SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 31
LINGUAGE
            M PADRÃO

  Aumenta                                  Diminui

             Padrão de Persuasão



Linguagem Culta


            Situação (formal / informal)
Questão 1:
Os jornalistas convocaram o governador para debater publicamente alguns atos de
seu governo.
O governador recusou-se ao debate por uma questão de honra.
Os jornalistas retrucaram que exatamente por uma questão de honra é que ele
deveria comparecer.
Como se nota, os jornalistas e o governador usaram o mesmo argumento para
justificar duas atitudes opostas.
Por que é possível essa contradição?


Questão 2:
Podemos ter esperança de um glorioso futuro para a nossa pátria. O Brasil pode
considerar-se privilegiado em relação aos outros países do mundo: aqui não existe
preconceito racial, não temos problemas de catástrofes, não temos diferenças de
idioma, o povo é ordeiro e pacífico.
Qual é o inconveniente de um tipo de argumentação como essa?
Questão 3:
Quando se fala em liberdade de expressão, é preciso tomar cuidado, porque
liberdade é uma coisa e libertinagem outra. Se não houver nenhum tipo de
censura, estabelece-se a anarquia e a baderna.
Sem levar em conta a opinião de quem argumenta, você acha o esquema
argumentativo bem montado?
UMA FESTA
   Inesperadamente, recebi um convite aquela tarde. A festa seria á tarde e eu não
estava decidida se compareceria ou não.
   A festa, pelo que continha o convite, era de pessoas que vagamente conhecia, ou
mesmo, desconhecia. Um amigo, porém, é quem me convidava. As relações entre
amigos deve ser mantida com o tempo, o máximo possível – assim pensei. Resolvi,
então ir.
   Muitas surpresas ao encarar pessoas diversas e desconhecidas.
   Chegando, só e temerosa, procurei me acomodar e relaxar, pois estava tensa.
   Muitos encontros e surpresas. Pensamentos corriam na minha mente, e às vezes,
me perguntava o que fazia naquele instante ali, sentada. Apenas algumas trocas de
palavras com pessoas que me rodeavam. Meu amigo, ah! Esse não foi. Desculpou-se
num tempo posterior.
   Tudo isso resultou e trouxe muitas análises e impressões.
    Pensava o que significava estar eu, naquela hora, presente na festa, sem poder
trocar idéias com as pessoas. Tentei, então me aproximar delas. Foi inútil.
   Esperava, pelo menos, poder rever meu amigo, essa talvez a única razão de minha
presença na festa.
  Contudo, isso mostrou-me o quão é importante as relações amigas que devemos
manter com pessoas ou poder, ao menos, conhecê-las.
Questão 1:
   Nas linhas de 1 a 6, o narrador diz ter recebido inesperadamente um convite.
   a) Trata-se de um convite formal e impresso, endereçado ao narrador pelo
promotor da festa, ou de um convite verbalmente feito pelo amigo?
   b) Há coerência nesta passagem?


Questão 2:
   Do modo como conduz a narrativa, o narrador destaca, como único valor nesse
contexto, a figura do amigo: afirma ter ido à festa para preservar a relação com ele.
   Revê-lo era tão importante que valia o sacrifício de fazer um programa no qual ela
não tinha o menor interesse.
   Diante disso, é estranho o fato de ela não ter manifestado nenhuma decepção
perante o fato de ele não ter comparecido?
Questão 3:
    No percurso da narrativa, o narrador relata alguma situação em que tenha
feito bons contatos ou alguma ocasião em que se tenha relacionado
amigavelmente com alguém?


Questão 4:
   A conclusão contida nas linhas 19-23 tem alguma relação de implicação com
os episódios relatados no percurso da narrativa?


Questão 5:
   A partir da resposta dada à questão 5, você diria que o narrador soube
explorar bem o expediente de argumentação pelo exemplo, partindo de fatos
concretos para chegar a uma conclusão geral?
O BEM AMADO
Odorico – Data vênia e botando de lado os ora-veja e os virgem-Santíssima,
devo dizer que estou deverasmente estupefacto com tudo que acabo de
escutar.
Vigário – Nós estivemos lá. Coronel, eu e o padre Rugero. E vimos com nossos
próprios olhos.
Odorico – Viram o que?
Vigário – Uma casa foi incendiada.
Rugero – E outros posseiros foram ameaçados.
Odorico – Pelo respeito que tenho a Vossa Reverendíssima e pelo amor que
tenho à lei e á justiça, vou mandar apurar. Todos sabem que sou contra a
violência, venha ela da ponta esquerda ou da ponta direita, da lateral ou do
meio de campo. Emboramente haja no caso certos relevantes... (Odorico faz
uma pausa de efeito.) Alguns desses posseiros apresentaram a Vossas
Reverendíssimas um título, um documento qualquer da propriedade?
Rugero – Nas senhor Prefeito, é gente que está la há vários anos, trabalhando,
cultivando a terra.
Vigário – E, ao que me consta, são terras devolutas.

Odorico (Sorri) – Aí é que a porca torce o rabo... (tira da gaveta uma cópia de
registro – uma folha tamanho ofício dentro de uma pasta de cartolina de cartório,
como uma escritura) Aqui está o título de propriedade, devidamente registrado no
Registro de Imóveis da comarca. Todo o Descampado me pertence.

Vigário (Examina rapidamente o documento) – Desde quando?

Odorico – Desde sempre. Tanto que há anos venho pagando o imposto territorial
correspondente.

(O Vigário troca um olhar com o padre Rugero, como se desconfiasse da
autenticidade do documento, mas nada pudesse fazer.)

Vigário – Mas este título o senhor só conseguiu agora.

Odorico – Esse é um considerando cronológico que não vem ao caso. O primeiro
homem a sujar as mãos nessa terra morna e cariciosa de Sucupira dói um
Paraguaçu. E é deverasmente contristante a ingratitude dessa gente a quem
permiti ususfruir de um bem que sempre pertenceu à minha família. Desde os
mais antigos antigamentes. Mas é no que dá a gente ser bom, ter a alma lavada e
passada na caridade cristã. Essa minha mania de querer dividir tudo que é meu
com os pobre...
Rugero – Se é assim, por que o senhor não distribui títulos de propriedade com
  todos os posseiros?

Odorico – Primeiramente, porque não quero entrar em choque com o INCRA, a
  quem compete fazer a Reforma Agrária: segundamente, porque acabo de
  vender todo o Descampado a uma grande companhia, a Internacional
  Agropecuária S.A.

                                       GOMES, Dias. Dias Gomes. Org. por Samira
                                 Campedelli. São Paulo, Abril Educação, 1982. p. 62-3
a) Considerada do ponto de vista do produtor do texto, a exploração dos
desencontrados padrões de linguagem foi muito feliz. De fato, o produtor dessa peça
teatral usou a própria linguagem de Odorico, cheia de incoerências, para ridicularizar
o caráter demagógico e a hipocrisia de Odorico Paraguaçu. Nesse sentido, o
produtor da peça conseguiu refletir o caráter de Odorico através da exploração da
sua linguagem.

b) Do ponto de vista do personagem Odorico, seu padrão de linguagem é
completamente equivocado, já que ele, ao misturar usos que não se combinam
entre si, cai no ridículo.


    Mas é preciso ressaltar que, da parte de Odorico, existe a consciência de que,
para falar com dois sacerdotes, é preciso usar um padrão de linguagem
diferenciado, embora ele não tenha sabido fazê-lo. Por isso perdeu o seu poder de
persuasão e não conseguiu o efeito desejado.
A passagem aqui transcrita simula uma entrevista num desses conhecidos
programas de variedades da televisão brasileira, realizados na presença do
auditório. O entrevistado é o poeta Castro Alves, e os entrevistadores, uma cantora
jovem, um jornalista, um cantor jovem, um dos telespectadores, todos mediados pelo
apresentador do programa.


Apresentador – Sua perguntinha, minha querida.
Cantora – Castro Alves, onde e quando você nasceu?
Castro Alves – Sou baiano. Nasci às 10 horas da manhã, de um domingo, dia 14 de
março de 1847, na fazenda Cabaceiras, à margem do Rio Paraguaçu, sete léguas
distante de Curralinhos, hoje cidade que tem meu nome.
Apresentador – O representante dos jornalistas (Palmas). Rápido, por favor.
Jornalista - Castro Alves, você se considera mais um poeta lírico do que um poeta
engajado, ou vice-versa?
Castro Alves – Considero-me um poeta, integrado no meu tempo. Cantei a natureza,
a mulher, o amor e vivi a causa do meu século: entreguei-me inteiro à causa dos
escravos.
Apresentador – Muito bem... O representante dos cantores da juventude (Palmas,
gritos).
Cantor jovem – bicho. Você continua curtindo essa de sentir o borbulhar do gênio?
Castro Alves – Não, bicho. A chama se apagou. Com ela a vida e a minha poesia...
Há outros, muitos outros com suas estórias, sua arte, seu amor. O meu foi feito,
ficou.
Cantor jovem – você acha, então, bicho, que sua poesia já era?
Castro Alves – Minha poesia é. Morre o poeta, não morre a poesia. Esta continua, no
canto feito, no canto sendo feito, no canto futuro...
A tua guitarra, quem sabe?
(...)
Apresentador – O representante dos telespectadores.
(...)
Telespectador – Pois não... Senhor Castro Alves, eu conhecia o senhor muito de
nome, mas prá falar a verdade, não conhecia muita coisa sua não... Sabia do “Navio
dos Negreiros” e a ... Como é... A... A... “Canção da África” ...
Jornalista – “Vozes d´África”.
Telespectador – Pois é, essa daí... Gostei viu? Gostei muito... Cheio de
dramaticidade, muita verdade também... A verdadeira poesia realista...
Jornalista – Não diz bobagem.
Telespectador – Bobagem, não, péra aí. Eu me explico como eu sei... (Palmas)
Apresentador – Vamos por ordem, meus amigos. Cada qual tem sua vez.
Continue, rapidinho, sim...
Telespectador – Admiro um jornalista falar dessa maneira... Não tenho cultura,
mas tenho educação, eu... Olha aí... fez até eu perdê o fio da meada... Ah, sim...
Pois é... Só conhecia essas. Mas prá vim pro programa, peguei uns livros aí e li.
E fiquei espantado, com toda a sinceridade. Espantado com as poesias prás
mulheres. Eu queria perguntá pro senhor, com todo o respeito, afinal de contas
eu não sou nenhum letrado, o senhor é, até poeta... Mas eu pergunto: é possível
amã tanta mulher assim numa noite só?
(...)
Questão 1:
Ao se dirigir ao cantor jovem. Castro Alves usa o tratamento bicho, a única gíria
que ocorreu na sua fala. Que efeito pretendeu o poeta com isso?

Questão 2:
Logo no início do texto, o apresentador, dirigindo-se à cantora jovem, explora dois
recursos muito comumente usados no tratamento com crianças.
a)Quais são esses dois recursos?
b)Que efeito isso produz?

Questão 3:
O cantor jovem usa gírias próprias do seu repertório linguístico.
a)Cite algumas delas.
b)Todas essas gírias continuam circulando hoje com a mesma força que tinham na
época?

Questão 4:
Na fala do telespectador, ao contrário da de Castro Alves, há muito uso típicos da
fala coloquial popular, que apresenta muitas diferenças em relação à chamada
norma culta. Indique dois usos da fala coloquial popular que aparecem no texto.
Questão 5:
Ao procurar explorar a fala coloquial e popular do telespectador, o produtor do
texto, às vezes, comete deslizes, caracterizando algumas incoerências.
    Se o telespectador fala perdê em vez de perder, perguntá por perguntar, é
coerente que ele diga: “Admiro um jornalista falar dessa maneira”? Como se
manteria a coerência no caso?

Questão 6:
Ao se referir a Castro Alves, o telespectador é o único dos entrevistados que usa o
tratamento senhor, em contraste com os demais, que usam você. Ao usar esse
tipo de tratamento, que imagem ele projeta de si mesmo em relação ao poeta?

Questão 7:
O telespectador é o único entrevistador que é corrigido e ridicularizado por outro
entrevistador. Qual a razão desse tipo de atitude?
O PARÁGRAFO

Descrição        Objeto escrito


Narração         Cada fato ou consequência narrada


Dissertação      Argumento ou raciocínio


                 A EXTENSÃO DO PARÁGRAFO



 Conter apenas                             Alongar-se em uma página
                                           inteira.
 uma frase

                                            * Não se usa
                                            parágrafos muito
                                            longos
“Ação Linguística dos meios de comunicação de massa”
                                     Meio de comunicação

               Educação geral                                    Educação lingüística
                                    Tecnologia empregada
     Com o auxílio do professor esses meios desenvolvem a expressão, o senso crítico e a
                                    capacidade do aluno


Jornais e    Rádio              Música       Televisão             Difunde a pronúncia padrão
Revistas                        popular                            e o vocabulário básico do
             Usos orais da                   Influi no atual
                                brasileira                         Centro-sul (salvo
novas        língua                          estádio da
formas de    Comunicação:       Base de      sociedade             reportagens
comunicar,   linguagem          estudo de    brasileira.           locais/regionais)
tipos de     falada, enfatiza   nossas
                                             Facilidade de         Informações veiculadas
discurso     a empatia,         raízes
                                             recepção de           pela TV deve ser
             registros e        culturais
                                             imagem num país       integrada no processo
             níveis
                                             com grande            escolar para que se
             populares,
                                             número de             aproveite as possibilidade
             regionais e
                                             iletrados e pouco     de motivação e
             informais
                                             interesse pela        sensibilização.
                                             cultura escrita
QUALIDADES DO PARÁGRAFO


                TEXTO


        Tema deve ser o mesmo

     Inicia-se um novo parágrafo

         Não se muda de assunto


        Os argumentos é que se vão
               modificando




explicar, esclarecer, transmitir idéias, clareza
Entre as qualidades do parágrafo, destacam-se:


   Unidade: Apenas uma idéia principal no parágrafo

Coerência: A organização deve ser evidente, de forma que
 destaque o que é principal. Deve haver RELAÇÃO DE
   SENTIDO entre as idéias secundárias e a principal.

  Concisão: Não entender muito as exemplificações e os
 desdobramentos da idéia principal. A concisão não pode
                  prejudicar a clareza.

 Clareza: Depende da escolha das palavras para uma fácil
          compreensão e uma leitura agradável.
Mudança de parágrafo


                        Transição de um parágrafo


                            Não pode ser brusca



           Deve haver um encadeamento lógico entre os parágrafos


           Às vezes, é indispensável o acréscimo de um parágrafo de
           transição para que a sucessão de idéias seja harmoniosa.

  Obs: O texto não deve apresentar parágrafos Repetitivos.
            Isso o torna redundante e cansativo.


Texto: TEMPO INCERTO (página 102)
Estrutura do Parágrafo


 O Parágrafo é um microtexto: não prescinde de delimitação do assunto
                        e fixação do objetivo.


    O Método para apresentar a delimitação do assunto e a fixação
                 objetivo é responder as perguntas:
a) O que? (DELIMITAÇÃO)
b) Para quê? (FIXAÇÃO DO OBJETIVO)


  Como em um texto, o parágrafo deve conter: Introdução, desenvolvimento
                              e conclusão.
FRANGOS

          “Hoje não se diz mais ‘cercou um frango’, diz-se ‘engoliu um frango’.
Há quem confunda uma coisa com outra e, confundindo-as o torcedor tinha
mais graça. A expressão ‘cercou um frango’ era realmente perfeita. Quando
alguém na arquibancada, pela primeira vez, gritou ‘cercou um frango’, todo
mundo viu o frango, o gesto familiar de cercar um frango, o quíper de braços
abertos, acocorado, cerca a bola daqui, cerca a bola dali, a bola aos saltos,
fugindo, como um frango. Não se sente o mesmo no ‘engoliu um frango’,
embora o torcedor vá ao ponto de, às vezes, medir ou pesar o frango. Este não
foi frango, foi alguma galinha, e das gordas. Ou este foi um peru, e argentino. A
verdade é que antes mesmo de se dizer ‘cercou um frango’, o torcedor, em
relação ao gol, já pensava no verbo engolir ou comer, mais em comer do que
engolir. A prova está no apelido de ‘Guloso’ que se deu a um quíper da
Mangueira.” (MÁRIO FILHO, 1994:150)


     Em seguida: O assunto é enunciado na Introdução, no desenvolvimento
   justifica-se a informação inicial e a conclusão está intimamente relacionada
              com as partes anteriores: introdução e desenvolvimento.
TÓPICO FRASAL

                  Introdução                    Tópico Frasal


                  Anuncia a idéia-núcleo do parágrafo

                     Atraente para estimular a leitura


                               Tópico Frasal


Casos novos            Dissertação          Descrição           Narração
O tópico frasal                                                 Diluído no
aparece no                                                      desenvolvimen
final ou meio                                                   to do parágrafo
do parágrafo
                                  Nítidos
Exemplo de tópico frasal:



O CLIMA:


         “O clima europeu e a paisagem de montanha não são o
único charme da serra fluminense. Tanto ou mais que o ar puro e os
encantos da natureza, a Serra dos Órgão é um apelo tentador, quase
escondido, aos prazeres da mesa. Na região entre Petrópolis e
Teresópolis, formou-se um pólo gastronômico onde a boa comida se
alia ao cenário privilegiado. É o Vale dos Gourmets, como foi
apelidada a região de Araras, Correias e Itaipava. Lá predomina uma
versão brasileira dos restaurantes de patrão, como os franceses
chamam os estabelecimentos onde o dono supervisiona a cozinha e
administra o negócio, contando com a ajuda da mulher e dos filhos.
São restaurantes familiares, construídos na sala de jantar da casa do
dono, que recebe os clientes como se fossem visitas” (LEITTE,
Virginie. Revista Veja, nº 31,29-7-92, p.69.)
DESENVOLVIMENTO


  Esclarecimento do          Desenvolvimento                 Idéias secundárias
    tópico frasal

                             Desdobramento
                             do tópico frasal
   Ele se divide em:

                         Explicação da declaração inicial
Resposta à
interrogação, etc.                                          Ordenação por
                           Desenvolvimento                  causa-consequência


        Ordenação por                                 Ordenação por
        exemplificação        Ordenação por           contraste
                              enumeração
Conclusão:    • Nem sempre é explícita
              • Normalmente em parágrafos de textos dissertativos:
              expõem idéias, discutem problemas, defendem opiniões,
              analisam fatos.
              • Está sempre no final do texto.

Exemplo de conclusão em um parágrafo:

Texto: O português calão (página 105)
Formas de desenvolvimento do parágrafo

A) Explicação da declaração inicial: consiste no desdobramento da
afirmação ou negação do tópico frasal.
  Texto: Em Essência... (Páginas 105/106)
B) Causa – Consequência: Uma idéia supõe a outra, pois são conceitos
interdependentes.
O conjunto causa-consequência aparece de forma explícita ou implícita.
Explicitamente com

 Conectivos de causalidade               Porque, visto que, como, já
                                         que etc.

 termos de conotação causal              Porquê, motivo, razão, causa,
                                         acarretar, provocar etc.

 conectivos de consequência              Logo, portanto, por
                                         conseguinte etc.

 Termos de conotação                     Por consequência, em
 consecutiva                             resultado, resultar, etc.
C) Ordenação por contraste     Desenvolvimento por confronto,
                                antítese ou oposição

Objetivo: Apontar diferenças, estabelecer oposições e chegar ao
esclarecimento.
O Desenvolvimento por contraste, também se apresenta de forma
Explícita ou Implícita. Explicitamente com:
 conectivos adversários                  Mas, porém, todavia,
                                         contudo, entanto, entretanto.

 conectivos proporcionais                Enquanto, ao passo que, à
                                         proporção que etc.

 conectivos comparativos                 que, do que

 certas expressões adverbiais            Em contraste, em oposição,
                                         ao contrário, aqui, ali, de um
                                         lado, de outro, contrariamente
                                         etc.

 conectivos concessivos                  Embora, ainda que, se bem
                                         que etc.
Implicitamente com:

 Texto: Enquanto... (página 107)

D) Ordenação por Enumeração: Ordenação minuciosa, pelo detalhamento
de idéias ou argumentos. Manifesta-se com relação de temas, com
expressões de tempo, lugar, com sequência de numerais (ordinais).

 Texto: BUMBA-MEU-BOI (página 108)

E) Ordenação por Exemplificação: Está intimamente ligada à enumeração.
Seria um tipo de enumeração.

 Texto: Lei de passagem... (página 109)

F) Resposta à interrogação: Busca desenvolver o parágrafo em forma de
resposta à pergunta inicial.

   Texto: Quantas Odisséias ... (página 109)
Organização do Texto: Coesão entre os Parágrafos



      Encadeamento das idéias mestras em cada Parágrafo


  Constrói a organização do texto e o Equilíbrio entre suas partes




                  Assunto claro e compreensível


Texto: A CASA MATERNA (páginas 110 e 111)
(1º P.) Descrição
                                 aspecto exterior.
(5º P.) Figura paterna,
completa-se o ciclo
familiar.

                                                     (2º P.) Descrição
                            Casa materna
                                                     aspecto interior
(4º P.) ??? Da descrição:
Lembranças da Infância

                                   (3º P.) Descrição
                                   aspecto interior (mais
                                   generalizado)

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Intencionalidade e significação do discurso literario em "A Hora
Intencionalidade e significação do discurso literario em "A Hora Intencionalidade e significação do discurso literario em "A Hora
Intencionalidade e significação do discurso literario em "A Hora Ellen Oliveira
 
O entre lugar feminino a metáfora da identidade da mulher no espaço bélico en...
O entre lugar feminino a metáfora da identidade da mulher no espaço bélico en...O entre lugar feminino a metáfora da identidade da mulher no espaço bélico en...
O entre lugar feminino a metáfora da identidade da mulher no espaço bélico en...UNEB
 
O Bandeirante - n.221 - Abril de 2011
O Bandeirante - n.221 - Abril de 2011O Bandeirante - n.221 - Abril de 2011
O Bandeirante - n.221 - Abril de 2011Marcos Gimenes Salun
 
Cultura falada ii ciclo
Cultura falada ii cicloCultura falada ii ciclo
Cultura falada ii cicloKairos Cultura
 
Manancial por Benjamin
Manancial por BenjaminManancial por Benjamin
Manancial por BenjaminPlínio Reis
 
AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013
AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013
AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013oficinativa
 
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...Ellen Oliveira
 
APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM 2012. LINGUAGENS SUAS TECNOLOGIAS E SEUS CÓDIGOS.
APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM 2012. LINGUAGENS SUAS TECNOLOGIAS E SEUS CÓDIGOS.APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM 2012. LINGUAGENS SUAS TECNOLOGIAS E SEUS CÓDIGOS.
APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM 2012. LINGUAGENS SUAS TECNOLOGIAS E SEUS CÓDIGOS.Antônio Fernandes
 
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010Marcos Gimenes Salun
 
30 Anos e 45 dias no Exército Brasileiro
30 Anos e 45 dias  no Exército Brasileiro30 Anos e 45 dias  no Exército Brasileiro
30 Anos e 45 dias no Exército BrasileiroLuis Guerra
 
30 Anos e 45 dias de serviço no Exército Brasileiro.
30 Anos e 45 dias de serviço no Exército Brasileiro.30 Anos e 45 dias de serviço no Exército Brasileiro.
30 Anos e 45 dias de serviço no Exército Brasileiro.ANTONIO705
 
Modulo 2015.2 revisado
Modulo 2015.2 revisadoModulo 2015.2 revisado
Modulo 2015.2 revisadopibidbar
 

La actualidad más candente (20)

Intencionalidade e significação do discurso literario em "A Hora
Intencionalidade e significação do discurso literario em "A Hora Intencionalidade e significação do discurso literario em "A Hora
Intencionalidade e significação do discurso literario em "A Hora
 
O entre lugar feminino a metáfora da identidade da mulher no espaço bélico en...
O entre lugar feminino a metáfora da identidade da mulher no espaço bélico en...O entre lugar feminino a metáfora da identidade da mulher no espaço bélico en...
O entre lugar feminino a metáfora da identidade da mulher no espaço bélico en...
 
5
55
5
 
Música e ensino de ciências
 Música e ensino de ciências Música e ensino de ciências
Música e ensino de ciências
 
O Bandeirante - n.221 - Abril de 2011
O Bandeirante - n.221 - Abril de 2011O Bandeirante - n.221 - Abril de 2011
O Bandeirante - n.221 - Abril de 2011
 
Cultura falada ii ciclo
Cultura falada ii cicloCultura falada ii ciclo
Cultura falada ii ciclo
 
Entrevistas
EntrevistasEntrevistas
Entrevistas
 
Manancial por Benjamin
Manancial por BenjaminManancial por Benjamin
Manancial por Benjamin
 
ROTEIROS DE DISCUSSÃO - SD 2016.2
ROTEIROS DE DISCUSSÃO - SD 2016.2ROTEIROS DE DISCUSSÃO - SD 2016.2
ROTEIROS DE DISCUSSÃO - SD 2016.2
 
Variação linguística
Variação linguísticaVariação linguística
Variação linguística
 
AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013
AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013
AfroPoemas, Biblioteca do CEU 3 Pontes, nov 2013
 
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM LETRAS: O PROJETO “CICLO LITERATUR...
 
Pontuação 2011
Pontuação 2011Pontuação 2011
Pontuação 2011
 
APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM 2012. LINGUAGENS SUAS TECNOLOGIAS E SEUS CÓDIGOS.
APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM 2012. LINGUAGENS SUAS TECNOLOGIAS E SEUS CÓDIGOS.APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM 2012. LINGUAGENS SUAS TECNOLOGIAS E SEUS CÓDIGOS.
APOSTILA PREPARATÓRIA ENEM 2012. LINGUAGENS SUAS TECNOLOGIAS E SEUS CÓDIGOS.
 
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
 
30 Anos e 45 dias no Exército Brasileiro
30 Anos e 45 dias  no Exército Brasileiro30 Anos e 45 dias  no Exército Brasileiro
30 Anos e 45 dias no Exército Brasileiro
 
Chicos 41 - Dezembro 2014
Chicos 41 - Dezembro 2014Chicos 41 - Dezembro 2014
Chicos 41 - Dezembro 2014
 
Pontuação
PontuaçãoPontuação
Pontuação
 
30 Anos e 45 dias de serviço no Exército Brasileiro.
30 Anos e 45 dias de serviço no Exército Brasileiro.30 Anos e 45 dias de serviço no Exército Brasileiro.
30 Anos e 45 dias de serviço no Exército Brasileiro.
 
Modulo 2015.2 revisado
Modulo 2015.2 revisadoModulo 2015.2 revisado
Modulo 2015.2 revisado
 

Similar a Textos e pretextos[1]

VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaElza Silveira
 
LP_CIE_2série_Gab.pdf
LP_CIE_2série_Gab.pdfLP_CIE_2série_Gab.pdf
LP_CIE_2série_Gab.pdfProfJC3
 
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdfaula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdfJacquelineAssis3
 
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.pptTEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.pptEliandaVianadaSilva1
 
linguagens para o enem n 3
   linguagens para o  enem n  3   linguagens para o  enem n  3
linguagens para o enem n 3PATRICIA VIANA
 
PI² - Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Numero 5
PI² - Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Numero 5PI² - Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Numero 5
PI² - Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Numero 5Luiz Carlos Barata Cichetto
 
Universidade estadual da paraíba pibid
Universidade estadual da paraíba   pibidUniversidade estadual da paraíba   pibid
Universidade estadual da paraíba pibidMaria das Dores Justo
 
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO Ana Lopes 8ºA Nº4
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO  Ana Lopes 8ºA Nº4Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO  Ana Lopes 8ºA Nº4
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO Ana Lopes 8ºA Nº4Clara Veiga
 
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO Ana Lopes 8ºA Nº4
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO  Ana Lopes 8ºA Nº4Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO  Ana Lopes 8ºA Nº4
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO Ana Lopes 8ºA Nº4guestf08ea4
 
Prova por-3 em-noite
Prova por-3 em-noiteProva por-3 em-noite
Prova por-3 em-noiteBreno Fostek
 
Prova por-3 em-noite
Prova por-3 em-noiteProva por-3 em-noite
Prova por-3 em-noiteBreno Fostek
 
Gonzaga Barbosa
Gonzaga Barbosa Gonzaga Barbosa
Gonzaga Barbosa Ze Legnas
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 19-20
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 19-20Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 19-20
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 19-20luisprista
 
Conceitos de Comunicação 03.pptx
Conceitos de Comunicação 03.pptxConceitos de Comunicação 03.pptx
Conceitos de Comunicação 03.pptxVivian Marxreiter
 

Similar a Textos e pretextos[1] (20)

VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíStica
 
LP_CIE_2série_Gab.pdf
LP_CIE_2série_Gab.pdfLP_CIE_2série_Gab.pdf
LP_CIE_2série_Gab.pdf
 
Aula cursinho
Aula cursinhoAula cursinho
Aula cursinho
 
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdfaula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
 
atividades-2018.ppt
atividades-2018.pptatividades-2018.ppt
atividades-2018.ppt
 
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.pptTEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
 
linguagens para o enem n 3
   linguagens para o  enem n  3   linguagens para o  enem n  3
linguagens para o enem n 3
 
PI² - Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Numero 5
PI² - Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Numero 5PI² - Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Numero 5
PI² - Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Numero 5
 
498 an 22_outubro_2014.ok
498 an 22_outubro_2014.ok498 an 22_outubro_2014.ok
498 an 22_outubro_2014.ok
 
Universidade estadual da paraíba pibid
Universidade estadual da paraíba   pibidUniversidade estadual da paraíba   pibid
Universidade estadual da paraíba pibid
 
fernando pessoa
 fernando pessoa fernando pessoa
fernando pessoa
 
Aula 22.11
Aula 22.11Aula 22.11
Aula 22.11
 
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO Ana Lopes 8ºA Nº4
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO  Ana Lopes 8ºA Nº4Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO  Ana Lopes 8ºA Nº4
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO Ana Lopes 8ºA Nº4
 
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO Ana Lopes 8ºA Nº4
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO  Ana Lopes 8ºA Nº4Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO  Ana Lopes 8ºA Nº4
Modos LiteráRios E Textos LiteráRios Ou NãO Ana Lopes 8ºA Nº4
 
Prova por-3 em-noite
Prova por-3 em-noiteProva por-3 em-noite
Prova por-3 em-noite
 
Prova por-3 em-noite
Prova por-3 em-noiteProva por-3 em-noite
Prova por-3 em-noite
 
Gonzaga Barbosa
Gonzaga Barbosa Gonzaga Barbosa
Gonzaga Barbosa
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 19-20
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 19-20Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 19-20
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 19-20
 
Acre 012 Ouro Preto - MG
Acre 012 Ouro Preto - MGAcre 012 Ouro Preto - MG
Acre 012 Ouro Preto - MG
 
Conceitos de Comunicação 03.pptx
Conceitos de Comunicação 03.pptxConceitos de Comunicação 03.pptx
Conceitos de Comunicação 03.pptx
 

Textos e pretextos[1]

  • 1. LINGUAGE M PADRÃO Aumenta Diminui Padrão de Persuasão Linguagem Culta Situação (formal / informal)
  • 2. Questão 1: Os jornalistas convocaram o governador para debater publicamente alguns atos de seu governo. O governador recusou-se ao debate por uma questão de honra. Os jornalistas retrucaram que exatamente por uma questão de honra é que ele deveria comparecer. Como se nota, os jornalistas e o governador usaram o mesmo argumento para justificar duas atitudes opostas. Por que é possível essa contradição? Questão 2: Podemos ter esperança de um glorioso futuro para a nossa pátria. O Brasil pode considerar-se privilegiado em relação aos outros países do mundo: aqui não existe preconceito racial, não temos problemas de catástrofes, não temos diferenças de idioma, o povo é ordeiro e pacífico. Qual é o inconveniente de um tipo de argumentação como essa?
  • 3. Questão 3: Quando se fala em liberdade de expressão, é preciso tomar cuidado, porque liberdade é uma coisa e libertinagem outra. Se não houver nenhum tipo de censura, estabelece-se a anarquia e a baderna. Sem levar em conta a opinião de quem argumenta, você acha o esquema argumentativo bem montado?
  • 4. UMA FESTA Inesperadamente, recebi um convite aquela tarde. A festa seria á tarde e eu não estava decidida se compareceria ou não. A festa, pelo que continha o convite, era de pessoas que vagamente conhecia, ou mesmo, desconhecia. Um amigo, porém, é quem me convidava. As relações entre amigos deve ser mantida com o tempo, o máximo possível – assim pensei. Resolvi, então ir. Muitas surpresas ao encarar pessoas diversas e desconhecidas. Chegando, só e temerosa, procurei me acomodar e relaxar, pois estava tensa. Muitos encontros e surpresas. Pensamentos corriam na minha mente, e às vezes, me perguntava o que fazia naquele instante ali, sentada. Apenas algumas trocas de palavras com pessoas que me rodeavam. Meu amigo, ah! Esse não foi. Desculpou-se num tempo posterior. Tudo isso resultou e trouxe muitas análises e impressões. Pensava o que significava estar eu, naquela hora, presente na festa, sem poder trocar idéias com as pessoas. Tentei, então me aproximar delas. Foi inútil. Esperava, pelo menos, poder rever meu amigo, essa talvez a única razão de minha presença na festa. Contudo, isso mostrou-me o quão é importante as relações amigas que devemos manter com pessoas ou poder, ao menos, conhecê-las.
  • 5. Questão 1: Nas linhas de 1 a 6, o narrador diz ter recebido inesperadamente um convite. a) Trata-se de um convite formal e impresso, endereçado ao narrador pelo promotor da festa, ou de um convite verbalmente feito pelo amigo? b) Há coerência nesta passagem? Questão 2: Do modo como conduz a narrativa, o narrador destaca, como único valor nesse contexto, a figura do amigo: afirma ter ido à festa para preservar a relação com ele. Revê-lo era tão importante que valia o sacrifício de fazer um programa no qual ela não tinha o menor interesse. Diante disso, é estranho o fato de ela não ter manifestado nenhuma decepção perante o fato de ele não ter comparecido?
  • 6. Questão 3: No percurso da narrativa, o narrador relata alguma situação em que tenha feito bons contatos ou alguma ocasião em que se tenha relacionado amigavelmente com alguém? Questão 4: A conclusão contida nas linhas 19-23 tem alguma relação de implicação com os episódios relatados no percurso da narrativa? Questão 5: A partir da resposta dada à questão 5, você diria que o narrador soube explorar bem o expediente de argumentação pelo exemplo, partindo de fatos concretos para chegar a uma conclusão geral?
  • 7. O BEM AMADO Odorico – Data vênia e botando de lado os ora-veja e os virgem-Santíssima, devo dizer que estou deverasmente estupefacto com tudo que acabo de escutar. Vigário – Nós estivemos lá. Coronel, eu e o padre Rugero. E vimos com nossos próprios olhos. Odorico – Viram o que? Vigário – Uma casa foi incendiada. Rugero – E outros posseiros foram ameaçados. Odorico – Pelo respeito que tenho a Vossa Reverendíssima e pelo amor que tenho à lei e á justiça, vou mandar apurar. Todos sabem que sou contra a violência, venha ela da ponta esquerda ou da ponta direita, da lateral ou do meio de campo. Emboramente haja no caso certos relevantes... (Odorico faz uma pausa de efeito.) Alguns desses posseiros apresentaram a Vossas Reverendíssimas um título, um documento qualquer da propriedade? Rugero – Nas senhor Prefeito, é gente que está la há vários anos, trabalhando, cultivando a terra.
  • 8. Vigário – E, ao que me consta, são terras devolutas. Odorico (Sorri) – Aí é que a porca torce o rabo... (tira da gaveta uma cópia de registro – uma folha tamanho ofício dentro de uma pasta de cartolina de cartório, como uma escritura) Aqui está o título de propriedade, devidamente registrado no Registro de Imóveis da comarca. Todo o Descampado me pertence. Vigário (Examina rapidamente o documento) – Desde quando? Odorico – Desde sempre. Tanto que há anos venho pagando o imposto territorial correspondente. (O Vigário troca um olhar com o padre Rugero, como se desconfiasse da autenticidade do documento, mas nada pudesse fazer.) Vigário – Mas este título o senhor só conseguiu agora. Odorico – Esse é um considerando cronológico que não vem ao caso. O primeiro homem a sujar as mãos nessa terra morna e cariciosa de Sucupira dói um Paraguaçu. E é deverasmente contristante a ingratitude dessa gente a quem permiti ususfruir de um bem que sempre pertenceu à minha família. Desde os mais antigos antigamentes. Mas é no que dá a gente ser bom, ter a alma lavada e passada na caridade cristã. Essa minha mania de querer dividir tudo que é meu com os pobre...
  • 9. Rugero – Se é assim, por que o senhor não distribui títulos de propriedade com todos os posseiros? Odorico – Primeiramente, porque não quero entrar em choque com o INCRA, a quem compete fazer a Reforma Agrária: segundamente, porque acabo de vender todo o Descampado a uma grande companhia, a Internacional Agropecuária S.A. GOMES, Dias. Dias Gomes. Org. por Samira Campedelli. São Paulo, Abril Educação, 1982. p. 62-3
  • 10. a) Considerada do ponto de vista do produtor do texto, a exploração dos desencontrados padrões de linguagem foi muito feliz. De fato, o produtor dessa peça teatral usou a própria linguagem de Odorico, cheia de incoerências, para ridicularizar o caráter demagógico e a hipocrisia de Odorico Paraguaçu. Nesse sentido, o produtor da peça conseguiu refletir o caráter de Odorico através da exploração da sua linguagem. b) Do ponto de vista do personagem Odorico, seu padrão de linguagem é completamente equivocado, já que ele, ao misturar usos que não se combinam entre si, cai no ridículo. Mas é preciso ressaltar que, da parte de Odorico, existe a consciência de que, para falar com dois sacerdotes, é preciso usar um padrão de linguagem diferenciado, embora ele não tenha sabido fazê-lo. Por isso perdeu o seu poder de persuasão e não conseguiu o efeito desejado.
  • 11. A passagem aqui transcrita simula uma entrevista num desses conhecidos programas de variedades da televisão brasileira, realizados na presença do auditório. O entrevistado é o poeta Castro Alves, e os entrevistadores, uma cantora jovem, um jornalista, um cantor jovem, um dos telespectadores, todos mediados pelo apresentador do programa. Apresentador – Sua perguntinha, minha querida. Cantora – Castro Alves, onde e quando você nasceu? Castro Alves – Sou baiano. Nasci às 10 horas da manhã, de um domingo, dia 14 de março de 1847, na fazenda Cabaceiras, à margem do Rio Paraguaçu, sete léguas distante de Curralinhos, hoje cidade que tem meu nome. Apresentador – O representante dos jornalistas (Palmas). Rápido, por favor. Jornalista - Castro Alves, você se considera mais um poeta lírico do que um poeta engajado, ou vice-versa? Castro Alves – Considero-me um poeta, integrado no meu tempo. Cantei a natureza, a mulher, o amor e vivi a causa do meu século: entreguei-me inteiro à causa dos escravos.
  • 12. Apresentador – Muito bem... O representante dos cantores da juventude (Palmas, gritos). Cantor jovem – bicho. Você continua curtindo essa de sentir o borbulhar do gênio? Castro Alves – Não, bicho. A chama se apagou. Com ela a vida e a minha poesia... Há outros, muitos outros com suas estórias, sua arte, seu amor. O meu foi feito, ficou. Cantor jovem – você acha, então, bicho, que sua poesia já era? Castro Alves – Minha poesia é. Morre o poeta, não morre a poesia. Esta continua, no canto feito, no canto sendo feito, no canto futuro... A tua guitarra, quem sabe? (...) Apresentador – O representante dos telespectadores. (...) Telespectador – Pois não... Senhor Castro Alves, eu conhecia o senhor muito de nome, mas prá falar a verdade, não conhecia muita coisa sua não... Sabia do “Navio dos Negreiros” e a ... Como é... A... A... “Canção da África” ... Jornalista – “Vozes d´África”.
  • 13. Telespectador – Pois é, essa daí... Gostei viu? Gostei muito... Cheio de dramaticidade, muita verdade também... A verdadeira poesia realista... Jornalista – Não diz bobagem. Telespectador – Bobagem, não, péra aí. Eu me explico como eu sei... (Palmas) Apresentador – Vamos por ordem, meus amigos. Cada qual tem sua vez. Continue, rapidinho, sim... Telespectador – Admiro um jornalista falar dessa maneira... Não tenho cultura, mas tenho educação, eu... Olha aí... fez até eu perdê o fio da meada... Ah, sim... Pois é... Só conhecia essas. Mas prá vim pro programa, peguei uns livros aí e li. E fiquei espantado, com toda a sinceridade. Espantado com as poesias prás mulheres. Eu queria perguntá pro senhor, com todo o respeito, afinal de contas eu não sou nenhum letrado, o senhor é, até poeta... Mas eu pergunto: é possível amã tanta mulher assim numa noite só? (...)
  • 14. Questão 1: Ao se dirigir ao cantor jovem. Castro Alves usa o tratamento bicho, a única gíria que ocorreu na sua fala. Que efeito pretendeu o poeta com isso? Questão 2: Logo no início do texto, o apresentador, dirigindo-se à cantora jovem, explora dois recursos muito comumente usados no tratamento com crianças. a)Quais são esses dois recursos? b)Que efeito isso produz? Questão 3: O cantor jovem usa gírias próprias do seu repertório linguístico. a)Cite algumas delas. b)Todas essas gírias continuam circulando hoje com a mesma força que tinham na época? Questão 4: Na fala do telespectador, ao contrário da de Castro Alves, há muito uso típicos da fala coloquial popular, que apresenta muitas diferenças em relação à chamada norma culta. Indique dois usos da fala coloquial popular que aparecem no texto.
  • 15. Questão 5: Ao procurar explorar a fala coloquial e popular do telespectador, o produtor do texto, às vezes, comete deslizes, caracterizando algumas incoerências. Se o telespectador fala perdê em vez de perder, perguntá por perguntar, é coerente que ele diga: “Admiro um jornalista falar dessa maneira”? Como se manteria a coerência no caso? Questão 6: Ao se referir a Castro Alves, o telespectador é o único dos entrevistados que usa o tratamento senhor, em contraste com os demais, que usam você. Ao usar esse tipo de tratamento, que imagem ele projeta de si mesmo em relação ao poeta? Questão 7: O telespectador é o único entrevistador que é corrigido e ridicularizado por outro entrevistador. Qual a razão desse tipo de atitude?
  • 16. O PARÁGRAFO Descrição Objeto escrito Narração Cada fato ou consequência narrada Dissertação Argumento ou raciocínio A EXTENSÃO DO PARÁGRAFO Conter apenas Alongar-se em uma página inteira. uma frase * Não se usa parágrafos muito longos
  • 17. “Ação Linguística dos meios de comunicação de massa” Meio de comunicação Educação geral Educação lingüística Tecnologia empregada Com o auxílio do professor esses meios desenvolvem a expressão, o senso crítico e a capacidade do aluno Jornais e Rádio Música Televisão Difunde a pronúncia padrão Revistas popular e o vocabulário básico do Usos orais da Influi no atual brasileira Centro-sul (salvo novas língua estádio da formas de Comunicação: Base de sociedade reportagens comunicar, linguagem estudo de brasileira. locais/regionais) tipos de falada, enfatiza nossas Facilidade de Informações veiculadas discurso a empatia, raízes recepção de pela TV deve ser registros e culturais imagem num país integrada no processo níveis com grande escolar para que se populares, número de aproveite as possibilidade regionais e iletrados e pouco de motivação e informais interesse pela sensibilização. cultura escrita
  • 18. QUALIDADES DO PARÁGRAFO TEXTO Tema deve ser o mesmo Inicia-se um novo parágrafo Não se muda de assunto Os argumentos é que se vão modificando explicar, esclarecer, transmitir idéias, clareza
  • 19. Entre as qualidades do parágrafo, destacam-se: Unidade: Apenas uma idéia principal no parágrafo Coerência: A organização deve ser evidente, de forma que destaque o que é principal. Deve haver RELAÇÃO DE SENTIDO entre as idéias secundárias e a principal. Concisão: Não entender muito as exemplificações e os desdobramentos da idéia principal. A concisão não pode prejudicar a clareza. Clareza: Depende da escolha das palavras para uma fácil compreensão e uma leitura agradável.
  • 20. Mudança de parágrafo Transição de um parágrafo Não pode ser brusca Deve haver um encadeamento lógico entre os parágrafos Às vezes, é indispensável o acréscimo de um parágrafo de transição para que a sucessão de idéias seja harmoniosa. Obs: O texto não deve apresentar parágrafos Repetitivos. Isso o torna redundante e cansativo. Texto: TEMPO INCERTO (página 102)
  • 21. Estrutura do Parágrafo O Parágrafo é um microtexto: não prescinde de delimitação do assunto e fixação do objetivo.  O Método para apresentar a delimitação do assunto e a fixação objetivo é responder as perguntas: a) O que? (DELIMITAÇÃO) b) Para quê? (FIXAÇÃO DO OBJETIVO) Como em um texto, o parágrafo deve conter: Introdução, desenvolvimento e conclusão.
  • 22. FRANGOS “Hoje não se diz mais ‘cercou um frango’, diz-se ‘engoliu um frango’. Há quem confunda uma coisa com outra e, confundindo-as o torcedor tinha mais graça. A expressão ‘cercou um frango’ era realmente perfeita. Quando alguém na arquibancada, pela primeira vez, gritou ‘cercou um frango’, todo mundo viu o frango, o gesto familiar de cercar um frango, o quíper de braços abertos, acocorado, cerca a bola daqui, cerca a bola dali, a bola aos saltos, fugindo, como um frango. Não se sente o mesmo no ‘engoliu um frango’, embora o torcedor vá ao ponto de, às vezes, medir ou pesar o frango. Este não foi frango, foi alguma galinha, e das gordas. Ou este foi um peru, e argentino. A verdade é que antes mesmo de se dizer ‘cercou um frango’, o torcedor, em relação ao gol, já pensava no verbo engolir ou comer, mais em comer do que engolir. A prova está no apelido de ‘Guloso’ que se deu a um quíper da Mangueira.” (MÁRIO FILHO, 1994:150) Em seguida: O assunto é enunciado na Introdução, no desenvolvimento justifica-se a informação inicial e a conclusão está intimamente relacionada com as partes anteriores: introdução e desenvolvimento.
  • 23. TÓPICO FRASAL Introdução Tópico Frasal Anuncia a idéia-núcleo do parágrafo Atraente para estimular a leitura Tópico Frasal Casos novos Dissertação Descrição Narração O tópico frasal Diluído no aparece no desenvolvimen final ou meio to do parágrafo do parágrafo Nítidos
  • 24. Exemplo de tópico frasal: O CLIMA: “O clima europeu e a paisagem de montanha não são o único charme da serra fluminense. Tanto ou mais que o ar puro e os encantos da natureza, a Serra dos Órgão é um apelo tentador, quase escondido, aos prazeres da mesa. Na região entre Petrópolis e Teresópolis, formou-se um pólo gastronômico onde a boa comida se alia ao cenário privilegiado. É o Vale dos Gourmets, como foi apelidada a região de Araras, Correias e Itaipava. Lá predomina uma versão brasileira dos restaurantes de patrão, como os franceses chamam os estabelecimentos onde o dono supervisiona a cozinha e administra o negócio, contando com a ajuda da mulher e dos filhos. São restaurantes familiares, construídos na sala de jantar da casa do dono, que recebe os clientes como se fossem visitas” (LEITTE, Virginie. Revista Veja, nº 31,29-7-92, p.69.)
  • 25. DESENVOLVIMENTO Esclarecimento do Desenvolvimento Idéias secundárias tópico frasal Desdobramento do tópico frasal Ele se divide em: Explicação da declaração inicial Resposta à interrogação, etc. Ordenação por Desenvolvimento causa-consequência Ordenação por Ordenação por exemplificação Ordenação por contraste enumeração
  • 26. Conclusão: • Nem sempre é explícita • Normalmente em parágrafos de textos dissertativos: expõem idéias, discutem problemas, defendem opiniões, analisam fatos. • Está sempre no final do texto. Exemplo de conclusão em um parágrafo: Texto: O português calão (página 105)
  • 27. Formas de desenvolvimento do parágrafo A) Explicação da declaração inicial: consiste no desdobramento da afirmação ou negação do tópico frasal. Texto: Em Essência... (Páginas 105/106) B) Causa – Consequência: Uma idéia supõe a outra, pois são conceitos interdependentes. O conjunto causa-consequência aparece de forma explícita ou implícita. Explicitamente com Conectivos de causalidade Porque, visto que, como, já que etc. termos de conotação causal Porquê, motivo, razão, causa, acarretar, provocar etc. conectivos de consequência Logo, portanto, por conseguinte etc. Termos de conotação Por consequência, em consecutiva resultado, resultar, etc.
  • 28. C) Ordenação por contraste Desenvolvimento por confronto, antítese ou oposição Objetivo: Apontar diferenças, estabelecer oposições e chegar ao esclarecimento. O Desenvolvimento por contraste, também se apresenta de forma Explícita ou Implícita. Explicitamente com: conectivos adversários Mas, porém, todavia, contudo, entanto, entretanto. conectivos proporcionais Enquanto, ao passo que, à proporção que etc. conectivos comparativos que, do que certas expressões adverbiais Em contraste, em oposição, ao contrário, aqui, ali, de um lado, de outro, contrariamente etc. conectivos concessivos Embora, ainda que, se bem que etc.
  • 29. Implicitamente com: Texto: Enquanto... (página 107) D) Ordenação por Enumeração: Ordenação minuciosa, pelo detalhamento de idéias ou argumentos. Manifesta-se com relação de temas, com expressões de tempo, lugar, com sequência de numerais (ordinais). Texto: BUMBA-MEU-BOI (página 108) E) Ordenação por Exemplificação: Está intimamente ligada à enumeração. Seria um tipo de enumeração. Texto: Lei de passagem... (página 109) F) Resposta à interrogação: Busca desenvolver o parágrafo em forma de resposta à pergunta inicial. Texto: Quantas Odisséias ... (página 109)
  • 30. Organização do Texto: Coesão entre os Parágrafos Encadeamento das idéias mestras em cada Parágrafo Constrói a organização do texto e o Equilíbrio entre suas partes Assunto claro e compreensível Texto: A CASA MATERNA (páginas 110 e 111)
  • 31. (1º P.) Descrição aspecto exterior. (5º P.) Figura paterna, completa-se o ciclo familiar. (2º P.) Descrição Casa materna aspecto interior (4º P.) ??? Da descrição: Lembranças da Infância (3º P.) Descrição aspecto interior (mais generalizado)