1. Os Fundamentos da Administração
O que é Administração de Empresas?
Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos
Prof. Murilo Amorim
2. Professor Murilo Amorim
- o
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- - o Paulo, SP
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- - -
- , MT
- -
- , MT
Concursos Públicos
PREFEITURA MUNICIPAL DE CUIABÁ - 7o Colocado – 10 Vagas - 2.804 Candidatos
Controlador Municipal (2012)
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1ª Região - 5o Colocado – 1.853 Candidatos
Analista Administrativo (2011)
BLICO FEDERAL - 3o Colocado – 300 Candidatos
Analista de Orçamento (2010)
3. Capitulo 1 - O que é Administração de Empresas?
Objetivos:
- Proporcionar um conceito abrangente de Administração.
- Traçar os caminhos da teoria administrativa até o estágio
atual.
- Delinear as perspectivas futuras das empresas e de sua
administração.
4. O que é administração de empresas?
ORGANIZAÇÕES
Vivemos em um mundo de organizações.
Tudo o que a sociedade requer é inventado, criado, desenvolvido, produzido e comercializado
por organizações.
Definição de Organização:
- Disposição, Ordenação, Estrutura;
- Constituição, Composição;
- Disposição que permite uso ou funcionamento eficiente, Ordem;
- Relação de coordenação e coerência entre diversos elementos que formam um todo.
LEMBRE-SE: ORGANIZAR + AÇÃO
As organizações operam em ambientes diferentes, rodeadas por um universo de fatores
econômicos, políticos, tecnológicos, legais, sócio-culturais e demográficos que interagem entre
si e se alternam constantemente, proporcionando um campo dinâmico de forças caracterizado
por enorme mudança e instabilidade.
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5. O que é administração de empresas?
ORGANIZAÇÕES
Não existem duas organizações iguais, elas podem apresentar diversas características
específicas, tais como dimensões e tamanhos (grande, médias, pequenas e microempresas),
características territoriais (empresas locais, regionais, nacionais, multinacionais), entre uma
lista de outras especificações.
As organizações são extremamente heterogêneas e bem diferenciadas:
- Organizações Governamentais (Ministérios, Secretarias, Repartições Públicas);
- ONG (Terceiro Setor, Culturais, Sociais, Filantrópicas, etc)
- Empresas em Geral (Industrias, Bancos, Comércio, Entretenimento, Informação, Energia,
Segurança);
Reflexão: Quem daqui trabalha? Em que tipo de Organização?
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6. O que é administração de empresas?
ORGANIZAÇÕES
As Organizações não funcionam ao léu. Elas não sobrevivem, crescem ou se tornam bem-
sucedidas por mero acaso.
O sucesso organizacional não é fruto exclusivo da sorte, mas de uma série infindável e
articulada de decisões, ações, aglutinação de recursos, competências, estratégias e uma
busca permanente de objetivos para alcançar resultados cada vez melhores.
O que leva uma organização rumo a excelência e ao sucesso não são apenas produtos,
serviços, competências e recursos. É a forma como ela é ADMINISTRADA.
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7. O que é administração de empresas?
ADMINISTRAÇÃO
A administração é o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas para
alcançar excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de
resultados com os meios de que se dispõe.
A tarefa da Administração consiste em interpretar os objetivos propostos pela organização e
traduzi-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle de
todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de
atingir tais objetivos da melhor forma possível.
A ADMINISTRAÇÃO FAZ ACONTECER
Resultados
Recursos
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8. O que é administração de empresas?
ADMINISTRAÇÃO: Conceitos
"Processo de alcançar objetivos pelo trabalho com e por intermédio de pessoas e recursos
organizacionais".
"Processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização e
utilizar todos os recursos organizacionais definidos".
"Processo de planejar, organizar, liderar e controlar o uso de recursos para alcançar objetivos
de desempenho".
"É o alcance de objetivos organizacionais de maneira eficaz e eficiente graças ao
planejamento, à organização, à liderança e ao controle dos recursos organizacionais."
"É o ato de trabalhar com e por intermédio de outras pessoas para realizar os objetivos da
organização, bem como de seus membros".
Reflexão: Como você vê a administração da sua empresa? Quem administra? Vocês estão
preparados para esse desafio?
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9. O que é administração de empresas?
ADMINISTRAÇÃO
A Administração é um processo de PLANEJAR, ORGANIZAR, DIRIGIR e CONTROLAR o
uso dos recursos e competências organizacionais para alcançar determinados objetivos com
EFICIÊNCIA e EFICÁCIA.
Diferenciação:
EFICIÊNCIA: fazer certo; o meio para se atingir um resultado; é a atividade, ou, aquilo que se
faz.
EFICÁCIA: a coisa certa; o resultado; aquilo para que se faz, isto é, o fim, o objetivo.
Lembrando que: O resultado depende de "fazer certo a coisa certa".
Planejar
Controlar Administrar Organizar
Dirigir
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10. Planejar
• Proatividade e
Visão Antecipatória
• Foco em objetivos
estratégicos
• Visão de Futuro
Controlar Organizar
• Foco em • Visão
resultados Sistêmica e
• Desempenho
Administrar Holística
• Eficiência e • Convergência
Eficácia • Networking
Dirigir
• Missão e
Valores
• Comunicação
• Liderança
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11. História da teoria da administração
TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
O jeito mais fácil de explicar a ampliação e o aprofundamento do significado da administração
é percorrer a sua trajetória e acompanhar os passos gradativos da história das organizações e
da teoria geral da administração.
A Teoria Geral da Administração é um conjunto integrado de teorias em crescente expansão e
gradativamente abrangente. O seu surgimento se confunde com o desenvolvimento das
organizações, da necessidade de se colocar em operação conceitos e ideologias a respeito
das organizações, por esse motivo, começou como uma teoria preocupada com alguns
poucos aspectos e variáveis e focando exclusivamente os problemas mais imediatos e
concretos.
A TGA atravessou fases bem distintas e que se superpõe. Cada uma das fases realça e
enfatiza um aspecto importante da Administração, a saber:
- Ênfase nas tarefas;
- Ênfase na estrutura organizacional;
- Ênfase nas pessoas;
- Ênfase na tecnologia;
- Ênfase no ambiente;
- Ênfase nas competências e na competitividade.
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12. História da teoria da administração
ÊNFASE NAS TAREFAS
Filme: Tempos Modernos
É a abordagem típica da escola da Administração Científica.
A Teoria da Administração Científica recebe este nome pela tentativa de aplicação dos
métodos da ciência aos problemas da administração, a fim de alcançar ELEVADA
EFICIÊNCIA INDUSTRIAL.
Aqui surge a figura de Frederick Taylor - Engenheiro Americano, considerado o fundador da
TGA, teve inúmeros seguidores (engenheiros como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford, Barth e
outros) e provocou uma revolução no pensamento administrativo e no mundo industrial da
época.
Representou uma primeira aproximação teórica aos estudos da administração empresarial e
focalizou inicialmente no nível de trabalho individual de cada operário, tomando isoladamente.
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13. História da teoria da administração
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Até então, a escolha do método de trabalho era feita pelo próprio operário que se baseava na
sua experiência profissional anterior para definir como seria realizada a sua tarefa. Como
consequência, as indústrias americanas revelavam uma profunda disparidade de métodos de
trabalho, pois cada operário tinha um esquema pessoal de trabalho, o que dificultava a
supervisão, o controle e a padronização de utensílios e ferramentas de trabalho.
Taylor tirou do operário o direito de escolher o seu jeito de executar a tarefa, para impor-lhe
um método planejado e estudado, chamado de A Melhor Maneira (The Best Way). A técnica
para se chegar ao método era o ESTUDO DOS TEMPOS E MOVIMENTOS.
As atividades mais complexas eram subdivididas em atividades mais simples, as quais eram
divididas em movimentos elementares. Simplificação e padronização tornaram o trabalho mais
eficiente e permitia uma altíssima especialização do trabalhador.
Após descobrir a melhor forma de executar a tarefa, a preocupação era estabelecer tempos e
padrões de produção por meio de cronometragem.
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14. História da teoria da administração
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
Para assegurar a eficiência do operariado, tornava-se necessário selecionar os operários mais
aptos, treiná-los na execução do método escolhido e oferecer-lhes condições ambientais de
trabalho agradáveis e condições de conforto capazes de reduzir a fadiga.
Para conseguir a colaboração e o engajamento do operariado no sistema e sua participação
no aumento da eficiência, a solução encontrada foi oferecer PLANOS DE INCENTIVOS
SALARIAIS E PRÊMIOS DE PRODUÇÃO (homo economicus).
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15. História da teoria da administração
ÊNFASE NAS TAREFAS
Palavras – chave : Administração Científica
• Estudo de tempos e movimentos;
• Simplificação e Padronização;
• Supervisão Funcional;
• homo economicus;
• Produção em Série, em Massa;
• Eficiência (foco na produtividade e redução de desperdícios).
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16. História da teoria da administração
ÊNFASE NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
É a fase na qual administrar significa basicamente planejar e organizar a estrutura de órgãos e
cargos que compõem a empresa, dirigir e controlar as suas atividades. Nesta abordagem,
verifica-se que a eficiência da empresa vai além da soma da eficiência de seus trabalhadores
e deve ser alcançada através da adequação dos meios (órgãos e cargos) aos fins desejados.
Ampliação do objeto de estudo da TGA
Microabordagem Macroabordagem
Indivíduo Estrutura Organizacional
São três as abordagens relacionadas com a estrutura organizacional:
1 - Teoria Clássica
2 - Teoria da Burocracia de Weber
3 - Teoria Estruturalista
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17. História da teoria da administração
TEORIA CLÁSSICA
Primeira abordagem a enfatizar a estrutura organizacional nasceu com Henry Fayol, que
defendia a visão anatômica da empresa em termos de organização formal, isto é, a síntese
dos diferentes órgãos que compõem a estrutura organizacional, suas relações e suas funções
dentro do todo.
Para Fayol toda empresa desempenha seis funções básicas:
Segundo Fayol essas funções eram
divididas em Administrativas e Não-
Administrativas, nos níveis mais altos de
hierarquia predominavam as funções
administrativas, enquanto nos níveis mais
baixos predominavam as demais funções
(não-administrativas).
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18. História da teoria da administração
TEORIA CLÁSSICA
Fayol listou 14 Princípios Gerais de Administração. Os princípios mais conhecidos são:
• consiste na designação de tarefas específicas a cada um dos
Princípio da divisão do trabalho órgãos que compõem a organização empresarial.
Princípio da autoridade e • a autoridade é o poder derivado da posição ocupada pela pessoa,
o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência; a
responsabilidade responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade.
Princípio da unidade de • cada pessoa deve receber ordens de um e apenas um superior.
comando Autoridade única
Princípio da hierarquia ou • a autoridade deve estar disposta em uma hierarquia, de tal
maneira que um nível hierárquico deve estar sempre subordinado
cadeia escalar ao nível hierárquico superior.
Princípio da • a divisão do trabalho conduz à especialização e à diferenciação
departamentalização das tarefas e dos órgãos.
• é a distribuição ordenada do esforço da empresa, a fim de obter
Princípio da coordenação unidade de ação na consecução de um fim comum.
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20. História da teoria da administração
TEORIA DA BUROCRACIA
A segunda abordagem relacionada com a estrutura organizacional nasceu com Max Weber
(1864-1920).
Para Weber o termo burocracia não tem o significado pejorativo de uso popular, mas um
significado técnico que identifica certas características da organização formal voltadas
exclusivamente para a racionalidade e para a eficiência.
Características básicas do modelo burocrático:
Formalização: todas as atividades são definidas por escrito (rotinas e procedimentos) e a
organização opera de acordo com um conjunto de leis ou regras (regras, regulamentos,
regimento interno, estatutos) que são aplicáveis a todos os casos individuais, sem exceção.
Divisão do trabalho: cada participante tem um cargo ou posição definidos em uma esfera
específica de competência, com deveres oficiais, atribuições estritamente especificadas e
delimitadas.
Competência técnica: a seleção e a escolha dos participantes da organização baseiam-se na
competência técnica e na qualidade profissional dos candidatos e não em preferências de
ordem pessoal. A burocracia é eminentemente meritocrática.
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21. História da teoria da administração
TEORIA DA BUROCRACIA
Impessoalidade: o funcionário ideal é impessoal no relacionamento com outros ocupantes de
cargos. A burocracia enfatiza os cargos e não as pessoas que os ocupam, pois ao passo que
as pessoas entram e saem da organização, os cargos permanecem para garantir sua
continuidade e perpetuação.
Separação entre propriedade e administração: os recursos utilizados para a execução das
tarefas não são propriedade dos burocratas, e sim da organização. A sua administração está
separada da propriedade dos meios de produção, uma vez que o dirigente ou burocrata não é
necessariamente o dono da organização; ele é na verdade um profissional especializado na
sua gestão. A burocracia permitiu o surgimento das sociedades anônimas (S.As) e do
moderno mercado de capitais.
Profissionalização do funcionário: os funcionários da burocracia são profissionais, pois são
especialistas em face da divisão do trabalho; são assalariados de acordo com suas funções ou
posição hierárquica; seus cargos constituem sua principal atividade dentro da organização. A
burocracia permitiu o surgimento dos funcionários como profissionais.
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22. História da teoria da administração
TEORIA DA BUROCRACIA
Todavia Weber não levou em conta as diferenças individuais das pessoas nem a organização
informal. O comportamento das pessoas nem sempre ocorre com a previsibilidade descrita por
Weber. - (Filme – Burocracia)
Existem conseqüências imprevistas (indesejadas) e que levam à ineficiência e às
imperfeições. A estas deu-se o nome de disfunções da burocracia, são elas:
Despersonalização do relacionamento entre os participantes: os ocupantes de cargos se
tratam como tal e não como pessoas.
Internalização das diretrizes: as normas e os regulamentos – inicialmente elaborados para
melhor atingir os objetivos organizacionais – adquirem valor próprio, transformando-se de
meios em objetivos e passando a ser absolutos. O funcionário passa a se preocupar mais com
as regras e os regulamentos da organização, do que com o próprio trabalho dentro dela.
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23. História da teoria da administração
TEORIA DA BUROCRACIA
Uso da categorização como técnica de processo decisório: a tomada de decisão passa a
ser prerrogativa do funcionário cuja categoria hierárquica é mais elevada, independentemente
do seu conhecimento sobre o assunto que esta sendo decidido.
Excesso de formalismo e de papelório: a tendência de documentar e formalizar todas as
comunicações chega a um ponto que pode prejudicar o funcionamento da organização.
Exibição de sinais de autoridade: como a burocracia enfatiza enormemente a hierarquia
como meio de controle do desempenho dos participantes, surge a necessidade de utilização
de indicadores, de símbolos ou sinais que destaquem a autoridade e o poder, como é o caso
de uniformes, tipo de sala ou de mesa utilizados, locais reservados no refeitório ou no
estacionamento de carros, entre outros.
Superconformidade em relação às regras e aos regulamentos da organização: o
funcionário passa a ter verdadeira devoção e obsessão pelas regras e regulamentos,
condicionando seu desempenho a eles e, assim, deixa de lado os deveres inerentes ao cargo.
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24. História da teoria da administração
TEORIA DA BUROCRACIA
Propensão dos participantes a se defenderem de pressões externas: como a organização
burocrática recebe pressões externas para realizar mudanças, o funcionário passa a percebê-
las como ameaças à posição que desfruta na organização e um perigo para sua segurança
pessoal. Daí a tendência de se defender contra qualquer tipo de influência externa, o que leva
fatalmente a dificuldades no atendimento aos clientes e usuários, tomados como figuras
estranhas e portadoras de tais ameaças e pressões.
Resistências a mudanças: as mudanças representam ameaças quanto à posição quanto à
estabilidade na organização. O funcionário se sente mais seguro e protegido com a rotina que
domina, pois a conhece bem e isso não lhe traz ameaças.
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25. Teoria da Burocracia
Características da Burocracia
• Caráter legal das normas
• Caráter formal das comunicações
• Divisão do trabalho
• Impessoalidade no relacionamento
• Hierarquização da autoridade
• Rotinas e procedimentos
• Competência técnica e mérito
• Especialização da gerência
• Profissionalização
Disfunções da Burocracia
• Internalização das normas
• Excesso de formalismo
• Excesso de papelório
• Resistência às mudanças
• Despersonalização do relacionamento
• Categorização do relacionamento
• Superconformidade
• Exibição de sinais de autoridade
• Dificuldade com clientes
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26. História da teoria da administração
TEORIA ESTRUTURALISTA
A terceira alternativa dentro das correntes da TGA que enfatizam a estrutura organizacional é
chamada teoria estruturalista, desenvolvida a partir dos estudos sobre as limitações e rigidez
do modelo burocrático.
Muito além do modelo burocrático, os estruturalistas introduziram o conceito de sistema aberto
no estudo das organizações e tentaram compatibilizar as contribuições clássica e humanística
na TGA.
Foi uma abordagem múltipla e compreensiva na análise das organizações, focalizando-as
como complexos de estruturas formais e informais.
Os estruturalistas criaram várias tipologias de organizações e análises comparativas para a
melhor compreensão do fenômeno organizacional, incluindo a análise interorganizacional e o
ambiente externo, que passou a ser considerado uma variável a mais no estudo das
empresas.
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27. História da teoria da administração
ÊNFASE NAS PESSOAS
É a fase em que administrar é, sobretudo, lidar com pessoas. Esta terceira abordagem
mecanicista e rígida da TGA foi uma reação à abordagem mecanicista e rígida da Teoria
Clássica e da Teoria da Burocracia. Ela procura enfatizar as pessoas dentro das empresas,
deixando em segundo plano a estrutura e as tarefas
É chamada de abordagem humanística e pode ser desdobrada em duas escolas ou teorias: a
Escola das Relações Humanas e a Teoria Comportamental.
ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A primeira corrente da abordagem humanística teve em Elton Mayo e Kurt Lewin seus
principais precursores. Trata-se da abordagem mais democrática e liberalizante ocorrida na
TGA.
Engenharia Psicologia
Técnica Humanismo
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28. História da teoria da administração
ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Para a Teoria Clássica, o administrador típico – eminentemente técnico e voltado para os
aspectos lógicos da organização – cede agora lugar ao administrado típico da nova
abordagem – eminentemente humanista e voltado para os aspectos psicológicos e
sociológicos da organização.
Os planos de incentivos salariais fundamentados na concepção do homo economicus passam
a ser substituídos pelo incentivo social e simbólico baseado na concepção do homo socialis.
Segundo essa concepção, o homem é motivado basicamente pelas recompensas sociais e
simbólicas, pois as necessidades psicológicas do ser humano são mais importantes do que a
necessidade de ganhar mais dinheiro.
As principais contribuições da Teoria das relações humanas à TGA se concentram no esforço
pioneiro rumo à humanização das empresas: a ênfase na organização informal, nos grupos
sociais, nas comunicações, motivação liderança, nas abordagens participativas e, sobretudo,
na preocupação com a satisfação no trabalho.
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29. História da teoria da administração
TEORIA COMPORTAMENTAL
A segunda abordagem humanística – a Teoria Comportamental – surgiu com o livro de Hebert
A. Simon publicado em 1947, no qual o autor desenvolve uma teoria das decisões.
Para ele, a decisão é muito mais importante do que a ação subseqüente. A partir daí, as
empresas são visualizadas como sistemas de decisões, nos quais as pessoas percebem,
sentem, decidem e agem, definindo seus comportamentos diante de situações com que se
deparam.
Fundamentando-se no comportamento individual das pessoas, usando o estudo da motivação
humana, a Teoria Comportamental explica o comportamento organizacional onde os autores
entendem que para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações, o administrador
precisa conhecer as necessidades humanas, compreendendo-lhes o comportamento e
usando-lhes a motivação.
Características da Teoria Comportamental da Administração:
- Ênfase no comportamento organizacional, isto é, na dinâmica e não na estrutura;
- Foco no processo decisório;
- Ênfase em aspectos comportamentais como motivação, liderança, comunicação, equipes;
- Adoção de técnicas comportamentais.
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30. História da teoria da administração
ÊNFASE NA TECNOLOGIA
É o foco das teorias que consideram a administração uma ciência que cuida da aplicação bem
sucedida da tecnologia na atividade organizacional. Isso significa lidar com a tecnologia e dela
extrair a máxima eficiência.
A tecnologia posta a serviço da empresa (mecanização, automação, computação, robotização
e a tecnologia da informação) passou a moldar-lhe a estrutura e condicionar seu
funcionamento.
Alguns autores chegaram a afirmar a existência de um “imperativo tecnológico”, ou seja, a
tecnologia tomada como variável independente e a estrutura organizacional da empresa que a
utiliza como variável dela dependente.
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31. Ênfase na Tecnologia
Surge aqui a idéia da empresa como um sistema sociotécnico, no qual interagem três
subsistemas intimamente interdependentes.
Sistema
Gerencial
• Administradores
situados nos
níveis:
institucional,
intermediário e
operacional
Sistema
Sistema Técnico Sociotécnico
• Máquinas, Sistema Social
equipamentos, • Pessoas e seus
tecnologia, relacionamentos
instalações, interpessoais e
processos e sociais
tarefas
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32. História da teoria da administração
ÊNFASE NO AMBIENTE
É a fase em que administrar significa, sobretudo, lidar com as demandas do ambiente e obter
o máximo de eficácia da empresa.
Com a influência da Teoria dos Sistemas na TGA, verificou-se que apenas o estudo das
variáveis internas não proporcionava uma compreensão mais ampla da estrutura e do
comportamento organizacionais. Tornava-se necessário o estudo das variáveis externas,
situadas fora dos limites da empresa e responsáveis por influenciar profundamente seus
aspectos estruturais e comportamentais.
Essa ênfase no ambiente surgiu com o aparecimento da Teoria da Contingência, segundo a
qual não existe uma única “melhor maneira” de organizar as empresas; pelo contrário, as
características estruturais das empresas dependem das características ambientais que as
circundam.
32
33. Ênfase no Ambiente
Características da Teoria da Contingência
• Ênfase no ambiente como o determinante das características organizacionais;
• Foco no ajustamento e na adaptabilidade da organização ao seu entorno;
• Abordagem da adequação: a organização como variável dependente das variáveis
ambientais;
• Crítica às organizações mecanicistas e tradicionais;
• Relativismo organizacional: não há nada rígido em administração, tudo é contingente.
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34. História da teoria administrativa
ÊNFASE NAS COMPETÊNCIAS E NA COMPETITIVIDADE
A era da informação trouxe novos desafios e abordagens à TGA. As organizações deixaram
de ser vistas como conjuntos integrados de recursos para serem consideradas detentoras de
competências sempre atualizadas, articuladas e prontas para serem aplicadas em qualquer
oportunidade, tão logo elas surjam, antes que os concorrentes o façam.
O mundo organizacional deixa de ser um conjunto de coisas físicas e se torna um universo de
competências essenciais para o sucesso dos negócios. Ao contrário dos recursos, as
competências são dinâmicas, intangíveis, mutáveis e garantidoras da competitividade
organizacional.
Ao longo das demais aulas, teremos a oportunidade de voltar às competências
organizacionais.
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35. Fases da história das empresas e da teoria administrativa
Teorias Administrativas
Anos Fases das empresas Ênfase
Predominantes
Artesanal
1780 Início da Industrialização
Primeira Revolução Industrial
Desenvolvimento Industrial
1860 Nas tarefas Administração Científica
Segunda Revolução Industrial
Na estrutura Teoria Clássica
Gigantismo Industrial
1914 organizacional Teoria Neoclássica
As Duas Guerras Mundias
Nas pessoas Teoria das Relações Humanas
Teoria Neoclássica
Na estrutura
Teoria Burocrática
organizacional
Moderna Teoria Estruturalista
1945 Nas pessoas
Pós-Guerra Teoria Comportamental
Na tecnologia
Teoria da Contingência
No ambiente
Teoria da Contingência
Globalização
1980 No ambiente Teoria da Contingência
Momento Atual
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36. Estado atual da teoria administrativa
Mas qual delas é a teoria correta? Competitividade
Cada uma das teorias administrativas
prioriza ou valoriza apenas uma ou algumas Tecnologia Pessoas
das seis variáveis básicas do sucesso
organizacional.
Organização
Enquanto que, atualmente, a TGA estuda as
organizações do ponto de vista da interação
e interdependência entre as seis variáveis.
Cada qual influencia e é influenciada pelas Estrutura Ambiente
outras variáveis. Modificações em uma
provocam modificações em maior ou menor
grau nas demais. Tarefas
Na realidade, a adequação entre essas seis
variáveis constitui o principal desafio da
administração
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37. Estado atual da teoria da administração
Traduzindo as seis variáveis básicas para a atualidade, temos:
• Excelência operacional que se traduz em
Tarefas
produtos e serviços de alta qualidade.
• Integração e articulação interna de recursos e
Estrutura
competências.
• Participação, envolvimento, engajamento,
Pessoas
empowerment.
• Infra-estrutura tecnológica como base para
Tecnologia
operações e informações.
• Foco no mundo dos negócios onde se situam
Ambiente
clientes, fornecedores e concorrentes.
• Foco em competências e em resultados
Competitividade
sustentáveis.
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