SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
LIGAÇÃO QUÍMICA EM COMPOSTOS DE
COORDENAÇÃO


Teoria do Campo Cristalino
Teorias Electrostácticas anteriores


  Base: Simples conhecimento das cargas, dimensões atómicas,
  polaridades e momentos dipolares das espécies intervenientes
  na espécie complexa.
  • aplicações de equações simples da electrostática
                 (atracção e repulsão Coulombica).
  • Configurações lineares, tetraédricas e octaédricas
                                   correspondem à mínima repulsão
  electrostáctica.
                     (Ligandos como cargas pontuais ou dipolos).
               Boa previsão de energias de ligação
Limitações:

1) Mais de um tipo de estrutura para o mesmo número
   de coordenação.


3) Estabilidade de complexos com ligandos não
   polares (CO).


5) Estabilidade, cor, magnetismo.
Teoria da Ligação Química em
                   Compostos de Coordenação
 Teorias Iniciais:                Werner (postulados)

                  a) a maior parte dos elementos possuem dois tipos de
                     valência:
                                  primária e secundária

  Alfred Werner   b) há tendência para satisfazer os dois tipos de valência.
  (Nobel 1913)
                  d) as valências secundárias são dirigidas no espaço e
                     levam a configurações geométricas bem determinadas.

            “Valência primária”         ESTADO DE OXIDAÇÃO
       “Valência secundária”         NÚMERO DE COORDENAÇÃO
As cores dos compostos de coordenação representavam um mistério para
o Werner, isto foi esclarecido entre 1930 e 1960 com a descrição da estrutura
electrónica baseada nas orbitais.
Teoria do Campo Cristalino

                    Bethe (1929)
                    Schlapp e Penney (1932)
      Van Vleck     Van Vleck (1932)
     (1899-1980)
    (Nobel Física
        1977)


 Noção básica

 Os cinco orbitais d têm igual energia num ião livre de acções
 exteriores no estado gasoso (degenerados) e não podem
 permanecer equivalentes na presença de um campo eléctrico
 com direcções previlegiadas, tal como existe nos sólidos.
Teoria do Campo Cristalino
• Levantamento da degenerescência dos orbitais d
   – (∆O , ∆T ,……) energias na gama do “visível”
    – séries espectroquímicas

• Energia de estabilização de Campo de Ligando

•   Campo fraco e Campo forte

    – configurações de spin-alto e spin-baixo
    – ordem de grandeza do ∆ e das energias de emparelhamento
    – previsão do número de transições electrónicas
Modelos de estrutura electrónica
• Existem dois modelos para descrever a
  estrutura electrónica dos complexos de metais
  do bloco d
• Teoria do Campo Cristalino, surgiu da analise
  dos espectros dos iões de metais do bloco d em
  sólidos
• Teoria do Campo Ligando, surge da aplicação
  da TOM, baseia-se na TCC, explica uma maior
  quantidade de propriedades
Metais de Transição
          Elementos principais (s,p)




                                                           Períodos
            Metais de Transição


                        bloco d             bloco p

bloco s                                               Lantanídeos

                                                      Actinídeos
                                  bloco f
Orbitais atómicos



   Orbitais d
Os electrões do elemento central situados em orbitais dirigidos
para os ligandos devem sofrer mais fortemente a acção do
campo eléctrico (maior energia).



                                          x2-y2 yz     z2    xz xy
                                         orbital d na presença de um
Energia      orbital d na ausência de    campo eléctrico exterior com
           campo exterior (ião gasoso)         simetria esférica


           x2-y2 yz     z2    xz xy




Consideremos agora que a aproximação de ligandos não cria
uma esfera uniforme mas se concentra nos pontos de
coordenação do ligando ao metal.
Sendo assim as orbitais do elemento central que estiverem
 dirigidos para os ligandos, aumentam de energia (menos
 estáveis), os restantes diminuem de energia (mais estáveis).
 A energia total do sistema deve permanecer constante.

Exemplo:
                                                      campo octaédrico

                                    campo esférico
                                                                           eg
                                                           x2-y2 z2




                                                                           t2g
                ausência de                               yz   xz     xy
               campo exterior
octaédrica
              x2-y2 yz z2 xz xy


    Na presença de um campo octaédrico, as orbitais d se desdobram em
    uma serie de menor energia, triplamente degenerada (t2g) e noutra serie de
    maior energia duplamente degenerada (eg) separados por uma energia
    igual a ∆o
Orientação das 5 orbitais d
em relação aos ligandos
numcomplexo octaédrico.
Orbitais degeneradas
eg e t2g
x2-y2, z2   aumento de energia     na direcção dos ligandos




   xy, yz, xz   diminuição de energia    entre os ligandos
Campo esférico    Octaédrico - Oh


                                eg




                                t2g
   e - duplamente degenerado
   t - triplamente degenerado
Complexo Octaédrico

A diferença de energia entre os níveis eg e t2g é dado pelo
parâmetro, ∆oct. O seu valor é 10 Dq.
                           Octaédrico - Oh

                                           eg
  Campo esférico
                                                  ∆o≡ 10 Dq


                                            t2g
                                           eg
                            dx -y dz
                              2   2    2
                                                  + 3/5 ∆o = + 6 Dq



                                            t2g   -2/5 ∆o = - 4 Dq
                          dyz dxz dxy
A propriedade mais simples que pode ser interpretada
através da Teoria do Campo Cristalino é o Espectro de
Absorção dum complexo com um electrão d.


                                           Na figura se mostra o espectro de
                                           Absorção do ião [Ti(H2O)6]3+ com uma
                                           configuração d1.

                                           A Teoria do Campo Cristalino atribui o
                                           primeiro máximo de absorção a 20300
                                           cm-1 à transição entre as orbitais t2g e
                                           as eg . Podemos identificar o valor de
                                           20300 cm-1 com o valor de ∆o



                                           Para complexos com mais de um
                                           electrão é mais difícil obter valores de
Espectro de Absorção do ião [Ti(H2O)6]3+   ∆o
3+
EXEMPLOS:                                                           3+


  • Configuração electrónica: d1

   [Ti(OH2)6]3+
   Cor violeta
                                        eg
                                                         3/5 ∆oct


                                                         2/5 ∆oct
                                             t2g


                           1 electrão              t2g

                           EECL= 1 x ( 2/5 )∆oct
eg                               eg
                      hν                               ∆o


                t2g                              t2g



Espectro de absorção: λmax = 510 nm = 243 kJ mol-1


           A          490-580 nm




                                   λ / nm

      1 nm = 10-7 cm λ = 500 nm = 5x10-5 cm
A ocorrência de bandas de absorção na região do visível
(radiação electromagnética ) é devida à transformação da
energia do fotão incidente em energia cinética/potencial
dos electrões (em orbitais d).

A molécula, após absorver energia passa de um estado
electrónico a outro.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Teoria dos orbitais moleculares
Teoria dos orbitais molecularesTeoria dos orbitais moleculares
Teoria dos orbitais moleculares
Alex Junior
 
Hibridização - Orbitais
Hibridização - OrbitaisHibridização - Orbitais
Hibridização - Orbitais
Isabella Silva
 
Quimica333 hibridizacao do carbono
Quimica333 hibridizacao  do carbonoQuimica333 hibridizacao  do carbono
Quimica333 hibridizacao do carbono
Edlas Junior
 
Química analítica qualitativa p1
Química analítica qualitativa   p1Química analítica qualitativa   p1
Química analítica qualitativa p1
Danielle Cruz
 
Plano de aula 02 introdução à química orgânica 3º médio
Plano de aula 02 introdução à química orgânica 3º médioPlano de aula 02 introdução à química orgânica 3º médio
Plano de aula 02 introdução à química orgânica 3º médio
Escola Pública/Particular
 
Termoquímica 2o ano
Termoquímica  2o anoTermoquímica  2o ano
Termoquímica 2o ano
Karol Maia
 
Aula 15 -_química_orgânica
Aula 15 -_química_orgânicaAula 15 -_química_orgânica
Aula 15 -_química_orgânica
LukasSeize
 

Mais procurados (20)

Teoria dos orbitais moleculares
Teoria dos orbitais molecularesTeoria dos orbitais moleculares
Teoria dos orbitais moleculares
 
Compostos de Coordenação
 Compostos de Coordenação Compostos de Coordenação
Compostos de Coordenação
 
Estudo dos aldeídos e cetonas 011
Estudo dos aldeídos e cetonas 011 Estudo dos aldeídos e cetonas 011
Estudo dos aldeídos e cetonas 011
 
Números Quânticos: Introdução
Números Quânticos: IntroduçãoNúmeros Quânticos: Introdução
Números Quânticos: Introdução
 
Química orgânica 3º ano COMPLETO
Química orgânica 3º ano   COMPLETOQuímica orgânica 3º ano   COMPLETO
Química orgânica 3º ano COMPLETO
 
Hibridização - Orbitais
Hibridização - OrbitaisHibridização - Orbitais
Hibridização - Orbitais
 
Introdução a Quimica orgânica
Introdução a Quimica orgânicaIntrodução a Quimica orgânica
Introdução a Quimica orgânica
 
Geometria de complexos
Geometria de complexosGeometria de complexos
Geometria de complexos
 
Teoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalinoTeoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalino
 
Química Orgânica: introdução ao estudo do carbono
Química Orgânica: introdução ao estudo do carbonoQuímica Orgânica: introdução ao estudo do carbono
Química Orgânica: introdução ao estudo do carbono
 
Quimica333 hibridizacao do carbono
Quimica333 hibridizacao  do carbonoQuimica333 hibridizacao  do carbono
Quimica333 hibridizacao do carbono
 
Aula 03 - Estrutura dos átomos e moléculas
Aula 03 - Estrutura dos átomos e moléculasAula 03 - Estrutura dos átomos e moléculas
Aula 03 - Estrutura dos átomos e moléculas
 
Hibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicosHibridização de orbitais atômicos
Hibridização de orbitais atômicos
 
Química analítica qualitativa p1
Química analítica qualitativa   p1Química analítica qualitativa   p1
Química analítica qualitativa p1
 
Plano de aula 02 introdução à química orgânica 3º médio
Plano de aula 02 introdução à química orgânica 3º médioPlano de aula 02 introdução à química orgânica 3º médio
Plano de aula 02 introdução à química orgânica 3º médio
 
Analise conformacional
Analise conformacionalAnalise conformacional
Analise conformacional
 
Termoquímica 2o ano
Termoquímica  2o anoTermoquímica  2o ano
Termoquímica 2o ano
 
Aula 15 -_química_orgânica
Aula 15 -_química_orgânicaAula 15 -_química_orgânica
Aula 15 -_química_orgânica
 
Aula 6 aromaticidade
Aula 6   aromaticidadeAula 6   aromaticidade
Aula 6 aromaticidade
 
Reações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e CetonasReações de Aldeídos e Cetonas
Reações de Aldeídos e Cetonas
 

Destaque

582459657.estrutura atomica(pafor)
582459657.estrutura atomica(pafor)582459657.estrutura atomica(pafor)
582459657.estrutura atomica(pafor)
Ricardo França
 
Teoria e estrutura atômica carlinhos - cópia
Teoria e estrutura atômica carlinhos - cópiaTeoria e estrutura atômica carlinhos - cópia
Teoria e estrutura atômica carlinhos - cópia
Joao Victor
 
O modelo atômico de dalton
O modelo atômico de daltonO modelo atômico de dalton
O modelo atômico de dalton
Daniele Prado
 
Modelos atomicos rutherford
Modelos atomicos rutherfordModelos atomicos rutherford
Modelos atomicos rutherford
Jhorlando
 
Modelo atômico de dalton
Modelo atômico de daltonModelo atômico de dalton
Modelo atômico de dalton
Arthur Coelho
 
Aula 1 estrutura atômica
Aula 1 estrutura atômicaAula 1 estrutura atômica
Aula 1 estrutura atômica
Fernando Lucas
 
Aula estrutura atomica
Aula estrutura atomicaAula estrutura atomica
Aula estrutura atomica
dandias5
 

Destaque (20)

simetria-molecular-2
 simetria-molecular-2 simetria-molecular-2
simetria-molecular-2
 
Simetria molecular e grupo de ponto[1]
Simetria molecular e grupo de ponto[1]Simetria molecular e grupo de ponto[1]
Simetria molecular e grupo de ponto[1]
 
582459657.estrutura atomica(pafor)
582459657.estrutura atomica(pafor)582459657.estrutura atomica(pafor)
582459657.estrutura atomica(pafor)
 
Modelo de Rutherford
Modelo de RutherfordModelo de Rutherford
Modelo de Rutherford
 
Teoria e estrutura atômica carlinhos - cópia
Teoria e estrutura atômica carlinhos - cópiaTeoria e estrutura atômica carlinhos - cópia
Teoria e estrutura atômica carlinhos - cópia
 
Qet2006 1
Qet2006 1Qet2006 1
Qet2006 1
 
2016 evolução do modelo atômico
2016   evolução do modelo atômico2016   evolução do modelo atômico
2016 evolução do modelo atômico
 
O modelo atômico de dalton
O modelo atômico de daltonO modelo atômico de dalton
O modelo atômico de dalton
 
Teoria atômica
Teoria atômicaTeoria atômica
Teoria atômica
 
Aula modelo atômico bohr 2013
Aula modelo atômico bohr   2013Aula modelo atômico bohr   2013
Aula modelo atômico bohr 2013
 
Modelos atomicos rutherford
Modelos atomicos rutherfordModelos atomicos rutherford
Modelos atomicos rutherford
 
Modelo atômico de bohr
Modelo atômico de bohrModelo atômico de bohr
Modelo atômico de bohr
 
Modelo atômico de dalton
Modelo atômico de daltonModelo atômico de dalton
Modelo atômico de dalton
 
QUIMICA CLASE 2
QUIMICA CLASE 2QUIMICA CLASE 2
QUIMICA CLASE 2
 
Aula 1 estrutura atômica
Aula 1 estrutura atômicaAula 1 estrutura atômica
Aula 1 estrutura atômica
 
Aula estrutura atomica
Aula estrutura atomicaAula estrutura atomica
Aula estrutura atomica
 
Estrutura Atomica
Estrutura AtomicaEstrutura Atomica
Estrutura Atomica
 
Estrutura atômica
Estrutura atômica Estrutura atômica
Estrutura atômica
 
Modelo atómico de Bohr
Modelo atómico de BohrModelo atómico de Bohr
Modelo atómico de Bohr
 
Quimica basica estrutura
Quimica basica estruturaQuimica basica estrutura
Quimica basica estrutura
 

Semelhante a Campo cristalino-1

Anexo 5 -_aula_em_power_point_sobre_estrutura_da_materia_2009
Anexo 5 -_aula_em_power_point_sobre_estrutura_da_materia_2009Anexo 5 -_aula_em_power_point_sobre_estrutura_da_materia_2009
Anexo 5 -_aula_em_power_point_sobre_estrutura_da_materia_2009
Kelly Freitas
 
Propriedades Periódicas - Marcelo C..pptx
Propriedades Periódicas - Marcelo C..pptxPropriedades Periódicas - Marcelo C..pptx
Propriedades Periódicas - Marcelo C..pptx
GregoryMarkblood
 
Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO 2012
Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO  2012Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO  2012
Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO 2012
Paulo Filho
 
Aula 05 modelo atômico de bohr diagrama de pauling
Aula 05 modelo atômico  de bohr   diagrama de paulingAula 05 modelo atômico  de bohr   diagrama de pauling
Aula 05 modelo atômico de bohr diagrama de pauling
Colegio CMC
 
Aula18 eletroquimica (2) (1)
Aula18 eletroquimica (2) (1)Aula18 eletroquimica (2) (1)
Aula18 eletroquimica (2) (1)
Mary Furuta
 
Aula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptx
Aula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptxAula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptx
Aula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptx
DaniDu3
 
Sandrogreco Aula 3 Estrutura EletrôNica E Tabela PerióDica Quim. Geral
Sandrogreco Aula 3   Estrutura EletrôNica E Tabela PerióDica   Quim. GeralSandrogreco Aula 3   Estrutura EletrôNica E Tabela PerióDica   Quim. Geral
Sandrogreco Aula 3 Estrutura EletrôNica E Tabela PerióDica Quim. Geral
Profª Cristiana Passinato
 

Semelhante a Campo cristalino-1 (20)

Aula geral-meri
Aula  geral-meriAula  geral-meri
Aula geral-meri
 
ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...
ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...
ESTUDO DAS PROPRIEDADES DIELÉTRICAS E ELÉTRICAS DA CERÂMICA Mg4Nb2O9 ADICIONA...
 
Livro ligação química de complexos
Livro ligação química de complexosLivro ligação química de complexos
Livro ligação química de complexos
 
Anexo 5 -_aula_em_power_point_sobre_estrutura_da_materia_2009
Anexo 5 -_aula_em_power_point_sobre_estrutura_da_materia_2009Anexo 5 -_aula_em_power_point_sobre_estrutura_da_materia_2009
Anexo 5 -_aula_em_power_point_sobre_estrutura_da_materia_2009
 
Estrutura da materia_atomo
Estrutura da materia_atomoEstrutura da materia_atomo
Estrutura da materia_atomo
 
aula 2 - - o modelo atômico de Bohr.pptx
aula 2 - - o modelo atômico de Bohr.pptxaula 2 - - o modelo atômico de Bohr.pptx
aula 2 - - o modelo atômico de Bohr.pptx
 
Propriedades Periódicas - Marcelo C..pptx
Propriedades Periódicas - Marcelo C..pptxPropriedades Periódicas - Marcelo C..pptx
Propriedades Periódicas - Marcelo C..pptx
 
Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO 2012
Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO  2012Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO  2012
Modelo Quântico - Aprofundamento MÁXIMO 2012
 
Propriedades periodicas
Propriedades periodicas Propriedades periodicas
Propriedades periodicas
 
Aula 05 modelo atômico de bohr diagrama de pauling
Aula 05 modelo atômico  de bohr   diagrama de paulingAula 05 modelo atômico  de bohr   diagrama de pauling
Aula 05 modelo atômico de bohr diagrama de pauling
 
Desdobramento no campo octaédrico
Desdobramento no campo octaédricoDesdobramento no campo octaédrico
Desdobramento no campo octaédrico
 
Interação Coerente no Acoplamento dos Lasers de Fentosegundos e de Diodo em V...
Interação Coerente no Acoplamento dos Lasers de Fentosegundos e de Diodo em V...Interação Coerente no Acoplamento dos Lasers de Fentosegundos e de Diodo em V...
Interação Coerente no Acoplamento dos Lasers de Fentosegundos e de Diodo em V...
 
Aula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptx
Aula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptxAula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptx
Aula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptx
 
Aula18 eletroquimica (2) (1)
Aula18 eletroquimica (2) (1)Aula18 eletroquimica (2) (1)
Aula18 eletroquimica (2) (1)
 
Aula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptx
Aula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptxAula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptx
Aula 1 - Estrutura atômica e eletrônica.pptx
 
Constituicao atomica da materia
Constituicao atomica da materiaConstituicao atomica da materia
Constituicao atomica da materia
 
Constituicao atomica da materia
Constituicao atomica da materiaConstituicao atomica da materia
Constituicao atomica da materia
 
Sandrogreco Aula 3 Estrutura EletrôNica E Tabela PerióDica Quim. Geral
Sandrogreco Aula 3   Estrutura EletrôNica E Tabela PerióDica   Quim. GeralSandrogreco Aula 3   Estrutura EletrôNica E Tabela PerióDica   Quim. Geral
Sandrogreco Aula 3 Estrutura EletrôNica E Tabela PerióDica Quim. Geral
 
Aula 5 - Teoria dos Orbitais Moleculares.pptx
Aula 5 - Teoria dos Orbitais Moleculares.pptxAula 5 - Teoria dos Orbitais Moleculares.pptx
Aula 5 - Teoria dos Orbitais Moleculares.pptx
 
Exame unificado de fisica 2012 1 solution
Exame unificado de fisica 2012 1 solutionExame unificado de fisica 2012 1 solution
Exame unificado de fisica 2012 1 solution
 

Último

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 

Último (20)

Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 

Campo cristalino-1

  • 1. LIGAÇÃO QUÍMICA EM COMPOSTOS DE COORDENAÇÃO Teoria do Campo Cristalino
  • 2. Teorias Electrostácticas anteriores Base: Simples conhecimento das cargas, dimensões atómicas, polaridades e momentos dipolares das espécies intervenientes na espécie complexa. • aplicações de equações simples da electrostática (atracção e repulsão Coulombica). • Configurações lineares, tetraédricas e octaédricas correspondem à mínima repulsão electrostáctica. (Ligandos como cargas pontuais ou dipolos). Boa previsão de energias de ligação
  • 3. Limitações: 1) Mais de um tipo de estrutura para o mesmo número de coordenação. 3) Estabilidade de complexos com ligandos não polares (CO). 5) Estabilidade, cor, magnetismo.
  • 4. Teoria da Ligação Química em Compostos de Coordenação Teorias Iniciais: Werner (postulados) a) a maior parte dos elementos possuem dois tipos de valência: primária e secundária Alfred Werner b) há tendência para satisfazer os dois tipos de valência. (Nobel 1913) d) as valências secundárias são dirigidas no espaço e levam a configurações geométricas bem determinadas. “Valência primária” ESTADO DE OXIDAÇÃO “Valência secundária” NÚMERO DE COORDENAÇÃO As cores dos compostos de coordenação representavam um mistério para o Werner, isto foi esclarecido entre 1930 e 1960 com a descrição da estrutura electrónica baseada nas orbitais.
  • 5. Teoria do Campo Cristalino Bethe (1929) Schlapp e Penney (1932) Van Vleck Van Vleck (1932) (1899-1980) (Nobel Física 1977) Noção básica Os cinco orbitais d têm igual energia num ião livre de acções exteriores no estado gasoso (degenerados) e não podem permanecer equivalentes na presença de um campo eléctrico com direcções previlegiadas, tal como existe nos sólidos.
  • 6. Teoria do Campo Cristalino • Levantamento da degenerescência dos orbitais d – (∆O , ∆T ,……) energias na gama do “visível” – séries espectroquímicas • Energia de estabilização de Campo de Ligando • Campo fraco e Campo forte – configurações de spin-alto e spin-baixo – ordem de grandeza do ∆ e das energias de emparelhamento – previsão do número de transições electrónicas
  • 7. Modelos de estrutura electrónica • Existem dois modelos para descrever a estrutura electrónica dos complexos de metais do bloco d • Teoria do Campo Cristalino, surgiu da analise dos espectros dos iões de metais do bloco d em sólidos • Teoria do Campo Ligando, surge da aplicação da TOM, baseia-se na TCC, explica uma maior quantidade de propriedades
  • 8. Metais de Transição Elementos principais (s,p) Períodos Metais de Transição bloco d bloco p bloco s Lantanídeos Actinídeos bloco f
  • 9. Orbitais atómicos Orbitais d
  • 10. Os electrões do elemento central situados em orbitais dirigidos para os ligandos devem sofrer mais fortemente a acção do campo eléctrico (maior energia). x2-y2 yz z2 xz xy orbital d na presença de um Energia orbital d na ausência de campo eléctrico exterior com campo exterior (ião gasoso) simetria esférica x2-y2 yz z2 xz xy Consideremos agora que a aproximação de ligandos não cria uma esfera uniforme mas se concentra nos pontos de coordenação do ligando ao metal.
  • 11. Sendo assim as orbitais do elemento central que estiverem dirigidos para os ligandos, aumentam de energia (menos estáveis), os restantes diminuem de energia (mais estáveis). A energia total do sistema deve permanecer constante. Exemplo: campo octaédrico campo esférico eg x2-y2 z2 t2g ausência de yz xz xy campo exterior octaédrica x2-y2 yz z2 xz xy Na presença de um campo octaédrico, as orbitais d se desdobram em uma serie de menor energia, triplamente degenerada (t2g) e noutra serie de maior energia duplamente degenerada (eg) separados por uma energia igual a ∆o
  • 12. Orientação das 5 orbitais d em relação aos ligandos numcomplexo octaédrico. Orbitais degeneradas eg e t2g
  • 13. x2-y2, z2 aumento de energia na direcção dos ligandos xy, yz, xz diminuição de energia entre os ligandos
  • 14. Campo esférico Octaédrico - Oh eg t2g e - duplamente degenerado t - triplamente degenerado
  • 15. Complexo Octaédrico A diferença de energia entre os níveis eg e t2g é dado pelo parâmetro, ∆oct. O seu valor é 10 Dq. Octaédrico - Oh eg Campo esférico ∆o≡ 10 Dq t2g eg dx -y dz 2 2 2 + 3/5 ∆o = + 6 Dq t2g -2/5 ∆o = - 4 Dq dyz dxz dxy
  • 16. A propriedade mais simples que pode ser interpretada através da Teoria do Campo Cristalino é o Espectro de Absorção dum complexo com um electrão d. Na figura se mostra o espectro de Absorção do ião [Ti(H2O)6]3+ com uma configuração d1. A Teoria do Campo Cristalino atribui o primeiro máximo de absorção a 20300 cm-1 à transição entre as orbitais t2g e as eg . Podemos identificar o valor de 20300 cm-1 com o valor de ∆o Para complexos com mais de um electrão é mais difícil obter valores de Espectro de Absorção do ião [Ti(H2O)6]3+ ∆o
  • 17. 3+ EXEMPLOS: 3+ • Configuração electrónica: d1 [Ti(OH2)6]3+ Cor violeta eg 3/5 ∆oct 2/5 ∆oct t2g 1 electrão t2g EECL= 1 x ( 2/5 )∆oct
  • 18. eg eg hν ∆o t2g t2g Espectro de absorção: λmax = 510 nm = 243 kJ mol-1 A 490-580 nm λ / nm 1 nm = 10-7 cm λ = 500 nm = 5x10-5 cm
  • 19. A ocorrência de bandas de absorção na região do visível (radiação electromagnética ) é devida à transformação da energia do fotão incidente em energia cinética/potencial dos electrões (em orbitais d). A molécula, após absorver energia passa de um estado electrónico a outro.