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1ª Escola de Formação Missionária
 Cidade de Itabuna-Ba




           Missão
           Nacional
           Redentorista
Conversão “é a resposta inicial de quem escutou o Senhor com admiração,
crê n‟Ele pela ação do Espírito, decide-se ser seu amigo e ir após Ele,
mudando sua forma de pensar e de viver, aceitando na cruz de Cristo,
consciente de que morrer para o pecado é alcançar a vida.

No Batismo e no sacramento da reconciliação se atualiza para nós a redenção
de Cristo”. (DAp 278b).
Dentre as várias chamadas à conversão, podemos
destacar três:
                                 • A conversão pessoal, no
                                 encontro com Cristo ressuscitado,
                                 numa experiência de fé profunda
                                 que gera mudança de vida.




“Em nossa Igreja devemos oferecer a todos os nossos fiéis um „encontro
pessoal com Jesus Cristo‟, uma experiência religiosa profunda e intensa, um
anúncio kerigmático e o testemunho pessoal dos evangelizadores, que leve a
uma conversão pessoal e a uma mudança de vida integral” (DAp 226);
• A conversão pastoral, na
  passagem do esquema existente, de
  mera conservação, para uma
  pastoral decididamente missionária:




“A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral
de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. Assim, será
possível que „o único programa do Evangelho siga introduzindo-se na história de cada
comunidade eclesial‟ com novo ardor missionário, fazendo com que a Igreja se
manifeste como uma mãe que nos sai ao encontro, uma casa acolhedora, uma escola
permanente de comunhão missionária” (DAp 370);
• A conversão estrutural, na
   renovação das estruturas
   eclesiais, abandonando as
   ultrapassadas:




“[...] Nenhuma comunidade deve se isentar de entrar decididamente, com
todas suas forças, nos processos constantes de renovação missionária e de
abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da
fé” (DAp 365).
Qual é o verdadeiro sentido da
         conversão?
                  A conversão em
                  sua profundidade
                  se dá no coração
                  e depois sim,
                  reflete em toda
                  nossa vida, em
                  nosso jeito de ser,
                  nossas atitudes.
2. Conversão na Sagrada Escritura

Na Bíblia está
claro para que
alguém se
converta o mais
importante é a
ação de Deus,
mas ninguém se
converte se não
quer.
2.1. Conversão nas línguas bíblicas:

O hebraico utiliza palavras: “sub” (voltar, regressar) e
“naham” (arrepender-se, lamentar-se)

o grego, utilizou “epistréphein” y “metanoéîn” para
traduzir “sub” como conversão religiosa.

no latim bíblico, “convertere” e “poenitere” enfatiza as
obras da penitência.

Todos os términos dão idéia de retorno, arrependimento,
mudança de rumo; chamam à volta, à fidelidade e às
exigências da própria pertença a Deus.
2.2. Exemplos de conversão na
         Sagrada Escritura
Na Bíblia
encontramos
inúmeros exemplos
de conversão.
Entre tantos,
citamos alguns:

Naaman (cf. 2Re 5)
Manassés (cf. 2Cr 33,11-17),
Zaqueu (cf. Lc 19,1-10)
A Samaritana (cf. Jo 4,4-30)
Paulo (cf. At 9,1-19),
Lídia (cf. At 16,11-15),
Podemos observar
que a conversão,
a fé e o arrependimento
são inseparáveis.



A conversão nasce de uma dor verdadeira
pelo pecado cometido e se manifesta numa
vida de devoção a Deus, surge daí um novo
estilo de vida.
No Novo Testamento
a conversão
representa uma
experiência para ser
vivida, a resposta
afirmativa do
convertido é a
disponibilidade do
homem para a união
com Cristo.


A conversão, segundo a Bíblia é obra de Deus.
Conversão é abandonar o
fermento velho para
celebrar a Páscoa
(1Cor 5,7).

Na vida do cristão que
sempre está no processo
da conversão, a escuta à
Palavra e a recepção dos
Sacramentos têm um papel
insubstituível no caminho
rumo à santidade.
3. Processo de conversão pessoal

O CIC distingue:
“conversão primeira”
se dá no batismo

e a “segunda
conversão”, ou seja,
continua mudança de
vida com vistas à
santificação.
Podemos afirmar
que a vida cristã é
uma conversão
continuada.

Pois o cristão é
chamado à
santidade, busca a
plenitude de vida e
santificação.
Podemos falar
dos itinerários de
conversão ou caminhos
de conversão.

É necessária
a pregação do Evangelho
para que a pessoa
responda afirmativamente
(fé) ou negativamente.
A conversão é obra
da graça de Deus e
   resposta livre do
           homem.
3.1. A conversão: resposta ao acolhimento do
Evangelho e ao encontro com Cristo em São
                    Paulo
                Para Paulo, o encontro com Jesus
                Cristo se dá
                através do anúncio do Evangelho.
                O Apóstolo fala do Evangelho, ele
                o entende da seguinte maneira:

                  • Cristo morto pelos nossos
                  pecados
                  e ressuscitado para a nossa
                  justificação (Rm 4,25).
Paulo tenta descobrir
o significado dos
acontecimentos da
vida de Cristo.

Cristo é, realmente,
morto e ressuscitado.

O que significa isso?
Cristo morreu pelos nossos pecados.
Ele nos libertou do pecado.
A morte de Cristo tem o seu dinamismo positivo:
pelos nossos pecados.
“Cristo morreu por nossos pecados,
segundo as Escrituras” (1Cor 15,3);


    “Mas Deus demonstra seu amor para
    conosco pelo fato de Cristo ter
    morrido por nós quando éramos
    ainda pecadores” (Rm 5,8);


           “Graça e paz a vós da parte de Deus
           nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo,
           que se entregou a si mesmo pelos
           nossos pecados [...]” (Gl 1,3-4).
Paulo vai mais
longe afirmando:
a morte pelos
MEUS pecados.


                   “Minha vida presente
                   na carne, vivo-a pela fé
                   no Filho de Deus, que
                   me amou e se
                   entregou a si mesmo
                   por mim” (Gl 2,20).
A morte de Cristo alcança
pessoas concretas, todas
aquelas que têm pecados.
Santo Afonso medita sobre o mistério da
morte de Cristo.

                     Afonso centraliza toda a sua
                 experiência de Deus no amor ao
                                           Cristo.

                A entrega e o aniquilamento
                  total de Jesus é centro da
                  espiritualidade de Afonso.

                   Essa Redenção de Cristo
                     Santo Afonso anuncia.
São Paulo percebe
a morte de Cristo
em união com a
sua ressurreição.

Os dois aspectos
estão sempre
unidos a morte tem
dentro de si o dom
da vida.
A ressurreição de
Cristo tem o efeito
sobre os cristãos.

O que significa isso?

Da ressurreição de
Cristo deriva a nossa
justificação.


“Para nós que cremos naquele que ressuscitou dos mortos
Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue pelas nossas faltas e
ressuscitado para a nossa justificação” (Rm 4,25).
Outro efeito é o dom
do Espírito Santo.
Ele ressuscitou e
nos comunicou o seu
Espírito.
O mistério da morte e
da ressurreição de
Cristo não é somente
um acontecimento do
passado, mas uma
realidade viva,
presente, operante.


Através dos
sacramentos esse
mistério é
“ativado”, torna-se
atual.
“Cristo morto pelos nossos pecados” e “ressuscitado para a
nossa justificação” se faz experimentar de tantas maneiras
como:

                               Sofrimento
Perseguição
Abandono
Serviço
Oblação
Eucaristia
O Evangelho
deve ser
anunciado e
anunciar é levar o
evangelho ao
conhecimento de
todos.

  Cristo morto e ressuscitado deve ser
 anunciado para provocar a mudança de
           vida, a conversão.
Paulo que
                               experimentou a força
                               do mistério que
                               anuncia, ele sente
                               necessidade e dever
                               de partilhar isso com
                               os irmãos.




“Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é,
antes, necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não
anunciar o evangelho!” (1Cor 9,16).
 O conteúdo desse anúncio interpela as pessoas,
faz pressão sobre elas

O anúncio deve ser
entendido.
A pessoa deve dar uma
resposta.

Não é um anúncio geral,
mas muito concreto, que
provoca as pessoas
concretas:
            “Irmãos, o que devemos fazer?” (At 2,37);
“Filipe anunciou-lhe a Boa Nova de Jesus [...]. Disse então o
eunuco: Eis aqui a água. Que impede que eu seja batizado?” (cf.
At 8,26-39).
Evangelho, interpela as
pessoas, faz pressão para
        receber resposta.
        Cristo morto e
        Ressuscitado
        bate na porta
         do coração
         da pessoa.

 “Eis que estou à porta e bato:
se alguém ouvir a minha voz a
  abrir a porta, entrarei em sua
           casa [...]” (Ap 3,20).
O anúncio por si mesmo não basta !!!
Dentro desse anúncio existe a força do Espírito Santo,
  pois é o conteúdo trazido pelo Espírito Santo que
                 interpela a pessoa.
“Quando vier o
Espírito da Verdade,
ele vos conduzirá à
verdade plena, pois
não falará de si
mesmo, mas dirá
tudo o que tiver
ouvido e vos
anunciará as coisas
futuras. Ele me
glorificará porque
receberá do que é
meu e vos anunciará”
(Jo 16,13-14).
O anúncio é feito
através do instrumento
humano, mas o
protagonista verdadeiro
não é o homem, mas
Deus e o seu Espírito.
• A pessoa deve fazer uma escolha:
"sim" ou "não"

A interpelação exige a
resposta que se traduz na
prática de vida.
A resposta pode ser
positiva:
  “Acolhendo-os, então,
  naquela mesma hora da
  noite lavou-lhes as
  feridas, e imediatamente
  recebeu o batismo, ele e
  todos os seus.”
  (At 16,33)
Ou negativa:

   “Ao ouvirem falar
  da ressurreição dos
  mortos, alguns
  começaram a
  zombar, enquanto
  outros diziam A
  respeito disso te
  ouviremos outra
  vez”
  (At 17,16-34).
Quando acontece essa interpelação da
              pessoa?
Quando ela está diante da
escolha fundamental que
deve fazer na sua vida:
viver para si mesma
ou viver para os outros.
                         A escolha se traduz na
                         prática da vida, a pessoa
                         que aceitou o evangelho
                         não pode mais viver para si
                         mesma. Sua vida torna-se
                         um serviço, uma doação,
                         uma entrega aos irmãos.
Viver para si ou viver para os outros é algo
constante na nossa vida.
Dizer o "sim" ou do
"não" depende do
desenvolvimento da
pessoa.

Se a resposta for “sim”
se desencadeia o
movimento positivo na
pessoa, se a resposta
for "não", a pessoa se
fecha no próprio
egoísmo.
Quais são os efeitos do "sim" ou do "não" dado
ao anúncio do Evangelho na vida da pessoa?

No sentido positivo, é a escolha do espírito: viver
segundo o espírito.

“Com efeito, os que vivem
segundo o espírito desejam
as coisas que são do
espírito. [...] O desejo do
espírito é a vida e a paz”
(Rm 8,5-6);
O que significa viver
segundo o Espírito?

Paulo nos dá resposta
(Rm 8; Gl 5,22-23):

  “O fruto do Espírito é amor, alegria,
  paz, longanimidade, benignidade,
  bondade, fidelidade, mansidão,
  autodomínio”.

A pessoa que se abre ao Espírito é
alguém totalmente realizado.
Mas, a pessoa pode
  fazer também do
  egoísmo o centro de
  sua vida, o efeito dessa
  escolha é a morte,
  pecado, condenação,
  fracasso total:
     “Pois se viverdes
     segundo a carne,
     morrereis”
      (Rm 8,13)

No sentido negativo, é a escolha da carne, viver segundo a carne.
O que significa viver segundo a carne?
Paulo nos dá a seguinte resposta:

          “Ora, as obras da carne são manifestas:
       fornicação, impureza, libertinagem, idolatria,
      feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões,
    discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e
         coisas semelhantes a estas” (Gl 5,19-21).

A pessoa que se fecha no egoísmo e não acolhe o Evangelho
é alguém totalmente falido, fracassado, incapaz de amar,
totalmente vazia, isso é o inferno da pessoa.
O Espírito Santo está continuamente presente na
vida da pessoa, depois do batismo.
Em vários textos bíblicos nos leva a refletir a
Cristificação como:

 Romanos 14,23:
    "Tudo o que não procede da
    fé é pecado".

 Fé significa abertura a
 Cristo morto e ressuscitado
 que penetra e enriquece
 todos os aspectos da vida
 da pessoa se alguém
 exclui a influência de Cristo
 está pecando.
Como acontece a cristificação da vida do
cristão?



Gradualmente, é um
processo, até que Cristo
seja formado em nós.
Cristo que torna-se um
valor pessoal.
Gl 2,20:

   "Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em
   mim. Minha vida presente na carne, eu a vivo pela fé
   no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si
   mesmo por mim".

"Vivo" = vida normal e esta vida
se vive pela fé em Cristo. Cada
dia existe essa influência de
Cristo, uma relação de
reciprocidade.

"É Cristo que vive em mim": a
abertura a Cristo que se realiza
cada dia leva à assimilação de
Cristo, seu modo de viver e de
se relacionar.
Fl 1,21:
  "Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro". Para Paulo,
  toda a vida é Cristo, a relação plena, íntima com Cristo, sem
  excluir nada.


   Para Paulo, toda a vida é Cristo.

   A morte é lucro porque esta é a
   meta.
Fl 3,8-11:
   "Tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo
   Jesus, meu Senhor. Por ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco,
   para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo como minha justiça
   aquela que vem da Lei, mas aquela pela fé em Cristo, aquela que vem
   de Deus e se apóia na fé, para conhecê-lo, conhecer o poder da sua
   ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, conformando-me
   com ele na sua morte, para ver se alcanço a ressurreição de entre os
   mortos".

                      A fé uma vez aceita
                      deve ser praticada
                            cada dia.
Trata-se de um processo, de uma caminhada.
Os valores de Cristo devem ser vividos na vida de cada dia.
Rm 8,35-37:
  "Quem nos separará do amor de Cristo?
  A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a
  nudez, os perigos, a espada? [...] Mas em tudo
  isto somos mais que vencedores, graças àquele
  que nos amou".
4. A conversão pastoral e estrutural no
           Documento de Aparecida
Sem conversão não há discípulo e sem discípulo não
há missão e não havendo missão:
  “Jesus Cristo não é encontrado, seguido, amado, adorado e
  anunciado” (DA 14).

Por isso a Igreja é convidada a estar em estado
permanente de conversão.
O Documento de Aparecida
fala também da conversão
pastoral, converter-se
pastoralmente significa
“sair de uma pastoral de
mera conservação para uma
pastoral decididamente
missionária.”
(DAp 370).
A Assembléia de Aparecida diz:

  “Bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e
  consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir
  atitudes permanentes de conversão pastoral” (DAp 366).
Em nossa tradicional pastoral
de conservação, há um
escasso acompanhamento
aos leigos, uma
evangelização com pouco
ardor e sem novos métodos e
expressões, com ênfase no
ritualismo.

Falta sólida estrutura de
formação dos agentes de
pastoral e há movimentos
eclesiais que nem sempre se
integram na pastoral.
Conversão pastoral é ter a coragem de abandonar “as
ultrapassadas estruturas que já não favorecem a
transmissão da fé” (DAp 365), deixando o Espírito Santo
soprar o seu vento renovador.



 É preciso que pastores
 e fiéis se questionem a
 respeito de métodos,
 costumes e atitudes
 pastorais
 ultrapassadas.
Impregnar do Espírito
       missionário “todas as
estruturas eclesiais e todos
 os planos de pastorais de
       dioceses, paróquias,
   comunidades religiosas,
 movimentos e instituições
    da Igreja” (DAp 365), é
    sinônimo de conversão
                    pastoral.
A Igreja de hoje
“necessita de forte comoção que a impeça de se instalar na
comodidade, no estancamento e na indiferença” (DAp 362).




É preciso ouvir o que o Espírito Santo disse a
nossos bispos em Aparecida e ter a coragem de
mudar o que tem que ser mudado.
O mundo mudou e novos desafios exigem novas
respostas pastorais. Por isso uma conversão
pastoral vai implicar em:


       • Assumir os novos rostos da pobreza;




A conversão pastoral começa pelo compromisso com
os novos rostos da pobreza (cf. DAp 402).
• Uma Pastoral Social estruturada;
• Uma renovada
pastoral urbana.
Aparecida nos convoca
também a uma
renovação eclesial,
renovação da própria
instituição, conversão
estrutural.
(cf. DAp 367).
Aparecida nos convoca também a uma renovação eclesial,
renovação da própria instituição, conversão estrutural.
(cf. DAp 367).


Renovar a paróquia
A fim de que seja, de fato: espaço de
iniciação cristã, educação e
celebração da fé, aberta à
diversidade dos carismas, organizada
de maneira comunitária integradora
de movimentos.

A renovação das paróquias exige
reformular suas estruturas, para que
sejam redes de comunidades e
grupos (cf. DAp 173).
Criar comunidades eclesiais de base

                    É aconselhável a
                    setorização das mesmas
                    em unidades territoriais
                    menores, com equipes
                    próprias de animação e
                    coordenação que
                    permitam uma maior
                    proximidade às pessoas
                    e a criação de
                    comunidades de famílias
                    (cf. DAp 372) (cf. DAp
                    179).
O protagonismo das mulheres
Impulsionar uma
                          É necessário
organização pastoral      superar uma
a efetiva presença da     mentalidade
mulher nos ministérios.     machista.
Uma ação pastoral pensada

A partir das pequenas
comunidades, passando pelas
paróquias e desembocando em
uma pastoral de conjunto
diocesana. O plano pastoral
diocesano deve ser uma resposta
consciente e eficaz, para às
exigências do mundo de hoje.

Os leigos precisam participar do
discernimento, da tomada de
decisões, do planejamento e da
execução (cf. DAp 371).
A presença nos novos espaços
• No mundo das comunicações;
• Na cultura;
• Das ciências;
• Das relações internacionais. (cf. DAp 491).
5. Conclusão
O encontro pessoal com
Jesus Cristo pode levar à
conversão e ao seguimento
em uma comunidade eclesial.
A vivência com Cristo provoca
a santificação da pessoa e da
comunidade Igreja. Por isso, a
conversão, comunhão e a
missão estão profundamente
unidas entre si.
O Documento de Aparecida
nos exorta para fazer das
nossas comunidades
paroquiais “uma casa e escola
de comunhão” (DAp 188).
1ª Escola de Formação Missionária
                               Cidade de Itabuna-Ba




Missão
Continental
Redentorista

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A Conversão

  • 1. 1ª Escola de Formação Missionária Cidade de Itabuna-Ba Missão Nacional Redentorista
  • 2. Conversão “é a resposta inicial de quem escutou o Senhor com admiração, crê n‟Ele pela ação do Espírito, decide-se ser seu amigo e ir após Ele, mudando sua forma de pensar e de viver, aceitando na cruz de Cristo, consciente de que morrer para o pecado é alcançar a vida. No Batismo e no sacramento da reconciliação se atualiza para nós a redenção de Cristo”. (DAp 278b).
  • 3. Dentre as várias chamadas à conversão, podemos destacar três: • A conversão pessoal, no encontro com Cristo ressuscitado, numa experiência de fé profunda que gera mudança de vida. “Em nossa Igreja devemos oferecer a todos os nossos fiéis um „encontro pessoal com Jesus Cristo‟, uma experiência religiosa profunda e intensa, um anúncio kerigmático e o testemunho pessoal dos evangelizadores, que leve a uma conversão pessoal e a uma mudança de vida integral” (DAp 226);
  • 4. • A conversão pastoral, na passagem do esquema existente, de mera conservação, para uma pastoral decididamente missionária: “A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. Assim, será possível que „o único programa do Evangelho siga introduzindo-se na história de cada comunidade eclesial‟ com novo ardor missionário, fazendo com que a Igreja se manifeste como uma mãe que nos sai ao encontro, uma casa acolhedora, uma escola permanente de comunhão missionária” (DAp 370);
  • 5. • A conversão estrutural, na renovação das estruturas eclesiais, abandonando as ultrapassadas: “[...] Nenhuma comunidade deve se isentar de entrar decididamente, com todas suas forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé” (DAp 365).
  • 6. Qual é o verdadeiro sentido da conversão? A conversão em sua profundidade se dá no coração e depois sim, reflete em toda nossa vida, em nosso jeito de ser, nossas atitudes.
  • 7. 2. Conversão na Sagrada Escritura Na Bíblia está claro para que alguém se converta o mais importante é a ação de Deus, mas ninguém se converte se não quer.
  • 8. 2.1. Conversão nas línguas bíblicas: O hebraico utiliza palavras: “sub” (voltar, regressar) e “naham” (arrepender-se, lamentar-se) o grego, utilizou “epistréphein” y “metanoéîn” para traduzir “sub” como conversão religiosa. no latim bíblico, “convertere” e “poenitere” enfatiza as obras da penitência. Todos os términos dão idéia de retorno, arrependimento, mudança de rumo; chamam à volta, à fidelidade e às exigências da própria pertença a Deus.
  • 9. 2.2. Exemplos de conversão na Sagrada Escritura Na Bíblia encontramos inúmeros exemplos de conversão. Entre tantos, citamos alguns: Naaman (cf. 2Re 5)
  • 10. Manassés (cf. 2Cr 33,11-17),
  • 11. Zaqueu (cf. Lc 19,1-10)
  • 12. A Samaritana (cf. Jo 4,4-30)
  • 13. Paulo (cf. At 9,1-19),
  • 14. Lídia (cf. At 16,11-15),
  • 15. Podemos observar que a conversão, a fé e o arrependimento são inseparáveis. A conversão nasce de uma dor verdadeira pelo pecado cometido e se manifesta numa vida de devoção a Deus, surge daí um novo estilo de vida.
  • 16. No Novo Testamento a conversão representa uma experiência para ser vivida, a resposta afirmativa do convertido é a disponibilidade do homem para a união com Cristo. A conversão, segundo a Bíblia é obra de Deus.
  • 17. Conversão é abandonar o fermento velho para celebrar a Páscoa (1Cor 5,7). Na vida do cristão que sempre está no processo da conversão, a escuta à Palavra e a recepção dos Sacramentos têm um papel insubstituível no caminho rumo à santidade.
  • 18. 3. Processo de conversão pessoal O CIC distingue: “conversão primeira” se dá no batismo e a “segunda conversão”, ou seja, continua mudança de vida com vistas à santificação.
  • 19. Podemos afirmar que a vida cristã é uma conversão continuada. Pois o cristão é chamado à santidade, busca a plenitude de vida e santificação.
  • 20. Podemos falar dos itinerários de conversão ou caminhos de conversão. É necessária a pregação do Evangelho para que a pessoa responda afirmativamente (fé) ou negativamente.
  • 21. A conversão é obra da graça de Deus e resposta livre do homem.
  • 22. 3.1. A conversão: resposta ao acolhimento do Evangelho e ao encontro com Cristo em São Paulo Para Paulo, o encontro com Jesus Cristo se dá através do anúncio do Evangelho. O Apóstolo fala do Evangelho, ele o entende da seguinte maneira: • Cristo morto pelos nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação (Rm 4,25).
  • 23. Paulo tenta descobrir o significado dos acontecimentos da vida de Cristo. Cristo é, realmente, morto e ressuscitado. O que significa isso?
  • 24. Cristo morreu pelos nossos pecados. Ele nos libertou do pecado. A morte de Cristo tem o seu dinamismo positivo: pelos nossos pecados.
  • 25. “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Cor 15,3); “Mas Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8); “Graça e paz a vós da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo pelos nossos pecados [...]” (Gl 1,3-4).
  • 26. Paulo vai mais longe afirmando: a morte pelos MEUS pecados. “Minha vida presente na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20).
  • 27. A morte de Cristo alcança pessoas concretas, todas aquelas que têm pecados.
  • 28. Santo Afonso medita sobre o mistério da morte de Cristo. Afonso centraliza toda a sua experiência de Deus no amor ao Cristo. A entrega e o aniquilamento total de Jesus é centro da espiritualidade de Afonso. Essa Redenção de Cristo Santo Afonso anuncia.
  • 29. São Paulo percebe a morte de Cristo em união com a sua ressurreição. Os dois aspectos estão sempre unidos a morte tem dentro de si o dom da vida.
  • 30. A ressurreição de Cristo tem o efeito sobre os cristãos. O que significa isso? Da ressurreição de Cristo deriva a nossa justificação. “Para nós que cremos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue pelas nossas faltas e ressuscitado para a nossa justificação” (Rm 4,25).
  • 31. Outro efeito é o dom do Espírito Santo. Ele ressuscitou e nos comunicou o seu Espírito.
  • 32. O mistério da morte e da ressurreição de Cristo não é somente um acontecimento do passado, mas uma realidade viva, presente, operante. Através dos sacramentos esse mistério é “ativado”, torna-se atual.
  • 33. “Cristo morto pelos nossos pecados” e “ressuscitado para a nossa justificação” se faz experimentar de tantas maneiras como: Sofrimento
  • 39. O Evangelho deve ser anunciado e anunciar é levar o evangelho ao conhecimento de todos. Cristo morto e ressuscitado deve ser anunciado para provocar a mudança de vida, a conversão.
  • 40. Paulo que experimentou a força do mistério que anuncia, ele sente necessidade e dever de partilhar isso com os irmãos. “Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é, antes, necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!” (1Cor 9,16).
  • 41.  O conteúdo desse anúncio interpela as pessoas, faz pressão sobre elas O anúncio deve ser entendido. A pessoa deve dar uma resposta. Não é um anúncio geral, mas muito concreto, que provoca as pessoas concretas: “Irmãos, o que devemos fazer?” (At 2,37); “Filipe anunciou-lhe a Boa Nova de Jesus [...]. Disse então o eunuco: Eis aqui a água. Que impede que eu seja batizado?” (cf. At 8,26-39).
  • 42. Evangelho, interpela as pessoas, faz pressão para receber resposta. Cristo morto e Ressuscitado bate na porta do coração da pessoa. “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz a abrir a porta, entrarei em sua casa [...]” (Ap 3,20).
  • 43. O anúncio por si mesmo não basta !!! Dentro desse anúncio existe a força do Espírito Santo, pois é o conteúdo trazido pelo Espírito Santo que interpela a pessoa.
  • 44. “Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à verdade plena, pois não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas futuras. Ele me glorificará porque receberá do que é meu e vos anunciará” (Jo 16,13-14).
  • 45. O anúncio é feito através do instrumento humano, mas o protagonista verdadeiro não é o homem, mas Deus e o seu Espírito.
  • 46. • A pessoa deve fazer uma escolha: "sim" ou "não" A interpelação exige a resposta que se traduz na prática de vida. A resposta pode ser positiva: “Acolhendo-os, então, naquela mesma hora da noite lavou-lhes as feridas, e imediatamente recebeu o batismo, ele e todos os seus.” (At 16,33)
  • 47. Ou negativa: “Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, alguns começaram a zombar, enquanto outros diziam A respeito disso te ouviremos outra vez” (At 17,16-34).
  • 48. Quando acontece essa interpelação da pessoa? Quando ela está diante da escolha fundamental que deve fazer na sua vida: viver para si mesma ou viver para os outros. A escolha se traduz na prática da vida, a pessoa que aceitou o evangelho não pode mais viver para si mesma. Sua vida torna-se um serviço, uma doação, uma entrega aos irmãos.
  • 49. Viver para si ou viver para os outros é algo constante na nossa vida.
  • 50. Dizer o "sim" ou do "não" depende do desenvolvimento da pessoa. Se a resposta for “sim” se desencadeia o movimento positivo na pessoa, se a resposta for "não", a pessoa se fecha no próprio egoísmo.
  • 51. Quais são os efeitos do "sim" ou do "não" dado ao anúncio do Evangelho na vida da pessoa? No sentido positivo, é a escolha do espírito: viver segundo o espírito. “Com efeito, os que vivem segundo o espírito desejam as coisas que são do espírito. [...] O desejo do espírito é a vida e a paz” (Rm 8,5-6);
  • 52. O que significa viver segundo o Espírito? Paulo nos dá resposta (Rm 8; Gl 5,22-23): “O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio”. A pessoa que se abre ao Espírito é alguém totalmente realizado.
  • 53. Mas, a pessoa pode fazer também do egoísmo o centro de sua vida, o efeito dessa escolha é a morte, pecado, condenação, fracasso total: “Pois se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8,13) No sentido negativo, é a escolha da carne, viver segundo a carne.
  • 54. O que significa viver segundo a carne? Paulo nos dá a seguinte resposta: “Ora, as obras da carne são manifestas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões, discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas” (Gl 5,19-21). A pessoa que se fecha no egoísmo e não acolhe o Evangelho é alguém totalmente falido, fracassado, incapaz de amar, totalmente vazia, isso é o inferno da pessoa.
  • 55. O Espírito Santo está continuamente presente na vida da pessoa, depois do batismo.
  • 56. Em vários textos bíblicos nos leva a refletir a Cristificação como: Romanos 14,23: "Tudo o que não procede da fé é pecado". Fé significa abertura a Cristo morto e ressuscitado que penetra e enriquece todos os aspectos da vida da pessoa se alguém exclui a influência de Cristo está pecando.
  • 57. Como acontece a cristificação da vida do cristão? Gradualmente, é um processo, até que Cristo seja formado em nós. Cristo que torna-se um valor pessoal.
  • 58. Gl 2,20: "Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim". "Vivo" = vida normal e esta vida se vive pela fé em Cristo. Cada dia existe essa influência de Cristo, uma relação de reciprocidade. "É Cristo que vive em mim": a abertura a Cristo que se realiza cada dia leva à assimilação de Cristo, seu modo de viver e de se relacionar.
  • 59. Fl 1,21: "Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro". Para Paulo, toda a vida é Cristo, a relação plena, íntima com Cristo, sem excluir nada. Para Paulo, toda a vida é Cristo. A morte é lucro porque esta é a meta.
  • 60. Fl 3,8-11: "Tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por ele, perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo como minha justiça aquela que vem da Lei, mas aquela pela fé em Cristo, aquela que vem de Deus e se apóia na fé, para conhecê-lo, conhecer o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte, para ver se alcanço a ressurreição de entre os mortos". A fé uma vez aceita deve ser praticada cada dia. Trata-se de um processo, de uma caminhada. Os valores de Cristo devem ser vividos na vida de cada dia.
  • 61. Rm 8,35-37: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, os perigos, a espada? [...] Mas em tudo isto somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou".
  • 62. 4. A conversão pastoral e estrutural no Documento de Aparecida Sem conversão não há discípulo e sem discípulo não há missão e não havendo missão: “Jesus Cristo não é encontrado, seguido, amado, adorado e anunciado” (DA 14). Por isso a Igreja é convidada a estar em estado permanente de conversão.
  • 63. O Documento de Aparecida fala também da conversão pastoral, converter-se pastoralmente significa “sair de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária.” (DAp 370).
  • 64. A Assembléia de Aparecida diz: “Bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir atitudes permanentes de conversão pastoral” (DAp 366).
  • 65. Em nossa tradicional pastoral de conservação, há um escasso acompanhamento aos leigos, uma evangelização com pouco ardor e sem novos métodos e expressões, com ênfase no ritualismo. Falta sólida estrutura de formação dos agentes de pastoral e há movimentos eclesiais que nem sempre se integram na pastoral.
  • 66. Conversão pastoral é ter a coragem de abandonar “as ultrapassadas estruturas que já não favorecem a transmissão da fé” (DAp 365), deixando o Espírito Santo soprar o seu vento renovador. É preciso que pastores e fiéis se questionem a respeito de métodos, costumes e atitudes pastorais ultrapassadas.
  • 67. Impregnar do Espírito missionário “todas as estruturas eclesiais e todos os planos de pastorais de dioceses, paróquias, comunidades religiosas, movimentos e instituições da Igreja” (DAp 365), é sinônimo de conversão pastoral.
  • 68. A Igreja de hoje “necessita de forte comoção que a impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença” (DAp 362). É preciso ouvir o que o Espírito Santo disse a nossos bispos em Aparecida e ter a coragem de mudar o que tem que ser mudado.
  • 69. O mundo mudou e novos desafios exigem novas respostas pastorais. Por isso uma conversão pastoral vai implicar em: • Assumir os novos rostos da pobreza; A conversão pastoral começa pelo compromisso com os novos rostos da pobreza (cf. DAp 402).
  • 70. • Uma Pastoral Social estruturada;
  • 71. • Uma renovada pastoral urbana. Aparecida nos convoca também a uma renovação eclesial, renovação da própria instituição, conversão estrutural. (cf. DAp 367).
  • 72. Aparecida nos convoca também a uma renovação eclesial, renovação da própria instituição, conversão estrutural. (cf. DAp 367). Renovar a paróquia A fim de que seja, de fato: espaço de iniciação cristã, educação e celebração da fé, aberta à diversidade dos carismas, organizada de maneira comunitária integradora de movimentos. A renovação das paróquias exige reformular suas estruturas, para que sejam redes de comunidades e grupos (cf. DAp 173).
  • 73. Criar comunidades eclesiais de base É aconselhável a setorização das mesmas em unidades territoriais menores, com equipes próprias de animação e coordenação que permitam uma maior proximidade às pessoas e a criação de comunidades de famílias (cf. DAp 372) (cf. DAp 179).
  • 74. O protagonismo das mulheres Impulsionar uma É necessário organização pastoral superar uma a efetiva presença da mentalidade mulher nos ministérios. machista.
  • 75. Uma ação pastoral pensada A partir das pequenas comunidades, passando pelas paróquias e desembocando em uma pastoral de conjunto diocesana. O plano pastoral diocesano deve ser uma resposta consciente e eficaz, para às exigências do mundo de hoje. Os leigos precisam participar do discernimento, da tomada de decisões, do planejamento e da execução (cf. DAp 371).
  • 76. A presença nos novos espaços • No mundo das comunicações; • Na cultura; • Das ciências; • Das relações internacionais. (cf. DAp 491).
  • 77. 5. Conclusão O encontro pessoal com Jesus Cristo pode levar à conversão e ao seguimento em uma comunidade eclesial. A vivência com Cristo provoca a santificação da pessoa e da comunidade Igreja. Por isso, a conversão, comunhão e a missão estão profundamente unidas entre si. O Documento de Aparecida nos exorta para fazer das nossas comunidades paroquiais “uma casa e escola de comunhão” (DAp 188).
  • 78. 1ª Escola de Formação Missionária Cidade de Itabuna-Ba Missão Continental Redentorista