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ATIVO DIFERIDO 
O Ativo Diferido caracterizava-se por evidenciar os recursos aplicados na realização de 
despesas que, por contribuírem para a formação do resultado de mais de um exercício 
social futuro, somente eram apropriadas às contas de resultado à medida e na proporção 
em que essa contribuição influencia a geração do resultado de cada exercício. 
O Ativo Diferido deveria ser avaliado pelo valor do capital aplicado, ou seja, o valor dos 
gastos realizados, deduzido do saldo das contas que registrem a sua amortização (art. 183 
da Lei nº 6.404/76, na redação anterior à MP 449/2008). 
O grupo Ativo Diferido, classificado no até então denominado Ativo Permanente, 
apresentava, em geral, as seguintes contas: 
I - gastos de implantação e pré-operacionais; 
II - gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos; 
III - gastos de implantação de sistemas e métodos; 
IV - gastos de reorganização ou reestruturação. 
A PARTIR DE 01.01.2008 
A partir de 01.01.2008, classificavam-se no ativo diferido as despesas pré-operacionais 
e os gastos de reestruturação que contribuiriam, efetivamente, para o aumento do 
resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma 
redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional. 
Base: Lei 11.638/2007. 
RESULTADOS NA FASE PRÉ-OPERACIONAL OU NA EXPANSÃO 
Além dos gastos efetivados pela empresa na fase pré-operacional ou na expansão, eram 
também registrados no grupo do Ativo Diferido os resultados eventuais obtidos nessa fase 
e que são utilizados ou mantidos para empregar no empreendimento em andamento, como 
por exemplo: venda de bens e receita financeira de recursos ainda não aplicados.
Assim, se a empresa obtivesse receitas financeiras, deveria considerar essas receitas como 
dedução das despesas financeiras lançadas no próprio Ativo Diferido, e se ultrapassarem 
esse valor, deverá deduzi-las das outras despesas pré-operacionais, mediante registro em 
uma conta específica à parte, como redução das despesas pré-operacionais. No caso da 
venda de bens, o ganho apurado será registrado como redução dos gastos pré-operacionais. 
Por outro lado, se ocorresse prejuízo, esse valor era acrescido ao Ativo 
Diferido. 
CONTABILIZAÇÃO - EXEMPLO 
Gastos de pesquisa e desenvolvimento de produtos: 
D - Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos (Ativo Diferido) 
C – Bancos cta. Movimento (Ativo Circulante) 
AMORTIZAÇÃO 
De acordo com a Lei nº 6.404/76 e o art. 327 do RIR/99, a amortização dos valores 
registrados no Ativo Diferido deveria ser feita em prazo não inferior a cinco anos e não 
superior a dez anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que passem 
a ser usufruídos os benefícios delas decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital 
aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, 
ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para 
amortizá- los. 
A contrapartida da amortização do Ativo Diferido deveria ser lançada em Despesas ou 
Custos Operacionais. 
Exemplo: 
Amortização de gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos:
D – Amortizações do Diferido (Conta de Resultado) 
C – Amortizações Acumuladas – Gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos 
(Ativo Diferido). 
EXTINÇÃO DO ATIVO DIFERIDO 
A MP 449/2008 modificou a composição dos grupos patrimoniais, e estabeleceu que o 
ativo não-circulante será composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, 
imobilizado e intangível, não citando o diferido. Portanto, este subgrupo deixa de 
existir. 
SALDOS EM 31.12.2008 
O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, 
não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa 
classificação até sua completa amortização. 
Base: art. 299-A da Lei 6.404/1976 (incluído pela MP 449/2008).

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Ativo diferido

  • 1. ATIVO DIFERIDO O Ativo Diferido caracterizava-se por evidenciar os recursos aplicados na realização de despesas que, por contribuírem para a formação do resultado de mais de um exercício social futuro, somente eram apropriadas às contas de resultado à medida e na proporção em que essa contribuição influencia a geração do resultado de cada exercício. O Ativo Diferido deveria ser avaliado pelo valor do capital aplicado, ou seja, o valor dos gastos realizados, deduzido do saldo das contas que registrem a sua amortização (art. 183 da Lei nº 6.404/76, na redação anterior à MP 449/2008). O grupo Ativo Diferido, classificado no até então denominado Ativo Permanente, apresentava, em geral, as seguintes contas: I - gastos de implantação e pré-operacionais; II - gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos; III - gastos de implantação de sistemas e métodos; IV - gastos de reorganização ou reestruturação. A PARTIR DE 01.01.2008 A partir de 01.01.2008, classificavam-se no ativo diferido as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuiriam, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional. Base: Lei 11.638/2007. RESULTADOS NA FASE PRÉ-OPERACIONAL OU NA EXPANSÃO Além dos gastos efetivados pela empresa na fase pré-operacional ou na expansão, eram também registrados no grupo do Ativo Diferido os resultados eventuais obtidos nessa fase e que são utilizados ou mantidos para empregar no empreendimento em andamento, como por exemplo: venda de bens e receita financeira de recursos ainda não aplicados.
  • 2. Assim, se a empresa obtivesse receitas financeiras, deveria considerar essas receitas como dedução das despesas financeiras lançadas no próprio Ativo Diferido, e se ultrapassarem esse valor, deverá deduzi-las das outras despesas pré-operacionais, mediante registro em uma conta específica à parte, como redução das despesas pré-operacionais. No caso da venda de bens, o ganho apurado será registrado como redução dos gastos pré-operacionais. Por outro lado, se ocorresse prejuízo, esse valor era acrescido ao Ativo Diferido. CONTABILIZAÇÃO - EXEMPLO Gastos de pesquisa e desenvolvimento de produtos: D - Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos (Ativo Diferido) C – Bancos cta. Movimento (Ativo Circulante) AMORTIZAÇÃO De acordo com a Lei nº 6.404/76 e o art. 327 do RIR/99, a amortização dos valores registrados no Ativo Diferido deveria ser feita em prazo não inferior a cinco anos e não superior a dez anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que passem a ser usufruídos os benefícios delas decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá- los. A contrapartida da amortização do Ativo Diferido deveria ser lançada em Despesas ou Custos Operacionais. Exemplo: Amortização de gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos:
  • 3. D – Amortizações do Diferido (Conta de Resultado) C – Amortizações Acumuladas – Gastos com pesquisa e desenvolvimento de produtos (Ativo Diferido). EXTINÇÃO DO ATIVO DIFERIDO A MP 449/2008 modificou a composição dos grupos patrimoniais, e estabeleceu que o ativo não-circulante será composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível, não citando o diferido. Portanto, este subgrupo deixa de existir. SALDOS EM 31.12.2008 O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização. Base: art. 299-A da Lei 6.404/1976 (incluído pela MP 449/2008).