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A  humildade e o equilíbrio Arthur da Távola
A verdadeira humildade é o equilíbrio.  Haverá alguém capaz de concordar comigo nessa constatação?  A humildade como habitualmente concebida, representa o pólo oposto da soberba.  E o que é pólo oposto pertence ao mesmo eixo.
Como pode o pólo oposto de um eixo deixar de contaminar-se com o sistema ao qual pertence?  Mesmo quando algo se opõe, por isso mesmo, faz parte do sistema dentro do qual de alguma forma é oposição.
A humildade como anulação do ego sempre pretende o reconhecimento  ou o mérito.  Destarte, "humildade" entendida como ausência de vontade, humildade não é.
Ela é "nobre" por contrariar a soberba  e assim se afirma,  mas tudo o que se afirma e se destaca, por ser elevado, nobre etc. de algum modo exalta-se,  logo  não é  humildade plena.
Já o equilíbrio,  este não visa o reconhecimento  nem o aplauso oriundo da humildade entendida no sentido acima: o de oposto da soberba pela ablação da vontade.
Nem, por outro lado,  adota as táticas vitoriosas provenientes da sensação de onipotência, superioridade, arrogância  ou  soberba.
O equilíbrio  não busca os louros nem os aplausos de qualquer dos dois pólos dessa complexa relação: ele aceita as energias necessárias à vitória e quando a obtém não comemora nem se sente superior pelo fato e - ao mesmo tempo - o equilíbrio sabe incorporar os elementos de modéstia inerentes à humildade.
Em síntese:   não se vangloria  nem se anula.  Vive a necessidade de compreender suas limitações,  falhas e pequenezas  em silêncio  e introspecção  sem alardear.
O verdadeiro equilíbrio passa despercebido.  Nem recebe os louros soberbos da vitória nem o aplauso e reconhecimento do mérito que vem quando há a humildade, no sentido tradicional de anulação do "ego".
O equilíbrio é  silencioso,  não é comemorado  e (aqui a humildade  verdadeira):  não é compreendido.
Seu labor de buscar os aspectos positivos da energia necessária ao êxito e as virtudes de contenção indispensáveis à humildade, leva-o a ser um agente integrador dos dois pólos, desagradando, até, a ambos mas propiciando a fusão salvadora.  É atitude bem mais complexa e profunda.
Quem a compreenderá?
FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: Clair de lune (Claude Debussy) Interpretação: Nana Mouskouri (Repasse com os devidos créditos) Blog:  www.mimabadan.blogspot.com Outras formatações em:  www.slideshare.net/mimabadan

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A humildade e o equilíbrio - Arthur da Távola

  • 1. A humildade e o equilíbrio Arthur da Távola
  • 2. A verdadeira humildade é o equilíbrio. Haverá alguém capaz de concordar comigo nessa constatação? A humildade como habitualmente concebida, representa o pólo oposto da soberba. E o que é pólo oposto pertence ao mesmo eixo.
  • 3. Como pode o pólo oposto de um eixo deixar de contaminar-se com o sistema ao qual pertence? Mesmo quando algo se opõe, por isso mesmo, faz parte do sistema dentro do qual de alguma forma é oposição.
  • 4. A humildade como anulação do ego sempre pretende o reconhecimento ou o mérito. Destarte, "humildade" entendida como ausência de vontade, humildade não é.
  • 5. Ela é "nobre" por contrariar a soberba e assim se afirma, mas tudo o que se afirma e se destaca, por ser elevado, nobre etc. de algum modo exalta-se, logo não é humildade plena.
  • 6. Já o equilíbrio, este não visa o reconhecimento nem o aplauso oriundo da humildade entendida no sentido acima: o de oposto da soberba pela ablação da vontade.
  • 7. Nem, por outro lado, adota as táticas vitoriosas provenientes da sensação de onipotência, superioridade, arrogância ou soberba.
  • 8. O equilíbrio não busca os louros nem os aplausos de qualquer dos dois pólos dessa complexa relação: ele aceita as energias necessárias à vitória e quando a obtém não comemora nem se sente superior pelo fato e - ao mesmo tempo - o equilíbrio sabe incorporar os elementos de modéstia inerentes à humildade.
  • 9. Em síntese: não se vangloria nem se anula. Vive a necessidade de compreender suas limitações, falhas e pequenezas em silêncio e introspecção sem alardear.
  • 10. O verdadeiro equilíbrio passa despercebido. Nem recebe os louros soberbos da vitória nem o aplauso e reconhecimento do mérito que vem quando há a humildade, no sentido tradicional de anulação do "ego".
  • 11. O equilíbrio é silencioso, não é comemorado e (aqui a humildade verdadeira): não é compreendido.
  • 12. Seu labor de buscar os aspectos positivos da energia necessária ao êxito e as virtudes de contenção indispensáveis à humildade, leva-o a ser um agente integrador dos dois pólos, desagradando, até, a ambos mas propiciando a fusão salvadora. É atitude bem mais complexa e profunda.
  • 14. FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: Clair de lune (Claude Debussy) Interpretação: Nana Mouskouri (Repasse com os devidos créditos) Blog: www.mimabadan.blogspot.com Outras formatações em: www.slideshare.net/mimabadan