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História da Informática Educativa no Brasil Profª Marta Lyrio
Primeiros Passos Na década de 70, o Brasil iniciava os seus primeiros passos em busca de um caminho próprio para a informatização de sua sociedade, fundamentado na crença de que tecnologia não se compra, mas é criada e construída por pessoas.  Buscava-se construir uma base que garantisse uma real capacitação nacional nas atividades de informática, em benefício do desenvolvimento social, político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira.  Uma capacitação que garantisse autonomia tecnológica, tendo como base a preservação da soberania nacional.  Na busca de maior garantia de segurança e desenvolvimento da nação, o Brasil estabeleceu políticas públicas voltadas para a construção de uma indústria própria. Tais políticas condicionaram a adoção de medidas protecionistas adotadas pela área.
Desta forma o Governo Brasileiro deu origem à SEI - Secretaria Especial de Informática, que nasceu como órgão executivo do Conselho de Segurança Nacional da Presidência da República, em plena época da ditadura militar.  Este órgão tinha por finalidade regulamentar, supervisionar e fomentar o desenvolvimento e a transição tecnológica do setor.   Com a criação da SEI, como órgão responsável pela coordenação e execução da Política Nacional de Informática, buscava-se fomentar e estimular a informatização da sociedade brasileira, voltada para a capacitação científica e tecnológica capaz de promover a autonomia nacional, baseada em princípios e diretrizes fundamentados na realidade brasileira e decorrentes das atividades de pesquisas e da consolidação da indústria nacional.  Entretanto, para o alcance de seus objetivos seria preciso estender as aplicações da informática aos diversos setores e atividades da sociedade, no sentido de examinar as diversas possibilidades de parceria e solução aos problemas nas diversas áreas: educação, energia, saúde, agricultura, cultura e defesa nacional.
Participação do MEC Assim, o Ministério da Educação tomou a dianteira do processo, acreditando que o equacionamento adequado da relação informática e educação seria uma das condições importantes para o alcance do processo de informatização da sociedade brasileira.  A partir desta visão, em 1982, o MEC assumiu o compromisso para a criação de instrumentos e mecanismos necessários que possibilitassem o desenvolvimento de estudos e o encaminhamento da questão, colocando-se à disposição para implementação de projetos que permitissem o desenvolvimento das primeiras investigações na área.
I Seminário Nacional de Informática na Educação – 1981 / UNB  Foi criada uma equipe intersetorial com a participação de representantes da SEI, MEC, CNPq e FINEP, visando o planejamento das primeiras ações na área. Como prioritário, essa equipe percebeu a necessidade de uma consulta permanente à comunidade técnico-científica nacional, para discutir estratégias de planejamento que refletissem as preocupações e o interesse da comunidade nacional.  Objetivo:  discutir as possibilidades de utilização do computador no processo ensino-aprendizagem, enfocando aspectos teóricos e a aplicabilidade em todos os níveis de ensino.
Deste seminário surgiram várias recomendações norteadoras do movimento e que até hoje continuam influenciando a condução de políticas públicas na área.  ,[object Object]
Que os aspectos técnicos-econômicos sejam equacionados não em função das pressões de mercado, mas dos benefícios sócio-educacionais.
Preservação das funções do professor: Que o computador seja considerado como um meio de ampliação das funções do professor e jamais para substituí-lo.
Atenção para que a política na área fortaleça e apóie a indústria nacional de Informática
Criação de projetos-piloto de caráter experimental com implantação limitada, objetivando a realização de pesquisa sobre a utilização da Informática no processo educacional.,[object Object]
Recomendações: ,[object Object]
Que os computadores fossem um meio auxiliar do processo educacional, devendo se submeter aos fins da educação e não determiná-los.
As aplicações em Informática na educação não deveriam ser restritas ao 2º grau, de acordo com a proposta inicial do Governo Federal
A priorização da formação de professor quanto aos aspectos teóricos, participação em pesquisas e experimentação, além do envolvimento com a tecnologia do computador. ,[object Object]
Criação da CI/IE – Comissão Especial de Informática na Educação - 1983 ligada à SEI, CSN e à Presidência da República.  Desta comissão faziam parte membros do MEC, SEI, CNPQ FINEP e EMBRATEL. Objetivo: elaboração de subsídios para a um futuro Programa de Informática na Educação que possibilitasse a implantação dos centros-piloto sugeridos nos referidos encontros e colaborasse no delineamento dos principais instrumentos de ação.  Em março de 1983, esta Comissão apresentou o documento Projeto EDUCOM
Criação do Projeto EDUCOM – Educação com Computadores - 1983 Objetivo Geral:  ,[object Object],[object Object]
Promover a implantação de cinco centros-piloto em instituições de reconhecida capacidade científica e tecnológica, nas áreas de Informática na Educação.
Capacitar os recursos humanos envolvidos na implantação e implementação do Projeto Educom, com a finalidade de atender às necessidades do setor de Informática na Educação, suprindo-os das competências técnico-científicas necessárias para o exercício de sua atividade profissional.
Acompanhar e avaliar as experiências desenvolvidas pelos centros-piloto participantes do experimento.
Disseminar os resultados produzidos pelos centros-piloto. ,[object Object]
Criação do Comitê Assessor de Informática para Educação de 1º e 2º graus (CAIE) – 1986/1987 Objetivo Geral: definir os rumos da política nacional de informática educacional, a partir do Projeto Educom. As suas principais ações foram: ,[object Object]
Implantação de Centros de Informática Educacional (CIEs) para atender cerca de 100.000 usuários, em convênio dom as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.
Definição e organização de cursos de formação de professores do CIEs e efetuar a avaliação e reorganização do Projeto Educom. ,[object Object]
As suas principais ações foram: ,[object Object]
Projeto Formar, operacionalizado através de dois cursos de especialização em informática na educação, em nível de pós-graduação lato sensu, realizados na UNICAMP, que visava à formação de professores das diversas secretarias estaduais de educação e das escolas técnicas federais.
Projeto Cede que visava à implantação Centros de Informática na Educação, como centros irradiadores e multiplicadores (a partir do Projeto Formar) da tecnologia da informática para as escolas públicas . Este projeto desenvolveu-se em 3 linhas:

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História da informática educativa no Brasil

  • 1. História da Informática Educativa no Brasil Profª Marta Lyrio
  • 2. Primeiros Passos Na década de 70, o Brasil iniciava os seus primeiros passos em busca de um caminho próprio para a informatização de sua sociedade, fundamentado na crença de que tecnologia não se compra, mas é criada e construída por pessoas. Buscava-se construir uma base que garantisse uma real capacitação nacional nas atividades de informática, em benefício do desenvolvimento social, político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira. Uma capacitação que garantisse autonomia tecnológica, tendo como base a preservação da soberania nacional. Na busca de maior garantia de segurança e desenvolvimento da nação, o Brasil estabeleceu políticas públicas voltadas para a construção de uma indústria própria. Tais políticas condicionaram a adoção de medidas protecionistas adotadas pela área.
  • 3. Desta forma o Governo Brasileiro deu origem à SEI - Secretaria Especial de Informática, que nasceu como órgão executivo do Conselho de Segurança Nacional da Presidência da República, em plena época da ditadura militar. Este órgão tinha por finalidade regulamentar, supervisionar e fomentar o desenvolvimento e a transição tecnológica do setor.  Com a criação da SEI, como órgão responsável pela coordenação e execução da Política Nacional de Informática, buscava-se fomentar e estimular a informatização da sociedade brasileira, voltada para a capacitação científica e tecnológica capaz de promover a autonomia nacional, baseada em princípios e diretrizes fundamentados na realidade brasileira e decorrentes das atividades de pesquisas e da consolidação da indústria nacional. Entretanto, para o alcance de seus objetivos seria preciso estender as aplicações da informática aos diversos setores e atividades da sociedade, no sentido de examinar as diversas possibilidades de parceria e solução aos problemas nas diversas áreas: educação, energia, saúde, agricultura, cultura e defesa nacional.
  • 4. Participação do MEC Assim, o Ministério da Educação tomou a dianteira do processo, acreditando que o equacionamento adequado da relação informática e educação seria uma das condições importantes para o alcance do processo de informatização da sociedade brasileira. A partir desta visão, em 1982, o MEC assumiu o compromisso para a criação de instrumentos e mecanismos necessários que possibilitassem o desenvolvimento de estudos e o encaminhamento da questão, colocando-se à disposição para implementação de projetos que permitissem o desenvolvimento das primeiras investigações na área.
  • 5. I Seminário Nacional de Informática na Educação – 1981 / UNB Foi criada uma equipe intersetorial com a participação de representantes da SEI, MEC, CNPq e FINEP, visando o planejamento das primeiras ações na área. Como prioritário, essa equipe percebeu a necessidade de uma consulta permanente à comunidade técnico-científica nacional, para discutir estratégias de planejamento que refletissem as preocupações e o interesse da comunidade nacional. Objetivo: discutir as possibilidades de utilização do computador no processo ensino-aprendizagem, enfocando aspectos teóricos e a aplicabilidade em todos os níveis de ensino.
  • 6.
  • 7. Que os aspectos técnicos-econômicos sejam equacionados não em função das pressões de mercado, mas dos benefícios sócio-educacionais.
  • 8. Preservação das funções do professor: Que o computador seja considerado como um meio de ampliação das funções do professor e jamais para substituí-lo.
  • 9. Atenção para que a política na área fortaleça e apóie a indústria nacional de Informática
  • 10.
  • 11.
  • 12. Que os computadores fossem um meio auxiliar do processo educacional, devendo se submeter aos fins da educação e não determiná-los.
  • 13. As aplicações em Informática na educação não deveriam ser restritas ao 2º grau, de acordo com a proposta inicial do Governo Federal
  • 14.
  • 15. Criação da CI/IE – Comissão Especial de Informática na Educação - 1983 ligada à SEI, CSN e à Presidência da República. Desta comissão faziam parte membros do MEC, SEI, CNPQ FINEP e EMBRATEL. Objetivo: elaboração de subsídios para a um futuro Programa de Informática na Educação que possibilitasse a implantação dos centros-piloto sugeridos nos referidos encontros e colaborasse no delineamento dos principais instrumentos de ação. Em março de 1983, esta Comissão apresentou o documento Projeto EDUCOM
  • 16.
  • 17. Promover a implantação de cinco centros-piloto em instituições de reconhecida capacidade científica e tecnológica, nas áreas de Informática na Educação.
  • 18. Capacitar os recursos humanos envolvidos na implantação e implementação do Projeto Educom, com a finalidade de atender às necessidades do setor de Informática na Educação, suprindo-os das competências técnico-científicas necessárias para o exercício de sua atividade profissional.
  • 19. Acompanhar e avaliar as experiências desenvolvidas pelos centros-piloto participantes do experimento.
  • 20.
  • 21.
  • 22. Implantação de Centros de Informática Educacional (CIEs) para atender cerca de 100.000 usuários, em convênio dom as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.
  • 23.
  • 24.
  • 25. Projeto Formar, operacionalizado através de dois cursos de especialização em informática na educação, em nível de pós-graduação lato sensu, realizados na UNICAMP, que visava à formação de professores das diversas secretarias estaduais de educação e das escolas técnicas federais.
  • 26. Projeto Cede que visava à implantação Centros de Informática na Educação, como centros irradiadores e multiplicadores (a partir do Projeto Formar) da tecnologia da informática para as escolas públicas . Este projeto desenvolveu-se em 3 linhas:
  • 27. Cies: Centros de Informática na Educação Superior
  • 28. Cede: Centros de Informática na Educação de 1º e 2º graus
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33. Possibilitar a criação de uma nova ecologia cognitiva nos ambientes escolares mediante incorporação adequada das novas tecnologias de informação pelas escolas.
  • 34. Propiciar uma educação voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico.
  • 35.
  • 36. Projeto Um Computador por Aluno - UCA iniciativa do Governo Federal que visa distribuir a cada estudante da Rede Pública do Ensino Básico Brasileiro um laptop voltado à educação. A intenção do Programa é inovar os sistemas de ensino para melhorar a qualidade da educação no país Governo federal vai comprar 54 mil computadores para Programa de Inclusão Digital
  • 37. Cenário Atual Poucas controvérsias quanto a necessidade do uso dos computadores em sala de aula Percepção dos educadores de que o processo de informatização da sociedade brasileira é irreversível e que se a escola também não se informatizar, correrá o risco de não ser mais compreendida pelas novas gerações
  • 38. Links Interessantes Principais projetos criados ao longo do processo de informatização da educação no Brasil  História da informática educacional no Brasil observada a partir de três projetos públicos.  Museu da Computação e Informática UCA  , 
  • 39. REFERÊNCIAS: TAJRA, S.F. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor da atualidade. Ed. Érica, São Paulo, 2001. LUCENA, M. Uma análise da atualidade da Informática na Educação no Brasil: o caso do município do Rio de Janeiro MORAES, M.C. Informática Educativa no Brasil: um pouco de História, em aberto, ano 12, n 57, 1993 PROJETO PROINFO disponível em ww.proinfo.gov.br