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Cooperação e Interação na Rede
A internet já não é mais um oceano desconhecido, já navegamos, por seus mares, lemos, linkamos, criamos blog, somos autores nesta web.
Quando criamos nosso blog e o disponibilizamos na internet, enraizamos nossas conquistas e temos condições de interagir e cooperar na rede.
Que possamos refletir a importância da cooperação no aprender e ensinar, conscientes do papel das redes digitais na promoção da aprendizagem.
Há pouco mais de dez anos, a web não fazia parte do contexto da maioria das escolas, as fontes de pesquisa apoiavam-se nos livros disponíveis nas bibliotecas escolares, enciclopédias, e o professor era o detentor de informações.
A internet revolucionou o processo educacional, pois a cooperação e partilha de saberes toma uma dimensão global, as informações cresceram de maneira explosiva, enciclopédias impressas tornam-se, em grande parte “obsoletas” por não contarem com atualização contínua, tipica do meio digital.
A internet trouxe mudanças tão profundas que atualmente autores estudam o fenômeno da então denominada  Sociedade da Informaçã o ou  Sociedade do Conhecimento.
Sociedade da Informaçã o ou  Sociedade do Conhecimento  são expressões que entraram em uso na última, estão associadas ao termo globalização, e pretendem designar mudanças econômicas e sociais que vem ocorrendo a partir das TICs.
Alguns autores defendem o uso da palavra conhecimento, pois informação teria um cunho mais tecnológico, já que informação tem significado menos abrangente que conhecimento.
Carlos Nepumeno publicou em :  A Sociedade da informação não existe,  que em qualquer época, a informação ( e as redes que a sustentam) foi fundamental para manter o equilíbrio entre a população e suas necessidades.
Para este autor até pouco tempo atrás estávamos na época do palpável, não existia softwares, banco de dados; A marca da empresa não era o mais importante, o trabalhador era braçal e não vendia horas de seu cérebro;
Com a globalização, o aumento da população e a chegada da internet, digitalizamos o mundo e todos os registros que tínhamos dele.
Vivemos uma sociedade diferente da construída pela Revolução Industrial, mas será que é a Sociedade da Informação?
Temos uma realidade o volume de informações cresceu e:  temos a sociedade da informação?
Podemos comparar a quantidade de informações proporcional ao número de habitantes no Brasil, com dados arredondados: Ano – Habitantes 1550 – 15 mil 1660 – 184 mil 1960 – 70 milhões 2000 – 170 milhões Hoje – 191 milhões
Portanto, quanto mais pessoas, mais crescimento aritmético, temos pelo aumento do número de relações, uma expressão geométrica da complexidade.
Em todas estas situações e as redes que a sustentam foram fundamentais para manter o equilíbrio entre a população e suas necessidades.
Quanto mais evoluímos, mais precisamos sofisticar os ambientes de informações, suas redes de conhecimento. É uma relação que fica a cada passo mais complexa.
Vejamos, o ambiente oral precisou da escrita, e da escrita fomos para o digital, virtualizamos o mundo,  conectamos e permitimos a interação entre pessoas, para navegarmos neste mar informacional cada vez mais largo.
Nesta sociedade da informação ( conhecimento?),  O Computador vai substituir o professor?
Andréa Cecília Ramal (2000), diz que: A internet está trazendo consigo um novo modelo de educação, uma forma diferente de aprendizagem, e precisamos entendê-lo, apropriar-nos disso, ser protagonistas da mudança.
A existência desta grande rede nos faz pensar na escola que temos, ainda tão fechada, limitada, desconectada do mundo, da vida do aluno; ainda tão distante da realidade de imagens, sons, cores e palavras em hipermídia que constitui a nossa vida hoje.
Precisamos conversar sobre nossos sonhos para a escola.
Ivan Illich  – Sonhava com uma educação que fosse limitada às instituições; Jean- Jacques Rousseau -  Pensava numa escola que não corrompesse o homem, deixando vir à tona o que temos de melhor; Jean Piaget –  Queria que os níveis mentais fossem respeitados, sem pular etapas, para que aprendessem  sem decorebas, ou queima de etapas; Freinet –  sonhava com uma escola prazerosa, agradável e divertida . Paulo Freire –  Sonhava com um lugar em que o saber do aluno fosse valorizado.
Goleman –  Escreve sobre uma escola que permita desenvolver o lado emocional, que tenha espaço para as artes, música, as coisas que nos tornam mais humanos.
De repente a tecnologia entra na escola e leva o professor a questionar-se: Como é minha aula? Será que o professor vai ser substituído pelo computador?
E Andréia Ramal responde que sim e explica que o pior de nós professores é o que vai ser substituído . A pior aula, o lado repetitivo, burocrático e por vezes até acomodado da escola, esse vamos deixar para o computador.
Com o recurso do computador poderemos transformar exposições maçantes em aulas multimídia interativas, com telas e interfaces coloridas, atrativas à elaboração do saber.
Neste processo segundo Andrea é necessário o professor despir-se da figura de transmissor do saber e começar a construir junto com os alunos algo novo. Muitas vezes nossos alunos serão nossos mestres, na verdade nessa nova sala de aula, todos serão mestres.
Andréa Cecília Ramal destaca  que é inútil tentar concorrer com a quantidade e qualidade de informações disponíveis na  Internet . E nós já sabemos que também não podemos simplesmente ignorar a sua existência.
Ao final do seu artigo ela afirma que precisamos reinventar a nossa profissão e articula sua proposta com os três eixos de conteúdos apontados pelos PCN: conceituais, procedimentais e atitudinais.
A autora então propõe que um professor deve atuar: "Nos conteúdos conceituais, como arquiteto cognitivo, responsável por traçar as estratégias e definir os métodos mais adequados para que o aluno chegue a uma construção ativa do conhecimento;
Nos conteúdos procedimentais, como dinamizador de grupos, ao ajudar os estudantes a descobrirem as formas pelas quais se chega ao saber, os processos mais eficazes e o diálogo possível entre as disciplinas,
Gerenciando uma sala de aula na qual os estudantes, com suas diversas competências, dialogam com respeito entre si e estabelecem parcerias produtivas;
E nos conteúdos atitudinais, como educador, comprometendo-se com o desafio de estimular a consciência crítica para que todos os recursos desse novo mundo sejam utilizados a serviço da construção uma de humanidade também nova, com base nos critérios de justiça social e respeito à dignidade humana". ( RAMAL, 2000 ).
Bibliografia NEPOMUCENO, Carlos  - A Sociedade da informação não existe.  http://webinsider.uol.com.br/index.php/2009/04/01/a-sociedade-da-informacao-nao-existe/ RAMAL,Andrea – O computador vai substituir o professor. http://www.pedroarrupe.com.br/upload/OCOMPUTADORVAISUBSTITUIROPROFESSOR.pdf

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Cooperacao e interacao_na_rede

  • 2. A internet já não é mais um oceano desconhecido, já navegamos, por seus mares, lemos, linkamos, criamos blog, somos autores nesta web.
  • 3. Quando criamos nosso blog e o disponibilizamos na internet, enraizamos nossas conquistas e temos condições de interagir e cooperar na rede.
  • 4. Que possamos refletir a importância da cooperação no aprender e ensinar, conscientes do papel das redes digitais na promoção da aprendizagem.
  • 5. Há pouco mais de dez anos, a web não fazia parte do contexto da maioria das escolas, as fontes de pesquisa apoiavam-se nos livros disponíveis nas bibliotecas escolares, enciclopédias, e o professor era o detentor de informações.
  • 6. A internet revolucionou o processo educacional, pois a cooperação e partilha de saberes toma uma dimensão global, as informações cresceram de maneira explosiva, enciclopédias impressas tornam-se, em grande parte “obsoletas” por não contarem com atualização contínua, tipica do meio digital.
  • 7. A internet trouxe mudanças tão profundas que atualmente autores estudam o fenômeno da então denominada Sociedade da Informaçã o ou Sociedade do Conhecimento.
  • 8. Sociedade da Informaçã o ou Sociedade do Conhecimento são expressões que entraram em uso na última, estão associadas ao termo globalização, e pretendem designar mudanças econômicas e sociais que vem ocorrendo a partir das TICs.
  • 9. Alguns autores defendem o uso da palavra conhecimento, pois informação teria um cunho mais tecnológico, já que informação tem significado menos abrangente que conhecimento.
  • 10. Carlos Nepumeno publicou em : A Sociedade da informação não existe, que em qualquer época, a informação ( e as redes que a sustentam) foi fundamental para manter o equilíbrio entre a população e suas necessidades.
  • 11. Para este autor até pouco tempo atrás estávamos na época do palpável, não existia softwares, banco de dados; A marca da empresa não era o mais importante, o trabalhador era braçal e não vendia horas de seu cérebro;
  • 12. Com a globalização, o aumento da população e a chegada da internet, digitalizamos o mundo e todos os registros que tínhamos dele.
  • 13. Vivemos uma sociedade diferente da construída pela Revolução Industrial, mas será que é a Sociedade da Informação?
  • 14. Temos uma realidade o volume de informações cresceu e: temos a sociedade da informação?
  • 15. Podemos comparar a quantidade de informações proporcional ao número de habitantes no Brasil, com dados arredondados: Ano – Habitantes 1550 – 15 mil 1660 – 184 mil 1960 – 70 milhões 2000 – 170 milhões Hoje – 191 milhões
  • 16. Portanto, quanto mais pessoas, mais crescimento aritmético, temos pelo aumento do número de relações, uma expressão geométrica da complexidade.
  • 17. Em todas estas situações e as redes que a sustentam foram fundamentais para manter o equilíbrio entre a população e suas necessidades.
  • 18. Quanto mais evoluímos, mais precisamos sofisticar os ambientes de informações, suas redes de conhecimento. É uma relação que fica a cada passo mais complexa.
  • 19. Vejamos, o ambiente oral precisou da escrita, e da escrita fomos para o digital, virtualizamos o mundo, conectamos e permitimos a interação entre pessoas, para navegarmos neste mar informacional cada vez mais largo.
  • 20. Nesta sociedade da informação ( conhecimento?), O Computador vai substituir o professor?
  • 21. Andréa Cecília Ramal (2000), diz que: A internet está trazendo consigo um novo modelo de educação, uma forma diferente de aprendizagem, e precisamos entendê-lo, apropriar-nos disso, ser protagonistas da mudança.
  • 22. A existência desta grande rede nos faz pensar na escola que temos, ainda tão fechada, limitada, desconectada do mundo, da vida do aluno; ainda tão distante da realidade de imagens, sons, cores e palavras em hipermídia que constitui a nossa vida hoje.
  • 23. Precisamos conversar sobre nossos sonhos para a escola.
  • 24. Ivan Illich – Sonhava com uma educação que fosse limitada às instituições; Jean- Jacques Rousseau - Pensava numa escola que não corrompesse o homem, deixando vir à tona o que temos de melhor; Jean Piaget – Queria que os níveis mentais fossem respeitados, sem pular etapas, para que aprendessem sem decorebas, ou queima de etapas; Freinet – sonhava com uma escola prazerosa, agradável e divertida . Paulo Freire – Sonhava com um lugar em que o saber do aluno fosse valorizado.
  • 25. Goleman – Escreve sobre uma escola que permita desenvolver o lado emocional, que tenha espaço para as artes, música, as coisas que nos tornam mais humanos.
  • 26. De repente a tecnologia entra na escola e leva o professor a questionar-se: Como é minha aula? Será que o professor vai ser substituído pelo computador?
  • 27. E Andréia Ramal responde que sim e explica que o pior de nós professores é o que vai ser substituído . A pior aula, o lado repetitivo, burocrático e por vezes até acomodado da escola, esse vamos deixar para o computador.
  • 28. Com o recurso do computador poderemos transformar exposições maçantes em aulas multimídia interativas, com telas e interfaces coloridas, atrativas à elaboração do saber.
  • 29. Neste processo segundo Andrea é necessário o professor despir-se da figura de transmissor do saber e começar a construir junto com os alunos algo novo. Muitas vezes nossos alunos serão nossos mestres, na verdade nessa nova sala de aula, todos serão mestres.
  • 30. Andréa Cecília Ramal destaca que é inútil tentar concorrer com a quantidade e qualidade de informações disponíveis na Internet . E nós já sabemos que também não podemos simplesmente ignorar a sua existência.
  • 31. Ao final do seu artigo ela afirma que precisamos reinventar a nossa profissão e articula sua proposta com os três eixos de conteúdos apontados pelos PCN: conceituais, procedimentais e atitudinais.
  • 32. A autora então propõe que um professor deve atuar: "Nos conteúdos conceituais, como arquiteto cognitivo, responsável por traçar as estratégias e definir os métodos mais adequados para que o aluno chegue a uma construção ativa do conhecimento;
  • 33. Nos conteúdos procedimentais, como dinamizador de grupos, ao ajudar os estudantes a descobrirem as formas pelas quais se chega ao saber, os processos mais eficazes e o diálogo possível entre as disciplinas,
  • 34. Gerenciando uma sala de aula na qual os estudantes, com suas diversas competências, dialogam com respeito entre si e estabelecem parcerias produtivas;
  • 35. E nos conteúdos atitudinais, como educador, comprometendo-se com o desafio de estimular a consciência crítica para que todos os recursos desse novo mundo sejam utilizados a serviço da construção uma de humanidade também nova, com base nos critérios de justiça social e respeito à dignidade humana". ( RAMAL, 2000 ).
  • 36. Bibliografia NEPOMUCENO, Carlos - A Sociedade da informação não existe. http://webinsider.uol.com.br/index.php/2009/04/01/a-sociedade-da-informacao-nao-existe/ RAMAL,Andrea – O computador vai substituir o professor. http://www.pedroarrupe.com.br/upload/OCOMPUTADORVAISUBSTITUIROPROFESSOR.pdf