aulas desta disciplina há incentivo à participação, discussão e expressão de idéias.
       ( )A              ( )B             ( )C             ( )D              ( )E


11. O professor estimula os alunos a buscarem soluções alternativas para os problemas
   pertinentes à disciplina.
       ( )A              ( )B             ( )C             ( )D              ( )E
47




12. Durante as aulas, o professor mantém um clima de respeito mútuo.
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E


13. Durante as aulas, há incentivo à utilização de conhecimento de outras áreas para melhor
   compreensão dos conteúdos desta disciplina.
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E


14. O professor demonstra ter domínio do conteúdo da disciplina.
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E


15. O professor demonstra estar permanentemente atualizado.
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E


16. O professor procura comunicar-se de forma clara e objetiva.
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E


17. Há diversificação de técnicas de ensino e recursos didáticos (audiovisuais, experimentos,
   visitas, etc.) nas aulas desta disciplina
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E


18. O professor replaneja os objetivos e a metodologia quando há uma maior dificuldade na
   aprendizagem de certos conteúdos.
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E


19. O professor é pontual.
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E


20. O professor é assíduo.
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E


21. O professor cumpre o planejamento previamente estabelecido para a disciplina.
       ( )A           ( )B            ( )C        ( )D             ( )E
48



22. As estratégias de ensino exigem do aluno a utilização de bibliografia recomendada.
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E


23. As avaliações realizadas abordam os objetivos e conteúdos desenvolvidos na disciplina.
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E


24. As avaliações são variadas no decorrer do semestre letivo.
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E


25. O professor discute o resultado das avaliações com os alunos.
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E


26. Através desta disciplina, o professor procura levar o aluno a perceber um desenvolvimento
   significativo nos seus conhecimentos.
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E


27. [Nesta disciplina são adotadas atividades práticas que contribuem significativamente para
   sua aprendizagem.]
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E


28. As atividades práticas realizadas em ambientes especiais (laboratórios, oficinas, etc.) são
   fundamentais para aprendizagem dos conteúdos desta disciplina.
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E


29. Nesta disciplina são desenvolvidas atividades extraclasse.
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E


30. As atividades extraclasse, desenvolvidas nesta disciplina, são importantes para
   complementar a sua aprendizagem.
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E


31. A disciplina apresenta a perspectiva de produzir e ampliar o conhecimento, além de
   transmiti-lo.
       ( )A           ( )B           ( )C           ( )D            ( )E
49




32. O professor, no desenvolvimento da disciplina, utiliza-se de pesquisas/artigos recentes
   para complementar o ensino.
       ( )A           ( )B          ( )C           ( )D           ( )E


33. O professor demonstra interesse, gosto e entusiasmo pelo ensino de sua disciplina.
       ( )A           ( )B          ( )C           ( )D           ( )E


34. Os procedimentos de avaliação do professor são de agrado da turma.
       ( )A           ( )B          ( )C           ( )D           ( )E


35. O desempenho do professor nesta disciplina é considerado de bom nível.
       ( )A           ( )B          ( )C           ( )D           ( )E
LOCO III – No caso da disciplina ser desenvolvida sob a forma de estágio curricular,
responda às questões de número 36 a 44, assinalando um X, na coluna à direita, a letra
correspondente à sua opção.
A – Concordo totalmente
B – concordo parcialmente
C – indeciso
D – discordo parcialmente
E – discordo totalmente


       O professor, em seu estágio curricular, oferece condições que representam uma
complementação na formação acadêmica:


36.Na organização.
       ( )A           ( )B          ( )C           ( )D           ( )E


37.Na adequação do estágio.
       ( )A           ( )B          ( )C           ( )D           ( )E


38.Nas observações em sala.
       ( )A           ( )B          ( )C           ( )D           ( )E
50



39.No incentivo e sugestões.
       ( )A           ( )B          ( )C             ( )D        ( )E


40.Nas críticas construtivas.
       ( )A           ( )B          ( )C             ( )D        ( )E


41.Nas reuniões após as aulas observadas.
       ( )A           ( )B          ( )C             ( )D        ( )E


42.Despertando a consciência profissional.
       ( )A           ( )B          ( )C             ( )D        ( )E


43.Orientando os alunos nos relatórios do estágio.
       ( )A           ( )B          ( )C             ( )D        ( )E


44.Nos horários reservados ao estágio sempre disponível e receptivo.
       ( )A           ( )B          ( )C             ( )D        ( )E




Espaço aberto para uma auto avaliação do aluno, considerando seu desempenho
(responsabilidade, participação, assiduidade, esforço intelectual, criatividade, criticidade,
iniciativa, relacionamento com professores e demais alunos, entre outros.). Desenvolvimento
das disciplinas e desempenho do professor, ou esclarecimento de alguma questão.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
51



       CONCLUSÃO


       Diante das pesquisas, observações e reflexões teóricas, é inquestionável a necessidade
da avaliação docente para melhorar a qualidade de ensino e proporcionar o crescimento
profissional do professor.


       Acreditamos que os instrumentos propostos, além de avaliar os docentes, incentivarão
à diversificação de suas atitudes, levando-os a um trabalho com maior responsabilidade e
criatividade.


       O uso do instrumento (Proposta 01), dará oportunidade ao professor demonstrar sua
capacidade produtiva, valorizando todo trabalho por ele executado.


       Além disso, a avaliação será uma forma de conscientizá-lo de que o mundo está se
transformando em mudando numa velocidade vertiginosa com novas e avançadas tecnologias,
onde quem não conseguir acompanhar ficará “obsoleto”. Por isso, há necessidade de
inovações, novos comportamentos e métodos pedagógicos, pois o professor sendo receptivo
às mudanças, tem oportunidade de crescer profissionalmente e como cidadão.


       Ficou claro, também, durante a realização deste trabalho, a necessidade        de um
segundo momento de avaliação em todos os segmentos do Campus Universitário de
Miracema do Tocantins para a conscientização coletiva sobre a melhoria do desempenho e
eficiência profissional.


       É extremamente importante aumentar a consciência do professor a respeito de sua
própria filosofia, objetivos, estilos de ensino e também aumentar sua familiaridade e
flexibilidade no emprego de métodos alternativos para alcançar seus objetivos. Isso tudo tem
que ter por base um ambiente centrado no acadêmico, onde o professor é incentivado a se
interessar pelos seus alunos e a ter prazer na interação com eles.


       Finalmente, acreditamos que dado o necessário suporte institucional é o professor
individualmente que será em última análise, o responsável pela quantidade e qualidade da
melhoria do processo ensino/aprendizagem.
52



       REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


       CUNHA, Maria I. da. A aula universitária: inovação e pesquisa. In ENCONTRO
NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 8., 1996, Florianópolis. Anais...
Florianópolis - SC: UFSC, 1996. P.357-62. Vol. 2: Formação e profissionalização do
educador.


       DEPRESBITERIS, Léa. O desafio da avaliação da aprendizagem: dos fundamentos
a uma proposta inovadora. São Paulo: EPU, 1989, p. 91.


       EM ABERTO. Avaliação educacional. Brasília: INEP, Vol.15, nº 66, abr./jun. 1995.


       FEHR, Manfred, NASCIMENTO, Avilmar F. Avaliação docente: ruma à
quantificação do trabalho acadêmico. EDUCAÇÃO E FILOSOFIA. Uberlândia - MG: UFU,
Vol.5, nº 9, p. 19-24, jul./dez. 1990.


       MOREIRA, Antônio F. Barbosa (Org.). Conhecimento educacional e formação do
professor: questões atuais. Campinas - SP: Papirus, 1994, p. 138.


       O PROFISSIONAL DO ENSINO: debates sobre sua formação. CADERNO CEDES.
São Paulo: Corte, nº 17, 1989.


       OLIVEIRA, Fernando A. L. de. Algumas reflexões sobre o sistema de avaliação.
EDUCAÇÃO E FILOSOFIA. Uberlândia - MG: UFU, Vol.1, nº 2, p. 77-79, jan./jun. 1987.


       POPHAM, W. James. Avaliação educacional. Porto Alegre: Globo, 1983. Cap. 14:
Avaliação do professor: um caso especial.


       SANTOS, Lucíola L de C. P. Concepções de ensino e formação docente. In
ENCONTO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 8., 1996, Florianópolis.
Anais... Florianópolis - SC: UFSC, 1996, p. 305-310. Vol.2.: Formação e profissionalização
do educador.
Monografia   avaliação do ensino superior - universidade salgado de oliveira
Monografia   avaliação do ensino superior - universidade salgado de oliveira
Monografia   avaliação do ensino superior - universidade salgado de oliveira
Monografia   avaliação do ensino superior - universidade salgado de oliveira
Monografia   avaliação do ensino superior - universidade salgado de oliveira
Monografia   avaliação do ensino superior - universidade salgado de oliveira

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Formação recomposição da Aprendizagem
Formação recomposição da Aprendizagem Formação recomposição da Aprendizagem
Formação recomposição da Aprendizagem carmensilva723002
 
Os elementos-do-processo-de-ensino-aprendizagem-da-sala-de-aula-à-educação-me...
Os elementos-do-processo-de-ensino-aprendizagem-da-sala-de-aula-à-educação-me...Os elementos-do-processo-de-ensino-aprendizagem-da-sala-de-aula-à-educação-me...
Os elementos-do-processo-de-ensino-aprendizagem-da-sala-de-aula-à-educação-me...Maryanne Guimarães
 
Meu pré projeto joiara nara
Meu pré projeto joiara naraMeu pré projeto joiara nara
Meu pré projeto joiara narajoiramara
 
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013Terc Cre
 
Sala de aula invertida - PowerPoint
Sala de aula invertida - PowerPointSala de aula invertida - PowerPoint
Sala de aula invertida - PowerPointEmeiliberata
 
Didática dinâmica: componente para a aprendizagem ativa
Didática dinâmica: componente para a aprendizagem ativaDidática dinâmica: componente para a aprendizagem ativa
Didática dinâmica: componente para a aprendizagem ativaRosária Nakashima
 
FORMAÇÃO MONITORIA OK.ppt
FORMAÇÃO MONITORIA OK.pptFORMAÇÃO MONITORIA OK.ppt
FORMAÇÃO MONITORIA OK.pptssuserfe1df6
 
RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS.pptx
RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS.pptxRECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS.pptx
RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS.pptxEsterLeite4
 
Apresentação Tese Doutoramento
Apresentação Tese DoutoramentoApresentação Tese Doutoramento
Apresentação Tese DoutoramentoMónica Aresta
 
Aula 04 metodologia de um tcc
Aula 04   metodologia de um tccAula 04   metodologia de um tcc
Aula 04 metodologia de um tccHidematuda
 
Reunião pedagógica rosane gorges
Reunião pedagógica   rosane gorgesReunião pedagógica   rosane gorges
Reunião pedagógica rosane gorgesluannagorges
 
Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.
Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.
Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.André Fernandes Passos
 
Slide 1 formação de professores princípios e estratégias formativas
Slide 1   formação de professores princípios e estratégias formativasSlide 1   formação de professores princípios e estratégias formativas
Slide 1 formação de professores princípios e estratégias formativasShirley Lauria
 
Coordenador pedagógico processos e interações
Coordenador pedagógico processos e interaçõesCoordenador pedagógico processos e interações
Coordenador pedagógico processos e interaçõesRoberto Costa
 
Diretrizes curriculares nacionais
Diretrizes curriculares nacionaisDiretrizes curriculares nacionais
Diretrizes curriculares nacionaismarcaocampos
 
Pauta replanejamento julho de 2012
Pauta replanejamento julho de 2012Pauta replanejamento julho de 2012
Pauta replanejamento julho de 2012DiretorNPE
 

La actualidad más candente (20)

Formação recomposição da Aprendizagem
Formação recomposição da Aprendizagem Formação recomposição da Aprendizagem
Formação recomposição da Aprendizagem
 
Palestra Sesi Metodologias Ativas
Palestra Sesi Metodologias AtivasPalestra Sesi Metodologias Ativas
Palestra Sesi Metodologias Ativas
 
Os elementos-do-processo-de-ensino-aprendizagem-da-sala-de-aula-à-educação-me...
Os elementos-do-processo-de-ensino-aprendizagem-da-sala-de-aula-à-educação-me...Os elementos-do-processo-de-ensino-aprendizagem-da-sala-de-aula-à-educação-me...
Os elementos-do-processo-de-ensino-aprendizagem-da-sala-de-aula-à-educação-me...
 
Meu pré projeto joiara nara
Meu pré projeto joiara naraMeu pré projeto joiara nara
Meu pré projeto joiara nara
 
Resultado Psiu 2010
Resultado Psiu 2010Resultado Psiu 2010
Resultado Psiu 2010
 
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
Formação para professores alfabetizadores 19 03-2013
 
Sala de aula invertida - PowerPoint
Sala de aula invertida - PowerPointSala de aula invertida - PowerPoint
Sala de aula invertida - PowerPoint
 
SARESP 2022 LIVE.pdf
SARESP 2022 LIVE.pdfSARESP 2022 LIVE.pdf
SARESP 2022 LIVE.pdf
 
Didática dinâmica: componente para a aprendizagem ativa
Didática dinâmica: componente para a aprendizagem ativaDidática dinâmica: componente para a aprendizagem ativa
Didática dinâmica: componente para a aprendizagem ativa
 
FORMAÇÃO MONITORIA OK.ppt
FORMAÇÃO MONITORIA OK.pptFORMAÇÃO MONITORIA OK.ppt
FORMAÇÃO MONITORIA OK.ppt
 
RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS.pptx
RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS.pptxRECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS.pptx
RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS.pptx
 
Apresentação Tese Doutoramento
Apresentação Tese DoutoramentoApresentação Tese Doutoramento
Apresentação Tese Doutoramento
 
Aula 04 metodologia de um tcc
Aula 04   metodologia de um tccAula 04   metodologia de um tcc
Aula 04 metodologia de um tcc
 
Reunião pedagógica rosane gorges
Reunião pedagógica   rosane gorgesReunião pedagógica   rosane gorges
Reunião pedagógica rosane gorges
 
Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.
Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.
Relatorio estagio supervisionado I Historia 52 pag.
 
Slide 1 formação de professores princípios e estratégias formativas
Slide 1   formação de professores princípios e estratégias formativasSlide 1   formação de professores princípios e estratégias formativas
Slide 1 formação de professores princípios e estratégias formativas
 
Dissertação do Mestrado
Dissertação do MestradoDissertação do Mestrado
Dissertação do Mestrado
 
Coordenador pedagógico processos e interações
Coordenador pedagógico processos e interaçõesCoordenador pedagógico processos e interações
Coordenador pedagógico processos e interações
 
Diretrizes curriculares nacionais
Diretrizes curriculares nacionaisDiretrizes curriculares nacionais
Diretrizes curriculares nacionais
 
Pauta replanejamento julho de 2012
Pauta replanejamento julho de 2012Pauta replanejamento julho de 2012
Pauta replanejamento julho de 2012
 

Destacado

Avaliação no ensino superior
Avaliação no ensino superiorAvaliação no ensino superior
Avaliação no ensino superiormariamoura1788lulu
 
Monografia de Trabalho de Graduação apresentada ao Centro de Informátic...
Monografia  de  Trabalho  de  Graduação  apresentada ao Centro de  Informátic...Monografia  de  Trabalho  de  Graduação  apresentada ao Centro de  Informátic...
Monografia de Trabalho de Graduação apresentada ao Centro de Informátic...Andre Carvalho
 
Relatório atividades pet 2011
Relatório atividades pet  2011Relatório atividades pet  2011
Relatório atividades pet 2011Petgeologia
 
Resumo do livreto mestrado em matemática financeira - 3-2013
Resumo do livreto   mestrado em matemática financeira - 3-2013Resumo do livreto   mestrado em matemática financeira - 3-2013
Resumo do livreto mestrado em matemática financeira - 3-2013Autônomo
 
TCC - PUBLICAÇÃO E ACESSO A CONTEÚDOS 3D ATRAVÉS DA WEB: O CASO DO MUSEU3I
TCC - PUBLICAÇÃO E ACESSO A CONTEÚDOS 3D ATRAVÉS DA WEB: O CASO DO MUSEU3I TCC - PUBLICAÇÃO E ACESSO A CONTEÚDOS 3D ATRAVÉS DA WEB: O CASO DO MUSEU3I
TCC - PUBLICAÇÃO E ACESSO A CONTEÚDOS 3D ATRAVÉS DA WEB: O CASO DO MUSEU3I Eduardo de Lucena Falcão
 
TCC: FERRAMENTAS COLABORATIVAS DA WEB 2.0: uso por alunos de pós-graduação em...
TCC: FERRAMENTAS COLABORATIVAS DA WEB 2.0: uso por alunos de pós-graduação em...TCC: FERRAMENTAS COLABORATIVAS DA WEB 2.0: uso por alunos de pós-graduação em...
TCC: FERRAMENTAS COLABORATIVAS DA WEB 2.0: uso por alunos de pós-graduação em...Patricia Neubert
 
Tcc universidade gama filho - ugf
Tcc   universidade gama filho - ugfTcc   universidade gama filho - ugf
Tcc universidade gama filho - ugfBruno Guimarães
 
Evolução do uso do vidro como material na construção civil tcc
Evolução do uso do vidro como material na construção civil tccEvolução do uso do vidro como material na construção civil tcc
Evolução do uso do vidro como material na construção civil tccOrientação Acadêmica
 
Artigo metodologia no ensino da educação superior
Artigo metodologia no ensino da educação superiorArtigo metodologia no ensino da educação superior
Artigo metodologia no ensino da educação superiorR D
 
Tcc guilherme maccari corrigido
Tcc guilherme maccari corrigidoTcc guilherme maccari corrigido
Tcc guilherme maccari corrigidoMaccari123
 
Perda De Carga Transparencias
Perda De Carga TransparenciasPerda De Carga Transparencias
Perda De Carga TransparenciasDiego Lopes
 
Didatica do ensino superior
Didatica do ensino superiorDidatica do ensino superior
Didatica do ensino superiorEney Lima
 
TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...
TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...
TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...Carlla Oliveira
 

Destacado (20)

Avaliação no ensino superior
Avaliação no ensino superiorAvaliação no ensino superior
Avaliação no ensino superior
 
Monografia Carla Pedagogia 2009
Monografia Carla Pedagogia 2009Monografia Carla Pedagogia 2009
Monografia Carla Pedagogia 2009
 
Norm trab acad
Norm trab acadNorm trab acad
Norm trab acad
 
Monografia de Trabalho de Graduação apresentada ao Centro de Informátic...
Monografia  de  Trabalho  de  Graduação  apresentada ao Centro de  Informátic...Monografia  de  Trabalho  de  Graduação  apresentada ao Centro de  Informátic...
Monografia de Trabalho de Graduação apresentada ao Centro de Informátic...
 
Relatório atividades pet 2011
Relatório atividades pet  2011Relatório atividades pet  2011
Relatório atividades pet 2011
 
Resumo do livreto mestrado em matemática financeira - 3-2013
Resumo do livreto   mestrado em matemática financeira - 3-2013Resumo do livreto   mestrado em matemática financeira - 3-2013
Resumo do livreto mestrado em matemática financeira - 3-2013
 
TCC - PUBLICAÇÃO E ACESSO A CONTEÚDOS 3D ATRAVÉS DA WEB: O CASO DO MUSEU3I
TCC - PUBLICAÇÃO E ACESSO A CONTEÚDOS 3D ATRAVÉS DA WEB: O CASO DO MUSEU3I TCC - PUBLICAÇÃO E ACESSO A CONTEÚDOS 3D ATRAVÉS DA WEB: O CASO DO MUSEU3I
TCC - PUBLICAÇÃO E ACESSO A CONTEÚDOS 3D ATRAVÉS DA WEB: O CASO DO MUSEU3I
 
TCC: FERRAMENTAS COLABORATIVAS DA WEB 2.0: uso por alunos de pós-graduação em...
TCC: FERRAMENTAS COLABORATIVAS DA WEB 2.0: uso por alunos de pós-graduação em...TCC: FERRAMENTAS COLABORATIVAS DA WEB 2.0: uso por alunos de pós-graduação em...
TCC: FERRAMENTAS COLABORATIVAS DA WEB 2.0: uso por alunos de pós-graduação em...
 
Tcc universidade gama filho - ugf
Tcc   universidade gama filho - ugfTcc   universidade gama filho - ugf
Tcc universidade gama filho - ugf
 
Monografia Rita Pedagogia 2012
Monografia Rita Pedagogia 2012Monografia Rita Pedagogia 2012
Monografia Rita Pedagogia 2012
 
Evolução do uso do vidro como material na construção civil tcc
Evolução do uso do vidro como material na construção civil tccEvolução do uso do vidro como material na construção civil tcc
Evolução do uso do vidro como material na construção civil tcc
 
Artigo metodologia no ensino da educação superior
Artigo metodologia no ensino da educação superiorArtigo metodologia no ensino da educação superior
Artigo metodologia no ensino da educação superior
 
Tcc guilherme maccari corrigido
Tcc guilherme maccari corrigidoTcc guilherme maccari corrigido
Tcc guilherme maccari corrigido
 
Perda De Carga Transparencias
Perda De Carga TransparenciasPerda De Carga Transparencias
Perda De Carga Transparencias
 
TCC Lara Oliveira
TCC Lara OliveiraTCC Lara Oliveira
TCC Lara Oliveira
 
Didatica do ensino superior
Didatica do ensino superiorDidatica do ensino superior
Didatica do ensino superior
 
Modelo trabalho-normas-abnt
Modelo trabalho-normas-abntModelo trabalho-normas-abnt
Modelo trabalho-normas-abnt
 
TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...
TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...
TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...
 
TCC SLIDE DE APRESENTAÇÃO
TCC SLIDE DE APRESENTAÇÃOTCC SLIDE DE APRESENTAÇÃO
TCC SLIDE DE APRESENTAÇÃO
 
Modelo de Projeto de Pesquisa
Modelo de Projeto de PesquisaModelo de Projeto de Pesquisa
Modelo de Projeto de Pesquisa
 

Similar a Monografia avaliação do ensino superior - universidade salgado de oliveira

Maria sampaio dissertação
Maria sampaio dissertaçãoMaria sampaio dissertação
Maria sampaio dissertaçãoJesus Borges
 
Cláucia honnef dissertação_de_mestrado
Cláucia honnef dissertação_de_mestradoCláucia honnef dissertação_de_mestrado
Cláucia honnef dissertação_de_mestradoCláucia Honnef
 
Dissertacao fatima-lima-ufersa
Dissertacao fatima-lima-ufersaDissertacao fatima-lima-ufersa
Dissertacao fatima-lima-ufersaTony César
 
Formação continuada nelane de souza viana
Formação continuada  nelane de souza vianaFormação continuada  nelane de souza viana
Formação continuada nelane de souza vianaNeilane Viana
 
Formação continuada neilane de souza viana
Formação continuada  neilane de souza vianaFormação continuada  neilane de souza viana
Formação continuada neilane de souza vianaNeilane Viana
 
Prática pedagógica renovada ago 2013
Prática pedagógica renovada ago 2013Prática pedagógica renovada ago 2013
Prática pedagógica renovada ago 2013Neilane Viana
 
Princípio Fundamental da Contagem: conhecimentos de professores de Matemática...
Princípio Fundamental da Contagem: conhecimentos de professores de Matemática...Princípio Fundamental da Contagem: conhecimentos de professores de Matemática...
Princípio Fundamental da Contagem: conhecimentos de professores de Matemática...Anita Lima
 
Determinantes e significados do ingresso dos jovens no Ensino Superior: Vozes...
Determinantes e significados do ingresso dos jovens no Ensino Superior: Vozes...Determinantes e significados do ingresso dos jovens no Ensino Superior: Vozes...
Determinantes e significados do ingresso dos jovens no Ensino Superior: Vozes...Diana Aguiar Vieira
 
dissertacao_mestrado_Maria_Luiza_ final revisado
dissertacao_mestrado_Maria_Luiza_ final revisadodissertacao_mestrado_Maria_Luiza_ final revisado
dissertacao_mestrado_Maria_Luiza_ final revisadoMaria Luiza Castro
 
Apostila - Genética e Evolução
Apostila - Genética e EvoluçãoApostila - Genética e Evolução
Apostila - Genética e Evoluçãonetoalvirubro
 
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...Zita Pestana Correia Cardoso
 
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...Zita Pestana Correia Cardoso
 
Apresent sobre o encerramento curso
Apresent sobre o encerramento cursoApresent sobre o encerramento curso
Apresent sobre o encerramento cursoMaria Do Carmo Souza
 
Apresent sobre o encerramento curso
Apresent sobre o encerramento cursoApresent sobre o encerramento curso
Apresent sobre o encerramento cursoMaria Do Carmo Souza
 

Similar a Monografia avaliação do ensino superior - universidade salgado de oliveira (20)

Maria sampaio dissertação
Maria sampaio dissertaçãoMaria sampaio dissertação
Maria sampaio dissertação
 
M teresinha
M teresinhaM teresinha
M teresinha
 
Cláucia honnef dissertação_de_mestrado
Cláucia honnef dissertação_de_mestradoCláucia honnef dissertação_de_mestrado
Cláucia honnef dissertação_de_mestrado
 
Dissertacao fatima-lima-ufersa
Dissertacao fatima-lima-ufersaDissertacao fatima-lima-ufersa
Dissertacao fatima-lima-ufersa
 
Formação continuada nelane de souza viana
Formação continuada  nelane de souza vianaFormação continuada  nelane de souza viana
Formação continuada nelane de souza viana
 
Formação continuada neilane de souza viana
Formação continuada  neilane de souza vianaFormação continuada  neilane de souza viana
Formação continuada neilane de souza viana
 
Prática pedagógica renovada ago 2013
Prática pedagógica renovada ago 2013Prática pedagógica renovada ago 2013
Prática pedagógica renovada ago 2013
 
Princípio Fundamental da Contagem: conhecimentos de professores de Matemática...
Princípio Fundamental da Contagem: conhecimentos de professores de Matemática...Princípio Fundamental da Contagem: conhecimentos de professores de Matemática...
Princípio Fundamental da Contagem: conhecimentos de professores de Matemática...
 
Tese cotidiano e otp
Tese cotidiano e otpTese cotidiano e otp
Tese cotidiano e otp
 
Determinantes e significados do ingresso dos jovens no Ensino Superior: Vozes...
Determinantes e significados do ingresso dos jovens no Ensino Superior: Vozes...Determinantes e significados do ingresso dos jovens no Ensino Superior: Vozes...
Determinantes e significados do ingresso dos jovens no Ensino Superior: Vozes...
 
dissertacao_mestrado_Maria_Luiza_ final revisado
dissertacao_mestrado_Maria_Luiza_ final revisadodissertacao_mestrado_Maria_Luiza_ final revisado
dissertacao_mestrado_Maria_Luiza_ final revisado
 
Edeil (dissertação postada)
Edeil (dissertação postada)Edeil (dissertação postada)
Edeil (dissertação postada)
 
Apostila - Genética e Evolução
Apostila - Genética e EvoluçãoApostila - Genética e Evolução
Apostila - Genética e Evolução
 
Geneticaeevolucao.apostila
 Geneticaeevolucao.apostila Geneticaeevolucao.apostila
Geneticaeevolucao.apostila
 
Dissert wanessa de castro
Dissert wanessa de castroDissert wanessa de castro
Dissert wanessa de castro
 
Dissertação de mariza conceição grassano lattari na ufsj em 2011
Dissertação de mariza conceição grassano lattari na ufsj em 2011Dissertação de mariza conceição grassano lattari na ufsj em 2011
Dissertação de mariza conceição grassano lattari na ufsj em 2011
 
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
 
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
O insucesso escolar suas causas e processos para a sua desejável erradicação ...
 
Apresent sobre o encerramento curso
Apresent sobre o encerramento cursoApresent sobre o encerramento curso
Apresent sobre o encerramento curso
 
Apresent sobre o encerramento curso
Apresent sobre o encerramento cursoApresent sobre o encerramento curso
Apresent sobre o encerramento curso
 

Más de marioferreiraneto

Resenha critica do filme o clube do imperador
Resenha critica do filme   o clube do imperadorResenha critica do filme   o clube do imperador
Resenha critica do filme o clube do imperadormarioferreiraneto
 
Resenha critica do filme o clube do imperador
Resenha critica do filme   o clube do imperadorResenha critica do filme   o clube do imperador
Resenha critica do filme o clube do imperadormarioferreiraneto
 
Artigo responsabilidade civil na relação consumerista-fonercedor e consumidor
Artigo   responsabilidade civil na relação consumerista-fonercedor e consumidorArtigo   responsabilidade civil na relação consumerista-fonercedor e consumidor
Artigo responsabilidade civil na relação consumerista-fonercedor e consumidormarioferreiraneto
 
Respostas das questões do livro texto
Respostas das questões do livro textoRespostas das questões do livro texto
Respostas das questões do livro textomarioferreiraneto
 
Resumo do livreto mestrado em matemática financeira - 3-2013
Resumo do livreto   mestrado em matemática financeira - 3-2013Resumo do livreto   mestrado em matemática financeira - 3-2013
Resumo do livreto mestrado em matemática financeira - 3-2013marioferreiraneto
 
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeira
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeiraFórmulas e nomenclaturas de matemática financeira
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeiramarioferreiraneto
 
Fórmulas estatística - medidas - central e dispersão
Fórmulas   estatística - medidas - central e dispersãoFórmulas   estatística - medidas - central e dispersão
Fórmulas estatística - medidas - central e dispersãomarioferreiraneto
 
Monografia virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
Monografia   virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...Monografia   virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
Monografia virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...marioferreiraneto
 
Artigo a história da inflação e dos juros no brasil
Artigo a história da inflação e dos juros no brasilArtigo a história da inflação e dos juros no brasil
Artigo a história da inflação e dos juros no brasilmarioferreiraneto
 
Artigo redes sociais - influencias - mário e yasmim
Artigo   redes sociais - influencias - mário e yasmimArtigo   redes sociais - influencias - mário e yasmim
Artigo redes sociais - influencias - mário e yasmimmarioferreiraneto
 
Artigo importância da nova sistemática para dfc
Artigo   importância da nova sistemática para dfcArtigo   importância da nova sistemática para dfc
Artigo importância da nova sistemática para dfcmarioferreiraneto
 
Artigo impacto - cm - jm - mm
Artigo   impacto - cm - jm - mmArtigo   impacto - cm - jm - mm
Artigo impacto - cm - jm - mmmarioferreiraneto
 
Artigo criminalidade e direitos humanos
Artigo   criminalidade e direitos humanosArtigo   criminalidade e direitos humanos
Artigo criminalidade e direitos humanosmarioferreiraneto
 
Artigo aplicação dos principios da cf na fixação da pena
Artigo   aplicação dos principios da cf na fixação da penaArtigo   aplicação dos principios da cf na fixação da pena
Artigo aplicação dos principios da cf na fixação da penamarioferreiraneto
 
Artigo como contestar uma estatistica eleitoral - palmas - 23-9-2012
Artigo   como contestar uma estatistica eleitoral - palmas - 23-9-2012Artigo   como contestar uma estatistica eleitoral - palmas - 23-9-2012
Artigo como contestar uma estatistica eleitoral - palmas - 23-9-2012marioferreiraneto
 
Artigo importância da nova sistemática para dfc
Artigo   importância da nova sistemática para dfcArtigo   importância da nova sistemática para dfc
Artigo importância da nova sistemática para dfcmarioferreiraneto
 
Artigo a importância da auditoria operacional e de gestão para as instituiç...
Artigo   a importância da auditoria operacional e de gestão para as instituiç...Artigo   a importância da auditoria operacional e de gestão para as instituiç...
Artigo a importância da auditoria operacional e de gestão para as instituiç...marioferreiraneto
 
Monografia virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
Monografia   virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...Monografia   virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
Monografia virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...marioferreiraneto
 

Más de marioferreiraneto (20)

Resenha critica do filme o clube do imperador
Resenha critica do filme   o clube do imperadorResenha critica do filme   o clube do imperador
Resenha critica do filme o clube do imperador
 
Resenha critica do filme o clube do imperador
Resenha critica do filme   o clube do imperadorResenha critica do filme   o clube do imperador
Resenha critica do filme o clube do imperador
 
Artigo responsabilidade civil na relação consumerista-fonercedor e consumidor
Artigo   responsabilidade civil na relação consumerista-fonercedor e consumidorArtigo   responsabilidade civil na relação consumerista-fonercedor e consumidor
Artigo responsabilidade civil na relação consumerista-fonercedor e consumidor
 
Respostas das questões do livro texto
Respostas das questões do livro textoRespostas das questões do livro texto
Respostas das questões do livro texto
 
Resumo do livreto mestrado em matemática financeira - 3-2013
Resumo do livreto   mestrado em matemática financeira - 3-2013Resumo do livreto   mestrado em matemática financeira - 3-2013
Resumo do livreto mestrado em matemática financeira - 3-2013
 
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeira
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeiraFórmulas e nomenclaturas de matemática financeira
Fórmulas e nomenclaturas de matemática financeira
 
Fórmulas estatística - medidas - central e dispersão
Fórmulas   estatística - medidas - central e dispersãoFórmulas   estatística - medidas - central e dispersão
Fórmulas estatística - medidas - central e dispersão
 
Monografia virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
Monografia   virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...Monografia   virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
Monografia virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
 
Artigo a história da inflação e dos juros no brasil
Artigo a história da inflação e dos juros no brasilArtigo a história da inflação e dos juros no brasil
Artigo a história da inflação e dos juros no brasil
 
Artigo redes sociais - influencias - mário e yasmim
Artigo   redes sociais - influencias - mário e yasmimArtigo   redes sociais - influencias - mário e yasmim
Artigo redes sociais - influencias - mário e yasmim
 
Artigo importância da nova sistemática para dfc
Artigo   importância da nova sistemática para dfcArtigo   importância da nova sistemática para dfc
Artigo importância da nova sistemática para dfc
 
Artigo impacto - cm - jm - mm
Artigo   impacto - cm - jm - mmArtigo   impacto - cm - jm - mm
Artigo impacto - cm - jm - mm
 
Artigo criminalidade e direitos humanos
Artigo   criminalidade e direitos humanosArtigo   criminalidade e direitos humanos
Artigo criminalidade e direitos humanos
 
Artigo aplicação dos principios da cf na fixação da pena
Artigo   aplicação dos principios da cf na fixação da penaArtigo   aplicação dos principios da cf na fixação da pena
Artigo aplicação dos principios da cf na fixação da pena
 
Artigo como contestar uma estatistica eleitoral - palmas - 23-9-2012
Artigo   como contestar uma estatistica eleitoral - palmas - 23-9-2012Artigo   como contestar uma estatistica eleitoral - palmas - 23-9-2012
Artigo como contestar uma estatistica eleitoral - palmas - 23-9-2012
 
Artigo importância da nova sistemática para dfc
Artigo   importância da nova sistemática para dfcArtigo   importância da nova sistemática para dfc
Artigo importância da nova sistemática para dfc
 
Artigo a importância da auditoria operacional e de gestão para as instituiç...
Artigo   a importância da auditoria operacional e de gestão para as instituiç...Artigo   a importância da auditoria operacional e de gestão para as instituiç...
Artigo a importância da auditoria operacional e de gestão para as instituiç...
 
Monografia virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
Monografia   virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...Monografia   virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
Monografia virtualização do processo - vantagens e desvantagens, benefícios...
 
Artigo desobediência civil
Artigo   desobediência civilArtigo   desobediência civil
Artigo desobediência civil
 
Artigo desobediência civil
Artigo   desobediência civilArtigo   desobediência civil
Artigo desobediência civil
 

Monografia avaliação do ensino superior - universidade salgado de oliveira

  • 1. UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Curso de Pós-Graduação Lato Sensu Especialização em Orientação Educacional AVALIAÇÃO DOCENTE DO CURSO DE MATEMÁTICA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MIRACEMA DO TOCANTINS – UNITINS: perspectiva de melhoria da qualidade do ensino e do crescimento profissional. DENISÁLIA ALMEIDA HEITZ ARAÚJO MÁRIO FERREIRA NETO MIRACEMA DO TOCANTINS – TO MARÇO - 2002
  • 2. 2 MÁRIO FERREIRA NETO AVALIAÇÃO DOCENTE DO CURSO DE MATEMÁTICA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MIRACEMA DO TOCANTINS – UNITINS: perspectiva de melhoria da qualidade do ensino e do crescimento profissional. Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação, lato sensu, em Orientação Educacional da Universidade Salgado de Oliveira do Rio de Janeiro como parte da nota referente à obtenção do título de pós-graduado em Orientação Educacional, sob a orientação da Professora Msc. Nilza Fernandes. MIRACEMA DO TOCANTINS – TO MARÇO - 2002
  • 3. 3 Mário Ferreira Neto AVALIAÇÃO DOCENTE DO CURSO DE MATEMÁTICA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MIRACEMA DO TOCANTINS – UNITINS: perspectiva de melhoria da qualidade do ensino e do crescimento profissional. Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação, lato sensu, em Orientação Educacional da Universidade Salgado de Oliveira do Rio de Janeiro como parte da nota referente à obtenção do título de pós-graduado em Orientação Educacional, sob a orientação da Professora Msc. Nilza Fernandes. Miracema do Tocantins – TO, março/2002. ______________________________________ Professora Msc. Nilza Fernandes Orientadora ______________________________________ 1º Examinador (a) ______________________________________ 2º Examinador (a)
  • 4. 4 AGRADECIMENTO Primeiramente ao meu Senhor e Salvador Jesus Cristo que é único digno de toda honra e louvor, pelo amor eterno e inspiração, por me conceder a oportunidade de estudar e concluir o presente trabalho, pois sem Ele nada somos e nada podemos. Deus, meu amigo fiel pela força nas horas difíceis, sei que nada estaria concretizado sem sua infinita graça, inclusive por estar me abençoado com sua misericórdia e dando-me dias melhores com intensa força espiritual e física para lutar contra o câncer (neoplasia maligna). Deus tem me iluminado todos os dias de minha vida, dando-me oportunidades de continuar vivendo para vencer o câncer. À minha mãe, Isabel Gonçalves Lima, por toda dedicação de sempre, por não ter medido esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida. Mulher de exemplo palpável, dedicação, coragem e perseverança, por me fortalecer com seu carinho e suas orações, quero lhe agradecer pelo seu esforço em me educar e ensinar a enfrentar as intempéries da vida. Ao meu pai, Délio Ferreira, que sempre me incentivou nos estudos e estivera ao meu lado, nunca deixando desanimar nos momentos difíceis. Também em parceria com minha mãe, pelo exemplo que me foi passado, porque desde criança me ensinaram o caminho da vida, que é Jesus Cristo, por todo amor dedicado a mim, sempre pensando na minha felicidade e fazendo tudo para que eu e meus irmãos tivéssemos o melhor. Aos meus irmãos: Carlos José Ferreira (Zezé), Pedro Paulo Ferreira, Maria Marta Ferreira (Marica) - in memorian, Antônio Carlos Ferreira (Tunin), Délio Ferreira Filho (Delin), Sebastião Gonçalves Ferreira (Tião) e Maria Aparecida Gonçalves Ferreira (Cida), por terem me ajudado direta ou indiretamente na elaboração deste trabalho, bem como pelo incentivo e pelas palavras amigas que não deixaram que eu desistisse deste projeto. Aos meus filhos: Yasmim Correia Ribeiro Ferreira, Yago Correia Ribeiro Ferreira, Guilherme Lopes Ferreira e Gustavo Lopes Ferreira, pelos carinhos e compreensões. Não tenho palavras para descrever suas importâncias na minha vida e nesta conquista, que são inquestionavelmente a minha alegria de viver.
  • 5. 5 À minha esposa, Mara Braga de Souza Ferreira, que sempre me apóia, estando ao meu lado nos momentos de angústias, alegrias, tristezas, frustrações, felicidades e que nunca deixou de acreditar em mim, que têm feito minha vida mais feliz a cada dia. A toda minha família (avós, pais, irmãos, filhos, esposa, tios, sobrinhos, sogro, sogra e cunhada e cunhado) por torcerem pela minha recuperação de saúde, dando-me coragem, esperança, fé e força para vencer a neoplasia maligna gástrica (câncer de estômago), cuja doença vem enfrentando desde 31 de março de 2008, quando me submeti à intervenção cirúrgica de gastrectomia total (extração total do estômago), posteriormente com a submissão às sessões de quimioterapia e radioterapia Aos professores e funcionários da Universidade Salgado de Oliveira, que sempre nos ajudou ao longo da vida acadêmica. Aos meus colegas de trabalho do Fórum da Comarca de Miranorte-TO: Cleusa Alves de Jesus, Valdemi Alves Arruda, Kassandra Araújo Oliveira Kasburg, Élcio Roberto Kasburg, Mara Núbia Santos, Sônia Maria Bezerra Ferreira, Francisco Carlos Pereira Salgado, Jefferson da Cruz, que buscaram suprir horas de ausências, pela compreensão e tolerância, que juntos percorremos um longo caminho, sobretudo pela colaboração. À professora Maria de Fátima Marques, a quem tenho muita estima e consideração, por acreditar no projeto, pela sua atenção e por ser esta pessoa maravilhosa e humana que busca sempre confortar os amigos. Aos amigos que fiz durante a vida acadêmica, especialmente à Denisália Almeida Heitz Araújo, que comigo compartilhou os bons e maus momentos, dentro e fora da Universidade, desde a graduação. À Professora Orientadora, Msc. Nilza Fernandes por ter compartilhado seus profundos conhecimentos no âmbito desta formação em Orientação Educacional, assim como o apoio, incentivo, compreensão e solicitude, imprescindíveis para a concretização desta monografia.
  • 6. 6 À Universidade Salgado de Oliveira que através de seus docentes e funcionários proporcionaram-me a oportunidade de aprimorar meus conhecimentos para desempenho de minhas atividades profissionais. Ao grande amigo, Dr. Heitor Saenger, por me incentivar e orientar, também por sempre me dizer palavras que erguem a auto-estima e faz elevar meu potencial no exercício profissional de Professor de Nível Superior de Matemática e de Contador Judicial. Por fim, agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para que esta pós- graduação fosse concretizada e mesmo não sabendo me ajudaram a enfrentar as dificuldades do dia-a-dia, especialmente aos acadêmicos do Curso de Matemática do Campus da Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS pelo apoio às minhas pesquisas que de uma forma ou de outra contribuíram para que essa obra fosse elaborada.
  • 7. 7 A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces. Aristóteles O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Immanuel Kant ... a dignidade da pessoa humana é valor supremo que atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem, desde o direito à vida. José Afonso da Silva TERMO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando à Direção, Coordenação e a Banca Examinadora da Universidade Salgado de Oliveira, de toda e qualquer responsabilidade acerca desta monografia.
  • 8. 8 RESUMO Título: Avaliação Docente Universidade do Tocantins: Perspectiva de Melhoria da Qualidade do Ensino e do Crescimento Profissional. A Universidade tem sido uma das Instituições mais visadas da contemporaneidade. Sobre ela recaem expectativas muito intensas, exigindo deste a formação profissional de qualidade até a resolução dos problemas sociais, pela pesquisa e pela extensão. As Universidades estão, hoje, determinadas a melhorar a qualidade do seu ensino. A um consenso sobre a necessidade de se oferecer aos alunos a melhora qualidade de ensino possível, uma melhor preparação como cidadãos e profissionais. O conhecimento acadêmico não é um conjunto isolado de informações, mas sim um conjunto comprometido com uma determinada visão de mundo que se manifesta no próprio processo de investigação real. Quando o conhecimento é trabalhado como processo torna-se momento dinâmico, em que a dimensão ideológica aparece por meio das diferentes alternativas de concepção de mundo. O conhecimento é trabalhado como resultado de uma série de atividades transformadoras ficando clara sua natureza social. A avaliação do desempenho docente para alcançar seu objetivo último, que é a aprendizagem do aluno, deve ter como referencial e linhas norteadoras claras e definidas. E para ser levada a cabo necessita de uma metodologia de investigação viável, fidedigna e adequada aos propósitos. PALAVRAS-CHAVE: Avaliação. Ensino. Qualidade.
  • 9. 9 JUSTIFICATIVA A Universidade tem sido uma das instituições mais visadas da contemporaneidade. Sobre ela recaem expectativas muito intensas, exigindo desde a formação profissional de qualidade até a resolução dos problemas sociais, pela pesquisa e pela extensão. O desenvolvimento da educação superior no Brasil tem sua história inteiramente articulada ao processo de formulação e execução de políticas, pensadas e estabelecidas de forma fragmentada e desconectada de um projeto viável para o desenvolvimento do país. A avaliação associada à idéia de que a universidade brasileira necessita rever seu projeto institucional, seu papel junto à sociedade foi amplamente debatido no início da década de, quando, o movimento estudantil, alguns docentes e outros segmentos sociais propugnaram por uma reforma universitária, que tentava estabelecer de forma clara um compromisso, tanto político quanto técnico-científico, com o desenvolvimento e com a transformação da sociedade brasileira. Com o advento e a expansão do movimento docente, principalmente nas instituições públicas, uma nova forma de considerar a questão é encaminhada. A partir daí, ganha destaque à preocupação com a qualidade das atividades acadêmicas sobejamente prejudicadas pela deterioração das condições de trabalho, o resultado palpável de uma política educacional, implementada desde meados dos anos em que a ênfase no acessório prejudicava a percepção essencial. Passam, então, a serem preocupações manifestadas dos educadores as propostas acerca da necessidade da redefinição do projeto político institucional, bem como a importância da análise da estrutura curricular dos cursos, das atividades de ensino, pesquisa, extensão e do desenvolvimento docente. No atual momento histórico e político, é impossível não pensar a educação como em processo educativo que se desenvolve de forma global e articulada, em que as ações concorrem para crescimento da visão de mundo dos alunos, através da compreensão da realidade, da abertura intelectual, do desenvolvimento da capacidade de interpretar e da produção do novo.
  • 10. 10 Muitas universidades estão, hoje, determinadas a melhorar a qualidade do seu ensino e há um clima extremamente favorável à introdução de mudanças e inovações. Há um consenso sobre a necessidade de se oferecer aos alunos a melhor qualidade de ensino possível, uma melhor preparação como cidadãos e profissionais. FÁVERO (1995), Universidade e estágio curricular: subsídios para discussão descrevem: Devemos lutar por uma concepção de universidade como instituição dedicada a promover o avanço do saber e do saber-fazer; ela deve ser o espaço da invenção, da descoberta, da teoria, de novos processos deve ser o lugar da pesquisa, buscando novos conhecimentos, sem preocupação imediata; deve ser o lugar da inovação, onde se persegue o emprego de tecnologias e de soluções; finalmente, deve ser âmbito da solicitação do saber na medida em que divulgar conhecimentos. Essa concepção universidade implica uma estreita relação entre ensino, pesquisa e extensão nos mais variados campos. Eximi-la de tal papel e contribuir para a deteorização da qualidade do ensino universitário no país. A busca incessante pela qualidade ou qualidade total tem se constituído, em todos os segmentos da sociedade, em um objetivo a ser alcançado, muito especialmente pelas Universidades, quer sejam elas públicas ou privadas. Neste sentido, a avaliação docente deve enfocar a qualidade do ensino, a sua contribuição e o seu significado, explorando, particu3larmente, o papel da avaliação feita pelos graduandos, como um instrumento para o crescimento e as implicações dessa avaliação para a melhoria do ensino. O tema avaliação está intimamente relacionado ao tema ensino porque a avaliação tem sido vista como um instrumento para melhorar a qualidade do ensino. Entretanto, muitas são as Universidades que estão determinadas hoje a melhorar a qualidade do seu ensino e há um clima extremamente favorável ao florescimento de inovações e à introdução de mudanças. Em grande parte das Universidades Brasileiras se busca hoje a qualidade. Parece que hoje, muito mais que no final da década de 70 e início de 80, há consenso sobre a necessidade de se oferecer aos graduandos a melhor qualidade de ensino possível, a melhor preparação como cidadãos e como profissionais.
  • 11. 11 I – TÍTULO DA MONOGRAFIA: Avaliação Docente do Curso de Matemática do Campus Universitário de Miracema do Tocantins – UNITINS: perspectiva de melhoria da qualidade do ensino e do crescimento profissional. II – ÁREA: Avaliação Docente. III – JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA: Desde 1995, quando iniciou o Curso de Matemática do Campus Universitário de Miracema do Tocantins da Fundação Universidade do Tocantins, o ensino passou por várias fases de ajustamento como: mudanças de grades, mudanças de regime (anual para semestral) capacitação do seu quadro docente. A partir do segundo semestre de 1998, por exigência da Reitoria, houve uma organização no sentido de planejar as atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. No Campus Universitário de Miracema do Tocantins, este planejamento tem sido um aprendizado compartilhado pela administração, corpo docente e uma participação ainda tímida do corpo discente. Como resultado deste planejamento, foi elaborado o Projeto Pedagógico do Campus Universitário de Miracema do Tocantins para o Curso de Matemática porque se sentiu a necessidade de uma avaliação do desempenho docente e verificar se o Planejamento Pedagógico está coeso com seus objetivos, metas e estratégias, que bem explicitadas nas políticas educacionais, determinam as condições em que o processo de ensino-aprendizagem deve ocorrer e que são considerados como padrões mínimos para a qualidade do ensino. É necessária a avaliação do desempenho do professor, visando à melhoria da qualidade do ensino e o crescimento pessoal e profissional do docente numa concepção ética que promova a autoconfiança do educador. Mostrando seus pontos fracos e fortes, suas
  • 12. 12 capacidades e dificuldades, o professor não irá simplesmente mudar sua maneira de ensinar, mas sim, oportunidade de melhorar e ajustar seu comportamento e seus métodos. IV – DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS: Objetivo Geral  Avaliar o Corpo Docente do Campus Universitário de Miracema do Tocantins, na perspectiva de melhoria da qualidade do ensino e o crescimento profissional. Objetivos Específicos  Verificar a relação entre o Projeto Pedagógico do Curso e a prática didático- pedagógica do docente;  Compreender e considerar as razões dos docentes resistirem à avaliação;  Incluir o maior número de docentes na discussão dos critérios que serão usados na avaliação;  Criar procedimentos avaliativos apropriados à realidade do Campus;  Aprimorar a sensibilidade pessoal e profissional no exercício da avaliação. V – METODOLOGIA A SER DESENVOLVIDA: A metodologia adotada para obtenção dos dados para redigir a monografia consistiu de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, sendo esta através de questionários e entrevistas dirigidas aos professore e aos graduandos. INTRODUÇÃO As Universidades querem sejam públicas ou privadas, a exemplo de outros segmentos da sociedade, têm buscado incessantemente a qualidade total. Dentro dessa perspectiva é importante, através da avaliação docente, garantir a melhoria da qualidade de ensino e o crescimento profissional, tendo como objetivos
  • 13. 13 primordiais: melhorar o desempenho do corpo docente (função formativa) e embasar decisões eqüitativas e eficientes com referência ao corpo docente (função somativa). Tendo como meta o objetivo explicitado acima é que se viu a necessidade de avaliar o corpo docente do Campus Universitário de Miracema do Tocantins, da Fundação Universidade do Tocantins, numa concepção ética que promova a autoconfiança do educando, mostrando seus pontos fracos e fortes, suas capacidades e dificuldades. O professor não irá simplesmente mudar sua maneira de ensinar, mas sim terá a oportunidade de melhorar e ajustar seu comportamento e suas técnicas e métodos. O Campus Universitário de Miracema do Tocantins foi criado, no ano de 1991, com o Curso de Administração de Empresas. O Curso de Licenciatura em Matemática se caracteriza pela Formação de Professores e foi criado na Fundação Universidade do Tocantins, através da Resolução CODIR/UNITINS/ N° 015/94, publicada no Diário Oficial n° 385, de 17 de outubro de 1994. Em 1994, foi autorizado, pela Fundação Universidade do Tocantins, o funcionamento do Curso de Matemática, iniciando suas atividades internas em janeiro 1995, em regime de matrícula anual, com 40 (quarenta) vagas e com o público-alvo, em março do mesmo ano, no epigrafado Campus, conforme quadro de ingresso por período letivo (ANEXO I). O ensino passou por várias fases de ajustamento como: mudanças de grade curricular, mudanças de regime (anual para semestral) e capacitação do seu quadro docente. Porém, a partir de 1999, adotou-se o regime semestral, mantendo-se o mesmo número de vagas. O Curso de Matemática - Licenciatura Plena – do Campus Universitário de Miracema do Tocantins foi reconhecido através do parecer nº 088/99, aprovado em 25/06/99, emitido no Processo nº 1999/2700/002277, publicado no Diário Oficial n.º 843, página 17254 em 16/09/1999. O referido curso está em seu 7º (sétimo) ano de vigência, encontra-se vinculada pedagógica, didática e administrativamente ao Campus Universitário de Miracema do Tocantins e atualmente seu corpo docente é constituído por 15 professores, sendo 05 (cinco) mestres, 01 (um) mestrando, 05 (cinco) especialistas e 04 (quatro) especializandos - entre graduados, especialistas e mestres - que participam ativamente das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
  • 14. 14 Em seu projeto de criação, o Curso de Licenciatura em Matemática do Campus Universitário de Miracema do Tocantins, previa a duração mínima de quatro anos, e máxima de sete anos, perfazendo um total de 2.856 (dois mil, oitocentos e cinqüenta e seis) horas. Sua proposta estabelecia o cumprimento de 21 (vinte e uma) disciplinas, obrigatórias e 03 (três) optativas, conforme Anexo II, sendo quatro das obrigatórias, destinadas à formação pedagógica. As disciplinas foram oferecidas para os períodos diurnos e noturnos, no sistema seriado anuais, com um total de 20 vagas para cada período letivo. Em processo gradativo, novas turmas foram ingressando, para os dois períodos letivos, mediante vestibular, ressaltando que a partir do ano de 1997, foram abertas inscrições apenas para o período noturno, para um total de 40 vagas, conforme visualização dos anexos I a V. Com o desenvolvimento do curso, o processo de discussão promovido pela presidência e membros da congregação, permitiu a reflexão sobre as atividades, às disciplinas e os conteúdos trabalhados. Assim, a estrutura curricular passou por duas alterações, respectivamente, Resolução nº 001/97 (Anexo III) e Resolução nº 001/98 (Anexo IV). As disciplinas alteradas e criadas, no ano de 1997 para implementação em 1998, foram cursadas, por parte dos alunos ingressos em 1995, na forma de disciplina optativa. Ressalta-se, contudo, que as alterações feitas durante o ano de 1998, se referem tanto a semestralização quanto ao núcleo básico de disciplinas e suas ementas, para implementação a partir deste ano de 1999. É importante enfatizar que a formação pedagógica dos licenciandos em Matemática, para esta nova proposta, integra 6 (seis) disciplinas 1. Este procedimento se fez necessário no sentido de contribuir para a construção da proposta pedagógica do curso em função dos objetivos concernentes à formação do professor de Matemática. Desta forma, neste ano de 1999, estão em vigência três estruturas curriculares: (a) para os alunos do 3º e 4º anos, (ingressos em 1996 e 1997); (b) para os alunos do 2º ano (ingressos em 1998) e (c) para os alunos do 1º ano (ingressos em 1999). 1 Em função do processo de semestralização, das seis disciplinas, três estão subdivididas em 1 e 2, a Prática de Ensino será desenvolvida em três momentos, conforme Anexo IV.
  • 15. 15 Em especial o Curso de Licenciatura em Matemática, na sua institucionalização, apresentou-se da seguinte forma:  Denominação: Curso de Licenciatura em Matemática;  Carga Horária Total: 2.580 horas;  Número de vagas anuais: 40;  Turno de funcionamento: período matutino e noturno;  Modalidade: modular;  Integralização da carga horária em anos: mínimo de 4 anos e máximo de 7anos;  Regime de matrícula: seriado anual; A estrutura curricular atualmente possui carga horária total de 2,520 horas, incluídas às 300 horas do estágio supervisionado, integralizado em um período mínimo de 08 (oito) semestres letivos e máximo de 15 (quinze) semestres, conforme aprovado pela Resolução CEE-TO nº 046/99. Em relação à estrutura física do curso – salas de aula, 1laboratório, Centro Acadêmico e auditório. A biblioteca ocupa área de 105m2, em fase de expansão. Considerando que a universidade é um espaço institucionalizado para desenvolver um trabalho com os conhecimentos produzidos pela sociedade, o Curso de Licenciatura em Matemática, consciente de seu papel no processo de formação de professores, se propõe a desempenhar o papel de auxiliar a formação do cidadão para atuar em uma sociedade em que a transição sucessiva de padrões ou regras é uma constante caracterizadora pela formação de professores. Portanto, os estímulos à investigação, à descoberta e à invenção, devem estar presentes no fazer pedagógico, considerando os conteúdos trabalhados como vivos, concretos e indissociáveis da realidade social. Com esses princípios norteadores e tendo em vista o Currículo Mínimo previsto em lei, o Curso de Licenciatura em Matemática tem por objetivos propiciar ao licenciado:  desenvolvimento de raciocínio matemático e de capacidade de abstração;
  • 16. 16  situações que lhe permitam estabelecer relações entre os conhecimentos matemáticos e adquirir habilidades de compreensão e de análise destes conhecimentos;  situações que lhe permitam articular o conhecimento matemático com a realidade social, favorecendo o desenvolvimento de uma visão crítica sobre o papel da matemática na sociedade;  desenvolvimento de habilidades didático-metodológicas que favoreçam a sua prática pedagógica com relação à disciplina de Matemática;  atividades de pesquisa e extensão necessárias à construção de conhecimentos sobre ensino-aprendizagem da Matemática, compreendendo a escola enquanto realidade concreta e inserida no contexto histórico-social.;  uma formação plurisdisciplinar, oferecendo-lhe condições necessárias para o desempenho de todas as suas atribuições profissionais. A partir de 1998, por exigência da Reitoria e necessidade dos Campi, houve uma organização no sentido de planejar melhor as atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. Este planejamento tem sido um aprendizado compartilhado pela administração, corpo docente e uma participação ainda tímida do corpo discente. Como resultado desse planejamento, foi elaborado o Projeto Pedagógico do Campus para o Curso de Matemática. Na última reunião de planejamento semestral (julho/98) e pela experiência adquirida na qualidade de acadêmico da 1ª Turma (1995 a 1998), bem como na qualidade de professor auxiliar (agosto de 2000 até o momento) no Campus por mais de cinco anos, e, participado ativamente das decisões do aludido Campus, senti-se a necessidade de uma avaliação do desempenho docente e verificar se o planejamento pedagógico está coeso com seus objetivos, metas e estratégias, que bem explicitados nas políticas educacionais, determinam as condições em que o processo de ensino-aprendizagem deve ocorrer e que são considerados como padrões mínimos para a qualidade de ensino. Entendeu-se que qualquer estratégia usada para a avaliação do corpo docente só terá êxito se os professores tiverem suas funções balizadas pelas disfunções contidas no Projeto Pedagógico do Campus, como uma maneira de garantir um processo de construção coletiva frente às necessidades e a realidade de nossa região.
  • 17. 17 1. BUSCANDO UMA MELHOR QUALIDADE DE ENSINO A Universidade tem sido uma das instituições mais visadas da contemporaneidade. Sobre ela recaem expectativas muito intensas, exigindo desde a formação profissional de qualidade até a resolução dos problemas sociais, pela pesquisa e pela extensão. O desenvolvimento da educação superior no Brasil tem sua história inteiramente articulada ao processo de formulação e execução de políticas, pensadas e estabelecidas de forma fragmentada e desconectada de um projeto viável para o desenvolvimento do país. A avaliação associada à idéia de que a universidade brasileira necessita rever seu projeto institucional, seus papéis junto à sociedade, foram amplamente debatidos no início da década de 60, quando o movimento estudantil, alguns docentes e outros segmentos sociais propugnaram por uma reforma universitária, que tentava estabelecer de forma clara um compromisso, tanto político quanto técnico-científico, com o desenvolvimento e com a transformação da sociedade brasileira. Com o advento e a expansão do movimento docente, principalmente nas instituições públicas, uma nova forma de considerar a questão é encaminhada. A partir daí, ganha destaque à preocupação com a qualidade das atividades acadêmicas sobejamente prejudicadas pela deterioração das condições de trabalho, o resultado palpável de uma política educacional implementada desde meados dos anos 70 em que a ênfase no acessório prejudicava a percepção essencial. Passam, então, a serem preocupações manifestadas dos educadores as propostas acerca da necessidade da redefinição do projeto político institucional, bem como a importância da análise da estrutura curricular dos cursos, das atividades de ensino, pesquisa, extensão e do desenvolvimento docente. A educação superior que envolve, além do ensino, também a pesquisa e a extensão, deixa de servir a certos interesses e a determinadas aspirações. Passa a ser criticada, tornando evidente a necessidade de redefinição de sua função social e científica, mediante um novo projeto pedagógico.
  • 18. 18 No atual momento histórico e político, é impossível não pensar a educação como em processo educativo que se desenvolve de forma global e articulada, em que as ações concorrem para um crescimento da visão de mundo dos alunos, através da compreensão da realidade, da abertura intelectual, do desenvolvimento da capacidade de interpretar e da produção do novo. Muitas universidades estão, hoje, determinadas a melhorar a qualidade do seu ensino e há um clima extremamente favorável à introdução de mudanças e inovações. Há um consenso sobre a necessidade de se oferecer aos alunos a melhor qualidade de ensino possível, uma melhor preparação como cidadãos e profissionais. FÁVERO (1995), Universidade e estágio curricular: subsídios para discussão, descrevem: Devemos lutar por uma concepção de universidade como instituição dedicada a promover o avanço do saber e do saber-fazer; ela deve ser o espaço da invenção, da descoberta, da teoria, de novos processos; deve ser o lugar da pesquisa, buscando novos conhecimentos, sem preocupação imediata; deve ser o lugar da inovação, onde se persegue o emprego de tecnologias e de soluções; finalmente, deve ser âmbito da socialização do saber na medida em que divulgar conhecimentos. Essa concepção de universidade implica uma estreita relação entre ensino, pesquisa e extensão nos mais variados campos. Eximi-la de tal papel e contribuir para a deteorização da qualidade do ensino universitário no país. Na literatura sobre o assunto, dentre os problemas encontrados nos cursos de licenciaturas, destacam-se: desarticulações entre o conteúdo específico trabalhado nos diferentes departamentos e a formação pedagógica oferecida pela Faculdade de Educação; precária formação teórica e prática para o exercício do magistério; falta de integração entre as diferentes disciplinas do currículo, tanto na parte de formação específica como naquela voltada para a formação pedagógica; baixo interesse pelo curso por parte de sua clientela, motivado pelo baixo salário e baixo prestígio da profissão; despreparo acadêmico da clientela, uma vez que esses cursos atraem alunos que não seriam bem sucedidos no vestibular para outros cursos mais concorridos das Universidades. Uma pesquisa realizada por Pereira (1996), na UFMG, envolvendo alunos e professores de curso de bacharelado e licenciaturas revela que o ensino é visto, pela grande
  • 19. 19 maioria dos pesquisadores, como uma atividade de transmissão do conhecimento e/ou de orientação de aprendizagem, ou como uma atividade cujo objetivo é despertar o interesse do aluno ou favorecer sua aprendizagem. Diferentemente, a pesquisa é vista como uma atividade voltada para a descoberta e/ou produção do conhecimento e/ou problematização e aprofundamento em um assunto. Esses dados, assim como a vivência no interior da universidade, mostram que a pesquisa é vista ou representada, geralmente como uma atividade mais criativa ou mais original do que o ensino, sendo-lhe atribuído, portanto, maior valor ou importância. Como vimos, o ensino é muitas vezes tomado como sendo simplesmente um processo de transmissão do conhecimento produzido nas diferentes áreas do saber. Talvez seja por essa forma de conceber o ensino que ele termine se tornando uma atividade penosa para aqueles que a ele se dedicam, como também para aqueles a quem se destina. Nesse contexto, tornam- se plausíveis as queixas recíprocas de docentes e discentes sobre as relações de ensino nas diferentes disciplinas. O conhecimento acadêmico não é um conjunto isolado de informações, mas sim um conjunto comprometido com uma determinada visão de mundo que se manifesta no próprio processo de investigação real. A forma de trabalhar o conhecimento dominante na universidade tem sido a de tratá-lo com um produto a ser distribuído entre os estudantes de forma estática, acabada e acumulativa, pois se resume a um conjunto de informações neutras, objetivas e impessoais. Nesse processo encobre-se a própria forma de produção desses conhecimentos, e com isso ele perde o seu poder criador e transformador. Quando o conhecimento é trabalhado como processo, torna-se momento dinâmico, em que a dimensão ideológica aparece por meio das diferentes alternativas de concepção de mundo. O conhecimento é trabalhado como resultado de uma série de atividades transformadoras ficando claro sua natureza social e é possível utilizá-la como forma de aumentar o controle que as pessoas têm sobre o mundo. Como afirma Phillip Wexler (1982), deve-se pensar no trabalho com o conhecimento, em sala de aula, como um processo de
  • 20. 20 reedição ou recodificação, em que é possível privilegiar determinados aspectos da realidade ou formas de pensamento, em função de concepções ou objetivos delineados ou definidos. Terry Eagleton (1976) ressalta sobre Walter Benjamin e sua contribuição no teatro e nas artes modificando as formas através das quais a realidade é normalmente percebida, possibilitando uma nova percepção e compreensão da realidade. Para Benjamin, a arte como qualquer outra forma de produção depende de certas técnicas de produção existente. Desta forma, o artista deve ser criativo, procurar sempre revolucionar a própria forma de produção dominante em seu campo. Nesse contexto e a partir dessas idéias, torna-se possível pensar no ensino como uma atividade de produção, de criação de novos sentidos e significados. O professor pode produzir uma narrativa que privilegie determinados aspectos, aumentando a compreensão e o controle das diferentes situações. Através de sua criatividade e dinâmica ele pode criar no campo do ensino uma forma nova de trabalhar com a realidade. O conhecimento deve ser apresentado como um texto aberto que, por não estar completo, exige a participação dos alunos e dos professores, deixando de ser o conhecimento uma mercadoria a ser consumida pelos alunos. É de fundamental importância repensar o ensino tornando-o mais significativo e interessante para professores e alunos, trazendo para o campo do ensino novas formas de trabalho que criem novas relações entre discentes e docentes e entre os mesmos conhecimentos científico e cultural acumulados, possibilitando a produção de novos saberes práticos e teóricos. Repensar mecanismos que ajudem as universidades a garantir sua qualidade. As atividades de pesquisa e extensão avaliada pelos seus pares, e no ensino um planejamento em que envolve discussões e exames dos pares, não para tornar o ensino atividade controlada, tirando a autonomia do professor, e sim com o propósito de valorizar o ensino, possibilitando maior integração entre os docentes, objetivando até mesmo a interdisciplinaridade, tornando público seu trabalho, compartilhando seus problemas, o sentido de grupo, tornando o ensino um trabalho coletivo. Este repensar das universidades feitas dentro de reflexões apuradas sobre seus processos de ensinar e aprender, num esforço coletivo, visa à mudança. Inovações numa
  • 21. 21 perspectiva de ruptura com o paradigma dominante, fazendo avançar, em diferentes âmbitos, formas alternativas de trabalhos que quebrem a estrutura tradicional, pensando em propostas alternativas de ensino, pesquisa e extensão, passando pelas relações e demandas da comunidade. Na universidade, usa-se a sala de aula para a formação da cidadania e da consciência, mas este não deve ser o único espaço para as inovações. O ensino superior de qualidade não se faz apenas pela pesquisa, faz-se também pelo ensino. Como diz Maria Isabel Cunha em A aula universitária: inovação e pesquisa: Estudar a aula universitária é fazer um recorte na trajetória de todos nós, é favorecer a possibilidade de construir uma nova universidade, delinear um novo patamar teórico- metodológico e assim, contribuir para a construção de uma nova relação entre o ensino e o aprender onde a cognição, o afeto e a ética sejam companheiros de uma significativa jornada. A mesma autora em Ensino e pesquisa: a prática do professor universitário.(CUNHA, M. I. [1996]), relata uma pesquisa sobre o professor universitário, destaca que mesmo bons professores, segundo opiniões dos alunos, trabalham na perspectiva de reprodução do conhecimento. Estes professores desenvolvem um grande número de habilidades de ensino (fazer perguntas, variar estímulos, organizar o contexto da aula, etc.) e apresentam muitas qualidades humanas e afetivas no trato com os alunos e com o conhecimento do ensino. Entretanto, a pesquisa mostrou que ainda não existiam professores especialmente voltados para desenvolvê-lo habilidades intelectuais nos estudantes. Por exemplo, os professores são capazes de apresentar o melhor esquema do conteúdo a ser desenvolvido em aula, mas não conhecem procedimentos sobre como fazer o aluno chegar ao mapeamento próprio da aprendizagem que está realizando. O bom professor relata e referencia resultados de suas pesquisas, mas pouco estimula o aluno a fazer suas próprias, mesmo que de forma simples, ele não torna vivo e relativo o conhecimento.
  • 22. 22 Atuando, ainda, PAULO FREIRE (1997) os saberes necessários à prática educativa crítica fundamentada, numa ética pedagógica e numa visão de mundo, são assim detalhados: Ensinar exige:  Rigorosidade metódica;  Respeito aos saberes dos educandos;  Criticidade;  Estética e ética;  Corporificação das palavras pelo exemplo;  Risco na aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação;  Reflexão crítica sobre a prática;  Reconhecimento e assunção da identidade cultural;  Consciência do inacabamento;  Reconhecimento do ser condicionado;  Autonomia do ser do educando;  Bom senso;  Humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores;  Apreensão da realidade;  Alegria e esperança;  Convicção de que a mudança é possível;  Curiosidade;  Segurança, competência profissional e generosidade;  Compreender a educação como forma de intervenção do mundo;  Liberdade e autoridade;  Tomada consciente de decisões;  Saber escutar, reconhecer que a educação é ideológica;  Disponibilidade para o diálogo, querer bem aos educandos. (Freire, P. [1997]). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo : Paz e Terra. 2. A NECESSIDADE DA AVALIAÇÃO DOCENTE
  • 23. 23 O tema avaliação está intimamente relacionado ao tema ensino, porque a avaliação tem sido vista como instrumento para a melhoria da qualidade de ensino. A avaliação docente vem sendo discutida pelas universidades brasileiras desde 1977, quando foi criado o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior – PADES. A partir daí, as universidades brasileiras têm buscado a qualidade do ensino superior, visando a preparar seus alunos como cidadãos e melhores profissionais. Em todos os segmentos da sociedade, todas as funções econômicas buscam-se a qualidade total; qualidade de vida, qualidade de consumo etc. As universidades não poderiam deixar de buscar também esta qualidade em todos os seus segmentos no intuito de promover esta qualidade de ensino. O corpo docente tem que se qualificar, atualizar e preocupar-se com a qualidade do que transmite. O mundo está mudando e diante da crescente incorporação de ciências e tecnologias de base, com inovações em todas as áreas, como materiais e equipamentos, vêm causar profundos impactos sobre os processos pedagógicos, passando-se a exigir do homem novos conhecimentos e novas atitudes no exercício de suas múltiplas funções, enquanto ser social, político e produtivo. Portanto, quando se busca a “qualidade total” nas diferentes áreas do conhecimento humano, a universidade, como principal responsável pela formação de profissionais de alto nível deve se engajar nessa nova perspectiva, formando cidadãos capazes de atuar produtivamente no terceiro milênio. Para que esse empreendimento seja bem sucedido é mister uma avaliação global do trabalho da universidade, em especial, do desempenho do professor, pois esse é o recurso mais importante nesse processo e que da sustentação à instituição. Existe em la actualidad um sentir generalizado de que la evolucion del professorado es um instrumento necessário e imprescindible em todo processo racional de toma de decisiones. (BENEDITO et al. 1989. p. 280).
  • 24. 24 A avaliação do desempenho docente para alcançar seu objetivo último, que é a aprendizagem do aluno, deve ter como referenciais linhas norteadoras claras e definidas. E para ser levada a cabo, necessita de uma metodologia de investigação viável fidedigna e adequada aos propósitos. A universidade deve discutir esta avaliação, sobretudo, mas realizá-la permanentemente, com a adoção de ferramentas e critérios adequados e condizentes à situação e, ao invés de cuidar só da reprodução do passado, trabalhar também na construção do futuro. A universidade tem a obrigação de estimular o exercício pleno pela cidadania, buscando, com muita agilidade, alternativas para melhorar a qualidade de vida do homem, adaptando-o aos novos modos de sentir, pensar e agir do terceiro milênio. Daí a importância da avaliação como um processo que objetiva a mudança qualitativa e a necessidade da universidade aprender e fazê-la. O professor universitário, sujeito capaz de criticar o desenvolvimento de seu próprio trabalho, deve considerar a avaliação de desenvolvimento uma atividade natural, que faz parte do próprio processo de ensino. Deve, através da reflexão, considerar os resultados de sua avaliação para planejar, replanejar e/ou repensar a sua ação pedagógica, pois, na concepção de PENNA FIRME (1982, p. 17), na medida em que o professor vivenciar um processo de avaliação significativo para o seu próprio crescimento, ele descobrirá como melhor ensinar a seus discentes e mais adequadamente avaliá-los com a mesma preocupação de conduzi-los ao seu aperfeiçoamento como alunos, como futuros educadores e essencialmente como pessoas. A avaliação resulta em mudanças quando os professores percebem, como melhorar e tem oportunidades de se engajar em atividades que dêem maior brilho ao seu ensino. Estas oportunidades podem variar desde o acesso a material diversificada de leitura sobre aspectos selecionados do ensino, até o trato com questões com a maneira de preparar o programa de uma disciplina ou estrutura integrada de um curso, ou uma aula agradável e eficiente, com aulas mais interessantes e motivadas um grupo de pessoas trabalhando por objetivos comuns, e não necessariamente o espaço geográfico de encontro dessas mesmas pessoas, aula com espaço de convivência e de relações pedagógicas. Aula com vivência, como vida, como realidade, como espaço que permita, favoreça e estimule a presença, a discussão, o estudo, a pesquisa, o debate e o enfrentamento de tudo o
  • 25. 25 que constitui o ser e a existência, as evoluções as transformações, o dinamismo e a força do homem. Os professores universitários podem ser considerados como aprendizes cada um deles com forças, fraquezas, capacidades e limitações individuais. Trabalhar com colegas e seus pares de confiança ou com especialistas treinados em aperfeiçoamento de docentes aumenta as chances de os professores refletirem sobre o feedback, repensar algumas de suas crenças, reverem métodos de ensino e praticarem novas técnicas e habilidades pedagógicas. A avaliação não é um ato pelo qual A avalia B. é o ato por meio do qual A e B avaliam juntos uma prática, seu desenvolvimento, os obstáculos encontrados ou os erros ou equívocos porventura cometidos. Daí seu caráter dialógico. Tomando distância da ação realizada ou realizando-se, os avaliadores a examinam. Desta forma, muitas coisas que antes (durante o tempo da ação) não era percebida, agora aparecem de forma destacada diante dos avaliadores. “Neste sentido, um lugar de ser um instrumento de fiscalização, a avaliação é a problematização da própria ação”. (Freire citado por Menga, L & Mediano, Z. Avaliação na escola de 1º grau, papirus, 1992.) A importância da avaliação foi também mencionada há mais de uma década por Gaff (1976). A menos que venhamos a avaliar nossos próprios programas e a demonstrar que eles produzem resultados em termos de melhores cursos ou estudantes mais bem formados, com maior conhecimento, mais sensíveis e eficientes ou membros do corpo docente satisfeito ou organizações mais bem administradas, estaremos fora dos negócios. Mais de uma década de cortes e reduções e oportunidades diminuídas para o corpo docente fez reduzir as fontes de estímulo e encorajamento. Com freqüência, a avaliação é vista como uma ameaça. Infelizmente, os professores que necessitam melhorar são, em geral, aqueles menos envolvidos com o desenvolvimento do corpo docente. Esses professores podem especular, o que a avaliação pode lhes oferecer, por que devem passar pelo processo de observações, seminários e consultorias.
  • 26. 26 James Bess (1973), em artigo denominado “A Integração dos Ciclos de Vida do Corpo Docente e do Estudante” descreveu esse problema: Uma vez que o prestígio é derivado da reputação da pesquisa, o sistema social acadêmico e, em alguns casos, propensões pessoais mal direcionadas parecerão estar levando o corpo docente a desempenhar tarefas que possam vir a não satisfazer suas necessidades mais básicas. Em outras palavras, muitos são levados a continuar a fazer pesquisas na crença de que as recompensas de sua carreira proporcionarão maior satisfação pessoal. Em certa extensão, portanto, eles são, assim, seduzidos a dar relativamente menos atenção por meio do ensino para atender às necessidades dos estudantes – uma atividade que poderia, sob condições diferentes, conceder-lhes profundas satisfação em maior abundância. Na maioria das instituições, os estudantes, sob as atuais circunstâncias, também não estão capacitados a atender às suas necessidades mais importantes, principalmente aquelas que envolvem suas personalidades em desenvolvimento. Faculdades e universidades, em geral, dão maior atenção a estruturas estabelecidas projetadas para ajudar os estudantes a adquirir conhecimento cognitivo, a serviço de ampla educação liberal e/ou, presumivelmente, a preparação para a carreira, a satisfação das necessidades dos estudantes de crescimento emocional e interpessoal e de autoconhecimento constituem, no máximo, subprodutos da experiência estudantil. Raramente trata-se de metas explícitas da instituição. Por essa razão, pelos menos dois dos três principais corpos em nossos campi universitários (corpo docente e discente) podem existir sob condições antiéticas, ou pelo menos não favoráveis, para atender às mais profundas de suas necessidades coletivas e individuais (p. 377). A necessidade de ensinar bem e conquistar as satisfações que acompanham são não só necessidades crônicas, mas também atuais do corpo docente mesmo se, para alguns, as mesmas pareçam não ser reconhecidas. Os professores devem ser convencidos a dar uma atenção compartilhada ao ensino, com ênfase sobre o feedback informado e útil, que terá a oportunidade de levar seu nível de satisfação, ajudando-o a melhorar suas práticas de ensino, e também mudar suas atitudes em relação à ação (ou arte) de ensinar, de forma que venham percebê-la como uma atividade desafiadora.
  • 27. 27 A qualidade dos esforços de um determinado professor depende muito dos tipos de recursos disponíveis para o apoio do ensino, mas depende mais ainda de sua criatividade. O processo de avaliação do trabalho acadêmico de cada docente deverá ter como objetivo o estímulo do aprimoramento de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão e a compreensão de sua articulação como projeto global da unidade acadêmica e da instituição. Geralmente, o corpo docente desempenha satisfatoriamente seu papel de professor, mas por motivo relacionados com a motivação, competência, o ambiente de trabalho alguns não tem uma atuação à altura de suas habilidades. Enquanto alguns docentes conseguem melhorar sua maneira de ensinar sem o auxílio externo, outros precisam de apoio e encorajamento. Os avaliadores freqüentemente usam o desempenho dos alunos como fonte de informações para a avaliação da disciplina e do corpo discente, mas nunca são os próprios alunos que estão sendo avaliados. Eles, por seus desempenhos, fornecem um índice do grau em que o tratamento do ensino foi eficaz. Como é o professor que coordena todo o processo de ensino que o aluno recebe, consideramos cada professor constituindo um tratamento de ensino único, e, conseqüentemente, avalia este tratamento de ensino como tal. O principal objetivo da avaliação do desempenho é o aperfeiçoamento do próprio desempenho. Este objetivo é atingido ajudando os claudicantes, estimulando os cansados e orientando os indecisos. As faculdades e universidades contratam e promovem professores e lhes dão estabilidade na expectativa de um desempenho de primeira. Avaliar professores para melhorar seu desempenho não passa de uma extensão lógica dessa expectativa, e fornece uma prova prática de que a administração está agindo de boa fé. Assim como os alunos precisam de orientação para corrigir erros, os professores também têm o direito de ser orientados a fim de aperfeiçoar seu desempenho. Dissonância é o termo mais da moda para referir à razão mais forte que leva um professor a querer melhorar seu desempenho.
  • 28. 28 O feedback de uma avaliação de desempenho construtiva muitas vezes provoca ao professor a espécie de dissonância, ou insatisfação, que atua como estímulo psicológico ao aperfeiçoamento. A avaliação do grupo é conseqüência da avaliação dos indivíduos. Deve haver objetividade, critérios anteriormente discutidos e aceito por todos, com a finalidade de aperfeiçoamento da função, valorização de distintas contribuições ao conhecimento e às competências necessárias com o compromisso de alcançar a autodeterminação e a capacidade de promover o próprio crescimento. Como diz Pimentel (1993, 85), devemos ter claro que: Todos os professores têm domínio do conhecimento amplo, profundo e atualizado, não só do conteúdo programático, como da ciência que ensinam. Tem também o conhecimento das ciências correlatas. Nem todos, porém tem o conhecimento da produção do conhecimento classificado e consciente do que é ensinar. 3. OS PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS “A avaliação representa não apenas um processo final quando se lida com comportamentos cognitivos, mas, também, uma ligação importante com os comportamentos afetivos em que os valores, o gosto e o prazer (bem como a ausência e o contrário desses termos) são os processos centrais envolvidos.” (Bloom, 1956). Como enfocamos anteriormente, cada instituição deve criar sua própria sistemática de avaliação, seus próprios critérios de qualidade com procedimentos pertinentes a cada realidade. Deve-se iniciar a avaliação com um amplo processo de sensibilização, objetivando promover a preparação dos docentes de um modo geral.
  • 29. 29 Os docentes, como a maioria dos profissionais, acreditam que eles são os melhores juízes do que estão fazendo, tanto na qualidade de ensino, como nos serviços que prestam e sabem que são subvalorizados. Avaliar o seu desempenho pode depreciá-los. A maioria poderá criar resistência e pensam não tem valor na avaliação formativa de suas próprias metas. Considera a avaliação como uma forma de intromissão e punição e não como melhoria do ensino e crescimento profissional. Essas atitudes dos professores devem ser encaradas com seriedade e respeito. A avaliação do desempenho não deve ser simplesmente dita que será iniciada. É preciso realizar reuniões em que as idéias de todos os docentes sejam ouvidas, discutidas e trabalhadas e, quando for o caso, incorporado. É importante levar em conta as questões éticas, numa concepção sadia de avaliação que promova a autoconfiança do educador, valorizando-o. Uma avaliação bem conduzida, que não fira, será auto-estima, não acarretando desprestígio entre os pares e descrédito entre os alunos. O corpo docente deve acreditar que mais coisas positivas que negativas resultarão do processo de avaliação e o que está sendo proposto vai beneficiá-lo. Precisa sentir, e confiar que terá maiores probabilidades de atingir suas metas profissionais, aprendendo novas competências, adquirindo novos conhecimentos, avançando em sua profissão, garantindo o respeito dos colegas e alunos pela qualidade do trabalho que realiza, dentro de uma nova perspectiva. Em vista do exposto, a avaliação deve ocorrer em um clima de cooperação, sem imposições, com o envolvimento de todo o corpo docente. A avaliação precisa ocorrer numa concepção responsiva, com procedimentos ordenados, sempre que a responsividade e as preocupações dos envolvidos exigem. Deve-se caracterizar, essencialmente, pela negociação entre os interessados no processo avaliativo, em que critérios, procedimentos e recomendações são discutidos na busca de consensos.
  • 30. 30 Garantir uma postura substancialmente democrática em que não só a negociação entre os pares e os envolvidos se faz necessário, também procurando fortalecer a competência dos participantes do processo avaliativo, impulsionando a autodeterminação e a busca de auto- aperfeiçoamento. O avaliado atua, principalmente, como colaborador, na medida em que permite aos envolvidos a descoberta e o uso de seu próprio poder. Promovendo a capacitação dos envolvidos, ajuda-os a formularem suas soluções, tomando papel decisivo nas necessárias transformações; mostrar experiências e explicações que esclareçam compreensão de fatos, dados e resultados e, liberação de preconceitos, mitos e limitações que embargam o processo de autodeterminação. Portanto, é a própria interação pessoal e o respeito profissional entre os colegas no ambiente de trabalho, que asseguram o melhor espaço para as compreensões e os bons resultados. Existem múltiplas fontes de possíveis evidências para a avaliação do desempenho do corpo docente, que podem ser consideradas para analisar a qualidade de desempenho do corpo docente. Mas é importante a necessidade de serem coletadas apenas evidências fidedignas e de se conseguir que os docentes aceitem a importância e a credibilidade das evidências reunidas. Exemplificamos, a seguir, possíveis evidências para a avaliação do desempenho do corpo docente. Incluem: o indivíduo, seus colegas, administradores da instituição , alunos, especialistas em aperfeiçoamento docente, colegas de profissão e disciplina, ex-alunos e outros. Existem muitos métodos e técnicas – escalas de classificação, observações, entrevistas, opiniões por escrito, medidas de excelência, qualidade e impacto, fitas de vídeo/áudio, registros de trabalhos produzidos e porfólios, entre outros. Através de pesquisas realizadas, vários autores concluíram que a capacidade do professor em se expressar é um importante aspecto do comportamento que pode ser usado para aumentar a aprendizagem do aluno. Como afirma a Professora Eda C. B. M. de Sousa, “os docentes têm recebido muito pouca preparação para o desempenho de suas funções. É preciso que esta preparação mereça um cuidado especial e que os administradores também recebam o benefício de uma melhor
  • 31. 31 preparação para o desempenho importante, pois a nossa percepção é a de que para melhorar o ensino é preciso trabalhar com professores, administradores e alunos”. Finalmente, acreditamos que, dado o necessário suporte institucional, é o professor, individualmente, que será, em última análise, o responsável pela quantidade e qualidade do processo ensino-aprendizagem. É extremamente importante desenvolver a consciência do professor a respeito de sua própria filosofia, objetivos, estilos de ensino, e também aumentar a sua formalidade e flexibilidade no emprego de métodos alternativos para alcançar seus objetivos. Isso tudo tem que ter por base em ambiente centrado no aluno, por quem o professor é incentivado a se interessar e a ter prazer na interação com ele. É necessário ressaltar, contudo, que os professores não muda sua maneira de ensinar, a menos que eles assim o queiram, que tenham oportunidade e sejam ajudados a encontrar meios para manter as novas atitudes, comportamentos e métodos. Devemos ressaltar que a avaliação deve ter uma concepção de avaliação presente em todas as fases de atividades profissionais e, mais do que presente, sendo provocadora do seu desenvolvimento, ao denominá-la de avaliação para o desenvolvimento, Paltton 1994, 1997 (developmental avaliation), na medida em que envolvem um trabalho em movimento, dinâmico, com um programa para contínuo aperfeiçoamento. Nessa concepção, o avaliador é parte de uma equipe, cujos membros colaboram para conceitualizar, planejar e trabalhar novas abordagens, num processo permanente de aperfeiçoamento, adaptação e mudança. O crescimento acadêmico se presta mais à avaliação, muito embora as evidências da qualidade não sejam tão diretas como na pesquisa. Os professores podem informar com facilidade que tipos de atividades têm se dedicado para aprimorar sua eficácia como membro do corpo docente, de serviço ou extensão. Eles têm condições de julgar o grau de qualidade de suas realizações. A extensão na universidade brasileira, seja qual for à área de conhecimento, abre um espaço substancial de ação concreta generalizada de intervenção pedagógica, médica, técnica, social, cultural ou outra, no ensino fundamental e no ensino médio, com prolongamento de
  • 32. 32 outros setores correlatos. É um critério significativo de avaliação da extensão, o compromisso do ensino superior com outras instâncias do sistema educacional. Existe um vasto campo de ação para o serviço ou extensão em instituições de ensino superior. Podem-se desenvolver práticas que inspirem um ensino mais autêntico, comprometido com o bem-estar e desenvolvimento da comunidade e mesmo para a orientação de novas pesquisas. Esta interação é importante para avaliar o corpo docente, a qual não é a mesma para cada professor, dependendo da ênfase que se dê a cada papel e de acordo com as potencialidades e o interesse de cada um. E é importante descobrir o valor de cada interação. É importante atentar ao aspecto da comunicação que deve ser tratado com muita seriedade, pelo agravante das repercussões negativas como: depressões, desânimo, perda de auto-estima, entre outros. A utilização dos resultados da avaliação é a culminância do processo, a comunicação desses resultados é crucial em termos do que informamos e como o fazemos. O sucesso da comunicação vai depender da atenção voltada para o verdadeiro contexto da avaliação, do envolvimento dos interessados em todas as etapas do processo avaliativo, da clareza de linguagem, da informação dada a tempo de ser útil e da adequada dosagem de aspectos positivos e negativos. Avaliar/comunicar não são descobrimentos e fracassos, ferindo todos ao princípio de uma avaliação verdadeira e todas as virtudes de um avaliador competente. Devem-se comunicar os resultados com a intenção de aperfeiçoamento, transformação, seja do professor, do aluno, do curso ou da instituição. Dar oportunidade ao avaliando de recolher suas potencialidades, para ter o necessário equilíbrio para entender e corrigir suas falhas. Sua auto estima preservada e fortalecida, ajudando-o a processar a crítica com maturidade emocional para levantar-se na dificuldade e não se envaidecer no sucesso, mas sempre buscando o aperfeiçoamento. A metáfora criada por Patton (1982. P. 138) aqui sintetizada, exemplifica brilhantemente a comunicação e sua importância.
  • 33. 33 Programas como pessoas usam máscaras. O papel do avaliador é levantar o véu do programa e tirar a máscara do programa o tempo suficiente para que as pessoas envolvidas vejam o que está por detrás. Elas podem gostar do que vêem podem ficar assustadas com o que vêem podem se recusar a ver... Mas uma escolha deveria ser colocar a máscara de volta exatamente onde estava. Isso significa que ao tirar a máscara de um programa o avaliador precisa ser extremamente cuidadoso para não rasgá-la em pedaços. 3.1. Avaliação da docência por estudantes A questão ética é extremamente importante. Os alunos devem saber, desde o início, que a avaliação que irão fazer deverá servir para ajudar o professor a melhorar seu comportamento na sala de aula. Apenas o professor deve receber o resultado da avaliação dos alunos, e ela deve ser vista como “feedback” para melhorar os pontos fracos do seu comportamento e reforçar os pontos fortes. A estratégia de pedir aos alunos para avaliarem seus professores pode se tornar excelente para melhorar o trabalho do professor na sala de aula, se, associando ao trabalho de avaliação, se fizer um programa de melhoria da qualidade do ensino, em que o professor é ajudado nos pontos fracos, identificados na avaliação. A avaliação da docência por estudantes é um assunto complexo, no entanto, esta avaliação é apenas um ponto a considerar na
  • 34. 34 avaliação do desempenho de um professor. Avaliar a qualidade do ensino é uma tarefa por demais difícil e complexada para basear-se unicamente na opinião dos alunos. Por outro lado é difícil conceber-se uma avaliação da qualidade do ensino sem levar em conta o que pensam os alunos, pois eles constituem a audiência para qual o ensino é dirigido. A avaliação da docência por estudantes é comum e outros países e vem ganhando espaço nas universidades brasileiras. BERGAMINI (1992, p. 6) salienta a inexistência de um modelo ideal de instrumento para a avaliação didática. Entretanto, considera a avaliação docente necessária, e que esta deve ser feita pelos alunos. Para MOREIRA, Avaliar a qualidade do ensino é uma tarefa por demais difícil e complicada para basear-se unicamente na opinião do aluno. Por outro lado, é difícil conceber-se uma avaliação da qualidade do ensino sem levar em conta o que pensam os alunos, pois eles constituem a audiência para o qual o ensino é dirigido. (1980, p.4) No parecer de APODAKA e outros (1990, p. 329), a opinião dos alunos sobre os professores é o melhor indicador de avaliação docente, mesmo que não seja perfeito. Para TEJEDOR e MONTEIRO (1990, p. 629), a avaliação do professor pelos alunos estimula a melhora da qualidade do ensino universitário. APODAKA e outros, referindo-se ao assunto, dizem que: En definitiva, la opinión de los alumnos sobre sus professores há demonstrado ser el indicador com mayores garantias en cuanto a estabilidad, consistencia, discriminancia y validez. Esto no puede hacer olvidar que dicha fuente puede dar información sólo de determinados aspectos de la labor del profesor y en concreto de la conducta del profesor en el aula. Para uma avaluación adecuada de la docencia en general y del profesorado en particular son precisos un mayor número de fuentes de información e indicadores que deben evaluar también los factores contextuales en que se desarrola la docencia. (1990, p. 330)
  • 35. 35 O ensino é planejado e dirigido para o aluno. Ele, sujeito do processo, que, na convivência direta, observa, analisa, critica e compara o desempenho do professor, não se constitui o único, mas, certamente, o mais valioso recurso que a universidade tem para emitir um juízo de valores sobre o docente. Sem dúvida, ao aluno cabe um papel de fundamental importância na avaliação do desempenho do professor universitário. Os alunos do ensino superior possuem condições de avaliar uma série de desempenhos do professor, porém, determinados aspectos, quando avaliados por eles, carecem de credibilidade. Para AHUMADA ACEVEDO (1992, p. 51), a avaliação do professor por seus alunos se constitui numa das formas mais tradicionais e utilizadas de avaliação da eficiência docente. Essa área tem sido bastante investigada e há uma série de contradições em suas conclusões. Por um lado, reconhece-se nesse procedimento uma alta validade e fidelidade. Por outro, considera-se o aluno incompetente e incapaz de opinar sobre tão delicado tema. Na verdade, o aluno não é capaz de avaliar aspectos ligados à preparação das aulas, adequações dos objetivos e princípios de uma disciplina. Ele está apto a opinar sobre clareza das explicitações, participação e interação, motivação, metodologia utilizada na sala de aula, sistema de avaliação. CASTRO é de opinião que: Os alunos captam bem a dedicação dos professores, o seu empenho em sala de aula e a excelência de sua pedagogia. Sua liderança, sua capacidade para motivá-los não passam tampouco despercebidas. Contudo, têm também suas limitações. Favorecem o professor simpático, mas que pouco ensina. Prejudicam o professor duro, secarrão, mas que acaba fazendo os alunos aprenderem. (1991, p. 13) 4. PROPOSTA METODOLÓGICA Nossa proposta para avaliação do corpo docente do Campus Universitário de Miracema do Tocantins iniciaria com um sistema objetivo de pontuação. A finalidade é fornecer um meio de auto-avaliação e comparação. Acreditamos serem importantes critérios quantitativos no processo.
  • 36. 36 A pontuação mínima, visada como padrão, será discutida com o grupo, devendo representar um patamar de realizações acessível a todos e manter o grupo coeso. O critério tempo de trabalho não será critério de avaliação, será atribuído um valor mínimo esperado. Este valor total mínimo será dividido entre ensino, pesquisa e/ou extensão. Exemplo: atribuindo um valor aleatório com o patamar em 800, espera-se do docente comum 400 pontos para ensino e 400 pontos na pesquisa e/ou extensão como valores-base. Do administrador espera-se 200 no ensino, uma vez que ele costuma ter sua carga horária didática reduzida, 200 na pesquisa e/ou extensão e 200 na administração. Será discutido, em grupo, a lista de itens ou critérios de desempenho que definem a ponderação em um sistema dinâmico no sentido de que a pontuação atribuída a cada tarefa é função do incentivo que o grupo deseja criar. Mudando as prioridades, mudarão os incentivos e com eles a pontuação relativa das tarefas. Exemplificaremos uma proposta que será levada à discussão do grupo, em que os objetivos são:  Quantificar o desempenho mínimo esperado dos indivíduos;  Incentivar atividades benéficas e prioritárias para o grupo;  Proporcionar a cada um, o meio de auto-avaliação;  Incentivar os indivíduos e o grupo na melhoria dos resultados do seu trabalho. Depois do sistema objetivo de pontuação (Proposta 01), haverá um questionário de auto-avaliação do professor (Proposta 02) e um questionário de avaliação do aluno (Proposta 03).
  • 37. 37 PROPOSTA 01 Formulário para Avaliação Docente Universidade: .............................................. Campus: ...................................... Nome: ................................................................................................................ Regime de trabalho: ....................................... Semestre: ................................. 1. ENSINO P P 1 2 3 4 5 x N 1.1. Aula 2 1.2. Preparação de disciplina (antiga) 2 1.3. Preparação de disciplina (nova) 2 1.4. Atendimento ao aluno 3 1.5. Orientação de estágio 4 1.6. Orientação de IC 4 1.7. Participação em reunião da Congregação 2 1.8. Orientação de teses, monografias, projetos 5 1.9. Correção de teses, monografias, projetos 3 1.10. Participação em bancas de IC 3 TOTAL DE ENSINO 30 MÉDIA PONDERADA 2. PESQUISA P P 1 2 3 4 5 x N 2.1. Documentos comprobatórios de produção 2 científica não divulgada 2.2. Afastamento para cursar PG stricto sensu 5 2.3. Assistir a curso de especialização de 360h 4 2.4. Assistir a curso de aperfeiçoamento de 180h 3 2.5. Publicação em revistas 5
  • 38. 38 2.6. Apresentação de trabalho em reunião 2 2.7. Apresentação de trabalho científico 3 interinstitucional 2.8. Apresentação de trabalho em reunião científica 3 nacional 2.9. Participação passiva em reunião científica 2 2.10. Participação em banca de júri (mestrado, 5 doutorado, concursos, etc.) 2.11. Publicação de livros 5 2.12. Divulgação de apostila 2 2.13. Preparação e defesa de tese de mestrado 4 2.14. Preparação e defesa de tese de doutorado 5 TOTAL DA PESQUISA 50 MÉDIA PONDERADA 3. EXTENSÃO P P 1 2 3 4 5 x N 3.1. Curso ministrado 5 3.2. Palestra proferida 2 3.3. Consultoria prestada 2 3.4. Atividade oficial em entidade de classe 1 TOTAL DE EXTENSÃO 10 MÉDIA PONDERADA 4. ADMINISTRAÇÃO P P 1 2 3 4 5 x N 4.1. Diretor 5 4.2. Coordenador de Curso 4
  • 39. 39 4.3. Coordenação Interna 3 4.4. Participação em Comissões 3 TOTAL DE ADMINISTRAÇÃO 15 MÉDIA PONDERADA Legenda: NOTAS: 1 Ruim, 2 Regular, 3 Bom, 4 Ótimo, 5 Excelente. P PESO, N NOTA.
  • 40. 40 PROPOSTA 02 AUTO-AVALIAÇÃO DO PROFESSOR Nome do Professor:........................................................................................... Congregação:..................................................................................................... Disciplina(s) ministrada(s):............................................................................... I – Responda às questões, assinalando com um X, na coluna à direita, a letra correspondente à sua opção. A – Totalmente B – Parcialmente C – Nunca 1. As disciplinas ministradas por você são de sua preferência? ( )A ( )B ( )C 2. As disciplinas por você ministradas foi escolha sua? ( )A ( )B ( )C 3. Em suas disciplinas, você trabalha a parte teórica, fundamental e possibilita sua utilização em atividades práticas? ( )A ( )B ( )C 4. Durante o desenvolvimento das disciplinas, são relacionados os objetivos inicialmente propostos com os conteúdos trabalhados? ( )A ( )B ( )C 5. Em suas aulas, há incentivo à participação, discussão e expressão de idéias? ( )A ( )B ( )C 6. Estimula os alunos a buscarem soluções alternativas para os problemas pertinentes à disciplina? ( )A ( )B ( )C
  • 41. 41 7. Durante suas aulas, mantém o clima de respeito mútuo? ( )A ( )B ( )C 8. Você incentiva seus alunos à utilização de conhecimento de outras áreas para melhor compreensão dos conteúdos desta disciplina? ( )A ( )B ( )C 9. Você demonstra domínio do conteúdo de todas suas disciplinas? ( )A ( )B ( )C 10. Você está permanentemente atualizado? ( )A ( )B ( )C 11. Você se comunica de forma clara e objetiva? ( )A ( )B ( )C 12. Você diversifica suas técnicas de ensino e recursos didáticos (audiovisuais, experimentos, visitas, etc.)? ( )A ( )B ( )C 13. Você replaneja os objetivos e a metodologia quando há uma maior dificuldade na aprendizagem de certos conteúdos? ( )A ( )B ( )C 14. Você é pontual? ( )A ( )B ( )C 15. Você é assíduo? ( )A ( )B ( )C 16. Você cumpre o planejamento previamente estabelecido em todas as disciplinas? ( )A ( )B ( )C 17. Em sua estratégia de ensino exige do aluno a utilização de bibliografia recomendada?
  • 42. 42 ( )A ( )B ( )C 18. Em suas avaliações aborda os objetivos e conteúdos desenvolvidos na disciplina? ( )A ( )B ( )C 19. As avaliações são variadas no decorrer do semestre letivo? ( )A ( )B ( )C 20. Você discute o resultado das avaliações com seus alunos? ( )A ( )B ( )C 21. Em suas disciplinas leva a perceber um desenvolvimento significativo nos seus conhecimentos? ( )A ( )B ( )C 22. Você utiliza atividades práticas que contribuem para a aprendizagem do aluno? ( )A ( )B ( )C 23. Realiza atividades práticas em ambientes especiais (laboratórios, oficinas, campos, etc.)? ( )A ( )B ( )C 24. As atividades extraclasse são desenvolvidas em suas disciplinas? ( )A ( )B ( )C 25. Apresenta em suas disciplinas a perspectiva de produzir e ampliar o conhecimento, além de transmiti-lo? ( )A ( )B ( )C 26. Complementa o ensino de suas disciplinas com utilização de pesquisas/artigos recentes? ( )A ( )B ( )C 27. Considera seu desempenho de bom nível? ( )A ( )B ( )C
  • 43. 43 28. Demonstram interesse, gosto e entusiasmo pelo ensino de suas disciplinas? ( )A ( )B ( )C 29. Seus procedimentos de avaliação são de agrado da turma? ( )A ( )B ( )C II – No caso de alguma de suas disciplinas serem desenvolvida sob a forma de estágio curricular responda às questões de 30 a 38, assinalando X correspondente à sua opção. A – Totalmente B – Parcialmente C – Nunca No estágio curricular (em suas disciplinas) você oferece condições para representar uma complementação na formação acadêmica: 30.Na organização. ( )A ( )B ( )C 31.Na adequação. ( )A ( )B ( )C 32.Nas observações em sala. ( )A ( )B ( )C 33. No incentivo e sugestões. ( )A ( )B ( )C 34.Nas críticas construtivas. ( )A ( )B ( )C 35.Nas reuniões após as aulas observadas. ( )A ( )B ( )C 36.Despertando a consciência profissional.
  • 44. 44 ( )A ( )B ( )C 37.Orientando os alunos nos relatórios do estágio. ( )A ( )B ( )C 38.Nos horários reservados ao estágio, sempre disponível e receptivo. ( )A ( )B ( )C Espaço aberto para uma auto-avaliação, considerando seu desempenho. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 45. 45 PROPOSTA 03 Avaliação do Desempenho Docente sob a Ótica do Discente Questionário do aluno Prezado aluno, Este é um instrumento de coleta de dados para o levantamento do perfil dos docentes do Campus Universitário de Guaraí, da Fundação Universidade do Tocantins. Tem por objetivo avaliar o corpo docente, objetivando a melhoria da qualidade do ensino e o crescimento profissional. O questionário está estruturado da seguinte forma: BLOCO I – refere-se aos seus dados pessoais e da disciplina. BLOCO II – refere-se à disciplina, ao professor, às estratégias de ensino, à aprendizagem e ao sistema de avaliação. BLOCO III – refere-se à avaliação de disciplinas de estágio. Só deverá ser respondida se for o seu caso. Por último, reservamos um espaço aberto a informações adicionais sobre o desenvolvimento da disciplina e desempenho do professor. LEMBRAMOS AINDA! A cada questão você deverá assinalar apenas uma opção. O sigilo de suas informações será preservado dentro dos padrões éticos da Pesquisa. BLOCO I – Responda e/ou assinale com X a sua opção. 1. Curso:........................................................................... 2. Nome da disciplina:..................................................... 3. Ano ou Semestre:........................................................ 4. Atividade Profissional: Exerce atividade profissional relacionada ao curso em realização........ A( )
  • 46. 46 Exerce atividade profissional não relacionada ao curso em realização.. B( ) Não exerce nenhuma atividade profissional .......................................... C( ) BLOCO II – Responda às questões de número 5 a 35 assinalando com um X, na coluna à direita, a letra correspondente à sua opção, de acordo com a seguinte escala: A – Concordo totalmente B – Concordo parcialmente C – Indeciso D – Discordo parcialmente E – Discordo totalmente 5. Você considera esta disciplina importante para sua formação profissional. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 6. O enfoque teórico trabalhado na disciplina fundamenta e possibilita a sua utilização em atividades práticas. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 7. A seqüência dos conteúdos apresenta-se de forma adequada. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 8. A carga horária da disciplina é suficiente. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 9. Durante o desenvolvimento da disciplina, são relacionados os objetivos inicialmente propostos com os conteúdos trabalhados. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 10. Nas aulas desta disciplina há incentivo à participação, discussão e expressão de idéias. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 11. O professor estimula os alunos a buscarem soluções alternativas para os problemas pertinentes à disciplina. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E
  • 47. 47 12. Durante as aulas, o professor mantém um clima de respeito mútuo. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 13. Durante as aulas, há incentivo à utilização de conhecimento de outras áreas para melhor compreensão dos conteúdos desta disciplina. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 14. O professor demonstra ter domínio do conteúdo da disciplina. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 15. O professor demonstra estar permanentemente atualizado. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 16. O professor procura comunicar-se de forma clara e objetiva. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 17. Há diversificação de técnicas de ensino e recursos didáticos (audiovisuais, experimentos, visitas, etc.) nas aulas desta disciplina ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 18. O professor replaneja os objetivos e a metodologia quando há uma maior dificuldade na aprendizagem de certos conteúdos. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 19. O professor é pontual. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 20. O professor é assíduo. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 21. O professor cumpre o planejamento previamente estabelecido para a disciplina. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E
  • 48. 48 22. As estratégias de ensino exigem do aluno a utilização de bibliografia recomendada. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 23. As avaliações realizadas abordam os objetivos e conteúdos desenvolvidos na disciplina. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 24. As avaliações são variadas no decorrer do semestre letivo. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 25. O professor discute o resultado das avaliações com os alunos. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 26. Através desta disciplina, o professor procura levar o aluno a perceber um desenvolvimento significativo nos seus conhecimentos. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 27. [Nesta disciplina são adotadas atividades práticas que contribuem significativamente para sua aprendizagem.] ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 28. As atividades práticas realizadas em ambientes especiais (laboratórios, oficinas, etc.) são fundamentais para aprendizagem dos conteúdos desta disciplina. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 29. Nesta disciplina são desenvolvidas atividades extraclasse. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 30. As atividades extraclasse, desenvolvidas nesta disciplina, são importantes para complementar a sua aprendizagem. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 31. A disciplina apresenta a perspectiva de produzir e ampliar o conhecimento, além de transmiti-lo. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E
  • 49. 49 32. O professor, no desenvolvimento da disciplina, utiliza-se de pesquisas/artigos recentes para complementar o ensino. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 33. O professor demonstra interesse, gosto e entusiasmo pelo ensino de sua disciplina. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 34. Os procedimentos de avaliação do professor são de agrado da turma. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 35. O desempenho do professor nesta disciplina é considerado de bom nível. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E LOCO III – No caso da disciplina ser desenvolvida sob a forma de estágio curricular, responda às questões de número 36 a 44, assinalando um X, na coluna à direita, a letra correspondente à sua opção. A – Concordo totalmente B – concordo parcialmente C – indeciso D – discordo parcialmente E – discordo totalmente O professor, em seu estágio curricular, oferece condições que representam uma complementação na formação acadêmica: 36.Na organização. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 37.Na adequação do estágio. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 38.Nas observações em sala. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E
  • 50. 50 39.No incentivo e sugestões. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 40.Nas críticas construtivas. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 41.Nas reuniões após as aulas observadas. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 42.Despertando a consciência profissional. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 43.Orientando os alunos nos relatórios do estágio. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E 44.Nos horários reservados ao estágio sempre disponível e receptivo. ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E Espaço aberto para uma auto avaliação do aluno, considerando seu desempenho (responsabilidade, participação, assiduidade, esforço intelectual, criatividade, criticidade, iniciativa, relacionamento com professores e demais alunos, entre outros.). Desenvolvimento das disciplinas e desempenho do professor, ou esclarecimento de alguma questão. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 51. 51 CONCLUSÃO Diante das pesquisas, observações e reflexões teóricas, é inquestionável a necessidade da avaliação docente para melhorar a qualidade de ensino e proporcionar o crescimento profissional do professor. Acreditamos que os instrumentos propostos, além de avaliar os docentes, incentivarão à diversificação de suas atitudes, levando-os a um trabalho com maior responsabilidade e criatividade. O uso do instrumento (Proposta 01), dará oportunidade ao professor demonstrar sua capacidade produtiva, valorizando todo trabalho por ele executado. Além disso, a avaliação será uma forma de conscientizá-lo de que o mundo está se transformando em mudando numa velocidade vertiginosa com novas e avançadas tecnologias, onde quem não conseguir acompanhar ficará “obsoleto”. Por isso, há necessidade de inovações, novos comportamentos e métodos pedagógicos, pois o professor sendo receptivo às mudanças, tem oportunidade de crescer profissionalmente e como cidadão. Ficou claro, também, durante a realização deste trabalho, a necessidade de um segundo momento de avaliação em todos os segmentos do Campus Universitário de Miracema do Tocantins para a conscientização coletiva sobre a melhoria do desempenho e eficiência profissional. É extremamente importante aumentar a consciência do professor a respeito de sua própria filosofia, objetivos, estilos de ensino e também aumentar sua familiaridade e flexibilidade no emprego de métodos alternativos para alcançar seus objetivos. Isso tudo tem que ter por base um ambiente centrado no acadêmico, onde o professor é incentivado a se interessar pelos seus alunos e a ter prazer na interação com eles. Finalmente, acreditamos que dado o necessário suporte institucional é o professor individualmente que será em última análise, o responsável pela quantidade e qualidade da melhoria do processo ensino/aprendizagem.
  • 52. 52 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CUNHA, Maria I. da. A aula universitária: inovação e pesquisa. In ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 8., 1996, Florianópolis. Anais... Florianópolis - SC: UFSC, 1996. P.357-62. Vol. 2: Formação e profissionalização do educador. DEPRESBITERIS, Léa. O desafio da avaliação da aprendizagem: dos fundamentos a uma proposta inovadora. São Paulo: EPU, 1989, p. 91. EM ABERTO. Avaliação educacional. Brasília: INEP, Vol.15, nº 66, abr./jun. 1995. FEHR, Manfred, NASCIMENTO, Avilmar F. Avaliação docente: ruma à quantificação do trabalho acadêmico. EDUCAÇÃO E FILOSOFIA. Uberlândia - MG: UFU, Vol.5, nº 9, p. 19-24, jul./dez. 1990. MOREIRA, Antônio F. Barbosa (Org.). Conhecimento educacional e formação do professor: questões atuais. Campinas - SP: Papirus, 1994, p. 138. O PROFISSIONAL DO ENSINO: debates sobre sua formação. CADERNO CEDES. São Paulo: Corte, nº 17, 1989. OLIVEIRA, Fernando A. L. de. Algumas reflexões sobre o sistema de avaliação. EDUCAÇÃO E FILOSOFIA. Uberlândia - MG: UFU, Vol.1, nº 2, p. 77-79, jan./jun. 1987. POPHAM, W. James. Avaliação educacional. Porto Alegre: Globo, 1983. Cap. 14: Avaliação do professor: um caso especial. SANTOS, Lucíola L de C. P. Concepções de ensino e formação docente. In ENCONTO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 8., 1996, Florianópolis. Anais... Florianópolis - SC: UFSC, 1996, p. 305-310. Vol.2.: Formação e profissionalização do educador.