Aula ministrada pelo Ev. Natalino das Neves–
IBADEP - Igreja Evangélica Assembleia de Deus de São José dos Pinhais
Curso sob a responsabilidade da CIEADEP – Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Estado
1. IBADEP
Instituto Bíblico da Assembleia de Deus no
Estado do Paraná
MISSÕES: a grande comissão
da Igreja
Lição 1 - Missiologia
Prof. Ms. Natalino das Neves
www.natalinodasneves.blogspot.com.br
2. INTRODUÇÃO
• Necessidade de entender alguns conceitos
fundamentais.
• Conhecer questões principais e a história da
missiologia.
• A natureza da tarefa missionária é em parte
imutável, em parte mutável. Será apresentado 04
aspectos imutáveis de sua natureza.
5. I. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
• Cultura
• A cultura é o conjunto de comportamento, de valores e
das crenças culturais de uma sociedade.
• Os importantes elementos de uma cultura são os
valores, conhecimento, a crença, arte, moral,
alimentação, língua, leis, costumes e quaisquer hábitos
e habilidades adquiridos pelo homem dentro da
sociedade.
6. I. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
• Etnologia:
• É o estudo comparativo das sociedades humanas em
suas diferentes culturas.
• A ideia da etnoteologia surgiu de estudos que
mostravam a religião como um importante e forte
componente cultural.
• Seu objetivo é o estudo diferencial das culturas dos
diversos grupos étnicos, revelando as variedades
consideráveis dos comportamentos e dos sistemas de
valores.
7. I. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
• Teologia transcultural:
• Como expressar as boas novas do evangelho, de forma
que o povo que as recebe tenha uma total
compreensão, sem prejuízo à mensagem verdadeira?
• Bíblia = teologia?
• A Bíblia é um documento histórico da revelação de
Deus ao homem.
• Teologia é uma explicação sistemática e histórica
das verdades da Bíblia.
8. I. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
• Teologia transcultural:
• A cultura influencia na formulação das teologias.
• As teologias são formadas por seus particulares
histórico e contexto cultural, pela língua que usam e
pelo questionamento que fazem.
• É preciso entender qual é o conceito que determinado
povo tem de Deus, afim de traçar uma teologia bíblica.
9. I. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
• Teologia transcultural:
• Existem pontes culturais comuns entre as diferentes
culturas.
• A mesma Verdade é compartilhada a todos os povos,
línguas, tribos e nações, constituindo uma família
universal de Deus.
• A Verdade de Deus transcende os limites de uma
cultura local.
• A ideia que diferentes culturas tem de Deus, e como
elas respondem à teologia cristã.
11. II. QUESTÕES PRINCIPAIS
1. A prática apostólica
2. A estrutura e a Missão da Igreja.
3. O Evangelho e as Religiões.
4. A salvação e os não-cristãos.
5. O cristianismo e a cultura.
12. II. QUESTÕES PRINCIPAIS
• A Bíblia como o mapa cultural do povo de Deus.
• A Bíblia é Cristocêntrica, e apresenta Jesus como único
caminho para Deus.
• Estas verdades bíblicas fundamentais precisam ser
contextualizadas de acordo com a cosmovisão de um
povo.
13. II. QUESTÕES PRINCIPAIS
• A contextualização e o estilo de comunicação da
mensagem contextualizada são importantes para o povo
entender, visualizar, aceitar a verdade ora comunicada.
• Conscientização - a verdade bíblica fundamental é
universal.
• Compreender a cosmovisão de um povo = distinguir
perfeitamente o que é uma verdade bíblica absoluta e o
que é um aspecto cultural que pode ser contextualizado.
• Ser humano e a luta de duas culturas interiores: do
mundo e a do reino de Deus (contracultura cristã).
15. III. HISTÓRIA
• A missiologia é uma disciplina jovem.
• Somente, a partir do século XVI surgem teorias mais
abrangentes sobre missiologia: o jesuíta José de
Acosta(1588) e o carmelita Tomás de Jesus (1613).
• Os escritos deles estimularam grandemente uma sucessão
de protestantes holandeses do século XVII: Hadrianus
Saravia, Justus Heurnius, Gisbertus Voetius e Johannes
Hoornbeeck, em especial John Eliot e William Carey,
conhecido como “o pai das missões modernas”.
16. III. HISTÓRIA
• A primeira cátedra referente a este saber foi criada em
ambiente protestante, na Universidade de Edimburgo, em
1867. Portanto, somente no século XIX.
• luteranos alemães: Karl Graul, diretor da Missão de Leipzig
e o primeiro alemão que se qualificou para o ensino
acadêmico superior nesse campo; Gustav Warneck,
considerado o fundador da ciência missionária
protestante
• No campo católico, o primeiro a abordar este estudo foi
Joseph Schmidlin (1876-1944).Como resultado de seu
trabalho, a Universidade de Münster resolveu a erigir a
cátedra de missiologia em 1911.
17. III. HISTÓRIA
• Joseph Schmidlin foi influenciado por Warneck.
• Depois da I Guerra Mundial várias universidades
protestantes abriram suas cátedras.
• De 1916 a 1974, a Pontifícia Universidade
Urbaniana de Roma publicou a Bibliotheca
Missionum, uma coleção contendo vários volumes
de estudos sobre missiologia.
18. III. HISTÓRIA
• Os evangélicos e o debate contemporâneo:
• Os evangélicos desempenharam um papel de destaque na
organização da Sociedade Americana da Missiologia (ASM),
no Scarritt College, em Nashville, estado do Tennessee, em
junho de 1972.
• A ASM veio a ser uma comunidade de estudiosos oriundos
do meio de protestantes do CMI (Conselho Mundial de
Igrejas), de católicos romanos, ortodoxos e evangélicos
não-membros do CMI.
• Ênfase bíblica no centro cristológico: o evangelho tem no
seu âmago a afirmação de que somente Jesus Cristo é
Senhor e de que Ele Se oferece para entrar na vida
daqueles que cheguem a Ele com arrependimento e fé.
19. III. HISTÓRIA
• Os evangélicos e o debate contemporâneo:
• Objetivo principal e insubstituível da missão cristã:
proclamar a Cristo e de convencer todos os povos em todos
os lugares a se tornarem Seus discípulos e membros
responsáveis de Sua Igreja.
• Incentivam a multiplicação de associações voluntárias
(estruturas missionárias) para a realização de grande
variedade de tarefas que Deus tem dado a Seu povo.
• Os evangélicos respondem cada vez mais, diante do debate
contemporâneo e dos clamores de angústia dos oprimidos
(quanto?).
20. III. HISTÓRIA
• Os evangélicos e o debate contemporâneo:
• A justiça social deve ser promovida, e as questões de
guerra, racismo, pobreza e desequilíbrio econômico devem
tornar-se a preocupação ativa e participativa daqueles que
se declaram seguidores de Jesus Cristo.
• Os missiólogos católico-romanos e ortodoxos ressaltam o
espírito caracteristicamente sacramental, litúrgico e místico
que tem enriquecido a igreja no decurso dos séculos.
21. III. HISTÓRIA
• Os evangélicos e o debate contemporâneo:
• As questões que mais lhes interessam são: como a igreja
deve cumprir o mandato do Vaticano II. Como garantir que
o Estado, a sociedade, a cultura, e até mesmo a própria
natureza, estejam dentro dos objetos reais da missão.
• Os missiólogos dessas três correntes de compreensão da
obrigação bíblica comprometem-se a escutar com
honestidade uns aos outros. E esse é um bom sinal para a
missiologia como uma “ciência” ainda em
desenvolvimento, uma “disciplina” e um “campo separado
de estudo”.
22. III. HISTÓRIA
• O que é o Conselho Mundial de Igrejas (CMI):
• O CMI é a principal organização ecumênica em nível
internacional, fundada em 1948, em Amsterdam(Holanda.
• Com sede em Genebra (Suíça), o CMI congregava em 2012,
mais de 345 igrejas e denominações em sua membresia,
que representa mais de 560 milhões de fiéis presentes em
mais de 120 países.
• O atual secretário geral do CMI é Olav Fykse Tveit, luterano
da Noruega, e o Moderador do Comitê Central é Walter
Altmann, luterano do Brasil (Porto Alegre), eleito em
fevereiro de 2006.
23. III. HISTÓRIA
• O que é o Conselho Mundial de Igrejas (CMI):
• Entre seus membros estão igrejas protestantes e ortodoxas,
também algumas pentecostais e independentes.
• A Igreja Católica não faz parte desta organização, mas tem
com ela um grupo de trabalho permanente e participa
como membro pleno de alguns departamentos, como na
Comissão de Fé e Ordem e na Comissão de Missão e
Evangelismo.
• Tem como objetivo trazer a uma só mesa de diálogo todas
as grandes famílias cristãs: ortodoxa, católica, anglicana e
protestante (incluindo esta última aos pentecostais e
evangélicos).
24. III. HISTÓRIA
• O que é o Conselho Mundial de Igrejas (CMI):
• Atualmente existem mais de 38 mil tipos de denominações
cristãs diferentes (Revista Enfoque Gospel, Edição 84, jul
2008).
• O CMI considera missão, diálogo teológico e ação social
como partes integrantes da responsabilidade que as igrejas
têm (Revista Enfoque Gospel, Edição 84, jul 2008).
25. GABARITO – Parte 1
QUESTÃO RESPOSTA
1 A
2 B
3 C
4 D
5 B
6 C
7 C
8 C
27. IV. A NATUREZA DA TAREFA MISSIONÁRIA
• A tarefa missionária, em parte é imutável, em
parte é relativa e adaptável.
• Serão apresentados quatro aspectos da natureza
imutável da tarefa missionária.
28. IV. A NATUREZA DA TAREFA MISSIONÁRIA
• A tarefa missionária é espiritual:
• Comprometida com o Espírito Santo.
• ES – administra e efetiva a salvação, bem como as missões.
• Tanto um conforto (confiança nEle) como um desafio
(comunhão com Ele).
• Tarefa espiritual que somente pode ser realizada com
auxílio do ES.
• Livro de Atos = Atos do Espírito Santo.
29. IV. A NATUREZA DA TAREFA MISSIONÁRIA
• A tarefa missionária é bíblica:
• Plano universal de Deus para salvação = atividade
missionária.
• Professor de Bíblia = missões.
• Interpretação bíblica adequada x eficácia da atividade
missionária.
• Mensagem missionária = conteúdo da Bíblia.
• Preparação do missionário (conhecimento bíblico/missão).
• Grande Comissão = estrutura básica e elementos
fundamentais do desígnio missionário.
30. IV. A NATUREZA DA TAREFA MISSIONÁRIA
• A tarefa missionária é feita por fé:
• Cristianismo, uma religião de fé.
• Fé = Bíblia como Palavra de Deus e tarefa missionária como
propósito e vontade de Deus.
• “Sem fé é impossível agradar a Deus”.
• Fé como suporte para aliviar os fardos, frustações e
desapontamentos da tarefa missionária.
• Missionários = homens de fé.
• Fé sendo desenvolvida e cultivada.
31. IV. A NATUREZA DA TAREFA MISSIONÁRIA
• A tarefa missionária é humana:
• Deus escolheu instrumentos humanos para a realização
missionária.
• Ser humano vive em sociedade, dentro de uma cultura
específica. Deve ser influenciado dentro de sua própria
cultura.
• Adaptação cultural necessária para a identificação, muito
mais do que o idioma.
• Jesus se fez homem para dialogar com o ser humano (Fp
2:5-11). Nascido em Israel, viveu como um judeu.
• Exemplo de Paulo em 1Co 9:16-23)
32. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Nesta lição aprendemos que:
1. Não temos como desconsiderarmos a
cultura, quando se fala em missões.
2. Missiologia é uma disciplina jovem, pois foi
tratada como tal somente no século XIX.
3. A tarefa missionária é espiritual, bíblica,
feita por fé e humana.
33. GABARITO – Parte 2
QUESTÃO RESPOSTA
9 B
10 D
11 C
12 A
13 C
14 C
15 E
16 C
34. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS. Disponível em:
<http://www.oikoumene.org/es/about-us/faq#-cu-l-es-la-finalidad-del-
cmi->. Acesso em 28 mai 2013.
ETNOLOGIA. Disponível em: <http://instituto.antropos.com.br/v3/>.
Acesso em 28 mai 2013.
IBADEP. Missões: a grande comissão da Igreja. Guaíra: IBADEP, 2004.
MISSIOLOGIA. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Missiologia
>. Acesso em 28 mai 2013.
PERRIN, Christine Lenemann. Missão e diálogo inter-religioso. São
Leopoldo: Sinodal, CEBI, 2005.
SILVA, Cácio. Fenomenologia da religião: compreendendo as ideias
religiosas a partir das suas manifestações. Goânia: Transcultural Editora
e Livraria, 2009.