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Instruções para realização do gêneros textuais que compõem o
         Relatório Final do Estágio Supervisionado I


    Cada aluno-estagiário deverá assistir uma aula, para observar como o professor
     lida com os seus alunos, conhecer o material didático, perceber características
     no seu método de ensino, dialogar com os alunos e criar laços de amizade com
     a equipe gestora da escola, campo de estágio do aluno-estagiário. As atividades
     desenvolvidas deverão ser narradas em 1ª pessoa em um documento
     denominado de "Relatório de Observação".
    Cada aluno-estagiário deverá ministrar uma aula em cada ano do ensino
     fundamental: 6º, 7º, 8º e 9º anos. No intervalo de cada aula, deverá ser
     produzido um documento denominado de "Relatório Reflexivo da Prática
     Docente". Caracterizado como narrativa em primeira pessoa, o aluno-estagiário
     expõe de forma honesta, seu planejamento, seu procedimento de ensino,
     desenvolvimento da aula, discute aspectos da aprendizagem, da interação
     professor-aluno, tudo relacionado a sua prática docente durante uma aula
     específica. O aluno-estagiário deve expor as realizações e acontecimentos
     durante uma determinada aula. É permitido refletir sobre o que poderia ter
     sido feito melhor.
    Durante cada aula, mesmo com a presença do Professor Supervisionador
     (Mauro Uchôa) do Estágio I, um dos colegas que compõe a dupla de alunos-
     estagiários, fará uma narrativa, relatando o que é feito pelo seu colega. Com
     essa outra opinião, será possível refletir melhor a prática pedagógica. Esse
     documento será denominado de "Como foi a aula do meu colega no ano X?" O
     Colega deverá, narrar, os procedimentos de ensino do aluno-estagiário: Como
     ele se apresenta pra turma? Como é a relação aluno-estagiário/aluno/professor
     da escola? Como ele constrói estratégias de aprendizagem? Quais os objetivos
     do professor com aquela aula? Qual o papel do aluno-estagiário e o dos
     alunos? Os conhecimentos prévios dos alunos são valorizados? Qual o
     sentimento dos alunos como relação aquela aula que está sendo ministrada?
     Que estruturas lingusiticas são emfatizadas? Quais as habilidades lingüísticas
     utilizadas? (reading, writing, speaking, listening) E a língua algo? Sendo ela o
     objeto de ensino, como ela é usada no contexto da sala de aula? Observe seu
     colega com atenção! Essa respostas não visam reprovar ou aprovar seu colega
     e sim, fazer com que novas estratégias de ensino sejam repensadas por você,
     aluno-estagiário. Além da observação do Professor Supervisionador, este
     constituirá único e exclusivo documento de avaliação do estágio. Seja honesto
     e eloqüente! A produção desse documento é de responsabilidade do colega do
     professor-estagiário e será usado também como instrumento de avaliação de
     ambos.
   Em seguida o professor retorna para ministrar mais uma aula com os mesmos
       anos. Em seguida é produzido outro relatório constanto as impressões de um
       aluno-estagiário que já conhece a turma, possui noção de domínio de sala, ou
       seja, lança luz sobre aspectos nebulosos na aula anterior. Poderá fazer
       apontamentos para uma melhoria no ensino daquela turma, levando em
       considerações os aspectos didáticos e pedagógicos, as relações mantidas entre
       aluno-estagiário e alunos. Essa impressões são relatadas segundo os princípios
       do "Relatório Reflexivo da Prática Docente"
      Novamente, o colega do professor-estagiário narrará outro relatório "Como foi
       meu segundo encontro com o ano X?", seguindo os passos demonstrando
       anteriormente na produção do relatório "Como foi a aula do meu colega no
       ano X?"
      Na produção dos relatórios, o aluno-estagiário poderá dialogar com autores
       estudados na graduação, quando julgar pertinente. Isso demonstra, que sua
       prática docente será norteada por um principio.
      Toda a junção desses relatos, caracteriza o RELATÓRIO FINAL. Portanto,
       fazendo cada tarefa de forma planejada, no final do ultimo relato, seu
       RELATÓRIO FINAL estará concluído. Não deixe tudo para depois! Ele é
       individual!
      Com capa timbrada e devidos dados de indetificação, em um único documento,
       salve em formato pdf e encaminhe para maurouchoa@hotmail.com. Apenas
       nesse formato digital será aceito seu relatório. OBRIGADO!


Modelos de Relatório Reflexivo


                          Era pra ser ESP, mas eu não sabia.

                                                          José Mauro Souza Uchôa
                                Aluno da disciplina Tópicos em Lingüística Aplicada IV: ESP


      Logo após concluir minha graduação de Letras Inglês, na
Universidade Federal do Acre – Campus Floresta, inicio minha trajetória
como professor do Ensino Superior, na função de docente provisório,
contrato pela Fundação de apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Extensão da
UFAC – FUNDAPE. Minha função era ministrar aulas nos cursos de
graduação, auxiliando os demais colegas que já exerciam essa profissão,
no mesmo regime de trabalho.
Nessa época, ano letivo de 2006, ainda não havia uma distribuição
de disciplina conforme as especialidades. O quadro de professores era
reduzido e inconstante, então a distribuição das disciplinas do curso de
Letras/inglês era destinada primeiramente aos professores com mais anos
de docência no curso. Lembro que logo na minha estréia, fui designado
para ministrar aulas no curso de Ciências Biológicas Bacharelado.

       Não tinha noção de como ensinar inglês instrumental para futuros
biólogos. Minha experiência com o Inglês Instrumental se remetia a época
que eu estudava na graduação. Minha turma de inglês era composta de
vinte alunos e se separava da turma do Curso de Português, constituída de
30 universitários. Quando a turma de inglês mudava de sala para estudar
inglês geral, o restante permanecia para aprender Inglês Instrumental ou
literaturas da língua portuguesa. Sabia que meus colegas do Curso de
Português não gostavam da disciplina Inglês Instrumental, pois
reclamavam constantemente da falta de afetividade com o professor e da
relevância do aprendizado da língua inglesa. Relembro da aflição das
minhas colegas do Curso Letras/Português que inúmeras vezes recorriam
a mim pedindo explicação sobre o emprego dos artigos definido e
indefinido, como passar da voz ativa para a passiva e até mesmo, efetuar
exercícios de mudança da afirmativa para a negativa do simple present.
Para elas, tudo aquilo era muito familiar, mas mesmo assim não sabiam
ainda empregar todas aquelas regras, pois anos haviam se passado desde
o término do Ensino Médio, e não compreendia o porquê de rever tudo
aquilo na faculdade.

      Com base nessa experiência, na função agora de docente recém
contratado, eu tinha em mente que o ensino do Inglês Instrumental para
os alunos do Curso de Biologia deveria ser diferente da experiência
vivenciada pelos meus colegas de graduação e até mesmo, ser diferente
do inglês cursado no Ensino Médio, pois não poderia ser uma reprodução
de uma prática pedagógica já vivenciada por meus futuros alunos. Como
tornar o ensino do Inglês Instrumental significativo para aqueles que em
poucos anos seriam os primeiros biólogos?

     A resposta eu não tinha, mas minhas reflexões e inquietudes
apontavam para algo que deveria ser diferenciado. A ementa da disciplina
propunha uma direção: algo que privilegiasse o ensino da leitura e da
escrita de textos da área de biologia.

       Via-me diante de uma árdua missão. Não existia material na
biblioteca. Naquela época, não tinha acesso aos periódicos publicados na
Internet. Consegui emprestado com alguns colegas biólogos, textos de
botânica e ecologia, escritos em inglês, e selecionei alguns textos para
ensino de técnicas de leitura.

      Na sala de aula, meus alunos sabiam mais sobre o assunto: fator
coerente, pois eles já tinham cursado um semestre de Biologia Básica e
Botânica. Mas, diante da minha falta de tempo para aprender conteúdos
tão complexos, a partir das próximas dez aulas, passei a ministrar o que eu
mais sabia ensinar: os tempos verbais.

      As estruturas verbais da língua inglesa passaram a ser objetos de
ensino enquanto que os textos da área de botânica e ecologia, usados
apenas para identificar formas verbais, passaram a ser usados como
pretexto para o ensino da gramática da língua inglesa.

      Hoje, ao refletir sobre essa prática vivenciada alguns anos atrás,
compreendo porque que muitos daqueles alunos, na época da defesa do
trabalho de conclusão do curso recorriam a mim, pedindo ajuda para
elaborar o abstract dos seus trabalhos de conclusão de curso (TCCs), por
exemplo.

      Faltou-me embasamento teórico para fazer a análise das
necessidades daqueles futuros biólogos. Talvez, dizer que o aprendizado
daquela língua estrangeira possibilitaria o acesso à literatura da área de
biologia não foi coerente com a estratégia de ensino adotada, pois quando
eles precisaram produzir os abstracts, nesse caso, eles não dispunham de
conhecimentos estruturais do gênero, nem mesmo dos recursos lexicais
inerentes à área de biologia.
Modelos de Relatório Reflexivo - dialogo com teóricos


                   Relatório final de conclusão de disciplina

                                                      José Mauro Souza Uchôa
                            Aluno da disciplina Tópicos em Lingüística Aplicada IV: ESP


      Nesse relatório de conclusão de disciplina, apresentarei um
panorama das leituras feitas durante o andamento do curso em Ensino de
Inglês para Fins Especifico. Essas leituras serão confrontadas com minha
experiência no ESP, demonstrando o que mudaria na minha prática
docente nessa área.

      Logo no primeiro dia de aula, fui apresentado a um texto adaptado
de Hutchinson & Waters (1987), intitulado The city of ELT. Nesse texto
pude perceber que ao longo dos anos, dadas as necessidades humanas, o
ensino de ESP vem recebendo inúmeras denominações: EAP, EST, ESS,
EBE.

      Sempre norteados pelas leituras de Hutchinson & Waters (1987),
Strevens (1988), Dudley-Evans e St John (1997) Ramos (2005), Celani
(2009) Pinto (2009) pude compreender o processo de expansão do ESP no
mundo e no Brasil. Segundo esses autores, o mundo observou, após a 2ª
Guerra Mundial, uma intensa busca por novas conquistas no intuito de se
expandir as relações políticas e econômicas. A reconstrução da Europa e o
poderio dos Estados Unidos favoreceram o deslocamento de falantes de
outras línguas diferente do inglês em busca de novas oportunidades de
trabalho ou formação Professional. Dada a demanda de uso da língua
inglesa, emergiu novas estratégias de ensino para suprir as especificas
necessidades dos novos falantes do inglês.

     No Brasil, no final da década de 70, um grande projeto de ESP é
formatado na Pontifícia Universidade de São Paulo. Celani (1988) ao fazer
um levantamento do ensino de ESP nas universidades brasileiras constata
que faltava, naquela época, um projeto de ensino que suprisse as
necessidades de leituras da literatura especializada nas áreas de estudo de
cada curso de graduação, uma vez que a maiorias dos periódicos são
publicados em língua inglesa.

      A partir dessa iniciativa, várias universidades passaram a integrar o
Projeto Nacional de Inglês Instrumental. Cada instituição possuía uma
demanda específica, portanto fazia-se necessário que todas as
universidades produzissem o seu material de ensino de acordo com as
necessidades locais. Dessa forma, o ensino de ESP no Brasil se expande,
ganhando identidade diferente em cada instituição de ensino participante
do projeto.

      Ramos (2005) nos faz refletir sobre as abordagens de ensino de ESP
que surgiram no Brasil. Segundo a pesquisadora, muitos mitos foram
criados em torno das propostas de ensino. A idéia de que o ensino de
instrumental deveria se basear apenas em leitura ou em ensino de inglês
técnico prevaleceu por muito tempo. Sobre esses mitos que nos faz
lembrar Ramos, me faz lembrar a minha experiência com o ESP, a qual
volto a relatar novamente, mas oportunamente, ao longo dessa narrativa,
confronto minha vivência com as orientações teóricas estudadas durante
o curso.

      Logo após concluir minha graduação de Letras Inglês, na
Universidade Federal do Acre – Campus Floresta, inicio minha trajetória
como professor do Ensino Superior, na função de docente provisório,
contrato pela Fundação de apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Extensão da
UFAC – FUNDAPE. Minha função era ministrar aulas nos cursos de
graduação, auxiliando os demais colegas que já exerciam essa profissão,
no mesmo regime de trabalho. Naquela época, ano letivo de 2006, ainda
não havia uma distribuição de disciplina conforme as especialidades. O
quadro de professores era reduzido e inconstante, então a distribuição
das disciplinas do curso de Letras/inglês era destinada primeiramente aos
professores com mais anos de docência no curso. Lembro que logo na
minha estréia, fui designado para ministrar aulas no curso de Ciências
Biológicas Bacharelado.
Aqui, me faz lembrar as palavras de Ramos (2005) quando se refere
às concepções de ensino de ESP. Segundo ela, alguns professores foram
mistificando ao longo dos anos as práticas de ensino de inglês
instrumental. Muitas universidades concebiam o professor que não tem
experiência com a sala de aula como o ideal para o ensino de ESP, como se
no instrumental os professores recém-contratados fossem adquirir a
experiência necessária para atuar nos cursos de Letras.

       Não tinha noção de como ensinar inglês instrumental para futuros
biólogos. Minha experiência com o Inglês Instrumental se remetia a época
que eu estudava na graduação. Minha turma de inglês era composta de
vinte alunos e se separava da turma do Curso de Português, constituída de
30 universitários. Quando a turma de inglês mudava de sala para estudar
inglês geral, o restante permanecia para aprender Inglês Instrumental ou
literaturas da língua portuguesa. Sabia que meus colegas do Curso de
Português não gostavam da disciplina Inglês Instrumental, pois
reclamavam constantemente da falta de afetividade com o professor e da
relevância do aprendizado da língua inglesa. Relembro da aflição das
minhas colegas do Curso Letras/Português que inúmeras vezes recorriam
a mim pedindo explicação sobre o emprego dos artigos definido e
indefinido, como passar da voz ativa para a passiva e até mesmo, efetuar
exercícios de mudança da afirmativa para a negativa do simple present.
Para elas, tudo aquilo era muito familiar, mas mesmo assim não sabiam
ainda empregar todas aquelas regras, pois anos haviam se passado desde
o término do Ensino Médio, e não compreendia o porquê de rever tudo
aquilo na faculdade.

       Há de se perceber, nesse trecho da narrativa, que minha concepção
de instrumental, criada a partir da observação da prática docente já
cristalizada naquela instituição, desnorteava, em muito, da proposta de
ensino proposta pelos teóricos da área de ESP. Para Hutchinson & Waters
(1987) não existe ensino sem o levantamento das necessidades dos
alunos, portanto, o ESP baseia-se no pressuposto de que a aprendizagem
é centrada no aluno e um levantamento das necessidades dos alunos é o
ponto de partida para elaboração de um curso. O que eu observava como
ensino de Inglês Instrumental era, simplesmente, a reprodução de um
ensino tradicional atrelado as teorias estruturalistas e às abordagens
behaviorista de ensino.

      Com base nessa experiência, na função de docente recém
contratado, eu tinha em mente que o ensino do Inglês Instrumental para
os alunos do Curso de Biologia deveria ser diferente da experiência
vivenciada pelos meus colegas de graduação e até mesmo, ser diferente
do inglês cursado no Ensino Médio, pois não poderia ser uma reprodução
de uma prática pedagógica já vivenciada por meus futuros alunos. Como
tornar o ensino do Inglês Instrumental significativo para aqueles que em
poucos anos seriam os primeiros biólogos? Veja bem, eu tinha a noção de
que era preciso fazer as análises das necessidades dos alunos, mas não
sabia como e nem que havia todo um pressuposto teórico que orientasse
essa prática.

       A resposta eu não tinha, mas minhas reflexões e inquietudes
apontavam para algo que deveria ser diferenciado. A ementa da disciplina
propunha uma direção: algo que privilegiasse o ensino da leitura e da
escrita de textos da área de biologia, direção essa que remete aos mitos
de ensino de ESP apresentados por Ramos (2005). Eu teria que, amo
mesmo tempo, ser o professor e o criador de uma proposta de ensino que
fosse alternativo ao ensino já vivenciado em outras épocas naquela
instituição.

       Via-me diante de uma árdua missão. Não existia material na
biblioteca. Naquela época, não tinha acesso aos periódicos publicados na
Internet. Consegui emprestado com alguns colegas biólogos, textos de
botânica e ecologia, escritos em inglês, e selecionei alguns textos para
ensino de técnicas de leitura. É relevante mencionar, uma das minhas
primeiras preocupações foi tentar descobrir material de ensino existente,
mas Celani (2009) me faz agora perceber que uns dos direcionamentos do
ensino de ESP no Brasil foi a de não adotar um livro didático, pois cada
situação necessitaria do professor como elaborador de seu material
didático. Hoje, entendo como sendo necessário conhecer as necessidades
dos alunos, mas antes, dada a inexperiência, preferia que houvesse um
material elaborado para ser aplicado aos alunos.
Na sala de aula, meus alunos sabiam mais sobre o assunto: fator
coerente, pois eles já tinham cursado um semestre de Biologia Básica e
Botânica. Mas, diante da minha falta de tempo para aprender conteúdos
tão complexos, a partir das próximas dez aulas, passei a ministrar o que eu
mais sabia ensinar: os tempos verbais.

      Ramos (2005) explica que essa prática ficou enraizada por muito
tempo e levava o nome de ESP de forma totalmente destoantes dos
pressupostos de ensino de instrumental. As estruturas verbais da língua
inglesa passaram a ser objetos de ensino enquanto que os textos da área
de botânica e ecologia, usados apenas para identificar formas verbais,
passaram a ser usados como pretexto para o ensino da gramática da
língua inglesa.

      Hoje, ao refletir sobre essa prática vivenciada alguns anos atrás,
compreendo porque que muitos daqueles alunos, na época da defesa do
trabalho de conclusão do curso recorriam a mim, pedindo ajuda para
elaborar o abstract dos seus trabalhos de conclusão de curso (TCCs), por
exemplo. Faltou-me embasamento teórico para fazer a análise das
necessidades daqueles futuros biólogos. Talvez, dizer que o aprendizado
daquela língua estrangeira possibilitaria o acesso à literatura da área de
biologia não foi coerente com a estratégia de ensino adotada, pois quando
eles precisaram produzir os abstracts, nesse caso, eles não dispunham de
conhecimentos estruturais do gênero, nem mesmo dos recursos lexicais
inerentes à área de biologia.

      A lição que levo dessas experiências, a partir das leituras acima
mencionadas é que, tanto na função de professor de ESP, quanto na
função de alunos desta disciplina, o processo de ensino de instrumental
exige como pressuposto básico a realização da análise de necessidades
dos alunos, ação primordial que vai nortear todo o processo de produção
de material didático, organização e aplicação de um curso. Pois, como
relembram Hutchinson & Waters (1987: as escolhas que são feitas devem
refratar os anseios dos alunos, pois a partir do momento que os alunos
dirão ao professor que tipo de inglês eles precisam, será possível inferir
qual o inglês adequado para eles.
Instruções para Relatório de Estágio

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Instruções para Relatório de Estágio

  • 1. Instruções para realização do gêneros textuais que compõem o Relatório Final do Estágio Supervisionado I  Cada aluno-estagiário deverá assistir uma aula, para observar como o professor lida com os seus alunos, conhecer o material didático, perceber características no seu método de ensino, dialogar com os alunos e criar laços de amizade com a equipe gestora da escola, campo de estágio do aluno-estagiário. As atividades desenvolvidas deverão ser narradas em 1ª pessoa em um documento denominado de "Relatório de Observação".  Cada aluno-estagiário deverá ministrar uma aula em cada ano do ensino fundamental: 6º, 7º, 8º e 9º anos. No intervalo de cada aula, deverá ser produzido um documento denominado de "Relatório Reflexivo da Prática Docente". Caracterizado como narrativa em primeira pessoa, o aluno-estagiário expõe de forma honesta, seu planejamento, seu procedimento de ensino, desenvolvimento da aula, discute aspectos da aprendizagem, da interação professor-aluno, tudo relacionado a sua prática docente durante uma aula específica. O aluno-estagiário deve expor as realizações e acontecimentos durante uma determinada aula. É permitido refletir sobre o que poderia ter sido feito melhor.  Durante cada aula, mesmo com a presença do Professor Supervisionador (Mauro Uchôa) do Estágio I, um dos colegas que compõe a dupla de alunos- estagiários, fará uma narrativa, relatando o que é feito pelo seu colega. Com essa outra opinião, será possível refletir melhor a prática pedagógica. Esse documento será denominado de "Como foi a aula do meu colega no ano X?" O Colega deverá, narrar, os procedimentos de ensino do aluno-estagiário: Como ele se apresenta pra turma? Como é a relação aluno-estagiário/aluno/professor da escola? Como ele constrói estratégias de aprendizagem? Quais os objetivos do professor com aquela aula? Qual o papel do aluno-estagiário e o dos alunos? Os conhecimentos prévios dos alunos são valorizados? Qual o sentimento dos alunos como relação aquela aula que está sendo ministrada? Que estruturas lingusiticas são emfatizadas? Quais as habilidades lingüísticas utilizadas? (reading, writing, speaking, listening) E a língua algo? Sendo ela o objeto de ensino, como ela é usada no contexto da sala de aula? Observe seu colega com atenção! Essa respostas não visam reprovar ou aprovar seu colega e sim, fazer com que novas estratégias de ensino sejam repensadas por você, aluno-estagiário. Além da observação do Professor Supervisionador, este constituirá único e exclusivo documento de avaliação do estágio. Seja honesto e eloqüente! A produção desse documento é de responsabilidade do colega do professor-estagiário e será usado também como instrumento de avaliação de ambos.
  • 2. Em seguida o professor retorna para ministrar mais uma aula com os mesmos anos. Em seguida é produzido outro relatório constanto as impressões de um aluno-estagiário que já conhece a turma, possui noção de domínio de sala, ou seja, lança luz sobre aspectos nebulosos na aula anterior. Poderá fazer apontamentos para uma melhoria no ensino daquela turma, levando em considerações os aspectos didáticos e pedagógicos, as relações mantidas entre aluno-estagiário e alunos. Essa impressões são relatadas segundo os princípios do "Relatório Reflexivo da Prática Docente"  Novamente, o colega do professor-estagiário narrará outro relatório "Como foi meu segundo encontro com o ano X?", seguindo os passos demonstrando anteriormente na produção do relatório "Como foi a aula do meu colega no ano X?"  Na produção dos relatórios, o aluno-estagiário poderá dialogar com autores estudados na graduação, quando julgar pertinente. Isso demonstra, que sua prática docente será norteada por um principio.  Toda a junção desses relatos, caracteriza o RELATÓRIO FINAL. Portanto, fazendo cada tarefa de forma planejada, no final do ultimo relato, seu RELATÓRIO FINAL estará concluído. Não deixe tudo para depois! Ele é individual!  Com capa timbrada e devidos dados de indetificação, em um único documento, salve em formato pdf e encaminhe para maurouchoa@hotmail.com. Apenas nesse formato digital será aceito seu relatório. OBRIGADO! Modelos de Relatório Reflexivo Era pra ser ESP, mas eu não sabia. José Mauro Souza Uchôa Aluno da disciplina Tópicos em Lingüística Aplicada IV: ESP Logo após concluir minha graduação de Letras Inglês, na Universidade Federal do Acre – Campus Floresta, inicio minha trajetória como professor do Ensino Superior, na função de docente provisório, contrato pela Fundação de apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Extensão da UFAC – FUNDAPE. Minha função era ministrar aulas nos cursos de graduação, auxiliando os demais colegas que já exerciam essa profissão, no mesmo regime de trabalho.
  • 3. Nessa época, ano letivo de 2006, ainda não havia uma distribuição de disciplina conforme as especialidades. O quadro de professores era reduzido e inconstante, então a distribuição das disciplinas do curso de Letras/inglês era destinada primeiramente aos professores com mais anos de docência no curso. Lembro que logo na minha estréia, fui designado para ministrar aulas no curso de Ciências Biológicas Bacharelado. Não tinha noção de como ensinar inglês instrumental para futuros biólogos. Minha experiência com o Inglês Instrumental se remetia a época que eu estudava na graduação. Minha turma de inglês era composta de vinte alunos e se separava da turma do Curso de Português, constituída de 30 universitários. Quando a turma de inglês mudava de sala para estudar inglês geral, o restante permanecia para aprender Inglês Instrumental ou literaturas da língua portuguesa. Sabia que meus colegas do Curso de Português não gostavam da disciplina Inglês Instrumental, pois reclamavam constantemente da falta de afetividade com o professor e da relevância do aprendizado da língua inglesa. Relembro da aflição das minhas colegas do Curso Letras/Português que inúmeras vezes recorriam a mim pedindo explicação sobre o emprego dos artigos definido e indefinido, como passar da voz ativa para a passiva e até mesmo, efetuar exercícios de mudança da afirmativa para a negativa do simple present. Para elas, tudo aquilo era muito familiar, mas mesmo assim não sabiam ainda empregar todas aquelas regras, pois anos haviam se passado desde o término do Ensino Médio, e não compreendia o porquê de rever tudo aquilo na faculdade. Com base nessa experiência, na função agora de docente recém contratado, eu tinha em mente que o ensino do Inglês Instrumental para os alunos do Curso de Biologia deveria ser diferente da experiência vivenciada pelos meus colegas de graduação e até mesmo, ser diferente do inglês cursado no Ensino Médio, pois não poderia ser uma reprodução de uma prática pedagógica já vivenciada por meus futuros alunos. Como tornar o ensino do Inglês Instrumental significativo para aqueles que em poucos anos seriam os primeiros biólogos? A resposta eu não tinha, mas minhas reflexões e inquietudes apontavam para algo que deveria ser diferenciado. A ementa da disciplina
  • 4. propunha uma direção: algo que privilegiasse o ensino da leitura e da escrita de textos da área de biologia. Via-me diante de uma árdua missão. Não existia material na biblioteca. Naquela época, não tinha acesso aos periódicos publicados na Internet. Consegui emprestado com alguns colegas biólogos, textos de botânica e ecologia, escritos em inglês, e selecionei alguns textos para ensino de técnicas de leitura. Na sala de aula, meus alunos sabiam mais sobre o assunto: fator coerente, pois eles já tinham cursado um semestre de Biologia Básica e Botânica. Mas, diante da minha falta de tempo para aprender conteúdos tão complexos, a partir das próximas dez aulas, passei a ministrar o que eu mais sabia ensinar: os tempos verbais. As estruturas verbais da língua inglesa passaram a ser objetos de ensino enquanto que os textos da área de botânica e ecologia, usados apenas para identificar formas verbais, passaram a ser usados como pretexto para o ensino da gramática da língua inglesa. Hoje, ao refletir sobre essa prática vivenciada alguns anos atrás, compreendo porque que muitos daqueles alunos, na época da defesa do trabalho de conclusão do curso recorriam a mim, pedindo ajuda para elaborar o abstract dos seus trabalhos de conclusão de curso (TCCs), por exemplo. Faltou-me embasamento teórico para fazer a análise das necessidades daqueles futuros biólogos. Talvez, dizer que o aprendizado daquela língua estrangeira possibilitaria o acesso à literatura da área de biologia não foi coerente com a estratégia de ensino adotada, pois quando eles precisaram produzir os abstracts, nesse caso, eles não dispunham de conhecimentos estruturais do gênero, nem mesmo dos recursos lexicais inerentes à área de biologia.
  • 5. Modelos de Relatório Reflexivo - dialogo com teóricos Relatório final de conclusão de disciplina José Mauro Souza Uchôa Aluno da disciplina Tópicos em Lingüística Aplicada IV: ESP Nesse relatório de conclusão de disciplina, apresentarei um panorama das leituras feitas durante o andamento do curso em Ensino de Inglês para Fins Especifico. Essas leituras serão confrontadas com minha experiência no ESP, demonstrando o que mudaria na minha prática docente nessa área. Logo no primeiro dia de aula, fui apresentado a um texto adaptado de Hutchinson & Waters (1987), intitulado The city of ELT. Nesse texto pude perceber que ao longo dos anos, dadas as necessidades humanas, o ensino de ESP vem recebendo inúmeras denominações: EAP, EST, ESS, EBE. Sempre norteados pelas leituras de Hutchinson & Waters (1987), Strevens (1988), Dudley-Evans e St John (1997) Ramos (2005), Celani (2009) Pinto (2009) pude compreender o processo de expansão do ESP no mundo e no Brasil. Segundo esses autores, o mundo observou, após a 2ª Guerra Mundial, uma intensa busca por novas conquistas no intuito de se expandir as relações políticas e econômicas. A reconstrução da Europa e o poderio dos Estados Unidos favoreceram o deslocamento de falantes de outras línguas diferente do inglês em busca de novas oportunidades de trabalho ou formação Professional. Dada a demanda de uso da língua inglesa, emergiu novas estratégias de ensino para suprir as especificas necessidades dos novos falantes do inglês. No Brasil, no final da década de 70, um grande projeto de ESP é formatado na Pontifícia Universidade de São Paulo. Celani (1988) ao fazer um levantamento do ensino de ESP nas universidades brasileiras constata
  • 6. que faltava, naquela época, um projeto de ensino que suprisse as necessidades de leituras da literatura especializada nas áreas de estudo de cada curso de graduação, uma vez que a maiorias dos periódicos são publicados em língua inglesa. A partir dessa iniciativa, várias universidades passaram a integrar o Projeto Nacional de Inglês Instrumental. Cada instituição possuía uma demanda específica, portanto fazia-se necessário que todas as universidades produzissem o seu material de ensino de acordo com as necessidades locais. Dessa forma, o ensino de ESP no Brasil se expande, ganhando identidade diferente em cada instituição de ensino participante do projeto. Ramos (2005) nos faz refletir sobre as abordagens de ensino de ESP que surgiram no Brasil. Segundo a pesquisadora, muitos mitos foram criados em torno das propostas de ensino. A idéia de que o ensino de instrumental deveria se basear apenas em leitura ou em ensino de inglês técnico prevaleceu por muito tempo. Sobre esses mitos que nos faz lembrar Ramos, me faz lembrar a minha experiência com o ESP, a qual volto a relatar novamente, mas oportunamente, ao longo dessa narrativa, confronto minha vivência com as orientações teóricas estudadas durante o curso. Logo após concluir minha graduação de Letras Inglês, na Universidade Federal do Acre – Campus Floresta, inicio minha trajetória como professor do Ensino Superior, na função de docente provisório, contrato pela Fundação de apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Extensão da UFAC – FUNDAPE. Minha função era ministrar aulas nos cursos de graduação, auxiliando os demais colegas que já exerciam essa profissão, no mesmo regime de trabalho. Naquela época, ano letivo de 2006, ainda não havia uma distribuição de disciplina conforme as especialidades. O quadro de professores era reduzido e inconstante, então a distribuição das disciplinas do curso de Letras/inglês era destinada primeiramente aos professores com mais anos de docência no curso. Lembro que logo na minha estréia, fui designado para ministrar aulas no curso de Ciências Biológicas Bacharelado.
  • 7. Aqui, me faz lembrar as palavras de Ramos (2005) quando se refere às concepções de ensino de ESP. Segundo ela, alguns professores foram mistificando ao longo dos anos as práticas de ensino de inglês instrumental. Muitas universidades concebiam o professor que não tem experiência com a sala de aula como o ideal para o ensino de ESP, como se no instrumental os professores recém-contratados fossem adquirir a experiência necessária para atuar nos cursos de Letras. Não tinha noção de como ensinar inglês instrumental para futuros biólogos. Minha experiência com o Inglês Instrumental se remetia a época que eu estudava na graduação. Minha turma de inglês era composta de vinte alunos e se separava da turma do Curso de Português, constituída de 30 universitários. Quando a turma de inglês mudava de sala para estudar inglês geral, o restante permanecia para aprender Inglês Instrumental ou literaturas da língua portuguesa. Sabia que meus colegas do Curso de Português não gostavam da disciplina Inglês Instrumental, pois reclamavam constantemente da falta de afetividade com o professor e da relevância do aprendizado da língua inglesa. Relembro da aflição das minhas colegas do Curso Letras/Português que inúmeras vezes recorriam a mim pedindo explicação sobre o emprego dos artigos definido e indefinido, como passar da voz ativa para a passiva e até mesmo, efetuar exercícios de mudança da afirmativa para a negativa do simple present. Para elas, tudo aquilo era muito familiar, mas mesmo assim não sabiam ainda empregar todas aquelas regras, pois anos haviam se passado desde o término do Ensino Médio, e não compreendia o porquê de rever tudo aquilo na faculdade. Há de se perceber, nesse trecho da narrativa, que minha concepção de instrumental, criada a partir da observação da prática docente já cristalizada naquela instituição, desnorteava, em muito, da proposta de ensino proposta pelos teóricos da área de ESP. Para Hutchinson & Waters (1987) não existe ensino sem o levantamento das necessidades dos alunos, portanto, o ESP baseia-se no pressuposto de que a aprendizagem é centrada no aluno e um levantamento das necessidades dos alunos é o ponto de partida para elaboração de um curso. O que eu observava como ensino de Inglês Instrumental era, simplesmente, a reprodução de um
  • 8. ensino tradicional atrelado as teorias estruturalistas e às abordagens behaviorista de ensino. Com base nessa experiência, na função de docente recém contratado, eu tinha em mente que o ensino do Inglês Instrumental para os alunos do Curso de Biologia deveria ser diferente da experiência vivenciada pelos meus colegas de graduação e até mesmo, ser diferente do inglês cursado no Ensino Médio, pois não poderia ser uma reprodução de uma prática pedagógica já vivenciada por meus futuros alunos. Como tornar o ensino do Inglês Instrumental significativo para aqueles que em poucos anos seriam os primeiros biólogos? Veja bem, eu tinha a noção de que era preciso fazer as análises das necessidades dos alunos, mas não sabia como e nem que havia todo um pressuposto teórico que orientasse essa prática. A resposta eu não tinha, mas minhas reflexões e inquietudes apontavam para algo que deveria ser diferenciado. A ementa da disciplina propunha uma direção: algo que privilegiasse o ensino da leitura e da escrita de textos da área de biologia, direção essa que remete aos mitos de ensino de ESP apresentados por Ramos (2005). Eu teria que, amo mesmo tempo, ser o professor e o criador de uma proposta de ensino que fosse alternativo ao ensino já vivenciado em outras épocas naquela instituição. Via-me diante de uma árdua missão. Não existia material na biblioteca. Naquela época, não tinha acesso aos periódicos publicados na Internet. Consegui emprestado com alguns colegas biólogos, textos de botânica e ecologia, escritos em inglês, e selecionei alguns textos para ensino de técnicas de leitura. É relevante mencionar, uma das minhas primeiras preocupações foi tentar descobrir material de ensino existente, mas Celani (2009) me faz agora perceber que uns dos direcionamentos do ensino de ESP no Brasil foi a de não adotar um livro didático, pois cada situação necessitaria do professor como elaborador de seu material didático. Hoje, entendo como sendo necessário conhecer as necessidades dos alunos, mas antes, dada a inexperiência, preferia que houvesse um material elaborado para ser aplicado aos alunos.
  • 9. Na sala de aula, meus alunos sabiam mais sobre o assunto: fator coerente, pois eles já tinham cursado um semestre de Biologia Básica e Botânica. Mas, diante da minha falta de tempo para aprender conteúdos tão complexos, a partir das próximas dez aulas, passei a ministrar o que eu mais sabia ensinar: os tempos verbais. Ramos (2005) explica que essa prática ficou enraizada por muito tempo e levava o nome de ESP de forma totalmente destoantes dos pressupostos de ensino de instrumental. As estruturas verbais da língua inglesa passaram a ser objetos de ensino enquanto que os textos da área de botânica e ecologia, usados apenas para identificar formas verbais, passaram a ser usados como pretexto para o ensino da gramática da língua inglesa. Hoje, ao refletir sobre essa prática vivenciada alguns anos atrás, compreendo porque que muitos daqueles alunos, na época da defesa do trabalho de conclusão do curso recorriam a mim, pedindo ajuda para elaborar o abstract dos seus trabalhos de conclusão de curso (TCCs), por exemplo. Faltou-me embasamento teórico para fazer a análise das necessidades daqueles futuros biólogos. Talvez, dizer que o aprendizado daquela língua estrangeira possibilitaria o acesso à literatura da área de biologia não foi coerente com a estratégia de ensino adotada, pois quando eles precisaram produzir os abstracts, nesse caso, eles não dispunham de conhecimentos estruturais do gênero, nem mesmo dos recursos lexicais inerentes à área de biologia. A lição que levo dessas experiências, a partir das leituras acima mencionadas é que, tanto na função de professor de ESP, quanto na função de alunos desta disciplina, o processo de ensino de instrumental exige como pressuposto básico a realização da análise de necessidades dos alunos, ação primordial que vai nortear todo o processo de produção de material didático, organização e aplicação de um curso. Pois, como relembram Hutchinson & Waters (1987: as escolhas que são feitas devem refratar os anseios dos alunos, pois a partir do momento que os alunos dirão ao professor que tipo de inglês eles precisam, será possível inferir qual o inglês adequado para eles.