O poema critica as pessoas que usam máscaras e fingem ser virtuosas para obter ganhos, ao contrário do "tu" mencionado, que é autêntico e não teme perigos. Fala também da hipocrisia daqueles cujas ações só visam lucro e que se escondem atrás de falsas aparências, diferentemente do "tu" corajoso.
1. [PORQUE]
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina caiada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética, Lisboa, Caminho, 2010
2. Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Caiados – referência bíblica a
túmulos belos por fora, mas muito
diferentes por dentro.
Dividendo – lucro, no sentido
financeiro da palavra
Lia Cleto e Mariya Shevchuk, 9ºB
3. [PORQUE]
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina caiada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética, Lisboa, Caminho, 2010
4. Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Caiados – referência bíblica a
túmulos belos por fora, mas muito
diferentes por dentro.
Dividendo – lucro, no sentido
financeiro da palavra
Lia Cleto e Mariya Shevchuk, 9ºB