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Curso de História
Seminário II
Fundamentos Geográficos da História de Portugal
2012-2013

O Desenvolvimento do Concelho de Leiria
no século XXI em Análise

Projeto de Investigação

Micael da Silva e Sousa
Aluno 1100043

Orientador: Professor Jorge Trindade
Índice Remissivo
1

Sumário...................................................................................................................................................... 2

2

Metodologia:.............................................................................................................................................. 2

3

Introdução .................................................................................................................................................. 2

4

Dinâmicas de Desenvolvimento ................................................................................................................ 3
4.1

Breve história até à atualidade.......................................................................................................... 3

4.2

Localização Geográfica ...................................................................................................................... 5

4.3

Clima .................................................................................................................................................. 6

4.4

Ambiente ........................................................................................................................................... 6

4.4.1

Resíduos .................................................................................................................................... 7

4.4.2

Energia ....................................................................................................................................... 8

4.5

Recursos Naturais .............................................................................................................................. 9

4.6

Demografia ...................................................................................................................................... 10

4.6.1

Uma análise populacional por Freguesias ............................................................................... 13

4.6.2

Emprego .................................................................................................................................. 18

4.6.3

Educação/formação ................................................................................................................. 24

4.6.4

Saúde ....................................................................................................................................... 24

4.7

Justiça e criminalidade .................................................................................................................... 25

4.8

Urbanismo ....................................................................................................................................... 25

4.8.1

Polis e a reabilitação urbana .................................................................................................... 26

4.8.2

Infraestruturas Urbanas............................................................................................................ 26

4.8.3

Vias de comunicação ............................................................................................................... 27

4.9

Algumas entidades locais e regionais com impacto económico ..................................................... 28

4.9.1

IPL ........................................................................................................................................... 28

4.9.2

Leiriashopping ......................................................................................................................... 30

4.10

Setores da economia concelhia ....................................................................................................... 30

4.10.1

Agricultura ............................................................................................................................... 34

4.10.2

Indústria ................................................................................................................................... 35

4.10.3

Serviços ................................................................................................................................... 36

4.10.4

Construção ............................................................................................................................... 38

4.10.5

Inovação .................................................................................................................................. 39

4.10.6

População ativa por setor económico ...................................................................................... 40

5

Conclusões............................................................................................................................................... 41

6

Bibliografia .............................................................................................................................................. 43

1
1

Sumário

Partindo dos dados estatísticos disponíveis, e de fontes bibliográficas, relacionadas com o
desenvolvimento do distrito, da comunidade intermunicipal do Pinhal Litoral foi feita análise
direcionada para os aspetos e cateterísticas que têm condicionado e potenciado o desenvolvimento
do concelho de Leiria no século XXI.

2

Metodologia:


Consultar de estatísticas oficiais e estatais (INE).



Solicitar informação mais detalha a entidades como a Câmara Municipal de Leiria, a
NERLEI, CIMPL, e IPL.



Consultar de registo de informação dos Media locais.



Pesquisa pelas bases de dados e repositórios locais (Bibliotecas Municipais e do IPL).



Tratamento dos dados recolhidos, adaptando-os e compilando a informação recolhida
centrando o estudo no foco do desenvolvimento de Leiria ao longo do século XXI.

3

Introdução

Antes de avançar com a caracterização do que se identificou como mais importante para a
caracterização do atual nível de desenvolvimento do concelho de Leiria, tendo em conta os dados
estatísticos e outras fontes disponíveis, importa fazer uma pequena introdução às características do
próprio concelho. Posteriormente, sempre que necessário ou possível, será feita uma retrospetiva de
enquadramento aos dados e informações sectários tratados em capítulos próprios, mas o foco
temporal será sempre o século XXI.

Figura 1 – BI do concelho de Leiria. Fonte: Pordata, 2013

2
De um ponto de vista das dinâmicas de desenvolvimento, o concelho afigura-se como
bastante pujante, com um crescimento, regra geral e em média, a verificar-se a um ritmo superior ao
do continente. Da figura 1 podemos destacar, entre 2001 e 2011, o crescimento populacional, mas
também um nítido envelhecimento da população, tal como a triplicação do número de
desempregados.
Uma vez que a Leiria é, para além de concelho, capital do Pinhal Litoral e do Distrito de
Leiria, importa relacionar o concelho com essas áreas geográficas de pendor sub-regional e
regional. Sendo que se utilizaram quando adequado, ou quando não existirem outros dados
disponíveis, as estatísticas referentes a essas zonas mais alargada. De um modo geral, esse domínio
é bem representativo se considerarmos que Leiria, ocupando apenas um terço do Pinhal Litoral, em
quase todos dos indicadores, de desenvolvimento e caracterização, representa cerca de 50% (e
nalguns casos, claramente mais) do Pinhal Litoral (Silva, 2002). Apesar da sua evolução recente,
Leiria ocupa ainda uma posição modesta na hierarquia dos centros urbanos portugueses (Arroteia,
2009a).
Apesar dos vários indicadores, de um modo geral, tenderem para o crescimento e
desenvolvimento, as crises recentes tiveram os seus efeitos, ora com quedas pontuais em alguns
anos ora no abrandamento económico geral.

4

4.1

Dinâmicas de Desenvolvimento

Breve história até à atualidade

Aquando da construção do primeiro Castelo de Leiria em 1135 (Couseiro, 2011), a zona seria
pouco povoada na altura, uma quase terra de ninguém (Bernardes, 2005). No entanto, desde os
finais do século XI, que colonos cristãos e aventureiros, procurando novas oportunidades, vinham
rumando em direção a sul, ocupando as terras da zona de Leiria (Gomes, 2005; Gonçalves, 1984).
Assim, a existência de Leiria deveu-se a funções militares, de defesa do território construído e para
futuras incursões mais a sul (Margarido, 1988). Depois de trocar várias vezes de mão, em 1195 a
reconquista do castelo é definitiva (Zuquete, 1945). Com o perigo muçulmano longe, a povoação
começou a expandir-se para fora da cintura de muralhas, aproveitando os terrenos inferiores, mais
propícios para a agricultura, produção de indústrias medievais e comércio.
Durante a idade média prosperaram na cidade judiarias e mourarias, como comunidades
importantes para as dinâmicas económicas (Gomes, 1999; Margarido, 1988). Nessa altura Leiria era
3
um local cosmopolita, com essa característica a contribuir para o desenvolvimento local, tal como a
crescente oferta de serviços administrativos e judiciais que começava a oferecer na altura (Arroteia,
2008b). A localização, e a existência de vias terrestres e proximidade a alguns pequenos portos
marítimos contribuíram para o desenvolvimento inicial.
No século XVI Leiria torna-se cidade em 1512 e sede de Bispado pouco depois. Em 1544
construiu-se a Praça Rodrigues Lobo, um dos importantes centros impulsionadores e palcos do
comércio da cidade da altura. A importância da comunidade judaica na altura é evidente, com a
produção do Moinho de Papel, autêntica fábrica de papel, e a tipografia. Esses seriam alguns dos
primeiros empreendimentos do género na Península Ibérica.
O início do século XIX, com os impactos das invasões francesas, Leiria definhou fortemente
(Estrela, 2009). Com o avançar desse século a cidade viveu a industrialização. Surge a uma grande
fábrica de moagem num antigo convento. Nessa altura abrem-se também mais e melhores estradas
de ligação ao exterior, e o rio sofre ainda mais obras de controlo e encanamento, tal como uma forte
intervenção modernizadora urbana.
Nas últimas décadas do século XX, a cidade expandiu-se consideravelmente, urbanizando as
freguesias da periferia. O centro histórico foi sendo abandonado e ficado desertificado (Leiriapolis,
2007).
Em 2003, concluiu-se o Estádio Municipal de Leira e arranjos exteriores envolventes
(Incluindo a Ponde Europa) que alteraram a configuração de parte importante da cidade, mas esses
investimentos depauperaram as finanças da câmara municipal, que atualmente, depois da mudança
política de 2009 na presidência do município, tem feito esforços para fazer reduzir esse passivo.
Em entre 2000 e 2008, o programa Polis reabilitou uma parte muito significativa da baixa da cidade,
especialmente junto da zona ribeirinha (Leiriapolis, 2009; Mateus, 2011). Entre 2010 e 2011
construíram-se e melhoraram-se as redes rodoviárias de ligação a autoestradas e outras ligações que
pretendiam que pretendiam capacitar e melhor fazer fluir o tráfego rodoviário em Leiria. Em 2010
concluiu-se o empreendimento do Leiriashopping (RL, 2010), representando avultados
investimentos, mas que contribui para agravar o comércio tradicional existente no centro da cidade;
tendo fechado várias lojas no centro desde a abertura dessa superfície. O século XXI é também
marcado pelo crescimento do Instituto Politécnico de Leiria no concelho, através das suas várias
unidades orgânicas (IPL, 2009).
Apresentam-se na tabela 1 alguns dos momentos mais marcantes da história local do século
XXI, com impactos no desenvolvimento de Leiria.

4
Tabela 1 – Resumo de eventos marcantes no concelho de Leiria no século XXI

4.2

Localização Geográfica

Leiria situa-se na zona de transição entre a Beira Litoral e a Estremadura. Pode dizer-se que
se trata- de uma região medianeia, e é influenciada, principalmente, por Lisboa, dada a proximidade
e facilidade de acesso à capital (Arroteia, 2009a). Apesar de ser um concelho litoral, é composto por
freguesias que podem assumir contornos distintos. As zonas mais próximas do maciço calcário
apresentam características montanhosas. Outras zonas são mais rurais e agrícolas, especialmente as
mais próximas do vale do Lis. Junto à cidade, e às principais vias de comunicação, situam-se as
comunidades mais urbanas e industrializadas. Será da influência da variedade do território de Leiria
(ver figura 2) que surge também a variedade económica local.

Figura 2 – Mapa orográfico do concelho de Leiria. Fonte: CML, 2013

5
4.3

Clima

De um modo simplificado, pois pode ser diverso ao longo das várias freguesias do concelho
de Leiria devido às suas características morfológicas, o clima local é temperado com fortes
influências do oceano na temperatura e precipitação. Mas a influência climática mediterrânea sentese pelo domínio da “secura dos meses de verão, seguida de um período com chuvas mais intensas,
que marcam o Inverno dominado por temperaturas pouco acentuadas e propícias ao crescimento
da vegetação. Tanto as chuvas, como as temperaturas, apresentam um ritmo regular ao longo do
ano, com amplitudes térmicas referentes às temperaturas médias mensais a aproximarem-se dos
10ºC” (Arroteia, 2009a).
A suavidade do clima local de Leiria age como fator de atratividade. Os verões secos
potenciam as atividades turísticas (Ribeiro, 2011) e a irrigação facilitada no vale do Lis cria
condições para uma zona de especial fertilidade agrícola.

4.4

Ambiente

Do ponto de vista ambiental, salientam-se algumas questões ambientais relevantes para o
desenvolvimento do concelho. Entre elas, o caso da reflorestação local, com alterações que podem
destabilizar ambientalmente e ecologicamente equilíbrios centenários, nomeadamente o
crescimento das zonas arborizadas com eucaliptos. Algo referido por parte da OIKOS Leiria: “Nos
últimos anos as importantes zonas de floresta de pinheiro no distrito de Leiria, e também no
concelho, têm vindo a ser substituídas por eucaliptos, ultrapassando as quotas legais em vigor, o
que tem efeitos negativos nos ecossistemas locais. Ao crescimento evidente na fileira do eucalipto
corresponde um evidente decréscimo na fileira do pinheiro-bravo, sector que em 2005 empregava
cerca de 55000 pessoas, em 4800 unidades, e gerava 3524 milhões de euros. A pequena dimensão
da maioria das propriedades (31% menores que 1ha e 30% menores que 5ha), e a ausência de
investimento por parte dos proprietários, serão as causas maiores da crise que se abate sobre este
sector de atividade, cuja área de floresta se viu reduzida em 27% nos últimos 10 anos e deposita
agora nas ZIF (Zonas de Intervenção Florestal) algumas expectativas a nível de gestão”
(Carvalho, 2009).
Igualmente importante será também o caso da poluição ambiental da bacia hidrográfica do rio
Lis. O caso tem sido mediatizado com as sucessivas descargas dos efluentes suinícolas na Ribeira
dos Milagres (afluente do rio Lis) a ocuparem espaços de destaque nos Media locais e nacionais. Os
impactes ambientais são graves, pois condicionam a fauna e flora ribeirinhas, mas também a
6
qualidade de vida das populações a montante e as atividades económicas agrícolas e turísticas. A
implementação de um sistema de tratamento para estes efluentes arrasta-se há mais de uma década
(CM, 2012) e sem solução à vista.

4.4.1

Resíduos

A existência no concelho da Valorlis, entidade intermunicipal de tratamento de resíduos,
tem contribuído para o aumento da capacidade de tratar adequadamente os resíduos produzidos
localmente, com a possibilidade de valorização orgânica e, mais recentemente, energética (AO,
2010).

Resíduos urbanos produzidos: total e por tipo de operação de destino
(ton)
70000
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0

2002

2009

2010

Total

52108

55163

57313

Aterro

49983

46711

49768

Valorização energética

0

0

0

Valorização orgânica

0

0

2145

2125

8452

5400

Reciclagem

Figura 3 – Produção de resíduos por tipo de operação. Fonte: INE, 2013

Na figura 3 notam-se quebras na produção de resíduos nos anos de 2009 e 2010, reflexos
pontual da crise nacional, que tem sempre efeito no consumo de alguns produtos e,
consequentemente, na produção de resíduos associados. No entanto, no total absoluto existiu um
7
crescimento geral. Em 2010 ainda não havia registos de valores provenientes da valorização
energética mas que será espectável nos anos seguintes devido aos investimentos feitos (AO, 2010).

4.4.2

Energia

Consumo de energia eléctrica: total e por tipo de consumo (KW/h)
90000
80000
70000
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0

2002

2009

2010

Total

68116

76422

77.093

Doméstico

52821

62382

62.979

Não doméstico

9153

9137

9401

Indústria

2405

1465

1388

Agricultura

3737

3438

3325

Figura 4 – Consumo de energia elétrica: total e por tipo de consumo. Fonte: INE 2013

Os dados referentes ao consumo de eletricidade no concelho de Leiria (ver figura3) podem
dar origem a diversas leituras para a explicação do desacelaramento do crescimento do consumo
entre 2009 e 2010. O decrescimento do consumo, muito pronunciado na indústria, mas também
sentido na agricultura poderá estar relacionado com a crise económica mas também com a
implementação de medidas de eficiências energética, ou simplesmente pelo aumento dos preços.

8
Venda de Combustíveis por tipo (ton)
180000
160000
140000
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0

2001

2009

2010

117160

97165

96323

Gasolina sem chumbo 98

8225

2643

2154

Gasolina sem chumbo 95

16615

14405

13071

Gás auto (GPL)

857

345

414

Gás propano

7103

4232

4085

Gás butano

3292

1301

1211

Gasóleo rodoviário

Figura 5 – Venda de Combustíveis por tipo. Fonte: INE 2013

A queda do consumo de combustíveis, especialmente dos rodoviários (evidente na figura 4),
poderá ter a mesma explicação dos consumos elétricos. Apesar de grande eficiência dos veículos
mais recentes, e no concelho de Leiria a opção por transportes alternativos ao modo rodoviário não
serem significativos, tal registo indicará queda do número de transportes e quilómetros percorridos,
numa relação com o abrandamento económico local.

4.5

Recursos Naturais

Um dos principais recursos naturais é a floresta, existindo também uma variedade, em
pequenas bolsas, de recursos minerais tais como: ferro, carvão, gesso, sal-gema (Arroteia, 2009a).
Esses recursos, particularmente os localizados na parte da bacia do lis, são utilizados geralmente
como materiais de construção e como matérias-primas de algumas indústrias.
9
Salienta-se a existência de águas medicinais, algumas delas extintas, mas outras ainda com
grande exploração, como as de Monte Real (Arroteia, 2009a).

4.6

Demografia

Da região centro Leiria foi um dos concelhos mais populosos com maior taxa de crescimento
populacional (Vieira, 2005) (ver figura 6).

Figura 6 – Mapa e gráfico de taxas de variação da população entre 2001 e 2011. Fonte: INE 2012

Entre 1991 e 2001, o concelho de Leiria registou um forte crescimento populacional, de
18,3%, o que atesta o dinamismo da sua população e a capacidade de atração de novos
habitantes” (Arroteia, 2009a). Ainda que mais moderadamente, para os anos de 2001 a 2011, o
concelho de Leiria continuou a crescer, particularmente nas zonas urbanas, mas a taxas mais baixas

10
(Silva, 2002). Provavelmente, a atratividade do concelho terá sido reduzida, podendo as taxas de
natalidade em queda sito também relevantes.
Do ponto de vista demográfico as dinâmicas migratórias são muito importantes, tantos as
nacionais como as internacionais. Entre o final do século XX e inícios do século XXI Portugal
recebeu contingentes cada vez maiores de imigrantes de emigrantes regressados (Arroteia, 2009a;
Ataíde & Dias, 2012). Esse fenómeno sentiu-se bastante no concelho de Leiria, mais
particularmente nas zonas urbanas e freguesias suburbanas (Arroteia, 2009a).
Mas o crescimento contínuo de estrangeiros a residir em Portugal foi quebrado em 2010 (ver
figura 7), “Para este efeito concorreu, designadamente, o aumento do acesso à nacionalidade
portuguesa (ao abrigo da atual Lei da Nacionalidade), os impactos da crise económica e financeira
em Portugal (redução do investimento e do emprego) e a alteração dos processos migratórios em
alguns países de origem” (Ataíde & Dias, 2012).

Figura 7 – Evolução das autorizações de residências e vistos a estrangeiros em Portugal. Fonte: Ataíde & Dias, 2012

11
Os saldos positivos populacionais de Leiria continuaram a ter contributo importante por
parte da emigração e migração entre 2001 e 2011 (CCDRC, 2011).No entanto, com as novas
tendências de emigração, por parte dos portugueses mais jovens, o saldo demográfico de
crescimento poderá ser interrompido. Os Media têm registado continuamente essa perceção no
concelho de Leiria (DL 2013; JL, 2012; RL, 2012b). Os efeitos socioeconómicos desta nova
realidade podem ser deveras preocupantes. Um efeito já notado é a redução de crianças nas escolas
da região (RL, 2012)
Na sociedade portuguesa têm existido constantes ciclos de emigração, “[…]por razões de
uma tradição antigo ligada aos desequilíbrios estruturais que é acentuada depois aquando de
crises ou desequilíbrios mais pontuais da economia nacional, ou de determinados setores em
particular” (Anido &Freire, 1975). Os autores anteriormente citados defendem que esses ciclos
podem variar entre 6 a 8 anos. Mas na atualidade, com uma nova realidade internacional e europeia,
e com as alterações nas franjas da população que hoje emigra, será difícil de prever se os novos
emigrantes regressarão, tal como aconteceu no passado, e se contribuirão com efeitos positivos na
economia da região e do concelho de Leiria (Arroteia, 2009a).
Entre 2005 e 2007 registou-se um decréscimo efetivo da taxa de crescimento da população,
condicionada pelas taxas de natalidade igualmente em queda, apesar de uma pequena recuperação
em 2006 (ver tabela 2). A análise dos dados demográficos por freguesia tentará aferir mais
aprofundadamente as atuais tendências.
Tabela 2 – Taxas e índices demográficos entre 2005 e 2007. Fonte: INE 2013

12
4.6.1

Uma análise populacional por Freguesias
Tabela 3 – População residente nas freguesias de Leiria em 2001. Fonte: INE 2013

13
100%
80%
60%
40%
20%
0%

Concelho de…
Amor
Arrabal
Azoia
Barosa
Barreira
Boa Vista
Caranguejeira
Carvide
Coimbrão
Colmeias
Cortes
Leiria
Maceira
Marrazes
Milagres
Monte Real
Monte…
Ortigosa
Parceiros
Pousos
Regueira de…
Santa…
Santa Eufémia
Souto da…
Bajouca
Bidoeira de…
Memória
Carreira
Chainça

Percentagem de residentes por faixa etária em 2001

0-14

15-24

25-64

65 ou mais

Figura 8 – Percentagem de residentes por faixa etária em 2001. Fonte: INE 2013
Tabela 4 – População residente nas freguesias de Leiria em 2011. Fonte: INE 2013

14
100%
80%
60%
40%
20%
0%

Concelho de…
Amor
Arrabal
Azoia
Barosa
Barreira
Boa Vista
Caranguejeira
Carvide
Coimbrão
Colmeias
Cortes
Leiria
Maceira
Marrazes
Milagres
Monte Real
Monte…
Ortigosa
Parceiros
Pousos
Regueira de…
Santa Catarina…
Santa Eufémia
Souto da…
Bajouca
Bidoeira de…
Memória
Carreira
Chainça

Percentagem de residentes por faixa etária em 2011

0-14

15-24

25-64

65 ou mais

Figura 9 – Percentagem de residentes por faixa etária em 2011. Fonte: INE 2013

Analisando as figuras 8 e 9 e as tabelas 3 e 4, torna-se evidente que a faixa etária dos 25 aos
64, em todas as freguesias de Leiria, é a maioritária. Isto denota uma população a caminho do
envelhecimento, mas poderá dever-se igualmente à atratividade do concelho por questões laborais
(Arroteia, 2008a; Silva, 2002), pois é a faixa etária em idade ativa. Poder-se ia dizer que os
concelhos mais rurais, e mais afastados do centro urbano (ver figura10) (INE, 2013), são
igualmente os mais envelhecidos.

15
Figura 10 – Mapa de freguesias de Leiria antes da reforma administrativa de 2012. Fonte: INE 2013

É importante também analisar as taxas de variação das várias faixas etárias para as várias
freguesias. Ao ler a tabela 5, são as freguesias mais rurais que apresentam a maior queda de
população jovem (0 e 14 anos), que cresce apenas alguns das freguesias urbanas (Barosa, Barreira,
Parceiros e Pousos). No entanto, das freguesias onde cresce a população entre os 0 e os 14 anos,
apenas Pousos aumenta a população entre os 15 e 24 anos. Por outro lado, entre os 25 e os 65 anos
são menos as freguesias que não registam aumentos de população, nesse caso freguesias
maioritariamente rurais (Arrabal, Boa Vista, Caranguejeira, Carvide, Coimbrão, Colmeias, Maceira,
Regueira de Pontes, Souto da Carpalhosa, Memória, Carreira e Chainça). Mas algumas das
freguesias tendencialmente rurais e mais afastadas do centro crescem na população total (Cortes,
Monte Real, Monte Redondo, Ortigosa, Santa Catarina da Serra, Santa Eufémia, e Bajouca). Todas
as freguesias crescem na população com mais de 65 anos, sendo pouco significativo na freguesia de
Memória, que já era a mais envelhecida.

16
Tabela 5 – Variação da população residente nas freguesias de Leiria entre 2001 e 2011. Fonte: INE 2013

As palavras de Jorge Carvalho Arroteia de análise ao período entre 1991 e 2001 continuam
atuais: “Existe uma forte concentração de população, apara além da Freguesia de Leiria, nas
freguesias limítrofes e próximas ou inseridas na zona urbana de Leiria. Por outro lado, existe uma
distribuição importante de população em centros de pequena dimensão, em consonância com a
dispersão do povoamento em solos de maior fertilidade, com atividades económicas locais e a
proliferação de PME ou já com as condições de relevo, notando-se o aumentar da concentração já
nas zonas próximas do maciço calcário” (Arroteia, 2009b).

17
A maior densidade de população regista-se em torno de centro urbano. No entanto certos
aglomerados, pelas suas dinâmicas económicas (variando o setor de zona para zona), conseguem
concentrar quantidades significativas de população. De um modo geral, o povoamento no concelho
de Leiria, como em maior parte do litoral, é disperso, ainda que concentrado em alguns núcleos
onde existem mais serviços e emprego.

4.6.2

Emprego
Tabela 6 – Trabalhadores por conta de outrem por setor entre 2005 e 2007. Fonte: INE 2013

À semelhança do que se verá posteriormente, o setor dominante, e que cria mais empregos, é
o dos serviços. Entre 2005 e 2007 (ver tabela 6) o emprego no setor primário e secundário tem
caído, ainda que ligeiramente no secundário. Já o terciário tem continuado a aumentar.

18
Tabela 7 – População residente segundo grupos profissionais em 2011. Fonte: INE 2013

Na tabela 7 agrupam-se, por grupo profissional, a massa de trabalhadores do concelho de
Leiria. Destaca-se uma heterogeneidade na distribuição da população empregada, com praticamente
tantos operários empregados como vendedores, ainda que dos vários grupos o predomínio dos
serviços. Do ponto de vista da qualificação, o total de quadros superiores e técnicos especializados é
superior aos não qualificados. Por outro lado, o número de trabalhadores ativos na agricultura e
pescas são residuais, a grande distãncia dos restantes.
No que toca às distinções das distribuições das profissões pelas várias freguesias, analisando
a tabela 7 e figura 11, podem-se destacar algumas singularidades que resultam das próprias
características das diversas freguesias, caso sejam urbanas, rurais, ou detenham nichos de atividade

19
económica e outras relevantes. Em Monte Real, pela existência da Base Aérea Militar concentra-se
uma quantidade importante de trabalhadores das Forças Armadas. É em Marrazes que trabalham a
maior parte dos vendedores, em Leiria a maior parte dos técnicos especialistas e quadros superiores.
Se em número absoluto a maior parte dos trabalhadores não qualificados reside em Marrazes (por
esta ser a mais populosa), já do ponto de vista percentual, face à população total da freguesia, é em
Memória que os não qualificados representa maior porção da população. Em freguesias como a
Maceira, Carvide, Caranguejeira, Amor, Bajouca, Monte Redondo, Chainça e outras, a existências
de empresas e indústrias (na sua maioria PME (Arroteia, 2009a)) tende concentrar percentagens
relevantes de operários.

20
População Residente por grupo profissional em 2011
100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

Concelho de Leiria
Amor
Arrabal
Azoia
Barosa
Barreira
Boa Vista
Caranguejeira
Carvide
Coimbrão
Colmeias
Cortes
Leiria
Maceira
Marrazes
Milagres
Monte Real
Monte Redondo
Ortigosa
Parceiros
Pousos
Regueira de Pontes
Santa Catarina da Serra
Santa Eufémia
Souto da Carpalhosa
Bajouca
Bidoeira de Cima
Memória
Carreira
Chainça

0%

G1 - Quadros Superiores

G2 - Especialistas

G3 - Técnicos Intermédios

G4 -Administrativos

G5 - Serviços e Vendedores

G6 - Agricultura e Pescas

G7 - Operários

G8 - Instalações e Máquinas

G9 - Não Qualificado

G0 Forças Armadas
Figura 11 – Percentagem da população residente por grupo profissional nas freguesias de Leiria. Fonte: INE 2013

21
A forte concentração de quadros superiores e técnicos especialistas tem como origem as
necessidade de determinadas empresas instaladas em Leiria, e a influência crescente da formação
média e superior, onde se incluem os que se formam cada vez mais nas instituições da própria
região através dos estabelecimentos de ensino secundário e superior (Vieira, 2005).

Trabalhadores por conta de outrem segundo nível de ensino
9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0

2005

2006

2007

Trabalhadores por conta de
outrem segundo nível de
ensino

2005

2006

2007

Inferior ao 1º ciclo do ensino
básico

451

408

411

1º ciclo do ensino básico

7806

7510

7180

2º ciclo do ensino básico

7568

7332

7371

3º ciclo do ensino básico

7821

7921

8471

Ensino secundário

6221

6838

7256

Bacharelato

846

877

807

Licenciatura

2419

2459

2858

Mestrado

143

161

Doutoramento

21

50

Figura 12 – trabalhadores por conta de outrem segundo nível de ensino entre 2005 e 2007. Fonte: INE 2013

Entre 2005 e 2007 (ver figura 12) tem-se verificado um aumento generalizado do nível de
ensino/formação da população empregada. Este crescimento era espectável, tanto pela entrada de
jovens no mercado de trabalho com mais qualificações como pelos programas de formação de
adultos já empregados. Este indicador poderá ser lido como influenciador da modernização dos
vários setores da economia do concelho.

22
4.6.2.1 Desemprego

Historicamente, pelo menos nas décadas mais recentes, Leiria tem registado taxas de desemprego
abaixo das médias nacionais. Apesar de quase ter triplicado o número de desempregados entre 2001
e 2011, a percentagem de população desempregada em 2011 continuava bem abaixo da média
nacional. Apesar de tudo, isto poderá demonstrar uma vitalidade e maior robustez da economia do
concelho face às restantes, ainda que as taxas registadas sejam muito elevadas.
Desempregados por 100 empregados segundo os Censos: total e
por sexo - Rácio - %
15,2

16
14
12

9,9

10
8

7,3
Portugal

6

Leiria

3,8

4
2
0
2001

2011
Total

Figura 13 – Desempregados por 100 empregados segundo os censos. Fonte: INE 2013

23
4.6.3

Educação/formação

Taxas de escolarização
120
100
80
60
40
20
0

2004/2005

2005/2006

2006/2007

Taxas de escolarização préescolar

86,6

83,3

88,2

Taxas de escolarização ensino
básico

107,3

107,1

107,3

Taxas de escolarização ensino
secundário

104,5

94,8

88,4

Taxa de escolarização do
Ensino Superior

44,4

Figura 14 – Taxa de escolarização. Fonte: INE 2013

Os dados disponíveis face à escolarização são algo inconclusivos (ver figura 14),
especialmente no ensino superior e secundário. Se se torna evidente que o alargamento da rede préescolar tenha de facto crescido, e que seja normal que a escolarização do ensino básico se tenha
mantido, é de duvidar da queda da taxa de escolarização do ensino secundário. No entanto, no caso
do ensino secundário, os dados estatísticos disponíveis apresentavam na fonte uma quebra de
secção, o que pode implicar uma alteração condicionante da leitura dos indicadores.

4.6.4

Saúde
Tabela 8 – Pessoal de saúde ao serviço por cada 1000 habitantes 1. Fonte: INE 2013

A tabela 8 destaca o gradual aumento do número de médicos e enfermeiros por residente no
concelho, o que será de concluir que há tem aumentado a capacidade de resposta à população. Este

24
indicador poder ser importante no que toca á atratividade do concelho, uma vez que o acesso à
saúde é algo valorizado pelas famílias. No entanto, maior número de trabalhadores nem sempre
significa mais e melhor serviço.

4.7

Justiça e criminalidade
Tabela 9 – Índices de criminalidade 1. Fonte: INE 2013

Os índices de criminalidade entre 2005 e 2007 (ver tabela 9) indicam uma redução. Mas o
clima de crise iniciado em 2008 poderá ter condicionar e fazer subir os valores dos anos seguintes.

4.8

Urbanismo
“O crescimento urbano registado na segunda metade do século XX provocou alterações

profundas no tecido urbano leiriense e nas suas freguesias, em especial nas áreas peri-urbanas. O
traçado, na cidade, de novos arruamentos, preenchidos por novas habitações e por equipamentos e
serviços mais recentes que nas áreas tradicionais, levou a uma desertificação e abandono do casco
mais antigo” (Arroteia, 2009a). Os dados e indicadores demográficos anteriormente referidos (ver
tabela 5) confirmam o crescimento, entre 2001 e 2011 das freguesias urbanas. O crescimento
urbano da cidade de Leiria faz transparecer a intensificação das relações urbanas entre o centro
urbano e a sua periferia, com a periferia a crescer mais acentuadamente em população.
“A cidade tradicionalmente densa, de contornos nítidos e com um centro de gravidade
permanece, mas em articulação com novos espaços urbanizados, de maior ou menor extensão
polarizados ou não por outros pequenos centros. Neste contexto de forte urbanização misturam-se,
por vezes, modos tradicionais de povoamento difuso, que aparentemente parecem estar interligados
ou a ser assimilados, com novos modelos de urbanização. A oferta vai-se diversificando na criação
de novas centralidades e os indivíduos frequentam diferentes centros, em função das circunstâncias
e das opções que podem fazer” (Arroteia, 2009).
Tendo em conta o modelo difuso de ocupação dos solos, mesmo dos urbanos, o crescimento
populacional tem acontecido, por vezes, de um modo deficitariamente planeado e desordenado, com
efeitos negativos sobre as coberturas das infraestruturas básicas. As freguesias ruais urbanizaram25
se, tanto nas habitações e infraestruturas como nos modelos e padrões de vida urbanos (Silva,
2002). No entanto, por razão dos modelos de ocupação difusos, esse crescimento, em muitos casos,
foi insustentável.

4.8.1

Polis e a reabilitação urbana

Em contra ciclo com a expansão urbana para a periferia, iniciou-se em leiria, em 2000, a
execução do programa Polis, que pretendia reabilitar a cidade, a zona histórica, e muito
especificamente as zonas ribeirinhas, criando também novas soluções de estacionamento, entre
outras (Leiriapolis, 2007).
O Programa Polis em Leiria investiu 40 milhões € na reabilitação de algumas zonas da
cidade, mas muito mais haveria por intervencionar, especialmente no casco histórico da cidade,
cada vez mais degradado e desertificado (Arroteia, 2009a). No entanto, devido à recente expansão
urbana periférica, a própria periferia necessita também de ações de reabilitação urbana.

4.8.2

Infraestruturas Urbanas

100,00
90,00
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00

2008

2009

População servida por
sistemas públicos de
abastecimento de água

89,00

90,00

População servida por
sistemas de drenagem de
águas residuais

63,00

72,00

Figura 15 – Percentagem de população servida por infraestruturas hidráulicas. Fonte: INE 2013

26
O resultado das expansões urbanas sem prévio planeamento e os próprios modelos difusos de
ocupação dos solos explicam as percentagens de cobertura do abastecimento e drenagem de águas
residuais, tal como demonstra a figura 15. Apesar de tudo a cobertura tem vindo a aumentar
gradualmente.

4.8.3

Vias de comunicação
Já desde tempos romanos e medievais que a acessibilidade e mobilidade da zona de Leiria

têm tido influência no seu desenvolvimento. Em meados dos séculos XX, o IC2 (antiga nacional
Nº1) e posteriormente a A1 tiverem impactos importantíssimos no desenvolvimento de Leiria
(Costa, 1989). Essa dotação, e em simultâneo com a abertura crescente da sociedade portuguesa,
contribuíram para o crescimento económico e urbano da cidade de Leiria, posteriormente levando à
tendência para a terciarização da economia local (Arroteia, 2009a). A figura 16 evidencia a
importância estruturante de Leiria com centro gerador de viagens locais e de transição das viagens
regionais e nacionais.

Figura 16 – Movimento pendulares regionais. Fonte: INE 2012

27
m 2002 conclui-se a ligação da A8 à Marinha Grande, com uma saída para Leiria. Em 2011
é feita a ligação entre a A8, que já se tinha lidado ao norte com a designação de A17, e a A1 através
do lanço portajado do IC36 (RL, 2011). Nessa mesmo conjunto de empreitadas rodoviárias o IC2,
parte integrante da circular interna da cidade de Leiria, foi alargado, ganhando as caraterísticas de
autoestrada, melhorando a circulação rodoviária na zona.
Outra infraestrutura de transportes importante existente no concelho de Leiria é a Linha
Ferroviária do Oeste. Depois de ter vindo a registar nas últimas décadas um contante decréscimo de
serviço (Silva, 2002), e ter sido ponderado o seu encerramento, recentemente foi anunciado que o
serviço ferroviário continuara a funcionar, em novos moldes e de modo a tentar uma modernização
do próprio serviço (Público, 2013).
Desde 2009 começou-se a discutir a eventualidade de abrir a Base Aérea Militar de Monte
Real à aviação civil. Foram tomadas várias iniciativas políticas e feitos estudos de viabilidade
económica neste sentido. Até ao momento o projeto contínua sem definição (RL, 2012a).

4.9

4.9.1

Algumas entidades locais e regionais com impacto económico

IPL
No seu estudo demográfico regional, Jorge Carvalho Arroteia considera que “O IPL tem

responsabilidades acrescidas no processo de crescimento e de inovação no tecido empresarial
envolvente, bem como no apoio à criação de novas actividades e funções relacionadas com os
setores produtivos e os serviços. A formação de recursos humanos ao nível superior parece
constituir-se como uma das condições locais de desenvolvimento” (Arroteia, 2009a).

28
Tabela 10 – Quantidade de alunos inscritos nos IPL no concelho de Leiria. Fonte: IPL, 2009

De um inquérito à comunidade académica do IPL, obteve-se que os diplomados dos ESSE
(atual ESECS) declararam ter gasto em média, em 1999, 43mil escudos por mês (9 contos em
transportes, 7 contos em livros, fotocópias e outros, 14 contos em alimentação, 2 contos em
propinas e o restante em alojamento. No entanto, 46% dos inquiridos declarou não ter pago
propinas e 52% não suportava despesas com alojamento (Canadas et all, 2000). Com base nos
dados anteriores, referentes a 1999, e com base nos dados mais recentes da instituição (ver tabela
10) (IPL, 2009), calculou-se, por estimativa com base na inflação média nacional, os impactos dos
estudantes na economia do concelho de Leiria entre 2006 e 2009 (ver tabela 11)
Tabela 11 – Quantidade de alunos inscritos nos IPL no concelho de Leiria

A estes valores terão de se somar os impactes dos funcionários e todo o restante impacto
direto e indireto associado ao funcionamento da própria instituição. Apesar da grande margem de
erro, pois a totalidade deste valor pode não ser gasta exclusivamente no concelho de Leiria e devido
às mudanças nos padrões de consumo, conclui-se que o impacte dos alunos do IPL na economia
local é muito relevante e importante.

29
4.9.2

Leiriashopping
Segundo notícia do semanário Região de Leiria, a Sonae Sierra terá investido 80 milhões € na

construção do LeiriaShopping, uma unidade comercial com 116 lojas. O impacto do projeto na
economia do distrito passa terá sido considerável, criando-se 900 empregos criados e tendo-se
adjudicado 6 milhões de euros a empresas locais (RL, 2010). Por outro lado, desde a abertura desse
novo centro comercial o comércio do centro da cidade ressentiu-se.

4.10 Setores da economia concelhia

Leiria tem atividades agrícolas, de serviços e de indústria multiseculares, tal como já foi
referido anteriormente, tendo sindo sempre um foco importante de migrações (Vieira, 2005). Essas
migrações tanto ocorreram de para fora como para dentro, dependendo da época histórica e da
própria economia. A emigração teve impactos importantes no desenvolvimento económico do
concelho no último quartel do século XX. […] A emigração para o estrangeiro afetou, fortemente o
distrito e o concelho de Leiria na segunda metade do século XX, com condicionamentos ao nível do
crescimento demográfico, a alterações das estruturas e comportamentos sociais, das tradições, da
divisão do trabalho, e até da paisagem, na estrutura fundiária e nas estruturas económicas. Trouxe
uma animação dos circuitos capitais, a nível local e regional. Note-se que as transferências de
divisas provenientes das remessas dos emigrantes para Portugal permitiu não só o equilíbrio da
balança de pagamentos, como localmente contribuiu para a animação de circuitos económicos
através da poupança e dos investimentos imobiliários e comerciarias realizados. Estes efeitos
ficaram bem patentes na paisagem, através muitas edificações de emigrantes e no crescimento que
se fez sentir em todo o concelho de Leiria. O regresso dos emigrantes aculturados contribui para
mudanças na sociedade local e nos modelos de organização laborais, no empreendedorismo e
aposta em novas iniciativas comerciais e industriais (Arroteia, 2009a). De facto Leiria, desde então,
apresentou índices de desenvolvimento consideráveis, em alguns casos superiores à média nacional
(ver figura 17, onde o Pinhal Litoral, pelo peso proporcional de Leiria, representa o concelho de
Leiria). No futuro, tendo em conta o panorama migratório, resta saber se os efeitos futuros dos
jovens que saem do concelho trarão aspetos positivos.

30
PIB per cápita a preços de mercado

2008

2007

2006

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

Pinhal Litoral

2006
15417

2007
16171

2008
16100

Centro

12730

13311

13289

Portugal

15197

15961

18000

16191

Figura 17 – PIB per capita a preços de mercado – Portugal, Centro e Pinhal Litoral. Fonte: INE 2012

Atividades Económicas no Concelho de Leiria em 2011
Primário

Secundário

Terciário Total

2%

34%

64%

Figura 18 – Atividades Económicas no Concelho de Leiria em 2011. Fonte: INE 2013

Apesar de em 2001 (Arroteia, 2009a) o setor secundário ser dominante, atualmente é o setor
terciário que assume a maior fatias das atividades económicas do concelho, mantendo-se as
atividades primárias como residuais (ver figura 18). A localização, as acessibilidades, e o peso
31
nacional dos seus serviços oferecidos por Leiria, especialmente na relação com Lisboa, têm
contribuído para o crescimento económico de Leiria, nos últimos anos transposto para o setor dos
serviços. Esta tendência também tem-se apoiado no apoio à forte atividade empresarial local
(Arroteia, 2009b; Silva, 2002; Vieira, 2005), cada vez mais internacional, beneficiou também
localmente dos crestes níveis de formação (alguns formados localmente)
Tabela 12 – Indicadores da dinâmica empresarial do concelho de Leiria entre 2006 e 2012. Fonte; INE 2013

De um modo geral, os indicadores da tabela 12 demonstram a quebra entre 2008 para 2009,
sentindo-se uma ligeira recuperação a partir de 2010, mas descendo novamente em 2012. Aqui
tornam-se evidentes os impactes das recentes crises externas. Essa tendência anterior é reforçada
pela figura 19 onde se denota o decréscimo de número de empresas entre os anos de 2009 e 2011,
com quedas acentuadas no número de empresas de construção e comércio por grosso e a retalho.

32
Empresas não financeiras: total e por sector de actividade económica
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0

2009

2010

2011

Pesca

11

9

10

Indústrias extractivas

17

17

17

Indústrias transformadoras

1541

1461

1435

Electricidade, gás, vapor,
água quente e fria e ar frio

7

8

9

Captação, tratamento e
distribuição de água

22

22

23

Construção

2198

1996

1907

Comércio por grosso e a
retalho

4078

3952

3753

Transporte e armazenagem

315

309

304

Alojamento, restauração e
similares

946

889

881

Actividade de Informação e
comunicação

200

185

171

Actividades imobiliárias

470

464

442

Actividades de consultoria,
científicas, técnicas e
similares

1653

1636

1568

Actividades administrativas
e dos serviços de apoio

1877

1912

1796

Educação

1049

1039

960

Actividades de saúde
humana e apoio social

981

1007

998

Actividades artísticas, de
espectáculos, desportivas e
recreativas

336

313

324

Outras actividades de
serviços

692

678

655

Figura 19 – Empresas não financeiras: total e por sector de atividade económica entre 2009 e 2011. Fonte: INE 2013

33
Importa fazer um exercício de reflexão para tentar aferir o porquê da estruturação e
fragilidade da economia nacional, relacionando-a com a realidade do concelho de Leiria. “Os
países menos desenvolvidos apresentam estruturas de produto e emprego que diferem das
estruturas das economias mais desenvolvidas. Isto ocorre porque a dimensão do sector agrícola é
inicialmente maior, mas também porque existem diferenças entre as estruturas industriais. Em
estádios mais recuados do desenvolvimento tende a ser maior a proporção do desenvolvimento
tende a ser maior a proporção do setor têxtil ou de produtos alimentares, e menor na química, a
maquinaria e as indústrias que usam mais intensivamente a tecnologia avançada. As diferenças na
estrutura do produto podem estar relacionadas com a disponibilidade de recursos naturais, nível
de poupança e do investimento internos e as diferenças elásticas da procura […] Numa primeira
fase, a agricultura domina e o crescimento da produtividade agregada é conduzido pelo lento
crescimento da produtividade nesse setor. Numa segunda fase, o país industrializa-se e o
crescimento da produtividade agregada é conduzido pela transferência de recursos para sectores
com níveis de produtividade mais elevados. O efeito positivo desta transferência de recursos não
depende apenas do facto de a produtividade estar a crescer mais rapidamente no sector industrial
do que no resto da economia, depende também do facto de o nível de produtividade na indústria ser
mais elevado do que nos outros sectores. Uma terceira fase do crescimento económico é dominada
pelo crescimento do sector dos serviços, um sector que, regra geral, tende a apresentar níveis de
produtividade e taxas de crescimento inferiores aos do sector industrial. Assim, o crescimento do
setor dos serviços pode exercer um efeito depressivo sobre o crescimento económico no todo”
(Costa et all, 2011).
A tendência de queda do crescimento em Portugal, e em Leiria, pode então depender do
predomínio do setor terciário, que é tendencialmente menos produtivo. Esta tese assenta no
princípio de que a pouca produtividade nacional provoca fracos crescimentos económicos (Amaral,
2010). No caso do concelho de Leiria, o forte crescimento do menos produtivo setor dos serviços
poderá fazer explicar o marcar passo da economia de Leiria.

4.10.1 Agricultura

Na sua maioria (63%) a região de Leiria, com o devido paralelo para o concelho, é
constituída por solos com maior aptidão para utilização florestal, com apenas 37% dos restantes a
serem adequados para fins agrícolas. Como seria de esperar, os melhores solos agrícolas situam-se
34
no fundo dos vales mais importantes, especialmente no vale do Lis (Arroteia, 2009a). No entanto
isso não se tem traduzido em produção agrícola relevante nessas zonas. Em 1957 o vale do lis
sofreu obras de regularização do rio, tendo-se construído um vasto sistema de irrigação, na
esperança de potenciar a agricultura e assim a economia local. Na atualidade, nestes últimos anos,
apesar de alguns resquícios de tentativas de dinamização dessa zona, torna-se evidente quão pouco
proveitosos foram esses investimentos.
Um dos condicionantes da atividade agrícola local relaciona-se com a dimensão das parcelas
agrícolas.
A pecuária é extremamente importante na economia local, especialmente em algumas
freguesias do norte de Leria, produzindo-se bens de alta qualidade (Vieira, 2005), ainda que com
fortes impactes ambientais. Nessa atividade existem desde grandes explorações, com boas
condições de produção, a explorações familiares de fraca qualidade (Silva, 2002).
Tabela 13 – Indicadores da dinâmica agrícola do concelho de Leiria entre 1999 e 2009. Fonte; INE 2013

A tabela 13 evidência o abandono que o setor agrícola tem sofrido. De notar que tem
descido mais o número de explorações agrícolas que a superfície utilizada para fins agrícolas, o que
pode significar que as explorações de menores dimensões têm encerrado em maior número.
Na atualidade, além do revestimento vegetal dominado essencialmente pelo pinheiro marítimo,
pouco exigente em relação à qualidade dos solos, ponteiam largas extensões de eucaliptos e outras
áreas à agricultura com extensões de vinha, árvores de fruto e outras parcelas de policultura
intensiva, Importa, apesar de tudo, assinalar a relevância do milho, nas zonas baixas e de regadio, e
a cultura de sequeiro nas encostas. Salienta-se também a cultura de forragens. (Arroteia, 2009a).

4.10.2 Indústria
Em 2005 considerava-se que “A rede industrial instalada é considerada uma das mais
densas, modernizadas e diversificadas do país, representando a nível nacional uma posição
relevante na cerâmica, cimentos, vidros e cristalaria, plásticos, moldes e outros produtos
metálicos, máquinas-ferramentas, têxteis e vestiário, madeira e mobiliário” (Vieira, 2005). Apesar
dessa forte implantação o setor tem vindo a cair, tal como já se referiu anteriormente.

35
No seu processo de industrialização, que cresceu muito a partir de meados do século XX, o
concelho de Leiria beneficiou da sua proximidade com a Marinha Grande, da acumulação de
capitais oriundos e da iniciativa e “know-how” do retorno da emigração (Arroteia, 2009a). Quanto à
localização as atividades industriais, constituídas principalmente por PMEs, difundiram-se ao longo
dos principais eixos de circulação.
O desenvolvimento da industria esteve também, inicialmente, ligado à existência das
matérias-primas, à disponibilidade de fontes de energia (floresta e depois a eletricidade) e à
existência de mão-de-obra abundante, que me muitos casos associava o trabalho fabril à agricultura,
praticada em regime pós-laboral e fator de estabilidade e paz social (Arroteia, 2009a). Contudo a
estabilidade socioeconómica dos últimos anos no concelho corre o risco de se perder, devido ao
declínio gradual de algumas indústrias tradicionais e ao aumento do desemprego (INE, 2012).
Em resumo, apesar da crise e da queda do setor, a atividade industrial concelhia continua a
ser bastante diversificada, com nichos e cluster industriais em determinadas zonas e freguesias, tal
como se comprova pelos valores de população empregada por grupo profissional (tabela 7 e figura
11).

4.10.3 Serviços

O sector terciário encontra-se bastante desenvolvido na região, oferecendo uma grande
variedade de produtos e serviços disponíveis que deixaram de ser apanágio das grandes áreas
metropolitanas. Por outro lado, a situação geográfica e o clima ameno arrastam consigo turismo
(Vieira, 2005).
Já há séculos que Leiria se constituiu como um forte centro regional de atração de comércio,
mas também de serviços públicos e privados (Arroteia, 2009a; Costa, 1989). A sua atual
importância como sede de distrito desempenha um papel de relevo como centro comercial e de
serviços de apoio à atividade empresarial e outros, asseguram-lhe o persistir da sua função como
polo atrativo em diferentes domínios.

4.10.3.1 Turismo e Cultura

No concelho de Leiria verifica-se a existência de mar (Praia do Pedrogão) e montanha
(Cortes, Santa Catarina da Serra, etc.), existindo também termalismo. É notório o potencial no agro
e ecoturismo, associados ao rio Lis, lagoa da Ervideira e zonas ruais, tal como turismo religioso
através do santuário de Nossa Senhora da Encarnação e Senhor Jesus dos Milagres. A nível
36
patrimonial, salienta-se o Castelo de Leiria, o casco histórico da cidade, o Moinho de Papel, o Vale
do Lapedo e muito outro edificado de valor considerável. (Arroteia, 2009a).
Ao nível da oferta hoteleira, o concelho de Leiria apresenta-se como a 2ª maior oferta da da região
(alargada até Ourém). Mesmo sendo uma capital distrital, com peso e importância histórica, a
oferta, ainda que considerável, é suplantada pelo efeito de proximidade a Fátima (Arroteia, 2009a).
Tabela 14 – Indicadores da dinâmica do turismo no concelho de Leiria entre 1999 e 2009. Fonte; INE 2013

De um modo geral os indicadores da capacidade turística local (tabela 14) apresentam
valores que apontam para um crescimento. Da estimativa dos proveitos hoteleiros conclui-se que os
resultados são modestos perante os restantes setores da economia local, contudo fica a perceção da
existência de forte potencial cultural /turística do concelho. Os dados referentes à oferta e
frequência nas existências e iniciativas culturais apontam para um crescimento (figura 20) que pode
contribuir para o crescimento turístico, com e impacto direto na economia local.

Indicadores locais de Cultura (visitantes por habitante)
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0

2005

2006

2007

Espetáculos ao vivo

0,2

0,3

0,3

Museus, jardins zoológicos,
botânicos e aquários

0,1

0,1

0,2

Galerias de arte e outros
espaços de exposições
temporárias

0,2

0,1

0,5

Figura 20 – Indicadores locais de Cultura entre 2005 e 2007. Fonte: INE 2013

37
4.10.4 Construção

Edifícios concluídos para habitação familiar: total e por tipo de
obra
700
600
500
400
300
200
100
0

2001

2009

2010

Total

586

327

237

Construções novas

559

318

224

Ampliações, alterações e
reconstruções

27

9

13

Figura 21 – Edifícios concluídos para habitação familiar: total e por tipo de obra. Fonte: INE 2013

O setor da construção tem um peso considerável no concelho (Silva, 2002), mas encontra-se
em forte queda, tal como já se constatou nos dados referentes ao decréscimo do número de
empresas (figura 19). A queda do número de construções novas no concelho, entre 2001 e 2010, foi
fortíssimo. Tudo indica que o setor sofrerá fortes restruturações no futuro, tendendo
preferencialmente para as empreitadas de reconstrução e reabilitações.

38
4.10.5 Inovação

Indicadores locais de inovação
300
250
200
150
100
50
0

2010

2011

2012

Invenções concedidas –
patentes e modelos de
utilidade

3

4

4

Proporção de patentes nos
pedidos de invenções

91

77

96

Pedidos de marcas

282

215

249

Pedidos de Design

8

21

9

Figura 22 – Indicadores locais de inovação. Fonte: INE 2013

Os indicadores de inovação disponíveis para o concelho, entre 2010 e 2012, não são
conclusivos (ver figura 22). Alguns parâmetros crescem mas outros decrescem. Esta dificuldade de
leitura poderá estar relacionada com a crise económica por um lado, e por outro pelo reforço de
investigação que algumas entidades têm feito no concelho, nomeadamente o IPL (IPL, 2009).

39
4.10.6 População ativa por setor económico
Tabela 15 – População economicamente ativa. Fonte; INE 2013

40
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%

Concelho de Leiria
Amor
Arrabal
Azoia
Barosa
Barreira
Boa Vista
Caranguejeira
Carvide
Coimbrão
Colmeias
Cortes
Leiria
Maceira
Marrazes
Milagres
Monte Real
Monte Redondo
Ortigosa
Parceiros
Pousos
Regueira de Pontes
Santa Catarina da…
Santa Eufémia
Souto da Carpalhosa
Bajouca
Bidoeira de Cima
Memória
Carreira
Chainça

Peso percentual no emprego por setor em
2011

Primário

Secundário

Terciário

Figura 23 – Peso percentual no emprego por setor em 2011. Fonte: INE 2013

A análise da tabela 25 e da figura 23 reforça o que já se constatou aquando da análise do
emprego no concelho. Em todas as freguesias o maior setor de atividade é o terciário. Nas
freguesias mais rurais aumentam os valores, ainda que residuais, de atividade no setor primário. Já o
setor secundário está associado a freguesias com nichos e clusters específicos, ou dotadas de zonas
industriais relevantes, algo que já foi também referido anteriormente.

5

Conclusões

O concelho de Leiria, especialmente pela influência da sua zona urbana, e da riqueza da
diversidade das suas freguesias, tem-se destacado como uma zona economicamente pujante e
desenvolvida. No entanto, as crises de 2008 e 2010 têm afetado, direta e indiretamente, a economia
local, maioritariamente assente no setor dos serviços. A atratividade do concelho, associado à sua
forte dinâmica económica, a um clima ameno e a uma facilidade de acessibilidade e mobilidade,
parece ter vindo a decair. Notam-se sinais evidentes de envelhecimento da população,
condicionante da sustentabilidade humana futura, especialmente se as taxas de natalidade não
subirem e se o concelho perder a atratividade migratória para o seu interior.

41
Do ponto de vista urbano o concelho tem continuado a crescer, especialmente ao longo das
freguesias urbanas, no entanto muito desse crescimento não fora devidamente planeado e ordenado
segundo modelos capazes de garantir uma imperativa sustentabilidade territorial, persistindo os
modelos difusos. As infraestruturas rodoviárias têm sofrido grandes melhorias, potenciando a
localização geográfica estratégica, mas o transporte ferroviário (mais sustentável) continua a não ser
uma alternativa.
Apesar da queda de alguns setores tradicionais, mais recentemente do importantíssimo setor
local da construção, denotam-se tentativas de empreender e inovar no setor empresarial. O Papel do
IPL poderá ser importante nesse objetivo, mas ainda é, de um modo absoluto, apenas uma intenção.
O potencial agrícola do vale do lis está por aproveitar, tal como as singulares oportunidades trazidas
pelo turismo, nas vertentes ecológicas e culturais/patrimoniais. Continua também por resolver o
problema dos efluentes suinícolas, e a floresta de pinho é cada vez mais ameaçada pelo avançar dos
eucaliptais.
Várias entidades locais têm tentado gerar sinergias de cooperação para potenciar o
desenvolvimento local mas as execuções práticas estão por implementar. Aqui se poderá questionar
o papel da Câmara Municipal de Leiria, que apesar de ser uma das principais entidades interessadas
nesse processo, se vê condicionada por um passivo considerável que a impede de ter um papel mais
ativo.

42
6

Bibliografia
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Desenvolvimento do concelho de leiria no século XXI em análise

  • 1. Curso de História Seminário II Fundamentos Geográficos da História de Portugal 2012-2013 O Desenvolvimento do Concelho de Leiria no século XXI em Análise Projeto de Investigação Micael da Silva e Sousa Aluno 1100043 Orientador: Professor Jorge Trindade
  • 2. Índice Remissivo 1 Sumário...................................................................................................................................................... 2 2 Metodologia:.............................................................................................................................................. 2 3 Introdução .................................................................................................................................................. 2 4 Dinâmicas de Desenvolvimento ................................................................................................................ 3 4.1 Breve história até à atualidade.......................................................................................................... 3 4.2 Localização Geográfica ...................................................................................................................... 5 4.3 Clima .................................................................................................................................................. 6 4.4 Ambiente ........................................................................................................................................... 6 4.4.1 Resíduos .................................................................................................................................... 7 4.4.2 Energia ....................................................................................................................................... 8 4.5 Recursos Naturais .............................................................................................................................. 9 4.6 Demografia ...................................................................................................................................... 10 4.6.1 Uma análise populacional por Freguesias ............................................................................... 13 4.6.2 Emprego .................................................................................................................................. 18 4.6.3 Educação/formação ................................................................................................................. 24 4.6.4 Saúde ....................................................................................................................................... 24 4.7 Justiça e criminalidade .................................................................................................................... 25 4.8 Urbanismo ....................................................................................................................................... 25 4.8.1 Polis e a reabilitação urbana .................................................................................................... 26 4.8.2 Infraestruturas Urbanas............................................................................................................ 26 4.8.3 Vias de comunicação ............................................................................................................... 27 4.9 Algumas entidades locais e regionais com impacto económico ..................................................... 28 4.9.1 IPL ........................................................................................................................................... 28 4.9.2 Leiriashopping ......................................................................................................................... 30 4.10 Setores da economia concelhia ....................................................................................................... 30 4.10.1 Agricultura ............................................................................................................................... 34 4.10.2 Indústria ................................................................................................................................... 35 4.10.3 Serviços ................................................................................................................................... 36 4.10.4 Construção ............................................................................................................................... 38 4.10.5 Inovação .................................................................................................................................. 39 4.10.6 População ativa por setor económico ...................................................................................... 40 5 Conclusões............................................................................................................................................... 41 6 Bibliografia .............................................................................................................................................. 43 1
  • 3. 1 Sumário Partindo dos dados estatísticos disponíveis, e de fontes bibliográficas, relacionadas com o desenvolvimento do distrito, da comunidade intermunicipal do Pinhal Litoral foi feita análise direcionada para os aspetos e cateterísticas que têm condicionado e potenciado o desenvolvimento do concelho de Leiria no século XXI. 2 Metodologia:  Consultar de estatísticas oficiais e estatais (INE).  Solicitar informação mais detalha a entidades como a Câmara Municipal de Leiria, a NERLEI, CIMPL, e IPL.  Consultar de registo de informação dos Media locais.  Pesquisa pelas bases de dados e repositórios locais (Bibliotecas Municipais e do IPL).  Tratamento dos dados recolhidos, adaptando-os e compilando a informação recolhida centrando o estudo no foco do desenvolvimento de Leiria ao longo do século XXI. 3 Introdução Antes de avançar com a caracterização do que se identificou como mais importante para a caracterização do atual nível de desenvolvimento do concelho de Leiria, tendo em conta os dados estatísticos e outras fontes disponíveis, importa fazer uma pequena introdução às características do próprio concelho. Posteriormente, sempre que necessário ou possível, será feita uma retrospetiva de enquadramento aos dados e informações sectários tratados em capítulos próprios, mas o foco temporal será sempre o século XXI. Figura 1 – BI do concelho de Leiria. Fonte: Pordata, 2013 2
  • 4. De um ponto de vista das dinâmicas de desenvolvimento, o concelho afigura-se como bastante pujante, com um crescimento, regra geral e em média, a verificar-se a um ritmo superior ao do continente. Da figura 1 podemos destacar, entre 2001 e 2011, o crescimento populacional, mas também um nítido envelhecimento da população, tal como a triplicação do número de desempregados. Uma vez que a Leiria é, para além de concelho, capital do Pinhal Litoral e do Distrito de Leiria, importa relacionar o concelho com essas áreas geográficas de pendor sub-regional e regional. Sendo que se utilizaram quando adequado, ou quando não existirem outros dados disponíveis, as estatísticas referentes a essas zonas mais alargada. De um modo geral, esse domínio é bem representativo se considerarmos que Leiria, ocupando apenas um terço do Pinhal Litoral, em quase todos dos indicadores, de desenvolvimento e caracterização, representa cerca de 50% (e nalguns casos, claramente mais) do Pinhal Litoral (Silva, 2002). Apesar da sua evolução recente, Leiria ocupa ainda uma posição modesta na hierarquia dos centros urbanos portugueses (Arroteia, 2009a). Apesar dos vários indicadores, de um modo geral, tenderem para o crescimento e desenvolvimento, as crises recentes tiveram os seus efeitos, ora com quedas pontuais em alguns anos ora no abrandamento económico geral. 4 4.1 Dinâmicas de Desenvolvimento Breve história até à atualidade Aquando da construção do primeiro Castelo de Leiria em 1135 (Couseiro, 2011), a zona seria pouco povoada na altura, uma quase terra de ninguém (Bernardes, 2005). No entanto, desde os finais do século XI, que colonos cristãos e aventureiros, procurando novas oportunidades, vinham rumando em direção a sul, ocupando as terras da zona de Leiria (Gomes, 2005; Gonçalves, 1984). Assim, a existência de Leiria deveu-se a funções militares, de defesa do território construído e para futuras incursões mais a sul (Margarido, 1988). Depois de trocar várias vezes de mão, em 1195 a reconquista do castelo é definitiva (Zuquete, 1945). Com o perigo muçulmano longe, a povoação começou a expandir-se para fora da cintura de muralhas, aproveitando os terrenos inferiores, mais propícios para a agricultura, produção de indústrias medievais e comércio. Durante a idade média prosperaram na cidade judiarias e mourarias, como comunidades importantes para as dinâmicas económicas (Gomes, 1999; Margarido, 1988). Nessa altura Leiria era 3
  • 5. um local cosmopolita, com essa característica a contribuir para o desenvolvimento local, tal como a crescente oferta de serviços administrativos e judiciais que começava a oferecer na altura (Arroteia, 2008b). A localização, e a existência de vias terrestres e proximidade a alguns pequenos portos marítimos contribuíram para o desenvolvimento inicial. No século XVI Leiria torna-se cidade em 1512 e sede de Bispado pouco depois. Em 1544 construiu-se a Praça Rodrigues Lobo, um dos importantes centros impulsionadores e palcos do comércio da cidade da altura. A importância da comunidade judaica na altura é evidente, com a produção do Moinho de Papel, autêntica fábrica de papel, e a tipografia. Esses seriam alguns dos primeiros empreendimentos do género na Península Ibérica. O início do século XIX, com os impactos das invasões francesas, Leiria definhou fortemente (Estrela, 2009). Com o avançar desse século a cidade viveu a industrialização. Surge a uma grande fábrica de moagem num antigo convento. Nessa altura abrem-se também mais e melhores estradas de ligação ao exterior, e o rio sofre ainda mais obras de controlo e encanamento, tal como uma forte intervenção modernizadora urbana. Nas últimas décadas do século XX, a cidade expandiu-se consideravelmente, urbanizando as freguesias da periferia. O centro histórico foi sendo abandonado e ficado desertificado (Leiriapolis, 2007). Em 2003, concluiu-se o Estádio Municipal de Leira e arranjos exteriores envolventes (Incluindo a Ponde Europa) que alteraram a configuração de parte importante da cidade, mas esses investimentos depauperaram as finanças da câmara municipal, que atualmente, depois da mudança política de 2009 na presidência do município, tem feito esforços para fazer reduzir esse passivo. Em entre 2000 e 2008, o programa Polis reabilitou uma parte muito significativa da baixa da cidade, especialmente junto da zona ribeirinha (Leiriapolis, 2009; Mateus, 2011). Entre 2010 e 2011 construíram-se e melhoraram-se as redes rodoviárias de ligação a autoestradas e outras ligações que pretendiam que pretendiam capacitar e melhor fazer fluir o tráfego rodoviário em Leiria. Em 2010 concluiu-se o empreendimento do Leiriashopping (RL, 2010), representando avultados investimentos, mas que contribui para agravar o comércio tradicional existente no centro da cidade; tendo fechado várias lojas no centro desde a abertura dessa superfície. O século XXI é também marcado pelo crescimento do Instituto Politécnico de Leiria no concelho, através das suas várias unidades orgânicas (IPL, 2009). Apresentam-se na tabela 1 alguns dos momentos mais marcantes da história local do século XXI, com impactos no desenvolvimento de Leiria. 4
  • 6. Tabela 1 – Resumo de eventos marcantes no concelho de Leiria no século XXI 4.2 Localização Geográfica Leiria situa-se na zona de transição entre a Beira Litoral e a Estremadura. Pode dizer-se que se trata- de uma região medianeia, e é influenciada, principalmente, por Lisboa, dada a proximidade e facilidade de acesso à capital (Arroteia, 2009a). Apesar de ser um concelho litoral, é composto por freguesias que podem assumir contornos distintos. As zonas mais próximas do maciço calcário apresentam características montanhosas. Outras zonas são mais rurais e agrícolas, especialmente as mais próximas do vale do Lis. Junto à cidade, e às principais vias de comunicação, situam-se as comunidades mais urbanas e industrializadas. Será da influência da variedade do território de Leiria (ver figura 2) que surge também a variedade económica local. Figura 2 – Mapa orográfico do concelho de Leiria. Fonte: CML, 2013 5
  • 7. 4.3 Clima De um modo simplificado, pois pode ser diverso ao longo das várias freguesias do concelho de Leiria devido às suas características morfológicas, o clima local é temperado com fortes influências do oceano na temperatura e precipitação. Mas a influência climática mediterrânea sentese pelo domínio da “secura dos meses de verão, seguida de um período com chuvas mais intensas, que marcam o Inverno dominado por temperaturas pouco acentuadas e propícias ao crescimento da vegetação. Tanto as chuvas, como as temperaturas, apresentam um ritmo regular ao longo do ano, com amplitudes térmicas referentes às temperaturas médias mensais a aproximarem-se dos 10ºC” (Arroteia, 2009a). A suavidade do clima local de Leiria age como fator de atratividade. Os verões secos potenciam as atividades turísticas (Ribeiro, 2011) e a irrigação facilitada no vale do Lis cria condições para uma zona de especial fertilidade agrícola. 4.4 Ambiente Do ponto de vista ambiental, salientam-se algumas questões ambientais relevantes para o desenvolvimento do concelho. Entre elas, o caso da reflorestação local, com alterações que podem destabilizar ambientalmente e ecologicamente equilíbrios centenários, nomeadamente o crescimento das zonas arborizadas com eucaliptos. Algo referido por parte da OIKOS Leiria: “Nos últimos anos as importantes zonas de floresta de pinheiro no distrito de Leiria, e também no concelho, têm vindo a ser substituídas por eucaliptos, ultrapassando as quotas legais em vigor, o que tem efeitos negativos nos ecossistemas locais. Ao crescimento evidente na fileira do eucalipto corresponde um evidente decréscimo na fileira do pinheiro-bravo, sector que em 2005 empregava cerca de 55000 pessoas, em 4800 unidades, e gerava 3524 milhões de euros. A pequena dimensão da maioria das propriedades (31% menores que 1ha e 30% menores que 5ha), e a ausência de investimento por parte dos proprietários, serão as causas maiores da crise que se abate sobre este sector de atividade, cuja área de floresta se viu reduzida em 27% nos últimos 10 anos e deposita agora nas ZIF (Zonas de Intervenção Florestal) algumas expectativas a nível de gestão” (Carvalho, 2009). Igualmente importante será também o caso da poluição ambiental da bacia hidrográfica do rio Lis. O caso tem sido mediatizado com as sucessivas descargas dos efluentes suinícolas na Ribeira dos Milagres (afluente do rio Lis) a ocuparem espaços de destaque nos Media locais e nacionais. Os impactes ambientais são graves, pois condicionam a fauna e flora ribeirinhas, mas também a 6
  • 8. qualidade de vida das populações a montante e as atividades económicas agrícolas e turísticas. A implementação de um sistema de tratamento para estes efluentes arrasta-se há mais de uma década (CM, 2012) e sem solução à vista. 4.4.1 Resíduos A existência no concelho da Valorlis, entidade intermunicipal de tratamento de resíduos, tem contribuído para o aumento da capacidade de tratar adequadamente os resíduos produzidos localmente, com a possibilidade de valorização orgânica e, mais recentemente, energética (AO, 2010). Resíduos urbanos produzidos: total e por tipo de operação de destino (ton) 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 2002 2009 2010 Total 52108 55163 57313 Aterro 49983 46711 49768 Valorização energética 0 0 0 Valorização orgânica 0 0 2145 2125 8452 5400 Reciclagem Figura 3 – Produção de resíduos por tipo de operação. Fonte: INE, 2013 Na figura 3 notam-se quebras na produção de resíduos nos anos de 2009 e 2010, reflexos pontual da crise nacional, que tem sempre efeito no consumo de alguns produtos e, consequentemente, na produção de resíduos associados. No entanto, no total absoluto existiu um 7
  • 9. crescimento geral. Em 2010 ainda não havia registos de valores provenientes da valorização energética mas que será espectável nos anos seguintes devido aos investimentos feitos (AO, 2010). 4.4.2 Energia Consumo de energia eléctrica: total e por tipo de consumo (KW/h) 90000 80000 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 2002 2009 2010 Total 68116 76422 77.093 Doméstico 52821 62382 62.979 Não doméstico 9153 9137 9401 Indústria 2405 1465 1388 Agricultura 3737 3438 3325 Figura 4 – Consumo de energia elétrica: total e por tipo de consumo. Fonte: INE 2013 Os dados referentes ao consumo de eletricidade no concelho de Leiria (ver figura3) podem dar origem a diversas leituras para a explicação do desacelaramento do crescimento do consumo entre 2009 e 2010. O decrescimento do consumo, muito pronunciado na indústria, mas também sentido na agricultura poderá estar relacionado com a crise económica mas também com a implementação de medidas de eficiências energética, ou simplesmente pelo aumento dos preços. 8
  • 10. Venda de Combustíveis por tipo (ton) 180000 160000 140000 120000 100000 80000 60000 40000 20000 0 2001 2009 2010 117160 97165 96323 Gasolina sem chumbo 98 8225 2643 2154 Gasolina sem chumbo 95 16615 14405 13071 Gás auto (GPL) 857 345 414 Gás propano 7103 4232 4085 Gás butano 3292 1301 1211 Gasóleo rodoviário Figura 5 – Venda de Combustíveis por tipo. Fonte: INE 2013 A queda do consumo de combustíveis, especialmente dos rodoviários (evidente na figura 4), poderá ter a mesma explicação dos consumos elétricos. Apesar de grande eficiência dos veículos mais recentes, e no concelho de Leiria a opção por transportes alternativos ao modo rodoviário não serem significativos, tal registo indicará queda do número de transportes e quilómetros percorridos, numa relação com o abrandamento económico local. 4.5 Recursos Naturais Um dos principais recursos naturais é a floresta, existindo também uma variedade, em pequenas bolsas, de recursos minerais tais como: ferro, carvão, gesso, sal-gema (Arroteia, 2009a). Esses recursos, particularmente os localizados na parte da bacia do lis, são utilizados geralmente como materiais de construção e como matérias-primas de algumas indústrias. 9
  • 11. Salienta-se a existência de águas medicinais, algumas delas extintas, mas outras ainda com grande exploração, como as de Monte Real (Arroteia, 2009a). 4.6 Demografia Da região centro Leiria foi um dos concelhos mais populosos com maior taxa de crescimento populacional (Vieira, 2005) (ver figura 6). Figura 6 – Mapa e gráfico de taxas de variação da população entre 2001 e 2011. Fonte: INE 2012 Entre 1991 e 2001, o concelho de Leiria registou um forte crescimento populacional, de 18,3%, o que atesta o dinamismo da sua população e a capacidade de atração de novos habitantes” (Arroteia, 2009a). Ainda que mais moderadamente, para os anos de 2001 a 2011, o concelho de Leiria continuou a crescer, particularmente nas zonas urbanas, mas a taxas mais baixas 10
  • 12. (Silva, 2002). Provavelmente, a atratividade do concelho terá sido reduzida, podendo as taxas de natalidade em queda sito também relevantes. Do ponto de vista demográfico as dinâmicas migratórias são muito importantes, tantos as nacionais como as internacionais. Entre o final do século XX e inícios do século XXI Portugal recebeu contingentes cada vez maiores de imigrantes de emigrantes regressados (Arroteia, 2009a; Ataíde & Dias, 2012). Esse fenómeno sentiu-se bastante no concelho de Leiria, mais particularmente nas zonas urbanas e freguesias suburbanas (Arroteia, 2009a). Mas o crescimento contínuo de estrangeiros a residir em Portugal foi quebrado em 2010 (ver figura 7), “Para este efeito concorreu, designadamente, o aumento do acesso à nacionalidade portuguesa (ao abrigo da atual Lei da Nacionalidade), os impactos da crise económica e financeira em Portugal (redução do investimento e do emprego) e a alteração dos processos migratórios em alguns países de origem” (Ataíde & Dias, 2012). Figura 7 – Evolução das autorizações de residências e vistos a estrangeiros em Portugal. Fonte: Ataíde & Dias, 2012 11
  • 13. Os saldos positivos populacionais de Leiria continuaram a ter contributo importante por parte da emigração e migração entre 2001 e 2011 (CCDRC, 2011).No entanto, com as novas tendências de emigração, por parte dos portugueses mais jovens, o saldo demográfico de crescimento poderá ser interrompido. Os Media têm registado continuamente essa perceção no concelho de Leiria (DL 2013; JL, 2012; RL, 2012b). Os efeitos socioeconómicos desta nova realidade podem ser deveras preocupantes. Um efeito já notado é a redução de crianças nas escolas da região (RL, 2012) Na sociedade portuguesa têm existido constantes ciclos de emigração, “[…]por razões de uma tradição antigo ligada aos desequilíbrios estruturais que é acentuada depois aquando de crises ou desequilíbrios mais pontuais da economia nacional, ou de determinados setores em particular” (Anido &Freire, 1975). Os autores anteriormente citados defendem que esses ciclos podem variar entre 6 a 8 anos. Mas na atualidade, com uma nova realidade internacional e europeia, e com as alterações nas franjas da população que hoje emigra, será difícil de prever se os novos emigrantes regressarão, tal como aconteceu no passado, e se contribuirão com efeitos positivos na economia da região e do concelho de Leiria (Arroteia, 2009a). Entre 2005 e 2007 registou-se um decréscimo efetivo da taxa de crescimento da população, condicionada pelas taxas de natalidade igualmente em queda, apesar de uma pequena recuperação em 2006 (ver tabela 2). A análise dos dados demográficos por freguesia tentará aferir mais aprofundadamente as atuais tendências. Tabela 2 – Taxas e índices demográficos entre 2005 e 2007. Fonte: INE 2013 12
  • 14. 4.6.1 Uma análise populacional por Freguesias Tabela 3 – População residente nas freguesias de Leiria em 2001. Fonte: INE 2013 13
  • 15. 100% 80% 60% 40% 20% 0% Concelho de… Amor Arrabal Azoia Barosa Barreira Boa Vista Caranguejeira Carvide Coimbrão Colmeias Cortes Leiria Maceira Marrazes Milagres Monte Real Monte… Ortigosa Parceiros Pousos Regueira de… Santa… Santa Eufémia Souto da… Bajouca Bidoeira de… Memória Carreira Chainça Percentagem de residentes por faixa etária em 2001 0-14 15-24 25-64 65 ou mais Figura 8 – Percentagem de residentes por faixa etária em 2001. Fonte: INE 2013 Tabela 4 – População residente nas freguesias de Leiria em 2011. Fonte: INE 2013 14
  • 16. 100% 80% 60% 40% 20% 0% Concelho de… Amor Arrabal Azoia Barosa Barreira Boa Vista Caranguejeira Carvide Coimbrão Colmeias Cortes Leiria Maceira Marrazes Milagres Monte Real Monte… Ortigosa Parceiros Pousos Regueira de… Santa Catarina… Santa Eufémia Souto da… Bajouca Bidoeira de… Memória Carreira Chainça Percentagem de residentes por faixa etária em 2011 0-14 15-24 25-64 65 ou mais Figura 9 – Percentagem de residentes por faixa etária em 2011. Fonte: INE 2013 Analisando as figuras 8 e 9 e as tabelas 3 e 4, torna-se evidente que a faixa etária dos 25 aos 64, em todas as freguesias de Leiria, é a maioritária. Isto denota uma população a caminho do envelhecimento, mas poderá dever-se igualmente à atratividade do concelho por questões laborais (Arroteia, 2008a; Silva, 2002), pois é a faixa etária em idade ativa. Poder-se ia dizer que os concelhos mais rurais, e mais afastados do centro urbano (ver figura10) (INE, 2013), são igualmente os mais envelhecidos. 15
  • 17. Figura 10 – Mapa de freguesias de Leiria antes da reforma administrativa de 2012. Fonte: INE 2013 É importante também analisar as taxas de variação das várias faixas etárias para as várias freguesias. Ao ler a tabela 5, são as freguesias mais rurais que apresentam a maior queda de população jovem (0 e 14 anos), que cresce apenas alguns das freguesias urbanas (Barosa, Barreira, Parceiros e Pousos). No entanto, das freguesias onde cresce a população entre os 0 e os 14 anos, apenas Pousos aumenta a população entre os 15 e 24 anos. Por outro lado, entre os 25 e os 65 anos são menos as freguesias que não registam aumentos de população, nesse caso freguesias maioritariamente rurais (Arrabal, Boa Vista, Caranguejeira, Carvide, Coimbrão, Colmeias, Maceira, Regueira de Pontes, Souto da Carpalhosa, Memória, Carreira e Chainça). Mas algumas das freguesias tendencialmente rurais e mais afastadas do centro crescem na população total (Cortes, Monte Real, Monte Redondo, Ortigosa, Santa Catarina da Serra, Santa Eufémia, e Bajouca). Todas as freguesias crescem na população com mais de 65 anos, sendo pouco significativo na freguesia de Memória, que já era a mais envelhecida. 16
  • 18. Tabela 5 – Variação da população residente nas freguesias de Leiria entre 2001 e 2011. Fonte: INE 2013 As palavras de Jorge Carvalho Arroteia de análise ao período entre 1991 e 2001 continuam atuais: “Existe uma forte concentração de população, apara além da Freguesia de Leiria, nas freguesias limítrofes e próximas ou inseridas na zona urbana de Leiria. Por outro lado, existe uma distribuição importante de população em centros de pequena dimensão, em consonância com a dispersão do povoamento em solos de maior fertilidade, com atividades económicas locais e a proliferação de PME ou já com as condições de relevo, notando-se o aumentar da concentração já nas zonas próximas do maciço calcário” (Arroteia, 2009b). 17
  • 19. A maior densidade de população regista-se em torno de centro urbano. No entanto certos aglomerados, pelas suas dinâmicas económicas (variando o setor de zona para zona), conseguem concentrar quantidades significativas de população. De um modo geral, o povoamento no concelho de Leiria, como em maior parte do litoral, é disperso, ainda que concentrado em alguns núcleos onde existem mais serviços e emprego. 4.6.2 Emprego Tabela 6 – Trabalhadores por conta de outrem por setor entre 2005 e 2007. Fonte: INE 2013 À semelhança do que se verá posteriormente, o setor dominante, e que cria mais empregos, é o dos serviços. Entre 2005 e 2007 (ver tabela 6) o emprego no setor primário e secundário tem caído, ainda que ligeiramente no secundário. Já o terciário tem continuado a aumentar. 18
  • 20. Tabela 7 – População residente segundo grupos profissionais em 2011. Fonte: INE 2013 Na tabela 7 agrupam-se, por grupo profissional, a massa de trabalhadores do concelho de Leiria. Destaca-se uma heterogeneidade na distribuição da população empregada, com praticamente tantos operários empregados como vendedores, ainda que dos vários grupos o predomínio dos serviços. Do ponto de vista da qualificação, o total de quadros superiores e técnicos especializados é superior aos não qualificados. Por outro lado, o número de trabalhadores ativos na agricultura e pescas são residuais, a grande distãncia dos restantes. No que toca às distinções das distribuições das profissões pelas várias freguesias, analisando a tabela 7 e figura 11, podem-se destacar algumas singularidades que resultam das próprias características das diversas freguesias, caso sejam urbanas, rurais, ou detenham nichos de atividade 19
  • 21. económica e outras relevantes. Em Monte Real, pela existência da Base Aérea Militar concentra-se uma quantidade importante de trabalhadores das Forças Armadas. É em Marrazes que trabalham a maior parte dos vendedores, em Leiria a maior parte dos técnicos especialistas e quadros superiores. Se em número absoluto a maior parte dos trabalhadores não qualificados reside em Marrazes (por esta ser a mais populosa), já do ponto de vista percentual, face à população total da freguesia, é em Memória que os não qualificados representa maior porção da população. Em freguesias como a Maceira, Carvide, Caranguejeira, Amor, Bajouca, Monte Redondo, Chainça e outras, a existências de empresas e indústrias (na sua maioria PME (Arroteia, 2009a)) tende concentrar percentagens relevantes de operários. 20
  • 22. População Residente por grupo profissional em 2011 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Concelho de Leiria Amor Arrabal Azoia Barosa Barreira Boa Vista Caranguejeira Carvide Coimbrão Colmeias Cortes Leiria Maceira Marrazes Milagres Monte Real Monte Redondo Ortigosa Parceiros Pousos Regueira de Pontes Santa Catarina da Serra Santa Eufémia Souto da Carpalhosa Bajouca Bidoeira de Cima Memória Carreira Chainça 0% G1 - Quadros Superiores G2 - Especialistas G3 - Técnicos Intermédios G4 -Administrativos G5 - Serviços e Vendedores G6 - Agricultura e Pescas G7 - Operários G8 - Instalações e Máquinas G9 - Não Qualificado G0 Forças Armadas Figura 11 – Percentagem da população residente por grupo profissional nas freguesias de Leiria. Fonte: INE 2013 21
  • 23. A forte concentração de quadros superiores e técnicos especialistas tem como origem as necessidade de determinadas empresas instaladas em Leiria, e a influência crescente da formação média e superior, onde se incluem os que se formam cada vez mais nas instituições da própria região através dos estabelecimentos de ensino secundário e superior (Vieira, 2005). Trabalhadores por conta de outrem segundo nível de ensino 9000 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 2005 2006 2007 Trabalhadores por conta de outrem segundo nível de ensino 2005 2006 2007 Inferior ao 1º ciclo do ensino básico 451 408 411 1º ciclo do ensino básico 7806 7510 7180 2º ciclo do ensino básico 7568 7332 7371 3º ciclo do ensino básico 7821 7921 8471 Ensino secundário 6221 6838 7256 Bacharelato 846 877 807 Licenciatura 2419 2459 2858 Mestrado 143 161 Doutoramento 21 50 Figura 12 – trabalhadores por conta de outrem segundo nível de ensino entre 2005 e 2007. Fonte: INE 2013 Entre 2005 e 2007 (ver figura 12) tem-se verificado um aumento generalizado do nível de ensino/formação da população empregada. Este crescimento era espectável, tanto pela entrada de jovens no mercado de trabalho com mais qualificações como pelos programas de formação de adultos já empregados. Este indicador poderá ser lido como influenciador da modernização dos vários setores da economia do concelho. 22
  • 24. 4.6.2.1 Desemprego Historicamente, pelo menos nas décadas mais recentes, Leiria tem registado taxas de desemprego abaixo das médias nacionais. Apesar de quase ter triplicado o número de desempregados entre 2001 e 2011, a percentagem de população desempregada em 2011 continuava bem abaixo da média nacional. Apesar de tudo, isto poderá demonstrar uma vitalidade e maior robustez da economia do concelho face às restantes, ainda que as taxas registadas sejam muito elevadas. Desempregados por 100 empregados segundo os Censos: total e por sexo - Rácio - % 15,2 16 14 12 9,9 10 8 7,3 Portugal 6 Leiria 3,8 4 2 0 2001 2011 Total Figura 13 – Desempregados por 100 empregados segundo os censos. Fonte: INE 2013 23
  • 25. 4.6.3 Educação/formação Taxas de escolarização 120 100 80 60 40 20 0 2004/2005 2005/2006 2006/2007 Taxas de escolarização préescolar 86,6 83,3 88,2 Taxas de escolarização ensino básico 107,3 107,1 107,3 Taxas de escolarização ensino secundário 104,5 94,8 88,4 Taxa de escolarização do Ensino Superior 44,4 Figura 14 – Taxa de escolarização. Fonte: INE 2013 Os dados disponíveis face à escolarização são algo inconclusivos (ver figura 14), especialmente no ensino superior e secundário. Se se torna evidente que o alargamento da rede préescolar tenha de facto crescido, e que seja normal que a escolarização do ensino básico se tenha mantido, é de duvidar da queda da taxa de escolarização do ensino secundário. No entanto, no caso do ensino secundário, os dados estatísticos disponíveis apresentavam na fonte uma quebra de secção, o que pode implicar uma alteração condicionante da leitura dos indicadores. 4.6.4 Saúde Tabela 8 – Pessoal de saúde ao serviço por cada 1000 habitantes 1. Fonte: INE 2013 A tabela 8 destaca o gradual aumento do número de médicos e enfermeiros por residente no concelho, o que será de concluir que há tem aumentado a capacidade de resposta à população. Este 24
  • 26. indicador poder ser importante no que toca á atratividade do concelho, uma vez que o acesso à saúde é algo valorizado pelas famílias. No entanto, maior número de trabalhadores nem sempre significa mais e melhor serviço. 4.7 Justiça e criminalidade Tabela 9 – Índices de criminalidade 1. Fonte: INE 2013 Os índices de criminalidade entre 2005 e 2007 (ver tabela 9) indicam uma redução. Mas o clima de crise iniciado em 2008 poderá ter condicionar e fazer subir os valores dos anos seguintes. 4.8 Urbanismo “O crescimento urbano registado na segunda metade do século XX provocou alterações profundas no tecido urbano leiriense e nas suas freguesias, em especial nas áreas peri-urbanas. O traçado, na cidade, de novos arruamentos, preenchidos por novas habitações e por equipamentos e serviços mais recentes que nas áreas tradicionais, levou a uma desertificação e abandono do casco mais antigo” (Arroteia, 2009a). Os dados e indicadores demográficos anteriormente referidos (ver tabela 5) confirmam o crescimento, entre 2001 e 2011 das freguesias urbanas. O crescimento urbano da cidade de Leiria faz transparecer a intensificação das relações urbanas entre o centro urbano e a sua periferia, com a periferia a crescer mais acentuadamente em população. “A cidade tradicionalmente densa, de contornos nítidos e com um centro de gravidade permanece, mas em articulação com novos espaços urbanizados, de maior ou menor extensão polarizados ou não por outros pequenos centros. Neste contexto de forte urbanização misturam-se, por vezes, modos tradicionais de povoamento difuso, que aparentemente parecem estar interligados ou a ser assimilados, com novos modelos de urbanização. A oferta vai-se diversificando na criação de novas centralidades e os indivíduos frequentam diferentes centros, em função das circunstâncias e das opções que podem fazer” (Arroteia, 2009). Tendo em conta o modelo difuso de ocupação dos solos, mesmo dos urbanos, o crescimento populacional tem acontecido, por vezes, de um modo deficitariamente planeado e desordenado, com efeitos negativos sobre as coberturas das infraestruturas básicas. As freguesias ruais urbanizaram25
  • 27. se, tanto nas habitações e infraestruturas como nos modelos e padrões de vida urbanos (Silva, 2002). No entanto, por razão dos modelos de ocupação difusos, esse crescimento, em muitos casos, foi insustentável. 4.8.1 Polis e a reabilitação urbana Em contra ciclo com a expansão urbana para a periferia, iniciou-se em leiria, em 2000, a execução do programa Polis, que pretendia reabilitar a cidade, a zona histórica, e muito especificamente as zonas ribeirinhas, criando também novas soluções de estacionamento, entre outras (Leiriapolis, 2007). O Programa Polis em Leiria investiu 40 milhões € na reabilitação de algumas zonas da cidade, mas muito mais haveria por intervencionar, especialmente no casco histórico da cidade, cada vez mais degradado e desertificado (Arroteia, 2009a). No entanto, devido à recente expansão urbana periférica, a própria periferia necessita também de ações de reabilitação urbana. 4.8.2 Infraestruturas Urbanas 100,00 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 2008 2009 População servida por sistemas públicos de abastecimento de água 89,00 90,00 População servida por sistemas de drenagem de águas residuais 63,00 72,00 Figura 15 – Percentagem de população servida por infraestruturas hidráulicas. Fonte: INE 2013 26
  • 28. O resultado das expansões urbanas sem prévio planeamento e os próprios modelos difusos de ocupação dos solos explicam as percentagens de cobertura do abastecimento e drenagem de águas residuais, tal como demonstra a figura 15. Apesar de tudo a cobertura tem vindo a aumentar gradualmente. 4.8.3 Vias de comunicação Já desde tempos romanos e medievais que a acessibilidade e mobilidade da zona de Leiria têm tido influência no seu desenvolvimento. Em meados dos séculos XX, o IC2 (antiga nacional Nº1) e posteriormente a A1 tiverem impactos importantíssimos no desenvolvimento de Leiria (Costa, 1989). Essa dotação, e em simultâneo com a abertura crescente da sociedade portuguesa, contribuíram para o crescimento económico e urbano da cidade de Leiria, posteriormente levando à tendência para a terciarização da economia local (Arroteia, 2009a). A figura 16 evidencia a importância estruturante de Leiria com centro gerador de viagens locais e de transição das viagens regionais e nacionais. Figura 16 – Movimento pendulares regionais. Fonte: INE 2012 27
  • 29. m 2002 conclui-se a ligação da A8 à Marinha Grande, com uma saída para Leiria. Em 2011 é feita a ligação entre a A8, que já se tinha lidado ao norte com a designação de A17, e a A1 através do lanço portajado do IC36 (RL, 2011). Nessa mesmo conjunto de empreitadas rodoviárias o IC2, parte integrante da circular interna da cidade de Leiria, foi alargado, ganhando as caraterísticas de autoestrada, melhorando a circulação rodoviária na zona. Outra infraestrutura de transportes importante existente no concelho de Leiria é a Linha Ferroviária do Oeste. Depois de ter vindo a registar nas últimas décadas um contante decréscimo de serviço (Silva, 2002), e ter sido ponderado o seu encerramento, recentemente foi anunciado que o serviço ferroviário continuara a funcionar, em novos moldes e de modo a tentar uma modernização do próprio serviço (Público, 2013). Desde 2009 começou-se a discutir a eventualidade de abrir a Base Aérea Militar de Monte Real à aviação civil. Foram tomadas várias iniciativas políticas e feitos estudos de viabilidade económica neste sentido. Até ao momento o projeto contínua sem definição (RL, 2012a). 4.9 4.9.1 Algumas entidades locais e regionais com impacto económico IPL No seu estudo demográfico regional, Jorge Carvalho Arroteia considera que “O IPL tem responsabilidades acrescidas no processo de crescimento e de inovação no tecido empresarial envolvente, bem como no apoio à criação de novas actividades e funções relacionadas com os setores produtivos e os serviços. A formação de recursos humanos ao nível superior parece constituir-se como uma das condições locais de desenvolvimento” (Arroteia, 2009a). 28
  • 30. Tabela 10 – Quantidade de alunos inscritos nos IPL no concelho de Leiria. Fonte: IPL, 2009 De um inquérito à comunidade académica do IPL, obteve-se que os diplomados dos ESSE (atual ESECS) declararam ter gasto em média, em 1999, 43mil escudos por mês (9 contos em transportes, 7 contos em livros, fotocópias e outros, 14 contos em alimentação, 2 contos em propinas e o restante em alojamento. No entanto, 46% dos inquiridos declarou não ter pago propinas e 52% não suportava despesas com alojamento (Canadas et all, 2000). Com base nos dados anteriores, referentes a 1999, e com base nos dados mais recentes da instituição (ver tabela 10) (IPL, 2009), calculou-se, por estimativa com base na inflação média nacional, os impactos dos estudantes na economia do concelho de Leiria entre 2006 e 2009 (ver tabela 11) Tabela 11 – Quantidade de alunos inscritos nos IPL no concelho de Leiria A estes valores terão de se somar os impactes dos funcionários e todo o restante impacto direto e indireto associado ao funcionamento da própria instituição. Apesar da grande margem de erro, pois a totalidade deste valor pode não ser gasta exclusivamente no concelho de Leiria e devido às mudanças nos padrões de consumo, conclui-se que o impacte dos alunos do IPL na economia local é muito relevante e importante. 29
  • 31. 4.9.2 Leiriashopping Segundo notícia do semanário Região de Leiria, a Sonae Sierra terá investido 80 milhões € na construção do LeiriaShopping, uma unidade comercial com 116 lojas. O impacto do projeto na economia do distrito passa terá sido considerável, criando-se 900 empregos criados e tendo-se adjudicado 6 milhões de euros a empresas locais (RL, 2010). Por outro lado, desde a abertura desse novo centro comercial o comércio do centro da cidade ressentiu-se. 4.10 Setores da economia concelhia Leiria tem atividades agrícolas, de serviços e de indústria multiseculares, tal como já foi referido anteriormente, tendo sindo sempre um foco importante de migrações (Vieira, 2005). Essas migrações tanto ocorreram de para fora como para dentro, dependendo da época histórica e da própria economia. A emigração teve impactos importantes no desenvolvimento económico do concelho no último quartel do século XX. […] A emigração para o estrangeiro afetou, fortemente o distrito e o concelho de Leiria na segunda metade do século XX, com condicionamentos ao nível do crescimento demográfico, a alterações das estruturas e comportamentos sociais, das tradições, da divisão do trabalho, e até da paisagem, na estrutura fundiária e nas estruturas económicas. Trouxe uma animação dos circuitos capitais, a nível local e regional. Note-se que as transferências de divisas provenientes das remessas dos emigrantes para Portugal permitiu não só o equilíbrio da balança de pagamentos, como localmente contribuiu para a animação de circuitos económicos através da poupança e dos investimentos imobiliários e comerciarias realizados. Estes efeitos ficaram bem patentes na paisagem, através muitas edificações de emigrantes e no crescimento que se fez sentir em todo o concelho de Leiria. O regresso dos emigrantes aculturados contribui para mudanças na sociedade local e nos modelos de organização laborais, no empreendedorismo e aposta em novas iniciativas comerciais e industriais (Arroteia, 2009a). De facto Leiria, desde então, apresentou índices de desenvolvimento consideráveis, em alguns casos superiores à média nacional (ver figura 17, onde o Pinhal Litoral, pelo peso proporcional de Leiria, representa o concelho de Leiria). No futuro, tendo em conta o panorama migratório, resta saber se os efeitos futuros dos jovens que saem do concelho trarão aspetos positivos. 30
  • 32. PIB per cápita a preços de mercado 2008 2007 2006 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 Pinhal Litoral 2006 15417 2007 16171 2008 16100 Centro 12730 13311 13289 Portugal 15197 15961 18000 16191 Figura 17 – PIB per capita a preços de mercado – Portugal, Centro e Pinhal Litoral. Fonte: INE 2012 Atividades Económicas no Concelho de Leiria em 2011 Primário Secundário Terciário Total 2% 34% 64% Figura 18 – Atividades Económicas no Concelho de Leiria em 2011. Fonte: INE 2013 Apesar de em 2001 (Arroteia, 2009a) o setor secundário ser dominante, atualmente é o setor terciário que assume a maior fatias das atividades económicas do concelho, mantendo-se as atividades primárias como residuais (ver figura 18). A localização, as acessibilidades, e o peso 31
  • 33. nacional dos seus serviços oferecidos por Leiria, especialmente na relação com Lisboa, têm contribuído para o crescimento económico de Leiria, nos últimos anos transposto para o setor dos serviços. Esta tendência também tem-se apoiado no apoio à forte atividade empresarial local (Arroteia, 2009b; Silva, 2002; Vieira, 2005), cada vez mais internacional, beneficiou também localmente dos crestes níveis de formação (alguns formados localmente) Tabela 12 – Indicadores da dinâmica empresarial do concelho de Leiria entre 2006 e 2012. Fonte; INE 2013 De um modo geral, os indicadores da tabela 12 demonstram a quebra entre 2008 para 2009, sentindo-se uma ligeira recuperação a partir de 2010, mas descendo novamente em 2012. Aqui tornam-se evidentes os impactes das recentes crises externas. Essa tendência anterior é reforçada pela figura 19 onde se denota o decréscimo de número de empresas entre os anos de 2009 e 2011, com quedas acentuadas no número de empresas de construção e comércio por grosso e a retalho. 32
  • 34. Empresas não financeiras: total e por sector de actividade económica 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 2009 2010 2011 Pesca 11 9 10 Indústrias extractivas 17 17 17 Indústrias transformadoras 1541 1461 1435 Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 7 8 9 Captação, tratamento e distribuição de água 22 22 23 Construção 2198 1996 1907 Comércio por grosso e a retalho 4078 3952 3753 Transporte e armazenagem 315 309 304 Alojamento, restauração e similares 946 889 881 Actividade de Informação e comunicação 200 185 171 Actividades imobiliárias 470 464 442 Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 1653 1636 1568 Actividades administrativas e dos serviços de apoio 1877 1912 1796 Educação 1049 1039 960 Actividades de saúde humana e apoio social 981 1007 998 Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas 336 313 324 Outras actividades de serviços 692 678 655 Figura 19 – Empresas não financeiras: total e por sector de atividade económica entre 2009 e 2011. Fonte: INE 2013 33
  • 35. Importa fazer um exercício de reflexão para tentar aferir o porquê da estruturação e fragilidade da economia nacional, relacionando-a com a realidade do concelho de Leiria. “Os países menos desenvolvidos apresentam estruturas de produto e emprego que diferem das estruturas das economias mais desenvolvidas. Isto ocorre porque a dimensão do sector agrícola é inicialmente maior, mas também porque existem diferenças entre as estruturas industriais. Em estádios mais recuados do desenvolvimento tende a ser maior a proporção do desenvolvimento tende a ser maior a proporção do setor têxtil ou de produtos alimentares, e menor na química, a maquinaria e as indústrias que usam mais intensivamente a tecnologia avançada. As diferenças na estrutura do produto podem estar relacionadas com a disponibilidade de recursos naturais, nível de poupança e do investimento internos e as diferenças elásticas da procura […] Numa primeira fase, a agricultura domina e o crescimento da produtividade agregada é conduzido pelo lento crescimento da produtividade nesse setor. Numa segunda fase, o país industrializa-se e o crescimento da produtividade agregada é conduzido pela transferência de recursos para sectores com níveis de produtividade mais elevados. O efeito positivo desta transferência de recursos não depende apenas do facto de a produtividade estar a crescer mais rapidamente no sector industrial do que no resto da economia, depende também do facto de o nível de produtividade na indústria ser mais elevado do que nos outros sectores. Uma terceira fase do crescimento económico é dominada pelo crescimento do sector dos serviços, um sector que, regra geral, tende a apresentar níveis de produtividade e taxas de crescimento inferiores aos do sector industrial. Assim, o crescimento do setor dos serviços pode exercer um efeito depressivo sobre o crescimento económico no todo” (Costa et all, 2011). A tendência de queda do crescimento em Portugal, e em Leiria, pode então depender do predomínio do setor terciário, que é tendencialmente menos produtivo. Esta tese assenta no princípio de que a pouca produtividade nacional provoca fracos crescimentos económicos (Amaral, 2010). No caso do concelho de Leiria, o forte crescimento do menos produtivo setor dos serviços poderá fazer explicar o marcar passo da economia de Leiria. 4.10.1 Agricultura Na sua maioria (63%) a região de Leiria, com o devido paralelo para o concelho, é constituída por solos com maior aptidão para utilização florestal, com apenas 37% dos restantes a serem adequados para fins agrícolas. Como seria de esperar, os melhores solos agrícolas situam-se 34
  • 36. no fundo dos vales mais importantes, especialmente no vale do Lis (Arroteia, 2009a). No entanto isso não se tem traduzido em produção agrícola relevante nessas zonas. Em 1957 o vale do lis sofreu obras de regularização do rio, tendo-se construído um vasto sistema de irrigação, na esperança de potenciar a agricultura e assim a economia local. Na atualidade, nestes últimos anos, apesar de alguns resquícios de tentativas de dinamização dessa zona, torna-se evidente quão pouco proveitosos foram esses investimentos. Um dos condicionantes da atividade agrícola local relaciona-se com a dimensão das parcelas agrícolas. A pecuária é extremamente importante na economia local, especialmente em algumas freguesias do norte de Leria, produzindo-se bens de alta qualidade (Vieira, 2005), ainda que com fortes impactes ambientais. Nessa atividade existem desde grandes explorações, com boas condições de produção, a explorações familiares de fraca qualidade (Silva, 2002). Tabela 13 – Indicadores da dinâmica agrícola do concelho de Leiria entre 1999 e 2009. Fonte; INE 2013 A tabela 13 evidência o abandono que o setor agrícola tem sofrido. De notar que tem descido mais o número de explorações agrícolas que a superfície utilizada para fins agrícolas, o que pode significar que as explorações de menores dimensões têm encerrado em maior número. Na atualidade, além do revestimento vegetal dominado essencialmente pelo pinheiro marítimo, pouco exigente em relação à qualidade dos solos, ponteiam largas extensões de eucaliptos e outras áreas à agricultura com extensões de vinha, árvores de fruto e outras parcelas de policultura intensiva, Importa, apesar de tudo, assinalar a relevância do milho, nas zonas baixas e de regadio, e a cultura de sequeiro nas encostas. Salienta-se também a cultura de forragens. (Arroteia, 2009a). 4.10.2 Indústria Em 2005 considerava-se que “A rede industrial instalada é considerada uma das mais densas, modernizadas e diversificadas do país, representando a nível nacional uma posição relevante na cerâmica, cimentos, vidros e cristalaria, plásticos, moldes e outros produtos metálicos, máquinas-ferramentas, têxteis e vestiário, madeira e mobiliário” (Vieira, 2005). Apesar dessa forte implantação o setor tem vindo a cair, tal como já se referiu anteriormente. 35
  • 37. No seu processo de industrialização, que cresceu muito a partir de meados do século XX, o concelho de Leiria beneficiou da sua proximidade com a Marinha Grande, da acumulação de capitais oriundos e da iniciativa e “know-how” do retorno da emigração (Arroteia, 2009a). Quanto à localização as atividades industriais, constituídas principalmente por PMEs, difundiram-se ao longo dos principais eixos de circulação. O desenvolvimento da industria esteve também, inicialmente, ligado à existência das matérias-primas, à disponibilidade de fontes de energia (floresta e depois a eletricidade) e à existência de mão-de-obra abundante, que me muitos casos associava o trabalho fabril à agricultura, praticada em regime pós-laboral e fator de estabilidade e paz social (Arroteia, 2009a). Contudo a estabilidade socioeconómica dos últimos anos no concelho corre o risco de se perder, devido ao declínio gradual de algumas indústrias tradicionais e ao aumento do desemprego (INE, 2012). Em resumo, apesar da crise e da queda do setor, a atividade industrial concelhia continua a ser bastante diversificada, com nichos e cluster industriais em determinadas zonas e freguesias, tal como se comprova pelos valores de população empregada por grupo profissional (tabela 7 e figura 11). 4.10.3 Serviços O sector terciário encontra-se bastante desenvolvido na região, oferecendo uma grande variedade de produtos e serviços disponíveis que deixaram de ser apanágio das grandes áreas metropolitanas. Por outro lado, a situação geográfica e o clima ameno arrastam consigo turismo (Vieira, 2005). Já há séculos que Leiria se constituiu como um forte centro regional de atração de comércio, mas também de serviços públicos e privados (Arroteia, 2009a; Costa, 1989). A sua atual importância como sede de distrito desempenha um papel de relevo como centro comercial e de serviços de apoio à atividade empresarial e outros, asseguram-lhe o persistir da sua função como polo atrativo em diferentes domínios. 4.10.3.1 Turismo e Cultura No concelho de Leiria verifica-se a existência de mar (Praia do Pedrogão) e montanha (Cortes, Santa Catarina da Serra, etc.), existindo também termalismo. É notório o potencial no agro e ecoturismo, associados ao rio Lis, lagoa da Ervideira e zonas ruais, tal como turismo religioso através do santuário de Nossa Senhora da Encarnação e Senhor Jesus dos Milagres. A nível 36
  • 38. patrimonial, salienta-se o Castelo de Leiria, o casco histórico da cidade, o Moinho de Papel, o Vale do Lapedo e muito outro edificado de valor considerável. (Arroteia, 2009a). Ao nível da oferta hoteleira, o concelho de Leiria apresenta-se como a 2ª maior oferta da da região (alargada até Ourém). Mesmo sendo uma capital distrital, com peso e importância histórica, a oferta, ainda que considerável, é suplantada pelo efeito de proximidade a Fátima (Arroteia, 2009a). Tabela 14 – Indicadores da dinâmica do turismo no concelho de Leiria entre 1999 e 2009. Fonte; INE 2013 De um modo geral os indicadores da capacidade turística local (tabela 14) apresentam valores que apontam para um crescimento. Da estimativa dos proveitos hoteleiros conclui-se que os resultados são modestos perante os restantes setores da economia local, contudo fica a perceção da existência de forte potencial cultural /turística do concelho. Os dados referentes à oferta e frequência nas existências e iniciativas culturais apontam para um crescimento (figura 20) que pode contribuir para o crescimento turístico, com e impacto direto na economia local. Indicadores locais de Cultura (visitantes por habitante) 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 2005 2006 2007 Espetáculos ao vivo 0,2 0,3 0,3 Museus, jardins zoológicos, botânicos e aquários 0,1 0,1 0,2 Galerias de arte e outros espaços de exposições temporárias 0,2 0,1 0,5 Figura 20 – Indicadores locais de Cultura entre 2005 e 2007. Fonte: INE 2013 37
  • 39. 4.10.4 Construção Edifícios concluídos para habitação familiar: total e por tipo de obra 700 600 500 400 300 200 100 0 2001 2009 2010 Total 586 327 237 Construções novas 559 318 224 Ampliações, alterações e reconstruções 27 9 13 Figura 21 – Edifícios concluídos para habitação familiar: total e por tipo de obra. Fonte: INE 2013 O setor da construção tem um peso considerável no concelho (Silva, 2002), mas encontra-se em forte queda, tal como já se constatou nos dados referentes ao decréscimo do número de empresas (figura 19). A queda do número de construções novas no concelho, entre 2001 e 2010, foi fortíssimo. Tudo indica que o setor sofrerá fortes restruturações no futuro, tendendo preferencialmente para as empreitadas de reconstrução e reabilitações. 38
  • 40. 4.10.5 Inovação Indicadores locais de inovação 300 250 200 150 100 50 0 2010 2011 2012 Invenções concedidas – patentes e modelos de utilidade 3 4 4 Proporção de patentes nos pedidos de invenções 91 77 96 Pedidos de marcas 282 215 249 Pedidos de Design 8 21 9 Figura 22 – Indicadores locais de inovação. Fonte: INE 2013 Os indicadores de inovação disponíveis para o concelho, entre 2010 e 2012, não são conclusivos (ver figura 22). Alguns parâmetros crescem mas outros decrescem. Esta dificuldade de leitura poderá estar relacionada com a crise económica por um lado, e por outro pelo reforço de investigação que algumas entidades têm feito no concelho, nomeadamente o IPL (IPL, 2009). 39
  • 41. 4.10.6 População ativa por setor económico Tabela 15 – População economicamente ativa. Fonte; INE 2013 40
  • 42. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Concelho de Leiria Amor Arrabal Azoia Barosa Barreira Boa Vista Caranguejeira Carvide Coimbrão Colmeias Cortes Leiria Maceira Marrazes Milagres Monte Real Monte Redondo Ortigosa Parceiros Pousos Regueira de Pontes Santa Catarina da… Santa Eufémia Souto da Carpalhosa Bajouca Bidoeira de Cima Memória Carreira Chainça Peso percentual no emprego por setor em 2011 Primário Secundário Terciário Figura 23 – Peso percentual no emprego por setor em 2011. Fonte: INE 2013 A análise da tabela 25 e da figura 23 reforça o que já se constatou aquando da análise do emprego no concelho. Em todas as freguesias o maior setor de atividade é o terciário. Nas freguesias mais rurais aumentam os valores, ainda que residuais, de atividade no setor primário. Já o setor secundário está associado a freguesias com nichos e clusters específicos, ou dotadas de zonas industriais relevantes, algo que já foi também referido anteriormente. 5 Conclusões O concelho de Leiria, especialmente pela influência da sua zona urbana, e da riqueza da diversidade das suas freguesias, tem-se destacado como uma zona economicamente pujante e desenvolvida. No entanto, as crises de 2008 e 2010 têm afetado, direta e indiretamente, a economia local, maioritariamente assente no setor dos serviços. A atratividade do concelho, associado à sua forte dinâmica económica, a um clima ameno e a uma facilidade de acessibilidade e mobilidade, parece ter vindo a decair. Notam-se sinais evidentes de envelhecimento da população, condicionante da sustentabilidade humana futura, especialmente se as taxas de natalidade não subirem e se o concelho perder a atratividade migratória para o seu interior. 41
  • 43. Do ponto de vista urbano o concelho tem continuado a crescer, especialmente ao longo das freguesias urbanas, no entanto muito desse crescimento não fora devidamente planeado e ordenado segundo modelos capazes de garantir uma imperativa sustentabilidade territorial, persistindo os modelos difusos. As infraestruturas rodoviárias têm sofrido grandes melhorias, potenciando a localização geográfica estratégica, mas o transporte ferroviário (mais sustentável) continua a não ser uma alternativa. Apesar da queda de alguns setores tradicionais, mais recentemente do importantíssimo setor local da construção, denotam-se tentativas de empreender e inovar no setor empresarial. O Papel do IPL poderá ser importante nesse objetivo, mas ainda é, de um modo absoluto, apenas uma intenção. O potencial agrícola do vale do lis está por aproveitar, tal como as singulares oportunidades trazidas pelo turismo, nas vertentes ecológicas e culturais/patrimoniais. Continua também por resolver o problema dos efluentes suinícolas, e a floresta de pinho é cada vez mais ameaçada pelo avançar dos eucaliptais. Várias entidades locais têm tentado gerar sinergias de cooperação para potenciar o desenvolvimento local mas as execuções práticas estão por implementar. Aqui se poderá questionar o papel da Câmara Municipal de Leiria, que apesar de ser uma das principais entidades interessadas nesse processo, se vê condicionada por um passivo considerável que a impede de ter um papel mais ativo. 42
  • 44. 6 Bibliografia  Amaral, Luciano; 2010, “Economia Portuguesa, as últimas décadas”. Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa.  AO, Ambiente Online; 2010, “Portal Ambiente Online”. Acedido em 2 de Junho de 2013: “http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=8776  Anido, Nayade; Freire, Rubens; 1975, “A existência de ciclos emigratórios na emigração portuguesa”. Análise social vol. XII, Lisboa.  Arroteia, Jorge Carvalho; 2008ª, “Leiria e o Pinhal Litoral: Sistema Geográfico e contextos de desenvolvimento”. Universidade de Aveiro, Aveiro.  Arroteia, Jorge Carvalho; 2008b, “Para uma leitura geográfica dos espaços de poder no município de Leiria: a emergência do poder do conhecimento”, 4º Congresso ”Região de Leiria Inovação e Oportunidades, organizado pela Associação para o Desenvolvimento de Leiria (ADLEI). Jorlis, Leiria.  Ataíde, Dias; Dias, Pedro (coord.); 2012, “Relatório de emigração, Fronteiras, asilo 2011”. Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Oeiras.  Canadas, Natália; Lopes, Márcio; Marques, João Paulo; Marques, A. J. Mendes; 2000, “O Impacto Económico do Instituto Politécnico de Leiria na Região”. Jorlis, Leiria.  Carvalho, Nuno; 2009, “Conclusões das XV Jornadas sobre Ambiente e Desenvolvimento“, 13 e 14 de Março. Oikos, Leiria.  CCDRC, Comissão Coordenadora da Região Centro; 2011, “Dinâmicas Regionais – Análise dos resultados preliminares dos sensos 2011 para a região centro”.  CM, Correio da Manhã; 2012, “Descarga "violenta" na ribeira dos Milagres”, 30 de Novembro. Acedido em 1 de Junho de 2013: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/sociedade/descarga-violenta-na-ribeirados-milagres  CML, Câmara Municipal de Leiria; 2013, “Portal do Município de Leiria”. Acedido em 2 de Junho de 2013: http://www.cm-leiria.pt/  Costa, Leonor Freire; Lains, Pedro; Miranda, Susana Munch; 2011, “História Económica de Portugal – 1143-2011”. Esfera dos Livros, Lisboa.  Costa, Lucília Verdelho da; 1989,“Leiria - Cidades e Vilas de Portugal”. Editorial Presença, Lisboa.  Couseiro, 2011; “Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria”. Textiverso, Leiria. 43
  • 45.  Bernardes, João Pedro; 2005, “Entre Romanos e Medievos, o problema do povoamento da região de Leiria durante a Alta Idade Média”. Arquipélago – História, 2ªsérie, IX.  Datacentro; 2013, “Portal Datacentro”. Acedido entre 15 de Maio e 30 de Maio de 2013: http://datacentro.ccdrc.pt/  DL, Diário de Leiria; 2013, “Onda de emigração ameaça desertificar freguesias da região“, 13 de Março. Acedido em 31 de Maio de 2013: http://www.diarioleiria.pt/noticias/onda-deemigracao-ameaca-desertificar-freguesias-da-regiao.  DN, Diário de Notícias; 2009, “PS ganha Câmara de Leiria em distrito alaranjado”, 12 Outubro. Acedido em 30 de Maio de 2013: Acedido em 30 de Maio de 2013:http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=1388520&especial=Elei%E7%F5 es%20Aut%E1rquicas%202009&seccao=POL%CDTICA  Estrela, Jorge; 2009, “Leiria no Tempo das Invasões Francesas”. Lisboa, Gradiva. Lisboa.  Expresso; 2009, “Autárquicas/Leiria: Militantes do PSD rejeitam eventual recandidatura de Damasceno” 29 Março. Acedido em 30 de Maio de 2013: http://expresso.sapo.pt/autarquicasleiria-militantes-do-psd-rejeitam-eventual-recandidaturade-damasceno=f506007  Gomes, Saul António;1999, “A Mouraria de Leiria. Problemas sobre a presença moura no centro do país”. Lisboa, Separata do livro Estudos Orientais.  Gomes, Saul António; 2005, “O Priorado do Crúzio de Santa Maria de Leiria – Do século XII à Criação da Diocese”. Leiria.  Gonçalves, Irina; 1984, “Alcobaça e Leiria: uma relação de vizinhança ao longo da idade média”. Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.  INE; 2012, “Censos 2011 Resultados definitivos – Região Centro”. Instituto Nacional de Estatística, Lisboa.  INE; 2013, “Portal do Instituto Nacional de Estatística”. Acedido entre 15 de Maio e 30 de Maio de 2013: http://www.ine.pt/xportal  Ionline; 2009, “Câmara de Leiria admite vender estádio de futebol construído para o Euro2004”, 29 de Dezembro. Acedido em 30 de Maio de 2013: http://www1.ionline.pt/conteudo/39596-camara-leiria-admite-vender-estadio-futebolconstruido-o-euro2004 JL, Jornal de Leiria; 2011, “Vaga de emigração deixa aldeias da região desertas”, 26 de Abril. Acedido em 31 de http://www.jornaldeleiria.pt/portal/index.php?id=7535 44 Maio de 2013:
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