Este documento resume a propaganda política brasileira para as eleições de 2010. Muitos candidatos usam técnicas de marketing e propaganda comercial para construir sua imagem, como apelar para a popularidade de figuras conhecidas ou valorizar símbolos patrióticos. Alguns se aproveitam da fama de parentes políticos. A sociedade enfrenta o desafio de identificar quem realmente tem boas intenções.
Propaganda Política Brasileira 2010 - Eloiza Pereira Silveira Tinoco
1. FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Disciplina: Teoria da Comunicação
Profª: Tânia Callegaro
Período Noturno – 4º Semestre
Aluna: Eloiza Pereira Silveira Tinoco
Teoria da Comunicação
“Propaganda Política Brasileira 2010”
São Paulo
2010
2. RESUMO
Mais um ano de eleições, e dessa vez para eleger: Presidente da República,
Senadores, Deputados Federais e Estaduais, ou seja os principais governantes
do nosso país. E a mesmice se repete, os apertos de mãos, abraços com as
pessoas mais humildes, beijos em crianças da periferia, promessas em cima de
promessas para melhoria disto ou daquilo, promessas em cima do que está
sendo feito e muito mais, e não pode faltar os ataques aos adversários. Mas
hoje em dia vemos um fato acontecer com maior freqüência, pessoas, aliás
“qualquer pessoa”, se candidatando a um cargo político, indivíduos com grau
de instrução questionável, personagens da mídia, ladrões públicos (políticos e
parentes de políticos) que já roubaram e que foi provado o crime, porém a
justiça permite que andem às soltas e cometam novos delitos, pessoas
sarcásticas, que tiram sarro por estar se candidatando e nem sabe para quê,
qual a função, ou o que fazer, outras que usam sua imagem para conseguir
voto, como a mulher fruta e sabe o que é o pior, as pessoas votam, como diz o
Tiririca, “Pior que tá não vai ficar”, este tipo de atitude aguça a curiosidade
popular, cria polêmica e o que se vê são pessoas comentando por toda a parte,
dentro de ônibus, metrô, supermercado, em qualquer lugar as. Algumas vezes -
fato que não é novo – pessoas dizerem que vão votar em fulano por ele ser
mais bonito que o outro. – Nosso ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Como alguns dizem “em política, tudo é válido” – será mesmo? Diante de
tantas evidências, podemos avaliar que é preciso mais conscientização política
neste país – mas a questão maior é: “Por onde começar?”.
3. Análise das Propagandas Políticas
Houve um tempo em que se fazer política era medir força, o poder de um
candidato, mas com o tempo isso foi mudando e os políticos que tinham todo
um perfil autoritário deram lugar a outros que sempre propõe diálogo com as
necessidades da população. Ao menos tentam passar esta imagem.
Aliás, é justamente na imagem que os políticos se preocupam, e aquele
personagem – candidato - que aparece nas mais diversas mídias tem todo um
aparato e respaldo de uma equipe que trabalha sua imagem.
Há algum tempo verdadeiras equipes realizam o marketing do político, e a
política passou a ser construída em cima de algumas técnicas da propaganda
comercial. A persuasão a coerção o bem de consumo (me eleja e te dou o que
você quer), a transformação do candidato em algo parecido a um super herói,
que irá salvar a comunidade de vilões adversários.
Ao analisar alguns candidatos vê-se a apelação publicitária na repetição de
gestos e falas de outras pessoas que já se beneficiaram anteriormente, como
por exemplo, o Luciano Enéas, filho do ex-político, já falecido que ganhou fama
por sua expressão um tanto agressiva e aparência estranha, seu filho se
apropriou de sua fala, gesto, aparência e até o mesmo número de candidatura
do pai para se beneficiar na eleição.
Outro a ser citado é o Marcelinho Carioca, ele utiliza falas de um jogador de
futebol em entrevistas, uma maneira de agradar ao público que gosta de
futebol, seus gestos são semelhantes a um passe a bola, agrada aos fanáticos
pelo futebol.
Os integrantes da banda de rock pop (jovem) KLB fazem pose de bonitinhos
um ao lado do outro, com o emblema do Serra sempre ao fundo, eles apostam
na popularidade e na aparência de bons meninos.
O Eli Correa Filho aproveita-se da fama do pai, de seus gestos e palavras para
se lançar, com aquele, “Oi Gente!”, isso é chamariz para as pessoas que
gostam deste homem no rádio, como no caso do Rauzito, também, filho do
Raul Gil, tirando o chapéu, para seu filho, técnicas muito próxima ao primeiro
caso citado, porém utilizam da simpatia e fama dos pais para angariarem votos.
Temos também a apelação sexual no caso da Mulher Pêra, sua sensualidade a
mostra, com decotes imensos e gestos maliciosos. Não distante e também
apelativo tem a candidata Mara Maravilha se apresentando toda vestida de
branco ao lado do marido como se fossem iluminados e evangelizados,
defendendo a família e sua candidatura.
A análise dos candidatos à Presidência é sempre a mais sugestiva no caso de
José Serra, ele sempre aparece com a imagem da nossa bandeira ou com o
fundo esverdeado, mencionando a Bandeira – o patriotismo, também, seus
gestos são firme, exatidão nas palavras, baseia-se sempre nas campanhas que
4. promoveu, Metrô, Rodoanel e Genéricos, mostra também imagem de pessoas
e o Cristo Redentor, demonstrando que é o Salvador?
Quanto a Dilma Rousseff sempre se apresenta de vermelho, o fundo de sua
imagem sempre há o vermelho de seu partido PT e o verde da nossa Bandeira,
ou a Bandeira em si, com algum detalhe vermelho. Nos palanques está sempre
de mãos dadas com o Presidente Lula – como uma indicação forte de quem
chegou lá, também gesticula pouco e com exatidão, firmeza e convicção nas
palavras.
Poderia citar centenas de casos, mas todos têm a indicação da valorização da
imagem e técnicas que são típicas da propaganda e marketing, a força para
trazer o candidato até a população, e a mesma força inversa a população até o
candidato, sempre tentando manter uma imagem de bom cidadão, bom
profissional e bom político, capaz de realizar todos os sonhos e deficiências da
sociedade. Esta propaganda que transformam pessoas comuns em
verdadeiros super-heróis.
Quanto a sociedade, fica a difícil tarefa de saber quem é que realmente tem ou
não boas intenções naquilo que declara. E muitas vezes o tiro sai pela culatra.
Baseado em todas as colocações que citei, creio que muitos dos candidatos se
aproveitam de sua imagem de alguma forma, basta saber se a seriedade vem
em primeiro lugar, pois a minha opinião não é o que aparenta, ao
generalizando todos, pois não sei onde vamos parar, mas acredito nas
pessoas, acredito no Brasil, porque se não acreditar me tornarei só mais um e
isso eu não quero.