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Manual do
Instrutor

UM TRABALHO PREPARADO
PARA ENSINAR
A FÉ BAHÁ’Í
Manual do Instrutor

©2010 copyright
Todos os direitos em português reservados para:
EDITORA BAHÁ’Í DO BRASIL
Caixa Postal 1085
13800-973 Mogi Mirim SP
www.editorabahaibrasil.com.br
Preparado pelo Comitê Nacional de Ensino, orgão bahá’í da AEN do Brasil que funcionou
de 1961-1999.
ISBN: 978-85-320-0222-8

1ª Edição: 1972 publicado sob o nome de Curso para Pioneiros
2ª Edição: 2000
3ª Edição: 2010

Caso for imprimir o livro utilizar
papel A4: 210 x 297 mm.

[2]
Manual do instrutor

Índice
Apresentação
1- A Visão Bahá’í do Brasil
2- Shoghi Effendi nos ensina a ensinar
3- Promovendo a “Entrada em Tropas”
4- As Pontes: Um Novo Enfoque de Consolidação
5- Como dar a Mensagem
6- Os Princípios Bahá’ís
7- A Bíblia e Outros Temas Místicos
8- Analogias e Metáforas
9- A Finalidade da Administração Bahá’í
10- Padrão de Vida Bahá’í
11- Para Meditar e Refletir
12- Inspira minha alma, ó meu Deus
13- A História de Bahá’u’lláh
14- A História do Báb
15- A História de ‘Abdu ‘l-Bahá
16- Histórias de Mártires: Quddús e Shahíd
17- A Oração na vida de Dorothy Baker
18- Epístola de Proteção
19- Formulário para Planejamento de Projetos de Ensino
20- Como realizar atividades
21- Como falar em público
22- Leituras a serem recomendadas aos contatos
23- Como proceder em visitas a Assembleias Espirituais Locais que
necessitam de fortalecimento
24- Como proceder em visitas a Comunidades que Assembleias Espirituais
Locais ativas
25- As Eleições Bahá’ís
26- Os Fundos Bahá’ís
27 - A Festa dos Dezenove Dias e o Calendário Bahá’í
28- Como fazer relatórios
Endereços úteis para o instrutor
Referências

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156
Manual do Instrutor

PELA JUSTIÇA DE DEUS! Se qualquer um abrir
os lábios neste Dia e fizer menção do nome de
seu Senhor, as hostes da inspiração Divina sobre
ele descerão do céu de Meu Nome, o Onisciente,
a Suma Sabedoria. Sobre ele haverá de baixar
também a Assembleia do Alto, cada um erguendo
um cálice de pura luz. Assim foi preordenado no
domínio da Revelação de Deus, a mando dAquele
que é o Todo-Poderoso, o Potentíssimo.
Bahá’u’lláh, SEB, 176

	SE VOCÊS AGIREM DE ACORDO com os
ensinamentos de Bahá’u’lláh, podem estar certos
de que serão auxiliados e confirmados. Em tudo
que vocês empreenderem serão vitoriosos, e todos
os habitantes da terra não poderão resisti-los.
Vocês serão os conquistadores, porque o Espírito
Santo é seu concurso... o Próprio Espírito Santo
os auxiliará.
‘Abdu’l-Bahá

[4]
Manual do instrutor

Apresentação
	
Bahá’u’lláh, a Manifestação de Deus para nossa época, afirmou que “ajudarMe é ensinar Minha Causa” e, décadas depois desta revelação, Seu bisneto, Shoghi
Effendi, o Guardião da Fé Bahá’í confirma que o ensino deveria ser “a paixão
dominante da vida” de cada bahá’í.
	
Ao publicarmos o presente Manual do Instrutor, desejamos tomar acessível
aos amigos que ensinam orientações práticas sobre como transmitir a Mensagem
Bahá’í, realizar aulas para crianças, dar palestras, bem como oferecer amplo material
para sua inspiração e reflexão enquanto no campo do ensino, incluindo-se perfis
biográficos das Figuras Centrais de nossa amada Causa, história de mártires, seleção
de textos comovedores que demonstram claramente o poder influenciador da Palavra
de Deus na vida de tantos amigos Bahá’ís, ao longo deste cento e cinquenta anos
de sua existência.
Considerações específicas são feitas sobre o padrão de vida bahá’í, o processo de
entrada em tropas, a aceitação de novos crentes e a elaboração de relatórios.
	
Solicitamos, portanto, a cada instrutor bahá’í que tenha sempre acessível este
Manual como fonte de referência, guia e inspiração. Tenhamos sempre em mente
estas iluminadas palavras do Abençoado Báb:
Mais vale guiar uma só alma ao Caminho de Deus do que possuir todos os
tesouros da terra e do céu.
Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Brasil

[5]
Manual do Instrutor
1
Visão Bahá’í do Brasil
	
O Sagrado Nome de Bahá’u’lláh e a radiante Fé com a qual iluminou o mundo
são conhecidos e respeitados por grande e crescente parcela da população brasileira
atraindo a adesão de multidões dos diversos segmentos da sociedade.
	
A vitalidade da fé do povo de Bahá e a atuação poderosa das Instituições
são os meios para a entrada dos novos crentes e o grande desenvolvimento dos
recursos humanos e materiais da comunidade.
	
A pujança da Causa de Deus apoiada, defendida e aceita também por líderes
do pensamento e pessoas proeminentes ligadas às artes, à música, à ciência e às
outras manifestações da cultura nacional atrai a atenção e o interesse espontâneo
das instituições da sociedade civil e dos mais destacados veículos de comunicação
do país.
	
O sofrimento da sociedade é minorado pela atuação concreta dos servos da
Causa e pela criativa aplicação dos princípios, modelos e padrões da Fé dentro da
realidade social.
	
Milhares de crianças, adolescentes e jovens atuam como agentes
transformadores e vivificadores do povo.
	
A ênfase na educação espiritual e holística através da cooperação com órgãos
governamentais e não-governamentais garante a formação de base para a solução
e prevenção dos problemas sociais.
	
Os servos de Bahá, exultantes, estão cada vez mais conscientes da elevada
posição e sublimes virtudes conferidas a eles pelo Criador. Cada um toma firmemente
na mão “a Taça do Testamento... salta e dança com êxtase na procissão triunfante do
Convênio!” Humildemente esforçam-se para expressar em todos os aspectos da sua
conduta, com convicção e ardor, as leis e ensinamentos redentores de Bahá’u’lláh.
	
A Palavra Sagrada - o Elixir Divino, o Mais Poderoso Talismã entesourada
na literatura da Fé, amplamente oferecida, é sorvida pela população sedenta com
grande aceitação e merecida fama, influenciando a vida individual e coletiva dos

[6]
Manual do instrutor
povos de língua portuguesa Motivado pelo amor à Fé, sensível às necessidades da
Causa e desejoso de ajudar o seu progresso, cada um dos crentes, rico ou pobre,
sem exceção, na medida de sua gratidão à Abençoada Beleza oferece alegre,
espontânea e regularmente aos fundos uma parcela de seus recursos materiais,
em espírito de sacrifício, tomando possível assim, o avanço da Causa.
	
A juventude bahá’í, na vanguarda do avanço vitorioso da Causa, com
santidade, heroísmo e capacidade administrativa, mobilizada, realiza inovadoras e
grandiosas ações coletivas e individuais de ensino à sua geração.
	
As Instituições Bahá’ís, como sóis, planetas e satélites no firmamento do
Convênio, oferecem guia aos crentes e refúgio às multidões, inspirando admiração
e respeito de todos.
	
Na esfera internacional, as comunidades bahá’ís latino-americanas inspiram os
governos das nações nas Américas a alcançarem o seu glorioso destino assegurado
por Bahá’u’lláh. Um movimento vibrante de pioneiros e instrutores na frente externa
garante a colaboração do Brasil no crescimento de várias comunidades irmãs no
mundo.
	
A comunidade bahá’í, plena da vivência de unidade e harmonia, aberta e
arejada, resgatando os valores dos múltiplos grupos étnicos e culturais do país,
oferece aconchego e proteção às almas, estimulando-lhes o desabrochar, nutrindo-as
e favorecendo-Ihes o crescimento. A guia e o amor que emanam do Centro Mundial
da Fé fazem vibrar os corações dos crentes. Em todos os recantos do país, há júbilo,
esforço, sacrifício, perseverança, amor, disciplina, firmeza, unidade, fé, alegria e
radiância orientadas e inspiradas pelo exemplo eterno, vibrante, sublime e imortal
de ‘Abdu’l-Bahá.

[7]
Manual do Instrutor
2
Shoghi Effendi nos ensina a ensinar
	
Muito já se escreveu sobre o ensino da Causa de Deus. As compilações
sobre os ensinamentos bahá’ís também abordam exaustivamente esta missão vital
e intransferível de cada seguidor de Bahá’u’lláh.
	
Com o intuito de facilitar o aprofundamento dos bahá’ís que estão tendo o
privilégio de dedicar períodos de suas vidas ao ensino da Amada Causa, preparamos
um instigante questionário sobre temas relacionados diretamente com o ensino e
pesquisamos dentre os textos, documentos e cartas escritas pelo amado Guardião,
Shoghi Effendi, quais seriam as respostas possíveis...
	
Assim, com a leitura das questões a seguir enunciadas e a consequente
reflexão sobre cada resposta oferecida por Shoghi Effendi, seremos capacitados a
sermos melhores instrutores, colhendo maiores vitórias no campo do ensino.
1. Como ‘Abdu’l-Bahá, o Exemplo Perfeito dos Ensinamentos Bahá’ís, o Mestre,
ensinava?
	
Com sabedoria e tato no início, alerta e atencioso nos primeiros contatos,
mostrando largueza e liberalidade em todos os seus discursos públicos, cauteloso,
desdobrando gradativamente as verdades essenciais da Causa, apaixonado em
seu apelo, porém, sóbrio em argumento, confiante em tom, inabalável em sua
convicção, de infalível dignidade - tais foram as características que distinguiam
a nobre apresentação da Causa de Bahá’u’lláh por nosso Amado Mestre. Shoghi
Effendi ao alertar um amigo bahá’í: “Devemos ter cuidado para não ensinar de modo
fanático..,” “devemos ensinar como o Mestre ensinou. Ele foi o Exemplo perfeito dos
Ensinamentos. Proclamou as verdades universais da Fé, atraiu os corações e as
mentes.”
Shoghi Effendi (“Bahá’í Administration” pp 69-70, pág. 26)
2. Qual a maior distinção para um indivíduo bahá’í?
	
“Levar a luz da guia à alguma alma nova” e explica imediatamente que “o poder
vivificador do Espírito Santo que veio ao mundo por intermédio de Bahá’u’lláh, é a
fonte de vida imortal, e aqueles que são vivificados por este espírito neste mundo se
encontrarão em grande honra e glória no mundo vindouro. O serviço mais meritório
que se possa prestar é trazer uma área inteiramente nova à luz da guia divina e ao
poder vivificador do espírito...”
Shoghi Effendi, 11/03/1956, pág. 52

[8]
Manual do instrutor
3. O que os bahá’ís não devem deixar de fazer diariamente?
	
“Nunca devem eles deixar passar um só dia sem que ensinem a alguma alma,
confiando em Bahá’u’lláh para fazer a semente brotar... os amigos devem procurar
almas puras, ganhar sua confiança e então ensinar àquelas pessoas cuidadosamente,
até que se tomem bahá’ís, depois do que devem nutri-Ias até que sejam firmes e
ativos defensores da Fé.”
Shoghi Effendi, 30/05/1956 pp 51 e 52
4. Por que todos os bahá’ís devem se sentir como instrutores?
	
“Bahá’u’lláh incumbiu os bahá’ís da sagrada obrigação de ensinar... não temos
pastores, portanto, o serviço antigamente prestado por eles as suas religiões é o
serviço que cada bahá’í tem obrigação de prestar, individualmente, a sua religião. Ele
deve ser aquele que esclarece as novas almas e as confirma, curando os feridos e
os cansados na estrada da vida e dando-lhes de beber do cálice da vida eterna - o
conhecimento da Manifestação de Deus em Seu Dia”.
Shoghi Effendi, 05/07/1957, pág. 57
5. O que é um “bom instrutor bahá’í” e um “crente exemplar”?
	
“Nada mais nada menos que um bahá’í comum que se consagrou ao trabalho
da Fé, aprofundou seu conhecimento e sua compreensão de seus Ensinamentos,
pôs em Bahá’u’lláh sua confiança e se levantou para Lhe servir do melhor modo...”
Shoghi Effendi, 21/09/1957, pág. 57
6. Existe alguma maneira especial de ensinar a Causa?
	
“Existem inúmeras maneiras de ensinar a Causa, Podeis escolher aquela que
melhor convenha a sua natureza e a vossa capacidade.”
Shoghi Effendi, 18/11/1935, pág. 34
7. O que é indispensável para termos sucesso no ensino da Causa?
	
“Um verdadeiro e adequado conhecimento da Causa é, de fato, indispensável
para todo aquele que deseja êxito no ensino da Mensagem”. Em outra ocasião,
escreveu que “a maneira mais efetiva para os bahá’ís ensinarem a Fé é estabelecer
fortes laços de amizade com os vizinhos e conhecidos... quando esses amigos têm
confiança nos bahá’ís e estes em seus amigos, devem dar a Mensagem e ensinar
a Causa. O ensino individual desse tipo é mais efetivo do que qualquer outro tipo.”
Shoghi Effendi, 02/12/1935, pág. 34

[9]
Manual do Instrutor
8. Ainda sobre o aprofundamento do instrutor o que mais orientou Shoghi
Effendi? Quais os passos práticos para sermos bem-sucedidos no ensino?
	
A secretaria de Shoghi Effendi escreveu em nome dele que “muitas e muitas
vezes o amado Guardião dava ênfase ao fato de que o indivíduo, a fim de ensinar a
Fé eficazmente, devia estudar a Palavra Divina profundamente, sorver suas águas
vivificadoras e regalar-se com Seus gloriosos ensinamentos. Ele deve em seguida
meditar no intuito da Palavra e, descobrindo suas profundezas espirituais, orar por
guia e ajuda O mais importante, após a oração, é a ação. Depois de ter orado e
meditado, deve ele levantar-se, confiando plenamente na guia e confirmação de
Bahá’u’lláh, para ensinar Sua Fé, Perseverança em ação é essencial, assim como,
a sabedoria e a audácia são necessárias para o ensino eficaz...”
Shoghi Effendi, 30/06/1956, pág. 51 e 52

9. Onde obter o “necessário conhecimento e compreensão” para o ensino da
Causa?
	
“O livro Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh fornece aos amigos uma
esplêndida oportunidade para adquirir o necessário conhecimento e compreensão.
Oferece-lhes, além disso, aquela inspiração e aquele fervor espiritual que tão somente
a leitura das Palavras Sagradas pode oferecer.”
10. O que o Guardião considera vital para os amigos fazerem?
“Ensinar a Causa diretamente através das Palavras Sagradas.”
Shoghi Effendi, 06/05/1936, pág. 34
11. A personalidade do instrutor ou mesmo o método do instrutor têm influência
no ensino da Causa?
	
“No ensino da Causa, muito depende da personalidade do instrutor e do
método por ele escolhido para apresentar a Mensagem. Personalidades diferentes e
diversos tipos e classes de indivíduos exigem diferentes métodos de apresentação.
E é sinal de capacidade do instrutor saber como melhor adaptar seus métodos aos
vários tipos de pessoas que ele, por acaso, encontrar.”
Shoghi Effendi, 31/05/1934, pág. 34
12. E quando o instrutor se levanta e se sente incapaz de ensinar?
	
“O simples ato de se levantar, haverá de lhe assegurar a ajuda e as bênçãos
de Deus.” Em outra ocasião, ele disse que se o indivíduo esperasse até estar

[10]
Manual do instrutor
“completamente qualificado para cumprir alguma tarefa especial” então o trabalho
da Causa estaria quase paralisado!
Shoghi Effendi, 31/03/1932, pág. 33
13. Qual o segredo do sucesso de um instrutor?
	
“Uma completa e abnegada devoção é o que mais se necessita... quanto maior
a intensidade com que nossa tocha arde, mais luz ela emitirá e mais facilmente haverá
de transmitir aos outros sua chama.” O Guardião acrescenta ainda que o instrutor
“deve ser a personificação da confiança” e que “nisto está a força e o segredo de seu
sucesso”. O Guardião ainda orienta que “embora estejais só, e por maior que seja
a apatia do povo ao seu redor, deve acreditar que as hostes do reino estão do seu
lado e, com seu auxílio, haverá de vencer as forças das trevas com as quais a Causa
de Deus se defronta”. O Guardião também afirmou que “espírito, determinação, fé e
devoção é que produzem vitórias sucessivas...” e que “quando Nele pomos nossa
confiança, Bahá’u’lláh resolve nossos problemas e abre o caminho.” “Consagração,
dedicação e serviço entusiástico é a nota-chave para o ensino bem sucedido...
deve-se tomar assim como um veículo, através do qual o Espírito Santo desce até
alcançar aquele que estuda a Fé”.
Shoghi Effendi, carta de 12/10/1949 e pág 41 e 43
14. Quem ensina e quem confirma uma alma na Fé?
	
“Nós damos a Mensagem e explicamos os Ensinamentos, mas é o Espírito
Santo que vivifica e confirma.” “Todos devem se lembrar de que é o Espírito Santo
que vivifica e, portanto, quem ensina deve ser como o junco (bambu) através do
qual o Espírito Santo possa alcançar a alma que busca.” Shoghi Effendi também
escreveu que “0 Mestre nos assegurou que quando esquecemos de nós mesmos e
nos esforçamos com todas as nossas forças para servir e ensinar a Fé, recebemos
ajuda divina... não somos nós que fazemos o trabalho, mas somos os instrumentos
usados na ocasião para o fim de ensinar a Causa...”
Shoghi Effendi, 19/12/1953, pág. 47
15. Existe algum público-alvo especial para ouvir a Mensagem de Bahá’u’lláh?
	
“A Causa de Deus tem lugar para todos. Em verdade não seria a Causa de
Deus, se não admitisse e desse boas-vindas a cada um pobres e ricos, educados
e ignorantes, desconhecidos e eminentes Deus quer todos, certamente, desde que
a todos Ele criou.”
Shoghi Effendi, 25/01/1943, pág. 38

[11]
Manual do Instrutor
16. Existe algum meio para atrair os corações para a Causa?
	
“Através do exemplo, da amorosa associação, prece e bondade, os amigos
podem atrair os corações de tais pessoas e fazê-las compreender que esta é a
Causa de Deus em ação e não apenas em palavras!”
Shoghi Effendi, 24/02/1943, pág. 38
17. Mas não existem instrutores mais capazes e qualificados do que outros?
	
“Nem todos nós temos capacidade pára servir da mesma maneira, mas há
um modo de difundir a Fé que está ao alcance de todo bahá’í: é pelo exemplo”
e afirma ainda mais que “isto comove os corações mais profundamente do que
jamais podem as palavras fazer.” Shoghi Effendi orienta que “em todos os tempos
devemos olhar para a grandeza da Causa e nos lembrar que Bahá’u’lláh ajudará a
todos aqueles que se levantarem em Seu serviço... ao olharmos para nós próprios,
sentimo-nos certamente desanimados por causa de nossas faltas e por sermos
tão insignificantes!” “O sucesso no ensino depende de muitos fatores, um dos
quais consiste em desenvolvermos um modo de vida verdadeiramente bahá’í e em
cumprirmos as responsabilidades das quais nos temos incumbido.”
Shoghi Effendi, 14/10/1943, pág. 39
18. Em uma época tão cheia de publicidade, qual seria a melhor propaganda
para a Causa?
	
“O amor que mostramos para os outros, a hospitalidade e compreensão, o
desejo de ajudá-los - tudo isso é a melhor propaganda da Fé.”
Shoghi Effendi, 14/10/1943, pág. 39
19. Com todo esse materialismo à nossa volta, é como se o povo estivesse
adormecido, o que os faria abrir os olhos para a Fé?
	
“Um espírito fraternal, livre de preconceito, amoroso, em suas relações com
os outros - mais do que quaisquer palavras, abrirá os olhos das pessoas e dessa
maneira facilmente ensinareis a Fé.”
Shoghi Effendi, 18/06/1945, Pág., 39
20. E quando vamos ensinar a pessoas cultas, o que precisamos conhecer?
	
“Um sólido conhecimento da história, inclusive a história religiosa, e também
de assuntos sociais e econômicos, facilita muito o ensino da Causa a pessoas cultas.”
Em outra ocasião, Shoghi Effendi orienta que “se os bahá’ís querem ser realmente

[12]
Manual do instrutor
eficazes no ensino da Causa, precisam estar muito melhor informados e saber falar
inteligente e intelectualmente sobre a condição atual do mundo e seus problemas...
nós, bahá’ís, devemos, em outras palavras, munir nossas mentes de conhecimento,
a fim de podermos demonstrar melhor - às classes cultas, em especial- as verdades
entesouradas em nossa Fé.”
Shoghi Effendi, 04/0511946, pág. 46 e 05/0711949, pág. 42
21. Podemos deixar folhetos e livros bahá’ís em lugares públicos, acessíveis
à população?
	
“Não há inconveniente em deixar literatura bahá’í em um lugar público,
contanto que não seja exagerado e não dê impressão de proselitismo.”
Shoghi Effendi, 22112/1947, pág. 41
22. Todas as pessoas, vamos dizer, estão prontas para a Causa?
	
“Nunca devemos insistir em ensinar àqueles que não estão realmente prontos
para a Causa” e exemplifica que “se um homem não tem fome, não se pode fazê-lo
comer”.
Shoghi Effendi, 23/06/1948, pág. 41
23. Como devemos tratar temas como reencarnação e outros temas controversos
no ensino, tais como aborto, homossexualismo e drogas?
	
“Uma vez que aquele que busca venha a aceitar o conceito de religião
progressiva, e a reconhecer Bahá’u’lláh, este conceito de reencarnação se esvairá
na luz da verdade...”; e mais adiante é enfático “...devemos nos esforçar para evitar
questões controversas de início, se possível.”
Shoghi Effendi. 23/06/1948, pág. 41
24. O que é necessário para que a Causa alcance um grande número de
pessoas?
	
“Sem o verdadeiro amor por Bahá’u’lláh, por sua Fé e pelas Instituições
desta, e o amor dos crentes entre si, jamais poderá a Causa realmente fazer
entrar grande número de pessoas, pois não é pregação, nem preceitos que o
mundo quer; e sim, amor e ação.” Shoghi Effendi, 25/10/1949, pág. 43
25. Às vezes, ficamos desanimados porque são tão poucos os instrutores,
aqueles que estão envolvidos nas campanhas de ensino, e aí?
	
“Uma só alma amadurecida, tendo compreensão espiritual e um conhecimento

[13]
Manual do Instrutor
profundo da Fé, pode inflamar um país inteiro tão grande é o poder da Causa para
agir através de um veículo puro.”
Shoghi Effendi, 06/11/1949, pág. 43
26. O que o Guardião diz sobre a realização das Reuniões de Amigos para
ouvirem a Fé, também chamadas pelos bahá’ís como “firesides”?
	
“Os amigos têm total liberdade para realizar em suas casas tantas reuniões
pequenas para ensino, tipo fireside, quantas quiserem... de fato, esse ensino
pessoal, informal, no lar, talvez seja a forma que mais produza resultados.” Tempos
depois ele voltou a escrever que “... o meio de ensino mais poderoso e mais efetivo
já encontrado até agora é a reunião fireside , porque nessas reuniões perguntas
íntimas, pessoais, podem ser respondidas e o estudioso pode lá encontrar em maior
abundância o espírito da Fé.”
Shoghi Effendi, 24/02/1950, págs. 44 e 46
27. Precisamos orar de forma especial para o sucesso do ensino?
	
O Guardião orienta que devemos “fazer questão especial de orar ardentemente
não só pelo sucesso em geral, mas para que Deus mande a vós almas que estejam
preparadas” e afirma então que “estas almas existem em cada cidade...”
Shoghi Effendi, 18/03/1950, pág. 44
28. O que o indivíduo deve fazer para o ensino da Causa?
	
“Os bahá’ís devem compreender que o sucesso do seu trabalho depende
do indivíduo, que deve levantar-se como nunca antes, para proclamar a Fé de
Bahá’u’lláh, deve fazer muitos contatos, escolher alguns que lhe parecem estar
preparados para se tomarem bahá’ís, desenvolver com eles uma íntima amizade,
depois completa confiança, e finalmente, lhes ensinar a Fé, até que se tomem fortes
sustentáculos da Causa de Deus - é este o modo mais efetivo de proceder.”
Shoghi Effendi, 27/12/54, pág. 48
29. E quanto a apresentar todos os ensinamentos de uma única vez?
	
“Os poderes digestivos espirituais do homem estão sujeitos à leis semelhantes
àquelas que governam a digestão física. A uma pessoa espiritualmente faminta ou
sedenta se deve dar alimento sadio e apropriado, mas quando damos demais de
uma vez, ou um alimento demasiado forte para os poderes digestivos, só causa
náusea e rejeição ou má assimilação.”
Shoghi Effendi, 20/10/1925, pág. 31

[14]
Manual do instrutor
3
Promovendo a Entrada em Tropas
	
A VISÃO DE SHOGHI EFFENDI do desenvolvimento orgânico da Fé molda
nossa percepção das gloriosas possibilidades futuras no campo do ensino. Em uma
carta dirigida aos crentes americanos em 1953, onde ele destaca a necessidade
da distribuição estratégica de pioneiros, o amado Guardião afirma que um “fluxo
constante de reforços”
	
Prognosticará e apressará o advento do dia que, como profetizado por’ Abdu’lBahá, testemunhará a entrada em tropas de pessoas de diversas nações e raças
no mundo bahá’í - um dia que, visto em sua perspectiva apropriada, será o prelúdio
daquela hora desde a muito esperada quando uma conversão em massa por parte
dessas mesmas nações e raças, e como um resultado direto de uma cadeia de
eventos, momentosos e possivelmente de natureza catastrófica... subitamente...
revolucionará a sorte da Fé, transtornará o equilíbrio do mundo e reforçará um milhar
de vezes a força numérica, assim como o poder material e autoridade espiritual da
Fé de Bahá’u’lláh. (1) Escrevendo em sua mensagem do Ridván de 1990, a Casa
Universal de Justiça conecta os “crescentes exemplos de entrada em tropas” em
diferentes partes do mundo, aos estágios de desenvolvimento descritos por Shoghi
Effendi. Também determina nosso lugar neste histórico processo e desafia os crentes
à ação. Atesta a Casa Universal de Justiça:
Tudo nos encoraja a crer que os ingressos em larga escala irão expandirse, envolvendo vila após vila, cidade após cidade, de um país para
outro. Contudo, não nos cabe esperar passivamente pelo cumprimento
final da visão de Shoghi Effendi. Nós, poucos que somos, colocando
nossa inteira confiança na providência de Deus e considerando como
um privilégio divino os desafios com que nos defrontamos, devemos
avançar para a vitória com os planos em mão. (2)
	
	
Para ajudar os amigos a aprimorar seu entendimento dos processos
associados com a entrada em tropas, e em resposta ao desafio colocado pela Casa
Universal de Justiça, anexamos uma compilação com trechos de cartas escritas por
Shoghi Effendi e pela Casa Universal de Justiça, ou em seus nomes, e oferecemos
alguns dos temas extraídos da compilação. Nas seções 1 e 2 desta declaração,
descrevemos alguns aspectos gerais do processo de crescimento e chamamos

[15]
Manual do Instrutor
a atenção para fatores que contribuem para a expansão da Fé, enquanto que, na
seção 3, focalizamos atividades específicas que podem ser adotadas para promover
e manter o processo de entrada em tropas.
1. Algumas Características do Crescimento
	
Antes de considerar o assunto da entrada em tropas, iniciamos examinando
alguns aspectos gerais associados com os processos através dos quais a Fé Bahá’í
cresce.
1.1 Crescimento Orgânico
	
O crescimento da Fé ocorre de forma orgânica e evolucionária. (3) Seu ritmo
de crescimento não é, portanto, necessariamente uniforme (4), pelo contrário, avança
“em vastas ondas, precipitadas pela alternância de crise e vitória.” (5) Shoghi Effendi
também afirmou que a difusão da Fé em todo o mundo será acompanhada de uma
aceleração de sua própria taxa de crescimento. (6)
	
Por enquanto, a Fé não está crescendo numa mesma proporção em todas
as partes do mundo. A Casa Universal de Justiça tem observado existir uma
“receptividade ansiosa” à Fé em muitas terras, (7) e que certos segmentos da
população podem, inicialmente, tender a ser mais receptivos à Causa que outros.
(8) Naquelas áreas onde a receptividade está apenas começando a surgir, a Casa
de Justiça aconselha aos crentes a estarem confiantes de que “o tempo se aproxima
quando o número de seus concidadãos a aceitar a Fé aumentará repentinamente.’’
(9)
	
Com relação ao futuro imediato, a Casa Universal de Justiça afirma que a taxa
de crescimento está destinada a se acelerar. Afirma que “o cenário está preparado
para um crescimento universal, rápido e maciço da Causa”, (10) e prevê que todas
as comunidades nacionais irão colher os frutos da entrada em tropas. (11)
1.2 Dinâmica de Crise e Vitória
‘A interação dinâmica dos processos de crise e vitória caracteriza o desenvolvimento
da Fé. (12) Shoghi Effendi afirma que os “registros de sua história tumultuosa”
demonstram a verdade suprema de que, com toda nova manifestação de hostilidade
para com a Fé, quer originária de dentro ou de fora, uma medida correspondente de

[16]
Manual do instrutor
efusão de graças, sustentando seus defensores e confundindo seus adversários,
tem sido liberada providencialmente, transmitindo um novo impulso à marcha
avante da Fé, ao passo que esse ímpeto, por sua vez, iria provocar, através de
suas manifestações, nova hostilidade em áreas até então desapercebidas de suas
implicações desafiadoras... (13) A Casa Universal de Justiça, da mesma forma,
associa o contínuo surgimento da Fé da obscuridade e a maturação do funcionamento
das instituições administrativas, com a resposta da comunidade à recente onda de
perseguição no Irã, (14) e prevê que “as atuais vitórias levarão à oposição ativa”. (15)
1.3 Impacto do Declínio Social
	
Shoghi Effendi chama a atenção para a influência purificadora do sofrimento e
da tribulação, associada com o processo de declínio social, na expansão da Causa.
(16) E, em uma carta escrita em seu nome, o Guardião observa que “depois da
humanidade ter sofrido... as pessoas entrarão na Causa de Deus em tropas.” (17)
	
A Casa Universal de Justiça descreve graficamente o impacto do processo
de declínio sobre a humanidade, relacionando-o com a busca espiritual do gênero
humano (18) e salienta a premente responsabilidade dos bahá’ís, tanto para aumentar
o ritmo de suas atividades de ensino, (19) “antes que a oportunidade se perca diante
das fases rapidamente mutáveis de um mundo frenético”, (20) como para criar o tipo
de comunidade que ofereça um modelo tão distintivo de vida que irá “reascender
a esperança entre os membros da sociedade, que se encontram crescentemente
desiludidos.” (21)
1.4 Saída da Obscuridade
o progresso da Fé é acelerado pelas oportunidades decorrentes de sua saída da
obscuridade. A Casa Universal de Justiça refere-se ao “surgimento de um novo
paradigma de oportunidades para crescimento e consolidação ainda maiores de
nossa comunidade mundial”, (22) e destaca o desafio urgente com que se defronta
a comunidade bahá’í ao fazer face às necessidades decorrentes das possibilidades
que surgem à medida que a paz Menor se aproxima. (23)
2. Fatores que Contribuem para o Crescimento
	

Como introdução, é importante observar que o amado Guardião em uma carta

[17]
Manual do Instrutor
datada de 18 de fevereiro de 1932, escrita em seu nome, sublinha o fato de que um
mero aumento no número de crentes não significa necessariamente um progresso
da Causa Ele afirma:
	
Não é suficiente computar o número das almas que abraçam a Causa para
saber o progresso que está ocorrendo. As consequências mais importantes de
suas atividades são o espírito que é difundido na vida da comunidade e a extensão
na qual os ensinamentos que proclamamos tomem-se parte da consciência e da
crença das pessoas que os ouvem. Pois é somente quando o espírito tiver permeado
completamente o mundo que as pessoas começarão a entrar na Fé em grandes
números. (24) Da mesma forma, na mensagem do Ridván de 1989, a Casa Universal
de Justiça afirma:
	
Não é suficiente proclamar a mensagem bahá’í, por mais essencial que
seja tal ação. Não basta expandir as listas de registro de bahá’ís, por vital que seja
tal trabalho. As almas têm de ser transformadas, e, desta forma, consolidadas as
comunidades e alcançados novos modelos de vida. A transformação é o propósito
essencial da Causa de Bahá’u’lláh; porém depende da vontade e do esforço do
indivíduo alcançá-la, em obediência ao Convênio. (25) Estudando as cartas de
Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça é possível identificar vários fatores
que contribuem para o crescimento da Fé em larga escala. Esses fatores interagem
e reforçam um ao outro, e, quando atuam em harmonia, proveem a base para a
criação de um ambiente que irá produzir crescimento uma comunidade bahá’í cujos
membros dedicam-se ao aprimoramento de sua compreensão da natureza do ensino
e ao aprendizado de como trabalhar juntos de forma a que tanto aceleram, como
mantenham os processos de expansão e de consolidação.
Dentre esses fatores interativos, estão os que seguem.
2.1 Compromisso com a transformação Espiritual
	
O elo crucial entre a transformação espiritual individual e a maturação gradual
do funcionamento da comunidade bahá’í e o crescimento da Fé é um tema familiar nas
cartas de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça. Promover tal transformação
na vida pessoal e familiar, e no funcionamento das comunidades e Assembleias, é
responsabilidade tanto dos indivíduos,26 como das instituições bahá’ís. (27) Como
explica Shoghi Effendi:
Quando o verdadeiro espírito de ensino, que exige dedicação completa, consagração

[18]
Manual do instrutor
a essa nobre missão e o viver a vida, é alcançado, não somente pelos indivíduos,
mas também pelas Assembleias, então a Fé crescerá rapidamente. (28)
	

2.2 Amor e Unidade

	
O amor e unidade entre os crentes (29) e o amor dos amigos pela Fé e suas
Instituições (30) são fundamentais para atrair grandes números de pessoas à Causa.
O amado Guardião descreve a unidade e amor entre os amigos como “o espírito
que deve animar sua vida comunitária”, (31) e decifra suas implicações práticas com
relação ao planejamento e implementação do trabalho de ensino. Em uma carta
escrita em seu nome, ele orienta os crentes como segue:
	
Que eles se esforcem mais para aperfeiçoar seus relacionamentos puramente
bahá’ís, tomem-se mais unidos, mais educados espiritualmente, mais competentes
no cumprimento de suas tarefas administrativas, como uma forma de preparação
para o ensino e para receberem maiores números de novos crentes. (32) A Casa
Universal de Justiça chama a atenção para o outro aspecto importante deste assunto.
Ela nos adverte contra a polarização de pontos de vista sobre métodos e formas de
ensino e oferece o seguinte conselho aos crentes:
	
Neste, como em todos os aspectos do trabalho da Causa, a solução reside
em que os amigos sejam pacientes e indulgentes com aqueles que, por suas
limitações, lhes afligem e que se esforcem, através da consulta das Assembleias, em
se aproximar de um equilíbrio apropriado, enquanto mantêm o ímpeto do trabalho
e canalizam o entusiasmo dos crentes. (33)
2.3 Participação Universal
	
A participação universal e os esforços persistentes dos amigos no ensino da
Causa, na aplicação de seus princípios e no incremento do desenvolvimento de suas
instituições não são somente “indispensáveis para o desenvolvimento dos recursos
humanos necessários ao progresso da Causa”, (34) como também aumentam o
sucesso no ensino. (35)
	
	
2.4 Equilíbrio entre a Expansão e Consolidação
	

A Casa Universal de Justiça refere-se à expansão e consolidação como

[19]
Manual do Instrutor
“processos gêmeos que devem caminhar de mãos dadas”. (36) Afirma que eles são
“processos inseparáveis”, (37) e que eles representam os “objetivos fundamentais do
ensino”, (38) Enfatizando a relação entre consolidação e ensino, a Casa de Justiça,
em uma carta escrita em seu nome, declara:
	
	
A consolidação apropriada é essencial à preservação da saúde espiritual da
comunidade, à proteção de seus interesses, à preservação de seu bom nome, e,
em última análise, para a continuação do próprio trabalho de expansão. (39)
2.5 A Comunidade Bahá’í como Modelo
	
A Comunidade Bahá’í e a Ordem Administrativa devem continuar a se
desenvolver e apresentar-se ao mundo como um modelo viável e uma alternativa
como forma de organização social.
	
Este é um processo contínuo, Shoghi Effendi, em uma carta escrita em seu
nome, afirma que:
	
Até que o público veja a Comunidade Bahá’í como um modelo verdadeiro,
em ação, de algo melhor do que ele já tem, não irá responder à Fé em grandes
números. (40) De forma semelhante, a Casa Universal de Justiça chama a atenção
para o caráter distintivo da comunidade bahá’í e afirma que, à medida que o contraste
entre a comunidade e o mundo em geral aumenta, isso “deverá, finalmente, atrair as
massas desiludidas e fazer com que entrem no abrigo do Convênio de Bahá’u’lláh”.
(41) Ainda mais, a Casa de Justiça percebe haver uma crescente preocupação
com relação aos assuntos da humanidade e à incapacidade da velha ordem de
resolver os problemas sociais críticos. Uma vez que a Ordem Administrativa Bahá’í
está destinada a ser o modelo para a sociedade futura, existe uma necessidade
premente em demonstrar as “potencialidades inerentes ao sistema administrativo”
e para prover, em consequência, “um sinal de esperança para aqueles que se
desesperam”. (42) Considerando a estreita relação existente entre os elementos de
crescimento descritos acima e sua natureza interativa, sugere-se que, enquanto cada
fator contribui para o processo de expansão, nenhum fator, por si mesmo, mostrarse-á suficiente para produzir e manter ingressos em larga escala. Concentrar-se em
um, em detrimento dos outros, poderá distorcer o processo de ensino e retardar o
crescimento e a expansão da comunidade bahá’í a longo prazo. Ainda mais, Shoghi
Effendi afirma que o envolvimento no trabalho de ensino reforça o desenvolvimento

[20]
Manual do instrutor
dos verdadeiros fatores que contribuem para o crescimento da Fé. Em uma carta
escrita em seu nome, ele declara:
	
Ação inspirada pela confiança no triunfo final da Fé é, na verdade, essencial
à materialização gradual e completa de suas esperanças para a expansão e
consolidação do Movimento em seu país. (43) O Guardião também chama a atenção
para o perigo inerente ao fato dos amigos esperarem até que estejam “completamente
qualificados para cumprir qualquer tarefa especial”, (44) e enfatiza a relação entre
os esforços individuais e a ajuda divina, observando que Deus irá... ajudar-nos se
fizermos a nossa parte e nos sacrificamos no caminho do progresso de Sua Fé.
Devemos sentir a responsabilidade colocada em nossos ombros, levantarmo-nos
para dela nos desincumbirmos, e, então, esperar a graça divina a ser derramada
sobre nós. (45)

3. Promovendo a Entrada em Tropas
	
Decorrente de um estudo da compilação anexa, é evidente existirem diversas
atividades específicas que contribuem diretamente para o processo da entrada em
tropas.
3.1 Fortalecimento das Assembleias Espirituais
	
Shoghi Effendi enfatiza a importância da “instrumentalidade” da Ordem
Administrativa em “vivi” e “sistematicamente” levar a Mensagem curadora de
Bahá’u’lláh “a atenção das massas” (46) Ele destaca a relação existente entre o
desenvolvimento das instituições e “o aceleramento do processo vital da conversão
individual”, afirmando que este último é a razão pela qual “toda a maquinaria da Ordem
Administrativa foi, primeiramente e tão laboriosamente, erigida” (47) Igualmente, a
Casa Universal de Justiça liga diretamente o fortalecimento e o desenvolvimento
das Assembleias Espirituais Locais com a capacidade da Fé de tratar do assunto da
entrada em tropas (48) A natureza desta relação é explicada pela Casa Universal
de Justiça na mensagem do Ridván de 1993. Refere-se à “mutualidade do ensino
e administração” e ao fato de que “um reforça o outro” (49)
	
A Casa Universal de Justiça indica existir uma necessidade imperiosa
de que as instituições bahá’í aprimorem seu desempenho através de uma mais
íntima identificação com as verdades fundamentais da Fé, através de uma maior

[21]
Manual do Instrutor
conformidade com o espírito e a forma de administração bahá’í através de uma
confiança mais incisiva nos efeitos benéficos de uma consulta correta, de forma que
as comunidades que elas guiem reflitam um modelo de vida que ofereça esperança
para os membros desiludidos da sociedade (50)
	
Para esta finalidade, a Casa Universal de Justiça enfatiza a importância do
treinamento dos amigos, incluindo aqueles nas área de ensino em massa (51) para
aumentar seu entendimento e participação no trabalho administrativo da Causa.
Destaca que o “funcionamento apropriado” das Assembleias Espirituais depende em
grande parte dos esforços de seus membros no sentido de familiarizarem-se com
os deveres e aderirem, escrupulosamente aos princípios em sua conduta pessoal
e na condução de suas responsabilidades oficiais.
	
Chama a atenção para a importância da decisão dos membros da Assembleia
de remover de seu meio todos os traços de alienação e tendências sectárias, sua
habilidade em conquista a afeição e o apoio dos amigos a seus cuidados e de
envolver tantos indivíduos quanto possível no trabalho da Causa.
	
E afirma que o resultado desses dedicados esforços de parte dos membros
das instituições irá resultar em “um padrão de vida” que, não somente “trará honra à
Fé”, como também servirá para atrair “os membros da sociedade, que se encontram
crescentemente desiludidos.” (52)
3.2 Administração eficiente e Pronta Consolidação
	
Embora de forma pela qual o trabalho de ensino é organizado seja um assunto
a ser determinado por cada Assembleia Espiritual Nacional, a Casa Universal de
Justiça destaca a necessidade de “uma estrutura de ensino eficiente” para assegurar
que “as tarefas sejam levadas a cabo com presteza e de acordo com os princípios
administrativos de nossa Fé”. (530 Adicionalmente, afirma que a tarefa de consolidação, que é “elemento essencial e inseparável do ensino”, (54) deve ser “pronta,
meticulosa e contínua. (55) Tal forma de abordagem integrada à expansão da Causa
não somente aumenta os recursos humanos e financeiros da comunidade bahá’í,
(56) como também ajuda a evitar tais problemas como a “inoculação” dos crentes
contra a Fé, resultante de uma combinação de ensino inadequado e consolidação
descuidada. (57)

[22]
Manual do instrutor
	

3.3 Planos de Ensino Estratégicos e Flexíveis

	
A Casa Universal de Justiça conclama cada uma das Assembleias Espirituais
Nacionais para “equilibrar seus recursos e harmonizar seus esforços” para assegurar
que a Fé seja ensinada a “todos os segmentos da sociedade”. (58) Aconselha as
Assembleias a serem estratégicas e sistemáticas, a fazerem seus planos de ensino
de modo a atender às necessidades de grupos sociais e culturais específicos, (59)
pois “diferentes culturas e tipos de pessoas exigem diferentes métodos de contato”,
(60) e afirma que a meta de todas as instituições bahá’ís e dos instrutores bahá’ís
é: “avançar continuamente para novas áreas e camadas da sociedade “. (61)
	
A Casa de Justiça chama a atenção para a importância da flexibilidade e
equilíbrio na formulação e implementação de planos de ensino. Os crentes são
encorajados a serem receptivos a novos métodos, (62) usarem urna variedade de
formas de contato, (63) e “não insistirem cegamente em fazer a mesma coisa em
toda parte”. (64) A Casa Universal de Justiça indica que a comunidade bahá’í precisa
tomar-se mais eficiente para gerir urna grande variedade de ações sem perder a
concentração que deve manter nos objetivos fundamentais do ensino, ou seja,
expansão e consolidação.
	
E para essa finalidade, enfatiza a necessidade de urna unidade na diversidade
de ações... urna condição na qual diferentes indivíduos concentrar-se-ão em
diferentes atividades, reconhecendo o efeito salutar do trabalho agregado sobre o
desenvolvimento e crescimento da Fé, porquanto urna pessoa não pode fazer tudo,
e todos não podem fazer a mesma coisa. (65) A importância da adoção pelos crentes
de formas de contato estratégicos e flexíveis no trabalho da Causa é relacionado
pela Casa Universal de Justiça tanto à crescente maturidade da comunidade bahá’í,
corno à sua expansão. (66)
	

3.4 Alcançando Pessoas de Capacidade

	
Escrevendo às Assembleias Espirituais Nacionais, a Casa Universal de Justiça
orienta que a Fé deve ser levada “a todas as camadas da sociedade humana e a
todas as ocupações”. Diz mais, que “todos têm que ser, conscientemente, abrangidos
pelos planos de ensino da Comunidade Bahá’í”. (67) Desde a necessidade aumentar
e desenvolver os recursos humanos da Fé, a Casa Universal de Justiça conclama
os crentes a despenderem esforços especiais para atrair pessoas de capacidade à

[23]
Manual do Instrutor
Causa. (68) Descreve o ingresso de pessoas de capacidades como “‘um aspecto
indispensável do ensino às massas”, e adverte que falharem atingir esta finalidade
resultará em que a Fé não estará sendo capaz de “corresponder adequadamente aos
desafios que sobre ela se impõe.” Com relação ao corpo de crentes da comunidade
bahá’í, e as prioridades do trabalho de ensino, a Casa de Justiça afirma:
	
O conjunto de seus membros, independente da variedade étnica, deve agora
abarcar um número crescente de pessoas de capacidade, incluindo pessoas de
realizações e proeminência nos vários campos da atividade humana. O registro de
números significativos de tais pessoas é um aspecto que não pode ser negligenciado
e que precisa ser, consciente e deliberadamente, incorporado em nosso trabalho de
ensino, de forma a ampliar suas bases e acelerar o processo de entrada em tropas.
(69)
	

3.5 Relacionando a Fé aos Assuntos Sociais e Humanitários Contemporâneos

	
Na mensagem do Ridván de 1988, a Casa Universal de Justiça listou o
“constante empenho” do crente individual de relacionar os Ensinamentos da Fé aos
“assuntos da atualidade”, como uma das medidas que contribuem para o “sucesso
no ensino”. (70) A Casa Universal de Justiça também nota que a “Ordem trazida
por Bahá’u’lláh tem o propósito de guiar o progresso e resolver os problemas da
sociedade”, e que a comunidade bahá’í está “claramente na vanguarda das forças
construtivas em operação no planeta”. Chama a atenção para a necessidade de
desenvolver e aperfeiçoar o sistema administrativo bahá’í como meio de demonstrar
a eficácia deste sistema para atender às necessidades prementes da humanidade
e oferecê-lo como uma “alternativa viável” para a velha ordem mundial deficiente e
em fragmentação. (71)
	

3.6 Conduta Direcionada às Metas

	
Os crentes individuais, as Assembleias Espirituais Locais e Nacionais são
chamados a colaborarem e persistirem em seus esforços para alcançar as metas
dos planos de ensino. A Casa Universal de Justiça estabelece:
	
O trabalho de ensino, tanto aquele organizado pelas instituições da Fé como
aquele que é o fruto de iniciativa individual, deve ser ativamente levado avante a
fim de que haja um número crescente de crentes, conduzindo um maior número

[24]
Manual do instrutor
de países ao estágio de entrada em tropas, e, finalmente, à conversão em massa.
(72) A urgência deste empreendimento é enfatizada pela Casa Universal de Justiça
como segue:
	
Uma expansão maciça da comunidade bahá’í precisa ser alcançada muito além
de todos os registros passados. A tarefa de espalhar a Mensagem à generalidade da
humanidade, em aldeias, cidades e metrópoles precisa ser rapidamente ampliada. A
necessidade de tal realização é crítica... (73) Adicionalmente, a Casa Universal de
Justiça chama a atenção para a qualidade das iniciativas de ensino, recomendando
que “o esforço dos bahá’ís deve ser de ensinar não apenas tão intensamente quanto
possível, como também, tão bem quanto possível”. (74) A responsabilidade maior
do crente quanto à implementação do trabalho de ensino é destacada pela Casa
Universal de Justiça. Ela estabelece:
	
	
Todo crente - homem, mulher, jovem e criança - é convocado para este campo
de ação, pois é da iniciativa, da vontade decidida do indivíduo em ensinar e servir,
que depende o sucesso da inteira comunidade. (75)
	
E afirma que: A chave para a conversão de pessoas à Fé está na ação do
bahá’í individual ao transmitir a centelha da Fé àqueles que individualmente buscam,
respondendo suas questões e aprofundando sua compreensão dos ensinamentos.
(76)
4. Considerações Finais
	
Os extratos contidos na compilação Promovendo Entrada em Tropas servem
para destacar alguns princípios gerais concernentes à natureza do crescimento e sua
aceleração e para atração de grande número de pessoas a Fé Bahá’í. Adicionalmente,
os referidos textos sugerem atividades específicas que podem ser realizadas, por
indivíduos e por instituições, para apressar o ritmo de crescimento e para manter a
expansão em larga escala da Causa É evidente que forças, dentro e fora da Causa,
estão dando forma ao destino da humanidade. A Casa Universal de Justiça chama a
atenção para a operação de dois grandes processos que estão em ação no mundo.
O primeiro processo é:
	
O grande Plano de Deus, tumultuoso em seu progresso, atuando por
intermédio da humanidade como um todo, derrubando por terra barreiras à unidade

[25]
Manual do Instrutor
mundial e forjando a humanidade em um corpo unificado no fogo do sofrimento e
experiência. Este processo irá produzir, no devido tempo determinado por Deus,
a Paz Menor, a unificação política do mundo. A humanidade, quanto chegar esse
tempo, poderá ser comparada a um corpo unificado, porém sem vida. O segundo
processo é a tarefa de dar vida àquele corpo unificado - de criar verdadeira unidade
e espiritualidade que culminará na Paz Maior - é trabalho dos bahá’ís, que estão
trabalhando conscientemente, com instruções detalhadas e contínua guia divina, a
fim de construir a tessitura do Reino de Deus na terra, para o qual convocam seus
semelhantes, conferindo assim, sobre eles, a vida eterna. (77)
	
O desafio dos crentes é devotar todas as suas energias a esta tarefa vital,
estimulados pela conscientização de que “não existe ninguém mais para fazê-lo”,
(78) e apoiados em seu desejo de cumprir o anseio expressado pelo amado Guardião
nos primeiros dias de seu ministério “E agora, ao olhar para o futuro, espero ver
os amigos, em todos os tempos, em todas as terras, e de qualquer nuance de
pensamento e caráter, voluntária e alegremente arregimentados ao redor de seu
centro de atividade, local e, particularmente, nacional, apoiando e promovendo seus
interesses em completa unanimidade e contentamento, com perfeita compreensão,
genuíno entusiasmo e decidido vigor. Isto, na verdade, é a grande alegria e anseio de
minha vida, pois é a fonte da qual todas as bênçãos futuras fluirão, a ampla fundação
sobre a qual a segurança do Edifício deverá, em última instância, repousar. Não é
de se esperar que agora, finalmente, o alvorecer de um dia mais brilhante esteja
surgindo sobre nossa amada Causa? (79)
	
O Comitê Nacional de Ensino recomenda o estudo mais completo sobre o
assunto através da Compilação “Promovendo a Entrada em Tropas”, publicado pela
Editora Bahá’í.

[26]
Manual do instrutor
4
As Pontes:
Um Novo Enfoque de Consolidação em Massa
Uma reflexão necessária
	
Mas, uma vez que muitos novos amigos se declarem bahá’ís, como esperar
que milhares de pessoas de tantas origens religiosas, rapidamente venham a se
integrar à nova concepção de religião trazida pelo Manifestante de Deus, Bahá’u’lláh,
nos dias de hoje?
	
Chegamos então ao ponto básico: como consolidá-los na Fé?
	
Concluiu-se por buscar pontos entre suas crenças anteriores ou ideias
anteriores de suas manifestações religiosas e sua nascente fé dentro da Causa de
Deus, pois, não veio Bahá’u’lláh para revitalizar a religião eterna de Deus? E, não
existe lugar para todos dentro desta Causa que é a própria Causa de Deus?
	
Verificou-se ser de importância essencial criar nos novos crentes um
irreversível sentimento de identidade espiritual com a fé de Bahá’u’lláh. Consolidação
então, nasce da criação de uma identidade bahá’í do novo crente com a Nova
Ordem Mundial de Bahá’u’lláh. Os novos crentes necessitam estar conscientes de
que ao se declararem bahá’ ís não estão ingressando em um Movimento Pacifista,
em uma Filosofia Oriental, em uma Fraternidade Universal ou em um Clube Cultural
ou Filosófico. Antes, estão ingressando na religião renovada de Deus, eterna no
passado e eterna no futuro.
	
Estão ingressando em uma empreitada para a construção do Reino de Deus
na Terra!
	
Como então, seriam estas pontes?
	
- As Igrejas, Templos, Centros Espíritas, Tendas dos Milagres, etc., serão
substituídos pelas Sedes Bahá’ís Regionais ou Locais, pelas “Bases de Operações”
de cada Campanha de Ensino em Larga Escala. Nestes locais os Bahá’ís realizam
suas Festas de 19 Dias, Reuniões de Aprofundamento, Reuniões de Orações, Aulas
para Crianças, Festivais de Músicas, Palestras Públicas. Assim, estes locais bahá’ís
devem buscar refletir o espírito da Fé de Bahá’u’lláh, inspirando respeito e reverência.
	
- As missas, cultos, sessões espíritas, reuniões espiritualistas, serão
substituídas por reuniões semanais de orações, de história das Figuras Centrais da

[27]
Manual do Instrutor
Fé, reuniões sobre ensinamentos da Fé em geral, além de reuniões administrativas
e comunitárias.
	
- O uso constante da Bíblia, aos poucos· será substituído pelo uso do livro
“Palavras de Deus” ou pelo pequeno livreto “Orações Obrigatórias”, em uma primeira
instância, pois não é este o livro designado pela Casa Universal de Justiça para que
todos os Bahá’Ís tenham em seu poder? O que, também, não é conflitante de forma
alguma (com) o uso da Bíblia!
	
- O uso de símbolos fixos como crucifixos ou medalhas com santos, aos poucos
deverão ser substituídos pelo uso do pingente, broche ou do anel do Máximo Nome,
sempre, tornando acessível a cada novo bahá’í uma pequena folha com instruções
sobre o uso reverente do símbolo do Máximo Nome e sobre seu real significado
espiritual.
	
- O uso de saudações como “louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”, “a
paz do Senhor irmão”, etc., serão gradativamente substituídas pelo uso consciente
e apenas, se o novo bahá’í assim o desejar, ficando portanto a seu único e exclusivo
critério, o uso da in vocação e saudação bahá’í de Alláh’u’Abhá. Uma pequena folha
com informações sobre seu uso e significado deverá ser compartilhado com os novos
bahá’ís.
	
- As aulas de catecismo ou destinadas às crianças promovidas pelas diversas
denominações religiosas serão substituídas pelas Aulas Bahá’ís para Crianças,
devendo ser também semanais, em lugares fixos e em horários fixos. O objetivo é
manter a regularidade e a constância da atividade de forma a ir se tornando uma
obrigação bahá’í.

	
- As comemorações especiais como o Natal, a Semana Santa, a Páscoa, a
Quaresma, etc., serão substituídas pela realização regular a cada 19 dias das Festas
dos Dezenove Dias e também pelas reuniões comemorativas dos Dias Sagrados
Bahá’ís, como a Declaração do Báb, o Martírio do Báb, o Aniversário de Bahá’u’lláh,
o Festival do Ridván (A Proclamação da Missão de Bahá’u’lláh), o Período do Jejum
Bahá’í, etc.
	

- As programações ou calendários de atividades das Igrejas serão substituídas

[28]
Manual do instrutor
pela elaboração e ampla divulgação do Calendário Bahá’í, contendo além dos meses,
os dias e os horários de realização das diversas atividades Bahá’ís, além das F:estas
dos Dezenove Dias e Dias Sagrados, etc.
	
- O uso de hinos evangélicos ou outros cânticos espirituais serão gradativamente
substituídos pelo uso e aprendizado das canções inspiradas em palavras sagradas
Bahá’ís ou que se refiram aos ensinamentos Bahá’ís.
	
- O recebimento regular de revistas das igrejas, anteriormente citadas, será
substituído pelo recebimento regular do jornal Bahá’í Brasil.
	
- A audição de programa religioso regular em emissoras de rádio será
substituído, gradativamente, pela audição regular de Programa Bahá’í em emissoras
de rádio, quando o mesmo existir na cidade.
	
- A leitura diária de coluna católica, coluna espírita, etc., em jornais diários da
cidade será substituída pela leitura diária de coluna Bahá’í em jornais de sua cidade.
	
- Os novos bahá’ís serão aprofundados desde sua declaração na importância
de observar as leis bahá’ís relacionadas com o casamento e funeral e a cerimônia
de batismo será substituída pela declaração bahá’í dos filhos, ao atingirem a idade
da maturidade, ou seja, os 15 anos.
	
- Desde o momento da declaração, os novos Bahá’Ís deverão ser incentivados
a acompanhar os instrutores Bahá’ís em suas atividades regulares de ensino.
	
OBSERVE-SE QUE O USO DESTAS “PONTES” NÃO SIGNIFICA
PERPETUAR RITOS OU OBRIGAÇÕES RELIGIOSAS SECUNDÁRIAS, UMA VEZ
QUE OS BAHÁ’ÍS AO SE DECLARAREM DEVERÃO SER SEMPRE INCENTIVADOS
E EXORTADOS A AGIREM CONFORME SUA CONSCIÊNCIA.
	
Por exemplo, usar anelou pendente do Máximo Nome, ter uma foto de ‘Abdu’lBahá em casa ou ter à mão o livro “Palavras de Deus”, dentre outros, é uma decisão
individual, íntima do indivíduo!
	
O objetivo das “pontes” mencionadas anteriormente é apenas criar condições
essenciais para que o novo bahá’í não se afaste da Fé por estar ainda apegado ou

[29]
Manual do Instrutor
sentir falta de ligações ou práticas religiosas anteriores ao seu conhecimento da Fé
de Bahá’u’lláh.
	
Como foi explicitado, temos na Fé lugar para todos de todas as origens
religiosas, de todas as camadas da sociedade brasileira e, uma vez observadas estas
DIRETRIZES, estaremos trabalhando para a criação de uma verdadeira identidade
Bahá’í para os que se declararem. Portanto, nada de novo foi elaborado, mas tão
somente procurou-se tornar regular atividades Bahá’ís que sempre constituíram as
metas dos últimos planos mundiais, como a realização regular de aulas para crianças,
a comemoração das Festas e dos Dias Sagrados, o ensino do uso de “Alláh’u’Abhá”,
o acesso dos novos Bahá’ís a anéis e pendentes do Máximo Nome, a disseminação
entre os novos Bahá’ís do livro “Palavras de Deus”, a publicação regular de uma
coluna Bahá’í nos jornais, a emissão de um programa Bahá’í regular em emissoras
de rádio, o envio de um jornal ou boletim Bahá’í de notícias com aprofundamento
espiritual, o melhor uso das Sedes Bahá’ís, regionais ou locais, o acesso a fotos ou
gravuras relacionadas com a Fé e o Centro Mundial Bahá’í.
	

[30]
Manual do instrutor
5
Como dar a Mensagem
1. Formas de abordagem
	
“Você conhece a Fé Bahá’í?”
	
“Você gostaria de conhecer uma mensagem de Unidade entre os povos do
mundo”?
	
“Você já ouviu falar de Bahá’u’lláh?”
	
Sempre devemos começar através de perguntas diretas e se a resposta for
afirmativa, então começamos a falar da Mensagem da Fé.
	
	
O desejo original é o de transmitir a boa nova de que Bahá’u’lláh já veio.
2. A Essência da Mensagem
- O Báb
- Bahá’u’lláh
- ‘Abdu’l-Bahá
- Leis
- Ensinamentos
- Administração
	
Concluindo-se que não se deve imprimir ênfase demasiada em aspectos
sociais e gerais de nossa Amada Causa, corno por exemplo, fundamentar toda a
apresentação da Mensagem Bahá’í nos 12 princípios básicos da Fé. É vital e urgente
que apresentemos a Mensagem em seus 5 aspectos básicos fundamentais: O Báb,
Bahá’u’lláh, ‘Abdu’l-Bahá, Leis e Administração - sempre com tato e sabedoria. É
oportuna uma leitura atenciosa do conteúdo da carta da Casa Universal de Justiça,
citada na compilação “CAPTANDO A CENTELHA DA FÉ”:
	
“O motivo primordial deve sempre ser a reação do homem à mensagem de
Deus e o reconhecimento de Seu Mensageiro. Aqueles que se declaram Bahá’ís
devem ficar encantados com a beleza dos Ensinamentos e tocados pelo amor de
Bahá’u’lláh.

[31]
Manual do Instrutor
	
Os declarantes não necessitam conhecer todas as provas, história, leis e
princípios da Fé, mas devem, durante o processo de se declararem, além de captar
a centelha da Fé, ficar basicamente informados a respeito das Figuras Centrais
da Fé. Assim como a respeito da existência de leis, que devem seguir, e de uma
administração, que devem obedecer.”
Shoghi Effendi
Aceitação de Novos Crentes
	
1. Depois de termos ensinado a uma pessoa sobre a existência de Bahá’u’lláh,
o Báb e Abdu’l-Bahá e depois de termos falado da administração das leis trazidas
por Bahá’u’lláh para construirmos um novo mundo, se estivermos seguros de que a
pessoa foi tocada pela “centelha da fé”, que ela ficou comovida com o conhecimento
de Bahá’u’lláh, então devemos, sem mais demora, convidá-la a abraçar a Fé.
	
Este é um momento extremamente importante na vida de uma pessoa.
Significa que ela reconheceu a Manifestação de Deus em Seu Dia. Significa que ela
nasceu para a vida espiritual, foi confirmada pelo Espírito da Fé.
	
A importância deste momento nunca pode ser enfatizado demasiadamente,
pois é também a culminação do trabalho do instrutor. E o instrutor deve estar
consciente de que ele foi o instrumento que Deus utilizou para guiar uma nova alma
à eterna e imutável Fé divina.
	
Como revelou o Báb, mais vale “guiar uma só alma para Deus do que possuir
todos os tesouros do céu e da terra”.
	
E então chega aquele momento. Como formalizar o convite para que a pessoa
abrace a Fé?
	
Simples. Basta apenas que digamos:
	
“Você se sente um(a) bahá’í?
	
“Gostaria de integrar a grande família de Bahá’u’lláh, de trabalhar por um
mundo unido e fraterno?” E se a resposta for “SIM”, dê então as boas-vindas a esta
alma abençoada e lhe fale sobre o significado espiritual desse momento.
	
Depois, diga que TODOS os bahá’ís possuem um Cartão de Declaração
Bahá’í: precisamos receber correspondências, jornais e noticiosos bahá’ís e
precisamos estar bem informados das atividades bahá’ís em nossa cidade, em

[32]
Manual do instrutor
nosso estado e no mundo. Por isso é que o cartão de Declaração além de conter
uma declaração formal do ingresso na Fé Bahá’í, contém também nossos dados
para correspondência e nossa idade, para que possamos participar das eleições
anuais bahá’ís.
	

Isto já é suficiente para essa ocasião especial.

	
Uma vez preenchido o Cartão de Declaração, o instrutor deve encaminhá-lo
para as Instituições Bahá’ís da região em que está ensinando.
	
2. Você pode sentir que embora a pessoa tenha se declarado, ainda não
lhe pareça ser oportuno preencher o cartão. Não se apresse. Volte outro dia para
aprofundar mais esta pessoa na Fé e quando se sentir seguro, preencha seu Cartão.

[33]
Manual do Instrutor
6
Os Princípios Bahá’ís
	
Certa vez Abdu’l-Bahá deu uma linda palestra no Ocidente, expondo os pontos
fundamentais da Causa de Bahá’u’lláh. O Mestre discorreu na forma da enunciação
de princípios. A argumentação de ‘Abdu’l-Bahá foi a seguinte:
I - O primeiro princípio de Bahá’u’lláh é:
A Busca da Verdade.
	
O homem deve desligar-se de todos os preconceitos e do resultado de sua
própria imaginação, a fim de que possa buscar a Verdade sem empecilho algum. A
Verdade é uma só em todas as religiões, e pode servir de instrumento para realizar
a unidade do mundo.
II - O segundo princípio de Bahá’u’lláh é:
A Unidade do Gênero Humano.
	
O Deus Uno, que a todos ama, concede Sua Graça e Favores divinos a toda
a humanidade... A glória do ser humano é a herança de cada um. Todos os homens
são as folhas e os frutos da mesma árvore, todos são ramos da árvore de Adão,
todos têm a mesma origem. A mesma chuva cai sobre todos, o mesmo sol com seu
ardor faz todos crescerem, a mesma brisa refresca a todos... Todos os homens são
iguais perante Deus. Ele não discrimina as pessoas.
III - O terceiro princípio de Bahá’u’lláh é:
A Religião deve ser Causa de Amor.
	
A religião deve unir todos os corações e fazer desvanecerem-se da terra as
guerras e disputas; deve dar origem à espiritualidade e trazer a cada coração vida e
luz. Se a religião se tomar causa de desgostos, ódio e divisão, será melhor estarmos
sem ela; retirarmo-nos de tal religião seria um ato realmente religioso...
IV - O quarto princípio de Bahá’u’lláh é:
A Unidade da Religião e da Ciência.
	
Podemos pensar na ciência como uma asa e na religião como outra, a ave
necessita de duas asas para seu voo - uma só seria inútil. Uma religião que contradiz
a ciência, ou se lhe opõe, é apenas ignorância, pois o contrário do conhecimento é
a ignorância. Uma religião que consiste apenas de ritos e cerimônias, que admite o
preconceito, não é verdadeira. Esforcemo-nos sinceramente a fim de que possamos
unir a religião e a ciência.

[34]
Manual do instrutor
V - O quinto princípio de Bahá’u’lláh é:
Preconceitos de religião, raça, nação ou seita destroem o fundamento da
humanidade.
	
Todas as divisões no mundo, o ódio, a guerra e a carnificina, são causadas por
um ou outro desses preconceitos. O mundo inteiro deve ser visto como um só país,
todas as nações como uma só nação, todos os homens como membros da mesma
raça. Religiões, raças e nações são, todas elas, divisões feitas pelo homem... Deus
é Deus para todos, a Seu ver, toda a criação é uma só. Devemos obedecer a Deus
e nos esforçar por segui-Lo, abandonando todos os nossos preconceitos e assim,
trazendo paz à terra.
VI - O sexto princípio de Bahá’u’lláh é:
Oportunidades iguais para obtenção dos meios de subsistência.
	
Todo ser humano tem o direito de viver, o direito ao descanso, a um certo
bem-estar... Ninguém deve morrer de fome, todos devem ter roupas suficientes...
	
Lutemos com todas as forças a nosso dispor para que condições mais felizes
venham a prevalecer - condições que proporcionem a todo ser humano os meios de
subsistência.
VII - O sétimo princípio de Bahá’u’lláh é:
A Igualdade dos Homens perante a Lei.
	
A lei deve reger e não o indivíduo. Assim o mundo tomar-se-á um lugar belo
e a verdadeira fraternidade será estabelecida.
VIII - O oitavo princípio de Bahá’u’lláh é:
A Paz Universal.
	
Será eleito pelos povos e governos de todas as nações um supremo tribunal,
cujos membros se reunirão em harmonia. Toda e qualquer disputa será referida a
esta Corte, cuja missão será a de impedir a guerra.
IX - O nono princípio de Bahá’u’lláh é:
Que a Religião não deve se intrometer em questões políticas.
	
Ao instrutor espiritual, cabe a tarefa de educar o homem, de lhe dar instrução
e bons conselhos para que progrida espiritualmente. Com questões políticas, nada
tem ele de ver.

[35]
X - O décimo princípio de Bahá’u’lláh é:
A Educação da Mulher
	
A mulher tem direitos iguais aos do homem na terra, e na religião e na
sociedade, constitui elemento de grande importância. Enquanto se impedir que a
mulher atinja suas mais altas possibilidades, por tanto tempo será o homem incapaz
de alcançar a grandeza que poderia ser sua.
XI - O décimo primeiro princípio de Bahá’ u ‘lláh é:
O Poder do Espírito Santo é o Único Meio para se Realizar o Desenvolvimento
Espiritual.
	
Somente através dos sopros do Espírito Santo, poderá haver desenvolvimento
espiritual. Por mais que o mundo material progrida, não importa com que esplendor
se adorne, jamais será outra coisa senão um corpo inanimado, a menos que haja
alma em seu interior, pois é a alma que anima o corpo; este só, não tem sentido
real. O corpo material, privado das graças do Espírito Santo, permaneceria inerte.
	
Em resumo, compete-nos a todos sermos amantes da verdade. Que a
busquemos em todos os tempos, em todos os países, tendo cuidado para nunca nos
prendermos à personalidade. Vejamos a Luz, onde quer que brilhe; reconheçamos a
luz da Verdade, não importa onde se manifeste. Aspiremos o perfume da rosa dentre
os espinhos que a rodeiam; sorvamos a água que mana de toda Fonte pura.”
Manual do instrutor
7
A Bíblia e Outros Temas Místicos
	
Um dos pontos aos quais o instrutor deve dar especial atenção é o estudo
da Bíblia, e de alguns assuntos cristãos, a fim de que ele possa estar perfeitamente
consciente das provas quando sair para o ensino e encontrar-se com pessoas -das
mais variadas denominações cristãs, em especial aquelas pessoas que provêm de
seitas de pensamentos bastante rígidos.
	
A Bíblia está repleta de profecias e de passagens referentes a Bahá’u’lláh e
algumas destas profecias devem, inclusive, ser memorizadas pelo instrutor. Para
um maior estudo sobre o cumprimento destas profecias o instrutor deverá ler,
individualmente, o livro da querida Mão da Causa de Deus William Sears, “Ladrão
na Noite”. À medida que você for lendo o livro pode aproveitar e ir marcando na sua
Bíblia as passagens mais importantes.
	
Sobre os assuntos cristãos, você poderá ler e estudar o livro “O Esplendor da
Verdade” que contém textos de’ Abdu’l-Bahá sobre os mais variados temas cristãos.
O livro “Bahá’u’lláh e a Nova Era” também contém passagens referentes a temas
cristãos. Outra sugestão seria o livro “As Profecias de Jesus”.
Céu e Inferno
	
Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá não tomam em seu sentido literal, e sim consideram
como simbólicas as descrições do céu e do inferno encontrados em algumas das
mais antigas escrituras religiosas, como por exemplo, a história bíblica da criação.
Ensinam que o céu é o estado da perfeição e o inferno o da imperfeição; céu é a
harmonia com a Vontade de Deus e com os nossos semelhantes, e inferno é a falta
desta harmonia; céu é a condição da vida espiritual e inferno a da morte espiritual.
Enquanto, ainda no corpo físico, pode estar um homem no céu ou no inferno. As
alegrias do céu são alegrias espirituais e as penas do inferno consistem na privação
destas alegrias.
	
Diz ‘Abdu’l-Bahá:
“Quando os homens; graças à luz da fé, se libertam da escuridão de taiS’ vícios
e se tomam iluminados com o esplendor do Sol da Realidade e enobrecidos
por todas as virtudes, nisto veem sua maior recompensa - nisto reconhecem
o verdadeiro paraíso. Da mesma maneira, consideram que a punição espiritual... consiste em estar sujeito ao mundo da natureza, em ser privado de
Deus, e ser brutal e ignorante, dominado pela luxúria, absorvido pela fraqueza
animal, caracterizado por qualidades sombrias... tudo isto constitui a mais

[37]
Manual do Instrutor
severa punição, a maior tortura.”
O Dia do Juízo Final
	
Cristo nas Suas parábolas falou muito sobre o grande Dia do Juízo quando
“o Filho do Homem virá na Glória do Pai... e... renderá a cada um, segundo as suas
obras.” (Mat. XVI, 27). Ele compara este Dia ao tempo da colheita, quando o joio é
queimado e o trigo é ajuntado em celeiros: “Assim será na consumação deste mundo
(deste ciclo). Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino
todos os escândalos, e os que cometem iniquidade; e lança-los-ão na fornalha de
fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o
sol no reino do seu Pai.” (Mat. XIII, 40-43)
	
A frase “fim do mundo” usada na Versão Autorizada da Bíblia nesta passagem e em outras semelhantes, tem levado muitos à suposição de que, ao chegar o
Dia do Juízo, a Terra será repentinamente destemida, mas isto é um erro evidente.
A verdadeira tradução da frase parece ser “a consumação ou fim do ciclo.” Cristo
ensina que o Reino do Pai será estabelecido na Terra bem como no céu... A Terra
não será destruída, e sim renovada e regenerada...O Dia do Juízo do qual Cristo
falou é evidentemente o mesmo da vinda do Senhor dos Exércitos, ou seja do Pai...
	
Segundo a interpretação bahá’í, a vinda de cada Manifestante de Deus é um
Dia de Juízo, mas a vinda do Manifestante Supremo, Bahá’u’lláh, é o grande Dia do
Juízo para o ciclo mundial em que vivemos.
A Ressurreição
	
O Dia do Juízo é também o Dia da Ressurreição. Bahá’u’lláh escreve:
	
“Pelos termos “vida” e “morte” mencionados nas Escrituras, entende-se a vida
da fé e a morte que é a descrença. O povo em geral, não podendo compreender a
significação destas palavras, rejeitou e desprezou a pessoa do Manifestante, privouse da luz da Sua divina guia, e recusou seguir o exemplo daquela Beleza imortal...
	
Em cada era e século, os Profetas de Deus e Seus eleitos não tiveram outro
objetivo senão o de afirmar a significação espiritual dos termos “vida”, “ressurreição”
e “juízo”... Fosses tu atingir uma simples gota de orvalho das águas cristalinas da
Sabedoria Divina, facilmente compreenderias que a verdadeira vida não é comum
aos homens e animais, ao passo que a vida do espírito é possuída somente pelos
puros de coração, por aqueles que tenham sorvido do oceano da fé e participado
do fruto da certeza. Essa vida não conhece a morte, e essa existência é coroada
pela imortalidade.
Assim como se disse: “Quem é um crente verdadeiro, vive neste mundo e no

[38]
Manual do instrutor
vindouro.” Se por “vida” se entende esta vida terrena, evidentemente, a morte há
de alcançá-la.”
Bem e Mal
	
“Quanto a tua observação de haver ‘Abdu’l-Bahá dito a alguns dos amigos
que não existe o mal, que é uma coisa inexistente, isso é uma verdade, desde que
o maior mal para o homem é desviar-se e interpor um véu entre ele e a verdade. O
erro é a falta de orientação; a escuridão é a ausência de luz; a ignorância é a falta do
saber; a falsidade é a ausência da verdade; a cegueira é a falta da vista; e a surdez
é a falta da audição. Por conseguinte, o erro, a cegueira, a surdez e a ignorância
são coisas inexistentes.”
Milagres
	
“Os Santos Manifestantes são fontes de milagres, autores de prodígios. Para
Eles a coisa mais difícil e impraticável toma-se possível e fácil...
	
Os Livros Sagrados usam, porém, uma terminologia especial, e nenhuma
importância é dada a esses milagres e prodígios pelos próprios Manifestantes; nem
sequer desejam Eles mencioná-los... Milagres, pois, não constituem provas. Embora
o possam ser para aqueles que os assistem, não o são para os ausentes.
	
Mas no tempo do Manifestante, quem possui a visão interior percebe milagres
em todas as Suas condições, pois são superiores às de outrem, sendo isto em si um
milagre absoluto. Lembremo-nos de que Cristo, solitário e sozinho, sem ninguém
que O amparasse ou protegesse, sem exército nem legiões, vítima da mais severa
opressão, levantou o estandarte de Deus ante todos os povos do mundo, resistindolhes e, finalmente, conquistando a todos, embora Seu corpo fosse crucificado. Eis
um verdadeiro milagre que jamais poderemos negar. Outra prova da verdade de
Cristo é desnecessária.”
‘Abdu’l-Bahá

[39]
Manual do Instrutor
8
Analogias e Metáforas
	
Para seguirmos o exemplo de nosso amado ‘Abdu’l-Bahá, poderemos estudar
as principais analogias e metáforas encontradas nos Ensinamentos Bahá’ís. Estas
analogias e metáforas serão de imensa utilidade quando estivermos ensinando a Fé:
são simples de se mencionar e fáceis de se entender, embora abordem, na maioria
das vezes, temas complexos ou verdades espirituais profundas.
	
As metáforas e analogias facilitam o entendimento de verdades espirituais
profundas e complexas e foram largamente utilizadas pelos Profetas de Deus em
todos os tempos. Bahá’u’lláh, o Báb e Abdu’l-Bahá revelaram centenas de analogias
e metáforas.
	
Dentre as mais conhecidas na Fé Bahá’í, destacamos as seguintes:
1. Deus = o sol - Manifestantes = espelhos a refletir a luz do sol para a
humanidade inteira
	
Com esta analogia, citada originalmente no Kitáb-i-Íqán (O Livro da Certeza),
Bahá’u’lláh nos ensina a progressividade da religião. Os Manifestantes refletem a
luz, o esplendor e o calor que emana do Sol e embora sem ser o Sol, transmite suas
características e dádivas.
2. A religião e a ciência = Asas de um mesmo pássaro
	
Com esta analogia, aprendemos que tanto a religião quanto a ciência devem
trabalhar em harmonia pois sem este equilíbrio essencial o pássaro da humanidade
não pode alçar voo. Uma analogia muito utilizada para explicar o princípio da harmonia
entre a religião, a ciência e a razão.
3. O homem e a mulher = Asas de um mesmo pássaro
	
É uma variação da analogia anterior significando que a raça humana, tal
qual um pássaro somente poderá voar se houver o equilíbrio entre as duas asas.
Uma analogia muito utilizada para explicar o princípio da igualdade de direitos entre
homens e mulheres.
4. A humanidade = Folhas e ramos de uma mesma árvore, gotas de um mesmo
mar, estrelas de um mesmo céu.
	
Talvez uma das analogias mais conhecidas dos ensinamentos bahá’ís, ela
reflete o princípio central da Mensagem de Deus para nossos dias: a Unidade do
Gênero Humano. Devemos ser unidos como o são as folhas e o ramo de uma mesma

[40]
Manual do instrutor
árvore, as estrelas em um céu, as gotas em um mar.
5. O homem (e a mulher) = Mina rica em jóias de inestimável valor. A educação
= Instrumento para a “exploração” da mina.
	
Demonstra que temos, potencialmente, dentro de cada um de nós o toque
da divindade, os atributos e virtudes divinas e que somente através da adequada
educação poderemos nos desenvolver. É como um diamante ou outro mineral nas
profundidades da mina, sem o trabalho de exploração e depois de lapidação, não
poderá vir a se tomar uma jóia preciosa.
6. Coração humano = templo para a descida de Deus
	
Demonstra que o lar de Deus é o coração de Suas criaturas. Mas, para
que Ele ali se manifeste é necessário purificá-lo e santificá-lo. Decorrente de uma
das belas Palavras Ocultas de Bahá’u’lláh, também é referida para explicar que a
espiritualidade, os serviços devocionais (orações e meditações) não necessitam de
um lugar físico, uma Igreja ou Catedral para ser experimentada.
7. A Terra = Um só país. A Humanidade = Cidadãos desse país
	
Decorrente de uma das sentenças mais conhecidas de Bahá’u’lláh em todo
o mundo, esta analogia demonstra claramente que nosso amor pela humanidade
como um todo deve ser ilimitado, muito além das distinções de nacionalidades e
das fronteiras geográficas que formam os mapas. Demonstra também que todos na
Terra são como os “cidadãos de um mesmo país”.
8. Ferro frio e opaco = o ser humano material. Ferro aquecido e incandescente
= o ser humano espiritual
	
Decorrente de uma maravilhosa explicação de ‘Abdu’l-Bahá sobre o mistério
do sacrifício, esta analogia demonstra que o nosso progresso espiritual depende de
auto-sacrifício e renúncia. Do grau em que estivermos dispostos a sacrificar nosso
ego, nossos desejos maus e corruptos em favor de uma vida espiritual plena e feliz.
	
Assim, se o ferro não aceitar ser aquecido pelo calor da fornalha, renunciando
então às suas qualidades (solidez, frieza, opacidade) não adquirirá as novas e mais
preciosas qualidades (flexibilidade, o calor, o brilho).
9. Prisão = o ego. O ser humano = prisioneiro que anseia pela liberdade
	
Esta analogia remonta a uma visita no início do século que , Abdu’l-Bahá fez
a uma prisão na Inglaterra e que então escreveu no livro de visitas do presídio: “A

[41]
Manual do Instrutor
única prisão é a prisão do ego, quando o homem se libertar desta prisão, alcançará
então a verdadeira liberdade.” Demonstra que nosso ego nos mantêm prisioneiros
do mundo material, impedindo então a aquisição das virtudes espirituais.
10. Oceano = Palavras de Deus. Ser Humano = Mergulhador no Oceano
	
Decorrente de um versículo revelado por Bahá’u’lláh no Kitáb-i-Aqdas, esta
analogia demonstra que a não ser que mergulhemos no Oceano das Palavras Divinas,
ficaremos privados de contemplar “as pérolas de sabedoria que jazem ocultas em
suas profundezas”. Em outras palavras, se não lermos e meditarmos sobre o que
Deus revelou seremos como um banhista que anda apenas pela areia do mar, sem
aventurar-se a nele ingressar.
11. Ímã = Língua bondosa. Pão do Espírito = Língua bondosa
	
Demonstra que a espiritualidade depende de termos uma língua bondosa, pois
ela “veste as palavras de significados, é a fonte de luz da sabedoria e compreensão”.
A língua foi feita para mencionar a Deus e não para a maledicência, a difamação, a
fofoca e a calúnia.
	
Quando falamos palavras bondosas atraímos os corações tal qual um magneto
atrai um metal.
12. Luz da Unidade = Ilumina a terra inteira
	
Decorrente da sentença de Bahá’u’lláh de que a luz da unidade é tão poderosa
que pode iluminar a Terra inteira”, vemos a demonstração da luz como a Unidade,
o princípio central da Mensagem de Bahá’u’lláh.
13. Árvore = Ser Humano. Frutos = Ações Humanas
	
Demonstra que somos o que praticamos. Se somos bons nossas ações o
dirão, (assim como um homem feio, por mais que diga que é bonito, não poderá
enganar a ninguém). Devemos ser conhecidos pelos nossos atos e não pelas nossas
bonitas palavras.
14. Água = Oração
	
Decorrente de uma sentença de ‘Abdu’l-Bahá de que “a oração é a Água da
Vida”. Demonstra que assim como uma plantinha necessita receber água para seu
crescimento o desenvolvimento espiritual do ser humano depende de seu espírito
receber a luz da oração, a comunhão e contato com o Bem-Amado.

[42]
Manual do instrutor
15. Terra = Humildade
	
Bahá’u’lláh ensina que devemos aprender a humildade com a terra: dela
recebemos riqueza e progresso, retiramos nossos alimentos, construímos nossas
casas e, no entanto, não nos sentimos envergonhados em pisoteá-la.
16. Jardim = Coração Humano. Planta = Amor
	
Decorrente de uma bela Palavra Oculta de Bahá’u’lláh de que “no jardim do
teu coração nada plantes salvo a rosado amor”, nesta analogia entendemos que o
coração, o sentimento, a emoção humana é fundamentada no amor.
17. Espelho = Coração Puro. Polimento = Amor e Desprendimento
	
Demonstra que a não ser que limpemos nossos corações com o polimento
do amor e do desprendimento não poderemos, como um espelho limpo, refletir em
nosso ser interior, espiritual, o brilho emanado do Sol da Realidade, Deus.
18. Corpo e Alma = Raça Humana
	
Bahá’u’lláh ensina que “a raça humana deve ser como um só corpo e uma
só alma”. Assim, entendemos que o sofrimento da parte é o sofrimento do todo e a
alegria da parte é a alegria do todo. Se nosso braço sofre, todo o corpo sofre.
19. Sangue = Contribuição aos fundos
	
Decorrente da frase de nosso amado Guardião, Shoghi Effendi de que “os
fundos são o sangue vital da Causa”. Demonstra que, como nosso corpo necessita
de sangue nas veias, correndo incessantemente, assim também o corpo da Causa
de Deus necessita de recursos materiais para progredir e se desenvolver.
20. Ponto = Conhecimento. Multiplicidade de pontos = Ignorância
	
Decorrente de uma sentença de Bahá’u’lláh de que “todo o conhecimento é
um ponto, os ignorantes o multiplicaram”. Demonstra que a Verdade é uma só mas
aqueles destituídos de conhecimento criaram suas “verdades”. Demonstra ainda a
força da unidade. Está conectado com o título do abençoado Báb: O Ponto Primordial.
21. Escola = Religião. Diretor = Deus. Professores = Mensageiros de Deus.
Alunos = Humanidade
	
Demonstra a progressividade religiosa, bem como as três unidades essenciais:
a Unidade de Deus, a Unidade da Religião e a Unidade da Humanidade. Demonstra
ainda que não devemos fazer distinções entre os Educadores Divinos, que Eles

[43]
Manual do Instrutor
vêm nos ensinar a todos igualmente e que é necessário a humanidade passar por
todos os graus da Escola para chegar à conclusão do curso. Assim, o educador da
terceira série não é menos importante e essencial que o educador da oitava série e
assim por diante.
22. Primavera = Vinda de um Mensageiro
	
Bahá’u’lláh chama de “Primavera Divina” a época em que Deus envia Sua
Manifestação. Demonstra que é um tempo, uma época especial: cores e fragrâncias,
ordem e beleza, que simbolizando a chegada da primavera, associam-se à
proximidade da primavera celestial.
23. Rosa negra = Criança negra
	
É decorrente da observação de ‘Abdu’l-Bahá, enquanto visitava a Missão
Bowery, um orfanato em New York, quando dirigindo-Se a uma criança de cor
negra disse: “Você é tão preciosa quanto uma bela rosa negra!” Demonstra que
não devemos ter qualquer espécie de preconceito, seja racial, cor, classe, credo,
nacionalidade.
Demonstra também que devemos sempre procurar em cada pessoa as qualidades,
as virtudes.
24. Humanidade = Jardim Multicolorido
	
Decorrente da sentença de Bahá’u’lláh de que “somos as flores coloridas de um
imenso jardim”, encontramos nesta analogia o princípio da unidade na diversidade.
Ou seja, quanto mais diferentes somos uns dos outros mais belo se torna o jardim
da humanidade.
	
O contrário seria a monotonia e a tristeza: um jardim com flores de uma única
espécie seria uma humanidade com pessoas da mesma raça, cor, credo, classe,
nacionalidade.

[44]
Manual do instrutor
9
A Finalidade da Administração Bahá’í
	“O Senhor ordenou que em cada cidade fosse estabelecida uma Casa
de Justiça onde se reunissem consultores em número de Bahá (9)
...Compete-lhes serem os fidedignos do Misericordioso entre os homens
e considerarem-se a si próprios guardiões designados por Deus para
todos os que habitam na terra.”
Bahá’u’lláh
ASPECTOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO BAHÁ’Í
1. A Administração Bahá’í é a organização através da qual os bahá’ís realizam o
trabalho da Fé em todo o mundo.
2. O Espírito Santo da Causa Bahá’í é comparável à alma do homem e a Administração
ao seu corpo físico. Um sem o outro seria incompleto.
3. O propósito real da Administração Bahá’í é ajudar os crentes a levarem a
Mensagem e o Amor de Bahá’u’lláh a todos os homens.
	
“A responsabilidade pelo ensino, individual ou coletivamente, foi revelada
e repetida muitas vezes pelo Báb, por Bahá’u’lláh e por ‘Abdu’l-Bahá. Promessas
de auxílio divino e graças espirituais para todos aqueles que se levantarem “para
promover a Causa de Deus” constituem algumas das mais inspiradas e impressivas
passagens das Escrituras Sagradas.” Shoghi Effendi
4. A Administração Bahá’í procede de Deus e por isso é divina. É diferente de qualquer
outro sistema no mundo, criado pelo homem.
5. Os princípios da Administração Bahá’í foram estabelecidos pelo próprio Bahá’u’lláh,
no Seu Livro Mais Sagrado, Kitáb-i-Aqdas.
“Bahá’u’lláh, em Seu Livro Kitáb-i-Aqdas , e mais tarde, ‘Abdu’l-Bahá em
Sua Vontade e Testamento - um documento que confirma, suplementa
e correlaciona as previsões do Kitáb-i-Aqdas – estabeleceram em sua
totalidade os elementos essenciais para constituição da Comunidade
Bahá’í”
Shoghi Effendi

[45]
Manual do Instrutor
	
6. Bahá’u’lláh aboliu a instituição sacerdotal, para que ninguém se aproveite
da religião para servir aos seus próprios interesses e aos desejos mundanos.
	
7. Todo bahá’í deve orar por si mesmo e não pagar a outra pessoa para orar
por ele, como é feito em muitas outras religiões.
	
8. O bahá’í pede a graça de Deus e o perdão para si mesmo, e não precisa
de um sacerdote para fazer isso por ele - através de rituais e cerimônias criados
pelo próprio homem.
	
9. Todo bahá’í pode estabelecer contato com Deus através de Seu Manifestante
e nenhum intermediário é preciso para fazermos contato com Bahá’u’lláh.
	
10. Bahá’u’lláh determinou que cada um de nós deve buscar a verdade por
si mesmo, a fim que possamos ver com nossos próprios olhos e não com os olhos
dos outros, e ouvir com nossos próprios ouvidos e entender com a nossa própria
inteligência,
11. Ninguém tem o direito de interpretar os ensinamentos e as escrituras de Bahá’u’lláh.
Esta oportunidade foi dada apenas a , Abdu’l-Bahá pelo próprio Bahá’u’lláh, e depois
de ‘Abdu’l-Bahá somente a Shoghi Effendi foi dado o direito de interpretação.
“...O caráter distintivo da Revelação Bahá’í não consiste unicamente
na validade inquestionável e integridade da Dispensação, a qual
os ensinamentos de Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá estabeleceram. A
sua excelência no fato de que aqueles elementos que foram, nas
Dispensações passadas, sem a mínima autoridade de seus fundadores,
a fonte de corrupção e de incalculável dano à Fé de Deus, foram
estritamente excluídos através dos textos claros das Escrituras de
Bahá’u’lláh.”
Shoghi Effendi
	
12. Em vez de ter sacerdotes para tratar dos assuntos religiosos na comunidade,
Bahá’u’lláh estabeleceu a base de um maravilhoso sistema de Administração, através
do qual todos nós podemos trabalhar juntos para o progresso da Fé e pelo bem-estar
espiritual da comunidade. A Administração Bahá’í como todos os outros ensinamentos
de Bahá’u’lláh, é divina em sua origem.

[46]
Manual do instrutor

“... Bahá’u’lláh... não somente imbuiu a humanidade com um espírito
novo e regenerador. Ele não somente enunciou certos princípios
universais, ou propôs uma filosofia particular, não importa quão
potente, sadia e universal eles possam ser. Além destes, Ele, bem
como ‘Abdu’l-Bahá depois dEle diferentemente das dispensações
do passado, clara e especificamente delineou um conjunto de Leis,
estabeleceu instituições definidas e estipulou a essência da Economia
Divina. Estas são destinadas a ser um padrão para a sociedade futura,
um instrumento supremo para o estabelecimento da Máxima Paz e
o agente singular para a unificação do mundo, e a proclamação do
reino de retidão e justiça na terra. Eles não somente revelaram todas
as diretrizes necessárias para a realização prática daqueles ideais,
os quais os Profetas de Deus visualizaram e os quais desde tempos
imemoriais infamaram a imaginação dos místicos e poetas em cada
época. Por meio de uma linguagem enfática e inequívoca, eles também
designaram aquelas instituições gêmeas da Casa de Justiça e da
Guardiania como seus sucessores escolhidos destinados a aplicar
os princípios, promulgar as leis, proteger as instituições, adaptar leis
e inteligentemente a Fé aos requisitos da sociedade progressiva e
consumar a herança incorruptível, a qual os Fundadores da Fé legaram
ao mundo.” Shoghi Effendi
	
13. A Administração Bahá’í opera em quatro graus: LOCAL, REGIONAL,
NACIONAL e INTERNACIONAL.

[47]
Manual do Instrutor
10
Padrão de Vida Bahá’í
	
A. O instrutor deve estar sempre atento em demonstrar em sua vida aqueles
atributos espirituais prescritos por Bahá’u’lláh a Seus seguidores.
	
Sendo assim, citamos nove características básicas que o instrutor deve buscar
personificar:
· Ser veraz
· Ser honesto
· Ser asseado e limpo
· Ser cortês
· Ser humilde
· Ser digno de confiança
· Ser radiante (bem-humorado)
· Ser respeitoso
· Falar com dignidade
· Manter sagrada a palavra
· Ser responsável
	
B. A importância da Hospitalidade Este é um ponto muito importante na vida
de um instrutor.
	
A hospitalidade deve ser sua característica principal, principalmente se estiver
hospedado em uma Sede Bahá’í ou na residência de um Bahá’í.
	
Além da boa conduta que o Instrutor deve ter, necessário se faz que ele tenha
tato e habilidade no relacionamento com seus anfitriões. Alguns conselhos práticos
a serem observados:
	
- Ao ficar hospedado em um lar bahá’í esteja atento para os horários da
residência em que está hospedado: que horas acordam, almoçam, jantam e se
recolhem.
	
- O instrutor não deve ter nenhum pretexto para não cumprir os horários da
residência em que está hospedado. Caso não possa cumpri-los, em um determinado
dia ou tenha que se atrasar, informe seus anfitriões com antecedência.

[48]
Manual do instrutor
	
- Não deve, sob hipótese-alguma, se intrometer em assuntos internos da
família, evitando assim futuros constrangimentos e mal-entendidos que, de resto,
prejudicariam o sucesso de suas atividades na cidade.
	
- Não deve perturbar a tranquilidade e a segurança do lar: utilizando rádios,
walkman ou aparelho de TV em alto volume ou em hora imprópria.
	
- Deve sempre manter seu quarto asseado e arrumado, a cama feita, o
banheiro limpo após o uso.
	
- Deve sempre lavar suas roupas ou buscar meios para a lavagem de suas
roupas de forma a não incomodar os anfitriões.
	
- Deve ser sempre prestativo: se oferecer, quando vir que é necessário, para
ajudar a colocar a mesa ou lavar os pratos após as refeições, ou outros pequenos
serviços domésticos.
	
- Não andes pela residência com roupas de dormir ou trajes sumários.
	
	
- Utilize telefone somente após autorização, principalmente se for uma ligação
interurbana.
	
	
- Não trazer ninguém estranho ou sem o convite dos seus anfitriões.
	
	
- Evite críticas aos hábitos de alguma pessoa da família que lhe hospeda.
C. O instrutor deve evitar a todo custo:
· Maledicência
. Malícia
· Envolver-se em assuntos internos da Comunidade onde está ensinando
· Desobedecer as Instituições da Fé ou mesmo criticá-las, sem antes haver
consultado sobre o objeto da crítica com a própria Instituição.
. Qualquer procedimento que crie desunião e desavença.
Outras Exortações
01) Associar-se fraternalmente com seguidores de todas as religiões.
02) Honrar os pais.
03) Não desejar para outros o que não desejamos para nós mesmos.

[49]
Manual do Instrutor
04) Ensinar e propagar a Fé depois da Ascensão de Seu Fundador.
05) Ajudar aqueles que se levantam a promover a Fé.
06) Não desviar-se dos Escritos e não ser enganado por aqueles que se desviaram.
07) Referir-se aos Escritos Sagrados quando surgirem diferenças.
08) Imergir-se no estudo dos Ensinamentos.
09) Não seguir as vãs fantasias e imaginações.
10) Recitar os versos sagrados de manhã e de noite.
11) Recitar a Oração Obrigatória
12) Recitar os versos sagrados melodiosamente.
13) Ensinar seus filhos a cantar os versos sagrados no Mashriqu’l-Adhkár.
14) Estudar tais artes e ciências que beneficiam a humanidade.
15) Consultar juntos.
16) Não ser indulgente em cumprir os estatutos de Deus.
17) Arrepender-se dos pecados perante Deus.
18) Distinguir-se através de boas ações.
a) ser veraz
b) ser fidedigno
c) ser fiel
d) ser reto e temer a Deus.
e) ser justo e equânime
f) ser sábio e ter tato
g) ser cortês
h) ser hospitaleiro
i) ser perseverante
j) ser desprendido
k) ser absolutamente submisso à Vontade de Deus
i) não provocar maldades
m) não ser hipócrita
n) não ser orgulhoso
o) não ser fanático
p) não se preferir em lugar do próxImo
q) não entrar em contenda com o próximo
r) não ser indulgente com suas próprias paixões
s) não se lamentar nas adversidades
t) não disputar com aqueles em autoridade
u) não perder a paciência
v) não enraivecer o próximo

[50]
Manual do instrutor

19) Estar firmemente em união com todos
20) Consultar médicos competentes quando doente
21) Responder aos convites
22) Estudar línguas para a propagação da Fé.
23) Adiantar o desenvolvimento de cidades e países para a glorificação da Fé.
24) Ser a essência da limpeza:
- perfumar-se
- banhar-se em água limpa
- cortar as unhas
- lavar as coisas sujas em água limpa
- ser imaculado no vestir-se

[51]
Manual do Instrutor
11
Para Meditar e Refletir
Amor:
	 A Palavra de Deus ateou fogo no coração do mundo; como será deplorável
“
se deixardes de vos inflamar com sua chama!”
	 Que tua alma se incandesça com a chama deste Fogo imorredouro que está
“
aceso no âmago do coração do mundo, de tal modo que as águas do universo
sejam impotentes para lhe esfriar o ardor.”
	 Deixai arder dentro de vossos corações a chama da busca, com tal veemência
“
que vos capacite a atingir vossa suprema e excelsa meta - a condição em
que vos possais aproximar de vosso Mais-Amado e com Ele vos unir...”
	 Que flama do amor de Deus arda intensamente dentro de vossos corações
“
radiantes. Alimentai-a com o óleo da guia Divina e protegei-a no abrigo de
vossa constância.”
	 Para cada um de vós o dever de suma importância é escolher para si aquilo
“
que nenhum outro possa infringir nem usurpar. Tal coisa - e disso o Onipotente
é Minha testemunha - é o amor de Deus, pudésseis vós apenas o perceber.”
Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh - p. 197,35,201,202 e 165
	 No mundo existente, não há ímã mais poderoso do que o do amor.”
“
	 Se os corações dos homens se privarem da Graça Divina - o Amor de Deus
“
- estarão vagando no deserto da ignorância, descendo às profundezas da
ruína e caindo no abismo do desespero, onde não há refúgio. Serão como
insetos, vivendo no mais baixo plano.”
‘Abdu’l-Bahá. Padrão de Vida Bahá’í - p. 70
	 Unidade é amor. Não se pode estabelecê-la sem amor. Portanto esforça-vos
“
o mais possível a estar repletos de amor. O amor é vida perpétua, a mais
perfeita vitalidade...”
	 O amor mais elevado é independente de qualquer vantagem pessoal que
“

[52]
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  • 1. Manual do Instrutor UM TRABALHO PREPARADO PARA ENSINAR A FÉ BAHÁ’Í
  • 2. Manual do Instrutor ©2010 copyright Todos os direitos em português reservados para: EDITORA BAHÁ’Í DO BRASIL Caixa Postal 1085 13800-973 Mogi Mirim SP www.editorabahaibrasil.com.br Preparado pelo Comitê Nacional de Ensino, orgão bahá’í da AEN do Brasil que funcionou de 1961-1999. ISBN: 978-85-320-0222-8 1ª Edição: 1972 publicado sob o nome de Curso para Pioneiros 2ª Edição: 2000 3ª Edição: 2010 Caso for imprimir o livro utilizar papel A4: 210 x 297 mm. [2]
  • 3. Manual do instrutor Índice Apresentação 1- A Visão Bahá’í do Brasil 2- Shoghi Effendi nos ensina a ensinar 3- Promovendo a “Entrada em Tropas” 4- As Pontes: Um Novo Enfoque de Consolidação 5- Como dar a Mensagem 6- Os Princípios Bahá’ís 7- A Bíblia e Outros Temas Místicos 8- Analogias e Metáforas 9- A Finalidade da Administração Bahá’í 10- Padrão de Vida Bahá’í 11- Para Meditar e Refletir 12- Inspira minha alma, ó meu Deus 13- A História de Bahá’u’lláh 14- A História do Báb 15- A História de ‘Abdu ‘l-Bahá 16- Histórias de Mártires: Quddús e Shahíd 17- A Oração na vida de Dorothy Baker 18- Epístola de Proteção 19- Formulário para Planejamento de Projetos de Ensino 20- Como realizar atividades 21- Como falar em público 22- Leituras a serem recomendadas aos contatos 23- Como proceder em visitas a Assembleias Espirituais Locais que necessitam de fortalecimento 24- Como proceder em visitas a Comunidades que Assembleias Espirituais Locais ativas 25- As Eleições Bahá’ís 26- Os Fundos Bahá’ís 27 - A Festa dos Dezenove Dias e o Calendário Bahá’í 28- Como fazer relatórios Endereços úteis para o instrutor Referências [3] 5 6 8 15 27 31 34 37 40 45 48 52 71 95 100 104 106 116 122 123 125 132 135 138 140 141 144 148 151 155 156
  • 4. Manual do Instrutor PELA JUSTIÇA DE DEUS! Se qualquer um abrir os lábios neste Dia e fizer menção do nome de seu Senhor, as hostes da inspiração Divina sobre ele descerão do céu de Meu Nome, o Onisciente, a Suma Sabedoria. Sobre ele haverá de baixar também a Assembleia do Alto, cada um erguendo um cálice de pura luz. Assim foi preordenado no domínio da Revelação de Deus, a mando dAquele que é o Todo-Poderoso, o Potentíssimo. Bahá’u’lláh, SEB, 176 SE VOCÊS AGIREM DE ACORDO com os ensinamentos de Bahá’u’lláh, podem estar certos de que serão auxiliados e confirmados. Em tudo que vocês empreenderem serão vitoriosos, e todos os habitantes da terra não poderão resisti-los. Vocês serão os conquistadores, porque o Espírito Santo é seu concurso... o Próprio Espírito Santo os auxiliará. ‘Abdu’l-Bahá [4]
  • 5. Manual do instrutor Apresentação Bahá’u’lláh, a Manifestação de Deus para nossa época, afirmou que “ajudarMe é ensinar Minha Causa” e, décadas depois desta revelação, Seu bisneto, Shoghi Effendi, o Guardião da Fé Bahá’í confirma que o ensino deveria ser “a paixão dominante da vida” de cada bahá’í. Ao publicarmos o presente Manual do Instrutor, desejamos tomar acessível aos amigos que ensinam orientações práticas sobre como transmitir a Mensagem Bahá’í, realizar aulas para crianças, dar palestras, bem como oferecer amplo material para sua inspiração e reflexão enquanto no campo do ensino, incluindo-se perfis biográficos das Figuras Centrais de nossa amada Causa, história de mártires, seleção de textos comovedores que demonstram claramente o poder influenciador da Palavra de Deus na vida de tantos amigos Bahá’ís, ao longo deste cento e cinquenta anos de sua existência. Considerações específicas são feitas sobre o padrão de vida bahá’í, o processo de entrada em tropas, a aceitação de novos crentes e a elaboração de relatórios. Solicitamos, portanto, a cada instrutor bahá’í que tenha sempre acessível este Manual como fonte de referência, guia e inspiração. Tenhamos sempre em mente estas iluminadas palavras do Abençoado Báb: Mais vale guiar uma só alma ao Caminho de Deus do que possuir todos os tesouros da terra e do céu. Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Brasil [5]
  • 6. Manual do Instrutor 1 Visão Bahá’í do Brasil O Sagrado Nome de Bahá’u’lláh e a radiante Fé com a qual iluminou o mundo são conhecidos e respeitados por grande e crescente parcela da população brasileira atraindo a adesão de multidões dos diversos segmentos da sociedade. A vitalidade da fé do povo de Bahá e a atuação poderosa das Instituições são os meios para a entrada dos novos crentes e o grande desenvolvimento dos recursos humanos e materiais da comunidade. A pujança da Causa de Deus apoiada, defendida e aceita também por líderes do pensamento e pessoas proeminentes ligadas às artes, à música, à ciência e às outras manifestações da cultura nacional atrai a atenção e o interesse espontâneo das instituições da sociedade civil e dos mais destacados veículos de comunicação do país. O sofrimento da sociedade é minorado pela atuação concreta dos servos da Causa e pela criativa aplicação dos princípios, modelos e padrões da Fé dentro da realidade social. Milhares de crianças, adolescentes e jovens atuam como agentes transformadores e vivificadores do povo. A ênfase na educação espiritual e holística através da cooperação com órgãos governamentais e não-governamentais garante a formação de base para a solução e prevenção dos problemas sociais. Os servos de Bahá, exultantes, estão cada vez mais conscientes da elevada posição e sublimes virtudes conferidas a eles pelo Criador. Cada um toma firmemente na mão “a Taça do Testamento... salta e dança com êxtase na procissão triunfante do Convênio!” Humildemente esforçam-se para expressar em todos os aspectos da sua conduta, com convicção e ardor, as leis e ensinamentos redentores de Bahá’u’lláh. A Palavra Sagrada - o Elixir Divino, o Mais Poderoso Talismã entesourada na literatura da Fé, amplamente oferecida, é sorvida pela população sedenta com grande aceitação e merecida fama, influenciando a vida individual e coletiva dos [6]
  • 7. Manual do instrutor povos de língua portuguesa Motivado pelo amor à Fé, sensível às necessidades da Causa e desejoso de ajudar o seu progresso, cada um dos crentes, rico ou pobre, sem exceção, na medida de sua gratidão à Abençoada Beleza oferece alegre, espontânea e regularmente aos fundos uma parcela de seus recursos materiais, em espírito de sacrifício, tomando possível assim, o avanço da Causa. A juventude bahá’í, na vanguarda do avanço vitorioso da Causa, com santidade, heroísmo e capacidade administrativa, mobilizada, realiza inovadoras e grandiosas ações coletivas e individuais de ensino à sua geração. As Instituições Bahá’ís, como sóis, planetas e satélites no firmamento do Convênio, oferecem guia aos crentes e refúgio às multidões, inspirando admiração e respeito de todos. Na esfera internacional, as comunidades bahá’ís latino-americanas inspiram os governos das nações nas Américas a alcançarem o seu glorioso destino assegurado por Bahá’u’lláh. Um movimento vibrante de pioneiros e instrutores na frente externa garante a colaboração do Brasil no crescimento de várias comunidades irmãs no mundo. A comunidade bahá’í, plena da vivência de unidade e harmonia, aberta e arejada, resgatando os valores dos múltiplos grupos étnicos e culturais do país, oferece aconchego e proteção às almas, estimulando-lhes o desabrochar, nutrindo-as e favorecendo-Ihes o crescimento. A guia e o amor que emanam do Centro Mundial da Fé fazem vibrar os corações dos crentes. Em todos os recantos do país, há júbilo, esforço, sacrifício, perseverança, amor, disciplina, firmeza, unidade, fé, alegria e radiância orientadas e inspiradas pelo exemplo eterno, vibrante, sublime e imortal de ‘Abdu’l-Bahá. [7]
  • 8. Manual do Instrutor 2 Shoghi Effendi nos ensina a ensinar Muito já se escreveu sobre o ensino da Causa de Deus. As compilações sobre os ensinamentos bahá’ís também abordam exaustivamente esta missão vital e intransferível de cada seguidor de Bahá’u’lláh. Com o intuito de facilitar o aprofundamento dos bahá’ís que estão tendo o privilégio de dedicar períodos de suas vidas ao ensino da Amada Causa, preparamos um instigante questionário sobre temas relacionados diretamente com o ensino e pesquisamos dentre os textos, documentos e cartas escritas pelo amado Guardião, Shoghi Effendi, quais seriam as respostas possíveis... Assim, com a leitura das questões a seguir enunciadas e a consequente reflexão sobre cada resposta oferecida por Shoghi Effendi, seremos capacitados a sermos melhores instrutores, colhendo maiores vitórias no campo do ensino. 1. Como ‘Abdu’l-Bahá, o Exemplo Perfeito dos Ensinamentos Bahá’ís, o Mestre, ensinava? Com sabedoria e tato no início, alerta e atencioso nos primeiros contatos, mostrando largueza e liberalidade em todos os seus discursos públicos, cauteloso, desdobrando gradativamente as verdades essenciais da Causa, apaixonado em seu apelo, porém, sóbrio em argumento, confiante em tom, inabalável em sua convicção, de infalível dignidade - tais foram as características que distinguiam a nobre apresentação da Causa de Bahá’u’lláh por nosso Amado Mestre. Shoghi Effendi ao alertar um amigo bahá’í: “Devemos ter cuidado para não ensinar de modo fanático..,” “devemos ensinar como o Mestre ensinou. Ele foi o Exemplo perfeito dos Ensinamentos. Proclamou as verdades universais da Fé, atraiu os corações e as mentes.” Shoghi Effendi (“Bahá’í Administration” pp 69-70, pág. 26) 2. Qual a maior distinção para um indivíduo bahá’í? “Levar a luz da guia à alguma alma nova” e explica imediatamente que “o poder vivificador do Espírito Santo que veio ao mundo por intermédio de Bahá’u’lláh, é a fonte de vida imortal, e aqueles que são vivificados por este espírito neste mundo se encontrarão em grande honra e glória no mundo vindouro. O serviço mais meritório que se possa prestar é trazer uma área inteiramente nova à luz da guia divina e ao poder vivificador do espírito...” Shoghi Effendi, 11/03/1956, pág. 52 [8]
  • 9. Manual do instrutor 3. O que os bahá’ís não devem deixar de fazer diariamente? “Nunca devem eles deixar passar um só dia sem que ensinem a alguma alma, confiando em Bahá’u’lláh para fazer a semente brotar... os amigos devem procurar almas puras, ganhar sua confiança e então ensinar àquelas pessoas cuidadosamente, até que se tomem bahá’ís, depois do que devem nutri-Ias até que sejam firmes e ativos defensores da Fé.” Shoghi Effendi, 30/05/1956 pp 51 e 52 4. Por que todos os bahá’ís devem se sentir como instrutores? “Bahá’u’lláh incumbiu os bahá’ís da sagrada obrigação de ensinar... não temos pastores, portanto, o serviço antigamente prestado por eles as suas religiões é o serviço que cada bahá’í tem obrigação de prestar, individualmente, a sua religião. Ele deve ser aquele que esclarece as novas almas e as confirma, curando os feridos e os cansados na estrada da vida e dando-lhes de beber do cálice da vida eterna - o conhecimento da Manifestação de Deus em Seu Dia”. Shoghi Effendi, 05/07/1957, pág. 57 5. O que é um “bom instrutor bahá’í” e um “crente exemplar”? “Nada mais nada menos que um bahá’í comum que se consagrou ao trabalho da Fé, aprofundou seu conhecimento e sua compreensão de seus Ensinamentos, pôs em Bahá’u’lláh sua confiança e se levantou para Lhe servir do melhor modo...” Shoghi Effendi, 21/09/1957, pág. 57 6. Existe alguma maneira especial de ensinar a Causa? “Existem inúmeras maneiras de ensinar a Causa, Podeis escolher aquela que melhor convenha a sua natureza e a vossa capacidade.” Shoghi Effendi, 18/11/1935, pág. 34 7. O que é indispensável para termos sucesso no ensino da Causa? “Um verdadeiro e adequado conhecimento da Causa é, de fato, indispensável para todo aquele que deseja êxito no ensino da Mensagem”. Em outra ocasião, escreveu que “a maneira mais efetiva para os bahá’ís ensinarem a Fé é estabelecer fortes laços de amizade com os vizinhos e conhecidos... quando esses amigos têm confiança nos bahá’ís e estes em seus amigos, devem dar a Mensagem e ensinar a Causa. O ensino individual desse tipo é mais efetivo do que qualquer outro tipo.” Shoghi Effendi, 02/12/1935, pág. 34 [9]
  • 10. Manual do Instrutor 8. Ainda sobre o aprofundamento do instrutor o que mais orientou Shoghi Effendi? Quais os passos práticos para sermos bem-sucedidos no ensino? A secretaria de Shoghi Effendi escreveu em nome dele que “muitas e muitas vezes o amado Guardião dava ênfase ao fato de que o indivíduo, a fim de ensinar a Fé eficazmente, devia estudar a Palavra Divina profundamente, sorver suas águas vivificadoras e regalar-se com Seus gloriosos ensinamentos. Ele deve em seguida meditar no intuito da Palavra e, descobrindo suas profundezas espirituais, orar por guia e ajuda O mais importante, após a oração, é a ação. Depois de ter orado e meditado, deve ele levantar-se, confiando plenamente na guia e confirmação de Bahá’u’lláh, para ensinar Sua Fé, Perseverança em ação é essencial, assim como, a sabedoria e a audácia são necessárias para o ensino eficaz...” Shoghi Effendi, 30/06/1956, pág. 51 e 52 9. Onde obter o “necessário conhecimento e compreensão” para o ensino da Causa? “O livro Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh fornece aos amigos uma esplêndida oportunidade para adquirir o necessário conhecimento e compreensão. Oferece-lhes, além disso, aquela inspiração e aquele fervor espiritual que tão somente a leitura das Palavras Sagradas pode oferecer.” 10. O que o Guardião considera vital para os amigos fazerem? “Ensinar a Causa diretamente através das Palavras Sagradas.” Shoghi Effendi, 06/05/1936, pág. 34 11. A personalidade do instrutor ou mesmo o método do instrutor têm influência no ensino da Causa? “No ensino da Causa, muito depende da personalidade do instrutor e do método por ele escolhido para apresentar a Mensagem. Personalidades diferentes e diversos tipos e classes de indivíduos exigem diferentes métodos de apresentação. E é sinal de capacidade do instrutor saber como melhor adaptar seus métodos aos vários tipos de pessoas que ele, por acaso, encontrar.” Shoghi Effendi, 31/05/1934, pág. 34 12. E quando o instrutor se levanta e se sente incapaz de ensinar? “O simples ato de se levantar, haverá de lhe assegurar a ajuda e as bênçãos de Deus.” Em outra ocasião, ele disse que se o indivíduo esperasse até estar [10]
  • 11. Manual do instrutor “completamente qualificado para cumprir alguma tarefa especial” então o trabalho da Causa estaria quase paralisado! Shoghi Effendi, 31/03/1932, pág. 33 13. Qual o segredo do sucesso de um instrutor? “Uma completa e abnegada devoção é o que mais se necessita... quanto maior a intensidade com que nossa tocha arde, mais luz ela emitirá e mais facilmente haverá de transmitir aos outros sua chama.” O Guardião acrescenta ainda que o instrutor “deve ser a personificação da confiança” e que “nisto está a força e o segredo de seu sucesso”. O Guardião ainda orienta que “embora estejais só, e por maior que seja a apatia do povo ao seu redor, deve acreditar que as hostes do reino estão do seu lado e, com seu auxílio, haverá de vencer as forças das trevas com as quais a Causa de Deus se defronta”. O Guardião também afirmou que “espírito, determinação, fé e devoção é que produzem vitórias sucessivas...” e que “quando Nele pomos nossa confiança, Bahá’u’lláh resolve nossos problemas e abre o caminho.” “Consagração, dedicação e serviço entusiástico é a nota-chave para o ensino bem sucedido... deve-se tomar assim como um veículo, através do qual o Espírito Santo desce até alcançar aquele que estuda a Fé”. Shoghi Effendi, carta de 12/10/1949 e pág 41 e 43 14. Quem ensina e quem confirma uma alma na Fé? “Nós damos a Mensagem e explicamos os Ensinamentos, mas é o Espírito Santo que vivifica e confirma.” “Todos devem se lembrar de que é o Espírito Santo que vivifica e, portanto, quem ensina deve ser como o junco (bambu) através do qual o Espírito Santo possa alcançar a alma que busca.” Shoghi Effendi também escreveu que “0 Mestre nos assegurou que quando esquecemos de nós mesmos e nos esforçamos com todas as nossas forças para servir e ensinar a Fé, recebemos ajuda divina... não somos nós que fazemos o trabalho, mas somos os instrumentos usados na ocasião para o fim de ensinar a Causa...” Shoghi Effendi, 19/12/1953, pág. 47 15. Existe algum público-alvo especial para ouvir a Mensagem de Bahá’u’lláh? “A Causa de Deus tem lugar para todos. Em verdade não seria a Causa de Deus, se não admitisse e desse boas-vindas a cada um pobres e ricos, educados e ignorantes, desconhecidos e eminentes Deus quer todos, certamente, desde que a todos Ele criou.” Shoghi Effendi, 25/01/1943, pág. 38 [11]
  • 12. Manual do Instrutor 16. Existe algum meio para atrair os corações para a Causa? “Através do exemplo, da amorosa associação, prece e bondade, os amigos podem atrair os corações de tais pessoas e fazê-las compreender que esta é a Causa de Deus em ação e não apenas em palavras!” Shoghi Effendi, 24/02/1943, pág. 38 17. Mas não existem instrutores mais capazes e qualificados do que outros? “Nem todos nós temos capacidade pára servir da mesma maneira, mas há um modo de difundir a Fé que está ao alcance de todo bahá’í: é pelo exemplo” e afirma ainda mais que “isto comove os corações mais profundamente do que jamais podem as palavras fazer.” Shoghi Effendi orienta que “em todos os tempos devemos olhar para a grandeza da Causa e nos lembrar que Bahá’u’lláh ajudará a todos aqueles que se levantarem em Seu serviço... ao olharmos para nós próprios, sentimo-nos certamente desanimados por causa de nossas faltas e por sermos tão insignificantes!” “O sucesso no ensino depende de muitos fatores, um dos quais consiste em desenvolvermos um modo de vida verdadeiramente bahá’í e em cumprirmos as responsabilidades das quais nos temos incumbido.” Shoghi Effendi, 14/10/1943, pág. 39 18. Em uma época tão cheia de publicidade, qual seria a melhor propaganda para a Causa? “O amor que mostramos para os outros, a hospitalidade e compreensão, o desejo de ajudá-los - tudo isso é a melhor propaganda da Fé.” Shoghi Effendi, 14/10/1943, pág. 39 19. Com todo esse materialismo à nossa volta, é como se o povo estivesse adormecido, o que os faria abrir os olhos para a Fé? “Um espírito fraternal, livre de preconceito, amoroso, em suas relações com os outros - mais do que quaisquer palavras, abrirá os olhos das pessoas e dessa maneira facilmente ensinareis a Fé.” Shoghi Effendi, 18/06/1945, Pág., 39 20. E quando vamos ensinar a pessoas cultas, o que precisamos conhecer? “Um sólido conhecimento da história, inclusive a história religiosa, e também de assuntos sociais e econômicos, facilita muito o ensino da Causa a pessoas cultas.” Em outra ocasião, Shoghi Effendi orienta que “se os bahá’ís querem ser realmente [12]
  • 13. Manual do instrutor eficazes no ensino da Causa, precisam estar muito melhor informados e saber falar inteligente e intelectualmente sobre a condição atual do mundo e seus problemas... nós, bahá’ís, devemos, em outras palavras, munir nossas mentes de conhecimento, a fim de podermos demonstrar melhor - às classes cultas, em especial- as verdades entesouradas em nossa Fé.” Shoghi Effendi, 04/0511946, pág. 46 e 05/0711949, pág. 42 21. Podemos deixar folhetos e livros bahá’ís em lugares públicos, acessíveis à população? “Não há inconveniente em deixar literatura bahá’í em um lugar público, contanto que não seja exagerado e não dê impressão de proselitismo.” Shoghi Effendi, 22112/1947, pág. 41 22. Todas as pessoas, vamos dizer, estão prontas para a Causa? “Nunca devemos insistir em ensinar àqueles que não estão realmente prontos para a Causa” e exemplifica que “se um homem não tem fome, não se pode fazê-lo comer”. Shoghi Effendi, 23/06/1948, pág. 41 23. Como devemos tratar temas como reencarnação e outros temas controversos no ensino, tais como aborto, homossexualismo e drogas? “Uma vez que aquele que busca venha a aceitar o conceito de religião progressiva, e a reconhecer Bahá’u’lláh, este conceito de reencarnação se esvairá na luz da verdade...”; e mais adiante é enfático “...devemos nos esforçar para evitar questões controversas de início, se possível.” Shoghi Effendi. 23/06/1948, pág. 41 24. O que é necessário para que a Causa alcance um grande número de pessoas? “Sem o verdadeiro amor por Bahá’u’lláh, por sua Fé e pelas Instituições desta, e o amor dos crentes entre si, jamais poderá a Causa realmente fazer entrar grande número de pessoas, pois não é pregação, nem preceitos que o mundo quer; e sim, amor e ação.” Shoghi Effendi, 25/10/1949, pág. 43 25. Às vezes, ficamos desanimados porque são tão poucos os instrutores, aqueles que estão envolvidos nas campanhas de ensino, e aí? “Uma só alma amadurecida, tendo compreensão espiritual e um conhecimento [13]
  • 14. Manual do Instrutor profundo da Fé, pode inflamar um país inteiro tão grande é o poder da Causa para agir através de um veículo puro.” Shoghi Effendi, 06/11/1949, pág. 43 26. O que o Guardião diz sobre a realização das Reuniões de Amigos para ouvirem a Fé, também chamadas pelos bahá’ís como “firesides”? “Os amigos têm total liberdade para realizar em suas casas tantas reuniões pequenas para ensino, tipo fireside, quantas quiserem... de fato, esse ensino pessoal, informal, no lar, talvez seja a forma que mais produza resultados.” Tempos depois ele voltou a escrever que “... o meio de ensino mais poderoso e mais efetivo já encontrado até agora é a reunião fireside , porque nessas reuniões perguntas íntimas, pessoais, podem ser respondidas e o estudioso pode lá encontrar em maior abundância o espírito da Fé.” Shoghi Effendi, 24/02/1950, págs. 44 e 46 27. Precisamos orar de forma especial para o sucesso do ensino? O Guardião orienta que devemos “fazer questão especial de orar ardentemente não só pelo sucesso em geral, mas para que Deus mande a vós almas que estejam preparadas” e afirma então que “estas almas existem em cada cidade...” Shoghi Effendi, 18/03/1950, pág. 44 28. O que o indivíduo deve fazer para o ensino da Causa? “Os bahá’ís devem compreender que o sucesso do seu trabalho depende do indivíduo, que deve levantar-se como nunca antes, para proclamar a Fé de Bahá’u’lláh, deve fazer muitos contatos, escolher alguns que lhe parecem estar preparados para se tomarem bahá’ís, desenvolver com eles uma íntima amizade, depois completa confiança, e finalmente, lhes ensinar a Fé, até que se tomem fortes sustentáculos da Causa de Deus - é este o modo mais efetivo de proceder.” Shoghi Effendi, 27/12/54, pág. 48 29. E quanto a apresentar todos os ensinamentos de uma única vez? “Os poderes digestivos espirituais do homem estão sujeitos à leis semelhantes àquelas que governam a digestão física. A uma pessoa espiritualmente faminta ou sedenta se deve dar alimento sadio e apropriado, mas quando damos demais de uma vez, ou um alimento demasiado forte para os poderes digestivos, só causa náusea e rejeição ou má assimilação.” Shoghi Effendi, 20/10/1925, pág. 31 [14]
  • 15. Manual do instrutor 3 Promovendo a Entrada em Tropas A VISÃO DE SHOGHI EFFENDI do desenvolvimento orgânico da Fé molda nossa percepção das gloriosas possibilidades futuras no campo do ensino. Em uma carta dirigida aos crentes americanos em 1953, onde ele destaca a necessidade da distribuição estratégica de pioneiros, o amado Guardião afirma que um “fluxo constante de reforços” Prognosticará e apressará o advento do dia que, como profetizado por’ Abdu’lBahá, testemunhará a entrada em tropas de pessoas de diversas nações e raças no mundo bahá’í - um dia que, visto em sua perspectiva apropriada, será o prelúdio daquela hora desde a muito esperada quando uma conversão em massa por parte dessas mesmas nações e raças, e como um resultado direto de uma cadeia de eventos, momentosos e possivelmente de natureza catastrófica... subitamente... revolucionará a sorte da Fé, transtornará o equilíbrio do mundo e reforçará um milhar de vezes a força numérica, assim como o poder material e autoridade espiritual da Fé de Bahá’u’lláh. (1) Escrevendo em sua mensagem do Ridván de 1990, a Casa Universal de Justiça conecta os “crescentes exemplos de entrada em tropas” em diferentes partes do mundo, aos estágios de desenvolvimento descritos por Shoghi Effendi. Também determina nosso lugar neste histórico processo e desafia os crentes à ação. Atesta a Casa Universal de Justiça: Tudo nos encoraja a crer que os ingressos em larga escala irão expandirse, envolvendo vila após vila, cidade após cidade, de um país para outro. Contudo, não nos cabe esperar passivamente pelo cumprimento final da visão de Shoghi Effendi. Nós, poucos que somos, colocando nossa inteira confiança na providência de Deus e considerando como um privilégio divino os desafios com que nos defrontamos, devemos avançar para a vitória com os planos em mão. (2) Para ajudar os amigos a aprimorar seu entendimento dos processos associados com a entrada em tropas, e em resposta ao desafio colocado pela Casa Universal de Justiça, anexamos uma compilação com trechos de cartas escritas por Shoghi Effendi e pela Casa Universal de Justiça, ou em seus nomes, e oferecemos alguns dos temas extraídos da compilação. Nas seções 1 e 2 desta declaração, descrevemos alguns aspectos gerais do processo de crescimento e chamamos [15]
  • 16. Manual do Instrutor a atenção para fatores que contribuem para a expansão da Fé, enquanto que, na seção 3, focalizamos atividades específicas que podem ser adotadas para promover e manter o processo de entrada em tropas. 1. Algumas Características do Crescimento Antes de considerar o assunto da entrada em tropas, iniciamos examinando alguns aspectos gerais associados com os processos através dos quais a Fé Bahá’í cresce. 1.1 Crescimento Orgânico O crescimento da Fé ocorre de forma orgânica e evolucionária. (3) Seu ritmo de crescimento não é, portanto, necessariamente uniforme (4), pelo contrário, avança “em vastas ondas, precipitadas pela alternância de crise e vitória.” (5) Shoghi Effendi também afirmou que a difusão da Fé em todo o mundo será acompanhada de uma aceleração de sua própria taxa de crescimento. (6) Por enquanto, a Fé não está crescendo numa mesma proporção em todas as partes do mundo. A Casa Universal de Justiça tem observado existir uma “receptividade ansiosa” à Fé em muitas terras, (7) e que certos segmentos da população podem, inicialmente, tender a ser mais receptivos à Causa que outros. (8) Naquelas áreas onde a receptividade está apenas começando a surgir, a Casa de Justiça aconselha aos crentes a estarem confiantes de que “o tempo se aproxima quando o número de seus concidadãos a aceitar a Fé aumentará repentinamente.’’ (9) Com relação ao futuro imediato, a Casa Universal de Justiça afirma que a taxa de crescimento está destinada a se acelerar. Afirma que “o cenário está preparado para um crescimento universal, rápido e maciço da Causa”, (10) e prevê que todas as comunidades nacionais irão colher os frutos da entrada em tropas. (11) 1.2 Dinâmica de Crise e Vitória ‘A interação dinâmica dos processos de crise e vitória caracteriza o desenvolvimento da Fé. (12) Shoghi Effendi afirma que os “registros de sua história tumultuosa” demonstram a verdade suprema de que, com toda nova manifestação de hostilidade para com a Fé, quer originária de dentro ou de fora, uma medida correspondente de [16]
  • 17. Manual do instrutor efusão de graças, sustentando seus defensores e confundindo seus adversários, tem sido liberada providencialmente, transmitindo um novo impulso à marcha avante da Fé, ao passo que esse ímpeto, por sua vez, iria provocar, através de suas manifestações, nova hostilidade em áreas até então desapercebidas de suas implicações desafiadoras... (13) A Casa Universal de Justiça, da mesma forma, associa o contínuo surgimento da Fé da obscuridade e a maturação do funcionamento das instituições administrativas, com a resposta da comunidade à recente onda de perseguição no Irã, (14) e prevê que “as atuais vitórias levarão à oposição ativa”. (15) 1.3 Impacto do Declínio Social Shoghi Effendi chama a atenção para a influência purificadora do sofrimento e da tribulação, associada com o processo de declínio social, na expansão da Causa. (16) E, em uma carta escrita em seu nome, o Guardião observa que “depois da humanidade ter sofrido... as pessoas entrarão na Causa de Deus em tropas.” (17) A Casa Universal de Justiça descreve graficamente o impacto do processo de declínio sobre a humanidade, relacionando-o com a busca espiritual do gênero humano (18) e salienta a premente responsabilidade dos bahá’ís, tanto para aumentar o ritmo de suas atividades de ensino, (19) “antes que a oportunidade se perca diante das fases rapidamente mutáveis de um mundo frenético”, (20) como para criar o tipo de comunidade que ofereça um modelo tão distintivo de vida que irá “reascender a esperança entre os membros da sociedade, que se encontram crescentemente desiludidos.” (21) 1.4 Saída da Obscuridade o progresso da Fé é acelerado pelas oportunidades decorrentes de sua saída da obscuridade. A Casa Universal de Justiça refere-se ao “surgimento de um novo paradigma de oportunidades para crescimento e consolidação ainda maiores de nossa comunidade mundial”, (22) e destaca o desafio urgente com que se defronta a comunidade bahá’í ao fazer face às necessidades decorrentes das possibilidades que surgem à medida que a paz Menor se aproxima. (23) 2. Fatores que Contribuem para o Crescimento Como introdução, é importante observar que o amado Guardião em uma carta [17]
  • 18. Manual do Instrutor datada de 18 de fevereiro de 1932, escrita em seu nome, sublinha o fato de que um mero aumento no número de crentes não significa necessariamente um progresso da Causa Ele afirma: Não é suficiente computar o número das almas que abraçam a Causa para saber o progresso que está ocorrendo. As consequências mais importantes de suas atividades são o espírito que é difundido na vida da comunidade e a extensão na qual os ensinamentos que proclamamos tomem-se parte da consciência e da crença das pessoas que os ouvem. Pois é somente quando o espírito tiver permeado completamente o mundo que as pessoas começarão a entrar na Fé em grandes números. (24) Da mesma forma, na mensagem do Ridván de 1989, a Casa Universal de Justiça afirma: Não é suficiente proclamar a mensagem bahá’í, por mais essencial que seja tal ação. Não basta expandir as listas de registro de bahá’ís, por vital que seja tal trabalho. As almas têm de ser transformadas, e, desta forma, consolidadas as comunidades e alcançados novos modelos de vida. A transformação é o propósito essencial da Causa de Bahá’u’lláh; porém depende da vontade e do esforço do indivíduo alcançá-la, em obediência ao Convênio. (25) Estudando as cartas de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça é possível identificar vários fatores que contribuem para o crescimento da Fé em larga escala. Esses fatores interagem e reforçam um ao outro, e, quando atuam em harmonia, proveem a base para a criação de um ambiente que irá produzir crescimento uma comunidade bahá’í cujos membros dedicam-se ao aprimoramento de sua compreensão da natureza do ensino e ao aprendizado de como trabalhar juntos de forma a que tanto aceleram, como mantenham os processos de expansão e de consolidação. Dentre esses fatores interativos, estão os que seguem. 2.1 Compromisso com a transformação Espiritual O elo crucial entre a transformação espiritual individual e a maturação gradual do funcionamento da comunidade bahá’í e o crescimento da Fé é um tema familiar nas cartas de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça. Promover tal transformação na vida pessoal e familiar, e no funcionamento das comunidades e Assembleias, é responsabilidade tanto dos indivíduos,26 como das instituições bahá’ís. (27) Como explica Shoghi Effendi: Quando o verdadeiro espírito de ensino, que exige dedicação completa, consagração [18]
  • 19. Manual do instrutor a essa nobre missão e o viver a vida, é alcançado, não somente pelos indivíduos, mas também pelas Assembleias, então a Fé crescerá rapidamente. (28) 2.2 Amor e Unidade O amor e unidade entre os crentes (29) e o amor dos amigos pela Fé e suas Instituições (30) são fundamentais para atrair grandes números de pessoas à Causa. O amado Guardião descreve a unidade e amor entre os amigos como “o espírito que deve animar sua vida comunitária”, (31) e decifra suas implicações práticas com relação ao planejamento e implementação do trabalho de ensino. Em uma carta escrita em seu nome, ele orienta os crentes como segue: Que eles se esforcem mais para aperfeiçoar seus relacionamentos puramente bahá’ís, tomem-se mais unidos, mais educados espiritualmente, mais competentes no cumprimento de suas tarefas administrativas, como uma forma de preparação para o ensino e para receberem maiores números de novos crentes. (32) A Casa Universal de Justiça chama a atenção para o outro aspecto importante deste assunto. Ela nos adverte contra a polarização de pontos de vista sobre métodos e formas de ensino e oferece o seguinte conselho aos crentes: Neste, como em todos os aspectos do trabalho da Causa, a solução reside em que os amigos sejam pacientes e indulgentes com aqueles que, por suas limitações, lhes afligem e que se esforcem, através da consulta das Assembleias, em se aproximar de um equilíbrio apropriado, enquanto mantêm o ímpeto do trabalho e canalizam o entusiasmo dos crentes. (33) 2.3 Participação Universal A participação universal e os esforços persistentes dos amigos no ensino da Causa, na aplicação de seus princípios e no incremento do desenvolvimento de suas instituições não são somente “indispensáveis para o desenvolvimento dos recursos humanos necessários ao progresso da Causa”, (34) como também aumentam o sucesso no ensino. (35) 2.4 Equilíbrio entre a Expansão e Consolidação A Casa Universal de Justiça refere-se à expansão e consolidação como [19]
  • 20. Manual do Instrutor “processos gêmeos que devem caminhar de mãos dadas”. (36) Afirma que eles são “processos inseparáveis”, (37) e que eles representam os “objetivos fundamentais do ensino”, (38) Enfatizando a relação entre consolidação e ensino, a Casa de Justiça, em uma carta escrita em seu nome, declara: A consolidação apropriada é essencial à preservação da saúde espiritual da comunidade, à proteção de seus interesses, à preservação de seu bom nome, e, em última análise, para a continuação do próprio trabalho de expansão. (39) 2.5 A Comunidade Bahá’í como Modelo A Comunidade Bahá’í e a Ordem Administrativa devem continuar a se desenvolver e apresentar-se ao mundo como um modelo viável e uma alternativa como forma de organização social. Este é um processo contínuo, Shoghi Effendi, em uma carta escrita em seu nome, afirma que: Até que o público veja a Comunidade Bahá’í como um modelo verdadeiro, em ação, de algo melhor do que ele já tem, não irá responder à Fé em grandes números. (40) De forma semelhante, a Casa Universal de Justiça chama a atenção para o caráter distintivo da comunidade bahá’í e afirma que, à medida que o contraste entre a comunidade e o mundo em geral aumenta, isso “deverá, finalmente, atrair as massas desiludidas e fazer com que entrem no abrigo do Convênio de Bahá’u’lláh”. (41) Ainda mais, a Casa de Justiça percebe haver uma crescente preocupação com relação aos assuntos da humanidade e à incapacidade da velha ordem de resolver os problemas sociais críticos. Uma vez que a Ordem Administrativa Bahá’í está destinada a ser o modelo para a sociedade futura, existe uma necessidade premente em demonstrar as “potencialidades inerentes ao sistema administrativo” e para prover, em consequência, “um sinal de esperança para aqueles que se desesperam”. (42) Considerando a estreita relação existente entre os elementos de crescimento descritos acima e sua natureza interativa, sugere-se que, enquanto cada fator contribui para o processo de expansão, nenhum fator, por si mesmo, mostrarse-á suficiente para produzir e manter ingressos em larga escala. Concentrar-se em um, em detrimento dos outros, poderá distorcer o processo de ensino e retardar o crescimento e a expansão da comunidade bahá’í a longo prazo. Ainda mais, Shoghi Effendi afirma que o envolvimento no trabalho de ensino reforça o desenvolvimento [20]
  • 21. Manual do instrutor dos verdadeiros fatores que contribuem para o crescimento da Fé. Em uma carta escrita em seu nome, ele declara: Ação inspirada pela confiança no triunfo final da Fé é, na verdade, essencial à materialização gradual e completa de suas esperanças para a expansão e consolidação do Movimento em seu país. (43) O Guardião também chama a atenção para o perigo inerente ao fato dos amigos esperarem até que estejam “completamente qualificados para cumprir qualquer tarefa especial”, (44) e enfatiza a relação entre os esforços individuais e a ajuda divina, observando que Deus irá... ajudar-nos se fizermos a nossa parte e nos sacrificamos no caminho do progresso de Sua Fé. Devemos sentir a responsabilidade colocada em nossos ombros, levantarmo-nos para dela nos desincumbirmos, e, então, esperar a graça divina a ser derramada sobre nós. (45) 3. Promovendo a Entrada em Tropas Decorrente de um estudo da compilação anexa, é evidente existirem diversas atividades específicas que contribuem diretamente para o processo da entrada em tropas. 3.1 Fortalecimento das Assembleias Espirituais Shoghi Effendi enfatiza a importância da “instrumentalidade” da Ordem Administrativa em “vivi” e “sistematicamente” levar a Mensagem curadora de Bahá’u’lláh “a atenção das massas” (46) Ele destaca a relação existente entre o desenvolvimento das instituições e “o aceleramento do processo vital da conversão individual”, afirmando que este último é a razão pela qual “toda a maquinaria da Ordem Administrativa foi, primeiramente e tão laboriosamente, erigida” (47) Igualmente, a Casa Universal de Justiça liga diretamente o fortalecimento e o desenvolvimento das Assembleias Espirituais Locais com a capacidade da Fé de tratar do assunto da entrada em tropas (48) A natureza desta relação é explicada pela Casa Universal de Justiça na mensagem do Ridván de 1993. Refere-se à “mutualidade do ensino e administração” e ao fato de que “um reforça o outro” (49) A Casa Universal de Justiça indica existir uma necessidade imperiosa de que as instituições bahá’í aprimorem seu desempenho através de uma mais íntima identificação com as verdades fundamentais da Fé, através de uma maior [21]
  • 22. Manual do Instrutor conformidade com o espírito e a forma de administração bahá’í através de uma confiança mais incisiva nos efeitos benéficos de uma consulta correta, de forma que as comunidades que elas guiem reflitam um modelo de vida que ofereça esperança para os membros desiludidos da sociedade (50) Para esta finalidade, a Casa Universal de Justiça enfatiza a importância do treinamento dos amigos, incluindo aqueles nas área de ensino em massa (51) para aumentar seu entendimento e participação no trabalho administrativo da Causa. Destaca que o “funcionamento apropriado” das Assembleias Espirituais depende em grande parte dos esforços de seus membros no sentido de familiarizarem-se com os deveres e aderirem, escrupulosamente aos princípios em sua conduta pessoal e na condução de suas responsabilidades oficiais. Chama a atenção para a importância da decisão dos membros da Assembleia de remover de seu meio todos os traços de alienação e tendências sectárias, sua habilidade em conquista a afeição e o apoio dos amigos a seus cuidados e de envolver tantos indivíduos quanto possível no trabalho da Causa. E afirma que o resultado desses dedicados esforços de parte dos membros das instituições irá resultar em “um padrão de vida” que, não somente “trará honra à Fé”, como também servirá para atrair “os membros da sociedade, que se encontram crescentemente desiludidos.” (52) 3.2 Administração eficiente e Pronta Consolidação Embora de forma pela qual o trabalho de ensino é organizado seja um assunto a ser determinado por cada Assembleia Espiritual Nacional, a Casa Universal de Justiça destaca a necessidade de “uma estrutura de ensino eficiente” para assegurar que “as tarefas sejam levadas a cabo com presteza e de acordo com os princípios administrativos de nossa Fé”. (530 Adicionalmente, afirma que a tarefa de consolidação, que é “elemento essencial e inseparável do ensino”, (54) deve ser “pronta, meticulosa e contínua. (55) Tal forma de abordagem integrada à expansão da Causa não somente aumenta os recursos humanos e financeiros da comunidade bahá’í, (56) como também ajuda a evitar tais problemas como a “inoculação” dos crentes contra a Fé, resultante de uma combinação de ensino inadequado e consolidação descuidada. (57) [22]
  • 23. Manual do instrutor 3.3 Planos de Ensino Estratégicos e Flexíveis A Casa Universal de Justiça conclama cada uma das Assembleias Espirituais Nacionais para “equilibrar seus recursos e harmonizar seus esforços” para assegurar que a Fé seja ensinada a “todos os segmentos da sociedade”. (58) Aconselha as Assembleias a serem estratégicas e sistemáticas, a fazerem seus planos de ensino de modo a atender às necessidades de grupos sociais e culturais específicos, (59) pois “diferentes culturas e tipos de pessoas exigem diferentes métodos de contato”, (60) e afirma que a meta de todas as instituições bahá’ís e dos instrutores bahá’ís é: “avançar continuamente para novas áreas e camadas da sociedade “. (61) A Casa de Justiça chama a atenção para a importância da flexibilidade e equilíbrio na formulação e implementação de planos de ensino. Os crentes são encorajados a serem receptivos a novos métodos, (62) usarem urna variedade de formas de contato, (63) e “não insistirem cegamente em fazer a mesma coisa em toda parte”. (64) A Casa Universal de Justiça indica que a comunidade bahá’í precisa tomar-se mais eficiente para gerir urna grande variedade de ações sem perder a concentração que deve manter nos objetivos fundamentais do ensino, ou seja, expansão e consolidação. E para essa finalidade, enfatiza a necessidade de urna unidade na diversidade de ações... urna condição na qual diferentes indivíduos concentrar-se-ão em diferentes atividades, reconhecendo o efeito salutar do trabalho agregado sobre o desenvolvimento e crescimento da Fé, porquanto urna pessoa não pode fazer tudo, e todos não podem fazer a mesma coisa. (65) A importância da adoção pelos crentes de formas de contato estratégicos e flexíveis no trabalho da Causa é relacionado pela Casa Universal de Justiça tanto à crescente maturidade da comunidade bahá’í, corno à sua expansão. (66) 3.4 Alcançando Pessoas de Capacidade Escrevendo às Assembleias Espirituais Nacionais, a Casa Universal de Justiça orienta que a Fé deve ser levada “a todas as camadas da sociedade humana e a todas as ocupações”. Diz mais, que “todos têm que ser, conscientemente, abrangidos pelos planos de ensino da Comunidade Bahá’í”. (67) Desde a necessidade aumentar e desenvolver os recursos humanos da Fé, a Casa Universal de Justiça conclama os crentes a despenderem esforços especiais para atrair pessoas de capacidade à [23]
  • 24. Manual do Instrutor Causa. (68) Descreve o ingresso de pessoas de capacidades como “‘um aspecto indispensável do ensino às massas”, e adverte que falharem atingir esta finalidade resultará em que a Fé não estará sendo capaz de “corresponder adequadamente aos desafios que sobre ela se impõe.” Com relação ao corpo de crentes da comunidade bahá’í, e as prioridades do trabalho de ensino, a Casa de Justiça afirma: O conjunto de seus membros, independente da variedade étnica, deve agora abarcar um número crescente de pessoas de capacidade, incluindo pessoas de realizações e proeminência nos vários campos da atividade humana. O registro de números significativos de tais pessoas é um aspecto que não pode ser negligenciado e que precisa ser, consciente e deliberadamente, incorporado em nosso trabalho de ensino, de forma a ampliar suas bases e acelerar o processo de entrada em tropas. (69) 3.5 Relacionando a Fé aos Assuntos Sociais e Humanitários Contemporâneos Na mensagem do Ridván de 1988, a Casa Universal de Justiça listou o “constante empenho” do crente individual de relacionar os Ensinamentos da Fé aos “assuntos da atualidade”, como uma das medidas que contribuem para o “sucesso no ensino”. (70) A Casa Universal de Justiça também nota que a “Ordem trazida por Bahá’u’lláh tem o propósito de guiar o progresso e resolver os problemas da sociedade”, e que a comunidade bahá’í está “claramente na vanguarda das forças construtivas em operação no planeta”. Chama a atenção para a necessidade de desenvolver e aperfeiçoar o sistema administrativo bahá’í como meio de demonstrar a eficácia deste sistema para atender às necessidades prementes da humanidade e oferecê-lo como uma “alternativa viável” para a velha ordem mundial deficiente e em fragmentação. (71) 3.6 Conduta Direcionada às Metas Os crentes individuais, as Assembleias Espirituais Locais e Nacionais são chamados a colaborarem e persistirem em seus esforços para alcançar as metas dos planos de ensino. A Casa Universal de Justiça estabelece: O trabalho de ensino, tanto aquele organizado pelas instituições da Fé como aquele que é o fruto de iniciativa individual, deve ser ativamente levado avante a fim de que haja um número crescente de crentes, conduzindo um maior número [24]
  • 25. Manual do instrutor de países ao estágio de entrada em tropas, e, finalmente, à conversão em massa. (72) A urgência deste empreendimento é enfatizada pela Casa Universal de Justiça como segue: Uma expansão maciça da comunidade bahá’í precisa ser alcançada muito além de todos os registros passados. A tarefa de espalhar a Mensagem à generalidade da humanidade, em aldeias, cidades e metrópoles precisa ser rapidamente ampliada. A necessidade de tal realização é crítica... (73) Adicionalmente, a Casa Universal de Justiça chama a atenção para a qualidade das iniciativas de ensino, recomendando que “o esforço dos bahá’ís deve ser de ensinar não apenas tão intensamente quanto possível, como também, tão bem quanto possível”. (74) A responsabilidade maior do crente quanto à implementação do trabalho de ensino é destacada pela Casa Universal de Justiça. Ela estabelece: Todo crente - homem, mulher, jovem e criança - é convocado para este campo de ação, pois é da iniciativa, da vontade decidida do indivíduo em ensinar e servir, que depende o sucesso da inteira comunidade. (75) E afirma que: A chave para a conversão de pessoas à Fé está na ação do bahá’í individual ao transmitir a centelha da Fé àqueles que individualmente buscam, respondendo suas questões e aprofundando sua compreensão dos ensinamentos. (76) 4. Considerações Finais Os extratos contidos na compilação Promovendo Entrada em Tropas servem para destacar alguns princípios gerais concernentes à natureza do crescimento e sua aceleração e para atração de grande número de pessoas a Fé Bahá’í. Adicionalmente, os referidos textos sugerem atividades específicas que podem ser realizadas, por indivíduos e por instituições, para apressar o ritmo de crescimento e para manter a expansão em larga escala da Causa É evidente que forças, dentro e fora da Causa, estão dando forma ao destino da humanidade. A Casa Universal de Justiça chama a atenção para a operação de dois grandes processos que estão em ação no mundo. O primeiro processo é: O grande Plano de Deus, tumultuoso em seu progresso, atuando por intermédio da humanidade como um todo, derrubando por terra barreiras à unidade [25]
  • 26. Manual do Instrutor mundial e forjando a humanidade em um corpo unificado no fogo do sofrimento e experiência. Este processo irá produzir, no devido tempo determinado por Deus, a Paz Menor, a unificação política do mundo. A humanidade, quanto chegar esse tempo, poderá ser comparada a um corpo unificado, porém sem vida. O segundo processo é a tarefa de dar vida àquele corpo unificado - de criar verdadeira unidade e espiritualidade que culminará na Paz Maior - é trabalho dos bahá’ís, que estão trabalhando conscientemente, com instruções detalhadas e contínua guia divina, a fim de construir a tessitura do Reino de Deus na terra, para o qual convocam seus semelhantes, conferindo assim, sobre eles, a vida eterna. (77) O desafio dos crentes é devotar todas as suas energias a esta tarefa vital, estimulados pela conscientização de que “não existe ninguém mais para fazê-lo”, (78) e apoiados em seu desejo de cumprir o anseio expressado pelo amado Guardião nos primeiros dias de seu ministério “E agora, ao olhar para o futuro, espero ver os amigos, em todos os tempos, em todas as terras, e de qualquer nuance de pensamento e caráter, voluntária e alegremente arregimentados ao redor de seu centro de atividade, local e, particularmente, nacional, apoiando e promovendo seus interesses em completa unanimidade e contentamento, com perfeita compreensão, genuíno entusiasmo e decidido vigor. Isto, na verdade, é a grande alegria e anseio de minha vida, pois é a fonte da qual todas as bênçãos futuras fluirão, a ampla fundação sobre a qual a segurança do Edifício deverá, em última instância, repousar. Não é de se esperar que agora, finalmente, o alvorecer de um dia mais brilhante esteja surgindo sobre nossa amada Causa? (79) O Comitê Nacional de Ensino recomenda o estudo mais completo sobre o assunto através da Compilação “Promovendo a Entrada em Tropas”, publicado pela Editora Bahá’í. [26]
  • 27. Manual do instrutor 4 As Pontes: Um Novo Enfoque de Consolidação em Massa Uma reflexão necessária Mas, uma vez que muitos novos amigos se declarem bahá’ís, como esperar que milhares de pessoas de tantas origens religiosas, rapidamente venham a se integrar à nova concepção de religião trazida pelo Manifestante de Deus, Bahá’u’lláh, nos dias de hoje? Chegamos então ao ponto básico: como consolidá-los na Fé? Concluiu-se por buscar pontos entre suas crenças anteriores ou ideias anteriores de suas manifestações religiosas e sua nascente fé dentro da Causa de Deus, pois, não veio Bahá’u’lláh para revitalizar a religião eterna de Deus? E, não existe lugar para todos dentro desta Causa que é a própria Causa de Deus? Verificou-se ser de importância essencial criar nos novos crentes um irreversível sentimento de identidade espiritual com a fé de Bahá’u’lláh. Consolidação então, nasce da criação de uma identidade bahá’í do novo crente com a Nova Ordem Mundial de Bahá’u’lláh. Os novos crentes necessitam estar conscientes de que ao se declararem bahá’ ís não estão ingressando em um Movimento Pacifista, em uma Filosofia Oriental, em uma Fraternidade Universal ou em um Clube Cultural ou Filosófico. Antes, estão ingressando na religião renovada de Deus, eterna no passado e eterna no futuro. Estão ingressando em uma empreitada para a construção do Reino de Deus na Terra! Como então, seriam estas pontes? - As Igrejas, Templos, Centros Espíritas, Tendas dos Milagres, etc., serão substituídos pelas Sedes Bahá’ís Regionais ou Locais, pelas “Bases de Operações” de cada Campanha de Ensino em Larga Escala. Nestes locais os Bahá’ís realizam suas Festas de 19 Dias, Reuniões de Aprofundamento, Reuniões de Orações, Aulas para Crianças, Festivais de Músicas, Palestras Públicas. Assim, estes locais bahá’ís devem buscar refletir o espírito da Fé de Bahá’u’lláh, inspirando respeito e reverência. - As missas, cultos, sessões espíritas, reuniões espiritualistas, serão substituídas por reuniões semanais de orações, de história das Figuras Centrais da [27]
  • 28. Manual do Instrutor Fé, reuniões sobre ensinamentos da Fé em geral, além de reuniões administrativas e comunitárias. - O uso constante da Bíblia, aos poucos· será substituído pelo uso do livro “Palavras de Deus” ou pelo pequeno livreto “Orações Obrigatórias”, em uma primeira instância, pois não é este o livro designado pela Casa Universal de Justiça para que todos os Bahá’Ís tenham em seu poder? O que, também, não é conflitante de forma alguma (com) o uso da Bíblia! - O uso de símbolos fixos como crucifixos ou medalhas com santos, aos poucos deverão ser substituídos pelo uso do pingente, broche ou do anel do Máximo Nome, sempre, tornando acessível a cada novo bahá’í uma pequena folha com instruções sobre o uso reverente do símbolo do Máximo Nome e sobre seu real significado espiritual. - O uso de saudações como “louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”, “a paz do Senhor irmão”, etc., serão gradativamente substituídas pelo uso consciente e apenas, se o novo bahá’í assim o desejar, ficando portanto a seu único e exclusivo critério, o uso da in vocação e saudação bahá’í de Alláh’u’Abhá. Uma pequena folha com informações sobre seu uso e significado deverá ser compartilhado com os novos bahá’ís. - As aulas de catecismo ou destinadas às crianças promovidas pelas diversas denominações religiosas serão substituídas pelas Aulas Bahá’ís para Crianças, devendo ser também semanais, em lugares fixos e em horários fixos. O objetivo é manter a regularidade e a constância da atividade de forma a ir se tornando uma obrigação bahá’í. - As comemorações especiais como o Natal, a Semana Santa, a Páscoa, a Quaresma, etc., serão substituídas pela realização regular a cada 19 dias das Festas dos Dezenove Dias e também pelas reuniões comemorativas dos Dias Sagrados Bahá’ís, como a Declaração do Báb, o Martírio do Báb, o Aniversário de Bahá’u’lláh, o Festival do Ridván (A Proclamação da Missão de Bahá’u’lláh), o Período do Jejum Bahá’í, etc. - As programações ou calendários de atividades das Igrejas serão substituídas [28]
  • 29. Manual do instrutor pela elaboração e ampla divulgação do Calendário Bahá’í, contendo além dos meses, os dias e os horários de realização das diversas atividades Bahá’ís, além das F:estas dos Dezenove Dias e Dias Sagrados, etc. - O uso de hinos evangélicos ou outros cânticos espirituais serão gradativamente substituídos pelo uso e aprendizado das canções inspiradas em palavras sagradas Bahá’ís ou que se refiram aos ensinamentos Bahá’ís. - O recebimento regular de revistas das igrejas, anteriormente citadas, será substituído pelo recebimento regular do jornal Bahá’í Brasil. - A audição de programa religioso regular em emissoras de rádio será substituído, gradativamente, pela audição regular de Programa Bahá’í em emissoras de rádio, quando o mesmo existir na cidade. - A leitura diária de coluna católica, coluna espírita, etc., em jornais diários da cidade será substituída pela leitura diária de coluna Bahá’í em jornais de sua cidade. - Os novos bahá’ís serão aprofundados desde sua declaração na importância de observar as leis bahá’ís relacionadas com o casamento e funeral e a cerimônia de batismo será substituída pela declaração bahá’í dos filhos, ao atingirem a idade da maturidade, ou seja, os 15 anos. - Desde o momento da declaração, os novos Bahá’Ís deverão ser incentivados a acompanhar os instrutores Bahá’ís em suas atividades regulares de ensino. OBSERVE-SE QUE O USO DESTAS “PONTES” NÃO SIGNIFICA PERPETUAR RITOS OU OBRIGAÇÕES RELIGIOSAS SECUNDÁRIAS, UMA VEZ QUE OS BAHÁ’ÍS AO SE DECLARAREM DEVERÃO SER SEMPRE INCENTIVADOS E EXORTADOS A AGIREM CONFORME SUA CONSCIÊNCIA. Por exemplo, usar anelou pendente do Máximo Nome, ter uma foto de ‘Abdu’lBahá em casa ou ter à mão o livro “Palavras de Deus”, dentre outros, é uma decisão individual, íntima do indivíduo! O objetivo das “pontes” mencionadas anteriormente é apenas criar condições essenciais para que o novo bahá’í não se afaste da Fé por estar ainda apegado ou [29]
  • 30. Manual do Instrutor sentir falta de ligações ou práticas religiosas anteriores ao seu conhecimento da Fé de Bahá’u’lláh. Como foi explicitado, temos na Fé lugar para todos de todas as origens religiosas, de todas as camadas da sociedade brasileira e, uma vez observadas estas DIRETRIZES, estaremos trabalhando para a criação de uma verdadeira identidade Bahá’í para os que se declararem. Portanto, nada de novo foi elaborado, mas tão somente procurou-se tornar regular atividades Bahá’ís que sempre constituíram as metas dos últimos planos mundiais, como a realização regular de aulas para crianças, a comemoração das Festas e dos Dias Sagrados, o ensino do uso de “Alláh’u’Abhá”, o acesso dos novos Bahá’ís a anéis e pendentes do Máximo Nome, a disseminação entre os novos Bahá’ís do livro “Palavras de Deus”, a publicação regular de uma coluna Bahá’í nos jornais, a emissão de um programa Bahá’í regular em emissoras de rádio, o envio de um jornal ou boletim Bahá’í de notícias com aprofundamento espiritual, o melhor uso das Sedes Bahá’ís, regionais ou locais, o acesso a fotos ou gravuras relacionadas com a Fé e o Centro Mundial Bahá’í. [30]
  • 31. Manual do instrutor 5 Como dar a Mensagem 1. Formas de abordagem “Você conhece a Fé Bahá’í?” “Você gostaria de conhecer uma mensagem de Unidade entre os povos do mundo”? “Você já ouviu falar de Bahá’u’lláh?” Sempre devemos começar através de perguntas diretas e se a resposta for afirmativa, então começamos a falar da Mensagem da Fé. O desejo original é o de transmitir a boa nova de que Bahá’u’lláh já veio. 2. A Essência da Mensagem - O Báb - Bahá’u’lláh - ‘Abdu’l-Bahá - Leis - Ensinamentos - Administração Concluindo-se que não se deve imprimir ênfase demasiada em aspectos sociais e gerais de nossa Amada Causa, corno por exemplo, fundamentar toda a apresentação da Mensagem Bahá’í nos 12 princípios básicos da Fé. É vital e urgente que apresentemos a Mensagem em seus 5 aspectos básicos fundamentais: O Báb, Bahá’u’lláh, ‘Abdu’l-Bahá, Leis e Administração - sempre com tato e sabedoria. É oportuna uma leitura atenciosa do conteúdo da carta da Casa Universal de Justiça, citada na compilação “CAPTANDO A CENTELHA DA FÉ”: “O motivo primordial deve sempre ser a reação do homem à mensagem de Deus e o reconhecimento de Seu Mensageiro. Aqueles que se declaram Bahá’ís devem ficar encantados com a beleza dos Ensinamentos e tocados pelo amor de Bahá’u’lláh. [31]
  • 32. Manual do Instrutor Os declarantes não necessitam conhecer todas as provas, história, leis e princípios da Fé, mas devem, durante o processo de se declararem, além de captar a centelha da Fé, ficar basicamente informados a respeito das Figuras Centrais da Fé. Assim como a respeito da existência de leis, que devem seguir, e de uma administração, que devem obedecer.” Shoghi Effendi Aceitação de Novos Crentes 1. Depois de termos ensinado a uma pessoa sobre a existência de Bahá’u’lláh, o Báb e Abdu’l-Bahá e depois de termos falado da administração das leis trazidas por Bahá’u’lláh para construirmos um novo mundo, se estivermos seguros de que a pessoa foi tocada pela “centelha da fé”, que ela ficou comovida com o conhecimento de Bahá’u’lláh, então devemos, sem mais demora, convidá-la a abraçar a Fé. Este é um momento extremamente importante na vida de uma pessoa. Significa que ela reconheceu a Manifestação de Deus em Seu Dia. Significa que ela nasceu para a vida espiritual, foi confirmada pelo Espírito da Fé. A importância deste momento nunca pode ser enfatizado demasiadamente, pois é também a culminação do trabalho do instrutor. E o instrutor deve estar consciente de que ele foi o instrumento que Deus utilizou para guiar uma nova alma à eterna e imutável Fé divina. Como revelou o Báb, mais vale “guiar uma só alma para Deus do que possuir todos os tesouros do céu e da terra”. E então chega aquele momento. Como formalizar o convite para que a pessoa abrace a Fé? Simples. Basta apenas que digamos: “Você se sente um(a) bahá’í? “Gostaria de integrar a grande família de Bahá’u’lláh, de trabalhar por um mundo unido e fraterno?” E se a resposta for “SIM”, dê então as boas-vindas a esta alma abençoada e lhe fale sobre o significado espiritual desse momento. Depois, diga que TODOS os bahá’ís possuem um Cartão de Declaração Bahá’í: precisamos receber correspondências, jornais e noticiosos bahá’ís e precisamos estar bem informados das atividades bahá’ís em nossa cidade, em [32]
  • 33. Manual do instrutor nosso estado e no mundo. Por isso é que o cartão de Declaração além de conter uma declaração formal do ingresso na Fé Bahá’í, contém também nossos dados para correspondência e nossa idade, para que possamos participar das eleições anuais bahá’ís. Isto já é suficiente para essa ocasião especial. Uma vez preenchido o Cartão de Declaração, o instrutor deve encaminhá-lo para as Instituições Bahá’ís da região em que está ensinando. 2. Você pode sentir que embora a pessoa tenha se declarado, ainda não lhe pareça ser oportuno preencher o cartão. Não se apresse. Volte outro dia para aprofundar mais esta pessoa na Fé e quando se sentir seguro, preencha seu Cartão. [33]
  • 34. Manual do Instrutor 6 Os Princípios Bahá’ís Certa vez Abdu’l-Bahá deu uma linda palestra no Ocidente, expondo os pontos fundamentais da Causa de Bahá’u’lláh. O Mestre discorreu na forma da enunciação de princípios. A argumentação de ‘Abdu’l-Bahá foi a seguinte: I - O primeiro princípio de Bahá’u’lláh é: A Busca da Verdade. O homem deve desligar-se de todos os preconceitos e do resultado de sua própria imaginação, a fim de que possa buscar a Verdade sem empecilho algum. A Verdade é uma só em todas as religiões, e pode servir de instrumento para realizar a unidade do mundo. II - O segundo princípio de Bahá’u’lláh é: A Unidade do Gênero Humano. O Deus Uno, que a todos ama, concede Sua Graça e Favores divinos a toda a humanidade... A glória do ser humano é a herança de cada um. Todos os homens são as folhas e os frutos da mesma árvore, todos são ramos da árvore de Adão, todos têm a mesma origem. A mesma chuva cai sobre todos, o mesmo sol com seu ardor faz todos crescerem, a mesma brisa refresca a todos... Todos os homens são iguais perante Deus. Ele não discrimina as pessoas. III - O terceiro princípio de Bahá’u’lláh é: A Religião deve ser Causa de Amor. A religião deve unir todos os corações e fazer desvanecerem-se da terra as guerras e disputas; deve dar origem à espiritualidade e trazer a cada coração vida e luz. Se a religião se tomar causa de desgostos, ódio e divisão, será melhor estarmos sem ela; retirarmo-nos de tal religião seria um ato realmente religioso... IV - O quarto princípio de Bahá’u’lláh é: A Unidade da Religião e da Ciência. Podemos pensar na ciência como uma asa e na religião como outra, a ave necessita de duas asas para seu voo - uma só seria inútil. Uma religião que contradiz a ciência, ou se lhe opõe, é apenas ignorância, pois o contrário do conhecimento é a ignorância. Uma religião que consiste apenas de ritos e cerimônias, que admite o preconceito, não é verdadeira. Esforcemo-nos sinceramente a fim de que possamos unir a religião e a ciência. [34]
  • 35. Manual do instrutor V - O quinto princípio de Bahá’u’lláh é: Preconceitos de religião, raça, nação ou seita destroem o fundamento da humanidade. Todas as divisões no mundo, o ódio, a guerra e a carnificina, são causadas por um ou outro desses preconceitos. O mundo inteiro deve ser visto como um só país, todas as nações como uma só nação, todos os homens como membros da mesma raça. Religiões, raças e nações são, todas elas, divisões feitas pelo homem... Deus é Deus para todos, a Seu ver, toda a criação é uma só. Devemos obedecer a Deus e nos esforçar por segui-Lo, abandonando todos os nossos preconceitos e assim, trazendo paz à terra. VI - O sexto princípio de Bahá’u’lláh é: Oportunidades iguais para obtenção dos meios de subsistência. Todo ser humano tem o direito de viver, o direito ao descanso, a um certo bem-estar... Ninguém deve morrer de fome, todos devem ter roupas suficientes... Lutemos com todas as forças a nosso dispor para que condições mais felizes venham a prevalecer - condições que proporcionem a todo ser humano os meios de subsistência. VII - O sétimo princípio de Bahá’u’lláh é: A Igualdade dos Homens perante a Lei. A lei deve reger e não o indivíduo. Assim o mundo tomar-se-á um lugar belo e a verdadeira fraternidade será estabelecida. VIII - O oitavo princípio de Bahá’u’lláh é: A Paz Universal. Será eleito pelos povos e governos de todas as nações um supremo tribunal, cujos membros se reunirão em harmonia. Toda e qualquer disputa será referida a esta Corte, cuja missão será a de impedir a guerra. IX - O nono princípio de Bahá’u’lláh é: Que a Religião não deve se intrometer em questões políticas. Ao instrutor espiritual, cabe a tarefa de educar o homem, de lhe dar instrução e bons conselhos para que progrida espiritualmente. Com questões políticas, nada tem ele de ver. [35]
  • 36. X - O décimo princípio de Bahá’u’lláh é: A Educação da Mulher A mulher tem direitos iguais aos do homem na terra, e na religião e na sociedade, constitui elemento de grande importância. Enquanto se impedir que a mulher atinja suas mais altas possibilidades, por tanto tempo será o homem incapaz de alcançar a grandeza que poderia ser sua. XI - O décimo primeiro princípio de Bahá’ u ‘lláh é: O Poder do Espírito Santo é o Único Meio para se Realizar o Desenvolvimento Espiritual. Somente através dos sopros do Espírito Santo, poderá haver desenvolvimento espiritual. Por mais que o mundo material progrida, não importa com que esplendor se adorne, jamais será outra coisa senão um corpo inanimado, a menos que haja alma em seu interior, pois é a alma que anima o corpo; este só, não tem sentido real. O corpo material, privado das graças do Espírito Santo, permaneceria inerte. Em resumo, compete-nos a todos sermos amantes da verdade. Que a busquemos em todos os tempos, em todos os países, tendo cuidado para nunca nos prendermos à personalidade. Vejamos a Luz, onde quer que brilhe; reconheçamos a luz da Verdade, não importa onde se manifeste. Aspiremos o perfume da rosa dentre os espinhos que a rodeiam; sorvamos a água que mana de toda Fonte pura.”
  • 37. Manual do instrutor 7 A Bíblia e Outros Temas Místicos Um dos pontos aos quais o instrutor deve dar especial atenção é o estudo da Bíblia, e de alguns assuntos cristãos, a fim de que ele possa estar perfeitamente consciente das provas quando sair para o ensino e encontrar-se com pessoas -das mais variadas denominações cristãs, em especial aquelas pessoas que provêm de seitas de pensamentos bastante rígidos. A Bíblia está repleta de profecias e de passagens referentes a Bahá’u’lláh e algumas destas profecias devem, inclusive, ser memorizadas pelo instrutor. Para um maior estudo sobre o cumprimento destas profecias o instrutor deverá ler, individualmente, o livro da querida Mão da Causa de Deus William Sears, “Ladrão na Noite”. À medida que você for lendo o livro pode aproveitar e ir marcando na sua Bíblia as passagens mais importantes. Sobre os assuntos cristãos, você poderá ler e estudar o livro “O Esplendor da Verdade” que contém textos de’ Abdu’l-Bahá sobre os mais variados temas cristãos. O livro “Bahá’u’lláh e a Nova Era” também contém passagens referentes a temas cristãos. Outra sugestão seria o livro “As Profecias de Jesus”. Céu e Inferno Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá não tomam em seu sentido literal, e sim consideram como simbólicas as descrições do céu e do inferno encontrados em algumas das mais antigas escrituras religiosas, como por exemplo, a história bíblica da criação. Ensinam que o céu é o estado da perfeição e o inferno o da imperfeição; céu é a harmonia com a Vontade de Deus e com os nossos semelhantes, e inferno é a falta desta harmonia; céu é a condição da vida espiritual e inferno a da morte espiritual. Enquanto, ainda no corpo físico, pode estar um homem no céu ou no inferno. As alegrias do céu são alegrias espirituais e as penas do inferno consistem na privação destas alegrias. Diz ‘Abdu’l-Bahá: “Quando os homens; graças à luz da fé, se libertam da escuridão de taiS’ vícios e se tomam iluminados com o esplendor do Sol da Realidade e enobrecidos por todas as virtudes, nisto veem sua maior recompensa - nisto reconhecem o verdadeiro paraíso. Da mesma maneira, consideram que a punição espiritual... consiste em estar sujeito ao mundo da natureza, em ser privado de Deus, e ser brutal e ignorante, dominado pela luxúria, absorvido pela fraqueza animal, caracterizado por qualidades sombrias... tudo isto constitui a mais [37]
  • 38. Manual do Instrutor severa punição, a maior tortura.” O Dia do Juízo Final Cristo nas Suas parábolas falou muito sobre o grande Dia do Juízo quando “o Filho do Homem virá na Glória do Pai... e... renderá a cada um, segundo as suas obras.” (Mat. XVI, 27). Ele compara este Dia ao tempo da colheita, quando o joio é queimado e o trigo é ajuntado em celeiros: “Assim será na consumação deste mundo (deste ciclo). Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino todos os escândalos, e os que cometem iniquidade; e lança-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol no reino do seu Pai.” (Mat. XIII, 40-43) A frase “fim do mundo” usada na Versão Autorizada da Bíblia nesta passagem e em outras semelhantes, tem levado muitos à suposição de que, ao chegar o Dia do Juízo, a Terra será repentinamente destemida, mas isto é um erro evidente. A verdadeira tradução da frase parece ser “a consumação ou fim do ciclo.” Cristo ensina que o Reino do Pai será estabelecido na Terra bem como no céu... A Terra não será destruída, e sim renovada e regenerada...O Dia do Juízo do qual Cristo falou é evidentemente o mesmo da vinda do Senhor dos Exércitos, ou seja do Pai... Segundo a interpretação bahá’í, a vinda de cada Manifestante de Deus é um Dia de Juízo, mas a vinda do Manifestante Supremo, Bahá’u’lláh, é o grande Dia do Juízo para o ciclo mundial em que vivemos. A Ressurreição O Dia do Juízo é também o Dia da Ressurreição. Bahá’u’lláh escreve: “Pelos termos “vida” e “morte” mencionados nas Escrituras, entende-se a vida da fé e a morte que é a descrença. O povo em geral, não podendo compreender a significação destas palavras, rejeitou e desprezou a pessoa do Manifestante, privouse da luz da Sua divina guia, e recusou seguir o exemplo daquela Beleza imortal... Em cada era e século, os Profetas de Deus e Seus eleitos não tiveram outro objetivo senão o de afirmar a significação espiritual dos termos “vida”, “ressurreição” e “juízo”... Fosses tu atingir uma simples gota de orvalho das águas cristalinas da Sabedoria Divina, facilmente compreenderias que a verdadeira vida não é comum aos homens e animais, ao passo que a vida do espírito é possuída somente pelos puros de coração, por aqueles que tenham sorvido do oceano da fé e participado do fruto da certeza. Essa vida não conhece a morte, e essa existência é coroada pela imortalidade. Assim como se disse: “Quem é um crente verdadeiro, vive neste mundo e no [38]
  • 39. Manual do instrutor vindouro.” Se por “vida” se entende esta vida terrena, evidentemente, a morte há de alcançá-la.” Bem e Mal “Quanto a tua observação de haver ‘Abdu’l-Bahá dito a alguns dos amigos que não existe o mal, que é uma coisa inexistente, isso é uma verdade, desde que o maior mal para o homem é desviar-se e interpor um véu entre ele e a verdade. O erro é a falta de orientação; a escuridão é a ausência de luz; a ignorância é a falta do saber; a falsidade é a ausência da verdade; a cegueira é a falta da vista; e a surdez é a falta da audição. Por conseguinte, o erro, a cegueira, a surdez e a ignorância são coisas inexistentes.” Milagres “Os Santos Manifestantes são fontes de milagres, autores de prodígios. Para Eles a coisa mais difícil e impraticável toma-se possível e fácil... Os Livros Sagrados usam, porém, uma terminologia especial, e nenhuma importância é dada a esses milagres e prodígios pelos próprios Manifestantes; nem sequer desejam Eles mencioná-los... Milagres, pois, não constituem provas. Embora o possam ser para aqueles que os assistem, não o são para os ausentes. Mas no tempo do Manifestante, quem possui a visão interior percebe milagres em todas as Suas condições, pois são superiores às de outrem, sendo isto em si um milagre absoluto. Lembremo-nos de que Cristo, solitário e sozinho, sem ninguém que O amparasse ou protegesse, sem exército nem legiões, vítima da mais severa opressão, levantou o estandarte de Deus ante todos os povos do mundo, resistindolhes e, finalmente, conquistando a todos, embora Seu corpo fosse crucificado. Eis um verdadeiro milagre que jamais poderemos negar. Outra prova da verdade de Cristo é desnecessária.” ‘Abdu’l-Bahá [39]
  • 40. Manual do Instrutor 8 Analogias e Metáforas Para seguirmos o exemplo de nosso amado ‘Abdu’l-Bahá, poderemos estudar as principais analogias e metáforas encontradas nos Ensinamentos Bahá’ís. Estas analogias e metáforas serão de imensa utilidade quando estivermos ensinando a Fé: são simples de se mencionar e fáceis de se entender, embora abordem, na maioria das vezes, temas complexos ou verdades espirituais profundas. As metáforas e analogias facilitam o entendimento de verdades espirituais profundas e complexas e foram largamente utilizadas pelos Profetas de Deus em todos os tempos. Bahá’u’lláh, o Báb e Abdu’l-Bahá revelaram centenas de analogias e metáforas. Dentre as mais conhecidas na Fé Bahá’í, destacamos as seguintes: 1. Deus = o sol - Manifestantes = espelhos a refletir a luz do sol para a humanidade inteira Com esta analogia, citada originalmente no Kitáb-i-Íqán (O Livro da Certeza), Bahá’u’lláh nos ensina a progressividade da religião. Os Manifestantes refletem a luz, o esplendor e o calor que emana do Sol e embora sem ser o Sol, transmite suas características e dádivas. 2. A religião e a ciência = Asas de um mesmo pássaro Com esta analogia, aprendemos que tanto a religião quanto a ciência devem trabalhar em harmonia pois sem este equilíbrio essencial o pássaro da humanidade não pode alçar voo. Uma analogia muito utilizada para explicar o princípio da harmonia entre a religião, a ciência e a razão. 3. O homem e a mulher = Asas de um mesmo pássaro É uma variação da analogia anterior significando que a raça humana, tal qual um pássaro somente poderá voar se houver o equilíbrio entre as duas asas. Uma analogia muito utilizada para explicar o princípio da igualdade de direitos entre homens e mulheres. 4. A humanidade = Folhas e ramos de uma mesma árvore, gotas de um mesmo mar, estrelas de um mesmo céu. Talvez uma das analogias mais conhecidas dos ensinamentos bahá’ís, ela reflete o princípio central da Mensagem de Deus para nossos dias: a Unidade do Gênero Humano. Devemos ser unidos como o são as folhas e o ramo de uma mesma [40]
  • 41. Manual do instrutor árvore, as estrelas em um céu, as gotas em um mar. 5. O homem (e a mulher) = Mina rica em jóias de inestimável valor. A educação = Instrumento para a “exploração” da mina. Demonstra que temos, potencialmente, dentro de cada um de nós o toque da divindade, os atributos e virtudes divinas e que somente através da adequada educação poderemos nos desenvolver. É como um diamante ou outro mineral nas profundidades da mina, sem o trabalho de exploração e depois de lapidação, não poderá vir a se tomar uma jóia preciosa. 6. Coração humano = templo para a descida de Deus Demonstra que o lar de Deus é o coração de Suas criaturas. Mas, para que Ele ali se manifeste é necessário purificá-lo e santificá-lo. Decorrente de uma das belas Palavras Ocultas de Bahá’u’lláh, também é referida para explicar que a espiritualidade, os serviços devocionais (orações e meditações) não necessitam de um lugar físico, uma Igreja ou Catedral para ser experimentada. 7. A Terra = Um só país. A Humanidade = Cidadãos desse país Decorrente de uma das sentenças mais conhecidas de Bahá’u’lláh em todo o mundo, esta analogia demonstra claramente que nosso amor pela humanidade como um todo deve ser ilimitado, muito além das distinções de nacionalidades e das fronteiras geográficas que formam os mapas. Demonstra também que todos na Terra são como os “cidadãos de um mesmo país”. 8. Ferro frio e opaco = o ser humano material. Ferro aquecido e incandescente = o ser humano espiritual Decorrente de uma maravilhosa explicação de ‘Abdu’l-Bahá sobre o mistério do sacrifício, esta analogia demonstra que o nosso progresso espiritual depende de auto-sacrifício e renúncia. Do grau em que estivermos dispostos a sacrificar nosso ego, nossos desejos maus e corruptos em favor de uma vida espiritual plena e feliz. Assim, se o ferro não aceitar ser aquecido pelo calor da fornalha, renunciando então às suas qualidades (solidez, frieza, opacidade) não adquirirá as novas e mais preciosas qualidades (flexibilidade, o calor, o brilho). 9. Prisão = o ego. O ser humano = prisioneiro que anseia pela liberdade Esta analogia remonta a uma visita no início do século que , Abdu’l-Bahá fez a uma prisão na Inglaterra e que então escreveu no livro de visitas do presídio: “A [41]
  • 42. Manual do Instrutor única prisão é a prisão do ego, quando o homem se libertar desta prisão, alcançará então a verdadeira liberdade.” Demonstra que nosso ego nos mantêm prisioneiros do mundo material, impedindo então a aquisição das virtudes espirituais. 10. Oceano = Palavras de Deus. Ser Humano = Mergulhador no Oceano Decorrente de um versículo revelado por Bahá’u’lláh no Kitáb-i-Aqdas, esta analogia demonstra que a não ser que mergulhemos no Oceano das Palavras Divinas, ficaremos privados de contemplar “as pérolas de sabedoria que jazem ocultas em suas profundezas”. Em outras palavras, se não lermos e meditarmos sobre o que Deus revelou seremos como um banhista que anda apenas pela areia do mar, sem aventurar-se a nele ingressar. 11. Ímã = Língua bondosa. Pão do Espírito = Língua bondosa Demonstra que a espiritualidade depende de termos uma língua bondosa, pois ela “veste as palavras de significados, é a fonte de luz da sabedoria e compreensão”. A língua foi feita para mencionar a Deus e não para a maledicência, a difamação, a fofoca e a calúnia. Quando falamos palavras bondosas atraímos os corações tal qual um magneto atrai um metal. 12. Luz da Unidade = Ilumina a terra inteira Decorrente da sentença de Bahá’u’lláh de que a luz da unidade é tão poderosa que pode iluminar a Terra inteira”, vemos a demonstração da luz como a Unidade, o princípio central da Mensagem de Bahá’u’lláh. 13. Árvore = Ser Humano. Frutos = Ações Humanas Demonstra que somos o que praticamos. Se somos bons nossas ações o dirão, (assim como um homem feio, por mais que diga que é bonito, não poderá enganar a ninguém). Devemos ser conhecidos pelos nossos atos e não pelas nossas bonitas palavras. 14. Água = Oração Decorrente de uma sentença de ‘Abdu’l-Bahá de que “a oração é a Água da Vida”. Demonstra que assim como uma plantinha necessita receber água para seu crescimento o desenvolvimento espiritual do ser humano depende de seu espírito receber a luz da oração, a comunhão e contato com o Bem-Amado. [42]
  • 43. Manual do instrutor 15. Terra = Humildade Bahá’u’lláh ensina que devemos aprender a humildade com a terra: dela recebemos riqueza e progresso, retiramos nossos alimentos, construímos nossas casas e, no entanto, não nos sentimos envergonhados em pisoteá-la. 16. Jardim = Coração Humano. Planta = Amor Decorrente de uma bela Palavra Oculta de Bahá’u’lláh de que “no jardim do teu coração nada plantes salvo a rosado amor”, nesta analogia entendemos que o coração, o sentimento, a emoção humana é fundamentada no amor. 17. Espelho = Coração Puro. Polimento = Amor e Desprendimento Demonstra que a não ser que limpemos nossos corações com o polimento do amor e do desprendimento não poderemos, como um espelho limpo, refletir em nosso ser interior, espiritual, o brilho emanado do Sol da Realidade, Deus. 18. Corpo e Alma = Raça Humana Bahá’u’lláh ensina que “a raça humana deve ser como um só corpo e uma só alma”. Assim, entendemos que o sofrimento da parte é o sofrimento do todo e a alegria da parte é a alegria do todo. Se nosso braço sofre, todo o corpo sofre. 19. Sangue = Contribuição aos fundos Decorrente da frase de nosso amado Guardião, Shoghi Effendi de que “os fundos são o sangue vital da Causa”. Demonstra que, como nosso corpo necessita de sangue nas veias, correndo incessantemente, assim também o corpo da Causa de Deus necessita de recursos materiais para progredir e se desenvolver. 20. Ponto = Conhecimento. Multiplicidade de pontos = Ignorância Decorrente de uma sentença de Bahá’u’lláh de que “todo o conhecimento é um ponto, os ignorantes o multiplicaram”. Demonstra que a Verdade é uma só mas aqueles destituídos de conhecimento criaram suas “verdades”. Demonstra ainda a força da unidade. Está conectado com o título do abençoado Báb: O Ponto Primordial. 21. Escola = Religião. Diretor = Deus. Professores = Mensageiros de Deus. Alunos = Humanidade Demonstra a progressividade religiosa, bem como as três unidades essenciais: a Unidade de Deus, a Unidade da Religião e a Unidade da Humanidade. Demonstra ainda que não devemos fazer distinções entre os Educadores Divinos, que Eles [43]
  • 44. Manual do Instrutor vêm nos ensinar a todos igualmente e que é necessário a humanidade passar por todos os graus da Escola para chegar à conclusão do curso. Assim, o educador da terceira série não é menos importante e essencial que o educador da oitava série e assim por diante. 22. Primavera = Vinda de um Mensageiro Bahá’u’lláh chama de “Primavera Divina” a época em que Deus envia Sua Manifestação. Demonstra que é um tempo, uma época especial: cores e fragrâncias, ordem e beleza, que simbolizando a chegada da primavera, associam-se à proximidade da primavera celestial. 23. Rosa negra = Criança negra É decorrente da observação de ‘Abdu’l-Bahá, enquanto visitava a Missão Bowery, um orfanato em New York, quando dirigindo-Se a uma criança de cor negra disse: “Você é tão preciosa quanto uma bela rosa negra!” Demonstra que não devemos ter qualquer espécie de preconceito, seja racial, cor, classe, credo, nacionalidade. Demonstra também que devemos sempre procurar em cada pessoa as qualidades, as virtudes. 24. Humanidade = Jardim Multicolorido Decorrente da sentença de Bahá’u’lláh de que “somos as flores coloridas de um imenso jardim”, encontramos nesta analogia o princípio da unidade na diversidade. Ou seja, quanto mais diferentes somos uns dos outros mais belo se torna o jardim da humanidade. O contrário seria a monotonia e a tristeza: um jardim com flores de uma única espécie seria uma humanidade com pessoas da mesma raça, cor, credo, classe, nacionalidade. [44]
  • 45. Manual do instrutor 9 A Finalidade da Administração Bahá’í “O Senhor ordenou que em cada cidade fosse estabelecida uma Casa de Justiça onde se reunissem consultores em número de Bahá (9) ...Compete-lhes serem os fidedignos do Misericordioso entre os homens e considerarem-se a si próprios guardiões designados por Deus para todos os que habitam na terra.” Bahá’u’lláh ASPECTOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO BAHÁ’Í 1. A Administração Bahá’í é a organização através da qual os bahá’ís realizam o trabalho da Fé em todo o mundo. 2. O Espírito Santo da Causa Bahá’í é comparável à alma do homem e a Administração ao seu corpo físico. Um sem o outro seria incompleto. 3. O propósito real da Administração Bahá’í é ajudar os crentes a levarem a Mensagem e o Amor de Bahá’u’lláh a todos os homens. “A responsabilidade pelo ensino, individual ou coletivamente, foi revelada e repetida muitas vezes pelo Báb, por Bahá’u’lláh e por ‘Abdu’l-Bahá. Promessas de auxílio divino e graças espirituais para todos aqueles que se levantarem “para promover a Causa de Deus” constituem algumas das mais inspiradas e impressivas passagens das Escrituras Sagradas.” Shoghi Effendi 4. A Administração Bahá’í procede de Deus e por isso é divina. É diferente de qualquer outro sistema no mundo, criado pelo homem. 5. Os princípios da Administração Bahá’í foram estabelecidos pelo próprio Bahá’u’lláh, no Seu Livro Mais Sagrado, Kitáb-i-Aqdas. “Bahá’u’lláh, em Seu Livro Kitáb-i-Aqdas , e mais tarde, ‘Abdu’l-Bahá em Sua Vontade e Testamento - um documento que confirma, suplementa e correlaciona as previsões do Kitáb-i-Aqdas – estabeleceram em sua totalidade os elementos essenciais para constituição da Comunidade Bahá’í” Shoghi Effendi [45]
  • 46. Manual do Instrutor 6. Bahá’u’lláh aboliu a instituição sacerdotal, para que ninguém se aproveite da religião para servir aos seus próprios interesses e aos desejos mundanos. 7. Todo bahá’í deve orar por si mesmo e não pagar a outra pessoa para orar por ele, como é feito em muitas outras religiões. 8. O bahá’í pede a graça de Deus e o perdão para si mesmo, e não precisa de um sacerdote para fazer isso por ele - através de rituais e cerimônias criados pelo próprio homem. 9. Todo bahá’í pode estabelecer contato com Deus através de Seu Manifestante e nenhum intermediário é preciso para fazermos contato com Bahá’u’lláh. 10. Bahá’u’lláh determinou que cada um de nós deve buscar a verdade por si mesmo, a fim que possamos ver com nossos próprios olhos e não com os olhos dos outros, e ouvir com nossos próprios ouvidos e entender com a nossa própria inteligência, 11. Ninguém tem o direito de interpretar os ensinamentos e as escrituras de Bahá’u’lláh. Esta oportunidade foi dada apenas a , Abdu’l-Bahá pelo próprio Bahá’u’lláh, e depois de ‘Abdu’l-Bahá somente a Shoghi Effendi foi dado o direito de interpretação. “...O caráter distintivo da Revelação Bahá’í não consiste unicamente na validade inquestionável e integridade da Dispensação, a qual os ensinamentos de Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá estabeleceram. A sua excelência no fato de que aqueles elementos que foram, nas Dispensações passadas, sem a mínima autoridade de seus fundadores, a fonte de corrupção e de incalculável dano à Fé de Deus, foram estritamente excluídos através dos textos claros das Escrituras de Bahá’u’lláh.” Shoghi Effendi 12. Em vez de ter sacerdotes para tratar dos assuntos religiosos na comunidade, Bahá’u’lláh estabeleceu a base de um maravilhoso sistema de Administração, através do qual todos nós podemos trabalhar juntos para o progresso da Fé e pelo bem-estar espiritual da comunidade. A Administração Bahá’í como todos os outros ensinamentos de Bahá’u’lláh, é divina em sua origem. [46]
  • 47. Manual do instrutor “... Bahá’u’lláh... não somente imbuiu a humanidade com um espírito novo e regenerador. Ele não somente enunciou certos princípios universais, ou propôs uma filosofia particular, não importa quão potente, sadia e universal eles possam ser. Além destes, Ele, bem como ‘Abdu’l-Bahá depois dEle diferentemente das dispensações do passado, clara e especificamente delineou um conjunto de Leis, estabeleceu instituições definidas e estipulou a essência da Economia Divina. Estas são destinadas a ser um padrão para a sociedade futura, um instrumento supremo para o estabelecimento da Máxima Paz e o agente singular para a unificação do mundo, e a proclamação do reino de retidão e justiça na terra. Eles não somente revelaram todas as diretrizes necessárias para a realização prática daqueles ideais, os quais os Profetas de Deus visualizaram e os quais desde tempos imemoriais infamaram a imaginação dos místicos e poetas em cada época. Por meio de uma linguagem enfática e inequívoca, eles também designaram aquelas instituições gêmeas da Casa de Justiça e da Guardiania como seus sucessores escolhidos destinados a aplicar os princípios, promulgar as leis, proteger as instituições, adaptar leis e inteligentemente a Fé aos requisitos da sociedade progressiva e consumar a herança incorruptível, a qual os Fundadores da Fé legaram ao mundo.” Shoghi Effendi 13. A Administração Bahá’í opera em quatro graus: LOCAL, REGIONAL, NACIONAL e INTERNACIONAL. [47]
  • 48. Manual do Instrutor 10 Padrão de Vida Bahá’í A. O instrutor deve estar sempre atento em demonstrar em sua vida aqueles atributos espirituais prescritos por Bahá’u’lláh a Seus seguidores. Sendo assim, citamos nove características básicas que o instrutor deve buscar personificar: · Ser veraz · Ser honesto · Ser asseado e limpo · Ser cortês · Ser humilde · Ser digno de confiança · Ser radiante (bem-humorado) · Ser respeitoso · Falar com dignidade · Manter sagrada a palavra · Ser responsável B. A importância da Hospitalidade Este é um ponto muito importante na vida de um instrutor. A hospitalidade deve ser sua característica principal, principalmente se estiver hospedado em uma Sede Bahá’í ou na residência de um Bahá’í. Além da boa conduta que o Instrutor deve ter, necessário se faz que ele tenha tato e habilidade no relacionamento com seus anfitriões. Alguns conselhos práticos a serem observados: - Ao ficar hospedado em um lar bahá’í esteja atento para os horários da residência em que está hospedado: que horas acordam, almoçam, jantam e se recolhem. - O instrutor não deve ter nenhum pretexto para não cumprir os horários da residência em que está hospedado. Caso não possa cumpri-los, em um determinado dia ou tenha que se atrasar, informe seus anfitriões com antecedência. [48]
  • 49. Manual do instrutor - Não deve, sob hipótese-alguma, se intrometer em assuntos internos da família, evitando assim futuros constrangimentos e mal-entendidos que, de resto, prejudicariam o sucesso de suas atividades na cidade. - Não deve perturbar a tranquilidade e a segurança do lar: utilizando rádios, walkman ou aparelho de TV em alto volume ou em hora imprópria. - Deve sempre manter seu quarto asseado e arrumado, a cama feita, o banheiro limpo após o uso. - Deve sempre lavar suas roupas ou buscar meios para a lavagem de suas roupas de forma a não incomodar os anfitriões. - Deve ser sempre prestativo: se oferecer, quando vir que é necessário, para ajudar a colocar a mesa ou lavar os pratos após as refeições, ou outros pequenos serviços domésticos. - Não andes pela residência com roupas de dormir ou trajes sumários. - Utilize telefone somente após autorização, principalmente se for uma ligação interurbana. - Não trazer ninguém estranho ou sem o convite dos seus anfitriões. - Evite críticas aos hábitos de alguma pessoa da família que lhe hospeda. C. O instrutor deve evitar a todo custo: · Maledicência . Malícia · Envolver-se em assuntos internos da Comunidade onde está ensinando · Desobedecer as Instituições da Fé ou mesmo criticá-las, sem antes haver consultado sobre o objeto da crítica com a própria Instituição. . Qualquer procedimento que crie desunião e desavença. Outras Exortações 01) Associar-se fraternalmente com seguidores de todas as religiões. 02) Honrar os pais. 03) Não desejar para outros o que não desejamos para nós mesmos. [49]
  • 50. Manual do Instrutor 04) Ensinar e propagar a Fé depois da Ascensão de Seu Fundador. 05) Ajudar aqueles que se levantam a promover a Fé. 06) Não desviar-se dos Escritos e não ser enganado por aqueles que se desviaram. 07) Referir-se aos Escritos Sagrados quando surgirem diferenças. 08) Imergir-se no estudo dos Ensinamentos. 09) Não seguir as vãs fantasias e imaginações. 10) Recitar os versos sagrados de manhã e de noite. 11) Recitar a Oração Obrigatória 12) Recitar os versos sagrados melodiosamente. 13) Ensinar seus filhos a cantar os versos sagrados no Mashriqu’l-Adhkár. 14) Estudar tais artes e ciências que beneficiam a humanidade. 15) Consultar juntos. 16) Não ser indulgente em cumprir os estatutos de Deus. 17) Arrepender-se dos pecados perante Deus. 18) Distinguir-se através de boas ações. a) ser veraz b) ser fidedigno c) ser fiel d) ser reto e temer a Deus. e) ser justo e equânime f) ser sábio e ter tato g) ser cortês h) ser hospitaleiro i) ser perseverante j) ser desprendido k) ser absolutamente submisso à Vontade de Deus i) não provocar maldades m) não ser hipócrita n) não ser orgulhoso o) não ser fanático p) não se preferir em lugar do próxImo q) não entrar em contenda com o próximo r) não ser indulgente com suas próprias paixões s) não se lamentar nas adversidades t) não disputar com aqueles em autoridade u) não perder a paciência v) não enraivecer o próximo [50]
  • 51. Manual do instrutor 19) Estar firmemente em união com todos 20) Consultar médicos competentes quando doente 21) Responder aos convites 22) Estudar línguas para a propagação da Fé. 23) Adiantar o desenvolvimento de cidades e países para a glorificação da Fé. 24) Ser a essência da limpeza: - perfumar-se - banhar-se em água limpa - cortar as unhas - lavar as coisas sujas em água limpa - ser imaculado no vestir-se [51]
  • 52. Manual do Instrutor 11 Para Meditar e Refletir Amor: A Palavra de Deus ateou fogo no coração do mundo; como será deplorável “ se deixardes de vos inflamar com sua chama!” Que tua alma se incandesça com a chama deste Fogo imorredouro que está “ aceso no âmago do coração do mundo, de tal modo que as águas do universo sejam impotentes para lhe esfriar o ardor.” Deixai arder dentro de vossos corações a chama da busca, com tal veemência “ que vos capacite a atingir vossa suprema e excelsa meta - a condição em que vos possais aproximar de vosso Mais-Amado e com Ele vos unir...” Que flama do amor de Deus arda intensamente dentro de vossos corações “ radiantes. Alimentai-a com o óleo da guia Divina e protegei-a no abrigo de vossa constância.” Para cada um de vós o dever de suma importância é escolher para si aquilo “ que nenhum outro possa infringir nem usurpar. Tal coisa - e disso o Onipotente é Minha testemunha - é o amor de Deus, pudésseis vós apenas o perceber.” Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh - p. 197,35,201,202 e 165 No mundo existente, não há ímã mais poderoso do que o do amor.” “ Se os corações dos homens se privarem da Graça Divina - o Amor de Deus “ - estarão vagando no deserto da ignorância, descendo às profundezas da ruína e caindo no abismo do desespero, onde não há refúgio. Serão como insetos, vivendo no mais baixo plano.” ‘Abdu’l-Bahá. Padrão de Vida Bahá’í - p. 70 Unidade é amor. Não se pode estabelecê-la sem amor. Portanto esforça-vos “ o mais possível a estar repletos de amor. O amor é vida perpétua, a mais perfeita vitalidade...” O amor mais elevado é independente de qualquer vantagem pessoal que “ [52]