Projeto iniciação científica – uma lupa na língua – história da língua portuguesa o português no brasil
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Brasil – Governo Federal – Ministério da Educação
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Projeto iniciação científica – Uma lupa na língua – HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA - O português no Brasil
05/07/2012
Autor e Coautor(es)
Autor Márcio Issamu Yamamoto
UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA
Coautor(es)
Eliana Dias
Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Recursos linguísticos em uso: fonológicos,
Ensino Médio Língua Portuguesa
morfológicos, sintáticos e lexicais
Aspectos cognitivo-conceituais: mundo,
Ensino Médio Língua Portuguesa objetos, seres, fatos, fenômenos e suas inter-
relações
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Descobrir como se deu a mistura do português com o tupi.
Identificar as diferenças do português do Norte, do Sul, do Centro-Sul e do Centro-Oes te do Brasil.
Conhecer a influência da língua tupi na toponímia e em nomes de frutas do Brasil.
Duração das atividades
10 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Domínio da leitura e escrita.
Conhecimento da história do Brasil.
Estratégias e recursos da aula
Uso da internet.
Discussão em grupo.
Projeto iniciação científica – Uma lupa na língua
Subprojeto: HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
1) TEMA:
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Imagem disponível em: https://encrypted-tbn2.google.com/images?q=tbn:ANd9GcR-z6YW13puIfLarPiyDAvtkadQDFZomISt5r9UZLJujpdDEotplQ .
Acesso em 10 mai. 2012.
2) PROBLEMATIZAÇÃO
2.1) MOTIVAÇÃO
Professor, pergunte a seus alunos que palavras eles conhecem em língua indígena. Esta pergunta pode s er respondida prontamente, mas
pode ser que alguns alunos demonstrem surpresa por não terem contato direto com a cultura indígena no seu dia a dia e não pensarem sobre
a influência que sua língua exerceu na formação do português do Brasil. Encoraje a discussão do assunto pedindo que eles apresentem mais
vocábulos de origem indígena inseridos na língua portuguesa e em seguida apresente–lh es a canção Tupi Guarani disponível em:
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=WIdi8I2GwqY. Acesso em 08 mai. 2012.
Após ouvirem a música, peça a eles que expliquem como foram agrupadas as palavras de origem indígena apresentadas na música.
Toque novamente para que eles encontrem a resposta. (Resposta: frutas, animais e nomes e lugares)
Peça que tentem lembrar os itens de cada grupo listados na canção e anote-os no quadr o à medida que os alunos forem citando para que eles
possam visualizar as divisões e os exemplos contidos na música, em seguida, pergunte-lhes em que o Brasil seria diferente hoje se não
tivesse havido essa influência das línguas indígenas para que pensem na importância de sse legado .
Imagem disponível em: http://i4.ytimg.com/vi/WIdi8I2GwqY/default.jpg. Acesso em 08 mai. 2012.
Tu Tu Tu Tu
Tu Tupi
Todo mundo tem
um pouco de índio
dentro de si
dentro de si
Todo mundo fala
língua de índio
Tupi Guarani
Tupi Guarani
E o velho cacique já dizia
tem coisas que a gente sabe
e não sabe que sabia
e ô e ô
O índio andou pelo Brasil
deu nome pra tudo que ele viu
Se o índio deu nome, tá dado!
Se o índio falou, tá falado!
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Se o índio chacoalhou
tá chacoalhado!
e ô e ô
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
vamos chacoalhar
vamos chacoalhar
Chacoalha o chocalho
Chacoalha o chocalho
que índio vai falar:
Jabuticaba Caju Maracujá
Pipoca Mandioca Abacaxi
é tudo tupi
tupi guarani
Tamanduá Urubu Jaburu
Jararaca Jibóia
Tatu
Tu Tu Tu
é tudo tupi
tupi guarani
Arara Tucano Araponga Piranha
Perereca Sagüi Jabuti Jacaré
Jacaré Jacaré
quem sabe o que é que é?
- ...aquele que olha de lado...
é ou não é?
Se o índio falou tá falado
se o índio chacoalhou
tá chacoalhado
e ô e ô
Maranhão Maceió
Macapá Marajó
Paraná Paraíba
Pernambuco Piauí
Jundiaí Morumbi Curitiba Parati
É tudo tupi
Butantã Tremembé Tatuapé
Tatuapé Tatuapé
quem sabe o que é que é?
- ...caminho do Tatu...
Tu Tu Tu Tu
Todo mundo tem...
Disponível em: http://www.letradamusica.net/cocorico/tu-tu-tu-tupi.html . Acesso em 08 mai. 2012.
2.2) Foco no tema
Professor, explique a seus alunos que o termo tupi, embora popular, não é estritament e correto. O idioma falado nos dois primeiros séculos
de colonização do Brasil é, na realidade, conhecido pelos especialistas como língua brasílica, da qual o tupi era um de seus dialetos. Já no
século XVI, a língua brasílica começou a ser aprendida pelos portugueses que, de iníc io, eram minoria entre os índios, numa proporção de
10 para 1. “Como grande parte dos colonos vinham para o Brasil sem mulheres, os portugueses passaram a viver com mulheres indígenas”,
explica o professor. “Assim, a língua brasílica passou a ser a língua materna de seus filhos, especialmente nas áreas mais afastadas do
centro administrativo da Colônia, que era a Bahia. A partir da segunda metade do sécu lo XVII, a língua brasílica sofreu várias modificações,
passando a ser chamada de língua geral. Informação disponível em http://www.lutzhoepner.de/uebersetzen/lingua-geral.htm. Acesso em 08
mai. 2012.
Divida a turma em 2 grupos e distribua os temas abaixo entre eles para que façam uma pesquisa a ser entregue ao professor para avaliação
e que a apresentem em sala na data acordada. Em seguida à apresentação dos grupos ou na aula seguinte, conforme o tempo permitir,
apresente um trecho do filme“Hans Staden”. Todo falado em tupi, o filme conta a emocionante — e verídica! — história do marinheiro alemão
que naufragou na costa brasileira, na altura de São Vicente, São Paulo, em meados do século 16. Salvo do naufrágio, Hans Staden passou
a viver com os portugueses habitantes da região, até ser aprisionado pelos tupinambás de Bertioga, em 1554.Filme dis ponível em:
http://www.youtube.com/verify_age?next_url=/watch%3Fv%3DJav2LnbJ_Wk . Acesso em 08 mai. 2012.
Imagem disponível em:http://www.nacaomestica.org/hans_staden.jpg . Acesso em 10 mai. 2012.
Professor, selecione o trecho a ser apresentado conforme a faixa etária de seus aluno s, uma v ez que c ontém c enas de nudez.
Temas
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Língua Geral Paulistana
Língua Geral Amazônica
3) HIPÓTESES
Professor, agrupe seus alunos em duplas ou trios e entregue-lhes uma cópia da reporta gem publicada no Estadão – Sotaque vem do
nheengatú, a língua brasileira, ou peça a seus alunos que a acessem em http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,sotaque-vem-do-
nheengatu-a-lingua-brasileira,160205,0.htm (Ac esso em 10 mai. 2012) e peça –lhes que des cubram porque “somos a únic a ex -colônia
portuguesa que não fala com sotaque português.” informação disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/brasil/idioma-
do-brasil.php . Acesso em 10 mai.2012.)
Imagem disponível em: https://encrypted-tbn0.google.com
/images?q=tbn:ANd9GcT_WtuSRnzEaR29PWAWg_QcAq8XvlZXbcXCf_TzBK7aPRBdJ9MDDw . Acesso em 10 mai. 2012.
4) JUSTIFICATIVA
Peça às duplas/trios que escrevam um texto dissertativo com o tema – Por que nosso po rtuguês tem sotaque brasileiro – e o entregue ao
professor como parte da avaliação desta aula.
5) OBJETIVOS
A partir da informação dada no artigo “Sotaque vem do nheengatú, a língua brasileira” de que "o dialeto caipira não é um erro, é uma
língua dialetal", passaremos a abordar o português no Brasil com os seguintes objetiv os:
· Explorar diferenças do português do Norte, do Sul, do Centro-Sul e do Centro-Oeste do Brasil.
· Exemplificar o falar regional dos brasileiros de várias partes do Brasil e identificar o que influenciou o falar de
cada uma dessas regiões.
6) METODOLOGIA
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Imagem disponível em: https://encrypted-tbn1.google.com
/images?q=tbn:ANd9GcSDjyRJ6KEGTCKcw19pFTU3aymhSlIzUo0v5pN6532LeENYITn6 . Acesso em 19 mai. 2012.
Imagem disponível em: http://www.intikemo.com.br/wp-content/uploads/2011/05/gaucho_e_prenda.jpg . Acesso em 19 mai. 2012.
Imagem disponível em: https://encrypted-tbn3.google.com/images?q=tbn:ANd9GcQF-DigdH-FmD8uskau_-
Cpj6HU2KdKhYoyo1zVJYvQXhJ1aax6 . Ac esso em 19 mai. 2012.
Seminário - Tema - Falares do Brasil.
Professor, agrupe sua sala em 5 equipes, distribua os tópicos abaixo entre elas e dig a-lhes que pesquisem os falares da região que
lhes foi designada. Lembre-os de observar os "OBJETIVOS" no passo 5 desta aula. Marqu e a data para a apresentação. os links
contidos no mapa abaixo podem ser o ponto de partida da pesquisa. Sugira aos estudant es que enriqueçam os dados com suas
próprias buscas na internet.
Cada grupo deverá fazer exposição temática do assunto a ele designado dando uma visão global desse e, ao mesmo tempo, deverão
aprofundar o tema em estudo. Para isso, o grupo pode utilizar estratégias como exposição oral, quadro-negro, s lides, c artazes, fi lmes,
etc.
Professor, você deve fornecer a bibliografia utilizada para a pesquisa do assunto e, s e possível, comentá-la. O roteiro da apresentação
e a bibliografia deverão ser entregues ao professor no dia do seminário.
Abertura para perguntas dos outros grupos.
Ao final, o professor fará a avaliação sobre os trabalhos dos grupos, especialmente da quele que atuou na apresentação, bem como
uma síntese das conclusões.
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Grupos
1. Gaúcho, Sulista, e “Manezinho da Ilha”.
2. Paulista, Fluminense e Carioca.
3. Mineiro e Caipira.
4. Cearense e Nordestino.
5. Nortista e Paraense.
Imagem disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/04/Portugueselanguagedialects-Brazil.png/330px-
Portugueselanguagedialects-Brazil.png0 . Ac esso em 10 mai. 2012.
1. Caipira - interior do estado de São Paulo e de Goiás, norte do Paraná, parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sul de
Minas Gerais e Triângulo Mineiro
2. Cearense - Ceará
3. Carioca - cidade do Rio de Janeiro e adjacências
4. Gaúcho - Rio Grande do Sul (a cidade de Porto Alegre possui um jeito de falar próprio)
5. Mineiro - Minas Gerais
6. Nordestino (ouvir) - Estados do nordeste brasileiro (alguns es tados como Ceará, Pernambuco e Piauí possuem diferenças
linguísticas entre a capital e o interior).
7. Nortista - estados da bacia do Amazonas
8. Paulistano - cidade de São Paulo e adjacências
9. Sertanejo - Estados de Goiás, Mato Grosso e norte do Mato Grosso do Sul
10. Sulista - Paraná(com exceção da região norte, que possui o dialeto caipira) e o interior de Santa Catarina (no litoral
catarinense há um outro dialeto, próximo ao açoriano)
11. "Manezinho da Ilha" - Cidade de Florianópolis (próximo ao açoriano)
12. "Paraense" - exclusivo da região metropolitana de Belém ass im como o fluminense tem origens portuguesas, o s otaque
paraense tem o "chiado forte" quando pronunciado em palavras que tenham letra "s" no começo ou final de frases.
13. Fluminense (ouvir) - Estado do Rio de Janeiro (a cidade do Rio de Janeiro tem um falar próprio)
14. Obs: Algumas cidades do interior do estado de São Paulo tem um modo próprio de falar, ex emplifi cando algumas cidades como
Campinas e algumas da RMC, como Americana, Paulínia e Hortolândia , um modo diferente de se falar, diferentemente do
Caipira que é bem intenso no município de Piracicaba, e do Paulistano , mais falado na região da cidade de São Paulo.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dialetos_do_portugu%C3%AAs_brasileiro . Acesso em 10 mai. 2012.
7) CONCLUSÃO E RELATÓRIO FINAL
Feira Cultural
Como trabalho de conclusão, os grupos que participaram do seminário exporão suas pesq uisas a toda a comunidade escolar numa
data acordada.
Seu espaço de exposição deverá conter decoração típica que evoque as regiões que pesq uisou. Também deverá ser preparada pelo
grupo uma amostra de prato típico oriundo de uma dessas regiões para degustação. Enquanto os visitantes degustam, os membros
do grupo se revezarão para fornecer informações sobre os falares daquelas regiões.
Recursos Complementares
Sugestões de links para professores:
§ Artigo " Acerca das duas primeiras descrições missionárias de língua geral" - M ari a Carlo ta ROS A - Uni ver s i dade F eder al do Ri o de
J aneiro, Bras il - http://celia.cnrs.fr/FichExt/Am/A_19-20_25.htm . Ac esso em 06 mai. 2012.
§ Aula: "A LINGUA INDÍGENA: SUA INFLUÊNCIA NO PORTUGUÊS DO BRASIL" - http://portaldoprofessor.mec.gov.br
/fichaTecnicaAula.html?aula=22401 . Acesso em 16 mai. 2012.
Sugestões de links para alunos:
§ Artigo "O Resgate da Língua Geral" - http://www.fflch.usp.br/dl/pos/teses/CRUZAline.pdf?idtese=200545333002010103P3 . Acesso
em 16 mai. 2012.
§ Artigo "Línguas Gerais" - http://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/linguas/linguas-gerais. Acesso em 16 mai. 2012.
Av a l i a ç ã o
O professor avaliará os alunos pela atenção, participação nas discussões e pelo desem penho mostrado na apresentação do
seminário. Outra oportunidade será na atividade da feira cultural. Uma vez que os participantes dos grupos deverão se revezar na
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