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CONTRIBUIÇÃO
AOS
FUNDOS
BAHÁ’’ÍS

I
II
CONTRIBUIÇÃO
AOS
FUNDOS
BAHÁ’’ÍS
COMPILAÇÃO DE CARTAS E ESCRITOS DE
SHOGHI EFFENDI SOBRE
“O SANGUE VITAL DA CAUSA”
PREPARADA PELA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA
Incluso duas seções preparadas pela
Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Reino Unido

III
Título original em inglês: Lifeblood of the Cause
c 2004
Todos os direitos reservados:
Editora Bahá’í do Brasil
C.P. 198
13800-970 - Mogi Mirim - SP
www.bahai.org.br/editora
ISBN: 85-320-0101-7
1ª EDIÇÃO: 2004
Tradução:Osmar Mendes
Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo
Impressão: R.Vieira Gráfica e Editora - Campinas, SP

IV
CONTEÚDO

Prefácio

VII

I

A IMPORTÂNCIA DE CONTRIBUIR

II

A RESPONSABILIDADE DAS ASSEMBLÉIAS NA
ADMINISTRAÇÃO DOS FUNDOS BAHÁ’ÍS

24

III

QUEM PODE CONTRIBUIR AOS FUNDOS BAHÁ’ÍS?

28

IV

O DESENVOLVIMENTO DOS FUNDOS LOCAL
E NACIONAL DA FÉ

33

A NECESSIDADE DE ADMINISTRAR
DEVIDAMENTE OS FUNDOS BAHÁ’ÍS

40

V

Bibliografia

1

51

V
VI
PREFÁCIO
O Fundo Bahá’í é uma instituição de nossa Fé – o sangue
vital que permite que o trabalho da Causa seja mantido. O
desenvolvimento da Fé depende totalmente da estabilidade
financeira das instituições locais, nacionais e internacionais, então
a importância do Fundo não deve ser subestimada.
Esta compilação é dividida em cinco seções: as primeiras
três foram originalmente publicadas pela Casa Universal de Justiça
em 1971 e as duas finais pela Assembléia Espiritual Nacional dos
Bahá’ís do Reino Unido como um acréscimo as recentes cartas
da Casa Universal de Justiça, ampliando sua guia. Alguns destes
procedimentos podem parecer que foram sugeridos a um país em
particular, porém os princípios expressados são de aplicação
universal, independentes de lugar ou tempo e para a ordem
administrativa bahá’í, seja ela local ou nacional.
Os textos compilados contêm somente citações do Amado
Guardião, Shoghi Effendi, e da Casa Universal de Justiça, não
foram compilados os Textos Sagrados das Figuras Centrais da Fé
Bahá’í. Todavia, relembramos estas Palavras Sagradas de
Bahá’u’lláh sobre Sua misericórdia em aceitar as contribuições
dos bahá’ís, sejam elas de pequeno ou grande valor:
“Não recusamos tais benefícios materiais que Nos
pudessem aliviar as aflições. Cada um de Nossos
companheiros, entretanto, será Nossa testemunha de
VII
que Nossa sagrada Corte está santificada de tais
benefícios materiais e muito acima deles. Nós, porém,
aceitamos enquanto confinados nesta Prisão, aquelas
coisas das quais os infiéis tentaram Nos privar. Se for
encontrado um homem disposto a erguer, em Nosso
Nome, um edifício de ouro e prata, ou uma casa
adornada de pedras preciosas de inestimável valor,
este desejo, sem dúvida, será atendido. Ele,
verdadeiramente, faz o que quer e ordena o que Lhe
apraz.”
(Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 80)

Editora Bahá’í do Brasil

VIII
I
A IMPORTÂNCIA

DE

CONTRIBUIR

1. Devemos ser como uma fonte que está continuamente se
esvaziando de tudo o que tem e está sempre sendo preenchida
por uma fonte invisível. Continuamente dar para o bem de nossos
semelhantes sem se deixar atemorizar pelo medo da pobreza, e
confiante na infalível generosidade da Fonte de toda riqueza e todo
bem – eis o segredo do bem-viver.
(Shoghi Effendi, citado em Bahá’í News 13, ed. de setembro/1926, p. 1)

2. E como o progresso e expansão das atividades espirituais
dependem e estão condicionadas aos meios materiais, é de absoluta
necessidade que imediatamente, após o estabelecimento tanto das
Assembléias Locais como das Nacionais, um Fundo Bahá’í deve
ser estabelecido para ser colocado sobre o controle exclusivo da
Assembléia Espiritual. Todas as doações e contribuições devem
ser oferecidas ao tesoureiro da Assembléia, para o propósito
específico da promoção dos interesses da Causa em todas as
localidades ou país. É uma obrigação sagrada de todo seguidor
fiel e consciencioso, servo de Bahá’u’lláh, que deseja ver Sua
Causa progredir – contribuir livre e generosamente para o
crescimento daquele Fundo. Os membros da Assembléia Espiritual
irão despender os valores contribuídos à sua própria discrição na
promoção de campanhas de ensino, para ajudar os necessitados,
estabelecer instituições educacionais bahá’ís e ampliar, por todos
os meios possíveis, sua esfera de serviços. Espero sinceramente
1
que todos os amigos, conscientes da necessidade desta medida,
esforçar-se-ão ao máximo para contribuir, embora inicialmente de
uma forma modesta, para o rápido estabelecimento e aumento
daquele Fundo.
(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 12 de março de 1923, aos bahá’ís do
Ocidente, publicada em Bahá’í Administration, pp. 41-41)

3. Para que vocês possam reforçar esta Campanha de Ensino
– tão vitalmente necessária nestes dias – e conduzir, de forma
apropriada e eficaz, o restante de suas inúmeras atividades, tanto
espirituais como humanitárias, é urgentemente necessário
estabelecer aquele Fundo central, o qual, se generosamente apoiado
e sustentado pelos amigos, seja individualmente ou pelas
Assembléias Espirituais Locais, irá desde logo possibilitar a vocês
executarem seus planos com rapidez e vigor.
(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 6 de maio de 1923, à Assembléia
Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,
publicada em Bahá’í Administration, p. 49)

4. Com relação ao Fundo Bahá’í, recentemente estabelecido
entre os amigos, confio que o assunto agora esteja claro para todos,
no país inteiro. Como eu havia previamente mencionado, embora
os amigos, individualmente, e as Assembléias Locais, sejam
absolutamente livres para especificar a finalidade e o objeto de
suas contribuições à Assembléia Espiritual Nacional, ainda assim,
em minha opinião, considero da máxima e vital importância que os
indivíduos, como também as Assembléias Locais, em todas as
partes, tendo em vista a importância maior do ensino nacional, e
como uma prova de sua absoluta confiança em seus representantes
nacionais, se esforcem, embora de forma modesta no início, para
contribuírem livremente para o sustento e aumento do Fundo Bahá’í
2
Nacional, de forma que os membros da Assembléia Nacional
possam, à sua total discrição, aplicá-lo em qualquer atividade que
julguem mais urgente e necessária.
(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 26 de novembro de 1923, à
Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís dos Estados Unidos e Canadá,
publicada em Bahá’í Administration, pp. 53-54)

5. ... Cabe à Assembléia Espiritual Nacional de... aplicar seu
julgamento sobre em que extensão os recursos à sua disposição
lhe permite ajudar financeiramente os empreendimentos individuais
dos amigos. Se a resposta dos amigos e das Assembléias aos
apelos feitos em nome do Fundo Nacional for imediata, contínua e
generosa, a Assembléia Nacional pode, tenho certeza, justificar
sua simpatia, boa vontade e cooperação genuína com qualquer
empreendimento bahá’í individual. Contudo, neste estágio inicial
de nosso trabalho, eu fortemente recomendaria, mais ainda, apelaria
que os amigos não dissipassem seus esforços, mas buscassem,
após franca, madura e contínua deliberação, chegar a uma
conclusão comum sobre quais são as necessidades e exigências
mais urgentes da hora, e, tendo chegado a uma visão unificada de
seus pontos de vista, devem partir para apoiá-la e reforçá-la com
presteza, firmeza e compreensão.
(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 16 de janeiro de 1925, à Assembléia
Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,
publicada em Bahá’í Administration, pp. 76-77)

6. ... Para que o trabalho das Assembléias Espirituais
Nacionais possa ser eficazmente conduzido, incumbe aos seus
membros considerar a possibilidade do estabelecimento de um
centro adequado e permanente para suas atividades, o qual deverá
ser ampla e oficialmente anunciado e ser reconhecido como a sede
3
nacional de seu secretariado. A ela deverão ser endereçadas todas
as comunicações, sejam de indivíduos, das Assembléias dentro
de sua jurisdição, da Terra Santa e de outros países. Sua primeira
obrigação será manter contato estreito e regular, sem exceção,
discriminação ou favorecimento, com as várias localidades e crentes
isolados sob sua jurisdição, e de forma rápida e diligente
compartilhar com eles, como também com todos os amigos no
exterior, qualquer assunto comum a todos e de interesse geral.
Para que esta meta tão esperada possa materializar-se e o padrão
de eficiência ser mantido, a instituição do Fundo Nacional é de
importância fundamental. Irei, incessantemente, solicitar aos amigos
e às Assembléias Espirituais Locais em toda a ... para se levantarem,
de coração e alma, e contribuírem generosa e regularmente para
manter e fazer crescer o Fundo do qual irá depender em grande
parte o sucesso de seus empreendimentos. Pessoalmente, estou
instruindo a Assembléia Espiritual de... , cujos serviços prestados
à Causa de Bahá’u’lláh, na ... e em outros países, de ordem moral
como também financeira, estão indelevelmente gravados em meu
coração, para concentrar suas energias e apoiar com seus recursos
as instituições gêmeas da Assembléia Espiritual Nacional e do
Fundo Nacional. Confio que ambas serão em breve fortalecidas
de forma a poder ombrear o peso que agora recai sobre os
abnegados amigos de... .
(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 25 de março de 1925,
à Assembléia Espiritual Nacional da Índia e Birmânia)

7. Quanto aos sacrifícios materiais para o bem-estar da
Causa, ele deseja que vocês entendam que os interesses gerais da
Causa têm precedência sobre os interesses dos indivíduos em
particular. Por exemplo, as contribuições ao bem-estar dos
indivíduos são secundárias às contribuições para os Fundos Local,
4
Nacional e do Templo. Esta é a uma instrução geral. Naturalmente,
ajudar as pessoas em casos especiais, se os amigos puderem, é
também desejável e meritório.
(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi dirigida a dois bahá’ís,
em 24 de novembro de 1925)

8. Em conexão com a instituição do Fundo Nacional e do
sistema orçamentário definido nas atas da Assembléia Espiritual
Nacional, sinto-me impelido a lembrar a vocês da necessidade de
terem sempre em mente o princípio cardeal de que todas as
contribuições ao Fundo devem ser pura e estritamente de caráter
voluntário. Deve ficar claro e evidente a todos que qualquer forma
de compulsão, por mais leve ou indireta que seja, é basicamente
contrária ao princípio subjacente à formação do Fundo, desde
que este foi concebido. Embora os apelos de ordem geral,
cuidadosamente expressados, comoventes e dignificados em tom,
sejam bem-vindos sob todas as circunstâncias, deve ser deixado
inteiramente à discrição de cada crente consciencioso decidir sobre
a natureza, o valor e a finalidade de sua contribuição para a
propagação da Causa.
(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 10 de janeiro de 1926, à Assembléia
Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,
publicada em Bahá’í Administration, p. 101)

9. ... O Fundo Nacional deve ser firmemente estabelecido,
generosamente sustentado e apoiado de forma universal e contínua,
por ser indispensável ao progresso e às realizações futuras. A
“Carta Noticiosa” deve ser ampliada, amplamente distribuída e
utilizada como um meio de divulgação de informações, para
coordenar atividades e assegurar o apoio de todos os amigos para
as instituições da Causa. Fortemente recomendo que vocês
5
assegurem o sucesso desses dois órgãos essenciais e básicos de
nosso trabalho.
(Em manuscrito de Shoghi Effendi, anexado à carta datada de
25 de maio de 1926, escrita em seu nome a um bahá’í)

10. Em tempos de desapontamento, estresse e ansiedade, que
certamente teremos de enfrentar, lembro aos amigos dos
sofrimentos de nosso falecido Mestre. O trabalho de vocês, suas
energias, vigilância e atenções, cercados de amorosa bondade,
são acervos que muito valorizo e louvo. Mantenham-se dessa
forma; perseverem; redobrem seus esforços; repitam e reescrevam
as advertências e instruções de nosso Bem-Amado em suas
comunicações aos indivíduos e Assembléias, até que as mesmas
penetrem profundamente em seus corações e mentes. Esta era
verdadeiramente a forma de agir de nosso Bem-Amado, e deve
ser o método e a melhor forma de agir a adotarmos sempre. O
trabalho atual de seus pioneiros certamente será lembrado e
louvado pelas gerações futuras. Minhas orações serão sempre
oferecidas a vocês. Em assuntos de contribuições não devemos
usar qualquer forma compulsória e assegurar claramente sua
utilização na finalidade estipulada pelo doador. Devemos fazer
apelos, mas nunca coagir os amigos.
(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso a carta de 9 de julho de 1926,
escrita em seu nome a um bahá’í)

11. Como bahá’ís, devemos seguir o método do Profeta.
Sabemos que a Causa irá por fim prevalecer e que suas fileiras
serão unidas de forma completa. Sabemos, também, que as
promessas do Mestre serão todas realizadas; portanto, por que
nos desencorajarmos diante de oposição ou dificuldades triviais
6
que encontramos em nosso caminho? Ao contrário, devemos
aumentar ainda mais nosso zelo e persistir em nossas orações e
esforços. Shoghi Effendi já tomou as medidas necessárias e, por
carta e também por telegrama, recomendou que “os amigos dêem
apoio moral e financeiro ao Fundo Nacional”. Sempre leva algum
tempo para que as pessoas mudem de uma forma de administração
para outra. Até o presente, estavam acostumados em pensar na
Assembléia Local como a instituição mais próxima do Centro da
Causa, e levará algum tempo e preparação antes que aceitem outra
instituição superior. O mesmo problema existia na América e por
algum tempo o trabalho do Corpo Nacional pareceu estar
paralisado, mas através de contatos pessoais e da lembrança
incessante de Shoghi Effendi, o problema foi resolvido e agora
vemos a Assembléia Nacional ser reconhecida como o único corpo
administrativo encarregado de assuntos que estão além da jurisdição
puramente local das Assembléias Locais.
(7 de setembro de 1926, à Assembléia Espiritual Nacional da Índia e
Birmânia, publicado em Dawn of a New Day; pp13-14)

12. ... Venho estimulando que eles apoiem de forma consistente
e decidida as instituições essenciais e vitais do Fundo Nacional e
da Assembléia Espiritual Nacional. Deve ficar claro a todos que o
apoio contínuo a essas duas instituições é a pedra angular de todas
as realizações futuras, a fonte de energia da qual fluirão todas as
bênçãos futuras.
(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta acima)

13. ... sinto que devemos considerar como axiomático e
princípio guia da administração bahá’í na condução de toda
atividade bahá’í específica, a diferença existente entre os
7
empreendimentos de caráter humanitário, filantrópico ou de
caridade que sejam no futuro realizados sob auspícios bahá’ís, e
aqueles que já se tenham identificados com a Fé e que sejam
considerados como tais, aos quais podem ser convidados seus
apoiadores fiéis e dedicados para participarem e colaborarem.
Pois, independente da consideração das complicações
embaraçosas que a associação com não-bahá’ís, no apoio
financeiro das instituições de caráter estritamente bahá’í, possa
certamente engendrar na administração da comunidade bahá’í do
futuro, deve ser lembrado que essas instituições bahá’ís específicas,
as quais devem ser consideradas à luz das dádivas de Bahá’u’lláh
concedidas ao mundo, unicamente poderão ser criadas e mantidas
com o apoio daqueles que são inteiramente conscientes dos
objetivos da Causa e, sem nenhuma reserva, submissos aos
postulados inerentes à Revelação de Bahá’u’lláh.
No caso, porém, quando um amigo ou simpatizante da Fé
ansiosamente insiste em fazer alguma contribuição monetária para
a promoção da Fé, tais doações devem ser aceitas e devidamente
anotadas pelos representantes eleitos dos crentes com o claro
entendimento que serão utilizadas exclusivamente para propósitos
filantrópicos ou de caridade. Pois, à medida que a Fé de Bahá’u’lláh
amplia seu escopo e influência, e os recursos das comunidades
bahá’ís de forma idêntica se multiplicam, tornar-se-á cada vez mais
necessário diferenciar entre os departamentos da tesouraria bahá’í,
aqueles que são como provedores das necessidades do mundo
em geral e aqueles que são especificamente designados para
promover os interesses diretos da própria Fé.
Decorrente deste aparente divórcio entre as atividades bahá’ís
e as de caráter humanitário, não se deve inferir, porém, que o
propósito que anima a Fé de Bahá’u’lláh seja contrário aos
objetivos e atividades das instituições humanitárias e filantrópicas
8
existentes. Pelo contrário, deve ser bem entendido por cada um
dos promotores conscientes da Fé que num estágio inicial da
evolução e cristalização da Causa como o que vivemos, tais medidas
discriminatórias e de precaução são inevitáveis e até mesmo
necessárias, para que as nascentes instituições da Fé possam surgir
e se desenvolver de forma triunfante e desimpedida dos atuais
reboliços de confusões e muitas vezes dos conflitantes interesses
que as cercam.
Esta nota de advertência não deve ser julgada de forma indevida
em um tempo quando, inflamada pela calorosa paixão decorrente
da visão do término recente do Mashriqu’l-Adhkar, não devemos
somente sentirmo-nos aptos a aquiescer ao desejo daqueles que
ainda não se iniciaram na Causa e que estão desejosos de ajudar
financeiramente suas instituições, mas também até mesmo sentirmonos inclinados a solicitar deles a ajuda que se dispuserem a
contribuir. Nosso é, com absoluta certeza, o dever supremo de
nos dedicarmos à realização de nosso dever mais sagrado que,
nos dias à frente, nem a língua da maledicência, nem a pena do
malévolo possam ousar insinuar que um Edifício tão belo e tão
significativo foi erigido por nenhum outro recurso senão os
decorrentes dos esforços unânimes, exclusivos e sacrificais de um
pequeno mas determinado corpo de apoiadores conscientes da
Fé de Bahá’u’lláh. Quão delicada é nossa tarefa, quão premente a
responsabilidade que pesa sobre nós, que somos chamados a, de
um lado, preservar inviolável a integridade e a identidade da Fé
regeneradora de Bahá’u’lláh e, de outro, vindicar seus amplos
princípios, de vasto alcance e igualmente humanitários. Na verdade,
não podemos deixar de entender que o presente estágio de nosso
trabalho é extremamente limitado em número de contribuintes
capazes de dar amplo apoio financeiro a um empreendimento tão
vasto, tão elaborado e de custo considerável. Estamos
9
perfeitamente conscientes das inúmeras e variadas atividades bahá’ís
que são imprescindíveis conhecermos para a conclusão vitoriosa
do Plano de Ação Unificada. Ainda não somos bem conscientes
da premente necessidade de que um edifício que, por ser uma
incorporação adequada e concreta do espírito que anima a Causa,
deve ser erigido no coração do continente americano, tanto como
uma testemunha como um centro de encontro das inúmeras
atividades de uma Fé em rápido crescimento. Mas, estimulados
por estas reflexões, não devemos decidir e agir, como nunca antes,
apressando por todos os meios possíveis a consumação desta tarefa
tão meritória e absorvente? Peço a vocês, queridos amigos, não
considerarem a questão de números ou a constatação das limitações
de seus recursos, ou mesmo a experiência de inevitáveis reveses
que tão poderoso empreendimento poderá acarretar, não
permitindo anuviar-se sua visão, diminuir suas esperanças ou
paralisar seus esforços na persecução de sua tarefa divinamente
definida. Nem, também, eu lhes peço, se permitam que coisa alguma
em seu caminho possa obstruir aqueles canais de graça vivificadora,
a qual, sozinha, provê a inspiração e a força vital não somente
para a realização vitoriosa de sua construção material, como para
o cumprimento de seu elevado destino.
(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 25 de outubro de 1929 aos bahá’ís
dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í Administration, pp. 182-184)

14. Vocês perguntam sobre planos através dos quais fundos
podem ser levantados para o Templo. Shoghi Effendi crê que o
método melhor e mais nobre é ter doações livres para o crescimento
da Causa, feitas espontaneamente e com o senso de sacrifício. É
com sacrifício que este Templo terá de ser construído. Este é o
método verdadeiramente digno. Este princípio, portanto, exclui

10
qualquer método através do qual a ajuda de não-bahá’ís poderá
ser incluída. Um Templo Bahá’í deve ser construído unicamente
por bahá’ís; não é uma atividade humanitária comum na qual a
ajuda de qualquer pessoa pode ser solicitada. De qualquer forma,
porém, Shoghi Effendi já explicou bem este assunto à Assembléia
Espiritual Nacional e vocês podem referir-se à ela para maiores
esclarecimentos.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual de
Kenosha, Wisconsin, publicada em Bahá’í News 64, ed. de julho/1932, p. 4)

15. Mesmo considerando que Shoghi Effendi estimula a todo
crente sacrificar-se ao máximo a fim de contribuir para o Fundo
da Assembléia Nacional, ainda assim ele jamais iria recomendar
aos amigos incorrerem em dívidas para tal propósito. Somos
solicitados a dar o que temos, não o que não possuímos,
especialmente se tal ato causar sofrimento aos outros. Em tais
assuntos, devemos usar de um julgamento criterioso e de sabedoria,
e também confiar em outros bahá’ís devotados.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
em 4 de maio de 1932, a um bahá’í)

16. Shoghi Effendi deseja que eu acuse recebimento de sua
carta datada de 8 de maio de 1932, informando a ele de alguns
incidentes ocorridos durante a Convenção deste ano, especialmente
quando foi feito o levantamento de contribuições aos fundos para
o Templo. Ele ficou muito feliz ao saber do maravilhoso espírito
que prevaleceu durante as reuniões, pois é unicamente através de
um espírito de devoção como o demonstrado, e dos sacrifícios
dos amigos, que a Causa pode prosperar e sua mensagem ser
difundida no mundo inteiro.
11
Foi também maravilhoso ver o interesse demonstrado pelo
público nas reuniões gerais que fizeram parte do programa da
Convenção. Shoghi Effendi espera que à medida em que o Templo
for gradualmente completado, esse interesse cresça ainda mais e
que as pessoas participem do espírito que motiva os amigos e,
aceitando a Fé de Bahá’u’lláh, se levantem para servi-la e dediquem
suas vidas em sua difusão.
Tais reuniões para o levantamento de fundos são permitidas se
feitas para inspirar um verdadeiro espírito de sacrifício, porém não
se deve quando a audiência é especialmente estimulada por uma
frenética psicologia de massa para induzir as pessoas a pagar.
Shoghi Effendi tem repetidamente afirmado que nenhuma forma
de pressão deve ser usada junto aos amigos, e pressão psicológica
está nessa categoria. Mas existe grande diferença entre tais
reuniões, muitas vezes usadas em outras religiões, e uma atmosfera
devocional, de verdadeiro silêncio, quando a pessoa, por si mesma,
se levanta para fazer algum sacrifício pessoal. A diferença é muito
sutil, mas cabe ao coordenar usar de seus poderes de dirigente da
reunião para estar atento em uma forma condigna de levantamento
de fundos que não seja corrompida por outra. Todas as atividades
da Causa devem ser realizadas de uma forma digna.
Shoghi Effendi tem certeza que os fundos reunidos na última
Convenção não foram devidos ao exercício de psicologia de massa,
mas decorreram de uma atitude em oração de parte dos amigos e
de seu desejo sincero de fazer sacrifícios adicionais pela Causa.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 28 de maio de 1932, a
um bahá’í, publicada em Bahá’í News 67, ed. de outubro/1932, p. 5)

17. ... Suas doações ao Templo, como também a notável
maneira na qual vocês estão ajudando os crentes em seus esforços
12
de ampliar o escopo de seu trabalho publicitário, são também
contribuições reais e duradouras que vocês estão fazendo à Fé. E,
embora atualmente vocês não estejam podendo contribuir
financeiramente como fizeram em anos passados, vocês não devem
sentir-se desencorajados, muito menos desapontados. Pois a
melhor maneira pela qual vocês podem efetivamente apoiar a
concretização do Templo, não é através de meios materiais, mas
pela ajuda moral que é sua obrigação primária prestar àqueles que
estão encarregados da construção daquele singular e sagrado
Edifício. É a devoção, a sinceridade e o entusiasmo genuíno que, a
longo prazo, podem assegurar a conclusão de nosso bem-amado
Templo. Considerações materiais, embora essenciais, não são a
mais vital, de forma alguma. Fosse de outra maneira, o Templo
jamais teria chegado ao estágio de progresso que já alcançou de
forma tão positiva. Pois os recursos da comunidade são limitados,
e foram severamente afetados durante os dois últimos anos por
uma crise econômica mundial sem precedente. Mas a despeito de
todos esses obstáculos materiais, o Templo teve um progresso
firme e isso, em particular, é suficiente para convencer a qualquer
observador não preconceituoso do poder divino que anima a Fé –
uma força diante da qual todas as dificuldades materiais devem
inevitavelmente desvanecer-se.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
em 30 dezembro de 1933, a dois bahá’ís)

18. ... Ele deseja que vocês, em especial, alertem os crentes
da necessidade de manter o fluxo de suas contribuições ao Templo,
e também enfatizem a importância da instituição do Fundo Nacional
Bahá’í como um meio indispensável para o crescimento e expansão
do Movimento. As contribuições a este fundo constituem,
adicionalmente, uma forma prática e efetiva através da qual todo
13
crente pode testar a medida e caráter de sua fé, e provar em ações
a intensidade de sua devoção e apego à Causa.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 25 de setembro de
1934, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,
publicada em Bahá’í News 88, ed. de novembro/1934, pp. 1-2)

19. ... O Guardião recomendaria à sua Assembléia continuar
a alertar os crentes sobre a necessidade de suas contribuições
regulares ao Fundo Nacional, independentemente de existir ou não
uma emergência a ser atendida. Nada a não ser um fluxo contínuo
de contribuições àquele fundo pode, em verdade, assegurar a
estabilidade financeira sobre a qual muito do progresso das
instituições da Fé devem agora, inevitavelmente, depender.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 29 de julho de 1935, à
Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em
Bahá’í News 95, ed. de 5/outubro/1935, p. 1)

20. Com a expansão das atividades da comunidade bahá’í
americana, e com seu prestígio mundial igualmente aumentando, a
instituição do Fundo Nacional, que é a base da qual todas as outras
instituições devem necessariamente depender e ser estabelecidas,
adquire uma importância fundamental e deve ser crescentemente
apoiada pelo inteiro corpo dos crentes, tanto em suas capacidades
individuais como através de esforços coletivos, seja organizado
em grupos ou em Assembléias Locais. O suprimento de fundos,
em apoio à tesouraria nacional, constitui-se, no tempo presente, o
sangue vital dessas nascentes instituições, as quais vocês estão
trabalhando para erigir. Sua importância não pode seguramente
ser super-estimada. Bênçãos incontáveis com certeza irão coroar
cada esforço dirigido àquele fim. Espero com ansiedade e em

14
espírito de oração as notícias de uma expansão sem precedentes
em um órgão tão vital da Ordem Administrativa de nossa Fé.
(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta acima)

21. Quanto à sua pergunta concernente às contribuições ao
Fundo do Templo: os amigos devem com certeza ser encorajados,
e até mesmo instados a apoiar financeiramente esse projeto, como
também outras instituições nacionais da Causa. Mas eles não
devem, sob nenhuma circunstância, ser exigidos de assim o fazerem.
Com relação à idéia de “dar o que a pessoa puder”: isso não
significa colocar um limite, ou mesmo excluir a possibilidade de
auto-sacrifício. Não pode haver limitações às contribuições da
pessoa ao fundo nacional. Quanto mais alguém puder contribuir,
melhor, especialmente quando tais ofertas exigem o sacrifício de
outras necessidades e desejos da parte do doador. Quanto maior
o sacrifício, mais meritório será, com certeza, aos olhos de Deus.
Pois, afinal de contas, não é tanto a quantia dos oferecimentos que
importa, mas, sim, a medida de privação que tais ofertas acarretam.
É o espírito, não o mero fato de contribuir, que devemos sempre
levar em consideração quando enfatizamos o fato de contribuir, e
buscamos alcançar o apoio sincero e universal aos vários fundos
da Causa.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 31 de dezembro de 1935,
a um bahá’í, publicada em Bahá’í News, ed. de dezembro/1951, p. 1)

22. Acima de tudo, ele deseja através de vocês reiterar sua
expectativa, já expressada em seu recente telegrama à Assembléia
Espiritual Nacional, que o Fundo Nacional, que sem dúvida alguma
constitui a base sobre a qual todas as atividades da Causa em

15
última instância dependem, deve receber apoio contínuo e
incondicional de todos os crentes. Tanto as Assembléias Locais
como os crentes, individualmente, devem dar-se conta de que, a
não ser que contribuam regular e generosamente para aquele
Fundo, o progresso da Fé na Índia e na Birmânia serão não somente
retardados como inevitavelmente interrompidos. Deve haver um
fluxo contínuo de fundos à tesouraria nacional da Assembléia
Espiritual Nacional, para que aquele corpo possa administrar, de
forma apropriada, as inúmeras e sempre crescentes atividades da
Fé. Todo bahá’í, não importa quão pobre seja, deve entender
quão grave é a responsabilidade que pesa sobre seus ombros neste
sentido, e deve confiar no fato de que seu progresso espiritual
como um crente na Ordem Mundial de Bahá’u’lláh, depende da
medida na qual prove, em ações, sua prontidão em apoiar
materialmente as instituições divinas da Causa dEle.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 17 de julho de 1937, à
Assembléia Espiritual Nacional da Índia e da Birmânia,
publicada em Dawn of a New Day, p. 68)

23. ... Cada um dos crentes, superando todas as incertezas,
perigos e limitações financeiras que afligem a nação, deve levantarse e assegurar, no máximo de sua capacidade, um fluxo constante
e abundante de fundos seja direcionado à tesouraria nacional, de
cujo fundo depende, em última instância, a provisão de recursos
para a continuidade vitoriosa do Plano.
(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta datada de 30 de janeiro de
1938, escrita em seu nome à Assembléia Espiritual Nacional dos
Estados Unidos e Canadá, publicada em Messages to America, p. 11)

24. Com relação à condição do Fundo Nacional, que vocês
relataram estar passando por uma queda geral em contribuições,
16
tanto de parte dos crentes como das Assembléias Espirituais Locais
e grupos bahá’ís, é evidente que a não ser que o fluxo de doações
seja regularmente mantido através de apoio generoso e contínuo
de todos os crentes, individual e coletivamente, o Fundo Nacional
jamais será capaz de atender às necessidades e exigências da
Causa, particularmente nestes dias quando as atividades nacionais
dos crentes estão assumindo proporções amplas e crescentes.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 3 de fevereiro de 1941,
à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,
publicado em Bahá’í News 143, ed. de maio/1941, p. 3)

25. Na verdade, o esplêndido espírito que anima os crentes
americanos nestes dias é uma grande fonte de alegria e inspiração
para o Guardião, e à medida que chegam boas notícias de novas
vitórias alcançadas e a realização de novos sacrifícios, pode-se
ver seu estado de espírito elevar-se e uma onda de novas forças
descerem sobre ele – cansado e super-atarefado como normalmente
se encontra. Neste sentido, a carta que vocês tão seriamente
anexaram daquele bahá’í que doou a diferença do preço entre um
caixão muito simples e um mais caro para o Fundo da Causa,
emocionou-o profundamente. Tais sacrifícios provam o calibre dos
amigos e asseguram estabilidade aos próprios alicerces da Fé.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 4 de maio de 1941, ao
tesoureiro da Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,
publicada em Bahá’í News 144, ed. de junho/1941, pp. 2-3)

26. Consciente da condição do Fundo Nacional e da urgência
das tarefas diante de seus administradores, sinto-me movido a
recomendar que utilizem os oferecimentos dos crentes americanos
ao Fundo Internacional para o trabalho que no momento é
vitalmente necessário e desafiador aos amigos no campo de ensino.
17
Por mais que aprecie o espírito que os impele, bem como a seus
companheiros de instituição, a fazerem esta contribuição mensal à
Causa ao seu Centro Mundial, sinto que era meu dever consagrar
tal oferecimento, enquanto o Plano de Sete Anos encontra-se em
operação, àquele aspecto vital do ensino sobre o qual seu sucesso
deverá, por fim, depender. Que os amigos, tendo em vista a
vastidão do campo que se encontra diante deles, e contando com
a força de seus esforços, e também com a luminosa promessa de
bênçãos futuras que tal lavor deverá produzir, levantem-se a ainda
maiores alturas de auto-sacrifício e demonstrem ainda mais nobres
manifestações de solidariedade diante da situação crítica que tão
insistentemente está a exigir seu apoio.
(Em nota manuscrita de Shoghi Effendi, apensa à carta datada de 26 de
outubro de 1941 ao tesoureiro da Assembléia Espiritual Nacional dos Estados
Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í News 149, ed. de dezembro/1941, p. 2)

27. ... Não há objeção que a Assembléia Espiritual mantenha
um registro com os nomes dos contribuintes e os valores recebidos;
mas nenhuma pressão jamais deverá ser exercida sobre eles para
contribuírem, um ato que deve ser voluntário e considerado
confidencial, a não ser que os próprios amigos desejem mencionálo abertamente.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
26 de outubro de 1945, a um bahá’í)

28. Com relação às suas perguntas: Ele não acha ser
recomendável estabelecer qualquer condição para as doações ao
Fundo Bahá’í. Trata-se de um assunto inteiramente pessoal, e cada
bahá’í deve agir de acordo com seu próprio julgamento diante das
necessidades da Fé. Em tempos de crise, seja nos assuntos da

18
Causa ou da própria família, as pessoas naturalmente agem de
forma diferente do que sob circunstâncias normais. Mas as decisões
nesses assuntos são da alçada final de cada bahá’í.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 19 de outubro de 1947,
a um bahá’í, publicada em Unfolding Destiny, pp. 447-448)

29. Com relação à pergunta feita por você: em primeiro lugar
cada crente é livre de seguir os ditames de sua própria consciência
quanto à forma como irá gastar seu próprio dinheiro. Em segundo
lugar devemos ter sempre em mente que são ainda muito poucos
os bahá’ís no mundo, comparado com a população mundial, e
existem tantas pessoas carentes, que mesmo se todos nós
doássemos tudo o que possuímos, não iria aliviar mais do que uma
infinitésima parte daqueles que sofrem. Isto não significa que não
devemos ajudar aos necessitados; mas que nossas contribuições
à Fé são com certeza a forma mais segura de tirar de uma vez para
sempre o peso da fome e da miséria da humanidade, pois será
apenas através do Sistema revelado por Bahá’u’lláh – divino em
origem – que o mundo poderá ver eliminado de seu meio a guerra,
a fome, o temor e as injustiças sociais. Não-bahá’ís não podem
contribuir para o serviço que realizamos, ou fazê-lo por nós; por
isso nossa primeira obrigação é apoiar nosso próprio trabalho de
ensino, pelo fato de ser o trabalho bahá’í que levará à cura das
nações.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de dezembro de
1947, a um bahá’í, publicado em Bahá’í News 210, agosto de 1948, p. 3)

30. Com relação à sua pergunta sobre contribuições: é da
alçada do próprio indivíduo decidir se ele deseja devotar algum
valor a um propósito específico, ele é livre para fazê-lo, mas os
19
amigos devem reconhecer o fato de que muita diversificação das
contribuições irá atar as mãos da Assembléia e impedir que possa
atender às exigências das muitas obrigações em diferentes campos
da atividade bahá’í.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 23 de junho de 1950,
à Assembléia Espiritual Nacional do Canadá,
publicada em Messages to Canadá, p. 15)

31. ...Ele sugere que você doe à Causa, em memória de seu
filho, a soma que iria gastar em uma viagem pelo mundo. Bahá’u’lláh
diz que os atos dessa natureza ajudam o progresso da alma da
pessoa amada falecida, no mundo do além. Como sua filha faleceu
em sofrimento, em sua juventude, com certeza o fato de poder ter,
em seu nome, uma participação no trabalho construtivo deste
mundo, fará com que ela tenha paz e alegria.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
em 19 de setembro de 1951, a um bahá’í)

32. Quanto à sua pergunta, oriento o seguinte: os amigos
podem fazer suas contribuições ao tesoureiro, ou, se preferirem
permanecer anônimos e dar pequenos valores. Para essa última
maneira citada, deve ser provida uma caixa para os bahá’ís
depositarem suas doações. A Assembléia Espiritual Local pode
decidir sobre este assunto.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
em 29 de setembro de 1951, a um bahá’í)

33. O Guardião tem certeza que a contribuição que foi feita
por sua amiga, a qual não tem estado ativa na Causa por algum
tempo, será sem dúvida um meio de estimulá-la a reintegrar-se
20
aos serviços da Fé. Nada existe que traga sucesso na Fé melhor
que o serviço. Servir é o magneto que atrai confirmações divinas.
Quando as pessoas são inativas, o Espírito Santo não encontra
nelas um repositório para Suas graças, e assim elas se privam de
Suas bênçãos.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
em 12 de julho de 1952, a um bahá’í)

34. ... Agora é o tempo para se construir o Centro Mundial
da Fé, e os amigos não somente são livres, como estimulados a
contribuírem diretamente para os Fundos Internacional e do
Santuário do Báb. Naturalmente, nunca foi a idéia do Guardião
que ao contribuírem aos Fundos Internacionais, os amigos deviam
negligenciar suas responsabilidade com os Fundos Local e
Nacional, mas certamente também não foi sua idéia que os amigos
devem contribuir primeiro para o Fundo Local e então para o
Fundo Nacional, por último contribuir para as atividades internacionais da Fé, as quais, no tempo atual, são de máxima importância.
O princípio geral de contribuição dos amigos é imutável, a saber,
todos são livres de contribuírem para quaisquer fundos que
desejem, e em valores que sua consciência e sentimento de sacrifício
levá-los a decidir. No tempo presente, porém, devemos ativamente
ter em mente as muitas instruções do Guardião de que devemos
criar as atividades internacionais da Fé e, conseqüentemente, apoiar
os Fundos Internacionais.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 25 de março de 1953,
à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

35. Em sua carta de 28 de setembro de 1953, você menciona
a soma de... como sendo incluída na..., valor alocado no orçamento
21
de sua Assembléia para o Centro Mundial. O princípio envolvido
é o seguinte: O Guardião conclui que sua Assembléia, ao preparar
seu orçamento nacional, e tendo estipulado que valor destinará
para o Centro Internacional da Fé, deve imediatamente reservar
tal soma para ser colocada à disposição do Guardião. Quaisquer
valores recebidos como contribuição de bahá’ís ao Centro
Internacional não devem ser creditados naquela conta, a qual
representa uma contribuição nacional conjunta, e nada tem a ver
com contribuições locais ou de indivíduos a serem transferidas ao
Centro Mundial, aos seus cuidados.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 20 de junho de 1954,
à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

36. A contribuição que vocês fizeram ao Fundo Internacional
em memória da sra.... é grandemente apreciada. Tal contribuição
será motivo de muita alegria para ela, considerando que, através
dela e em seu nome, vocês estarão agora ligados ao trabalho
realizado pelo Centro Mundial.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 10 de agosto de 1956,
à Assembléia Espiritual Local de Ann Arbor, Michigan, EUA)

37. ... O Guardião sente que agora que a nova Assembléia
Nacional foi estabelecida, com sua sede em Kampala, sua
Assembléia deve abrir logo sua própria conta bancária. Quando
isso for feito, os valores recebidos para o Templo de Kampala
devem ser encaminhados para depósito em sua conta. Isso se aplica
não somente à grandiosa contribuição do sr..... , mas também às
contribuições anteriores que vocês receberam e qualquer outra
que venham a receber no futuro.
(Em uma carta em nome de Shoghi Effendi, em 10 de junho de 1956,
à Mão da Causa de Deus na África, sr. Musa Banani)

22
38. Na ata de novembro da reunião da Assembléia Espiritual
Nacional, à página 28, o Guardião notou que a Assembléia Nacional
planeja fazer uma contribuição de .... dólares à Assembléia da
Austrália e Nova Zelândia para o seu Templo. Ele quer saber se
essa é a contribuição que a sra. Collins fez para tal propósito, ou
se é outra contribuição que está sendo dada dos fundos da
Assembléia Espiritual Nacional. Se for a contribuição da sra. Collins,
então deve ser enviada apenas em seu nome.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 15 de dezembro de
1956, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

39. ... A instituição do Fundo Nacional, tão vital e essencial
para o progresso ininterrupto dessas atividades, deve, em particular,
receber um apoio universal das massas de crentes, que seja
contínuo e sempre crescente, por cujo bem-estar e em cujo nome
essas atividades beneficentes foram iniciadas e têm sido levadas a
efeito. Todos, não importa quão modestos sejam seus recursos,
devem participar.
(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta de 8 de agosto de 1957,
escrita em seu nome à Assembléia Espiritual Nacional da
África Central e Oriental)

23
II
A RESPONSABILIDADE DAS ASSEMBLÉIAS
NA ADMINISTRAÇÃO DOS
FUNDOS BAHÁ’’ÍS
40. As questões financeiras que confrontam a Causa são todas
prementes e importantes; precisam de administração judiciosa e
de uma sábia aplicação dos recursos ao seu dispor. Devemos
conhecer as necessidades da Causa, descobrir qual campo de
ação trará maiores resultados, e então determinar os fundos
necessários. E tal tarefa é, seguramente, muito difícil e acarreta
muita responsabilidade.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
em 19 de dezembro de 1929, a um bahá’í)

41. Com relação à sua contribuição especial ao Fundo de
Ensino: ele acha ser este um assunto que deve ser deixado
inteiramente à discrição da Assembléia Espiritual Nacional. Ele
crê que o gasto contínuo de uma soma considerável para prover
as despesas de viagem de instrutores que necessitam de ajuda
financeira, constitui, nestes dias, a principal obrigação do Fundo
Nacional. Esforços devem ser feitos para facilitar, tanto quanto
possível, a ampliação do trabalho de ensino, ajudando aqueles
que são financeiramente incapazes de chegar aos postos de destino,

24
e uma vez lá devem ser encorajados a se estabelecerem e ganharem
seu próprio sustento.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 14 de novembro de
1936, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,
publicada em Bahá’í News 105, ed. de fevereiro/1937, p. 1)

42. Com relação à sua pergunta sobre o Fundo Nacional
Bahá’í: nada existe no Estatuto ou Regulamento da Assembléia
Espiritual Nacional que impeça a alocação de quaisquer fundos a
algum indivíduo, o qual se encontre em séria necessidade financeira.
Mas deve ser enfatizado e claramente entendido pelos amigos que
os interesses nacionais e as exigências da Causa têm absoluta
precedência sobre as necessidades individuais e particulares. É
dever da Assembléia Espiritual Nacional dispor os recursos do
Fundo Nacional de tal forma que não permita que os interesses da
Fé sejam ameaçados por considerações de ordem individual que
são obviamente transitórias quando comparadas com os interesses
duradouros da Causa de Deus. Em casos raros e excepcionais,
quando um crente não tem nenhum outro recurso de sustento
material, a Assembléia Espiritual Nacional pode, ou contribuir para
suas despesas do Fundo Nacional, ou fazer um apelo especial ao
corpo de crentes para tal finalidade. Cabe às famílias, à comunidade
civil e à Assembléia Espiritual Local administrar tais necessidades
de indivíduos a nível local ou particular. Mas no caso em que
nenhuma dessas fontes tenha os meios necessários, a Assembléia
Espiritual Nacional pode, se estiver convencida da gravidade,
urgência e justiça do caso, apropriar parte de seus fundos para tal
ajuda.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
em 17 de julho de 1937, a um bahá’í)

25
43. ... O Guardião pode somente delinear a você o princípio
de que: a determinação dos fundos bahá’ís não podem ser
investidos na construção de um lugar que atenda mais aos interesses
de uma minoria de amigos, em detrimento a um que irá servir
realmente a um grande grupo de crentes... O ponto de vista do
Guardião é que os Corpos Nacionais, ao criarem instituições
nacionais, devem usar um julgamento sadio, considerando o
investimento financeiro envolvido. Isso é certamente razoável.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de junho de 1952,
à Assembléia Espiritual Nacional do Canadá,
publicada em Messages to Canadá, p. 28)

44. Ele urge que sua Assembléia, adicionalmente à aceleração
do trabalho do Templo, na medida do possível, cuidadosamente
supervisione as despesas e impeça as idéias extravagantes do
arquiteto. É somente através de uma sábia economia, com a
eliminação daquilo que não for essencial, e concentração no
essencial, além de uma cuidadosa supervisão, que o próprio
Guardião foi capaz de construir o Santuário e os Arquivos
Internacionais no Centro Mundial, e criar os ambientes que hoje
circundam os Lugares Sagrados com algo que, aos olhos do
público, podem parecer jardins dispendiosos, mas que, na
realidade, são resultado de um planejamento rigoroso e econômico.
Isso não somente irá assegurar que o orçamento do Templo seja
cumprido, mas com certeza será um exemplo salutar aos bahá’ís
africanos, os quais não devem ser levados a crer que devido ao
fato dos bahá’ís do mundo estarem construindo um Templo para
eles no coração de sua terra natal, nossos recursos sejam infinitos
e que os assuntos da Causa podem ser financiados de fora. Quanto
mais eles observarem a supervisão econômica e inteligente do
trabalho que está sendo realizado para a construção de seu próprio
26
Templo, mais eles sentir-se-ão encorajados a considerar sua
própria responsabilidade quanto ao seu Corpo Nacional.
Possuindo, eles mesmos, muito poucos recursos, é um assunto
delicado, e o Guardião já informou à sua Assembléia que, sob
circunstância alguma, deverá um orçamento tão pesado ser
colocado sobre os ombros de comunidades tão fracas, com isso
desencorajando-as desde o início, ou fazendo-as crer, como ocorre
com as missões cristãs, que nosso dinheiro vem do exterior.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de agosto de 1957,
à Assembléia Espiritual Nacional da África Central e Oriental)

27
III
QUEM PODE CONTRIBUIR
AOS FUNDOS BAHÁ’’ÍS?
45. Oferecer contribuições para esta finalidade (em apoio às
atividades da Assembléia Espiritual) é uma das exigências
prementes da Causa de Deus, algo que deve ser considerado como
altamente essencial e de fundamental importância. Depois do
pagamento do Huqúqu’lláh, é uma obrigação de todos os bahá’ís.
(Shoghi Effendi, de uma carta datada de 27 de fevereiro de 1927,
aos bahá’ís do Oriente, traduzida do persa para o inglês)

46. Sinto que somente tais bens pertencentes aos crentes,
confeccionados por bahá’ís ou não, podem ser vendidos para
levantar fundos para os interesses do Templo ou de qualquer outra
instituição bahá’í, mantendo, desta forma, o princípio geral de que
não-bahá’ís não podem, direta ou indiretamente, esperar contribuir
com fundos em apoio às instituições que sejam de caráter
estritamente bahá’í. Quanto à forma de dispor de propriedades
bahá’ís para tal finalidade, e o canal através do qual a venda seja
efetuada, acho que não deve ser imposta uma regra rígida. Os
indivíduos bahá’ís são livres de recorrer à ajuda de pessoas fora
da comunidade, ou às Assembléias Espirituais, para atuarem como
intermediárias em tais transações. Devemos evitar confusão, de
um lado, e manter a eficiência, por outro, não colocando restrições

28
desnecessárias que iriam desestimular a iniciativa e os
empreendimentos de ordem individual.
(Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta datada de 4 de janeiro de
1929, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá,
publicada em Bahá’í News 31, ed. de abril/1929, p. 6)

47. Com relação à contribuição da sra. ... ao Fundo, Shoghi
Effendi deseja que você deixe bem claro a ela que suas ofertas de
dinheiro devem ser feitas ao Fundo Bahá’í, e não a qualquer bahá’í
individualmente. Este é um importante princípio que governa todas
as publicações e editoras bahá’ís, e deve ser devidamente
enfatizado e claramente entendido, a fim de que não surjam
dificuldades no futuro. Naturalmente, as contribuições devem ser
aceitas somente quando feitas pelos próprios bahá’ís. Você deve,
portanto, primeiro assegurar-se se a sra. ... é uma bahá’í registrada
e, então, e somente então, aceitar sua contribuição para a
publicação do livro.
(Em uma carta escrita por Shoghi Effendi, em 14 de abril de 1934, a um bahá’í)

48. A questão levantada por você, em conexão com a
recomendação feita pelos delegados na Convenção deste ano
sobre a instalação de uma estação de rádio no Templo, envolve
um princípio fundamental que regulamenta o Fundo do Templo, o
qual o Guardião já explicou em inúmeras comunicações. Ele deseja
que se enfatize mais uma vez que, sob nenhuma circunstância, devem
os crentes aceitar qualquer ajuda financeira de não-bahá’ís para
uso em atividades específicas da Fé, tais como o fundo de
construção do Templo e outros fundos administrativos bahá’ís a
nível local ou nacional. A razão para isso é dupla: primeiro, porque
as instituições que os bahá’ís estão gradualmente construindo são
29
de natureza decorrente das dádivas de Bahá’u’lláh ao mundo; e,
segundo, que a aceitação de fundos de pessoas não declaradas
bahá’ís, para uso exclusivo dos bahá’ís, iria, cedo ou tarde, envolver
os bahá’ís em complicações imprevisíveis com outras pessoas e
assim causar incalculável dano ao corpo da Causa.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
em 14 de abril de 1934 a um bahá’í)

49. Vocês talvez não saibam que, em relação às Assembléias
Espirituais Nacionais, o Guardião está recomendando que regras
e regulamentos não devem ser multiplicados e novas declarações
sobre “procedimentos” emitidas; devemos ser flexíveis nos detalhes
e rígidos nos princípios; conseqüentemente, ele não quer que sua
Assembléia emita declarações de uma natureza oficial, a não ser
quando absolutamente necessário. Neste sentido, ele irá responder
suas perguntas sobre sanções: nada existe a objetar nos parágrafos
1, 2 e 4, de sua carta de 4 de março, mas o número 3 é incorreto.
É somente com aqueles que foram espiritualmente excomungados
pelo Guardião que os bahá’ís não devem manter contato, e não
com uma pessoa que esteja sendo punida com a privação de seus
direitos de voto. Como as contribuições aos Fundos Bahá’ís são
usadas em apoio da administração da Fé, elas não devem ser aceitas
daqueles que estão privados de seus direitos administrativos, mas
tais crentes não devem ser impedidos de serem enterrados em um
cemitério bahá’í ou de receber ajuda financeira – a qual
concedemos inclusive para não-bahá’ís.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de maio de 1947,
à Assembléia Espiritual Nacional da Índia, Paquistão e Birmânia,
publicada em Dawn of a New Day, p. 123)

30
50. ...Qualquer bahá’í pode contribuir aos Fundos da Causa,
adulto ou criança. Nenhuma declaração oficial é exigida sobre este
assunto. As crianças bahá’ís sempre fizeram doações à Causa,
em toda parte do mundo. Qualquer situação que possa surgir em
uma aula com a participação de crianças não-bahá’ís, o professor
deve resolver. Nenhum regulamento deve ser feito para resolver
tais assuntos.
(de uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 18 de agosto de 1949,
à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

51. Com relação ao valor doado em testamento pelo sr. ... ,
sua Assembléia deve informar à viúva que, pelo fato dele não ter
sido um bahá’í declarado, não podemos usar seu dinheiro para
nossos propósitos, pois consideramos nossa Fé e suas instituições
como nossa dádiva à humanidade, a qual é concedida livremente.
Porém, vocês podem, e, em verdade, devem, aceitar o
oferecimento feito para fins de caridade e utilizá-lo em nome do
doador.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 5 de julho de 1950,
à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América,
publicada em Bahá’í News 236, ed. de outubro/1950, p. 2)

52. Com relação à pergunta feita em sua carta relacionada a
Fundos da Fé, ele deseja responder a mesma quanto à Fundação...
Não podemos aceitar dinheiro de não-bahá’ís para despesas da
Causa. Seria apropriado, já que parece que a sra. ... deseja fazer
a doação em seu nome (e isso é certamente uma idéia altamente
louvável) eles devem prover oficialmente, ainda durante sua vida,

31
a transferência do dinheiro da Fundação para o nome dela, de
outra forma a Causa somente poderá aceitar a doação para fins
de caridade, para bahá’ís e não-bahá’ís igualmente.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi,
em 4 de outubro de 1950, a um bahá’í)

53. Com relação à pergunta sobre a Escola Bahá’í na ... :
como essa instituição é dirigida por bahá’ís, mas atua tanto em
benefício de bahá’ís como de outros grupos que enviam suas
crianças para lá, ele não vê razão para que um concerto promovido
pela Escola não receba dinheiro do público participante e que o
utilize para a própria escola. Não é o mesmo que ocorreria com
um bazar, onde os objetos vendidos se destinam unicamente ao
Fundo Bahá’í.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 30 de junho de 1952,
à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América)

54. Com relação à pergunta sobre aceitação de contribuições
de pessoas com seus direitos administrativos suspensos, o Guardião
esclarece que não é permitido.
(Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 21 de junho de 1953,
à Assembléia Espiritual Nacional da Índia, Paquistão e Birmânia,
publicada em Dawn of a New Day, p. 156)

32
IV
DESENVOLVIMENTO DOS FUNDOS
LOCAL E NACIONAL DA FÉ
55. Esta carta e o memorando de comentários em anexo são
dirigidos primariamente àquelas Assembléias Espirituais Nacionais
cujas comunidades incluem grandes números de pessoas pobres,
mas que, conforme os princípios definidos e distintos de alguns
procedimentos sugeridos, são de aplicação universal, e por esta
razão estão sendo enviados a todas as Assembléias Nacionais.
Existe um aspecto profundo quanto ao relacionamento entre
um crente e o Fundo, que se aplica a todos os crentes independente
de sua condição econômica. Quando uma alma humana aceita
Bahá’u’lláh como o Manifestante de Deus para esta era e entra
em Seu Convênio divino, tal alma deve, progressivamente,
direcionar toda a sua vida em harmonia com o propósito divino –
ela se torna uma colaboradora da Causa de Deus e recebe a graça
de poder devotar seus recursos materiais, não importa quão
escassos sejam, para o trabalho da Fé.
Contribuir ao Fundo, portanto, é um privilégio espiritual que
não está aberto àqueles que não aceitaram Bahá’u’lláh, privilégio
esse do qual nenhum crente deve se furtar. É tanto uma
responsabilidade como uma fonte de graças. Este é um aspecto
da Causa que achamos ser uma parte essencial dos ensinamentos
básicos e do aprofundamento a serem compartilhados com os
novos crentes. A importância do ato de contribuir reside no grau
de sacrifício do doador, no espírito de devoção no qual faz a
33
contribuição e na unidade dos amigos neste serviço. Contribuir
aos fundos da Fé atrai as confirmações de Deus e aumenta a
dignidade e o respeito próprio dos indivíduos e da comunidade.
Reenfatizando o significado espiritual da contribuição à Fé por
todos os membros da comunidade bahá’í, citamos a seguir um
trecho de uma carta do Guardião à Assembléia Espiritual Nacional
dos Bahá’ís da África Central e Oriental, datada de 8 de agosto
de 1957:
“... Todos, não importa quão modestos seus recursos, devem
participar. Do grau de auto-sacrifício envolvido nessas contribuições
individuais dependerá diretamente a eficácia e a influência espiritual
que essas nascentes instituições exercerão, instituições criadas
através do poder de Bahá’u’lláh e em virtude do Desígnio
concebido pelo Centro de Seu Convênio. Esforços enérgicos e
contínuos, conseqüentemente, deverão ser feitos pela generalidade
dos apoiadores confirmados da Fé...”
Asseguramos a vocês nossas orações no Limiar Sagrado para
sua guia e confirmações à medida em que realizam seu trabalho
para desenvolver este aspecto da vida bahá’í em suas
comunidades.
(A Casa Universal de Justiça, de uma carta datada de 7 de agosto de 1985,
a todas as Assembléias Espirituais Nacionais)

56. A par da obrigação sagrada e do privilégio dos amigos
em contribuírem ao Fundo, cada Assembléia Espiritual Local tem
também o imperioso dever de se educar e educar os crentes quanto
aos princípios espirituais relacionados às contribuições bahá’ís,
como também de criar métodos simples para facilitar o fluxo e
recebimento das contribuições, e formular procedimentos eficazes
para assegurar que os gastos da Fé sejam feitos de forma sábia e
parcimoniosa. Os seguintes comentários e sugestões foram
34
compilados a pedido da Casa Universal de Justiça e estão sendo
compartilhados com as Assembléias Espirituais Nacionais para
ajudá-las nessas importantes tarefas.
Um requisito fundamental para todos aqueles que têm a
responsabilidade de cuidar dos fundos da Fé é a fidedignidade.
Esta qualidade, conforme Bahá’u’lláh enfatizou, é a mais importante
e vital de todas as virtudes humanas, e sua aplicação tem uma
influência direta e profunda para levar os crentes a confiarem na
Instituição e contribuírem ao Fundo. As condições variam de país
a país e, portanto, é na educação dos crentes e no desenvolvimento
do Fundo que cada Assembléia Espiritual Nacional precisa adequar
suas ações às condições de sua área de jurisdição.
Em muitas partes do mundo, diversos objetos artesanais
produzidos pelos próprios bahá’ís, podem ser uma enorme fonte
de contribuições regulares e certamente podem ser estimuladas.
Devem ser feitos arranjos apropriados para seu recebimento e
venda, e para a utilização das doações.
Compromissos formais de contribuições podem, também, ser
úteis como um meio de estimular a participação e para chamar a
atenção dos amigos quanto às necessidades financeiras da Causa.
Este método pode ser particularmente útil em uma situação na
qual a Assembléia Nacional tem uma tarefa importante a realizar,
como a construção de um Hazíratu’l-Quds, ou o estabelecimento
de uma escola bahá’í, e precisa ter uma idéia antecipada sobre os
recursos, ou as datas quando os fundos para o projeto estarão
disponíveis. Contudo, seria inteiramente contrário aos princípios
bahá’ís exercer qualquer pressão sobre os crentes quando do
levantamento dos compromissos ou ao se esforçarem para recebêlos. Quando um compromisso é feito, pode-se lembrar o doador
de sua intenção confirmada de contribuir, falando com ele
particularmente, e pedir, cortesmente, se seria possível honrar seu
35
compromisso, mas as Assembléias devem estar bem conscientes
de que tais compromissos não são uma obrigação no sentido legal
da palavra; seu cumprimento é algo da alçada da consciência do
compromitente. Listas com os nomes dos que fizeram os
compromissos não devem ser publicadas.
O amado Guardião explicou que os interesses gerais e nacionais
da Causa têm precedência sobre àqueles de nível local; assim, as
contribuições aos fundos locais são secundários às contribuições
destinados aos fundos nacionais. Porém, a estabilidade da
Assembléia Nacional depende da firmeza das Assembléias
Espirituais Locais, mas quanto ao trabalho de educação dos amigos
sobre a importância do fundo bahá’í, é sempre mais prático e eficaz
concentrar primeiro no desenvolvimento dos fundos locais e no
funcionamento eficiente das Assembléias Espirituais Locais. Então,
quando os amigos já entendem o princípio e aprendem pela
experiência a nível local, eles mais facilmente irão entender a
importância do fundo nacional e do trabalho da Assembléia
Espiritual Nacional.
Com relação aos fundos locais, é recomendável que até chegar
o tempo em que os amigos já terão entendido e desenvolvido o
hábito de contribuir livre e regularmente, qualquer Assembléia
Espiritual Local que tenha uma grande comunidade pode designar
um pequeno comitê para ajudar o tesoureiro local na realização
de suas tarefas. Tais comitês podem ser designados depois de
consultas com o Membro do Corpo Auxiliar ou Ajudante da área.
Muito cuidado deve ser tomado na designação de membros dos
comitês; eles devem ser confiáveis e conscienciosos, e estar
imbuídos da importância de manterem a confidencialidade das
contribuições aos fundos. As funções básicas desses Comitês de
Tesouraria são as seguintes:

36
Prestar ajuda geral ao tesoureiro, conforme as
necessidades; por exemplo, membros do Comitê podem
ajudar na emissão de recibos ou fazer a contabilidade do
fundo local.
Pesquisar e preparar material para pequenas palestras e
consultas nas Festas de Dezenove Dias, ou para reuniões
específicas de estudo para a educação dos amigos sobre
a importância prática e espiritual de suas contribuições
aos fundos.
Receber doações de dinheiro em nome do tesoureiro local
e transferir os respectivos valores a ele.
Receber doações de diversos objetos e artesanatos dos
próprios bahá’ís, que o próprio Comitê deve estudar como
melhor vendê-los, cujos valores obtidos são logo passados
ao tesoureiro local.
Receber dos amigos compromissos escritos de suas
intenções ou expectativas de contribuições aos fundos local
ou nacional, em dinheiro ou cheque, e ajudar no
recebimento dos mesmos nas datas previstas.
Quanto ao Fundo Nacional, naquelas áreas onde existem
problemas decorrentes da falta de serviços bancários, serviços
postais não confiáveis e dificuldades de comunicação com os
bahá’ís, é aconselhável que a Assembléia Espiritual Nacional
designe um comitê nacional para ajudar o tesoureiro nacional de
uma forma semelhante à prevista para os comitês das Assembléias

37
Espirituais Locais. Além disso, talvez se faça necessário subsidiar,
do Fundo Nacional, um ou mais bahá’ís confiáveis, dependendo
do tamanho da comunidade nacional, que possam viajar para áreas
rurais para reunir-se com os Comitês Locais de Tesouraria, ajudálos no desempenho de suas funções, explicar as necessidades do
Fundo Nacional, receber doações ao Fundo Nacional das áreas
locais e enviá-las ao tesoureiro nacional.
Ao considerarem a sugestão acima e sua aplicabilidade em sua
comunidade nacional, cada Assembléia Espiritual Nacional deve
também ter em mente os seguintes pontos:
Podem considerar valioso estudar os métodos usados
naquelas áreas rurais onde estejam ocorrendo maior
sucesso nos esforços de levar os amigos a fazer sacrifícios
pessoais e contribuir regularmente.
Serviços voluntários à Fé pode também ser recomendado;
tem efeito sobre o fundo por reduzir despesas que de outra
forma teria de receber ajuda financeira. Esta economia
certamente irá estimular tais tipos de serviços por parte
dos amigos.
Útil e recomendável, também, tanto para as Assembléias
Espirituais Locais quanto para as Assembléias Espirituais
Nacionais, é fazer planos de auto-suficiência financeira,
determinar metas para os níveis das contribuições a serem
recebidas, e compartilhar com os amigos o progresso que
for sendo alcançado em tais metas.

38
As Assembléias devem confiar nos membros de suas
comunidades e compartilhar com eles regularmente dados
sobre como estão sendo utilizados os fundos e quais são
os projetos em andamento, e também, os projetos futuros
para os quais será necessário verba.
(Memorando anexado à carta acima, de 7 de agosto de 1985,
enviada a todas as Assembléias Espirituais Nacionais)

39
V
A NECESSIDADE DE ADMINISTRAR
DEVIDAMENTE OS FUNDOS BAHÁ’’ÍS
Excertos de cartas escritas pela Casa Universal de Justiça:
57. ... O tesoureiro de uma Assembléia Espiritual Bahá’í,
mesmo mantendo momentaneamente os fundos bahá’ís em seu
próprio nome, deve ter o máximo cuidado para nunca misturar
seus próprios fundos com os da Fé, ou deixar os fundos da Fé
sujeitos aos caprichos do destino que podem afetar a qualquer um
de nós.
(8 de junho de 1971 a um bahá’í)

58. Atenção especial deve ser dada no sentido da aplicação
devida dos fundos com destinação definida. Assim, usar fundos
definidos para cobrir despesas de qualquer outro item de seu
orçamento tem o efeito de reduzir, na mesma proporção, o valor
das contribuições gerais necessárias para aplicação em seu
orçamento. Na realidade, esta prática pode resultar no hábito de
não diferençar as contribuições com destino definido, das
contribuições gerais aos fundos. Por exemplo, um amigo pode
definir uma contribuição para o Fundo Internacional Bahá’í. Aplicar
tal contribuição ao Fundo Internacional como parte de seu Fundo
Nacional seria errado, a não ser que a contribuição tenha sido
feito com esse propósito específico. Os fundos determinados para
40
o Fundo Internacional Bahá’í devem ser enviados ao Centro
Mundial, independentemente de qualquer contribuição feita de seu
próprio Fundo Nacional.
(29 de julho de 1971 a uma Assembléia Espiritual Nacional)

59. Em razão da grande responsabilidade que pesa sobre os
ombros dos membros das Assembléias Espirituais Nacionais
quanto a confiança que lhes foi dada pelos bahá’ís que as elegeram,
temos recomendado às Assembléias Nacionais a darem a máxima
atenção à administração de seus Fundos Nacionais, particularmente
tendo em vista que os mesmos provêm em grande parte de atos
de sacrifícios dos amigos. Naturalmente, cabe à Assembléia decidir
como melhor dispor dos fundos à sua disposição nas tarefas que
envolvem o dia-a-dia de seu trabalho, mas seriamente lhes
recomendamos reconsiderarem a resolução à qual vocês se
referiram e prover que duas assinaturas sejam adotadas para a
retirada de valores, uma delas a de um membro de sua Assembléia
Nacional.
(26 de agosto de 1973, a uma Assembléia Espiritual Nacional)

De cartas escritas em nome da Casa Universal de Justiça às
Assembléias Espirituais Nacionais:
60. A Assembléia Espiritual Nacional tem a responsabilidade
de assegurar que as contribuições recebidas sejam confirmadas
de forma apropriada e devidamente contabilizados todos os recibos
emitidos e os desembolsos feitos. Considerando que normalmente
é o oficial encarregado o responsável por essa sagrada obrigação,
isso não significa que outros membros estão livres da
41
responsabilidade que pesa sobre o tesoureiro, ou que estão
privados do direito de livre acesso aos detalhes das despesas
relacionadas com a administração em andamento da Assembléia,
em todos os seus aspectos.
Tal direito e conseqüente responsabilidade que recaem sobre
os membros da Assembléia não significa a liberação da
confidencialidade das contribuições bahá’ís, já que as informações
recebidas pelo tesoureiro, ou por outros membros da Assembléia,
devem ser tratadas sempre em total confiança.
(11 de janeiro de 1977)

61. Fomos solicitados a chamar a sua atenção para o princípio
que define a natureza das contribuições com finalidade específica
para a compra ou manutenção de propriedades, ou para projetos
especiais de ensino, etc, que não podem ser utilizadas para outros
fins – estas devem ser mantidas em uma conta especial até que a
necessidade de utilizá-las para seus fins surja. Isso vale para tudo,
sejam fundos provenientes do Centro Mundial, de indivíduos, ou
de outras fontes. Se o projeto para o qual a contribuição foi feita é
suspenso ou cancelado, por qualquer razão, a contribuição deve
ser devolvida ao doador, a não ser que ele concorde em destinála a outros fins. A estrita obediência a este princípio relacionado
às contribuições com finalidades determinadas é extremamente
importante por muitas razões, inclui-se a manutenção da
confidencialidade dos amigos em assuntos relacionados com os
fundos da Fé.
(21 de junho de 1979)

42
62. Os lamentáveis problemas do mau uso dos fundos
descritos em sua carta podem ser resolvidos a longo prazo através
de um processo de educação amorosa dos amigos. Será através
da disseminação, entre os crentes, de textos das Escrituras da Fé,
através de artigos cuidadosamente redigidos sobre o assunto com
base nos Escritos Sagrados a serem publicados em seus noticiosos,
e também através de palestras em conferências, em escolas de
verão e inverno e em outras reuniões bahá’ís, bem como em
consultas sobre esses assuntos fundamentais com os amigos em
tais reuniões, é que vocês conseguirão, gradualmente, alcançar
seus objetivos.
Quanto aos problemas imediatos mencionados em sua carta,
vocês devem considerar cada caso separadamente, arranjar para
que representantes da Assembléia Nacional reúnam-se com cada
um dos crentes, expliquem amorosamente à pessoa os padrões
sobre a santidade dos fundos bahá’ís, a importância da integridade
e honestidade ao manusear os fundos entregues a seu cuidado, e o
teste inerente ao desejo natural do ser humano por posses materiais.
Acordos sobre o pagamento dos valores retidos pela pessoa
podem ser feitos durante essas reuniões, pagamentos que podem
ser em prestações, em valores razoáveis dentro das possibilidades
da pessoa em pagá-los.
Sua Assembléia está inteiramente certa ao afirmar existir uma
tendência de mau uso dos fundos bahá’ís, e que esta tendência
não é reprimida preventivamente, cuja prática pode tornar-se
contagiosa e prejudicar a Fé e aos indivíduos envolvidos. Porém,
usar de sabedoria e compreensão é um fator importante para que
sejam encontradas as melhores soluções para o problema.
É importante que sua Assembléia, no futuro, explique às pessoas
que têm a responsabilidade de cuidar do dinheiro da Fé que, em
virtude da obrigação da Assembléia Espiritual Nacional de proteger
43
os fundos bahá’ís, a Assembléia as considera responsáveis por
todo o dinheiro que recebem, e que elas devem, portanto, prestar
contas, regularmente e de forma apropriada, para conhecimento
da Assembléia Nacional, e que elas são custódios fiéis de valores
que pertencem a Deus, e que estejam assegurados de que tal forma
de proceder, com honestidade e fidelidade, será ricamente
recompensada do Alto.
(18 de maio de 1980)

63. Embora qualquer doador, Assembléia ou indivíduo,
detenha o direito de especificar a finalidade de sua contribuição a
que fundo ou propriedade, se, porém, no julgamento da Assembléia
Espiritual Nacional tal contribuição for impraticável ou julgada
imprudente recebê-la, vocês não têm a obrigação de aceitá-la.
No caso de não ocorrer, após consulta com o doador, um
acordo que vocês julgam necessário, ou mesmo quando vocês se
sentirem incapazes de utilizar a doação especificada para um outro
propósito, mais factível, a contribuição deve ser devolvida ao
doador.
(22 de junho de 1980)

64. Quanto ao procedimento para a venda de uma
propriedade bahá’í, se ela foi adquirida com recursos dos fundos
gerais da Fé e não há envolvimento de contribuição para fins
específicos, o único princípio aplicável é o primeiro princípio acima
citado, ou seja, que a comunidade nacional não deve deixar de ter
um Hazíratu’l-Quds, uma doação ou um terreno para o Templo,
como parece ser o caso. Se a propriedade foi doada ou comprada
com fundos específicos para tal propósito, o procedimento para a
44
venda da propriedade deve obedecer ao propósito especificado,
a não ser que o doador tenha especificamente definido de outra
forma. Se o doador, ou doadores, estão vivos, eles podem,
certamente, liberar a finalidade da doação. Se o doador, ou
doadores, já faleceram, ou recusam liberar o fundo para outra
finalidade, o procedimento deve ser o de usar para aquele fim
específico. Se o propósito da doação já foi alcançado (isto é, uma
propriedade alternativa já foi adquirida), o saldo do valor aplicado
deve ser usado, na extensão possível, para alcançar integralmente
a finalidade inicial, conforme a vontade do doador ou doadores –
de manter ou melhorar a propriedade. Em caso de dúvidas, o
assunto deve ser levado à consideração da Casa Universal de
Justiça.
(21 de agosto de 1980)

65. Em geral, embora seja permitido aos amigos fazer
contribuições com finalidades específicas, é óbvio que será sempre
melhor que os amigos deixem a critério da Assembléia usar suas
contribuições sem restrições. Ademais, uma Assembléia não é,
sem dúvida, obrigada a aceitar as contribuições especificadas;
porém, aceitando-as, deve obedecer seu propósito.
(21 de agosto de 1980)

66. A Casa Universal de Justiça não estabeleceu nenhum
procedimento uniforme para os tesoureiros bahá’ís, já que os
métodos contábeis e as leis que governam tais assuntos variam
consideravelmente de país a país, e de uma situação para outra.
Ela recomenda, porém, que em tais questões técnicas, o tesoureiro
da Assembléia Nacional pode procurar aconselhamento
45
profissional. A Assembléia Espiritual Nacional deve, naturalmente,
assegurar que seus livros de contabilidade passem por uma auditoria
anual, e para tal fim não há objeção quanto a recorrer aos serviços
de uma empresa profissional não-bahá’í.
Em termos gerais, porém, a Casa de Justiça é de parecer que
certos assuntos merecem uma consideração particular de parte
dos tesoureiros nacionais:
1

2

O tesoureiro deve assegurar-se de estar emitindo relatórios
financeiros regulares e acurados à Assembléia Espiritual
Nacional, de forma a permitir à instituição planejar seu
trabalho dentro dos meios a ela disponíveis.

3

É responsabilidade do tesoureiro preparar um relatório
financeiro anual com a antecedência devida para que a
Assembléia Espiritual Nacional analise antes de apresentálo na Convenção Nacional. Ele, também, tem que preparar
o orçamento anual para consideração e aprovação da
Assembléia Nacional.

4

46

Existe a relação entre a Assembléia Nacional e os crentes
e as comunidades locais. Através de qualquer tipo de
correspondência que mantenha com os contribuintes ao
Fundo Nacional e com as comunidades que estão
recebendo fundos para seu trabalho, o tesoureiro nacional
pode exercer uma poderosa influência no estabelecimento
de elos de unidade amorosa dentro da comunidade.

O tesoureiro deve cuidadosamente monitorar o uso do
Fundo de forma a poder informar à Assembléia Espiritual
Nacional, com a devida antecedência, quando houver
5

algum perigo a considerar sobre excesso de despesas.
Para a contabilidade, um sistema deve ser adotado que
assegure que os fundos feitos com finalidade específica
sejam registrados de forma absolutamente distintas
daquelas que são deixadas à livre disposição da
Assembléia, e devem ser concebidas formas de depósito
em separado, bancário ou orçamentário, para evitar gastos
indevidos dos fundos com finalidades específicas de outras
despesas que não aquelas para as quais foram definidas.

6

Adicionalmente à manutenção acurada dos registros de
entradas e despesas, o tesoureiro deve cuidar para que
os recursos da Assembléia sejam protegidos, e que tanto
os fundos como as obrigações da Assembléia sejam
cuidadosamente registrados.

7

O tesoureiro deve recomendar à Assembléia reservar
valores suficientes, em uma base regular, para prover
despesas com consertos e manutenção de propriedades
da Fé, de forma a que as mesmas possam ser mantidas
em boas condições e que o trabalho normal da Causa não
seja interrompido por súbitas necessidades de grandes
somas a serem utilizadas em consertos inesperados.
Normalmente, a tarefa de manter as propriedades é dada
a um comitê especial, ou comitês, os quais devem ser
consultados pela Assembléia e podem sugerir um valor
definido a ser previsto anualmente.

8

Embora seja da alçada da Assembléia Espiritual Nacional
exigir somente uma única assinatura nos cheques emitidos

47
em nome do Fundo Nacional, a experiência tem
demonstrado que a melhor prática é usar pelo menos duas
assinaturas. Este procedimento garante proteção não
somente ao próprio Fundo como também ao tesoureiro.
Os fundos da Fé são uma responsabilidade sagrada, e as
Assembléias devem ser meticulosas ao administrá-los e
contabilizá-los.
(sem referência no original)

67. Em resposta à sua carta de 7 de fevereiro de 1982, a
Casa Universal de Justiça nos instruiu a dizer que não há objeção
a uma Assembléia Espiritual Nacional em apontar auditores, sejam
bahá’ís ou não-bahá’ís para fazer auditoria dos livros contábeis
conforme exigido por lei. A função de um auditor profissional, por
sua própria natureza, é confidencial e o fato do auditor ter acesso
aos registros das contribuições não viola o princípio da
confidencialidade.
(26 de abril de 1982)

68. A questão da contabilidade apropriada dos fundos feitos
para finalidades específicas é muito importante. Os livros contábeis
de uma Assembléia devem ser concebidos de tal forma que deixe
bem claro e específico a distinção entre os fundos com fins
específicos e aqueles deixados livres para administração da
Assembléia, de forma a que a Assembléia não incorra,
inadvertidamente, em nenhum perigo de misturá-los e gastá-los
indevidamente para outros propósitos.
(6 de agosto de 1984)

48
69. O amado Guardião foi muito enfático quanto às
contribuições aos fundos bahá’ís – aquelas feitas com finalidades
específicas de uso – estas devem ser utilizadas para o propósito
devido, a não ser que o doador concorde em mudá-lo. Se a
Assembléia não puder usar a contribuição para a finalidade
especificada, pode recusar aceitá-la. Alternativamente, pode
consultar com o doador e sugerir que libere a contribuição para
propósitos gerais ou que transfira-a para outra finalidade. Mas
nenhuma forma de pressão pode ser exercida para obter sua
aquiescência. Por outro lado, uma vez que o dinheiro tenha sido
contribuído a uma Assembléia, passa a ser de propriedade da
Assembléia, mesmo que destinada a um fim específico, o doador
não tem o direito de mudar unilateralmente sua finalidade. A
Assembléia, porém, pode, à sua própria discrição, aceitar seu
pedido de assim fazê-lo.
(30 de dezembro de 1984)

70. A Assembléia é a fideicomissária dos fundos aos seus
cuidados, e sua obrigação primária ao investir tais fundos deve ser
tentar preservar seu valor real. Buscar obter um bom rendimento
de tais investimentos é também louvável, mas é uma consideração
secundária e não deve ser buscada se isso colocar em risco o
valor do montante principal. Isso é especialmente verdadeiro no
caso dos fundos específicos, sobre os quais a Assembléia tem o
dever junto ao doador ou doadores de preservar o valor do fundo
até chegar a oportunidade de aplicá-lo na finalidade prevista. Em
tal caso, quando o valor da moeda por si mesmo se deprecia, um
método para manter o valor real do fundo específico é adicionar
ao montante principal todos os rendimentos decorrentes do

49
investimento, mesmo se o doador não tiver definido especificamente
o rendimento sobre sua contribuição.
(19 de março de 1985)

50
BIBLIOGRAFIA
♦

Shoghi Effendi, Bahá’í Administration, Selected
Messages 1922-32 (edição revisada); Wilmette, Bahá’í
Publishing Trust, 1974.

♦

Shoghi Effendi, Dawn of a New Day: Messages to India
1923-1927; New Delhi, Bahá’í Publishing Trust, 1970.

♦

Shoghi Effendi, Messages to America: Selected Letters
and Cablegrams Addressed to the Bahá’ís of North
America 1932-1946; Wilmette, Bahá’í Publishing Trust
Committee, 1947.

♦

Shoghi Effendi, Messages to Canada. Assembléia
Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Canadá, 1965.

♦

Shoghi Effendi, The Unfolding Destiny of the British
Bahá’í Community: The Messages from the Guardian of
the Bahá’í Faith to the Bahá’ís of the British Isles. London,
Bahá’í Publishing Trust, 1981.

♦

Bahá’í News. Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís
dos Estados Unidos da América.

51
52
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Contribuição aos Fundos Bahá'ís

  • 1.
  • 2.
  • 4. II
  • 5. CONTRIBUIÇÃO AOS FUNDOS BAHÁ’’ÍS COMPILAÇÃO DE CARTAS E ESCRITOS DE SHOGHI EFFENDI SOBRE “O SANGUE VITAL DA CAUSA” PREPARADA PELA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA Incluso duas seções preparadas pela Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Reino Unido III
  • 6. Título original em inglês: Lifeblood of the Cause c 2004 Todos os direitos reservados: Editora Bahá’í do Brasil C.P. 198 13800-970 - Mogi Mirim - SP www.bahai.org.br/editora ISBN: 85-320-0101-7 1ª EDIÇÃO: 2004 Tradução:Osmar Mendes Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo Impressão: R.Vieira Gráfica e Editora - Campinas, SP IV
  • 7. CONTEÚDO Prefácio VII I A IMPORTÂNCIA DE CONTRIBUIR II A RESPONSABILIDADE DAS ASSEMBLÉIAS NA ADMINISTRAÇÃO DOS FUNDOS BAHÁ’ÍS 24 III QUEM PODE CONTRIBUIR AOS FUNDOS BAHÁ’ÍS? 28 IV O DESENVOLVIMENTO DOS FUNDOS LOCAL E NACIONAL DA FÉ 33 A NECESSIDADE DE ADMINISTRAR DEVIDAMENTE OS FUNDOS BAHÁ’ÍS 40 V Bibliografia 1 51 V
  • 8. VI
  • 9. PREFÁCIO O Fundo Bahá’í é uma instituição de nossa Fé – o sangue vital que permite que o trabalho da Causa seja mantido. O desenvolvimento da Fé depende totalmente da estabilidade financeira das instituições locais, nacionais e internacionais, então a importância do Fundo não deve ser subestimada. Esta compilação é dividida em cinco seções: as primeiras três foram originalmente publicadas pela Casa Universal de Justiça em 1971 e as duas finais pela Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Reino Unido como um acréscimo as recentes cartas da Casa Universal de Justiça, ampliando sua guia. Alguns destes procedimentos podem parecer que foram sugeridos a um país em particular, porém os princípios expressados são de aplicação universal, independentes de lugar ou tempo e para a ordem administrativa bahá’í, seja ela local ou nacional. Os textos compilados contêm somente citações do Amado Guardião, Shoghi Effendi, e da Casa Universal de Justiça, não foram compilados os Textos Sagrados das Figuras Centrais da Fé Bahá’í. Todavia, relembramos estas Palavras Sagradas de Bahá’u’lláh sobre Sua misericórdia em aceitar as contribuições dos bahá’ís, sejam elas de pequeno ou grande valor: “Não recusamos tais benefícios materiais que Nos pudessem aliviar as aflições. Cada um de Nossos companheiros, entretanto, será Nossa testemunha de VII
  • 10. que Nossa sagrada Corte está santificada de tais benefícios materiais e muito acima deles. Nós, porém, aceitamos enquanto confinados nesta Prisão, aquelas coisas das quais os infiéis tentaram Nos privar. Se for encontrado um homem disposto a erguer, em Nosso Nome, um edifício de ouro e prata, ou uma casa adornada de pedras preciosas de inestimável valor, este desejo, sem dúvida, será atendido. Ele, verdadeiramente, faz o que quer e ordena o que Lhe apraz.” (Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 80) Editora Bahá’í do Brasil VIII
  • 11. I A IMPORTÂNCIA DE CONTRIBUIR 1. Devemos ser como uma fonte que está continuamente se esvaziando de tudo o que tem e está sempre sendo preenchida por uma fonte invisível. Continuamente dar para o bem de nossos semelhantes sem se deixar atemorizar pelo medo da pobreza, e confiante na infalível generosidade da Fonte de toda riqueza e todo bem – eis o segredo do bem-viver. (Shoghi Effendi, citado em Bahá’í News 13, ed. de setembro/1926, p. 1) 2. E como o progresso e expansão das atividades espirituais dependem e estão condicionadas aos meios materiais, é de absoluta necessidade que imediatamente, após o estabelecimento tanto das Assembléias Locais como das Nacionais, um Fundo Bahá’í deve ser estabelecido para ser colocado sobre o controle exclusivo da Assembléia Espiritual. Todas as doações e contribuições devem ser oferecidas ao tesoureiro da Assembléia, para o propósito específico da promoção dos interesses da Causa em todas as localidades ou país. É uma obrigação sagrada de todo seguidor fiel e consciencioso, servo de Bahá’u’lláh, que deseja ver Sua Causa progredir – contribuir livre e generosamente para o crescimento daquele Fundo. Os membros da Assembléia Espiritual irão despender os valores contribuídos à sua própria discrição na promoção de campanhas de ensino, para ajudar os necessitados, estabelecer instituições educacionais bahá’ís e ampliar, por todos os meios possíveis, sua esfera de serviços. Espero sinceramente 1
  • 12. que todos os amigos, conscientes da necessidade desta medida, esforçar-se-ão ao máximo para contribuir, embora inicialmente de uma forma modesta, para o rápido estabelecimento e aumento daquele Fundo. (Shoghi Effendi, de uma carta datada de 12 de março de 1923, aos bahá’ís do Ocidente, publicada em Bahá’í Administration, pp. 41-41) 3. Para que vocês possam reforçar esta Campanha de Ensino – tão vitalmente necessária nestes dias – e conduzir, de forma apropriada e eficaz, o restante de suas inúmeras atividades, tanto espirituais como humanitárias, é urgentemente necessário estabelecer aquele Fundo central, o qual, se generosamente apoiado e sustentado pelos amigos, seja individualmente ou pelas Assembléias Espirituais Locais, irá desde logo possibilitar a vocês executarem seus planos com rapidez e vigor. (Shoghi Effendi, de uma carta datada de 6 de maio de 1923, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í Administration, p. 49) 4. Com relação ao Fundo Bahá’í, recentemente estabelecido entre os amigos, confio que o assunto agora esteja claro para todos, no país inteiro. Como eu havia previamente mencionado, embora os amigos, individualmente, e as Assembléias Locais, sejam absolutamente livres para especificar a finalidade e o objeto de suas contribuições à Assembléia Espiritual Nacional, ainda assim, em minha opinião, considero da máxima e vital importância que os indivíduos, como também as Assembléias Locais, em todas as partes, tendo em vista a importância maior do ensino nacional, e como uma prova de sua absoluta confiança em seus representantes nacionais, se esforcem, embora de forma modesta no início, para contribuírem livremente para o sustento e aumento do Fundo Bahá’í 2
  • 13. Nacional, de forma que os membros da Assembléia Nacional possam, à sua total discrição, aplicá-lo em qualquer atividade que julguem mais urgente e necessária. (Shoghi Effendi, de uma carta datada de 26 de novembro de 1923, à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í Administration, pp. 53-54) 5. ... Cabe à Assembléia Espiritual Nacional de... aplicar seu julgamento sobre em que extensão os recursos à sua disposição lhe permite ajudar financeiramente os empreendimentos individuais dos amigos. Se a resposta dos amigos e das Assembléias aos apelos feitos em nome do Fundo Nacional for imediata, contínua e generosa, a Assembléia Nacional pode, tenho certeza, justificar sua simpatia, boa vontade e cooperação genuína com qualquer empreendimento bahá’í individual. Contudo, neste estágio inicial de nosso trabalho, eu fortemente recomendaria, mais ainda, apelaria que os amigos não dissipassem seus esforços, mas buscassem, após franca, madura e contínua deliberação, chegar a uma conclusão comum sobre quais são as necessidades e exigências mais urgentes da hora, e, tendo chegado a uma visão unificada de seus pontos de vista, devem partir para apoiá-la e reforçá-la com presteza, firmeza e compreensão. (Shoghi Effendi, de uma carta datada de 16 de janeiro de 1925, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í Administration, pp. 76-77) 6. ... Para que o trabalho das Assembléias Espirituais Nacionais possa ser eficazmente conduzido, incumbe aos seus membros considerar a possibilidade do estabelecimento de um centro adequado e permanente para suas atividades, o qual deverá ser ampla e oficialmente anunciado e ser reconhecido como a sede 3
  • 14. nacional de seu secretariado. A ela deverão ser endereçadas todas as comunicações, sejam de indivíduos, das Assembléias dentro de sua jurisdição, da Terra Santa e de outros países. Sua primeira obrigação será manter contato estreito e regular, sem exceção, discriminação ou favorecimento, com as várias localidades e crentes isolados sob sua jurisdição, e de forma rápida e diligente compartilhar com eles, como também com todos os amigos no exterior, qualquer assunto comum a todos e de interesse geral. Para que esta meta tão esperada possa materializar-se e o padrão de eficiência ser mantido, a instituição do Fundo Nacional é de importância fundamental. Irei, incessantemente, solicitar aos amigos e às Assembléias Espirituais Locais em toda a ... para se levantarem, de coração e alma, e contribuírem generosa e regularmente para manter e fazer crescer o Fundo do qual irá depender em grande parte o sucesso de seus empreendimentos. Pessoalmente, estou instruindo a Assembléia Espiritual de... , cujos serviços prestados à Causa de Bahá’u’lláh, na ... e em outros países, de ordem moral como também financeira, estão indelevelmente gravados em meu coração, para concentrar suas energias e apoiar com seus recursos as instituições gêmeas da Assembléia Espiritual Nacional e do Fundo Nacional. Confio que ambas serão em breve fortalecidas de forma a poder ombrear o peso que agora recai sobre os abnegados amigos de... . (Shoghi Effendi, de uma carta datada de 25 de março de 1925, à Assembléia Espiritual Nacional da Índia e Birmânia) 7. Quanto aos sacrifícios materiais para o bem-estar da Causa, ele deseja que vocês entendam que os interesses gerais da Causa têm precedência sobre os interesses dos indivíduos em particular. Por exemplo, as contribuições ao bem-estar dos indivíduos são secundárias às contribuições para os Fundos Local, 4
  • 15. Nacional e do Templo. Esta é a uma instrução geral. Naturalmente, ajudar as pessoas em casos especiais, se os amigos puderem, é também desejável e meritório. (De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi dirigida a dois bahá’ís, em 24 de novembro de 1925) 8. Em conexão com a instituição do Fundo Nacional e do sistema orçamentário definido nas atas da Assembléia Espiritual Nacional, sinto-me impelido a lembrar a vocês da necessidade de terem sempre em mente o princípio cardeal de que todas as contribuições ao Fundo devem ser pura e estritamente de caráter voluntário. Deve ficar claro e evidente a todos que qualquer forma de compulsão, por mais leve ou indireta que seja, é basicamente contrária ao princípio subjacente à formação do Fundo, desde que este foi concebido. Embora os apelos de ordem geral, cuidadosamente expressados, comoventes e dignificados em tom, sejam bem-vindos sob todas as circunstâncias, deve ser deixado inteiramente à discrição de cada crente consciencioso decidir sobre a natureza, o valor e a finalidade de sua contribuição para a propagação da Causa. (Shoghi Effendi, de uma carta datada de 10 de janeiro de 1926, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í Administration, p. 101) 9. ... O Fundo Nacional deve ser firmemente estabelecido, generosamente sustentado e apoiado de forma universal e contínua, por ser indispensável ao progresso e às realizações futuras. A “Carta Noticiosa” deve ser ampliada, amplamente distribuída e utilizada como um meio de divulgação de informações, para coordenar atividades e assegurar o apoio de todos os amigos para as instituições da Causa. Fortemente recomendo que vocês 5
  • 16. assegurem o sucesso desses dois órgãos essenciais e básicos de nosso trabalho. (Em manuscrito de Shoghi Effendi, anexado à carta datada de 25 de maio de 1926, escrita em seu nome a um bahá’í) 10. Em tempos de desapontamento, estresse e ansiedade, que certamente teremos de enfrentar, lembro aos amigos dos sofrimentos de nosso falecido Mestre. O trabalho de vocês, suas energias, vigilância e atenções, cercados de amorosa bondade, são acervos que muito valorizo e louvo. Mantenham-se dessa forma; perseverem; redobrem seus esforços; repitam e reescrevam as advertências e instruções de nosso Bem-Amado em suas comunicações aos indivíduos e Assembléias, até que as mesmas penetrem profundamente em seus corações e mentes. Esta era verdadeiramente a forma de agir de nosso Bem-Amado, e deve ser o método e a melhor forma de agir a adotarmos sempre. O trabalho atual de seus pioneiros certamente será lembrado e louvado pelas gerações futuras. Minhas orações serão sempre oferecidas a vocês. Em assuntos de contribuições não devemos usar qualquer forma compulsória e assegurar claramente sua utilização na finalidade estipulada pelo doador. Devemos fazer apelos, mas nunca coagir os amigos. (Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso a carta de 9 de julho de 1926, escrita em seu nome a um bahá’í) 11. Como bahá’ís, devemos seguir o método do Profeta. Sabemos que a Causa irá por fim prevalecer e que suas fileiras serão unidas de forma completa. Sabemos, também, que as promessas do Mestre serão todas realizadas; portanto, por que nos desencorajarmos diante de oposição ou dificuldades triviais 6
  • 17. que encontramos em nosso caminho? Ao contrário, devemos aumentar ainda mais nosso zelo e persistir em nossas orações e esforços. Shoghi Effendi já tomou as medidas necessárias e, por carta e também por telegrama, recomendou que “os amigos dêem apoio moral e financeiro ao Fundo Nacional”. Sempre leva algum tempo para que as pessoas mudem de uma forma de administração para outra. Até o presente, estavam acostumados em pensar na Assembléia Local como a instituição mais próxima do Centro da Causa, e levará algum tempo e preparação antes que aceitem outra instituição superior. O mesmo problema existia na América e por algum tempo o trabalho do Corpo Nacional pareceu estar paralisado, mas através de contatos pessoais e da lembrança incessante de Shoghi Effendi, o problema foi resolvido e agora vemos a Assembléia Nacional ser reconhecida como o único corpo administrativo encarregado de assuntos que estão além da jurisdição puramente local das Assembléias Locais. (7 de setembro de 1926, à Assembléia Espiritual Nacional da Índia e Birmânia, publicado em Dawn of a New Day; pp13-14) 12. ... Venho estimulando que eles apoiem de forma consistente e decidida as instituições essenciais e vitais do Fundo Nacional e da Assembléia Espiritual Nacional. Deve ficar claro a todos que o apoio contínuo a essas duas instituições é a pedra angular de todas as realizações futuras, a fonte de energia da qual fluirão todas as bênçãos futuras. (Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta acima) 13. ... sinto que devemos considerar como axiomático e princípio guia da administração bahá’í na condução de toda atividade bahá’í específica, a diferença existente entre os 7
  • 18. empreendimentos de caráter humanitário, filantrópico ou de caridade que sejam no futuro realizados sob auspícios bahá’ís, e aqueles que já se tenham identificados com a Fé e que sejam considerados como tais, aos quais podem ser convidados seus apoiadores fiéis e dedicados para participarem e colaborarem. Pois, independente da consideração das complicações embaraçosas que a associação com não-bahá’ís, no apoio financeiro das instituições de caráter estritamente bahá’í, possa certamente engendrar na administração da comunidade bahá’í do futuro, deve ser lembrado que essas instituições bahá’ís específicas, as quais devem ser consideradas à luz das dádivas de Bahá’u’lláh concedidas ao mundo, unicamente poderão ser criadas e mantidas com o apoio daqueles que são inteiramente conscientes dos objetivos da Causa e, sem nenhuma reserva, submissos aos postulados inerentes à Revelação de Bahá’u’lláh. No caso, porém, quando um amigo ou simpatizante da Fé ansiosamente insiste em fazer alguma contribuição monetária para a promoção da Fé, tais doações devem ser aceitas e devidamente anotadas pelos representantes eleitos dos crentes com o claro entendimento que serão utilizadas exclusivamente para propósitos filantrópicos ou de caridade. Pois, à medida que a Fé de Bahá’u’lláh amplia seu escopo e influência, e os recursos das comunidades bahá’ís de forma idêntica se multiplicam, tornar-se-á cada vez mais necessário diferenciar entre os departamentos da tesouraria bahá’í, aqueles que são como provedores das necessidades do mundo em geral e aqueles que são especificamente designados para promover os interesses diretos da própria Fé. Decorrente deste aparente divórcio entre as atividades bahá’ís e as de caráter humanitário, não se deve inferir, porém, que o propósito que anima a Fé de Bahá’u’lláh seja contrário aos objetivos e atividades das instituições humanitárias e filantrópicas 8
  • 19. existentes. Pelo contrário, deve ser bem entendido por cada um dos promotores conscientes da Fé que num estágio inicial da evolução e cristalização da Causa como o que vivemos, tais medidas discriminatórias e de precaução são inevitáveis e até mesmo necessárias, para que as nascentes instituições da Fé possam surgir e se desenvolver de forma triunfante e desimpedida dos atuais reboliços de confusões e muitas vezes dos conflitantes interesses que as cercam. Esta nota de advertência não deve ser julgada de forma indevida em um tempo quando, inflamada pela calorosa paixão decorrente da visão do término recente do Mashriqu’l-Adhkar, não devemos somente sentirmo-nos aptos a aquiescer ao desejo daqueles que ainda não se iniciaram na Causa e que estão desejosos de ajudar financeiramente suas instituições, mas também até mesmo sentirmonos inclinados a solicitar deles a ajuda que se dispuserem a contribuir. Nosso é, com absoluta certeza, o dever supremo de nos dedicarmos à realização de nosso dever mais sagrado que, nos dias à frente, nem a língua da maledicência, nem a pena do malévolo possam ousar insinuar que um Edifício tão belo e tão significativo foi erigido por nenhum outro recurso senão os decorrentes dos esforços unânimes, exclusivos e sacrificais de um pequeno mas determinado corpo de apoiadores conscientes da Fé de Bahá’u’lláh. Quão delicada é nossa tarefa, quão premente a responsabilidade que pesa sobre nós, que somos chamados a, de um lado, preservar inviolável a integridade e a identidade da Fé regeneradora de Bahá’u’lláh e, de outro, vindicar seus amplos princípios, de vasto alcance e igualmente humanitários. Na verdade, não podemos deixar de entender que o presente estágio de nosso trabalho é extremamente limitado em número de contribuintes capazes de dar amplo apoio financeiro a um empreendimento tão vasto, tão elaborado e de custo considerável. Estamos 9
  • 20. perfeitamente conscientes das inúmeras e variadas atividades bahá’ís que são imprescindíveis conhecermos para a conclusão vitoriosa do Plano de Ação Unificada. Ainda não somos bem conscientes da premente necessidade de que um edifício que, por ser uma incorporação adequada e concreta do espírito que anima a Causa, deve ser erigido no coração do continente americano, tanto como uma testemunha como um centro de encontro das inúmeras atividades de uma Fé em rápido crescimento. Mas, estimulados por estas reflexões, não devemos decidir e agir, como nunca antes, apressando por todos os meios possíveis a consumação desta tarefa tão meritória e absorvente? Peço a vocês, queridos amigos, não considerarem a questão de números ou a constatação das limitações de seus recursos, ou mesmo a experiência de inevitáveis reveses que tão poderoso empreendimento poderá acarretar, não permitindo anuviar-se sua visão, diminuir suas esperanças ou paralisar seus esforços na persecução de sua tarefa divinamente definida. Nem, também, eu lhes peço, se permitam que coisa alguma em seu caminho possa obstruir aqueles canais de graça vivificadora, a qual, sozinha, provê a inspiração e a força vital não somente para a realização vitoriosa de sua construção material, como para o cumprimento de seu elevado destino. (Shoghi Effendi, de uma carta datada de 25 de outubro de 1929 aos bahá’ís dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í Administration, pp. 182-184) 14. Vocês perguntam sobre planos através dos quais fundos podem ser levantados para o Templo. Shoghi Effendi crê que o método melhor e mais nobre é ter doações livres para o crescimento da Causa, feitas espontaneamente e com o senso de sacrifício. É com sacrifício que este Templo terá de ser construído. Este é o método verdadeiramente digno. Este princípio, portanto, exclui 10
  • 21. qualquer método através do qual a ajuda de não-bahá’ís poderá ser incluída. Um Templo Bahá’í deve ser construído unicamente por bahá’ís; não é uma atividade humanitária comum na qual a ajuda de qualquer pessoa pode ser solicitada. De qualquer forma, porém, Shoghi Effendi já explicou bem este assunto à Assembléia Espiritual Nacional e vocês podem referir-se à ela para maiores esclarecimentos. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual de Kenosha, Wisconsin, publicada em Bahá’í News 64, ed. de julho/1932, p. 4) 15. Mesmo considerando que Shoghi Effendi estimula a todo crente sacrificar-se ao máximo a fim de contribuir para o Fundo da Assembléia Nacional, ainda assim ele jamais iria recomendar aos amigos incorrerem em dívidas para tal propósito. Somos solicitados a dar o que temos, não o que não possuímos, especialmente se tal ato causar sofrimento aos outros. Em tais assuntos, devemos usar de um julgamento criterioso e de sabedoria, e também confiar em outros bahá’ís devotados. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 4 de maio de 1932, a um bahá’í) 16. Shoghi Effendi deseja que eu acuse recebimento de sua carta datada de 8 de maio de 1932, informando a ele de alguns incidentes ocorridos durante a Convenção deste ano, especialmente quando foi feito o levantamento de contribuições aos fundos para o Templo. Ele ficou muito feliz ao saber do maravilhoso espírito que prevaleceu durante as reuniões, pois é unicamente através de um espírito de devoção como o demonstrado, e dos sacrifícios dos amigos, que a Causa pode prosperar e sua mensagem ser difundida no mundo inteiro. 11
  • 22. Foi também maravilhoso ver o interesse demonstrado pelo público nas reuniões gerais que fizeram parte do programa da Convenção. Shoghi Effendi espera que à medida em que o Templo for gradualmente completado, esse interesse cresça ainda mais e que as pessoas participem do espírito que motiva os amigos e, aceitando a Fé de Bahá’u’lláh, se levantem para servi-la e dediquem suas vidas em sua difusão. Tais reuniões para o levantamento de fundos são permitidas se feitas para inspirar um verdadeiro espírito de sacrifício, porém não se deve quando a audiência é especialmente estimulada por uma frenética psicologia de massa para induzir as pessoas a pagar. Shoghi Effendi tem repetidamente afirmado que nenhuma forma de pressão deve ser usada junto aos amigos, e pressão psicológica está nessa categoria. Mas existe grande diferença entre tais reuniões, muitas vezes usadas em outras religiões, e uma atmosfera devocional, de verdadeiro silêncio, quando a pessoa, por si mesma, se levanta para fazer algum sacrifício pessoal. A diferença é muito sutil, mas cabe ao coordenar usar de seus poderes de dirigente da reunião para estar atento em uma forma condigna de levantamento de fundos que não seja corrompida por outra. Todas as atividades da Causa devem ser realizadas de uma forma digna. Shoghi Effendi tem certeza que os fundos reunidos na última Convenção não foram devidos ao exercício de psicologia de massa, mas decorreram de uma atitude em oração de parte dos amigos e de seu desejo sincero de fazer sacrifícios adicionais pela Causa. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 28 de maio de 1932, a um bahá’í, publicada em Bahá’í News 67, ed. de outubro/1932, p. 5) 17. ... Suas doações ao Templo, como também a notável maneira na qual vocês estão ajudando os crentes em seus esforços 12
  • 23. de ampliar o escopo de seu trabalho publicitário, são também contribuições reais e duradouras que vocês estão fazendo à Fé. E, embora atualmente vocês não estejam podendo contribuir financeiramente como fizeram em anos passados, vocês não devem sentir-se desencorajados, muito menos desapontados. Pois a melhor maneira pela qual vocês podem efetivamente apoiar a concretização do Templo, não é através de meios materiais, mas pela ajuda moral que é sua obrigação primária prestar àqueles que estão encarregados da construção daquele singular e sagrado Edifício. É a devoção, a sinceridade e o entusiasmo genuíno que, a longo prazo, podem assegurar a conclusão de nosso bem-amado Templo. Considerações materiais, embora essenciais, não são a mais vital, de forma alguma. Fosse de outra maneira, o Templo jamais teria chegado ao estágio de progresso que já alcançou de forma tão positiva. Pois os recursos da comunidade são limitados, e foram severamente afetados durante os dois últimos anos por uma crise econômica mundial sem precedente. Mas a despeito de todos esses obstáculos materiais, o Templo teve um progresso firme e isso, em particular, é suficiente para convencer a qualquer observador não preconceituoso do poder divino que anima a Fé – uma força diante da qual todas as dificuldades materiais devem inevitavelmente desvanecer-se. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 30 dezembro de 1933, a dois bahá’ís) 18. ... Ele deseja que vocês, em especial, alertem os crentes da necessidade de manter o fluxo de suas contribuições ao Templo, e também enfatizem a importância da instituição do Fundo Nacional Bahá’í como um meio indispensável para o crescimento e expansão do Movimento. As contribuições a este fundo constituem, adicionalmente, uma forma prática e efetiva através da qual todo 13
  • 24. crente pode testar a medida e caráter de sua fé, e provar em ações a intensidade de sua devoção e apego à Causa. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 25 de setembro de 1934, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í News 88, ed. de novembro/1934, pp. 1-2) 19. ... O Guardião recomendaria à sua Assembléia continuar a alertar os crentes sobre a necessidade de suas contribuições regulares ao Fundo Nacional, independentemente de existir ou não uma emergência a ser atendida. Nada a não ser um fluxo contínuo de contribuições àquele fundo pode, em verdade, assegurar a estabilidade financeira sobre a qual muito do progresso das instituições da Fé devem agora, inevitavelmente, depender. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 29 de julho de 1935, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í News 95, ed. de 5/outubro/1935, p. 1) 20. Com a expansão das atividades da comunidade bahá’í americana, e com seu prestígio mundial igualmente aumentando, a instituição do Fundo Nacional, que é a base da qual todas as outras instituições devem necessariamente depender e ser estabelecidas, adquire uma importância fundamental e deve ser crescentemente apoiada pelo inteiro corpo dos crentes, tanto em suas capacidades individuais como através de esforços coletivos, seja organizado em grupos ou em Assembléias Locais. O suprimento de fundos, em apoio à tesouraria nacional, constitui-se, no tempo presente, o sangue vital dessas nascentes instituições, as quais vocês estão trabalhando para erigir. Sua importância não pode seguramente ser super-estimada. Bênçãos incontáveis com certeza irão coroar cada esforço dirigido àquele fim. Espero com ansiedade e em 14
  • 25. espírito de oração as notícias de uma expansão sem precedentes em um órgão tão vital da Ordem Administrativa de nossa Fé. (Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta acima) 21. Quanto à sua pergunta concernente às contribuições ao Fundo do Templo: os amigos devem com certeza ser encorajados, e até mesmo instados a apoiar financeiramente esse projeto, como também outras instituições nacionais da Causa. Mas eles não devem, sob nenhuma circunstância, ser exigidos de assim o fazerem. Com relação à idéia de “dar o que a pessoa puder”: isso não significa colocar um limite, ou mesmo excluir a possibilidade de auto-sacrifício. Não pode haver limitações às contribuições da pessoa ao fundo nacional. Quanto mais alguém puder contribuir, melhor, especialmente quando tais ofertas exigem o sacrifício de outras necessidades e desejos da parte do doador. Quanto maior o sacrifício, mais meritório será, com certeza, aos olhos de Deus. Pois, afinal de contas, não é tanto a quantia dos oferecimentos que importa, mas, sim, a medida de privação que tais ofertas acarretam. É o espírito, não o mero fato de contribuir, que devemos sempre levar em consideração quando enfatizamos o fato de contribuir, e buscamos alcançar o apoio sincero e universal aos vários fundos da Causa. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 31 de dezembro de 1935, a um bahá’í, publicada em Bahá’í News, ed. de dezembro/1951, p. 1) 22. Acima de tudo, ele deseja através de vocês reiterar sua expectativa, já expressada em seu recente telegrama à Assembléia Espiritual Nacional, que o Fundo Nacional, que sem dúvida alguma constitui a base sobre a qual todas as atividades da Causa em 15
  • 26. última instância dependem, deve receber apoio contínuo e incondicional de todos os crentes. Tanto as Assembléias Locais como os crentes, individualmente, devem dar-se conta de que, a não ser que contribuam regular e generosamente para aquele Fundo, o progresso da Fé na Índia e na Birmânia serão não somente retardados como inevitavelmente interrompidos. Deve haver um fluxo contínuo de fundos à tesouraria nacional da Assembléia Espiritual Nacional, para que aquele corpo possa administrar, de forma apropriada, as inúmeras e sempre crescentes atividades da Fé. Todo bahá’í, não importa quão pobre seja, deve entender quão grave é a responsabilidade que pesa sobre seus ombros neste sentido, e deve confiar no fato de que seu progresso espiritual como um crente na Ordem Mundial de Bahá’u’lláh, depende da medida na qual prove, em ações, sua prontidão em apoiar materialmente as instituições divinas da Causa dEle. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 17 de julho de 1937, à Assembléia Espiritual Nacional da Índia e da Birmânia, publicada em Dawn of a New Day, p. 68) 23. ... Cada um dos crentes, superando todas as incertezas, perigos e limitações financeiras que afligem a nação, deve levantarse e assegurar, no máximo de sua capacidade, um fluxo constante e abundante de fundos seja direcionado à tesouraria nacional, de cujo fundo depende, em última instância, a provisão de recursos para a continuidade vitoriosa do Plano. (Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta datada de 30 de janeiro de 1938, escrita em seu nome à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Messages to America, p. 11) 24. Com relação à condição do Fundo Nacional, que vocês relataram estar passando por uma queda geral em contribuições, 16
  • 27. tanto de parte dos crentes como das Assembléias Espirituais Locais e grupos bahá’ís, é evidente que a não ser que o fluxo de doações seja regularmente mantido através de apoio generoso e contínuo de todos os crentes, individual e coletivamente, o Fundo Nacional jamais será capaz de atender às necessidades e exigências da Causa, particularmente nestes dias quando as atividades nacionais dos crentes estão assumindo proporções amplas e crescentes. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 3 de fevereiro de 1941, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicado em Bahá’í News 143, ed. de maio/1941, p. 3) 25. Na verdade, o esplêndido espírito que anima os crentes americanos nestes dias é uma grande fonte de alegria e inspiração para o Guardião, e à medida que chegam boas notícias de novas vitórias alcançadas e a realização de novos sacrifícios, pode-se ver seu estado de espírito elevar-se e uma onda de novas forças descerem sobre ele – cansado e super-atarefado como normalmente se encontra. Neste sentido, a carta que vocês tão seriamente anexaram daquele bahá’í que doou a diferença do preço entre um caixão muito simples e um mais caro para o Fundo da Causa, emocionou-o profundamente. Tais sacrifícios provam o calibre dos amigos e asseguram estabilidade aos próprios alicerces da Fé. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 4 de maio de 1941, ao tesoureiro da Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í News 144, ed. de junho/1941, pp. 2-3) 26. Consciente da condição do Fundo Nacional e da urgência das tarefas diante de seus administradores, sinto-me movido a recomendar que utilizem os oferecimentos dos crentes americanos ao Fundo Internacional para o trabalho que no momento é vitalmente necessário e desafiador aos amigos no campo de ensino. 17
  • 28. Por mais que aprecie o espírito que os impele, bem como a seus companheiros de instituição, a fazerem esta contribuição mensal à Causa ao seu Centro Mundial, sinto que era meu dever consagrar tal oferecimento, enquanto o Plano de Sete Anos encontra-se em operação, àquele aspecto vital do ensino sobre o qual seu sucesso deverá, por fim, depender. Que os amigos, tendo em vista a vastidão do campo que se encontra diante deles, e contando com a força de seus esforços, e também com a luminosa promessa de bênçãos futuras que tal lavor deverá produzir, levantem-se a ainda maiores alturas de auto-sacrifício e demonstrem ainda mais nobres manifestações de solidariedade diante da situação crítica que tão insistentemente está a exigir seu apoio. (Em nota manuscrita de Shoghi Effendi, apensa à carta datada de 26 de outubro de 1941 ao tesoureiro da Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í News 149, ed. de dezembro/1941, p. 2) 27. ... Não há objeção que a Assembléia Espiritual mantenha um registro com os nomes dos contribuintes e os valores recebidos; mas nenhuma pressão jamais deverá ser exercida sobre eles para contribuírem, um ato que deve ser voluntário e considerado confidencial, a não ser que os próprios amigos desejem mencionálo abertamente. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 26 de outubro de 1945, a um bahá’í) 28. Com relação às suas perguntas: Ele não acha ser recomendável estabelecer qualquer condição para as doações ao Fundo Bahá’í. Trata-se de um assunto inteiramente pessoal, e cada bahá’í deve agir de acordo com seu próprio julgamento diante das necessidades da Fé. Em tempos de crise, seja nos assuntos da 18
  • 29. Causa ou da própria família, as pessoas naturalmente agem de forma diferente do que sob circunstâncias normais. Mas as decisões nesses assuntos são da alçada final de cada bahá’í. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, 19 de outubro de 1947, a um bahá’í, publicada em Unfolding Destiny, pp. 447-448) 29. Com relação à pergunta feita por você: em primeiro lugar cada crente é livre de seguir os ditames de sua própria consciência quanto à forma como irá gastar seu próprio dinheiro. Em segundo lugar devemos ter sempre em mente que são ainda muito poucos os bahá’ís no mundo, comparado com a população mundial, e existem tantas pessoas carentes, que mesmo se todos nós doássemos tudo o que possuímos, não iria aliviar mais do que uma infinitésima parte daqueles que sofrem. Isto não significa que não devemos ajudar aos necessitados; mas que nossas contribuições à Fé são com certeza a forma mais segura de tirar de uma vez para sempre o peso da fome e da miséria da humanidade, pois será apenas através do Sistema revelado por Bahá’u’lláh – divino em origem – que o mundo poderá ver eliminado de seu meio a guerra, a fome, o temor e as injustiças sociais. Não-bahá’ís não podem contribuir para o serviço que realizamos, ou fazê-lo por nós; por isso nossa primeira obrigação é apoiar nosso próprio trabalho de ensino, pelo fato de ser o trabalho bahá’í que levará à cura das nações. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de dezembro de 1947, a um bahá’í, publicado em Bahá’í News 210, agosto de 1948, p. 3) 30. Com relação à sua pergunta sobre contribuições: é da alçada do próprio indivíduo decidir se ele deseja devotar algum valor a um propósito específico, ele é livre para fazê-lo, mas os 19
  • 30. amigos devem reconhecer o fato de que muita diversificação das contribuições irá atar as mãos da Assembléia e impedir que possa atender às exigências das muitas obrigações em diferentes campos da atividade bahá’í. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 23 de junho de 1950, à Assembléia Espiritual Nacional do Canadá, publicada em Messages to Canadá, p. 15) 31. ...Ele sugere que você doe à Causa, em memória de seu filho, a soma que iria gastar em uma viagem pelo mundo. Bahá’u’lláh diz que os atos dessa natureza ajudam o progresso da alma da pessoa amada falecida, no mundo do além. Como sua filha faleceu em sofrimento, em sua juventude, com certeza o fato de poder ter, em seu nome, uma participação no trabalho construtivo deste mundo, fará com que ela tenha paz e alegria. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 19 de setembro de 1951, a um bahá’í) 32. Quanto à sua pergunta, oriento o seguinte: os amigos podem fazer suas contribuições ao tesoureiro, ou, se preferirem permanecer anônimos e dar pequenos valores. Para essa última maneira citada, deve ser provida uma caixa para os bahá’ís depositarem suas doações. A Assembléia Espiritual Local pode decidir sobre este assunto. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 29 de setembro de 1951, a um bahá’í) 33. O Guardião tem certeza que a contribuição que foi feita por sua amiga, a qual não tem estado ativa na Causa por algum tempo, será sem dúvida um meio de estimulá-la a reintegrar-se 20
  • 31. aos serviços da Fé. Nada existe que traga sucesso na Fé melhor que o serviço. Servir é o magneto que atrai confirmações divinas. Quando as pessoas são inativas, o Espírito Santo não encontra nelas um repositório para Suas graças, e assim elas se privam de Suas bênçãos. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 12 de julho de 1952, a um bahá’í) 34. ... Agora é o tempo para se construir o Centro Mundial da Fé, e os amigos não somente são livres, como estimulados a contribuírem diretamente para os Fundos Internacional e do Santuário do Báb. Naturalmente, nunca foi a idéia do Guardião que ao contribuírem aos Fundos Internacionais, os amigos deviam negligenciar suas responsabilidade com os Fundos Local e Nacional, mas certamente também não foi sua idéia que os amigos devem contribuir primeiro para o Fundo Local e então para o Fundo Nacional, por último contribuir para as atividades internacionais da Fé, as quais, no tempo atual, são de máxima importância. O princípio geral de contribuição dos amigos é imutável, a saber, todos são livres de contribuírem para quaisquer fundos que desejem, e em valores que sua consciência e sentimento de sacrifício levá-los a decidir. No tempo presente, porém, devemos ativamente ter em mente as muitas instruções do Guardião de que devemos criar as atividades internacionais da Fé e, conseqüentemente, apoiar os Fundos Internacionais. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 25 de março de 1953, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América) 35. Em sua carta de 28 de setembro de 1953, você menciona a soma de... como sendo incluída na..., valor alocado no orçamento 21
  • 32. de sua Assembléia para o Centro Mundial. O princípio envolvido é o seguinte: O Guardião conclui que sua Assembléia, ao preparar seu orçamento nacional, e tendo estipulado que valor destinará para o Centro Internacional da Fé, deve imediatamente reservar tal soma para ser colocada à disposição do Guardião. Quaisquer valores recebidos como contribuição de bahá’ís ao Centro Internacional não devem ser creditados naquela conta, a qual representa uma contribuição nacional conjunta, e nada tem a ver com contribuições locais ou de indivíduos a serem transferidas ao Centro Mundial, aos seus cuidados. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 20 de junho de 1954, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América) 36. A contribuição que vocês fizeram ao Fundo Internacional em memória da sra.... é grandemente apreciada. Tal contribuição será motivo de muita alegria para ela, considerando que, através dela e em seu nome, vocês estarão agora ligados ao trabalho realizado pelo Centro Mundial. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 10 de agosto de 1956, à Assembléia Espiritual Local de Ann Arbor, Michigan, EUA) 37. ... O Guardião sente que agora que a nova Assembléia Nacional foi estabelecida, com sua sede em Kampala, sua Assembléia deve abrir logo sua própria conta bancária. Quando isso for feito, os valores recebidos para o Templo de Kampala devem ser encaminhados para depósito em sua conta. Isso se aplica não somente à grandiosa contribuição do sr..... , mas também às contribuições anteriores que vocês receberam e qualquer outra que venham a receber no futuro. (Em uma carta em nome de Shoghi Effendi, em 10 de junho de 1956, à Mão da Causa de Deus na África, sr. Musa Banani) 22
  • 33. 38. Na ata de novembro da reunião da Assembléia Espiritual Nacional, à página 28, o Guardião notou que a Assembléia Nacional planeja fazer uma contribuição de .... dólares à Assembléia da Austrália e Nova Zelândia para o seu Templo. Ele quer saber se essa é a contribuição que a sra. Collins fez para tal propósito, ou se é outra contribuição que está sendo dada dos fundos da Assembléia Espiritual Nacional. Se for a contribuição da sra. Collins, então deve ser enviada apenas em seu nome. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 15 de dezembro de 1956, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América) 39. ... A instituição do Fundo Nacional, tão vital e essencial para o progresso ininterrupto dessas atividades, deve, em particular, receber um apoio universal das massas de crentes, que seja contínuo e sempre crescente, por cujo bem-estar e em cujo nome essas atividades beneficentes foram iniciadas e têm sido levadas a efeito. Todos, não importa quão modestos sejam seus recursos, devem participar. (Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta de 8 de agosto de 1957, escrita em seu nome à Assembléia Espiritual Nacional da África Central e Oriental) 23
  • 34. II A RESPONSABILIDADE DAS ASSEMBLÉIAS NA ADMINISTRAÇÃO DOS FUNDOS BAHÁ’’ÍS 40. As questões financeiras que confrontam a Causa são todas prementes e importantes; precisam de administração judiciosa e de uma sábia aplicação dos recursos ao seu dispor. Devemos conhecer as necessidades da Causa, descobrir qual campo de ação trará maiores resultados, e então determinar os fundos necessários. E tal tarefa é, seguramente, muito difícil e acarreta muita responsabilidade. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 19 de dezembro de 1929, a um bahá’í) 41. Com relação à sua contribuição especial ao Fundo de Ensino: ele acha ser este um assunto que deve ser deixado inteiramente à discrição da Assembléia Espiritual Nacional. Ele crê que o gasto contínuo de uma soma considerável para prover as despesas de viagem de instrutores que necessitam de ajuda financeira, constitui, nestes dias, a principal obrigação do Fundo Nacional. Esforços devem ser feitos para facilitar, tanto quanto possível, a ampliação do trabalho de ensino, ajudando aqueles que são financeiramente incapazes de chegar aos postos de destino, 24
  • 35. e uma vez lá devem ser encorajados a se estabelecerem e ganharem seu próprio sustento. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 14 de novembro de 1936, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í News 105, ed. de fevereiro/1937, p. 1) 42. Com relação à sua pergunta sobre o Fundo Nacional Bahá’í: nada existe no Estatuto ou Regulamento da Assembléia Espiritual Nacional que impeça a alocação de quaisquer fundos a algum indivíduo, o qual se encontre em séria necessidade financeira. Mas deve ser enfatizado e claramente entendido pelos amigos que os interesses nacionais e as exigências da Causa têm absoluta precedência sobre as necessidades individuais e particulares. É dever da Assembléia Espiritual Nacional dispor os recursos do Fundo Nacional de tal forma que não permita que os interesses da Fé sejam ameaçados por considerações de ordem individual que são obviamente transitórias quando comparadas com os interesses duradouros da Causa de Deus. Em casos raros e excepcionais, quando um crente não tem nenhum outro recurso de sustento material, a Assembléia Espiritual Nacional pode, ou contribuir para suas despesas do Fundo Nacional, ou fazer um apelo especial ao corpo de crentes para tal finalidade. Cabe às famílias, à comunidade civil e à Assembléia Espiritual Local administrar tais necessidades de indivíduos a nível local ou particular. Mas no caso em que nenhuma dessas fontes tenha os meios necessários, a Assembléia Espiritual Nacional pode, se estiver convencida da gravidade, urgência e justiça do caso, apropriar parte de seus fundos para tal ajuda. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 17 de julho de 1937, a um bahá’í) 25
  • 36. 43. ... O Guardião pode somente delinear a você o princípio de que: a determinação dos fundos bahá’ís não podem ser investidos na construção de um lugar que atenda mais aos interesses de uma minoria de amigos, em detrimento a um que irá servir realmente a um grande grupo de crentes... O ponto de vista do Guardião é que os Corpos Nacionais, ao criarem instituições nacionais, devem usar um julgamento sadio, considerando o investimento financeiro envolvido. Isso é certamente razoável. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de junho de 1952, à Assembléia Espiritual Nacional do Canadá, publicada em Messages to Canadá, p. 28) 44. Ele urge que sua Assembléia, adicionalmente à aceleração do trabalho do Templo, na medida do possível, cuidadosamente supervisione as despesas e impeça as idéias extravagantes do arquiteto. É somente através de uma sábia economia, com a eliminação daquilo que não for essencial, e concentração no essencial, além de uma cuidadosa supervisão, que o próprio Guardião foi capaz de construir o Santuário e os Arquivos Internacionais no Centro Mundial, e criar os ambientes que hoje circundam os Lugares Sagrados com algo que, aos olhos do público, podem parecer jardins dispendiosos, mas que, na realidade, são resultado de um planejamento rigoroso e econômico. Isso não somente irá assegurar que o orçamento do Templo seja cumprido, mas com certeza será um exemplo salutar aos bahá’ís africanos, os quais não devem ser levados a crer que devido ao fato dos bahá’ís do mundo estarem construindo um Templo para eles no coração de sua terra natal, nossos recursos sejam infinitos e que os assuntos da Causa podem ser financiados de fora. Quanto mais eles observarem a supervisão econômica e inteligente do trabalho que está sendo realizado para a construção de seu próprio 26
  • 37. Templo, mais eles sentir-se-ão encorajados a considerar sua própria responsabilidade quanto ao seu Corpo Nacional. Possuindo, eles mesmos, muito poucos recursos, é um assunto delicado, e o Guardião já informou à sua Assembléia que, sob circunstância alguma, deverá um orçamento tão pesado ser colocado sobre os ombros de comunidades tão fracas, com isso desencorajando-as desde o início, ou fazendo-as crer, como ocorre com as missões cristãs, que nosso dinheiro vem do exterior. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de agosto de 1957, à Assembléia Espiritual Nacional da África Central e Oriental) 27
  • 38. III QUEM PODE CONTRIBUIR AOS FUNDOS BAHÁ’’ÍS? 45. Oferecer contribuições para esta finalidade (em apoio às atividades da Assembléia Espiritual) é uma das exigências prementes da Causa de Deus, algo que deve ser considerado como altamente essencial e de fundamental importância. Depois do pagamento do Huqúqu’lláh, é uma obrigação de todos os bahá’ís. (Shoghi Effendi, de uma carta datada de 27 de fevereiro de 1927, aos bahá’ís do Oriente, traduzida do persa para o inglês) 46. Sinto que somente tais bens pertencentes aos crentes, confeccionados por bahá’ís ou não, podem ser vendidos para levantar fundos para os interesses do Templo ou de qualquer outra instituição bahá’í, mantendo, desta forma, o princípio geral de que não-bahá’ís não podem, direta ou indiretamente, esperar contribuir com fundos em apoio às instituições que sejam de caráter estritamente bahá’í. Quanto à forma de dispor de propriedades bahá’ís para tal finalidade, e o canal através do qual a venda seja efetuada, acho que não deve ser imposta uma regra rígida. Os indivíduos bahá’ís são livres de recorrer à ajuda de pessoas fora da comunidade, ou às Assembléias Espirituais, para atuarem como intermediárias em tais transações. Devemos evitar confusão, de um lado, e manter a eficiência, por outro, não colocando restrições 28
  • 39. desnecessárias que iriam desestimular a iniciativa e os empreendimentos de ordem individual. (Em manuscrito de Shoghi Effendi, apenso à carta datada de 4 de janeiro de 1929, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá, publicada em Bahá’í News 31, ed. de abril/1929, p. 6) 47. Com relação à contribuição da sra. ... ao Fundo, Shoghi Effendi deseja que você deixe bem claro a ela que suas ofertas de dinheiro devem ser feitas ao Fundo Bahá’í, e não a qualquer bahá’í individualmente. Este é um importante princípio que governa todas as publicações e editoras bahá’ís, e deve ser devidamente enfatizado e claramente entendido, a fim de que não surjam dificuldades no futuro. Naturalmente, as contribuições devem ser aceitas somente quando feitas pelos próprios bahá’ís. Você deve, portanto, primeiro assegurar-se se a sra. ... é uma bahá’í registrada e, então, e somente então, aceitar sua contribuição para a publicação do livro. (Em uma carta escrita por Shoghi Effendi, em 14 de abril de 1934, a um bahá’í) 48. A questão levantada por você, em conexão com a recomendação feita pelos delegados na Convenção deste ano sobre a instalação de uma estação de rádio no Templo, envolve um princípio fundamental que regulamenta o Fundo do Templo, o qual o Guardião já explicou em inúmeras comunicações. Ele deseja que se enfatize mais uma vez que, sob nenhuma circunstância, devem os crentes aceitar qualquer ajuda financeira de não-bahá’ís para uso em atividades específicas da Fé, tais como o fundo de construção do Templo e outros fundos administrativos bahá’ís a nível local ou nacional. A razão para isso é dupla: primeiro, porque as instituições que os bahá’ís estão gradualmente construindo são 29
  • 40. de natureza decorrente das dádivas de Bahá’u’lláh ao mundo; e, segundo, que a aceitação de fundos de pessoas não declaradas bahá’ís, para uso exclusivo dos bahá’ís, iria, cedo ou tarde, envolver os bahá’ís em complicações imprevisíveis com outras pessoas e assim causar incalculável dano ao corpo da Causa. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 14 de abril de 1934 a um bahá’í) 49. Vocês talvez não saibam que, em relação às Assembléias Espirituais Nacionais, o Guardião está recomendando que regras e regulamentos não devem ser multiplicados e novas declarações sobre “procedimentos” emitidas; devemos ser flexíveis nos detalhes e rígidos nos princípios; conseqüentemente, ele não quer que sua Assembléia emita declarações de uma natureza oficial, a não ser quando absolutamente necessário. Neste sentido, ele irá responder suas perguntas sobre sanções: nada existe a objetar nos parágrafos 1, 2 e 4, de sua carta de 4 de março, mas o número 3 é incorreto. É somente com aqueles que foram espiritualmente excomungados pelo Guardião que os bahá’ís não devem manter contato, e não com uma pessoa que esteja sendo punida com a privação de seus direitos de voto. Como as contribuições aos Fundos Bahá’ís são usadas em apoio da administração da Fé, elas não devem ser aceitas daqueles que estão privados de seus direitos administrativos, mas tais crentes não devem ser impedidos de serem enterrados em um cemitério bahá’í ou de receber ajuda financeira – a qual concedemos inclusive para não-bahá’ís. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 8 de maio de 1947, à Assembléia Espiritual Nacional da Índia, Paquistão e Birmânia, publicada em Dawn of a New Day, p. 123) 30
  • 41. 50. ...Qualquer bahá’í pode contribuir aos Fundos da Causa, adulto ou criança. Nenhuma declaração oficial é exigida sobre este assunto. As crianças bahá’ís sempre fizeram doações à Causa, em toda parte do mundo. Qualquer situação que possa surgir em uma aula com a participação de crianças não-bahá’ís, o professor deve resolver. Nenhum regulamento deve ser feito para resolver tais assuntos. (de uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 18 de agosto de 1949, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América) 51. Com relação ao valor doado em testamento pelo sr. ... , sua Assembléia deve informar à viúva que, pelo fato dele não ter sido um bahá’í declarado, não podemos usar seu dinheiro para nossos propósitos, pois consideramos nossa Fé e suas instituições como nossa dádiva à humanidade, a qual é concedida livremente. Porém, vocês podem, e, em verdade, devem, aceitar o oferecimento feito para fins de caridade e utilizá-lo em nome do doador. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 5 de julho de 1950, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América, publicada em Bahá’í News 236, ed. de outubro/1950, p. 2) 52. Com relação à pergunta feita em sua carta relacionada a Fundos da Fé, ele deseja responder a mesma quanto à Fundação... Não podemos aceitar dinheiro de não-bahá’ís para despesas da Causa. Seria apropriado, já que parece que a sra. ... deseja fazer a doação em seu nome (e isso é certamente uma idéia altamente louvável) eles devem prover oficialmente, ainda durante sua vida, 31
  • 42. a transferência do dinheiro da Fundação para o nome dela, de outra forma a Causa somente poderá aceitar a doação para fins de caridade, para bahá’ís e não-bahá’ís igualmente. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 4 de outubro de 1950, a um bahá’í) 53. Com relação à pergunta sobre a Escola Bahá’í na ... : como essa instituição é dirigida por bahá’ís, mas atua tanto em benefício de bahá’ís como de outros grupos que enviam suas crianças para lá, ele não vê razão para que um concerto promovido pela Escola não receba dinheiro do público participante e que o utilize para a própria escola. Não é o mesmo que ocorreria com um bazar, onde os objetos vendidos se destinam unicamente ao Fundo Bahá’í. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 30 de junho de 1952, à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos da América) 54. Com relação à pergunta sobre aceitação de contribuições de pessoas com seus direitos administrativos suspensos, o Guardião esclarece que não é permitido. (Em uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, em 21 de junho de 1953, à Assembléia Espiritual Nacional da Índia, Paquistão e Birmânia, publicada em Dawn of a New Day, p. 156) 32
  • 43. IV DESENVOLVIMENTO DOS FUNDOS LOCAL E NACIONAL DA FÉ 55. Esta carta e o memorando de comentários em anexo são dirigidos primariamente àquelas Assembléias Espirituais Nacionais cujas comunidades incluem grandes números de pessoas pobres, mas que, conforme os princípios definidos e distintos de alguns procedimentos sugeridos, são de aplicação universal, e por esta razão estão sendo enviados a todas as Assembléias Nacionais. Existe um aspecto profundo quanto ao relacionamento entre um crente e o Fundo, que se aplica a todos os crentes independente de sua condição econômica. Quando uma alma humana aceita Bahá’u’lláh como o Manifestante de Deus para esta era e entra em Seu Convênio divino, tal alma deve, progressivamente, direcionar toda a sua vida em harmonia com o propósito divino – ela se torna uma colaboradora da Causa de Deus e recebe a graça de poder devotar seus recursos materiais, não importa quão escassos sejam, para o trabalho da Fé. Contribuir ao Fundo, portanto, é um privilégio espiritual que não está aberto àqueles que não aceitaram Bahá’u’lláh, privilégio esse do qual nenhum crente deve se furtar. É tanto uma responsabilidade como uma fonte de graças. Este é um aspecto da Causa que achamos ser uma parte essencial dos ensinamentos básicos e do aprofundamento a serem compartilhados com os novos crentes. A importância do ato de contribuir reside no grau de sacrifício do doador, no espírito de devoção no qual faz a 33
  • 44. contribuição e na unidade dos amigos neste serviço. Contribuir aos fundos da Fé atrai as confirmações de Deus e aumenta a dignidade e o respeito próprio dos indivíduos e da comunidade. Reenfatizando o significado espiritual da contribuição à Fé por todos os membros da comunidade bahá’í, citamos a seguir um trecho de uma carta do Guardião à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís da África Central e Oriental, datada de 8 de agosto de 1957: “... Todos, não importa quão modestos seus recursos, devem participar. Do grau de auto-sacrifício envolvido nessas contribuições individuais dependerá diretamente a eficácia e a influência espiritual que essas nascentes instituições exercerão, instituições criadas através do poder de Bahá’u’lláh e em virtude do Desígnio concebido pelo Centro de Seu Convênio. Esforços enérgicos e contínuos, conseqüentemente, deverão ser feitos pela generalidade dos apoiadores confirmados da Fé...” Asseguramos a vocês nossas orações no Limiar Sagrado para sua guia e confirmações à medida em que realizam seu trabalho para desenvolver este aspecto da vida bahá’í em suas comunidades. (A Casa Universal de Justiça, de uma carta datada de 7 de agosto de 1985, a todas as Assembléias Espirituais Nacionais) 56. A par da obrigação sagrada e do privilégio dos amigos em contribuírem ao Fundo, cada Assembléia Espiritual Local tem também o imperioso dever de se educar e educar os crentes quanto aos princípios espirituais relacionados às contribuições bahá’ís, como também de criar métodos simples para facilitar o fluxo e recebimento das contribuições, e formular procedimentos eficazes para assegurar que os gastos da Fé sejam feitos de forma sábia e parcimoniosa. Os seguintes comentários e sugestões foram 34
  • 45. compilados a pedido da Casa Universal de Justiça e estão sendo compartilhados com as Assembléias Espirituais Nacionais para ajudá-las nessas importantes tarefas. Um requisito fundamental para todos aqueles que têm a responsabilidade de cuidar dos fundos da Fé é a fidedignidade. Esta qualidade, conforme Bahá’u’lláh enfatizou, é a mais importante e vital de todas as virtudes humanas, e sua aplicação tem uma influência direta e profunda para levar os crentes a confiarem na Instituição e contribuírem ao Fundo. As condições variam de país a país e, portanto, é na educação dos crentes e no desenvolvimento do Fundo que cada Assembléia Espiritual Nacional precisa adequar suas ações às condições de sua área de jurisdição. Em muitas partes do mundo, diversos objetos artesanais produzidos pelos próprios bahá’ís, podem ser uma enorme fonte de contribuições regulares e certamente podem ser estimuladas. Devem ser feitos arranjos apropriados para seu recebimento e venda, e para a utilização das doações. Compromissos formais de contribuições podem, também, ser úteis como um meio de estimular a participação e para chamar a atenção dos amigos quanto às necessidades financeiras da Causa. Este método pode ser particularmente útil em uma situação na qual a Assembléia Nacional tem uma tarefa importante a realizar, como a construção de um Hazíratu’l-Quds, ou o estabelecimento de uma escola bahá’í, e precisa ter uma idéia antecipada sobre os recursos, ou as datas quando os fundos para o projeto estarão disponíveis. Contudo, seria inteiramente contrário aos princípios bahá’ís exercer qualquer pressão sobre os crentes quando do levantamento dos compromissos ou ao se esforçarem para recebêlos. Quando um compromisso é feito, pode-se lembrar o doador de sua intenção confirmada de contribuir, falando com ele particularmente, e pedir, cortesmente, se seria possível honrar seu 35
  • 46. compromisso, mas as Assembléias devem estar bem conscientes de que tais compromissos não são uma obrigação no sentido legal da palavra; seu cumprimento é algo da alçada da consciência do compromitente. Listas com os nomes dos que fizeram os compromissos não devem ser publicadas. O amado Guardião explicou que os interesses gerais e nacionais da Causa têm precedência sobre àqueles de nível local; assim, as contribuições aos fundos locais são secundários às contribuições destinados aos fundos nacionais. Porém, a estabilidade da Assembléia Nacional depende da firmeza das Assembléias Espirituais Locais, mas quanto ao trabalho de educação dos amigos sobre a importância do fundo bahá’í, é sempre mais prático e eficaz concentrar primeiro no desenvolvimento dos fundos locais e no funcionamento eficiente das Assembléias Espirituais Locais. Então, quando os amigos já entendem o princípio e aprendem pela experiência a nível local, eles mais facilmente irão entender a importância do fundo nacional e do trabalho da Assembléia Espiritual Nacional. Com relação aos fundos locais, é recomendável que até chegar o tempo em que os amigos já terão entendido e desenvolvido o hábito de contribuir livre e regularmente, qualquer Assembléia Espiritual Local que tenha uma grande comunidade pode designar um pequeno comitê para ajudar o tesoureiro local na realização de suas tarefas. Tais comitês podem ser designados depois de consultas com o Membro do Corpo Auxiliar ou Ajudante da área. Muito cuidado deve ser tomado na designação de membros dos comitês; eles devem ser confiáveis e conscienciosos, e estar imbuídos da importância de manterem a confidencialidade das contribuições aos fundos. As funções básicas desses Comitês de Tesouraria são as seguintes: 36
  • 47. Prestar ajuda geral ao tesoureiro, conforme as necessidades; por exemplo, membros do Comitê podem ajudar na emissão de recibos ou fazer a contabilidade do fundo local. Pesquisar e preparar material para pequenas palestras e consultas nas Festas de Dezenove Dias, ou para reuniões específicas de estudo para a educação dos amigos sobre a importância prática e espiritual de suas contribuições aos fundos. Receber doações de dinheiro em nome do tesoureiro local e transferir os respectivos valores a ele. Receber doações de diversos objetos e artesanatos dos próprios bahá’ís, que o próprio Comitê deve estudar como melhor vendê-los, cujos valores obtidos são logo passados ao tesoureiro local. Receber dos amigos compromissos escritos de suas intenções ou expectativas de contribuições aos fundos local ou nacional, em dinheiro ou cheque, e ajudar no recebimento dos mesmos nas datas previstas. Quanto ao Fundo Nacional, naquelas áreas onde existem problemas decorrentes da falta de serviços bancários, serviços postais não confiáveis e dificuldades de comunicação com os bahá’ís, é aconselhável que a Assembléia Espiritual Nacional designe um comitê nacional para ajudar o tesoureiro nacional de uma forma semelhante à prevista para os comitês das Assembléias 37
  • 48. Espirituais Locais. Além disso, talvez se faça necessário subsidiar, do Fundo Nacional, um ou mais bahá’ís confiáveis, dependendo do tamanho da comunidade nacional, que possam viajar para áreas rurais para reunir-se com os Comitês Locais de Tesouraria, ajudálos no desempenho de suas funções, explicar as necessidades do Fundo Nacional, receber doações ao Fundo Nacional das áreas locais e enviá-las ao tesoureiro nacional. Ao considerarem a sugestão acima e sua aplicabilidade em sua comunidade nacional, cada Assembléia Espiritual Nacional deve também ter em mente os seguintes pontos: Podem considerar valioso estudar os métodos usados naquelas áreas rurais onde estejam ocorrendo maior sucesso nos esforços de levar os amigos a fazer sacrifícios pessoais e contribuir regularmente. Serviços voluntários à Fé pode também ser recomendado; tem efeito sobre o fundo por reduzir despesas que de outra forma teria de receber ajuda financeira. Esta economia certamente irá estimular tais tipos de serviços por parte dos amigos. Útil e recomendável, também, tanto para as Assembléias Espirituais Locais quanto para as Assembléias Espirituais Nacionais, é fazer planos de auto-suficiência financeira, determinar metas para os níveis das contribuições a serem recebidas, e compartilhar com os amigos o progresso que for sendo alcançado em tais metas. 38
  • 49. As Assembléias devem confiar nos membros de suas comunidades e compartilhar com eles regularmente dados sobre como estão sendo utilizados os fundos e quais são os projetos em andamento, e também, os projetos futuros para os quais será necessário verba. (Memorando anexado à carta acima, de 7 de agosto de 1985, enviada a todas as Assembléias Espirituais Nacionais) 39
  • 50. V A NECESSIDADE DE ADMINISTRAR DEVIDAMENTE OS FUNDOS BAHÁ’’ÍS Excertos de cartas escritas pela Casa Universal de Justiça: 57. ... O tesoureiro de uma Assembléia Espiritual Bahá’í, mesmo mantendo momentaneamente os fundos bahá’ís em seu próprio nome, deve ter o máximo cuidado para nunca misturar seus próprios fundos com os da Fé, ou deixar os fundos da Fé sujeitos aos caprichos do destino que podem afetar a qualquer um de nós. (8 de junho de 1971 a um bahá’í) 58. Atenção especial deve ser dada no sentido da aplicação devida dos fundos com destinação definida. Assim, usar fundos definidos para cobrir despesas de qualquer outro item de seu orçamento tem o efeito de reduzir, na mesma proporção, o valor das contribuições gerais necessárias para aplicação em seu orçamento. Na realidade, esta prática pode resultar no hábito de não diferençar as contribuições com destino definido, das contribuições gerais aos fundos. Por exemplo, um amigo pode definir uma contribuição para o Fundo Internacional Bahá’í. Aplicar tal contribuição ao Fundo Internacional como parte de seu Fundo Nacional seria errado, a não ser que a contribuição tenha sido feito com esse propósito específico. Os fundos determinados para 40
  • 51. o Fundo Internacional Bahá’í devem ser enviados ao Centro Mundial, independentemente de qualquer contribuição feita de seu próprio Fundo Nacional. (29 de julho de 1971 a uma Assembléia Espiritual Nacional) 59. Em razão da grande responsabilidade que pesa sobre os ombros dos membros das Assembléias Espirituais Nacionais quanto a confiança que lhes foi dada pelos bahá’ís que as elegeram, temos recomendado às Assembléias Nacionais a darem a máxima atenção à administração de seus Fundos Nacionais, particularmente tendo em vista que os mesmos provêm em grande parte de atos de sacrifícios dos amigos. Naturalmente, cabe à Assembléia decidir como melhor dispor dos fundos à sua disposição nas tarefas que envolvem o dia-a-dia de seu trabalho, mas seriamente lhes recomendamos reconsiderarem a resolução à qual vocês se referiram e prover que duas assinaturas sejam adotadas para a retirada de valores, uma delas a de um membro de sua Assembléia Nacional. (26 de agosto de 1973, a uma Assembléia Espiritual Nacional) De cartas escritas em nome da Casa Universal de Justiça às Assembléias Espirituais Nacionais: 60. A Assembléia Espiritual Nacional tem a responsabilidade de assegurar que as contribuições recebidas sejam confirmadas de forma apropriada e devidamente contabilizados todos os recibos emitidos e os desembolsos feitos. Considerando que normalmente é o oficial encarregado o responsável por essa sagrada obrigação, isso não significa que outros membros estão livres da 41
  • 52. responsabilidade que pesa sobre o tesoureiro, ou que estão privados do direito de livre acesso aos detalhes das despesas relacionadas com a administração em andamento da Assembléia, em todos os seus aspectos. Tal direito e conseqüente responsabilidade que recaem sobre os membros da Assembléia não significa a liberação da confidencialidade das contribuições bahá’ís, já que as informações recebidas pelo tesoureiro, ou por outros membros da Assembléia, devem ser tratadas sempre em total confiança. (11 de janeiro de 1977) 61. Fomos solicitados a chamar a sua atenção para o princípio que define a natureza das contribuições com finalidade específica para a compra ou manutenção de propriedades, ou para projetos especiais de ensino, etc, que não podem ser utilizadas para outros fins – estas devem ser mantidas em uma conta especial até que a necessidade de utilizá-las para seus fins surja. Isso vale para tudo, sejam fundos provenientes do Centro Mundial, de indivíduos, ou de outras fontes. Se o projeto para o qual a contribuição foi feita é suspenso ou cancelado, por qualquer razão, a contribuição deve ser devolvida ao doador, a não ser que ele concorde em destinála a outros fins. A estrita obediência a este princípio relacionado às contribuições com finalidades determinadas é extremamente importante por muitas razões, inclui-se a manutenção da confidencialidade dos amigos em assuntos relacionados com os fundos da Fé. (21 de junho de 1979) 42
  • 53. 62. Os lamentáveis problemas do mau uso dos fundos descritos em sua carta podem ser resolvidos a longo prazo através de um processo de educação amorosa dos amigos. Será através da disseminação, entre os crentes, de textos das Escrituras da Fé, através de artigos cuidadosamente redigidos sobre o assunto com base nos Escritos Sagrados a serem publicados em seus noticiosos, e também através de palestras em conferências, em escolas de verão e inverno e em outras reuniões bahá’ís, bem como em consultas sobre esses assuntos fundamentais com os amigos em tais reuniões, é que vocês conseguirão, gradualmente, alcançar seus objetivos. Quanto aos problemas imediatos mencionados em sua carta, vocês devem considerar cada caso separadamente, arranjar para que representantes da Assembléia Nacional reúnam-se com cada um dos crentes, expliquem amorosamente à pessoa os padrões sobre a santidade dos fundos bahá’ís, a importância da integridade e honestidade ao manusear os fundos entregues a seu cuidado, e o teste inerente ao desejo natural do ser humano por posses materiais. Acordos sobre o pagamento dos valores retidos pela pessoa podem ser feitos durante essas reuniões, pagamentos que podem ser em prestações, em valores razoáveis dentro das possibilidades da pessoa em pagá-los. Sua Assembléia está inteiramente certa ao afirmar existir uma tendência de mau uso dos fundos bahá’ís, e que esta tendência não é reprimida preventivamente, cuja prática pode tornar-se contagiosa e prejudicar a Fé e aos indivíduos envolvidos. Porém, usar de sabedoria e compreensão é um fator importante para que sejam encontradas as melhores soluções para o problema. É importante que sua Assembléia, no futuro, explique às pessoas que têm a responsabilidade de cuidar do dinheiro da Fé que, em virtude da obrigação da Assembléia Espiritual Nacional de proteger 43
  • 54. os fundos bahá’ís, a Assembléia as considera responsáveis por todo o dinheiro que recebem, e que elas devem, portanto, prestar contas, regularmente e de forma apropriada, para conhecimento da Assembléia Nacional, e que elas são custódios fiéis de valores que pertencem a Deus, e que estejam assegurados de que tal forma de proceder, com honestidade e fidelidade, será ricamente recompensada do Alto. (18 de maio de 1980) 63. Embora qualquer doador, Assembléia ou indivíduo, detenha o direito de especificar a finalidade de sua contribuição a que fundo ou propriedade, se, porém, no julgamento da Assembléia Espiritual Nacional tal contribuição for impraticável ou julgada imprudente recebê-la, vocês não têm a obrigação de aceitá-la. No caso de não ocorrer, após consulta com o doador, um acordo que vocês julgam necessário, ou mesmo quando vocês se sentirem incapazes de utilizar a doação especificada para um outro propósito, mais factível, a contribuição deve ser devolvida ao doador. (22 de junho de 1980) 64. Quanto ao procedimento para a venda de uma propriedade bahá’í, se ela foi adquirida com recursos dos fundos gerais da Fé e não há envolvimento de contribuição para fins específicos, o único princípio aplicável é o primeiro princípio acima citado, ou seja, que a comunidade nacional não deve deixar de ter um Hazíratu’l-Quds, uma doação ou um terreno para o Templo, como parece ser o caso. Se a propriedade foi doada ou comprada com fundos específicos para tal propósito, o procedimento para a 44
  • 55. venda da propriedade deve obedecer ao propósito especificado, a não ser que o doador tenha especificamente definido de outra forma. Se o doador, ou doadores, estão vivos, eles podem, certamente, liberar a finalidade da doação. Se o doador, ou doadores, já faleceram, ou recusam liberar o fundo para outra finalidade, o procedimento deve ser o de usar para aquele fim específico. Se o propósito da doação já foi alcançado (isto é, uma propriedade alternativa já foi adquirida), o saldo do valor aplicado deve ser usado, na extensão possível, para alcançar integralmente a finalidade inicial, conforme a vontade do doador ou doadores – de manter ou melhorar a propriedade. Em caso de dúvidas, o assunto deve ser levado à consideração da Casa Universal de Justiça. (21 de agosto de 1980) 65. Em geral, embora seja permitido aos amigos fazer contribuições com finalidades específicas, é óbvio que será sempre melhor que os amigos deixem a critério da Assembléia usar suas contribuições sem restrições. Ademais, uma Assembléia não é, sem dúvida, obrigada a aceitar as contribuições especificadas; porém, aceitando-as, deve obedecer seu propósito. (21 de agosto de 1980) 66. A Casa Universal de Justiça não estabeleceu nenhum procedimento uniforme para os tesoureiros bahá’ís, já que os métodos contábeis e as leis que governam tais assuntos variam consideravelmente de país a país, e de uma situação para outra. Ela recomenda, porém, que em tais questões técnicas, o tesoureiro da Assembléia Nacional pode procurar aconselhamento 45
  • 56. profissional. A Assembléia Espiritual Nacional deve, naturalmente, assegurar que seus livros de contabilidade passem por uma auditoria anual, e para tal fim não há objeção quanto a recorrer aos serviços de uma empresa profissional não-bahá’í. Em termos gerais, porém, a Casa de Justiça é de parecer que certos assuntos merecem uma consideração particular de parte dos tesoureiros nacionais: 1 2 O tesoureiro deve assegurar-se de estar emitindo relatórios financeiros regulares e acurados à Assembléia Espiritual Nacional, de forma a permitir à instituição planejar seu trabalho dentro dos meios a ela disponíveis. 3 É responsabilidade do tesoureiro preparar um relatório financeiro anual com a antecedência devida para que a Assembléia Espiritual Nacional analise antes de apresentálo na Convenção Nacional. Ele, também, tem que preparar o orçamento anual para consideração e aprovação da Assembléia Nacional. 4 46 Existe a relação entre a Assembléia Nacional e os crentes e as comunidades locais. Através de qualquer tipo de correspondência que mantenha com os contribuintes ao Fundo Nacional e com as comunidades que estão recebendo fundos para seu trabalho, o tesoureiro nacional pode exercer uma poderosa influência no estabelecimento de elos de unidade amorosa dentro da comunidade. O tesoureiro deve cuidadosamente monitorar o uso do Fundo de forma a poder informar à Assembléia Espiritual Nacional, com a devida antecedência, quando houver
  • 57. 5 algum perigo a considerar sobre excesso de despesas. Para a contabilidade, um sistema deve ser adotado que assegure que os fundos feitos com finalidade específica sejam registrados de forma absolutamente distintas daquelas que são deixadas à livre disposição da Assembléia, e devem ser concebidas formas de depósito em separado, bancário ou orçamentário, para evitar gastos indevidos dos fundos com finalidades específicas de outras despesas que não aquelas para as quais foram definidas. 6 Adicionalmente à manutenção acurada dos registros de entradas e despesas, o tesoureiro deve cuidar para que os recursos da Assembléia sejam protegidos, e que tanto os fundos como as obrigações da Assembléia sejam cuidadosamente registrados. 7 O tesoureiro deve recomendar à Assembléia reservar valores suficientes, em uma base regular, para prover despesas com consertos e manutenção de propriedades da Fé, de forma a que as mesmas possam ser mantidas em boas condições e que o trabalho normal da Causa não seja interrompido por súbitas necessidades de grandes somas a serem utilizadas em consertos inesperados. Normalmente, a tarefa de manter as propriedades é dada a um comitê especial, ou comitês, os quais devem ser consultados pela Assembléia e podem sugerir um valor definido a ser previsto anualmente. 8 Embora seja da alçada da Assembléia Espiritual Nacional exigir somente uma única assinatura nos cheques emitidos 47
  • 58. em nome do Fundo Nacional, a experiência tem demonstrado que a melhor prática é usar pelo menos duas assinaturas. Este procedimento garante proteção não somente ao próprio Fundo como também ao tesoureiro. Os fundos da Fé são uma responsabilidade sagrada, e as Assembléias devem ser meticulosas ao administrá-los e contabilizá-los. (sem referência no original) 67. Em resposta à sua carta de 7 de fevereiro de 1982, a Casa Universal de Justiça nos instruiu a dizer que não há objeção a uma Assembléia Espiritual Nacional em apontar auditores, sejam bahá’ís ou não-bahá’ís para fazer auditoria dos livros contábeis conforme exigido por lei. A função de um auditor profissional, por sua própria natureza, é confidencial e o fato do auditor ter acesso aos registros das contribuições não viola o princípio da confidencialidade. (26 de abril de 1982) 68. A questão da contabilidade apropriada dos fundos feitos para finalidades específicas é muito importante. Os livros contábeis de uma Assembléia devem ser concebidos de tal forma que deixe bem claro e específico a distinção entre os fundos com fins específicos e aqueles deixados livres para administração da Assembléia, de forma a que a Assembléia não incorra, inadvertidamente, em nenhum perigo de misturá-los e gastá-los indevidamente para outros propósitos. (6 de agosto de 1984) 48
  • 59. 69. O amado Guardião foi muito enfático quanto às contribuições aos fundos bahá’ís – aquelas feitas com finalidades específicas de uso – estas devem ser utilizadas para o propósito devido, a não ser que o doador concorde em mudá-lo. Se a Assembléia não puder usar a contribuição para a finalidade especificada, pode recusar aceitá-la. Alternativamente, pode consultar com o doador e sugerir que libere a contribuição para propósitos gerais ou que transfira-a para outra finalidade. Mas nenhuma forma de pressão pode ser exercida para obter sua aquiescência. Por outro lado, uma vez que o dinheiro tenha sido contribuído a uma Assembléia, passa a ser de propriedade da Assembléia, mesmo que destinada a um fim específico, o doador não tem o direito de mudar unilateralmente sua finalidade. A Assembléia, porém, pode, à sua própria discrição, aceitar seu pedido de assim fazê-lo. (30 de dezembro de 1984) 70. A Assembléia é a fideicomissária dos fundos aos seus cuidados, e sua obrigação primária ao investir tais fundos deve ser tentar preservar seu valor real. Buscar obter um bom rendimento de tais investimentos é também louvável, mas é uma consideração secundária e não deve ser buscada se isso colocar em risco o valor do montante principal. Isso é especialmente verdadeiro no caso dos fundos específicos, sobre os quais a Assembléia tem o dever junto ao doador ou doadores de preservar o valor do fundo até chegar a oportunidade de aplicá-lo na finalidade prevista. Em tal caso, quando o valor da moeda por si mesmo se deprecia, um método para manter o valor real do fundo específico é adicionar ao montante principal todos os rendimentos decorrentes do 49
  • 60. investimento, mesmo se o doador não tiver definido especificamente o rendimento sobre sua contribuição. (19 de março de 1985) 50
  • 61. BIBLIOGRAFIA ♦ Shoghi Effendi, Bahá’í Administration, Selected Messages 1922-32 (edição revisada); Wilmette, Bahá’í Publishing Trust, 1974. ♦ Shoghi Effendi, Dawn of a New Day: Messages to India 1923-1927; New Delhi, Bahá’í Publishing Trust, 1970. ♦ Shoghi Effendi, Messages to America: Selected Letters and Cablegrams Addressed to the Bahá’ís of North America 1932-1946; Wilmette, Bahá’í Publishing Trust Committee, 1947. ♦ Shoghi Effendi, Messages to Canada. Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Canadá, 1965. ♦ Shoghi Effendi, The Unfolding Destiny of the British Bahá’í Community: The Messages from the Guardian of the Bahá’í Faith to the Bahá’ís of the British Isles. London, Bahá’í Publishing Trust, 1981. ♦ Bahá’í News. Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís dos Estados Unidos da América. 51
  • 62. 52