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1 de 71
A genética

AGENTES RESPONSÁVEIS PELA
TRANSMISSÃO HEREDITÁRIA
Caracterizar os agentes responsáveis pelas características genéticas
Definir genética e hereditariedade.
Identificar os agentes responsáveis pela transmissão genética:
células germinais, ovo, cromossomas, genes.

SUMÁRIO:
AGENTES RESPONSÁVEIS PELA TRANSMISSÃO
HEREDITÁRIA.
…
O que é o homem?
“s.m. Mamífero
primata, bípede,
sociável, que se
distingue de todos os
outros animais pelo
dom da palavra e
desenvolvimento
intelectual; ser vivo
composto de matéria e
espírito; ser humano
(...)”
Dicionário da língua portuguesa,
Porto Editora.

Manual. Página 14 a 48
5
Como se explicam as caraterísticas dos
diferentes seres vivos?

Por que razão os seres da mesma
espécie são semelhantes, mas ao
mesmo tempo apresentam diferenças?
Como se transmitem as caraterísticas
de uma geração à outra?
Antes de mim: a genética
Hereditariedade
Específica
Parte dos genes que é
própria de uma
determinada espécie, é
responsável pelas
características
comuns aos vários
indivíduos dessa
espécie e permite
distinguir essa
espécie de todas as
outras.

7

Hereditariedade
Individual

Parte dos genes que é
responsável pelas
características
únicas, diferentes,
próprias de cada
indivíduo, e o que o
distingue de todos
os outros da
mesma espécie.
Antes de mim: a genética
Para explicar o ser
humano temos de
recorrer a
determinadas
áreas do
conhecimento,
uma delas faz
parte da Psicologia
e denomina-se
genética do
comportamento.

• Genética: (gennw,
letra, “fazer nascer”) é
a ciência que estuda
os mecanismos através
dos quais os caracteres
dos progenitores se
transmitem aos seus
descendentes.

P. 18
8
Genética do
comportamento é a
parte da psicologia
que procura estudar a
influência da
hereditariedade no
comportamento.

P. 18
9
• Aplicado à psicologia,
o estudo da genética e
da hereditariedade
procura lançar luz
sobre a importância
dos fundamentos
biológicos e genéticos
na aquisição de
características
comportamentais.

10
Problema

QUE PROCESSOS EXPLICAM A
TRANSMISSÃO DE CARACTERÍSTICAS DE
UMA GERAÇÃO PARA A SEGUINTE?
Antes de mim: a genética
• Ramo da biologia
que estuda, entre
outros, o processo
pelo qual uma
determinada
característica
biológica de um ser
vivo é transmitida
pelos progenitores
aos seus
descendentes.
↗ hereditariedade
12
Antes de mim: a genética
• A célula é a unidade
básica estrutural e
funcional de todos os
seres vivos;
• Todas as células
provêm de células préexistentes;
• A célula é a unidade de
reprodução, de
desenvolvimento e de
hereditariedade dos
seres vivos.

14
Antes de mim: a genética
Os cromossomas comandam e
coordenam toda a atividade
celular e são responsáveis pela
transmissão das
características hereditárias.
Os cromossomas localizam-se no
núcleo das células, sendo
formados por uma cadeia única
de ADN enrolada à volta de um
suporte de proteínas.

Os cromossomas são:
1.
Estruturas
2.
Constituídas por:
a) ADN e
b) Proteínas
Os cromossomas
encontram-se no interior
do núcleo das células.
São fundamentais para
garantir a identidade das
células após a sua divisão
(mitose)
Antes de mim: a genética

A informação genética
encontra-se inscrita no ADN, é
transmitida ao longo das
gerações, através do processo
de reprodução.
Antes de mim: a genética
As células, ao
dividirem-se, fazem
copias do ADN e
garantem que:
• Seja mantido o
mesmo número de
cromossomas
• Sejam preservadas
as suas
características.

18

Conjunto de
processos biológicos
que resultam na
transmissão de
caracteres
hereditários de uma
geração às seguintes.
HEREDITARIEDADE
Os seres humanos têm
23 pares de
cromossomas:
• 22 pares de
autossomas (os
cromossomas do par
que são comuns a
ambos os sexos)
• Um par de
cromossomas
sexuais, X e/ou Y
http://www.livescience.com/18613-cell-doomsday-clockscancer-nigms.html
• O conjunto de cromossomas de uma
célula que, pelo seu número, forma e
tamanho caracteriza uma dada
espécie designa-se CARIÓTIPO.

MANUAL, P 20
GENE
A unidade física e funcional
fundamental da hereditariedade.
• Um gene é uma sequência ordenada
de nucleotídeos localizada em uma
posição
particular
em
um
cromossomo particular que codifica
um produto funcional específico .
O gene dominante é aquele que produz
efeito mesmo que esteja presente em
apenas um dos cromossomas do par.
O gene recessivo é aquele que só produz
efeito quando está presente nos dois
cromossomas do par.

Gene:
Pedaço de ADN
que codifica
uma proteína

http://www.ornl.gov/sci/techresources/Hum
an_Genome/glossary/glossary_g.shtml
Genes alelos
• Em cada par de
cromossomas
homólogos existem
genes com informação
para a mesma
característica (cor dos
olhos, por exemplo)
• Genoma: conjunto de
genes que constituem
o ser humano.

22
• Os seres humanos apresentam
características que os distinguem
dos seres vivos de outras espécies
mas também apresentam
características que os distinguem
dos outros indivíduos da mesma
espécie (Homo sapiens).
• Podemos, assim, falar de
variabilidade.
• A variabilidade é assegurada pelo
sistema reprodutor, pela
reprodução, pelo ambiente e pelos
estilos de vida.
• Expressa-se nas características
morfológicas e fisiológicas de cada
indivíduo.
Meiose e variabilidade genética
• Os descendentes possuem
caracteres comuns entre si e
também com os progenitores,
de acordo com a espécie a que
pertencem, mas apresentam
também diferenças
significativas em consequência,
nomeadamente, dos
fenómenos de fecundação e
meiose que ocorrem.
• Na reprodução sexuada, os novos
indivíduos são originados a partir
de um ovo, célula que resultada
da fusão do gâmeta masculino
com gâmeta feminino.
• A reprodução sexuada está
dependente da fecundação, isto é,
da união dos gâmetas.

P. 25

A diferença entre
gâmetas e células
somáticas reside no
número de
cromossomas. Os
gâmetas são
haplóides e as
células somáticas
são diplóides.
MEIOSE
• Tem de ocorrer um processo de
divisão nuclear, em que o número
de cromossomas seja reduzido
para metade.
• As células resultantes desse tipo
de divisão contêm apenas um
cromossoma de cada par de
cromossomas homólogos, sendo
designadas por células haplóides.

P 25

É o processo de
divisão nuclear
através do qual, a
partir de uma célula
com núcleo
diplóide, se podem
formar células com
núcleo haplóide
Cross over / cruzamento cromossómico
• A principal consequência da
meiose é a produção da
variabilidade genética entre os
indivíduos que são produzidos na
reprodução sexuada da espécie.
• A relação existente entre meiose e
variabilidade é baseada
principalmente na ocorrência
de crossing-over.

A expressão
variabilidade genética
é utilizada para se
referir à diversidade de
alelos existentes nos
vários locos génicos de
uma espécie.
• O crossing-over
envolve as cromátides
homólogas.
• Consiste na quebra
das cromátides em
certos pontos, seguida
de uma troca de
pedaços
correspondentes entre
elas.

31
• A troca de
segmentos entre
cromatídeos não
irmãos de
cromossomas
homólogos permite
novas combinações
de genes paternos e
maternos no mesmo
cromossoma.
Fecundação
• A reprodução sexuada implica
que ocorra a fusão de dois
gâmetas, o gâmeta masculino e o
gâmeta feminino.
• No entanto, verifica-se que a
quantidade de material genético
em cada espécie se mantém
constante de geração em geração.

 MEIOSE
P 25
A meiose, para além de
assegurar a estabilidade do
numero de cromossomas
próprio de cada espécie de
geração em geração,
permite novas
recombinações genéticas,
contribuindo para uma
acentuada variabilidade de
características da
descendência produzida
por reprodução sexuada.
P. 26
34
A genética

INFLUÊNCIA GENÉTICAS E
EPIGENÉTICAS NO COMPORTAMENTO
Antes de mim: a genética
Hereditariedade
Específica
Parte dos genes que é
própria de uma
determinada espécie, é
responsável pelas
características comuns
aos vários indivíduos
dessa espécie e
permite distinguir essa
espécie de todas as
outras.
Texto 3, p. 29
Texto 4, p. 30
36

Hereditariedade
Individual

Parte dos genes que é
responsável pelas
características
únicas, diferentes,
próprias de cada
indivíduo, e o que o
distingue de todos
os outros da
mesma espécie.
A hereditariedade específica
torna-nos humanos;

37

A hereditariedade individual
torna-nos únicos
Genótipo :
Qualquer dos aspectos
hereditários que
exercem uma
influência causal no
desenvolvimento do
indivíduo.
Alelos que definem a
caraterística.
Herança genética de
um organismo.

38

Fenótipo:
• Características
morfológicas, fisiológicas
ou comportamentais
observáveis
manifestadas por um
indivíduo.
• É determinado pelo
genótipo, mas pode ser
modificado pelo
ambiente.
MS Dawkins (1986):
o facto de existir um alelo
associado a um mutante
para a cor dos olhos em
Drosophila não quer dizer
que esse gene determina
por si a pigmentação dos
olhos nesta espécie.
O papel da genética na determinação dos
caracteres individuais - posições
Preformismo

Epigénese
.

Texto 7, p. 35
Texto 8, p. 35
40
O papel da genética na determinação dos
caracteres individuais
O preformismo
• teoria que sustenta a ideia de que no
ovo já estão presentes todas as
características futuras do indivíduo,
independentemente do meio em que
decorra o seu desenvolvimento.
• uma posição determinista do
desenvolvimento: o desenvolvimento
não passa de uma atualização de
estruturas hereditárias existentes no
genótipo sem qualquer influência do
meio
• o ser humano constitui-se em obediência
a um programa prestabelecido
geneticamente.

↗ Programa
genético aberto
Vrs
programa genético
fechado
O papel da genética na determinação dos
caracteres individuais
A epigénese
• assume uma posição construtivista
do desenvolvimento, considerando-o
como resultante da combinação
integrada de efeitos de factores
genéticos e ambientais:
– os genes não são exclusivos na
determinação das características do ser
humano.

• A atuação do código genético
processa-se sempre num ambiente
em que os genes se expõem à ação
condicionadora de factores
interferentes de ordem externa.

↗ Programa
genético aberto
Vrs
programa genético
fechado
• A variação genética
relaciona-se com as
alterações do
indivíduo resultantes
da interação com o
meio e que não
afectam o código
genético (integram,
por isso, o seu
fenótipo).

43

• A mutação genética
consiste na
modificação da
informação genética,
sendo transmissível a
gerações futuras (ou
seja, a mutação altera
o genótipo).
Variação e mutação genéticas
• Os organismos interagem com o
meio arranjando processos de
adaptação contínua.
• A incapacidade de adaptação
pode originar ou o seu colapso ou
alterações no seu equilíbrio.
• Nos processos de adaptação
humana fazem-se valer
frequentemente da tentativa de
alteração das condições desse
mesmo meio.
Ultrapassar da dicotomia
interior - exterior ou
hereditariedade - meio
O meio ambiente e a
informação genética
interagem, sendo
responsáveis pelo
desenvolvimento do
indivíduo.

↗ complexidade do
ser humano e seu
inacabamento
biológico.
A genética
Filogénese e Ontogénese
•

•

Filogénese: A Filogénese estuda a
história da evolução de uma espécie
ou qualquer grupo hierarquicamente
reconhecido pondo em evidência as
relações que esta mantém com
outras espécies.
A filogénese inclui múltiplos
processos de ontogénese (evolução
do indivíduo).
– A palavra evolução remete para o
progresso da espécie humana, ocorrido
desde as origens da vida até à forma que
os Homens assumem na actualidade.
– Cfr C. Darwin

P. 37, v1
47
Milhões de anos
presente
Filogénese
•
•
•
•

Postura vertical
Libertação da mão
Encefalização
Nascimento
prematuro juvenilização
• Desenvolvimento de
capacidades
cognitivas, relacionais
e morais.

49
Ontogénese (cfr, por exemplo, J. Piaget)
• "traduz o conjunto de
transformações embrionárias
e pós - embrionárias pelas
quais passa o organismo
vertebrado, desde a fase do
ovo até à forma adulta".
(Gouid, 1977)
• 0 desenvolvimento
ontogenético inicia-se com a
fecundação e prolongar-se-á
por toda a vida do indivíduo.
P. 37, v1
51
A ontogénese recapitula a filogénese:
Haeckel
• Nos finais do século
XIX, principio do
século XX, vários
investigadores, entre
os quais Ernst Haeckel
(1834-1919),
defenderam que o
desenvolvimento
embrionário dos
vertebrados
recapitularia as etapas
de evolução.

52

http://books.google.es/books?id=VPvG_5y7
eLoC&printsec=frontcover&hl=es&source=g
bs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=
false
• Stephen Jay Gould (1942-2002), biólogo
e seguidor de Darwin.
• Gould no seu livro Ontogeny and
Phylogeny (1977), fez uma análise
crítica da Lei da Recapitulação de
Haeckel e sugeriu uma nova perspectiva
sobre o processo da evolução.
• De acordo com Stephen Jay Gould,
a ontogénese é central na compreensão
do desenvolvimento humano. Neste
sentido, o autor opõe-se a uma visão
reducionista que esquece a importância
do estudo do organismo individual.
http://books.google.es/books?id=VPvG_5y7
eLoC&printsec=frontcover&hl=es&source=g
bs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=
false
• Muitos foram os
contributos de Gould
para o estudo do
desenvolvimento
humano. De referir,
com especial
destaque, o conceito
de neotenia e o papel
do inacabamento do
ser humano.
P, 39, v1
56
A partir destes conceitos,
a perspectiva de Gould
defende que a
ontogénese determina,
em larga escala,
a filogénese, e não o
inverso, como se
depreende da
perspectiva de Haeckel e
respectiva Lei da
Recapitulação.
P, 39, v1
57
• Especialização – animais
• Inacabamento -- seres humanos  neotenia
P. 41, v1
Texto 9, p. 42, v1
Programa genético fechado
•

•

•

Todos os animais nascem
quando a sua maturação
morfológica e fisiológica está
praticamente concluída.
Nascem assim que estão
suficientemente desenvolvidos
para se adaptarem ao meio e
independentes dos seus
progenitores
O patrimónios genéticos dos
animais proporcionam os
elementos necessários para
que os comportamentos destes
seres vivos sejam orientados,
de forma eficaz, em direção à
sobrevivência e à adaptação ao
meio ambiente dos mesmos.

P. 40-1, v1
59
Programa genético aberto
Ao contrário dos animais,
o ser humano nasce
prematuro, visto que não
apresenta capacidades
desenvolvidas que
permitam assegurar a sua
sobrevivência,
necessitando por isso de
proteção por parte de
adultos.

60
Ser prematuro, significa que o ser humano não
apresenta, como na maioria dos animais, à
nascença, todas as sua suas capacidades e
competências plenamente desenvolvidas.
• Existe uma programação básica de índole
genética, mas o desenvolvimento e
comportamento Humano não está
determinado à partida.
• Deverá aprender a melhor forma de se
adaptar a cada situação.
Cada ser humano é único porque age e reage
de forma pessoal perante cada situação.

 Inacabamento
 Neotenia
 Vantagens
Prematuridade e Neotenia
• Que o desenvolvimento se processa
lentamente, o que provoca atrasos na
maturação de competências adequadas ao
desenvolvimento de papéis próprios
do.adulto.
• Que a maturação nunca está
completamente terminada, continuando a
pessoa a manter características próprias da
idade juvenil. (Um reflexo da neotenia é o
facto do adulto possuir ainda traços
característicos da infância e da
adolescência).
• Que ao chegar à idade adulta a pessoa
não se estratifica significativamente,
continuando aberto a aprendizagens com o
fim de melhor ultrapassar os obstáculos
com que depara

↗ Lentificação
↗ Juvenilização
Prematuridade e Neotenia
• Duração infância – fator de aprendizagens
múltiplas e complexas (experiência e
estratégias de adaptação ao meio)
• O carácter inacabado proporciona a
plasticidade, permite a abertura a um feixe
de possibilidades e estratégias de
adaptação às condições e circunstâncias
mais diversas (plasticidade neuronal e
diversidade comportamental)
• Sociabilidade humana estimula ainda mais
o desenvolvimento do cérebro humano.

 Plasticidade
neuronal
 “crianças
selvagens”
Prematuridade e Neotenia
• À letra, neotenia significa "manter a
juventude“
• Processo evolutivo do qual resulta, nos
seres humanos, uma capacidade de
aprendizagem que se prolonga por toda a
vida.
• Traduz uma «falta de acabamento» que
prolonga o período de infância e de
adolescência.
• Permite o desenvolvimento adequado das
estruturas cerebrais complexas e o
desenvolvimento
da
inteligência
(cerebralização).
• Exprime uma enorme plasticidade e
flexibilidade do nosso património genético,
que o torna aberto às influências culturais e
ambientais.

↗ epigénese
Prematoridade e neotenia
• O prolongamento da infância e da
adolescência,
provocado
pelo
inacabamento biológico do ser
humano e pela sua prematuridade,
constitui a condição necessária para
o seu processo de adaptação ao meio
e desenvolvimento.
• O inacabamento do ser humano tem
que ser encarado de forma positiva,
já que o disponibiliza para múltiplas
e infindáveis aprendizagens que leva
a cabo ao longo da vida.
• Os genes de
desenvolvimento (p.
23.4) são os
responsáveis pelo ser
humano constituir um
ser neoténico, um
animal em que há um
prolongamento da
morfologia juvenil até
à idade adulta
P. 43, v1
67
Evidências da neotenia ou juvenilização
1. Lentificaçãodo processo de maturação.
• Crescimento tardio dos dentes
• Crescimento lento em altura
• Cérebro pequeno e muito inacabado à nascença
• Fechamento das fendas do crânio por volta dos
16 anos (no chimpanzé acontece aos cinco anos)
• Puberdade tardia (a maturidade sexual, se
comparada com outras espécies, leva muito
tempo).
• Falta de especialização no plano físico
• Grande capacidade de adaptação e diversidade
de comportamentos.
• No plano social, verificamos que o bebé humano
depende dos cuidados maternos e paternos até
muito tarde, o que, contudo, possibilita a
constituição de vínculos duradoiros com os
progenitores.
Vantagens do inacabamento biológico
em lugar da fixidez
biológica

• a flexibilidade;

em vez de instintos

• a aptidão para aprender;

em lugar de autosuficiência

• a aptidão para interagir;

em vez do
determinismo

• a indeterminação;

em lugar da
especialização

• a versatilidade;

em vez de um
programa fechado
P. 44

• um programa aberto;
Vantagens da prematuridade
A prematuridade humana explica a
ausência de uma programação
biológica tão completa como nos
animais.
O prematuro está aberto a imensas
potencialidades, uma vez que é mais
flexível no processo de adaptação;
Necessidades de Inovar e Aprender.
Vantagens da prematuridade –
inacabamento humano

• Disponibilidade para múltiplas
aprendizagens que leva a cabo ao longo da
vida.
• Capacidade de aprender continuadamente
ou ser capaz de imaginar soluções para os
problemas surgidos na adaptação,

– só é possível pelas características do cérebro humano,
cujo desenvolvimento, especialização e complexificação
nos foram afastando, progressivamente, das demais
espécies.

• Capacidade de desenvolver uma
multiplicidade e diversidade de
comportamentos, possibilitando-lhe a
adaptação a um amplo conjunto de
situações e ambientes.
O papel da ontogénese
• Uma vez que o indivíduo é resultado da
interação dos factores biológicos com os
ambientais, a filogénese não pode
determinar a ontogénese, mas antes o
contrário.
• Assim, a ontogénese é a causa da
filogénese porque são as
transformações ontogenéticas que
ocorrem no processo evolutivo que
permitem a adaptação ao meio
ambiente.
• Assim, é preciso que haja ontogénese
para que possa existir filogénese. Deste
modo, a filogénese deriva de várias
ontogéneses por mutações e seleção
natural.
P. 38-9, v1
A história evolutiva da espécie
estabelece o universo de
possibilidades biológicas a partir das
quais cada um de nós, seres
humanos individuais, se desenvolve
(ontogenia).

Sucessivas acumulações de
pequenas mutações genéticas, fruto
do desenvolvimento biológico
individual (ontogenia), transmitidas
de geração em geração, construíram
lentamente a história evolutiva da
nossa espécie (filogenia)
Genética 013 ff

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Genética 013 ff

  • 1.
  • 2. A genética AGENTES RESPONSÁVEIS PELA TRANSMISSÃO HEREDITÁRIA
  • 3. Caracterizar os agentes responsáveis pelas características genéticas Definir genética e hereditariedade. Identificar os agentes responsáveis pela transmissão genética: células germinais, ovo, cromossomas, genes. SUMÁRIO: AGENTES RESPONSÁVEIS PELA TRANSMISSÃO HEREDITÁRIA.
  • 4.
  • 5. O que é o homem? “s.m. Mamífero primata, bípede, sociável, que se distingue de todos os outros animais pelo dom da palavra e desenvolvimento intelectual; ser vivo composto de matéria e espírito; ser humano (...)” Dicionário da língua portuguesa, Porto Editora. Manual. Página 14 a 48 5
  • 6. Como se explicam as caraterísticas dos diferentes seres vivos? Por que razão os seres da mesma espécie são semelhantes, mas ao mesmo tempo apresentam diferenças? Como se transmitem as caraterísticas de uma geração à outra?
  • 7. Antes de mim: a genética Hereditariedade Específica Parte dos genes que é própria de uma determinada espécie, é responsável pelas características comuns aos vários indivíduos dessa espécie e permite distinguir essa espécie de todas as outras. 7 Hereditariedade Individual Parte dos genes que é responsável pelas características únicas, diferentes, próprias de cada indivíduo, e o que o distingue de todos os outros da mesma espécie.
  • 8. Antes de mim: a genética Para explicar o ser humano temos de recorrer a determinadas áreas do conhecimento, uma delas faz parte da Psicologia e denomina-se genética do comportamento. • Genética: (gennw, letra, “fazer nascer”) é a ciência que estuda os mecanismos através dos quais os caracteres dos progenitores se transmitem aos seus descendentes. P. 18 8
  • 9. Genética do comportamento é a parte da psicologia que procura estudar a influência da hereditariedade no comportamento. P. 18 9
  • 10. • Aplicado à psicologia, o estudo da genética e da hereditariedade procura lançar luz sobre a importância dos fundamentos biológicos e genéticos na aquisição de características comportamentais. 10
  • 11. Problema QUE PROCESSOS EXPLICAM A TRANSMISSÃO DE CARACTERÍSTICAS DE UMA GERAÇÃO PARA A SEGUINTE?
  • 12. Antes de mim: a genética • Ramo da biologia que estuda, entre outros, o processo pelo qual uma determinada característica biológica de um ser vivo é transmitida pelos progenitores aos seus descendentes. ↗ hereditariedade 12
  • 13. Antes de mim: a genética • A célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos; • Todas as células provêm de células préexistentes; • A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade dos seres vivos. 14
  • 14. Antes de mim: a genética Os cromossomas comandam e coordenam toda a atividade celular e são responsáveis pela transmissão das características hereditárias. Os cromossomas localizam-se no núcleo das células, sendo formados por uma cadeia única de ADN enrolada à volta de um suporte de proteínas. Os cromossomas são: 1. Estruturas 2. Constituídas por: a) ADN e b) Proteínas Os cromossomas encontram-se no interior do núcleo das células. São fundamentais para garantir a identidade das células após a sua divisão (mitose)
  • 15. Antes de mim: a genética A informação genética encontra-se inscrita no ADN, é transmitida ao longo das gerações, através do processo de reprodução.
  • 16.
  • 17. Antes de mim: a genética As células, ao dividirem-se, fazem copias do ADN e garantem que: • Seja mantido o mesmo número de cromossomas • Sejam preservadas as suas características. 18 Conjunto de processos biológicos que resultam na transmissão de caracteres hereditários de uma geração às seguintes. HEREDITARIEDADE
  • 18. Os seres humanos têm 23 pares de cromossomas: • 22 pares de autossomas (os cromossomas do par que são comuns a ambos os sexos) • Um par de cromossomas sexuais, X e/ou Y http://www.livescience.com/18613-cell-doomsday-clockscancer-nigms.html
  • 19. • O conjunto de cromossomas de uma célula que, pelo seu número, forma e tamanho caracteriza uma dada espécie designa-se CARIÓTIPO. MANUAL, P 20
  • 20. GENE A unidade física e funcional fundamental da hereditariedade. • Um gene é uma sequência ordenada de nucleotídeos localizada em uma posição particular em um cromossomo particular que codifica um produto funcional específico . O gene dominante é aquele que produz efeito mesmo que esteja presente em apenas um dos cromossomas do par. O gene recessivo é aquele que só produz efeito quando está presente nos dois cromossomas do par. Gene: Pedaço de ADN que codifica uma proteína http://www.ornl.gov/sci/techresources/Hum an_Genome/glossary/glossary_g.shtml
  • 21. Genes alelos • Em cada par de cromossomas homólogos existem genes com informação para a mesma característica (cor dos olhos, por exemplo) • Genoma: conjunto de genes que constituem o ser humano. 22
  • 22.
  • 23. • Os seres humanos apresentam características que os distinguem dos seres vivos de outras espécies mas também apresentam características que os distinguem dos outros indivíduos da mesma espécie (Homo sapiens). • Podemos, assim, falar de variabilidade.
  • 24. • A variabilidade é assegurada pelo sistema reprodutor, pela reprodução, pelo ambiente e pelos estilos de vida. • Expressa-se nas características morfológicas e fisiológicas de cada indivíduo.
  • 25. Meiose e variabilidade genética • Os descendentes possuem caracteres comuns entre si e também com os progenitores, de acordo com a espécie a que pertencem, mas apresentam também diferenças significativas em consequência, nomeadamente, dos fenómenos de fecundação e meiose que ocorrem.
  • 26. • Na reprodução sexuada, os novos indivíduos são originados a partir de um ovo, célula que resultada da fusão do gâmeta masculino com gâmeta feminino. • A reprodução sexuada está dependente da fecundação, isto é, da união dos gâmetas. P. 25 A diferença entre gâmetas e células somáticas reside no número de cromossomas. Os gâmetas são haplóides e as células somáticas são diplóides.
  • 27. MEIOSE • Tem de ocorrer um processo de divisão nuclear, em que o número de cromossomas seja reduzido para metade. • As células resultantes desse tipo de divisão contêm apenas um cromossoma de cada par de cromossomas homólogos, sendo designadas por células haplóides. P 25 É o processo de divisão nuclear através do qual, a partir de uma célula com núcleo diplóide, se podem formar células com núcleo haplóide
  • 28. Cross over / cruzamento cromossómico • A principal consequência da meiose é a produção da variabilidade genética entre os indivíduos que são produzidos na reprodução sexuada da espécie. • A relação existente entre meiose e variabilidade é baseada principalmente na ocorrência de crossing-over. A expressão variabilidade genética é utilizada para se referir à diversidade de alelos existentes nos vários locos génicos de uma espécie.
  • 29. • O crossing-over envolve as cromátides homólogas. • Consiste na quebra das cromátides em certos pontos, seguida de uma troca de pedaços correspondentes entre elas. 31
  • 30. • A troca de segmentos entre cromatídeos não irmãos de cromossomas homólogos permite novas combinações de genes paternos e maternos no mesmo cromossoma.
  • 31. Fecundação • A reprodução sexuada implica que ocorra a fusão de dois gâmetas, o gâmeta masculino e o gâmeta feminino. • No entanto, verifica-se que a quantidade de material genético em cada espécie se mantém constante de geração em geração.  MEIOSE P 25
  • 32. A meiose, para além de assegurar a estabilidade do numero de cromossomas próprio de cada espécie de geração em geração, permite novas recombinações genéticas, contribuindo para uma acentuada variabilidade de características da descendência produzida por reprodução sexuada. P. 26 34
  • 33. A genética INFLUÊNCIA GENÉTICAS E EPIGENÉTICAS NO COMPORTAMENTO
  • 34. Antes de mim: a genética Hereditariedade Específica Parte dos genes que é própria de uma determinada espécie, é responsável pelas características comuns aos vários indivíduos dessa espécie e permite distinguir essa espécie de todas as outras. Texto 3, p. 29 Texto 4, p. 30 36 Hereditariedade Individual Parte dos genes que é responsável pelas características únicas, diferentes, próprias de cada indivíduo, e o que o distingue de todos os outros da mesma espécie.
  • 35. A hereditariedade específica torna-nos humanos; 37 A hereditariedade individual torna-nos únicos
  • 36. Genótipo : Qualquer dos aspectos hereditários que exercem uma influência causal no desenvolvimento do indivíduo. Alelos que definem a caraterística. Herança genética de um organismo. 38 Fenótipo: • Características morfológicas, fisiológicas ou comportamentais observáveis manifestadas por um indivíduo. • É determinado pelo genótipo, mas pode ser modificado pelo ambiente.
  • 37. MS Dawkins (1986): o facto de existir um alelo associado a um mutante para a cor dos olhos em Drosophila não quer dizer que esse gene determina por si a pigmentação dos olhos nesta espécie.
  • 38. O papel da genética na determinação dos caracteres individuais - posições Preformismo Epigénese . Texto 7, p. 35 Texto 8, p. 35 40
  • 39. O papel da genética na determinação dos caracteres individuais O preformismo • teoria que sustenta a ideia de que no ovo já estão presentes todas as características futuras do indivíduo, independentemente do meio em que decorra o seu desenvolvimento. • uma posição determinista do desenvolvimento: o desenvolvimento não passa de uma atualização de estruturas hereditárias existentes no genótipo sem qualquer influência do meio • o ser humano constitui-se em obediência a um programa prestabelecido geneticamente. ↗ Programa genético aberto Vrs programa genético fechado
  • 40. O papel da genética na determinação dos caracteres individuais A epigénese • assume uma posição construtivista do desenvolvimento, considerando-o como resultante da combinação integrada de efeitos de factores genéticos e ambientais: – os genes não são exclusivos na determinação das características do ser humano. • A atuação do código genético processa-se sempre num ambiente em que os genes se expõem à ação condicionadora de factores interferentes de ordem externa. ↗ Programa genético aberto Vrs programa genético fechado
  • 41. • A variação genética relaciona-se com as alterações do indivíduo resultantes da interação com o meio e que não afectam o código genético (integram, por isso, o seu fenótipo). 43 • A mutação genética consiste na modificação da informação genética, sendo transmissível a gerações futuras (ou seja, a mutação altera o genótipo).
  • 42. Variação e mutação genéticas • Os organismos interagem com o meio arranjando processos de adaptação contínua. • A incapacidade de adaptação pode originar ou o seu colapso ou alterações no seu equilíbrio. • Nos processos de adaptação humana fazem-se valer frequentemente da tentativa de alteração das condições desse mesmo meio.
  • 43. Ultrapassar da dicotomia interior - exterior ou hereditariedade - meio O meio ambiente e a informação genética interagem, sendo responsáveis pelo desenvolvimento do indivíduo. ↗ complexidade do ser humano e seu inacabamento biológico.
  • 45. Filogénese e Ontogénese • • Filogénese: A Filogénese estuda a história da evolução de uma espécie ou qualquer grupo hierarquicamente reconhecido pondo em evidência as relações que esta mantém com outras espécies. A filogénese inclui múltiplos processos de ontogénese (evolução do indivíduo). – A palavra evolução remete para o progresso da espécie humana, ocorrido desde as origens da vida até à forma que os Homens assumem na actualidade. – Cfr C. Darwin P. 37, v1 47
  • 47. Filogénese • • • • Postura vertical Libertação da mão Encefalização Nascimento prematuro juvenilização • Desenvolvimento de capacidades cognitivas, relacionais e morais. 49
  • 48.
  • 49. Ontogénese (cfr, por exemplo, J. Piaget) • "traduz o conjunto de transformações embrionárias e pós - embrionárias pelas quais passa o organismo vertebrado, desde a fase do ovo até à forma adulta". (Gouid, 1977) • 0 desenvolvimento ontogenético inicia-se com a fecundação e prolongar-se-á por toda a vida do indivíduo. P. 37, v1 51
  • 50. A ontogénese recapitula a filogénese: Haeckel • Nos finais do século XIX, principio do século XX, vários investigadores, entre os quais Ernst Haeckel (1834-1919), defenderam que o desenvolvimento embrionário dos vertebrados recapitularia as etapas de evolução. 52 http://books.google.es/books?id=VPvG_5y7 eLoC&printsec=frontcover&hl=es&source=g bs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f= false
  • 51.
  • 52.
  • 53. • Stephen Jay Gould (1942-2002), biólogo e seguidor de Darwin. • Gould no seu livro Ontogeny and Phylogeny (1977), fez uma análise crítica da Lei da Recapitulação de Haeckel e sugeriu uma nova perspectiva sobre o processo da evolução. • De acordo com Stephen Jay Gould, a ontogénese é central na compreensão do desenvolvimento humano. Neste sentido, o autor opõe-se a uma visão reducionista que esquece a importância do estudo do organismo individual. http://books.google.es/books?id=VPvG_5y7 eLoC&printsec=frontcover&hl=es&source=g bs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f= false
  • 54. • Muitos foram os contributos de Gould para o estudo do desenvolvimento humano. De referir, com especial destaque, o conceito de neotenia e o papel do inacabamento do ser humano. P, 39, v1 56
  • 55. A partir destes conceitos, a perspectiva de Gould defende que a ontogénese determina, em larga escala, a filogénese, e não o inverso, como se depreende da perspectiva de Haeckel e respectiva Lei da Recapitulação. P, 39, v1 57
  • 56. • Especialização – animais • Inacabamento -- seres humanos  neotenia P. 41, v1 Texto 9, p. 42, v1
  • 57. Programa genético fechado • • • Todos os animais nascem quando a sua maturação morfológica e fisiológica está praticamente concluída. Nascem assim que estão suficientemente desenvolvidos para se adaptarem ao meio e independentes dos seus progenitores O patrimónios genéticos dos animais proporcionam os elementos necessários para que os comportamentos destes seres vivos sejam orientados, de forma eficaz, em direção à sobrevivência e à adaptação ao meio ambiente dos mesmos. P. 40-1, v1 59
  • 58. Programa genético aberto Ao contrário dos animais, o ser humano nasce prematuro, visto que não apresenta capacidades desenvolvidas que permitam assegurar a sua sobrevivência, necessitando por isso de proteção por parte de adultos. 60
  • 59. Ser prematuro, significa que o ser humano não apresenta, como na maioria dos animais, à nascença, todas as sua suas capacidades e competências plenamente desenvolvidas. • Existe uma programação básica de índole genética, mas o desenvolvimento e comportamento Humano não está determinado à partida. • Deverá aprender a melhor forma de se adaptar a cada situação. Cada ser humano é único porque age e reage de forma pessoal perante cada situação.  Inacabamento  Neotenia  Vantagens
  • 60. Prematuridade e Neotenia • Que o desenvolvimento se processa lentamente, o que provoca atrasos na maturação de competências adequadas ao desenvolvimento de papéis próprios do.adulto. • Que a maturação nunca está completamente terminada, continuando a pessoa a manter características próprias da idade juvenil. (Um reflexo da neotenia é o facto do adulto possuir ainda traços característicos da infância e da adolescência). • Que ao chegar à idade adulta a pessoa não se estratifica significativamente, continuando aberto a aprendizagens com o fim de melhor ultrapassar os obstáculos com que depara ↗ Lentificação ↗ Juvenilização
  • 61. Prematuridade e Neotenia • Duração infância – fator de aprendizagens múltiplas e complexas (experiência e estratégias de adaptação ao meio) • O carácter inacabado proporciona a plasticidade, permite a abertura a um feixe de possibilidades e estratégias de adaptação às condições e circunstâncias mais diversas (plasticidade neuronal e diversidade comportamental) • Sociabilidade humana estimula ainda mais o desenvolvimento do cérebro humano.  Plasticidade neuronal  “crianças selvagens”
  • 62. Prematuridade e Neotenia • À letra, neotenia significa "manter a juventude“ • Processo evolutivo do qual resulta, nos seres humanos, uma capacidade de aprendizagem que se prolonga por toda a vida. • Traduz uma «falta de acabamento» que prolonga o período de infância e de adolescência. • Permite o desenvolvimento adequado das estruturas cerebrais complexas e o desenvolvimento da inteligência (cerebralização). • Exprime uma enorme plasticidade e flexibilidade do nosso património genético, que o torna aberto às influências culturais e ambientais. ↗ epigénese
  • 63. Prematoridade e neotenia • O prolongamento da infância e da adolescência, provocado pelo inacabamento biológico do ser humano e pela sua prematuridade, constitui a condição necessária para o seu processo de adaptação ao meio e desenvolvimento. • O inacabamento do ser humano tem que ser encarado de forma positiva, já que o disponibiliza para múltiplas e infindáveis aprendizagens que leva a cabo ao longo da vida.
  • 64. • Os genes de desenvolvimento (p. 23.4) são os responsáveis pelo ser humano constituir um ser neoténico, um animal em que há um prolongamento da morfologia juvenil até à idade adulta P. 43, v1 67
  • 65. Evidências da neotenia ou juvenilização 1. Lentificaçãodo processo de maturação. • Crescimento tardio dos dentes • Crescimento lento em altura • Cérebro pequeno e muito inacabado à nascença • Fechamento das fendas do crânio por volta dos 16 anos (no chimpanzé acontece aos cinco anos) • Puberdade tardia (a maturidade sexual, se comparada com outras espécies, leva muito tempo). • Falta de especialização no plano físico • Grande capacidade de adaptação e diversidade de comportamentos. • No plano social, verificamos que o bebé humano depende dos cuidados maternos e paternos até muito tarde, o que, contudo, possibilita a constituição de vínculos duradoiros com os progenitores.
  • 66. Vantagens do inacabamento biológico em lugar da fixidez biológica • a flexibilidade; em vez de instintos • a aptidão para aprender; em lugar de autosuficiência • a aptidão para interagir; em vez do determinismo • a indeterminação; em lugar da especialização • a versatilidade; em vez de um programa fechado P. 44 • um programa aberto;
  • 67. Vantagens da prematuridade A prematuridade humana explica a ausência de uma programação biológica tão completa como nos animais. O prematuro está aberto a imensas potencialidades, uma vez que é mais flexível no processo de adaptação; Necessidades de Inovar e Aprender.
  • 68. Vantagens da prematuridade – inacabamento humano • Disponibilidade para múltiplas aprendizagens que leva a cabo ao longo da vida. • Capacidade de aprender continuadamente ou ser capaz de imaginar soluções para os problemas surgidos na adaptação, – só é possível pelas características do cérebro humano, cujo desenvolvimento, especialização e complexificação nos foram afastando, progressivamente, das demais espécies. • Capacidade de desenvolver uma multiplicidade e diversidade de comportamentos, possibilitando-lhe a adaptação a um amplo conjunto de situações e ambientes.
  • 69. O papel da ontogénese • Uma vez que o indivíduo é resultado da interação dos factores biológicos com os ambientais, a filogénese não pode determinar a ontogénese, mas antes o contrário. • Assim, a ontogénese é a causa da filogénese porque são as transformações ontogenéticas que ocorrem no processo evolutivo que permitem a adaptação ao meio ambiente. • Assim, é preciso que haja ontogénese para que possa existir filogénese. Deste modo, a filogénese deriva de várias ontogéneses por mutações e seleção natural. P. 38-9, v1
  • 70. A história evolutiva da espécie estabelece o universo de possibilidades biológicas a partir das quais cada um de nós, seres humanos individuais, se desenvolve (ontogenia). Sucessivas acumulações de pequenas mutações genéticas, fruto do desenvolvimento biológico individual (ontogenia), transmitidas de geração em geração, construíram lentamente a história evolutiva da nossa espécie (filogenia)