SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 212
Descargar para leer sin conexión
ARISTÓTELES (384-322)
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
0.  Introducción ,[object Object]
0.  Introducción ,[object Object],Platón e Aristóteles segundo Rafael
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
1. Contexto histórico ,[object Object],O  Partenón , símbolo do esplendor da  pólis ateniense
1. Contexto histórico ,[object Object],Alexandre Magno (353-323)
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
ARISTÓTELES (384-322)
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object],A Academia de Platón
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object],Teofrasto, sucesor de Aristóteles na escola peripatética
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object],Alexandre Magno
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object],Aristóteles dando clase a  Alexandre. Os seus contacto coa corte de Macedonia foi vital na súa acusación
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object],Teofrasto
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
OBRA ARISTOTÉLICA ,[object Object],[object Object],[object Object]
OBRA ARISTOTÉLICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
OBRA ARISTOTÉLICA ,[object Object],[object Object],[object Object]
OBRA ARISTOTÉLICA ,[object Object],[object Object],[object Object]
OBRA ARISTOTÉLICA ,[object Object],[object Object]
OBRA ARISTOTÉLICA ,[object Object],[object Object],[object Object]
OBRA ARISTOTÉLICA ,[object Object],[object Object],[object Object]
OBRA ARISTOTÉLICA ,[object Object],[object Object],[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
3. Semellanzas  e diferencias  con  Platón ,[object Object],[object Object],[object Object]
3. Semellanzas  e diferencias  con  Platón ,[object Object],[object Object],[object Object]
3. Semellanzas  e diferencias  con  Platón ,[object Object],[object Object]
3. Semellanzas  e diferencias  con  Platón ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
3. Semellanzas  e diferencias  con  Platón ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],A  LÓXICA  é anterior a todas Poesía, retórica, gramática, arquitectura, medicina, zapatería,... Poéticas  (de “poiesis”, facer; tratan do relacionado coa producción) Ética e Política Matemáticas Física ou Filosofía Natural  Filosofía 1ª (Metafísica) Prácticas  (tratan da conducta humana e das súas accións) Ciencias do Posible  (tratan de aquel tipo de obxectos que poden darse ou non) Teóricas  (describen a esenciadas cousas) Ciencias do Necesario  (son as ciencias en senso pleno)
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
5. A LÓXICA ,[object Object],[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
6. A FÍSICA   6.1 A NOCIÓN ARISTOTÉLICA DE  PHÝSIS ,[object Object],[object Object]
6. A FÍSICA   6.1 A NOCIÓN ARISTOTÉLICA DE  PHÝSIS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
  6. A FÍSICA   6.1 A NOCIÓN ARISTOTÉLICA DE  PHÝSIS ,[object Object],[object Object],[object Object]
6.1 a noción aristotélica de  phýsis ,[object Object],[object Object],[object Object]
6.1 A noción aristotélica de  phýsis ,[object Object]
  6. A FÍSICA   6.1 A NOCIÓN ARISTOTÉLICA DE  PHÝSIS ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object]
6.1 O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  O MOVEMENTO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  Tipos de cambio ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  Tipos de cambio ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  Tipos de cambio ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  Tipos de cambio ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  Tipos de cambio ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  Tipos de cambio ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A composición das sustancias: hilemorfismo ,[object Object],[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A composición das sustancias: hilemorfismo ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A composición das sustancias: hilemorfismo ,[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A composición das sustancias: hilemorfismo ,[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A composición das sustancias: hilemorfismo ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A composición das sustancias: hilemorfismo ,[object Object],[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A composición das sustancias: hilemorfismo ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A composición das sustancias: hilemorfismo ,[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A TEORÍA DAS CAUSAS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A TEORÍA DAS CAUSAS ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A TEORÍA DAS CAUSAS ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A TEORÍA DAS CAUSAS ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A TEORÍA DAS CAUSAS ,[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A TEORÍA DAS CAUSAS ,[object Object],[object Object]
6.1  O CONCEPTO ARISTOTÉLICO DE  PHÝSIS.  A TEORÍA DAS CAUSAS ,[object Object]
6. A física ,[object Object],[object Object]
6. A FÍSICA   6.2  A COSMOLOXÍA ,[object Object],[object Object],[object Object]
6. A FÍSICA   6.2  A COSMOLOXÍA ,[object Object]
6. A FÍSICA   6.2  A COSMOLOXÍA ,[object Object]
6.   A física ,[object Object],[object Object]
6.   A física   6.3 A Psicoloxía ,[object Object]
6.   A física   6.3 A Psicoloxía A psicoloxía (tratado sobre a alma) aristotélica está en realidade integrada dentro da física e do que hoxe chamamos bioloxía, pois a alma  (psy ché) é  o  principio   de vida   que explica as actividades e movementos propios dos seres vivos. Se hai seres vivos é porque teñen alma.
6.   A física   6.3 A Psicoloxía No seu tratado  Sobre a alma,  Aristóteles define a  alma  como a « entelequia primeira dun corpo natural que ten a vida en potencia, é dicir, dun corpo organizado ». Se consideramos o ser vivo desde a teoría hilemórfica, o corpo identifícase coa materia e a alma coa forma. O corpo sóten a vida en potencia, sendo a alma o principio que pon a vida en acto.
6.   A física   6.3 A Psicoloxía Aristóteles distingue tres tipos de almas coas respectivas funcións: a)  a  alma vexetativa ,  propia das plantas, que ten as funcións da nutrición, o crecemento e a reproducción; b)  a  alma sensitiva ,  propia dos animais, que asume as funcións do apetito, a sensación, a imaxinación, a memoria e a locomoción no espacio; c)  a  alma intelectiva   ou racional, propia do ser humano, polas que este fala, pensa e razoa.
6.   A física   6.3 A Psicoloxía Aristóteles aplica a súa teoría hilemórfica ao ser humano. Este, como toda substancia natural, consta de materia e forma. O corpo identifícase coa materia e co ser en potencia, e a alma coa forma ou esencia e co ser en acto. Contra o dualismo pitagórico e platónico,  corpo e alma non son dúas substancias  contrarias, senón dous elementos que  constitúen unha única substancia .
6.   A física   6.3 A Psicoloxía A alma racional contén as funcións anímicas inferiores , tanto as sensitivas como as vexetativas. Estas tres funcións anímicas son tres graos xerarquizados de desenvolvemento ascendente da vida humana, que acada a súa plenitude coa función racional.
6.   A física   6.3 A Psicoloxía Entre corpo e alma hai unha unión esencial e natural , non meramente accidental, como afirmaba Platón. É a mesma unión que hai entre materia e forma ou entre potencia e acto. Por tanto  a alma non é unha realidade separable do corpo . O intelixible non existe separado do sensible.
6.   A física   6.3 A Psicoloxía Aristóteles explica o ser humano desde a perspectiva científica dun biólogo e renuncia aos elementos místico-relixiosos que Platón tomara dos pitagóricos. Nega, así, as teses platónicas da inmortalidade, da preexistencia e da reencarnación das almas. Se o individuo morre, é porque desaparece o seu principio vital e o corpo convértese nun ser inanimado, sen alma.
6.   A física   6.3 A Psicoloxía De todos modos, na antropoloxía aristotélica quedan restos de platonismo, pois, despois de afirmar que a alma individual  (psyché  ou forma do corpo) é mortal, afirma que o chamado  entendemento axente é  separable do composto,  inmortal e eterno . Como Aristóteles non aclarou esta cuestión, os intérpretes posteriores discutirán se se trata de algo propio de cada individuo ou de algo común a todos os seres humanos.
6.   A física ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS ,[object Object]
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS ,[object Object],[object Object]
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS ,[object Object],[object Object],[object Object],Sentidos: sensacións (individuais) Imaxinación: imaxe do percibido Entendemento: concepto universal  ABSTRACCIÓN
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS Sentidos: sensacións (individuais) Imaxinación: imaxe do percibido Entendemento: concepto universal   ABSTRACCIÓN Coñecer a esencia dunha cousa  sensible  consiste en asimilar  ou captar de forma intencional, non a súa materia, senón  a súa forma intelixible , o elemento universal que reside en cada substancia individual, é dicir, a forma que é común para todos os individuos da mesma clase. De maneira análoga aos sentidos, que reciben as calidades sensibles sen a materia, como a cera recibe a impronta do selo sen o ferro, así o entendemento recibe a forma intelixible.
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS Sentidos: sensacións (individuais) Imaxinación: imaxe do percibido Entendemento: concepto universal   ABSTRACCIÓN O coñecemento universal está potencialmente na percepción individual. Aristóteles  refuta a teoría platónica da reminiscencia  e do innatismo das ideas, pois  a alma ao nacer é como unha «táboa rasa»  na que nada hai escrito, e explica o proceso de coñecer como un paso da  potencia ao acto.
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS Sentidos: sensacións (individuais) Imaxinación: imaxe do percibido Entendemento: concepto universal  .  Entendemento pacente e entendemento axente ABSTRACCIÓN ,[object Object],[object Object],[object Object]
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN No comezo da súa  Metafísica  afirma Aristóteles que «todos os seres humanos desexan por natureza saber» e a continuación estudia os  graos de saber ou niveis de coñecemento , que van,  en sentido   ascendente , desde o máis imperfecto ao máis perfecto:  a experiencia ou saber empírico, a técnica ou saber técnico, a prudencia ou sabedoría práctica, a ciencia, a intuición intelectual e a sabedoría teórica.
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN A  experiencia   (empeiría)  é un saber nacido do hábito, que aplica regras pero sen dar razóns delas. A través da sensibilidade obtemos a experiencia ou coñecemento empírico, que se refire a cousas individuais e concretas. A través do entendemento obtemos coñecemento sobre o universal que hai nas cousas individuais. Este coñecemento pode ser  práctico ou teórico.
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN Dentro do  práctico  dintínguense dous tipos: a) un  saber técnico   (téchne)  ou «saber facer» (regras ou destrezas técnicas), que se refire aos medios orientados á fabricación de artefactos útiles (unha cama, un barco) ou á producción de obxectos belos (obras de arte, como unha estatua ou un poema); b) un  saber práctico   chamado  prudencia   (phrónesis),  que consiste en «saber actuar» ou saber obrar ben nas situacións relacionadas coa «vida boa», como son a moral ou a política. A prudencia implica deliberar sobre os fins en relación co a é continxente (sobre o necesario non cabe deliberación).
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN O  coñecemento teórico  abarca tres graos sucesivos de saber: a) a  ciencia   (epistéme),  que é un coñecemento do universal e necesario, baseado na demostración (usa o siloxismo) e na indagación das causas; b) o coñecemento intuitivo ou  intuición   (nous)  dos principios xerais que dirixen as ciencias, que non son demostrables, senón intuíbles (principio de non contradicción, terceiro excluso, etc.); c) a  sabedoría teórica   (sophía),  que inclúe os dous graos anteriores, é o grao máis elevado de saber e culmina na contemplación das entidades supremas que estudia a metafísica.
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN Cando se converten en hábitos de conducta, os cinco últimos graos de saber dan lugar ás virtudes chamadas dianoéticas ou intelectuais, que Aristóteles estudia na  Ética.
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN Aristóteles distingue  tres clases de ciencias,  que se correlacionan con tres tipos de actividades humanas, ordenadas xerarquicamente da máis perfecta á máis imperfecta: a) As  ciencias teóricas ,  relacionadas coa vida teorética  (theoria),  que teñen por obxecto a  contemplación intelectual , o saber polo saber ou a busca da verdade. Comprenden, por orde xerárquica, a  metafísica, a matemática e a   física . A metafísica é a ciencia máis perfecta, porque estudia as realidades supremas, as entidades inmóbiles e separadas da materia: o ser en canto ser e Deus como ente supremo. A matemática, que estudia entidades inmóbiles pero non separadas da materia, a diferencia de Platón. A física estudia os entes móbiles unidos e materiais dentro da natureza.
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN ,[object Object]
6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN ,[object Object],[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
7. METAFÍSICA ,[object Object]
7. METAFÍSICA ,[object Object],[object Object]
7. METAFÍSICA ,[object Object],[object Object]
7. METAFÍSICA ,[object Object]
7. METAFÍSICA ,[object Object]
7. METAFÍSICA Finalmente, Aristóteles pregúntase pola actividade propia desta substancia espiritual e responde que consiste na  actividade inmaterial de pensar . E como Deus non pode pensar nada inferior a si mesmo, defíneo como « pensamento autopensante », pensamento que se pensa a si mesmo eternamente. Poderiamos dicir que este Deus goza dun autismo metafísico, pois a contemplación eterna de si mesmo dálle a máxima felicidade.
7. METAFÍSICA Este Deus é a explicación última do problema do cambio. A física aristotélica está vencellada á metafísica e ten o seu fundamento último na teoloxía. O Deus de Aristóteles, que ás veces aparece como trascendente e outras como inmanente ao mundo, ignora a existencia do mundo e está moi lonxe da imaxe cristiá dun Deus creador que planifica e coida do mundo. No horizonte da filosofía grega, a idea de creación é estraña e o mundo é tan eterno coma Deus.
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
8.ÉTICA ,[object Object]
8.ÉTICA Certamente, o ser humano busca moitos fins, como o pracer, a riqueza, a fama, o saber, etc., pero todos estes fins non se buscan por si mesmos, senón como medios para acadar a felicidade. Este fin último consiste no  pleno desenvolvemento da propia natureza  e na actividade máis acorde conforme á esencia humana,  que é a   actividade do pensamento  e da razón: «o ben, para o ser humano, consiste nunha actividade da alma acorde coa virtude e, en caso de pluralidade de virtudes, acorde coa máis excelente e perfecta delas».
8.ÉTICA A   felicidade identifícase, pois, coa  vida teorética   (bíos theoretikós),  coa  actividade intelectual ,  que é a actividade esencial do ser humano, a que máis nos acerca á vida da divindade, que consiste, como vimos, no pensamento. Aristóteles, a diferencia do hedonismo de Epicuro, non identifica a felicidade co pracer. O pracer non é o ben, nin tampouco é un mal. O pracer é só un medio para a vida feliz pero non o fin da mesma.
8.ÉTICA A dedicación á vida teorética ou contemplación intelectual, propia do sabio ou do filósofo, require, sen embargo, certas condicións materiais, pois a vida anímica non se pode dar separada do corpo e das súas necesidades. Entre estas condicións, cita Aristóteles: a saúde corporal, unha longa vida, algunha riqueza ou bens externos, ocio e sobre todo liberdade.
8.ÉTICA Desta teoría elitista da felicidade quedan excluídos os escravos e cantos se dedican aos traballos corporais, manuais ou traballo doméstico, todos eles ligados á necesidade de sobrevivir. A liberdade e a vida dedicada ao ocio era privilexio dunha minoría. Aristóteles, como Platón, despreza o traballo material e as actividades técnicas como inferiores (nos sofistas hai, pola contra, unha valoración da técnica e do traballo corporal e manual).
8.ÉTICA Para conseguir a felicidade é necesaria a práctica das  virtudes . Contra Sócrates e os estoicos, a felicidade non se identifica coa vida virtuosa. Tamén esta, como o pracer, é un medio e non un fin en si. A virtude non é unha capacidade innata (ninguén nace virtuoso), senón un hábito adquirido a través do exercicio e da práctica. Unha persoa faise xusta practicando moitos actos de xustiza.
8.ÉTICA A diferencia das paixóns, a virtude é unha disposición que presupón unha deliberación voluntaria, pola que podemos elixir libremente entre fins continxentes. Aristóteles oponse á tese intelectualista socrática de que ninguén elixe o mal se sabe o que é o ben, pois as paixóns inflúen na elección e na práctica do ben.  Entre o coñecemento do ben e a práctica  do mesmo non  hai , pois,  conexión  necesaria, senón  continxente .
8.ÉTICA A virtude defínese como o xusto medio   (mesotés)  entre dous extremos   viciosos, un por defecto e outro por   exceso . A virtude ten, pois, algo de equilibrio estético, moi típico da arte clásica grega. Por exemplo, a valentía ou fortaleza é un punto medio entre a covardía e a temeridade; a xenerosidade estaría entre os extremos da avaricia e a prodigalidade; a temperanza (autodominio) sería o punto medio entre a insensibilidade ascética e o desenfreo.
8.ÉTICA Pero este punto medio non se pode tomar en absoluto, senón en relación a nós, e tampouco significa mediocridade nin unha media matemática. Para calcular na práctica este xusto medio, Aristóteles propón   seguir o  modelo dun home prudente : obrar como o faría el seguindo a recta razón e tendo en conta as diversas circunstancias da acción.
8.ÉTICA Como o ser humano é ao mesmo tempo racional e irracional, Aristóteles distingue dous tipos de virtudes:  as  dianoéticas  ou  intelectuais   (teóricas) e as  éticas   ou do carácter (prácticas).  As primeiras relaciónanse coa vida teorética e son: a técnica  (téchne),  a prudencia ou sabedoría práctica  (phrónesis),  a ciencia  (epistéme), a  intuición  (nous)  e a sabedoría teórica  (sophía).  Nega así a con f usión socrática entreprudencia e técnica (entre «saber actuar» e «saber facer» ) e a reducción do saber práctico a saber teórico.
8.ÉTICA Pero concorda con Sócrates e Platón afirmando que as  virtudes dianoéticas   son   as máis importantes , pois pertencen á vida contemplativa, propia do sabio, e son a que dan a verdadeira felicidade. As virtudes éticas só proporcionan unha felicidade secundaria. Entre as  virtudes éticas  ou do carácter podemos citar: a  f ortaleza ,  a temperanza, a amizade, etc
8.ÉTICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
8.ÉTICA Finalmente, hai que sinalar que a ética aristotélica está intimamente relacionada coa política.  Os individuos só poden lograr a felicidade dentro da comunidade política  (polis)  ou Estado . Non se trata dunha ética individualista no sentido moderno, senón social ou comunitarista, pois os individuos son só partes que están subordinadas ao todo social. O  Estado  é como un organismo no que o todo ten prioridade sobre as partes, pero ten un fin ético:  promover a xustiza e facer felices os cidadáns .
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
9. Política ,[object Object]
9. Política ,[object Object],[object Object]
9. Política ,[object Object]
9. Política Máis alá da comunidade da familia, ligada á reproducción, e da comunidade da aldea, formada por varias familias para atender as necesidades materiais, o  Estado-cidade é a comunidade perfecta , autosuficiente, que  ten como fin  o vivir ben, ou sexa conseguir  unha   vida feliz . Ética e política son inseparables. O Estado non só posibilita a vida moral, senón tamén a actividade intelectual, que é a máis acorde coa esencia humana.
9. Política O traballo manual, como o dos escravos, artesáns, comerciantes, agricultores ou o das mulleres no fogar, é degradante e impropio de homes libres. Por iso todos os traballadores manuais quedan excluidos da vida política e da cidadanía. A institución da  escravitude  ten para Aristóteles un  fundamento natural , non social: uns son por natureza libres e outros escravos por natureza, non por causas sociais. «O escravo é un instrumento animado», propiedade do seu amo.
9. Política Aristóteles fai unha crítica ao ideal platónico, que aparecía na  República,  dun Estado convertido en sociedade perfecta. A proposta platónica de loitar contra o egoísmo abolindo a familia e a propiedade privada para a clase media e superior, vai contra a orde natural, pois tanto a familia como a propiedade derivan da natureza humana. O mellor remedio contra o egoísmo consiste nunha boa educación pública da cidadanía para exercer   a virtude da xenerosidade.
9. Política Tamén abandona a visión aristocrática da sociedade platónica. Aristóteles pensa que a base máis sólida para unha comunidade é que o peso do poder recaia sobre unha clase media, que mire polo ben da comunidade, e que non teña ambicións por falta do básico para vivir, o que daría lugar a revolucións.
9. Política Seguindo unha clasificación xa anticipada por Platón en  O Político,  Aristóteles diferencia  tres formas de goberno  que son correctas ou  lexítimas , por estar orientadas ao ben común e ao interese público, e  tres formas desviadas , por orientarse só ao interese privado dos gobernantes. As formas correctas son a  monarquía ,  a  aristocracia e   a  democracia   (politeia).  Cal sexa a máis adecuada, depende de cada pobo e das condicións históricas. Aristóteles non propón, como Platón, un único modelo ideal e absoluto. Cada unha destas tres ten a correspondente  forma desviada : a monarquía pode dexenerar en  tiranía ,  a aristocracia en  oligarquía  e  a democracia en  demagoxia .
9. Política Aristóteles, como  meteco  de clase media e como filósofo que parte da experiencia e do posible, propugna unha ética e unha política feita a medida dos seres humanos, pero non de todos, xa que defende a orixe natural da escravitude e  a inferioridade da  muller   con respecto ao home. No ámbito doméstico, ao contrario que no ámbito político, non rexe o principio da xustiza nin as relacións entre iguais. Na familia só se impón a autoridade do pai sobre a muller, os fillos e os escravos. Algúns sofistas criticaran, sen embargo, a escravitude en nome da igualdade, e o mesmo Platón avogaba na súa república ideal pola igualdade entre os sexos.
A Filosofía despois de Aristóteles A filosofía helenística e o fin da filosofía clásica
O HELENISMO ,[object Object]
O HELENISMO ,[object Object]
O HELENISMO ,[object Object]
O HELENISMO ,[object Object]
O HELENISMO ,[object Object]
O HELENISMO ,[object Object]
O HELENISMO ,[object Object]
O HELENISMO ,[object Object]
O EPICUREÍSMO ,[object Object]
O EPICUREÍSMO ,[object Object]
O EPICUREÍSMO ,[object Object]
O EPICUREÍSMO ,[object Object]
O EPICUREÍSMO ,[object Object]
O EPICUREÍSMO ,[object Object]
O EPICUREÍSMO ,[object Object]
O EPICUREÍSMO ,[object Object]
O ESTOICISMO ,[object Object],[object Object]
O ESTOICISMO ,[object Object]
O ESTOICISMO ,[object Object]
O ESTOICISMO ,[object Object]
O ESTOICISMO ,[object Object]
O ESCÉPTICISMO ,[object Object]
O ESCÉPTICISMO ,[object Object]
O ESCÉPTICISMO ,[object Object],[object Object]
O FINAL DA FILOSOFÍA ANTIGA ,[object Object]
O FINAL DA FILOSOFÍA ANTIGA ,[object Object]
O FINAL DA FILOSOFÍA ANTIGA ,[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
6. Textos: comentario de texto obrigatorio ,[object Object],[object Object],[object Object]
6. Textos ,[object Object],[object Object],[object Object]
6. Textos ,[object Object],[object Object]
6. Textos ,[object Object]
6. Textos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
6. Textos ,[object Object],[object Object],[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
7. Glosario ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
8. Bibliografía ,[object Object],[object Object],[object Object]
8. Bibliografía ,[object Object],[object Object],[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
9. Páxinas web recomendadas ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
10. Exames de selectividade
10. Exames de selectividade
10. Exames de selectividade
10. Exames de selectividade
ARISTÓTELES (384-322) ,[object Object]
11. Recursos audiovisuais ,[object Object]

Más contenido relacionado

La actualidad más candente (18)

Platon
PlatonPlaton
Platon
 
Grandesfilosofos touro2015
Grandesfilosofos touro2015Grandesfilosofos touro2015
Grandesfilosofos touro2015
 
Cristianismo e helenismo
Cristianismo e helenismoCristianismo e helenismo
Cristianismo e helenismo
 
Filosofía Antiga por Andrea Salgado
Filosofía Antiga por Andrea SalgadoFilosofía Antiga por Andrea Salgado
Filosofía Antiga por Andrea Salgado
 
Métodos filosóficos
Métodos filosóficosMétodos filosóficos
Métodos filosóficos
 
1. O saber filosófico
1. O saber filosófico1. O saber filosófico
1. O saber filosófico
 
Programación Historia da Filosofía
Programación Historia da FilosofíaProgramación Historia da Filosofía
Programación Historia da Filosofía
 
Esquema aristóteles
Esquema aristótelesEsquema aristóteles
Esquema aristóteles
 
04 aristóteles
04 aristóteles04 aristóteles
04 aristóteles
 
El mundo de Sofía de Jostein Gaarder... por Alba Guede Rodríguez
El mundo de Sofía de Jostein Gaarder... por Alba Guede RodríguezEl mundo de Sofía de Jostein Gaarder... por Alba Guede Rodríguez
El mundo de Sofía de Jostein Gaarder... por Alba Guede Rodríguez
 
Tema 2. As preguntas da Filosofía.
Tema 2. As preguntas da Filosofía.Tema 2. As preguntas da Filosofía.
Tema 2. As preguntas da Filosofía.
 
Descartes
DescartesDescartes
Descartes
 
Esquema meu
Esquema meuEsquema meu
Esquema meu
 
5. Aristóteles, vida e obra
5. Aristóteles, vida e obra5. Aristóteles, vida e obra
5. Aristóteles, vida e obra
 
4. Aristóteles marco histórico
4. Aristóteles marco histórico4. Aristóteles marco histórico
4. Aristóteles marco histórico
 
ESQUEMA ARISTÓTELES
ESQUEMA ARISTÓTELESESQUEMA ARISTÓTELES
ESQUEMA ARISTÓTELES
 
3. platon comprensión
3. platon comprensión3. platon comprensión
3. platon comprensión
 
Unidade 4
Unidade 4Unidade 4
Unidade 4
 

Destacado

Apuntes Agostiño e Tomé de Aquino
Apuntes Agostiño e Tomé de AquinoApuntes Agostiño e Tomé de Aquino
Apuntes Agostiño e Tomé de Aquinonieveslopez
 
NetSys-Corporate-Profile-August-2016
NetSys-Corporate-Profile-August-2016NetSys-Corporate-Profile-August-2016
NetSys-Corporate-Profile-August-2016Usman Hashmi
 
Building Mobile Apps with Rhodes
Building Mobile Apps with RhodesBuilding Mobile Apps with Rhodes
Building Mobile Apps with Rhodesrhocam
 
Textos aristóteles
Textos aristótelesTextos aristóteles
Textos aristótelesnieveslopez
 
Unidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura finalUnidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura finalnieveslopez
 
Cloning And The Government
Cloning And The GovernmentCloning And The Government
Cloning And The Governmenthboudwin
 
Aristóteles (384-322 a.C.)
Aristóteles (384-322 a.C.)Aristóteles (384-322 a.C.)
Aristóteles (384-322 a.C.)nieveslopez
 
Unidade 2 A filosofía como racionalidade teórica
Unidade 2 A filosofía como racionalidade teóricaUnidade 2 A filosofía como racionalidade teórica
Unidade 2 A filosofía como racionalidade teóricanieveslopez
 
ProPakistani Tariff & Corporate Overview-Public
ProPakistani Tariff & Corporate Overview-PublicProPakistani Tariff & Corporate Overview-Public
ProPakistani Tariff & Corporate Overview-PublicUsman Hashmi
 
Person, family, society
Person, family, societyPerson, family, society
Person, family, societynieveslopez
 
REVERSE MORTGAGE - HECM LOAN - Guidelines And Procedures
REVERSE MORTGAGE - HECM LOAN - Guidelines And ProceduresREVERSE MORTGAGE - HECM LOAN - Guidelines And Procedures
REVERSE MORTGAGE - HECM LOAN - Guidelines And ProceduresMortgages
 
Power-point Tomé de Aquino
Power-point Tomé de Aquino Power-point Tomé de Aquino
Power-point Tomé de Aquino nieveslopez
 
Tomé de Aquino
Tomé de Aquino Tomé de Aquino
Tomé de Aquino nieveslopez
 
Los Planetas
Los PlanetasLos Planetas
Los Planetasjosemi4d
 
Los Planetas
Los PlanetasLos Planetas
Los Planetasjosemi4d
 
Request For Funding
Request For FundingRequest For Funding
Request For FundingMortgages
 
Unidade 3 lóxica
Unidade 3 lóxicaUnidade 3 lóxica
Unidade 3 lóxicanieveslopez
 
Historia da Filosofía Currículo 2009 2010 Galicia
Historia da Filosofía Currículo 2009 2010 GaliciaHistoria da Filosofía Currículo 2009 2010 Galicia
Historia da Filosofía Currículo 2009 2010 Galicianieveslopez
 

Destacado (20)

Apuntes Agostiño e Tomé de Aquino
Apuntes Agostiño e Tomé de AquinoApuntes Agostiño e Tomé de Aquino
Apuntes Agostiño e Tomé de Aquino
 
NetSys-Corporate-Profile-August-2016
NetSys-Corporate-Profile-August-2016NetSys-Corporate-Profile-August-2016
NetSys-Corporate-Profile-August-2016
 
Building Mobile Apps with Rhodes
Building Mobile Apps with RhodesBuilding Mobile Apps with Rhodes
Building Mobile Apps with Rhodes
 
Textos aristóteles
Textos aristótelesTextos aristóteles
Textos aristóteles
 
Unidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura finalUnidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura final
 
Cloning And The Government
Cloning And The GovernmentCloning And The Government
Cloning And The Government
 
Aristóteles (384-322 a.C.)
Aristóteles (384-322 a.C.)Aristóteles (384-322 a.C.)
Aristóteles (384-322 a.C.)
 
Unidade 2 A filosofía como racionalidade teórica
Unidade 2 A filosofía como racionalidade teóricaUnidade 2 A filosofía como racionalidade teórica
Unidade 2 A filosofía como racionalidade teórica
 
ProPakistani Tariff & Corporate Overview-Public
ProPakistani Tariff & Corporate Overview-PublicProPakistani Tariff & Corporate Overview-Public
ProPakistani Tariff & Corporate Overview-Public
 
Person, family, society
Person, family, societyPerson, family, society
Person, family, society
 
REVERSE MORTGAGE - HECM LOAN - Guidelines And Procedures
REVERSE MORTGAGE - HECM LOAN - Guidelines And ProceduresREVERSE MORTGAGE - HECM LOAN - Guidelines And Procedures
REVERSE MORTGAGE - HECM LOAN - Guidelines And Procedures
 
Power-point Tomé de Aquino
Power-point Tomé de Aquino Power-point Tomé de Aquino
Power-point Tomé de Aquino
 
Unit Democracy
Unit DemocracyUnit Democracy
Unit Democracy
 
Tomé de Aquino
Tomé de Aquino Tomé de Aquino
Tomé de Aquino
 
Los Planetas
Los PlanetasLos Planetas
Los Planetas
 
Los Planetas
Los PlanetasLos Planetas
Los Planetas
 
Request For Funding
Request For FundingRequest For Funding
Request For Funding
 
Unidade 3 lóxica
Unidade 3 lóxicaUnidade 3 lóxica
Unidade 3 lóxica
 
Historia da Filosofía Currículo 2009 2010 Galicia
Historia da Filosofía Currículo 2009 2010 GaliciaHistoria da Filosofía Currículo 2009 2010 Galicia
Historia da Filosofía Currículo 2009 2010 Galicia
 
Textos Platón
Textos PlatónTextos Platón
Textos Platón
 

Similar a Aristóteles (384-322 a.C.)

2. PLATON vidaobras
2. PLATON vidaobras2. PLATON vidaobras
2. PLATON vidaobrasAfrica Lopez
 
Tema 1 hª fil grega 1
Tema 1 hª fil grega 1Tema 1 hª fil grega 1
Tema 1 hª fil grega 1xcabido
 
2. Historicidade dos códigos morais
2. Historicidade dos códigos morais 2. Historicidade dos códigos morais
2. Historicidade dos códigos morais Africa Lopez
 
Cosmovisiones
CosmovisionesCosmovisiones
Cosmovisionesalba_0721
 
Esquema de aristóteles
Esquema de aristótelesEsquema de aristóteles
Esquema de aristótelesvaldexeadas
 
Platón. O mito da caverna 1
Platón. O mito da caverna 1Platón. O mito da caverna 1
Platón. O mito da caverna 1honomastico
 
Sofistas e socrates
Sofistas e socratesSofistas e socrates
Sofistas e socratesEva Garea
 
Tema 1:A Orixe do Cosmos na Corrente Presocrática
Tema 1:A Orixe do Cosmos na Corrente PresocráticaTema 1:A Orixe do Cosmos na Corrente Presocrática
Tema 1:A Orixe do Cosmos na Corrente PresocráticaEva Garea
 
Platón e a Teoría das Ideas
Platón e a Teoría das IdeasPlatón e a Teoría das Ideas
Platón e a Teoría das Ideaspepecelta
 
Platón e a Teoría das Ideas
Platón e a Teoría das IdeasPlatón e a Teoría das Ideas
Platón e a Teoría das Ideaspepecelta
 
Ud 0 final juani
Ud 0 final juaniUd 0 final juani
Ud 0 final juanijuanapardo
 
Os científicos e o método científico
Os científicos e o método científicoOs científicos e o método científico
Os científicos e o método científicoconchiciencias
 

Similar a Aristóteles (384-322 a.C.) (16)

2. PLATON vidaobras
2. PLATON vidaobras2. PLATON vidaobras
2. PLATON vidaobras
 
Historia da filosofia presentación da materia
Historia da filosofia   presentación da materiaHistoria da filosofia   presentación da materia
Historia da filosofia presentación da materia
 
Tema 1 hª fil grega 1
Tema 1 hª fil grega 1Tema 1 hª fil grega 1
Tema 1 hª fil grega 1
 
2. Historicidade dos códigos morais
2. Historicidade dos códigos morais 2. Historicidade dos códigos morais
2. Historicidade dos códigos morais
 
Cosmovisiones
CosmovisionesCosmovisiones
Cosmovisiones
 
Esquema de aristóteles
Esquema de aristótelesEsquema de aristóteles
Esquema de aristóteles
 
Eagleton, o debuxo dun círculo marxista
Eagleton, o debuxo dun círculo marxistaEagleton, o debuxo dun círculo marxista
Eagleton, o debuxo dun círculo marxista
 
O discurso do método
O discurso do método O discurso do método
O discurso do método
 
Platón. O mito da caverna 1
Platón. O mito da caverna 1Platón. O mito da caverna 1
Platón. O mito da caverna 1
 
Sofistas e socrates
Sofistas e socratesSofistas e socrates
Sofistas e socrates
 
Tema 1:A Orixe do Cosmos na Corrente Presocrática
Tema 1:A Orixe do Cosmos na Corrente PresocráticaTema 1:A Orixe do Cosmos na Corrente Presocrática
Tema 1:A Orixe do Cosmos na Corrente Presocrática
 
Platón e a Teoría das Ideas
Platón e a Teoría das IdeasPlatón e a Teoría das Ideas
Platón e a Teoría das Ideas
 
Platón e a Teoría das Ideas
Platón e a Teoría das IdeasPlatón e a Teoría das Ideas
Platón e a Teoría das Ideas
 
Ud 0 final juani
Ud 0 final juaniUd 0 final juani
Ud 0 final juani
 
Os científicos e o método científico
Os científicos e o método científicoOs científicos e o método científico
Os científicos e o método científico
 
Pau 2012 h_filosofia
Pau 2012 h_filosofiaPau 2012 h_filosofia
Pau 2012 h_filosofia
 

Más de nieveslopez

Unha dieta saudable
Unha dieta saudableUnha dieta saudable
Unha dieta saudablenieveslopez
 
Enquisa alimentación final
Enquisa alimentación finalEnquisa alimentación final
Enquisa alimentación finalnieveslopez
 
A orixe do estado
A orixe do estadoA orixe do estado
A orixe do estadonieveslopez
 
Unidade 4 As sociedades igualitarias
Unidade 4 As sociedades igualitariasUnidade 4 As sociedades igualitarias
Unidade 4 As sociedades igualitariasnieveslopez
 
Unidade 3 Modelos de subsistencia
Unidade 3 Modelos de subsistenciaUnidade 3 Modelos de subsistencia
Unidade 3 Modelos de subsistencianieveslopez
 
Unidade 2 As relación de parentesco
Unidade 2 As relación de parentescoUnidade 2 As relación de parentesco
Unidade 2 As relación de parentesconieveslopez
 
Unidade 8 Que é a cultura
Unidade 8 Que é a culturaUnidade 8 Que é a cultura
Unidade 8 Que é a culturanieveslopez
 
Unidade 7 Dominados polos xenes
Unidade 7 Dominados polos xenesUnidade 7 Dominados polos xenes
Unidade 7 Dominados polos xenesnieveslopez
 
Unidade 6 A evolución, cousa de mulleres
Unidade 6 A evolución, cousa de mulleresUnidade 6 A evolución, cousa de mulleres
Unidade 6 A evolución, cousa de mulleresnieveslopez
 
Unidade 5 Por que comemos de máis?
Unidade 5 Por que comemos de máis?Unidade 5 Por que comemos de máis?
Unidade 5 Por que comemos de máis?nieveslopez
 
Unidade 3 Mellores brancos ou negros?
Unidade 3 Mellores brancos ou negros?Unidade 3 Mellores brancos ou negros?
Unidade 3 Mellores brancos ou negros?nieveslopez
 
Unidade 4 por que somos máis listos
Unidade 4 por que somos máis listosUnidade 4 por que somos máis listos
Unidade 4 por que somos máis listosnieveslopez
 
Unidade 2 Bipedismo
Unidade 2 BipedismoUnidade 2 Bipedismo
Unidade 2 Bipedismonieveslopez
 
Unidade 1 As orixes do ser humano
Unidade 1 As orixes do ser humanoUnidade 1 As orixes do ser humano
Unidade 1 As orixes do ser humanonieveslopez
 
Que é a Antropoloxía
Que é a AntropoloxíaQue é a Antropoloxía
Que é a Antropoloxíanieveslopez
 
Unidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura finalUnidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura finalnieveslopez
 
Unidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura finalUnidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura finalnieveslopez
 
Pautas para realizar un comentario de texto filosófico
Pautas para realizar un comentario de texto filosóficoPautas para realizar un comentario de texto filosófico
Pautas para realizar un comentario de texto filosóficonieveslopez
 

Más de nieveslopez (20)

Unha dieta saudable
Unha dieta saudableUnha dieta saudable
Unha dieta saudable
 
Ficha 2
Ficha 2Ficha 2
Ficha 2
 
Enquisa alimentación final
Enquisa alimentación finalEnquisa alimentación final
Enquisa alimentación final
 
A orixe do estado
A orixe do estadoA orixe do estado
A orixe do estado
 
Unidade 4 As sociedades igualitarias
Unidade 4 As sociedades igualitariasUnidade 4 As sociedades igualitarias
Unidade 4 As sociedades igualitarias
 
Unidade 3 Modelos de subsistencia
Unidade 3 Modelos de subsistenciaUnidade 3 Modelos de subsistencia
Unidade 3 Modelos de subsistencia
 
Unidade 2 As relación de parentesco
Unidade 2 As relación de parentescoUnidade 2 As relación de parentesco
Unidade 2 As relación de parentesco
 
Unidade 8 Que é a cultura
Unidade 8 Que é a culturaUnidade 8 Que é a cultura
Unidade 8 Que é a cultura
 
Unidade 7 Dominados polos xenes
Unidade 7 Dominados polos xenesUnidade 7 Dominados polos xenes
Unidade 7 Dominados polos xenes
 
Unidade 6 A evolución, cousa de mulleres
Unidade 6 A evolución, cousa de mulleresUnidade 6 A evolución, cousa de mulleres
Unidade 6 A evolución, cousa de mulleres
 
Unidade 5 Por que comemos de máis?
Unidade 5 Por que comemos de máis?Unidade 5 Por que comemos de máis?
Unidade 5 Por que comemos de máis?
 
Unidade 3 Mellores brancos ou negros?
Unidade 3 Mellores brancos ou negros?Unidade 3 Mellores brancos ou negros?
Unidade 3 Mellores brancos ou negros?
 
Unidade 4 por que somos máis listos
Unidade 4 por que somos máis listosUnidade 4 por que somos máis listos
Unidade 4 por que somos máis listos
 
Unidade 2 Bipedismo
Unidade 2 BipedismoUnidade 2 Bipedismo
Unidade 2 Bipedismo
 
Unidade 1 As orixes do ser humano
Unidade 1 As orixes do ser humanoUnidade 1 As orixes do ser humano
Unidade 1 As orixes do ser humano
 
Que é a Antropoloxía
Que é a AntropoloxíaQue é a Antropoloxía
Que é a Antropoloxía
 
Antropoloxía
AntropoloxíaAntropoloxía
Antropoloxía
 
Unidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura finalUnidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura final
 
Unidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura finalUnidade 5 natureza e cultura final
Unidade 5 natureza e cultura final
 
Pautas para realizar un comentario de texto filosófico
Pautas para realizar un comentario de texto filosóficoPautas para realizar un comentario de texto filosófico
Pautas para realizar un comentario de texto filosófico
 

Aristóteles (384-322 a.C.)

  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 64.
  • 65.
  • 66.
  • 67.
  • 68.
  • 69.
  • 70.
  • 71.
  • 72.
  • 73.
  • 74.
  • 75.
  • 76.
  • 77.
  • 78.
  • 79.
  • 80.
  • 81.
  • 82.
  • 83.
  • 84.
  • 85.
  • 86.
  • 87.
  • 88.
  • 89.
  • 90.
  • 91.
  • 92.
  • 93.
  • 94.
  • 95.
  • 96.
  • 97.
  • 98.
  • 99. 6. A física 6.3 A Psicoloxía A psicoloxía (tratado sobre a alma) aristotélica está en realidade integrada dentro da física e do que hoxe chamamos bioloxía, pois a alma (psy ché) é o principio de vida que explica as actividades e movementos propios dos seres vivos. Se hai seres vivos é porque teñen alma.
  • 100. 6. A física 6.3 A Psicoloxía No seu tratado Sobre a alma, Aristóteles define a alma como a « entelequia primeira dun corpo natural que ten a vida en potencia, é dicir, dun corpo organizado ». Se consideramos o ser vivo desde a teoría hilemórfica, o corpo identifícase coa materia e a alma coa forma. O corpo sóten a vida en potencia, sendo a alma o principio que pon a vida en acto.
  • 101. 6. A física 6.3 A Psicoloxía Aristóteles distingue tres tipos de almas coas respectivas funcións: a) a alma vexetativa , propia das plantas, que ten as funcións da nutrición, o crecemento e a reproducción; b) a alma sensitiva , propia dos animais, que asume as funcións do apetito, a sensación, a imaxinación, a memoria e a locomoción no espacio; c) a alma intelectiva ou racional, propia do ser humano, polas que este fala, pensa e razoa.
  • 102. 6. A física 6.3 A Psicoloxía Aristóteles aplica a súa teoría hilemórfica ao ser humano. Este, como toda substancia natural, consta de materia e forma. O corpo identifícase coa materia e co ser en potencia, e a alma coa forma ou esencia e co ser en acto. Contra o dualismo pitagórico e platónico, corpo e alma non son dúas substancias contrarias, senón dous elementos que constitúen unha única substancia .
  • 103. 6. A física 6.3 A Psicoloxía A alma racional contén as funcións anímicas inferiores , tanto as sensitivas como as vexetativas. Estas tres funcións anímicas son tres graos xerarquizados de desenvolvemento ascendente da vida humana, que acada a súa plenitude coa función racional.
  • 104. 6. A física 6.3 A Psicoloxía Entre corpo e alma hai unha unión esencial e natural , non meramente accidental, como afirmaba Platón. É a mesma unión que hai entre materia e forma ou entre potencia e acto. Por tanto a alma non é unha realidade separable do corpo . O intelixible non existe separado do sensible.
  • 105. 6. A física 6.3 A Psicoloxía Aristóteles explica o ser humano desde a perspectiva científica dun biólogo e renuncia aos elementos místico-relixiosos que Platón tomara dos pitagóricos. Nega, así, as teses platónicas da inmortalidade, da preexistencia e da reencarnación das almas. Se o individuo morre, é porque desaparece o seu principio vital e o corpo convértese nun ser inanimado, sen alma.
  • 106. 6. A física 6.3 A Psicoloxía De todos modos, na antropoloxía aristotélica quedan restos de platonismo, pois, despois de afirmar que a alma individual (psyché ou forma do corpo) é mortal, afirma que o chamado entendemento axente é separable do composto, inmortal e eterno . Como Aristóteles non aclarou esta cuestión, os intérpretes posteriores discutirán se se trata de algo propio de cada individuo ou de algo común a todos os seres humanos.
  • 107.
  • 108.
  • 109.
  • 110.
  • 111.
  • 112. 6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS Sentidos: sensacións (individuais) Imaxinación: imaxe do percibido Entendemento: concepto universal ABSTRACCIÓN Coñecer a esencia dunha cousa sensible consiste en asimilar ou captar de forma intencional, non a súa materia, senón a súa forma intelixible , o elemento universal que reside en cada substancia individual, é dicir, a forma que é común para todos os individuos da mesma clase. De maneira análoga aos sentidos, que reciben as calidades sensibles sen a materia, como a cera recibe a impronta do selo sen o ferro, así o entendemento recibe a forma intelixible.
  • 113. 6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS Sentidos: sensacións (individuais) Imaxinación: imaxe do percibido Entendemento: concepto universal ABSTRACCIÓN O coñecemento universal está potencialmente na percepción individual. Aristóteles refuta a teoría platónica da reminiscencia e do innatismo das ideas, pois a alma ao nacer é como unha «táboa rasa» na que nada hai escrito, e explica o proceso de coñecer como un paso da potencia ao acto.
  • 114.
  • 115. 6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN No comezo da súa Metafísica afirma Aristóteles que «todos os seres humanos desexan por natureza saber» e a continuación estudia os graos de saber ou niveis de coñecemento , que van, en sentido ascendente , desde o máis imperfecto ao máis perfecto: a experiencia ou saber empírico, a técnica ou saber técnico, a prudencia ou sabedoría práctica, a ciencia, a intuición intelectual e a sabedoría teórica.
  • 116. 6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN A experiencia (empeiría) é un saber nacido do hábito, que aplica regras pero sen dar razóns delas. A través da sensibilidade obtemos a experiencia ou coñecemento empírico, que se refire a cousas individuais e concretas. A través do entendemento obtemos coñecemento sobre o universal que hai nas cousas individuais. Este coñecemento pode ser práctico ou teórico.
  • 117. 6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN Dentro do práctico dintínguense dous tipos: a) un saber técnico (téchne) ou «saber facer» (regras ou destrezas técnicas), que se refire aos medios orientados á fabricación de artefactos útiles (unha cama, un barco) ou á producción de obxectos belos (obras de arte, como unha estatua ou un poema); b) un saber práctico chamado prudencia (phrónesis), que consiste en «saber actuar» ou saber obrar ben nas situacións relacionadas coa «vida boa», como son a moral ou a política. A prudencia implica deliberar sobre os fins en relación co a é continxente (sobre o necesario non cabe deliberación).
  • 118. 6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN O coñecemento teórico abarca tres graos sucesivos de saber: a) a ciencia (epistéme), que é un coñecemento do universal e necesario, baseado na demostración (usa o siloxismo) e na indagación das causas; b) o coñecemento intuitivo ou intuición (nous) dos principios xerais que dirixen as ciencias, que non son demostrables, senón intuíbles (principio de non contradicción, terceiro excluso, etc.); c) a sabedoría teórica (sophía), que inclúe os dous graos anteriores, é o grao máis elevado de saber e culmina na contemplación das entidades supremas que estudia a metafísica.
  • 119. 6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN Cando se converten en hábitos de conducta, os cinco últimos graos de saber dan lugar ás virtudes chamadas dianoéticas ou intelectuais, que Aristóteles estudia na Ética.
  • 120. 6. FÍSICA 6.4 0 COÑECEMENTO E AS CIENCIAS CCIÓN Aristóteles distingue tres clases de ciencias, que se correlacionan con tres tipos de actividades humanas, ordenadas xerarquicamente da máis perfecta á máis imperfecta: a) As ciencias teóricas , relacionadas coa vida teorética (theoria), que teñen por obxecto a contemplación intelectual , o saber polo saber ou a busca da verdade. Comprenden, por orde xerárquica, a metafísica, a matemática e a física . A metafísica é a ciencia máis perfecta, porque estudia as realidades supremas, as entidades inmóbiles e separadas da materia: o ser en canto ser e Deus como ente supremo. A matemática, que estudia entidades inmóbiles pero non separadas da materia, a diferencia de Platón. A física estudia os entes móbiles unidos e materiais dentro da natureza.
  • 121.
  • 122.
  • 123.
  • 124.
  • 125.
  • 126.
  • 127.
  • 128.
  • 129. 7. METAFÍSICA Finalmente, Aristóteles pregúntase pola actividade propia desta substancia espiritual e responde que consiste na actividade inmaterial de pensar . E como Deus non pode pensar nada inferior a si mesmo, defíneo como « pensamento autopensante », pensamento que se pensa a si mesmo eternamente. Poderiamos dicir que este Deus goza dun autismo metafísico, pois a contemplación eterna de si mesmo dálle a máxima felicidade.
  • 130. 7. METAFÍSICA Este Deus é a explicación última do problema do cambio. A física aristotélica está vencellada á metafísica e ten o seu fundamento último na teoloxía. O Deus de Aristóteles, que ás veces aparece como trascendente e outras como inmanente ao mundo, ignora a existencia do mundo e está moi lonxe da imaxe cristiá dun Deus creador que planifica e coida do mundo. No horizonte da filosofía grega, a idea de creación é estraña e o mundo é tan eterno coma Deus.
  • 131.
  • 132.
  • 133. 8.ÉTICA Certamente, o ser humano busca moitos fins, como o pracer, a riqueza, a fama, o saber, etc., pero todos estes fins non se buscan por si mesmos, senón como medios para acadar a felicidade. Este fin último consiste no pleno desenvolvemento da propia natureza e na actividade máis acorde conforme á esencia humana, que é a actividade do pensamento e da razón: «o ben, para o ser humano, consiste nunha actividade da alma acorde coa virtude e, en caso de pluralidade de virtudes, acorde coa máis excelente e perfecta delas».
  • 134. 8.ÉTICA A felicidade identifícase, pois, coa vida teorética (bíos theoretikós), coa actividade intelectual , que é a actividade esencial do ser humano, a que máis nos acerca á vida da divindade, que consiste, como vimos, no pensamento. Aristóteles, a diferencia do hedonismo de Epicuro, non identifica a felicidade co pracer. O pracer non é o ben, nin tampouco é un mal. O pracer é só un medio para a vida feliz pero non o fin da mesma.
  • 135. 8.ÉTICA A dedicación á vida teorética ou contemplación intelectual, propia do sabio ou do filósofo, require, sen embargo, certas condicións materiais, pois a vida anímica non se pode dar separada do corpo e das súas necesidades. Entre estas condicións, cita Aristóteles: a saúde corporal, unha longa vida, algunha riqueza ou bens externos, ocio e sobre todo liberdade.
  • 136. 8.ÉTICA Desta teoría elitista da felicidade quedan excluídos os escravos e cantos se dedican aos traballos corporais, manuais ou traballo doméstico, todos eles ligados á necesidade de sobrevivir. A liberdade e a vida dedicada ao ocio era privilexio dunha minoría. Aristóteles, como Platón, despreza o traballo material e as actividades técnicas como inferiores (nos sofistas hai, pola contra, unha valoración da técnica e do traballo corporal e manual).
  • 137. 8.ÉTICA Para conseguir a felicidade é necesaria a práctica das virtudes . Contra Sócrates e os estoicos, a felicidade non se identifica coa vida virtuosa. Tamén esta, como o pracer, é un medio e non un fin en si. A virtude non é unha capacidade innata (ninguén nace virtuoso), senón un hábito adquirido a través do exercicio e da práctica. Unha persoa faise xusta practicando moitos actos de xustiza.
  • 138. 8.ÉTICA A diferencia das paixóns, a virtude é unha disposición que presupón unha deliberación voluntaria, pola que podemos elixir libremente entre fins continxentes. Aristóteles oponse á tese intelectualista socrática de que ninguén elixe o mal se sabe o que é o ben, pois as paixóns inflúen na elección e na práctica do ben. Entre o coñecemento do ben e a práctica do mesmo non hai , pois, conexión necesaria, senón continxente .
  • 139. 8.ÉTICA A virtude defínese como o xusto medio (mesotés) entre dous extremos viciosos, un por defecto e outro por exceso . A virtude ten, pois, algo de equilibrio estético, moi típico da arte clásica grega. Por exemplo, a valentía ou fortaleza é un punto medio entre a covardía e a temeridade; a xenerosidade estaría entre os extremos da avaricia e a prodigalidade; a temperanza (autodominio) sería o punto medio entre a insensibilidade ascética e o desenfreo.
  • 140. 8.ÉTICA Pero este punto medio non se pode tomar en absoluto, senón en relación a nós, e tampouco significa mediocridade nin unha media matemática. Para calcular na práctica este xusto medio, Aristóteles propón seguir o modelo dun home prudente : obrar como o faría el seguindo a recta razón e tendo en conta as diversas circunstancias da acción.
  • 141. 8.ÉTICA Como o ser humano é ao mesmo tempo racional e irracional, Aristóteles distingue dous tipos de virtudes: as dianoéticas ou intelectuais (teóricas) e as éticas ou do carácter (prácticas). As primeiras relaciónanse coa vida teorética e son: a técnica (téchne), a prudencia ou sabedoría práctica (phrónesis), a ciencia (epistéme), a intuición (nous) e a sabedoría teórica (sophía). Nega así a con f usión socrática entreprudencia e técnica (entre «saber actuar» e «saber facer» ) e a reducción do saber práctico a saber teórico.
  • 142. 8.ÉTICA Pero concorda con Sócrates e Platón afirmando que as virtudes dianoéticas son as máis importantes , pois pertencen á vida contemplativa, propia do sabio, e son a que dan a verdadeira felicidade. As virtudes éticas só proporcionan unha felicidade secundaria. Entre as virtudes éticas ou do carácter podemos citar: a f ortaleza , a temperanza, a amizade, etc
  • 143.
  • 144. 8.ÉTICA Finalmente, hai que sinalar que a ética aristotélica está intimamente relacionada coa política. Os individuos só poden lograr a felicidade dentro da comunidade política (polis) ou Estado . Non se trata dunha ética individualista no sentido moderno, senón social ou comunitarista, pois os individuos son só partes que están subordinadas ao todo social. O Estado é como un organismo no que o todo ten prioridade sobre as partes, pero ten un fin ético: promover a xustiza e facer felices os cidadáns .
  • 145.
  • 146.
  • 147.
  • 148.
  • 149. 9. Política Máis alá da comunidade da familia, ligada á reproducción, e da comunidade da aldea, formada por varias familias para atender as necesidades materiais, o Estado-cidade é a comunidade perfecta , autosuficiente, que ten como fin o vivir ben, ou sexa conseguir unha vida feliz . Ética e política son inseparables. O Estado non só posibilita a vida moral, senón tamén a actividade intelectual, que é a máis acorde coa esencia humana.
  • 150. 9. Política O traballo manual, como o dos escravos, artesáns, comerciantes, agricultores ou o das mulleres no fogar, é degradante e impropio de homes libres. Por iso todos os traballadores manuais quedan excluidos da vida política e da cidadanía. A institución da escravitude ten para Aristóteles un fundamento natural , non social: uns son por natureza libres e outros escravos por natureza, non por causas sociais. «O escravo é un instrumento animado», propiedade do seu amo.
  • 151. 9. Política Aristóteles fai unha crítica ao ideal platónico, que aparecía na República, dun Estado convertido en sociedade perfecta. A proposta platónica de loitar contra o egoísmo abolindo a familia e a propiedade privada para a clase media e superior, vai contra a orde natural, pois tanto a familia como a propiedade derivan da natureza humana. O mellor remedio contra o egoísmo consiste nunha boa educación pública da cidadanía para exercer a virtude da xenerosidade.
  • 152. 9. Política Tamén abandona a visión aristocrática da sociedade platónica. Aristóteles pensa que a base máis sólida para unha comunidade é que o peso do poder recaia sobre unha clase media, que mire polo ben da comunidade, e que non teña ambicións por falta do básico para vivir, o que daría lugar a revolucións.
  • 153. 9. Política Seguindo unha clasificación xa anticipada por Platón en O Político, Aristóteles diferencia tres formas de goberno que son correctas ou lexítimas , por estar orientadas ao ben común e ao interese público, e tres formas desviadas , por orientarse só ao interese privado dos gobernantes. As formas correctas son a monarquía , a aristocracia e a democracia (politeia). Cal sexa a máis adecuada, depende de cada pobo e das condicións históricas. Aristóteles non propón, como Platón, un único modelo ideal e absoluto. Cada unha destas tres ten a correspondente forma desviada : a monarquía pode dexenerar en tiranía , a aristocracia en oligarquía e a democracia en demagoxia .
  • 154. 9. Política Aristóteles, como meteco de clase media e como filósofo que parte da experiencia e do posible, propugna unha ética e unha política feita a medida dos seres humanos, pero non de todos, xa que defende a orixe natural da escravitude e a inferioridade da muller con respecto ao home. No ámbito doméstico, ao contrario que no ámbito político, non rexe o principio da xustiza nin as relacións entre iguais. Na familia só se impón a autoridade do pai sobre a muller, os fillos e os escravos. Algúns sofistas criticaran, sen embargo, a escravitude en nome da igualdade, e o mesmo Platón avogaba na súa república ideal pola igualdade entre os sexos.
  • 155. A Filosofía despois de Aristóteles A filosofía helenística e o fin da filosofía clásica
  • 156.
  • 157.
  • 158.
  • 159.
  • 160.
  • 161.
  • 162.
  • 163.
  • 164.
  • 165.
  • 166.
  • 167.
  • 168.
  • 169.
  • 170.
  • 171.
  • 172.
  • 173.
  • 174.
  • 175.
  • 176.
  • 177.
  • 178.
  • 179.
  • 180.
  • 181.
  • 182.
  • 183.
  • 184.
  • 185.
  • 186.
  • 187.
  • 188.
  • 189.
  • 190.
  • 191.
  • 192.
  • 193.
  • 194.
  • 195.
  • 196.
  • 197.
  • 198.
  • 199.
  • 200.
  • 201.
  • 202.
  • 203.
  • 204.
  • 205.
  • 206.
  • 207. 10. Exames de selectividade
  • 208. 10. Exames de selectividade
  • 209. 10. Exames de selectividade
  • 210. 10. Exames de selectividade
  • 211.
  • 212.