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ANÁLISE DE ELEMENTOS
SIMBOLICOS N`OS MAIAS
Trabalho realizado por Neizy Soares ; nrº 17 ; 11º CT
BREVE INTRODUÇAO
SOBRE OS MAIAS
 "Os Maias" relata a vida de uma família portuguesa em finais do século XIX.
Escrita por Eça de Queirós, um dos intelectuais mais importantes da sua geração, a
obra ultrapassa a mera saga familiar e critica a sociedade provinciana do seu tempo
 Os costumes da burguesia portuguesa do século XIX enquadram a história de
três gerações da família Maia; O Patriarca, Afonso Maia, o seu filho Pedro, traído
pela mulher, e o diletante neto, Carlos. Nas idas a Sintra, nas corridas e nos serões
literários dos Maias, Eça fala também da educação de ideal Liberal, do peso
excessivo da Igreja e de uma sociedade incapaz de se modernizar.
O RAMALHETE
A casa habitada pelos Maias em
Lisboa , no Outono de 1875 ,
conhecida em todo o bairro das
Janelas Verdes , pelo Ramalhete
.Sombrio casarao de paredes severas ,
tinha o aspecto tristonho de
residencia eclesiatica .
CARACTERIZAÇAO DO
RAMALHETE
 O Ramalhete esteve em ruina durante longos anos Habitado em
Outono de 1875, o Ramalhete situava-se na Rua de São Francisco de
Paula, Janelas Verdes, Lisboa , é portanto uma casa afastada do centro
de Lisboa . O seu nome provinha decerto de um revestimento quadrado
de azulejos fazendo painel no lugar heráldico do escudo de armas , que
nunca chegara a ser colocado , e representando um grande ramo de
girassóis atado por uma fita onde se distinguiam letras e números de uma
data .
SÍMBOLO DO
RAMALHETE
Está simbolicamente ligado à decadência moral
do Portugal da Regeneração . O ramo de
girassóis que ornamenta a casa simboliza a
atitude do amante, que como um girassol, se vira
continuamente para olhar o ser amado; girando
sempre, numa atitude de submissão e de
fidelidade para com o ser amado, o girassol
associa-se à incapacidade de ultrapassar a paixão
e a falta de recetividade do ser amado, ligando-se
assim a Pedro e a Carlos.
OS OBJETOS DO JARDIM
Cáp I ; e o Ramalhete possuia apenas , ao fundo de um terraço de tijolo , um pobre
quintal inculto , abandonado as ervas bravas , com um cipreste , um cedro , uma
cascatazinha seca , um tanque entulhado , e uma estatua e marmore (...)
VÉNUS DE CITEREIA
De acordo com o I capitulo , " e uma estatua de mármore ( onde o Monsenhor
reconheceu logo Vénus de Citéreia ) enegrecendo a um canto na lenta
humidade das ramagens silvestres "
Nesta passagem o Eça utiliza verbos derivados da cor para provocar um efeito
impressionista , bem como o gerúndio para retardar a ação em descrições mais
detalhadas e demoradas . Num canto , local associado ao abandono .
" (...) e a Vénus Citereia parecendo agora , no seu tom claro de estatua de
parque , ter chegado de Versalhes , do fundo do grande Século(...)
Esta metáfora simboliza o apogeu da estatua .
"Uma ferrugem verde , de humidade, cobria os grossos membros da Vénus
Citereia " A feiura e o envelhecimento da estatua consequência do abandono .
CEDRO E O CIPRESTE
"com um cipreste , um cedro " , na Europa esta arvore é símbolo
de duelo e talvez por isso adorna a cemitérios , nos Maias
simboliza a morte .
" o cipreste (símbolo da morte) e o cedro(símbolo do
envelhecimento) envelhecendo juntos como dois amigos tristes "
esta comparação remete -nos para uma tristeza , ao passo que
todos os outros elementos acompanham o novo aspeto .
"o cipreste e o cedro envelheciam juntos , como dois amigos num
ermo " , o uso da expressão ermo, invoca, mais que abandono,
inexistência de vida, visto que, pelo significado, ermo é um campo
deserto.
A CASCATAZINHA
" uma cascatazinha seca " Este adjetivo (seca) simboliza a ausência de vida.
O do diminutivo na prosa queirosiana é usado normalmente com intenções
de ironia e caricatura . No entanto, aqui o objetivo de Eça é dar a impressão
de que é algo simples, singelo.
" E desde que a agua abundava , a cascatazinha era deliciosa (...)
melancolizando aquele fundo de quintal (...) A força das aguas da
cascatazinha , simbolizavam a vida e alegria .
" e mais lento corria o prantozinho da cascata , esfiado saudosamente , gota
a gota na bacia de mármore" significa que da cascata, que antes parecia uma
delícia, .a água fluirá gota a gota, marcando a passagem inexorável do tempo
e, acentuando melancolicamente, o implacável Destino d’Os Maias,
condenados ao desaparecimento , após a doçura ilusória de uma “instante”
que durou dois anos.
A TOCA
O nome de Toca é atribuído por Carlos com a aprovação de Maria
Eduarda que o "achou originalíssimo". Simbolicamente, "Toca"
pode expressar o lado instintivo e animal da relação entre Carlos e
Maria Eduarda na medida em que o nome atribuído lembra o
esconderijo de muitos animais.
Este espaço, desde o início, ganha uma grande importância pois a
decoração exótica surge como pressagio do desfecho trágico..
PRESSAGIOS NA "TOCA"
 O quarto de Maria Eduarda nos Olivais esta carregado de indícios , na parede
uma tapeçaria "onde desmaiavam , na trama da lã , os amores de Vénus e Marte" , os
irmãos incestuosos , noutra parede , um quadro representado a "cabeça degolada" ,
lívida , gelada no seu sangue" de João Baptista , vítima da paixão de Salomé .
 "de cima de outra coluna de carvalho , uma enorme coruja" , olhava agoirenta o
"leito de amor" , enquanto todos dormem a coruja fica acordada, com os olhos
arregalados, vigilante e atenta aos barulhos da noite ,por isso, representa uma
poderosa e profunda conhecedora do oculto.
AS CORES
 O amarelo que predomina nos lugares de consumação do amor de
Carlos e Maria Eduarda (no quarto da Toca e no quiosque) significam
ciúme, desconfiança , infidelidade e suspeita de algo .
 O negro do véu de Maria Eduarda aquando da sua primeira e da
ultima aparição significam o mal e o mistério ; a sombra negra do
vulto de Alencar no sonho de Carlos com Maria Eduarda no dia em
que a vê pela primeira vez , significa o passado que lhes assombra .
AS CORES
 O vermelho tem na obra um carácter duplo: ora feminina e noturna, centrípeto, ora
masculina e de poder centrífugo. Maria Monforte e Maria Eduarda são portadoras de um
vermelho feminino, fogo que desencadeia a libido e a sensibilidade, espalham a morte
provocando o suicídio de Pedro, a morte física de Afonso e a morte psicológica de
Carlos. Já os olhos vermelhos de Afonso e a vela vermelha que ele trazia na mão
incomodaram tanto Carlos que este anteviu a morte, que de facto estava para acontecer
no jardim do Ramalhete.
 A sombrinha escarlate de Maria Monforte que se inclinava sobre Pedro , quase o
"escondia" , parecia "envolve-lo" todo , como uma larga mancha de sangue (...)
referindo-se ao futuro suicídio de Pedro da Maia .
A CASA DA MARIA
EDUARDA
 A casa de Maria Eduarda ficava na rua de São Francisco e era propriedade da
mãe de Cruges. Maria vivia no primeiro andar, alugado a ela e a Castro Gomes.
 É a partir dos espaços onde Maria Eduarda esteve, nomeadamente nesta casa,
que Carlos vai tentando adivinhar a personalidade que a caracteriza.
 Na primeira vez que Carlos vai à casa de Maria, quando da visita a Rosa, este
apreende neste espaço uma atmosfera de intimidade, sensualidade e luxo.
AS FLORES
No capitulo XI , Carlos em casa de Maria Eduarda , olha "um vaso do
Japão onde murchavam três belos lírios brancos"
Os três lírios brancos que murcham na jarra são ,à partida conotados
com a pureza, perdem a sua conotação positiva ao murcharem e passam
e simbolizar a morte , por outro lado, o facto dos três lírios brancos se
encontrarem num vaso do Japão aponta já para o incesto, pelo exotismo
que representa esta peça decorativa
PRESSAGIO NAS FLORES
 "um ramo esfolhava-se num vaso do Japão " , Cap II " rosas de inverno
esfolhavam-se num vaso do Japão " Afonso recebe, por Vilaça, a notícia do
casamento de Pedro, com o qual não concordara, e quando se senta “à mesa do
almoço posta ao pé do fogão” vê que “ao centro um ramo esfolhava-se num vaso de
Japão, à chama forte da lenha”. Isto pressagiava o fim do “romance” de Pedro e
Maria Monforte pois este enlace iria desfazer-se e desaparecer, como aquelas folhas
secas que à chama forte da lenha se esfolhavam no vaso de Japão. E Pedro, um dos
Maias, separar-se-ia depois, pelo suicídio, do tronco familiar.

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Apresentação do Simbolismo N`Os Maias

  • 1. ANÁLISE DE ELEMENTOS SIMBOLICOS N`OS MAIAS Trabalho realizado por Neizy Soares ; nrº 17 ; 11º CT
  • 2. BREVE INTRODUÇAO SOBRE OS MAIAS  "Os Maias" relata a vida de uma família portuguesa em finais do século XIX. Escrita por Eça de Queirós, um dos intelectuais mais importantes da sua geração, a obra ultrapassa a mera saga familiar e critica a sociedade provinciana do seu tempo  Os costumes da burguesia portuguesa do século XIX enquadram a história de três gerações da família Maia; O Patriarca, Afonso Maia, o seu filho Pedro, traído pela mulher, e o diletante neto, Carlos. Nas idas a Sintra, nas corridas e nos serões literários dos Maias, Eça fala também da educação de ideal Liberal, do peso excessivo da Igreja e de uma sociedade incapaz de se modernizar.
  • 3. O RAMALHETE A casa habitada pelos Maias em Lisboa , no Outono de 1875 , conhecida em todo o bairro das Janelas Verdes , pelo Ramalhete .Sombrio casarao de paredes severas , tinha o aspecto tristonho de residencia eclesiatica .
  • 4. CARACTERIZAÇAO DO RAMALHETE  O Ramalhete esteve em ruina durante longos anos Habitado em Outono de 1875, o Ramalhete situava-se na Rua de São Francisco de Paula, Janelas Verdes, Lisboa , é portanto uma casa afastada do centro de Lisboa . O seu nome provinha decerto de um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no lugar heráldico do escudo de armas , que nunca chegara a ser colocado , e representando um grande ramo de girassóis atado por uma fita onde se distinguiam letras e números de uma data .
  • 5. SÍMBOLO DO RAMALHETE Está simbolicamente ligado à decadência moral do Portugal da Regeneração . O ramo de girassóis que ornamenta a casa simboliza a atitude do amante, que como um girassol, se vira continuamente para olhar o ser amado; girando sempre, numa atitude de submissão e de fidelidade para com o ser amado, o girassol associa-se à incapacidade de ultrapassar a paixão e a falta de recetividade do ser amado, ligando-se assim a Pedro e a Carlos.
  • 6. OS OBJETOS DO JARDIM Cáp I ; e o Ramalhete possuia apenas , ao fundo de um terraço de tijolo , um pobre quintal inculto , abandonado as ervas bravas , com um cipreste , um cedro , uma cascatazinha seca , um tanque entulhado , e uma estatua e marmore (...)
  • 7. VÉNUS DE CITEREIA De acordo com o I capitulo , " e uma estatua de mármore ( onde o Monsenhor reconheceu logo Vénus de Citéreia ) enegrecendo a um canto na lenta humidade das ramagens silvestres " Nesta passagem o Eça utiliza verbos derivados da cor para provocar um efeito impressionista , bem como o gerúndio para retardar a ação em descrições mais detalhadas e demoradas . Num canto , local associado ao abandono . " (...) e a Vénus Citereia parecendo agora , no seu tom claro de estatua de parque , ter chegado de Versalhes , do fundo do grande Século(...) Esta metáfora simboliza o apogeu da estatua . "Uma ferrugem verde , de humidade, cobria os grossos membros da Vénus Citereia " A feiura e o envelhecimento da estatua consequência do abandono .
  • 8. CEDRO E O CIPRESTE "com um cipreste , um cedro " , na Europa esta arvore é símbolo de duelo e talvez por isso adorna a cemitérios , nos Maias simboliza a morte . " o cipreste (símbolo da morte) e o cedro(símbolo do envelhecimento) envelhecendo juntos como dois amigos tristes " esta comparação remete -nos para uma tristeza , ao passo que todos os outros elementos acompanham o novo aspeto . "o cipreste e o cedro envelheciam juntos , como dois amigos num ermo " , o uso da expressão ermo, invoca, mais que abandono, inexistência de vida, visto que, pelo significado, ermo é um campo deserto.
  • 9. A CASCATAZINHA " uma cascatazinha seca " Este adjetivo (seca) simboliza a ausência de vida. O do diminutivo na prosa queirosiana é usado normalmente com intenções de ironia e caricatura . No entanto, aqui o objetivo de Eça é dar a impressão de que é algo simples, singelo. " E desde que a agua abundava , a cascatazinha era deliciosa (...) melancolizando aquele fundo de quintal (...) A força das aguas da cascatazinha , simbolizavam a vida e alegria . " e mais lento corria o prantozinho da cascata , esfiado saudosamente , gota a gota na bacia de mármore" significa que da cascata, que antes parecia uma delícia, .a água fluirá gota a gota, marcando a passagem inexorável do tempo e, acentuando melancolicamente, o implacável Destino d’Os Maias, condenados ao desaparecimento , após a doçura ilusória de uma “instante” que durou dois anos.
  • 10. A TOCA O nome de Toca é atribuído por Carlos com a aprovação de Maria Eduarda que o "achou originalíssimo". Simbolicamente, "Toca" pode expressar o lado instintivo e animal da relação entre Carlos e Maria Eduarda na medida em que o nome atribuído lembra o esconderijo de muitos animais. Este espaço, desde o início, ganha uma grande importância pois a decoração exótica surge como pressagio do desfecho trágico..
  • 11. PRESSAGIOS NA "TOCA"  O quarto de Maria Eduarda nos Olivais esta carregado de indícios , na parede uma tapeçaria "onde desmaiavam , na trama da lã , os amores de Vénus e Marte" , os irmãos incestuosos , noutra parede , um quadro representado a "cabeça degolada" , lívida , gelada no seu sangue" de João Baptista , vítima da paixão de Salomé .  "de cima de outra coluna de carvalho , uma enorme coruja" , olhava agoirenta o "leito de amor" , enquanto todos dormem a coruja fica acordada, com os olhos arregalados, vigilante e atenta aos barulhos da noite ,por isso, representa uma poderosa e profunda conhecedora do oculto.
  • 12. AS CORES  O amarelo que predomina nos lugares de consumação do amor de Carlos e Maria Eduarda (no quarto da Toca e no quiosque) significam ciúme, desconfiança , infidelidade e suspeita de algo .  O negro do véu de Maria Eduarda aquando da sua primeira e da ultima aparição significam o mal e o mistério ; a sombra negra do vulto de Alencar no sonho de Carlos com Maria Eduarda no dia em que a vê pela primeira vez , significa o passado que lhes assombra .
  • 13. AS CORES  O vermelho tem na obra um carácter duplo: ora feminina e noturna, centrípeto, ora masculina e de poder centrífugo. Maria Monforte e Maria Eduarda são portadoras de um vermelho feminino, fogo que desencadeia a libido e a sensibilidade, espalham a morte provocando o suicídio de Pedro, a morte física de Afonso e a morte psicológica de Carlos. Já os olhos vermelhos de Afonso e a vela vermelha que ele trazia na mão incomodaram tanto Carlos que este anteviu a morte, que de facto estava para acontecer no jardim do Ramalhete.  A sombrinha escarlate de Maria Monforte que se inclinava sobre Pedro , quase o "escondia" , parecia "envolve-lo" todo , como uma larga mancha de sangue (...) referindo-se ao futuro suicídio de Pedro da Maia .
  • 14. A CASA DA MARIA EDUARDA  A casa de Maria Eduarda ficava na rua de São Francisco e era propriedade da mãe de Cruges. Maria vivia no primeiro andar, alugado a ela e a Castro Gomes.  É a partir dos espaços onde Maria Eduarda esteve, nomeadamente nesta casa, que Carlos vai tentando adivinhar a personalidade que a caracteriza.  Na primeira vez que Carlos vai à casa de Maria, quando da visita a Rosa, este apreende neste espaço uma atmosfera de intimidade, sensualidade e luxo.
  • 15. AS FLORES No capitulo XI , Carlos em casa de Maria Eduarda , olha "um vaso do Japão onde murchavam três belos lírios brancos" Os três lírios brancos que murcham na jarra são ,à partida conotados com a pureza, perdem a sua conotação positiva ao murcharem e passam e simbolizar a morte , por outro lado, o facto dos três lírios brancos se encontrarem num vaso do Japão aponta já para o incesto, pelo exotismo que representa esta peça decorativa
  • 16. PRESSAGIO NAS FLORES  "um ramo esfolhava-se num vaso do Japão " , Cap II " rosas de inverno esfolhavam-se num vaso do Japão " Afonso recebe, por Vilaça, a notícia do casamento de Pedro, com o qual não concordara, e quando se senta “à mesa do almoço posta ao pé do fogão” vê que “ao centro um ramo esfolhava-se num vaso de Japão, à chama forte da lenha”. Isto pressagiava o fim do “romance” de Pedro e Maria Monforte pois este enlace iria desfazer-se e desaparecer, como aquelas folhas secas que à chama forte da lenha se esfolhavam no vaso de Japão. E Pedro, um dos Maias, separar-se-ia depois, pelo suicídio, do tronco familiar.