3. O CORDEL COMO INSTRUMENTO DE
COMUNICAÇÃO POPULAR
Por Paulo Henrique Phaelante
4. O nome “cordel” derivou do fato de tais folhetos
serem expostos, para venda, pendurados em
cordões.
5. As origens do cordel começa na Europa, na Idade Média.
O aparecimento da literatura de cordel está ligado à divulgação de histórias tradicionais,
narrativas de velhas épocas, que a memória popular foi conservando e transmitindo.
Nesse tempo não existia televisão, cinema nem teatro para divertir o povo e ainda
não tinham inventado a imprensa.
Era muito difícil se ver livros, pois eram raríssimos e caros. Tinham de ser copiados a
mão, um a um, e poucas pessoas sabiam ler e escrever.
O processo era feito oralmente, depois se faziam cópias manuscritas e, por fim, com a
chegada da imprensa, ela ganha uma forma impressa rudimentar.
O conteúdo do cordel, que abrangia os chamados romances ou novelas de cavalaria,
de amor, de narrativas de guerra ou conquistas marítimas, agradava não apenas aos
simples, mas até reis e sábios.
6. O CORDEL NO BRASIL
No Brasil, onde aportou por volta do século XIX, trazida pelos
colonizadores, a literatura de cordel difundiu-se pelos engenhos de
açúcar e sertões, onde os cantadores, com suas violas, a divulgaram
na arte de fazer versos improvisados.
7. Ainda na idade média
Sem rádio e televisão
A historia nos revela
Um instrumento de informação
Surgindo de um povo simples
Que encantava multidão
8. Com pouca gente letrada
E escassez na educação
O povo se preocupava
Em dar a sua opinião
E pra quem não sabia ler
Então, qual foi a solução?
10. Os livros eram raríssimos
Caros e feitos a mão
A Europa estava em busca
De avançar na informação
Então nos vilarejos
Apareceu a solução
Com muita simplicidade
E muita força de expressão
Nas feiras se reuniam
Os poetas da ocasião
Que distraíam o povo
Usando a improvisação
11. Nas pequenas comunidades, existia um dia na semana que
era especial : “o dia da feira.”
Muitas pessoas se dirigiam à cidade, onde os camponeses
e comerciantes vendiam seus produtos.
Na ocasiões, artistas se apresentavam para a multidão.
Entre eles, o trovador ou menestrel era um tipo de artista
muito querido por todos.
12. Em um dia da semana
A feira era a ocasião
Os poetas se reuniam
Para garantir o pão
Juntando bem muita gente
Pela força da expressão
Muito queridos do povo
E também por coronéis
Contavam feitos e histórias
Que não se viam em papeis
Num ritmo de um alaúde
Trovadores e menestréis
13. Os trovadores paravam num canto da praça e, acompanhados por
um alaúde (um parente antigo dos violões e violas que
conhecemos hoje), começavam a contar histórias de todo tipo: de
aventuras, romance de paixões e lendas de reis valentes.
14. Produzido por poetas populares, em condições sociais e
culturais peculiares, o cordel transformou-se num
instrumento de registro das manifestações messiânicas,
do aparecimento do banditismo rural – o fenômeno do
cangaceiro -, das pelejas de cantadores, das longas
estiagens, dos movimentos políticos, dos grandes
assuntos internacionais, das mutações dos costumes e
do gosto peculiar pelos romances épicos do ciclo das
cavalarias.
15. Para gravar na memória
Um monte de informação
Os poetas daquele tempo
Encontraram a solução
Improvisavam em rimas
História, noticia e opinião
16. Os trovadores passaram a utilizar versos para facilitar a
memorização das histórias, dessa forma, as rimas iam ajudando o
artista a se lembrar dos versos seguintes, até chegar o fim da história.
No final de cada apresentação, o povo jogava moeda dentro
do estojo do alaúde.
O trovador, satisfeito, agradecia e partia em direção a próxima feira.
17. Enquanto as rimas ajudavam
Para memorização
Os poetas faturavam
E tomavam direção
À procura de outras feiras
Promovendo informação
18. Características fundamentais do
cordel
Para uma poesia ser considerada Literatura de Cordel, as
características fundamentais são :
Simplicidade, através do uso de termos compreensíveis,
sem necessariamente compor um texto forçado;
Relato, considerando que a poesia de cordel deve conter
uma história;
Rima, dentro daqueles estilos tradicionais (preferimos rimar
em estrofes de sete versos).
19. Agora cabe uma pergunta: Você sabe o que é verso?
Agora
Você sabe o que é verso?
20. Agora
Observe, isto é um verso:
“Recife tem algo mais.”
Verso é a unidade rítmica de um poema, corresponde a uma linha
de cada estrofe.
O agrupamento de versos forma uma estrofe.
“Recife tem algo mais
E muita coisa pra ver
Os monumentos históricos
E as praças de lazer
O antigo e o moderno
São coisas que dão prazer.”
23. Sua produção é impressa em forma de folhetos
com o máximo de dezesseis páginas, e, em
romances, ultrapassa esse total.
Seu formato é de 16 x 11 cm e sua capa tem
ilustração em xilogravura (gravura em madeira)
24. A xilogravura é um processo de gravação
em relevo que utiliza a madeira como
matriz e possibilita a reprodução da
imagem gravada sobre papel ou outro
suporte adequado.
25. Xilogravura é feita em pedaços de madeira
(cedro, pau-d´arco, umburana, jatobá, cajá e até
mesmo pinho) de formato retangular e com uma
diminuta faca de ponta afiada – a quicé –
pedaços de lâmina de barbear, pontas de
tesoura, goiva e formões,
26. Os editores dos livretos decoravam as
capas para torná-las mais atraentes,
chamando a atenção do público para a
estória narrada.
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39. Vou ficando por aqui
Inspirado de verdade
Porque graças a vocês
Eu tive oportunidade
De falar sobre o cordel
Com muita simplicidade
As crianças do objetiva
Faço meus agradecimento
Por prestar muita atenção
E conviver este momento
Em nome da educação
Louvo a Deus todo momento
40. Também as outras escolas
Que presentes aqui estão
Fico muito agradecido
Pela participação
Aos alunos e professores
Obrigado pela atenção
41. Pra Jéssica e lilica
E pra Zaminho também
Obrigado pela força
Pelo carinho que tem
Mostrando a diversidade
Que nossa cidade tem
42. Aos dois cabra da peste
Que nem cai nem esmorece
Nas jornadas culturais
Faço meus agradecimento
Uma coisa só lamento
Do descasos autoritais
43. Meus Parabéns a Eduardo
Diogo Porfírio também
Por promover na cidade
Algo que em outra não tem
Mostrando a comunidade
O valor que nos convém