Este documento descreve o sistema de formação de professores nos Países Baixos. O sistema assegura uma forte ligação entre as instituições de formação e as escolas através de acordos de parceria. Os professores estagiários realizam 25% do seu currículo na prática pedagógica nas escolas, sob a orientação de mentores qualificados. O sistema garante também a qualidade através de critérios rigorosos e da avaliação por uma agência independente, contribuindo para o sucesso escolar nos Países Baixos.
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
Formação de Professores na Holanda
1. ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO JEAN PIAGET DE ALMADA
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DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES E
DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA
A formação inicial de professores em contexto de ensino nos Países Baixos
Sobre um texto de Febe Jansen
Unidade Curricular de Seminário e Projeto
Docente: Maria Helena Salgado
Discente: Mário Barradas
nº 45999
Licenciatura em Professores do Ensino Básico – Educação Musical
2013
2. A formação inicial de professores em contexto de ensino nos Países Baixos
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Febe Jansen
Ministra da Cultura, Educação e Ciência dos Países Baixos (vulgo Holanda),
docente na Universidade de Utrecht e responsável pelo departamento de educação.
Os Países Baixos compreendem a Lei do Ensino Superior e Investigação que,
auxiliada por algumas organizações, coloca em prática uma série de procedimentos,
para que o professor-estagiário consiga as melhores capacidades para a sua vida ativa
docente e, acima de tudo, para que o professor-formador seja perspicaz e eficiente na
emancipação ativa do seu discente, atitude que irá ser refletida em todo o seu
percurso educacional.
A Lei do Ensino Superior e Investigação atribui programas de estudo para uma
preparação prática para o exercício profissional, sempre direcionada para a natureza
do mentoring & coaching, ou seja, o estágio do estudante é dominado pela orientação
e treinamento educacional, sendo que 25% do currículo dos estudantes compreendem
a prática pedagógica.
Para que tudo funcione, torna-se imperativa a existência de uma união entre a
escola e os institutos de formação de professores.
1. Acordos de parceria entre instituições de formação inicial de professores e
escolas: os diferentes papéis desempenhados por cada parceiro
Para uma melhor verificação de resultados, entre 2004 e 2006 foram
acompanhados 267 conselhos executivos de escolas ligadas à formação de
professores. Concluiu-se que 85% das escolas participantes e instituições de formação
de formadores estabeleceram contratos, mantendo os estagiários no local de trabalho.
Para a validade futura desses contratos estabeleceram-se acordos, entre os quais:
O número de estagiários na escola;
Quem avalia os estudantes e quais os critérios de avaliação;
A sintonização da teoria com a prática;
As atividades de formação.
3. A formação inicial de professores em contexto de ensino nos Países Baixos
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Na formação de professores, o campo didático da disciplina de especialização
domina toda a evolução académica.
2. Qual é o perfil requerido para que o docente da escola se torne um orientador ou
um tutor dos professores-estudantes no contexto da escola e como é que eles
são preparados para organizarem esquemas eficazes de mentoring & coaching?
O professor-formador (mentor) desempenha tarefas de formação, supervisão,
coordenação e de aconselhamento. Ao organizar-se nestes parâmetros, o professor-
formador torna altamente eficaz os seus procedimentos, permitindo ao aluno-
estagiário ser extremamente eficiente.
Aqui, a VELON – Vereniging Lerarenopleiders Nederland, uma organização de
formadores de professores nas escolas tem um papel fulcral no auxílio e aplicação da
prática docente ao estagiário.
3. As relações entre as instituições de formação de professores e as escolas no que
respeita ao desenvolvimento profissional dos seus professores e o
desenvolvimento organizacional das escolas
As escolas cumprem rigorosos critérios de qualidade na formação dos
docentes. A NVAO - Nederlands-Vlaamse Accreditatieorganisatie, uma organização
holandesa e flamenga de acreditação, assegura a qualidade da formação e dos
projetos de formação levados a cabo na escola.
Para auxiliar todo este procedimento de qualidade, existe ainda a Inspeção da
Educação, funcionando como um braço ativo do Ministério da Cultura, Educação e
Ciência dos Países Baixos.
Neste país, a liberdade convive com o rigor sem que nenhum seja posto em
causa. Embora haja lacunas, como em qualquer sistema, estas são minimizadas pelo
elevado, mas não excessivo, controlo na formação de docentes. Só assim se explica o
sucesso escolar nos Países Baixos, um dos melhores da Europa. Não só em Portugal se
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deveriam ser tomadas medidas para igualar ou aproximar o nosso sistema ao
holandês, como deveria de existir uma inspeção mais rigorosa para não permitir tantas
lacunas, pelo menos na Lei de Bases do Sistema Educativo.
Bibliografia:
Relatório Europeu sobre a Qualidade do Ensino Superior (2000) – Comissão Europeia,
Direção Geral da Educação e Cultura;
Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia – Conferência
Desenvolvimento profissional de professores para a qualidade e para a equidade da
Aprendizagem ao longo da Vida (2007).