É com muita honra que o Núcleo de Filatelia de Faro organizou a Algarpex 2012, pois a mesma apresentou-se como um grande desafio para este jovem núcleo. Durante os nossos 6 anos de existência muitas têm sido as iniciativas promovidas por nós, contudo nenhuma delas atingiu a dimensão da presente iniciativa. Nesta exposição teremos expostas 49 coleções, encontrando-se as mesmas dispersas por 4 locais: na estação de Correios do Carmo - Faro, no Hotel Faro, no Museu Municipal de Faro e na Biblioteca Escolar da Escola EB 2/3 Poeta Emiliano da Costa - Estoi. Com isto pretendemos envolver toda a comunidade farense e diversos públicos, divulgando assim a Filatelia e a correspondência manuscrita (que hoje em dia é tão pouco utilizada).
Para dignificar o evento, decidiu este Núcleo solicitar aos Correios de Portugal a emissão de uma carteira temática de selos sobre o Algarve, denominada Algarpex 2012 e dois selos personalizados sobre o dia Mundial do Turismo (27 de setembro) data escolhida para celebrar a Algarpex 2012.
Não poderíamos terminar esta mensagem sem ressalvar o papel importante quer das entidades quer das pessoas envolvidas na concretização deste evento, pois foi com muita satisfação que vimos o seu empenho muitas das vezes no limite para responder às nossas solicitações.
Um bem haja a todos
A organização
Marcofilia no Algarve - Carimbos Comemorativos no Concelho de Albufeira (de 1...
Catalogo Algarpex 2012
1.
2. É com muita honra que o Núcleo de Filatelia de Faro organizou a Algar-
pex 2012, pois a mesma apresentou-se como um grande desafio para
este jovem núcleo. Durante os nossos 6 anos de existência muitas têm
sido as iniciativas promovidas por nós, contudo nenhuma delas atingiu a
dimensão da presente iniciativa. Nesta exposição teremos expostas 49
coleções, encontrando-se as mesmas dispersas por 4 locais: na estação
de Correios do Carmo—Faro, no Hotel Faro, no Museu Municipal de Faro
e na Biblioteca Escolar da Escola EB 2/3 Poeta Emiliano da Costa - Estoi.
Com isto pretendemos envolver toda a comunidade farense e diversos
públicos, divulgando assim a Filatelia e a correspondência manuscrita
(que hoje em dia é tão pouco utilizada).
Para dignificar o evento, decidiu este Núcleo solicitar aos Correios de Por-
tugal a emissão de uma carteira temática de selos sobre o Algarve, deno-
minada Algarpex 2012 e dois selos personalizados sobre o dia Mundial do
Turismo (27 de setembro) data escolhida para celebrar a Algarpex 2012.
Não poderíamos terminar esta mensagem sem ressalvar o papel impor-
tante quer das entidades quer das pessoas envolvidas na concretização
deste evento, pois foi com muita satisfação que vimos o seu empenho
muitas das vezes no limite para responder às nossas solicitações.
Um bem haja a todos
A organização
2
3. o
Faro 27 de Setembro a 04 de Outubro de 2012
ORGANIZAÇÃO
ATAF (Núcleo de Filatelia de Faro)
COLABORAÇÃO
Associação Filatélica Alentejo-Algarve (Portimão)
Círculo Filatélico Y Numismático de Huelva (Espanha)
Secção Filatélica do Lions Clube de Portimão
Secção de Coleccionismo da Associação Humanitária dos Bombei-
ros Voluntários de Vila Real de Santo António
APOIOS E AGRADECIMENTOS
Federação Portuguesa de Filatelia
Correios de Portugal, E.P.
Câmara Municipal de Municipal de Faro
Hotel Faro
O CARIMBO COMEMORATIVO
3
4. SELOS PERSONALIZADOS CARTEIRA TEMÁTICA
Selo Europa Selo Nacional
PROGRAMA
Dia 27 de Setembro
16:30 - Inauguração da exposição na Estação de Correios do
Carmo - Faro;
Dia 28 de Setembro
20:30 – Encontro de colecionadores na Casa do Povo de Estoi;
Dia 29 de Setembro
11:30 - Abertura da mostra filatélica e convívio filatélico;
13:00 – Almoço convívio;
15:15 – Passeio convívio;
De dia 01 de Outubro a 04 de Outubro
Visitas dos Alunos das EB 1 de Faro à exposição;
O LOCAL E O HORÁRIO
- Biblioteca escolar Prof. Amílcar Quaresma (08:30 - 16:00—
visitas sujeitas a marcação prévia)
- Estação de Correios do Carmo – Faro (dias úteis das 09:00 às
18:30;
- Museu Municipal de Faro (todos os dias excepto 2.ª Feira das
09:00 às 17:30;
- Hotel Faro (todos os dias das 09:00 às 18:30).
4
5. COLECÇÕES EXPOSTAS
Estação de Correios do Carmo – Faro
Coleções Convidadas
Fundação Portuguesa das Comunicações
Um Mundo uma Rede Postal 1 a 17
Fundação Portuguesa das Comunicações
Um Olhar sobre as Telecomunicações 18 a20
Hotel Faro
Coleção Convidada
Sec. de Colec. da Ass. Humanitária dos Bombeiros Vol. VRSA (Vila Real
Santo António)
Material Filatélico editado pela Associação 21
Filatelia Tradicional
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
Pagelas e blocos de Macau 22 e 23
António Cavaco (Lagoa)
Blocos de Portugal 24 a 26
António Soero (Huelva)
Grã Bretanha 27 a 30
Francisco Galveias (Vila Real de Santo António)
Traje no Feminino 31 e 32
Inteiros Postais
M.ª Armanda Borralho (Portimão)
Pintores nos Inteiros Postais Portugueses 33 a 35
Filatelia Temática
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
Arquitetura espanhola, Turismo e Castelos 36 e 37
Carlos Macedo (Tavira)
Cosmos 38 a 41
Jorge Bomba (Faro)
Filatelia - Um mundo de imaginação 42 a 44
José Palma (Olhão)
Por mares nunca d’antes navegados 45 a 48
5
6. Selos Fiscais
José Pérez Varguez(Huelva)
Selos Locais de Huelva 49 a 53
Um Quadro
Temática
Feliciano Monteiro Flor (Porches)
Borboletas – Um pouco do Esvoaçar 54
Tradicional
Rui Augusto Gomes Bastos (Portimão)
Macau 55
Maximafilia
Pinheiro da Silva (Praia da Rocha)
Quadras de Ant. Aleixo em Postais desenhados por Alb. de Sousa 56
Museu Municipal de Faro
Coleções Convidadas
AFAL – Ass. Filatélica Alentejo-Algarve (Portimão)
Material Filatélico editado pela Associação 57 e 58
Secção Filatélica Lions Clube de Portimão (Portimão)
O Lions Clube na Filatelia 59 e 60
Filatelia Tradicional
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
Quadras de Moçambique 61 a 63
João Barnabé (Portimão)
Cabo Verde – Monarquia 64 e 65
Manuel Reis (Porches)
Tiras e quadras de Bopphuthatsawana 66 e 67
Manuel Troncoso Currito (Pozo del Camiño)
Alemanha Federal 68 a 72
Filatelia Temática
António Borralho (Portimão)
Filatelia Algarvia - Subsídios para a sua História Postal 73 a 75
6
7. Manuel Garcia (Huelva)
Modalidades de Colecionismo 76 a 79
Sandra Santos (Vila Real de Santo António)
Campeões Olímpicos 80 a 82
Sandra Santos (Vila Real de Santo António)
João Paulo II – O seu Pontificado em Selos 83 a 86
Maximafilia
Francisco Galveias (Vila Real de Santo António)
Animais em vias de extinção 87 a 91
Classe Aberta
António Moguer (Huelva)
Os Reis Católicos - O V Centenário 92 a 96
Heredia Machado (Huelva)
Marcas de Automóveis SEAT 97 a 99
Um Quadro
Inteiros Postais
Álvaro Paixão (Portimão)
Inteiros Postais de Espanha 100
Tradicional
José Pinto (Faro)
Cruz Vermelha 101
Temática
Sebástian Cabeza
Apontamento literário filatélico ilustrado 102
História Postal
Francisco Paiva (Faro)
Marcofilia de Faro 103
7
8. Biblioteca Escolar da EB 2/3 Poeta Emiliano da Costa – Estoi
Coleções Convidadas
Núcleo de Filatelia de Faro – Ass. Trabalhadores Autárquicos de Faro (Faro)
Material Filatélico editado pelo Núcleo 104
Núcleo Juvenil “Os Amiguinhos dos Selos” (Estoi)
Coleção de Maximafilia Portugal é Lindo 105
Filatelia Tradicional
Ilídio Santos (Portimão)
França 106 a 108
Filatelia Temática
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
Uniformes Militares 109 a 112
Ricardo Brito (Albufeira)
O Portugal Turístico 113 e 114
Rui Bastos (Portimão)
Arquitetura 115 a 117
Sandra Santos (Vila Real de Santo António)
Modalidades Olímpicas 118 a 120
Sérgio Pedro (Estoi)
Vamos Brincar com os Comboios 121 e 120
Literatura
Ricardo Brito (Albufeira)
Artigo o Centenário do Turismo 122
Sérgio Pedro (Estoi)
Artigo Algarve em Selos desde 2000 a 2012 123
Um Quadro
Temática
Albano Santos (Vila Real de Santo António)
Sobrescritos de 1.º dia comemorativos 124
Luís Brás (Faro)
Gastronomia 126
Sandra Santos (Vila Real de Santo António)
Cristóvão Colombo 127
8
9. Maximafilia
Feliciano Flor (Porches)
Flores – Por Montes e Vales 128
Pinheiro da Silva (Praia da Rocha)
Algumas Aves da Ria Formosa 129
Juventude
Letícia Brito (Albufeira)
Animais de Estimação 130
Turma 2.º ano do ano letivo 2011/2012 (Estoi)
À Volta dos Postais Máximos 129
9
10. O Algarve em Selos no Séc. XXI
Com o surgir da internet em especial o correio eletrónico, o correio como
era entendido até aí tomou um rumo totalmente diferente, pois, se até o
surgimento da internet a comunicação entre pessoas passava em grande
parte pelo serviço de correios pois o telefone trata somente de dados de
voz e telex de dados escritos relativamente curtos e o custo de aquisição
era bastante elevado para maioria das empresas e indivíduos, com a
internet a possibilidade de transmitir informação quer seja ela escrita,
áudio ou áudio visual massificou-se para maioria da população. Atual-
mente com os grandes motores de busca a competirem diretamente com
outros sites web de “redes sociais”, torna ainda a comunicação entre
indivíduos mais rápida e interativa, relegando assim a comunicação via
carta ou postal para um desuso. Sendo que os próprios colecionadores de
selos adotam a utilização desses meios cada vez mais, esquecendo que a
correspondência “física” (com selo) é a razão principal que promoveu a
existência do colecionismo de selos.
Com o referido anteriormente, não é minha intenção abordar uma dis-
cussão que muitos já vem fazendo há alguns anos, mas sim salientar que
este fenómeno também obrigou a todos os serviços de correio a repensa-
rem as suas emissões de selos, dando cada vez mais um cariz comemora-
tivo ao selo e apostando em produtos “acabados” em que apelam a um
público geral que por norma gosta de determinadas temáticas e pode
assim adquirir os referidos selos incluídos em carteiras, livros ou outros
formatos de acordo com o seu gosto.
Contudo, independentemente das opções dos serviços emissores de
selos e das opções de cada indivíduo, uma das características dos colecio-
nadores sejam ele de selos, moedas, lápis, isqueiros ou qualquer outro
produto é organizar a sua coleção de acordo com os seus critérios.
Neste artigo faz-se um levantamento dos selos colocados em circulação
após o ano 2000 que de uma forma ou de outra estão associados ao
Algarve.
10
11. Muitas poderiam ser as formas de
apresentar os selo que foram colocados
em circulação após o ano 2000 sobre o
Algarve, sendo que a mais prática e
provavelmente lógica seria a cronológi-
ca, porém, entendi que essa forma não
espelhava da forma mais correta a
beleza desta região que é o Algarve,
como tal optei por apresentar os selos
emitido de acordo com temáticas que
defini.
A primeira temática que escolhi para
apresentar é a temática “turismo”.
Nesta temática identifiquei dois selos,
sendo que um deles não referir direta-
Fig. 1 - Emissão Europa - Férias
mente o Algarve trata de um assunto
associado comumente
ao Algarve, nomeada- Data de Emissão 10 de Maio de 2004
mente, as férias, e Assunto Europa - Férias
apesar de não poder- Largura 40 mm
mos identificar clara- Altura 30 mm
mente a praia a que Tiragem 250 000
se refere o selo verifi- Série 4 selos ou 2 blocos
ca-se que as arribas Formato Folhas de 50 unidades
bem como as rochas Denteado 14 por 14,25
dentro de água se Papel Esmalte
assemelham a muitas Impressor Offset Joh. Enschéde
praias algarvias, Desenho João Machado
sobretudo as que se
encontram entre Albufeira e a Praia da Rocha.
Seguidamente, e ainda dentro da temática “turismo”, temos então um
selo sobre “Faro - Capital Nacional da Cultura” (Fig. 2), no qual se pode
observar a imagem de um conjunto de pessoas a aplaudir.
Nessa mesma série podemos ainda encontrar outro selo em outra temáti-
ca, nomeadamente, “música”, no qual se pode observar um maestro a
dirigir um orquestra. Relativamente aos dados técnicos cada um dos selos
apresentados teve uma tiragem de 250 000 exemplares.
11
12. Data de Emissão 15 de Junho de
2005
Assunto Faro, Capital
Nacional da Cul-
tura
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 250 000
Série 4 selos
Folhas 50 exemplares
Denteado 14 por 14,25
Papel Esmalte
Impressor Offset Joh. Ens-
chéde
Desenho J. Brandão / T.
Cabral
Fig. 2 e 3 - Faro Capital Nac. da Cultura
Ainda, na oferta turística ao nível de espe-
táculos em 2011, os CTT colocaram em
circulação a série de selos de emissão base
“festas tradicionais portuguesas”, no qual
decidiu inserir a festa “Carnaval de Lou-
lé” (Fig. - 4). A escolha desta festa num selo
de emissão base foi sem dúvida uma feliz
escolha pois o Carnaval de Loulé é uma das
festas mais antigas e emblemáticas do
Algarve. Fig. 4 - Carnaval de Loulé
Data de Emissão 21 de Fevereiro de 2011
Assunto Festas Tradicionais de Portuguesas
Largura 30,6 mm
Altura 27,7 mm
Tiragem
Série 5 selos
Folhas 100 exemplares
Denteado 11,75 por 11,75
Papel FCS
Impressor Offset na INCM
Desenho Atelier WHITESTUDIO
12
13. No entanto, o Algarve não é só praia e festas, é também uma região com
muita história, sendo que nesta temática é onde podemos encontrar
maioria dos selos emitidos pelos CTT após o ano 2000.
Começamos então por Silves Xelb (ou Shelb) era o nome dado à cidade de
Silves durante o domínio muçulmano. Dois dos monumentos mais impor-
tantes de Silves são a Sé de Silves (Fig. 5) e o Castelo de Silves (Fig. 6)
Data de 21 de Junho de 2006
Emissão
Assunto Rota das Catedrais
Portuguesas
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 235 000
Série 10 selos
Folhas De 50 exemplares
Fig. 5 - Sé Catedral de Silves Denteado Cruz de Cristo 13 por
13
Papel FCS 110 g/m2
Impressor Offset na Joh. Ens-
chedé
Desenho A. Santos / H. Soares
Data de Emissão 26 de Setembro de
2007
Assunto Emissão conjunta
Portugal / Marrocos
Largura 30,6 mm
Altura 40 mm
Tiragem 230 000
Série 2 selos
Folha Com 50 exemplares
Denteado 13 por 13,75
Papel Esmalte
Impressor Offset na Cartor
Desenho A. Santos / T. Coe-
Fig. 6 - Castelo de Silves lho / Waugaf 2007
13
14. Um dos locais mais emblemá- Data de Emissão 14 de Junho de 2007
ticos do Algarve, nomeada- Assunto 7 Maravilhas
mente, a Fortaleza de Sagres de Portugal
também foi colocada em selo Largura 40 mm
postal . Altura 30,6 mm
Tiragem 230 000
Série 21 selos
Folhas Mini folha com 7 selos
diferentes
Denteado 12,75 por 12,5
Papel Esmalte
Impressor Offset na INCM
Fig. 7 - Fortaleza de Sagres Desenho A. Santos / H. Soares
Fig. 8 - Mini folha no qual está inserido o selo referente à Fortaleza de Sagres
14
15. Ainda na temática da história/monumentos verificamos que existem mais
alguns selo emitidos, desta vez sobre monumentos que se situam no Con-
celho de Faro, nomeadamente a Sé Catedral de Faro (Fig. - 9) e as Ruínas
de Milreu (Fig.—10).
Data de Emissão 21 de Junho de 2006
Assunto Rota das Catedrais
Portuguesas
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 235 000
Série 10 selos
Folhas De 50 exemplares
Denteado Cruz de Cristo 13 por
Fig. 9 - Sé Catedral de Faro 13
Papel FCS 110 g/m2
Impressor Offset na Joh. Enschedé
Desenho A. Santos / H. Soares
Data de Emissão 26 de Setembro de
2007
Assunto Arqueologia em Portu-
gal
Largura 30,6 mm
Altura 40 mm
Tiragem 155 000
Série 5 selos + 1 bloco
Folhas Com 50 exemplares
Denteado 13 por 13
Papel Esmalte
Impressor Offset na Joh. Ensche-
Fig. 10– Ruínas Romanas de dé
Milreu (Estoi) Desenho J. Brandão / S. Brito
15
16. Por fim, na série “Arqueologia em Portugal”, foi emitido ainda um selo
sobre os Monumentos Megalíticos de Alcalar. Ainda dentro desta temáti-
ca temos ainda dois selos postais: um emitido aquando Faro Capital
Nacional da Cultura e na série de selos Herança Romana em Portugal.
Data de Emissão 15 de Junho de 2005
Assunto Faro, Capital Nacio-
nal da Cultura
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 230 000
Série 4 selos
Fig. 11 - Monumento Mega- Folhas Com 50 exemplares
lítico de Alcalar (Portimão) Denteado 14 por 14,25
Papel Esmalte
Impressor Offset Joh. Enschéde
Desenho J. Brandão / T.
Cabral
Fig. 12 - Peça de arqueologia
patente no Museu em Faro Data de Emissão 21 de Junho de 2006
Assunto Herança Romana em
Portugal
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 300 000
Série 4 selos e um bloco
Folhas Com 50 exemplares
Denteado 11,75 por 12,5
Papel Esmalte
Impressor Offset Joh. na INCM
Fig. 13 - Mosaico do Oceano J. Brandão / P. Falar-
Desenho
(patente no Museu Municpal do
de Faro)
16
17. Entrando noutra temática, que não podemos classificar, como belas artes
mas, no entanto, a designação de monumento também não é a mais ade-
quada. Um dos selos que nos referimos trata-se do selo referente à emis-
são “Chafarizes de Portugal”, no qual foi incluída a Fonte da Senhora da
Saúde em S. Marcos—Tavira
Dt. de Emissão 01 de Outubro de 2003
Assunto Chafarizes de Portugal
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 250 000
Série 6 selos
Folhas Com 50 exemplares
Denteado 12 por 12,5
Fig. 14 - Fonte da Senhora
Papel Esmalte
da Saúde Tavira
Impressor Offset Litografia Maia
Outro selo cujo tema não pode ser considera como temática belas artes
ou monumentos é do selo postal colocado em circulação a 20/04/2004
sobre as cidades anfitriãs do EURO, no
qual podemos ver em segundo plano a
típica chaminé algarvia. Certo que este
selo também se poderia enquadrar numa
temática de eventos desportivos ou
eventos no Algarve, consideramos mais
importante ressaltar o pormenor que
destaca este selo dos restantes da série.
Fig. 15 - Data de Emissão 20 de Abril de 2004
Chaminé Algarvia Assunto EURO 2004 - Cidades Anfitriãs
Largura 40 mm
Altura 30 mm
Tiragem 350 000
Série 8 selos
Folhas Folhas de 50 exemplares
Denteado 14 por 14,25
Papel Esmalte
Impressor Offset na Joh. Enschéde
Desenho Acácio Santos
17
18. No seguimento do selo apresentado na página anterior, saliento agora os
selos emitidos aquando da realização do EURO 2004, no qual podemos
ver o Estádio Algarve reproduzido em dois selos (uma emissão de 28 de
Novembro de 2003 em que foi produzida uma mini folha com 10 selos e
outro a 28 de Abril de 2004). Para o efeito, consideramos estes selos
como temática arquitetura, pois mais do que o evento para o qual ele foi
erguido a obra que ficou independentemente, da opinião pessoal de cada
indivíduo é uma das obras de arquitetura contemporânea mais importan-
te no Algarve.
Dt. de Emissão 28 de Novembro de 2003
Assunto EURO 2004 - Estádios
Largura 40 mm
Altura 30 mm
Tiragem 120 000
Série 10 selos
Folhas Folhas miniatura com 10
selos diferentes
Denteado 12 por 12,5 Fig. 16 - Estádio Algarve -
Pormenor exterior
Papel Esmalte
Impressor Offset na Joh. Enschéde
Desenho Acácio Santos
Dt. de Emissão 28 de Abril de 2004
Assunto EURO 2004 - Estádios
Largura 40 mm
Altura 30 mm
Tiragem 350 000
Série 10 selos
Folhas Com 50 exemplares
Denteado 14 por 14,25
Papel Esmalte
Fig. 17 - Estádio Algarve - Impressor Offset na Joh. Enschéde
Pormenor interior Desenho Acácio Santos
18
19. O Farol do Cabo de S. Vicente Data de Emissão 19 de Junho de 2008
para além do selo abaixo indi-
cado (Fig. 9). surge ainda em Assunto Faróis Portugueses
outro selo num segundo pla- Largura 40 mm
no, nomeadamente no selo
Altura 30,6 mm
referente aos 50 anos do Ins-
tituto Hidrográfico Tiragem 350 000
Série 10 selos
Folhas Com 50 exemplares
Denteado 14 por 14,25
Papel Esmalte
Impressor Offset Joh. Enschéde
Desenho Acácio Santos
Fig. 18 - Farol do Cabo
de S. Vicente
Fig. 19- Farol do Cabo de S. Vicente em segundo plano
Data de Emissão 22 de Setembro de 2010
Assunto 50 anos do Instituto Hidrográfico
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 230 000
Série 2 selos
Formato Folhas com 20 exemplares
Denteado 13 por 13
Papel Esmalte
Impressor Offset na Cartor
Desenho Atelier A. Santos / H. Soares
19
20. As pontes sobre o Rio Guadiana e sobre o Rio Arade foram outras duas
grandes obras contemporâneas colocadas em selo.
Fig. 20 - Ponte sobre o Guadiana - V. Real St.º António
Data de Emissão 14 de Setembro de 2006
Assunto Pontes Ibéricas - Emissão conj. Portugal/Espanha
Largura 80 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 300 000
Série 2 selos
Formato Folhas com 25 exemplares
Denteado 11,75 por 12,5
Papel Esmalte
Impressor Atelier Acácio Santos
Desenho Acácio Santos
Dt. de Emissão 16 de Outubro de 2008
Assunto Pontes e Obras de Arte
Largura 40,0 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 230 000
Série 6 selos + 2 blocos
Folhas Com 50 exemplares
Fig. 21– Ponte do Arade - Denteado 11,75 por 11,75
Portimão Papel Esmalte
Impressor INCM
Desenho T. Coelho / A. Santos
20
21. Outra temática que os CTT abordaram como sendo representativa do
Algarve foi o trajo regional da camponesa, que neste artigo decidi inserir
na temática roupas.
Dt. de Emissão 28 de Fevereiro de 2007
Assunto Trajes Regionais
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 380 000
Série 10 selos
Formato Folhas miniatura com 10
selos diferentes
Denteado 13 por 13,75
Fig. 22 – Traje da Campo- Papel Esmalte
nesa Impressor Offset na Cartor
Desenho Vasco Marques
A fauna foi outra das temáticas
que foi selecionadas para repre-
sentar o Algarve, veja o selo em
baixo da série “Faro, Capital
Nacional da Cultura” no qual
está retratada uma concha alu-
dindo ao meio ambiente.
Fig. 23 – Bivalve
Dt. de Emissão 15 de Junho de 2005
Assunto Faro, Capital Nacional da Cultura
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 250 000
Série 4 selos
Folhas Com 50 exemplares
Denteado 14 por 14,25
Papel Esmalte
Impressor Offset Joh. Enschéde
Desenho J. Brandão / T. Cabral
21
22. Contudo, quando falamos do Algarve para além das belas paisagens e do
clima pensa-se também na gastronomia, sendo que esta temática ao lon-
go dos últimos 12 anos não foi esquecida pelos CTT.
Neste tema temos um selo sobre o pão de testa do Algarve (Fig. 22) e o
doce D. Rodrigo (Fig. 23), duas especialidades da gastronomia algarvia.
Data de Emissão 28 de Julho de 2009
Assunto Pão Tradicional
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 230 000
Série 8 selos
Fig. 24 – Pão do Algarve Folhas Com 50 exemplares
Denteado 13 por 13
Papel Esmalte
Impressor Offset na Cartor
Desenho A. Santos / E. Fonseca
Data de Emissão 30 de Maio de 2000
Assunto Doces Conventuais
2.º Grupo
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 250 000
Série 6 selos
Folhas Com 50 exemplares
Fig. 25 – Doce D. Rodrigo
Denteado 12 por 12,5
Papel Esmalte
Impressor Offset Litografia
Maia
Desenho A. Santos
22
23. Para terminar deixo dois selos que decidi inserir na temática correio e
filatelia, pois um trata-se de uma emissão referente aos 150 anos do 1.º
selo português e refere “Portugal—Faro” e outro pertence à série de selo
do “Correio Escolar 2007”, em que refere na legenda que o desenho
reproduzido no selo é de uma menina de uma Escola do pré escolar do
Concelho de Loulé.
Data de Emissão 21 de Julho de 2003
Assunto 150.º Aniversário do
1.º Selo Português -
Faro
Largura 40 mm
Altura 30 mm
Tiragem 350 000
Série 1 selo
Fig. 26 – 150 Anos do 1.º Folhas Com 50 exemplares
Selo Português Denteado 12 por 12,5
Papel Esmalte
Impressor Offset Joh. Enschéde
Desenho L. Durão / C. Leitão
Data de Emissão 09 de Julho de 2007
Assunto Correio Escolar
Largura 40 mm
Altura 30,6 mm
Tiragem 380 000
Série 3 selos
Folhas Com 50 exemplares
Denteado 13 com Cruz de Cristo
Fig. 27 – Correio Escolar Papel Esmalte
2007 Impressor Offset na Cartor
Desenho A. Santos / E. Fonseca
Autoria: Sérgio Pedro
Bibliografia:
http://www.wnsstamps.ch/en
Catálogo Afinsa (2011)
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24. INTRODUÇÃO
Portugal foi pioneiro na institucionalização do turismo, e a isso se deveu o
empenho da sociedade civil e do governo republicano em 1911. Noto que
o governo de então aproveitou essa realização para fazer uma operação
de charme junto dos congressistas, sobretudo os estrangeiros, e estes
conferiram o primeiro reconhecimento público ao novo regime político
português, após sete meses da implantação da República.
Desde 2011, as Comemorações dos 100 anos do turismo em Portugal
caracterizam-se por um empenho de muitas entidades públicas e priva-
das, e um conjunto já apreciável de realizações concretizadas, como o
Congresso do Centenário, exposições, seminários, conferências, work-
shops e concertos.
Com um século intervalo, é de relevar a mobilização coletiva, tanto em
1911 como agora nos respetivos congressos, bem como a evolução do
turismo em Portugal, designadamente em aspetos particulares como o
associativismo, o turismo social, o ensino e a investigação.
O século XX testemunhou o Turismo como uma atividade económica, e,
que pelas suas implicações, pelo contexto em que se moveu e pelo carác-
ter de massificação que viria a tomar, é decididamente uma das indús-
trias mais promissoras do século XXI em Portugal e no mundo. Por um
conjunto de fatores (evolução dos transportes, capital e tempo disponí-
veis para os tempos livres, entre outros) que originaram o seu desenvolvi-
mento, o Turismo é uma atividade fundamental dos nossos dias, pelos
milhões de pessoas que movimenta como clientes, pela indução de
empregos que provoca, pelos efeitos multiplicadores sobre outros secto-
res económicos, entre outros.
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25. Mas o que caracteriza o Turismo como fenómeno novo, é a sua dimensão
pluridimensional. É mais do que mera atividade económica. É uma ativi-
dade cultural, geográfica, gastronómica, social, religiosa, entre outros.
Segundo a RTA (2001), é um importante motor e catalisador de impactes
naturais e humanos, marcando indelevelmente os territórios onde se
desenvolve e quando evolui para a massificação, esses impactes são
especialmente relevantes e visíveis em diferentes domínios.
Portugal é, de acordo com o Plano Regional de Turismo do Algarve Anos
2000 (RTA, 2001), o país da União Europeia onde as receitas do turismo,
quando comparadas com o PIB atingem a sua maior expressão. O PRTA
refere ainda que o turismo tende a tornar-se o polo determinante e
exclusivo da economia da região do Algarve.
Por outro, a Região de Turismo do Algarve (2001), identifica ainda a inca-
pacidade de ultrapassar a estagnação da quota de mercado no que se
refere ao destino turístico Algarve, e ao mesmo tempo o aparecimento e
evolução de problemas estruturais na região.
A HISTÓRIA DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO TURISMO PORTUGUÊS
Portugal foi das primeiras nações a enveredar, desde 1911, pela institu-
cionalização governamental do turismo, a par da Áustria e da França,
pioneiras na matéria. No mesmo ano, a Sociedade Portuguesa de Propa-
ganda (SPP), constituída por monárquicos e republicanos, católicos e
maçons, traz para Portugal, a realização do seu IV Congresso Internacio-
nal de Turismo, em Lisboa (PINA 1988). Das conclusões do Congresso
destacou-se a necessidade de criar um organismo oficial de turismo.
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26. A 16/05/1911, o Governo Provisório da República decretava a constitui-
ção, no Ministério do Fomento, de um Conselho de Turismo, auxiliado
por uma Repartição de Turismo. (PINA 1988) Em 1911, o Conselho de
Turismo propõe a promoção do país através do cinema (mudo), o que só
se concretiza em 1917 devido a razões orçamentais.
Em Abril de 1917 teve lugar em Lisboa, o I Congresso Hoteleiro. Consistia
em aproximar profissionais e amadores do ramo, com o objetivo de
desenvolver esta indústria. Concluiu-se que os primeiros ensinariam os
segundos.
Nasce em 1918, o primeiro hotel no Algarve, o Grande Hotel de Faro.
Em 1920 foram criadas as Comissões de Turismo, autorizadas a cobrar
uma pequena taxa sobre todos os forasteiros que frequentassem as
estâncias balneares, termais e hotéis de turismo. (PINA 1988)
Em 1921 é reconstruído o Hotel de Santa Luzia, em Viana do Castelo, des-
crito em 1927, pela “The National Geographic Magazine” como “um dos
mais belos do mundo”, apenas comparável aos do Rio de Janeiro ou do
Funchal. (PINA 1988).
Em Maio de 1924 é publicado o Publituris, “o primeiro jornal português
destinado à indústria do turismo”. Raul de Proença inicia a obra “O Guia
de Portugal” sob a proteção da Biblioteca Nacional.
Em 1927, o jogo é regulamentado. São criadas duas zonas de jogo perma-
nente, uma no Estoril e outra na ilha da Madeira, acrescidas de seis zonas
temporárias, distribuídas por Espinho, Figueira da Foz, Praia da Rocha,
Cúria, Sintra e Viana do Castelo. Vingaram em Espinho, Figueira da Foz,
Praia da Rocha (esta por pouco tempo devido à guerra civil espanhola,
1936/1939) e a concessão de Viana do Castelo foi passada para Póvoa do
Varzim. (PINA 1988).
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27. Em 1931, o V Congresso Internacional da Crítica, organizado por António
Ferro, trouxe a Portugal a “nata” da cultura europeia e deu origem a
variados artigos favoráveis escritos sobre Portugal pela imprensa estran-
geira. (PINA 1988). António Ferro foi uma personalidade que projetou o
turismo na vida nacional.
Traçou um plano para tornar Portugal conhecido no estrangeiro. Foi esco-
lhido por Oliveira Salazar para dirigir o Secretariado Nacional da Informa-
ção (SNI).
Entre outras iniciativas, elaborou um Estatuto do Turismo. Lançou as Pou-
sadas Regionais.
Em 1931 é criada a Junta Autónoma das Estradas, são construídas as prin-
cipais estradas do país. É desenvolvido o excursionismo automóvel. E com
o excursionismo surgem novos termos como piquenique, excursão, fim-
de-semana, passeio anual da coletividade. (PINA 1988)
Criado em 1903, o Automóvel Clube de Portugal (ACP) desenvolveu o
turismo motorizado: lançou a sua revista; com a Móbil embelezou a sina-
lização das estradas de Portugal; publicava o mapa anual do estado das
estradas. (PINA 1988). No ano seguinte é fundada a Empresa de Viação
do Algarve (EVA). (PINA 1988).
Em 1934, António Ferro promoveu em Londres, a quinzena cultural. Fize-
ram parte da comitiva referenciados conferencistas e os Pauliteiros de
Miranda. Em 1937 apresenta no pavilhão de Portugal na Feira Internacio-
nal de Paris, uma Exposição de arte popular portuguesa (PINA 1988).
A 31/12/1946, a TAP iniciara o seu segundo voo regular, ligando Lisboa a
Lourenço Marques. A viagem durava seis dias, com cinco paragens para
dormidas. (PINA 1988).
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28. Comemorações do X Aniversário da TAP (1963)
A 14/06/1940 abriu em Lisboa, no quadro das comemorações do duplo
centenário da fundação e restauração de Portugal, a (tão falada) Exposi-
ção do Mundo Português (PINA 1988).
O estado português tinha como objetivo dar a conhecer ao mundo as
realizações do país. O grande projeto interrompido pela guerra trouxe em
vez do esperado bando de turistas, uma torrente de refugiados.
No decurso da Exposição foi inaugurado o “Flecha de Prata”, o comboio
rápido que ligava Lisboa ao Porto, assim chamado pela introdução do
chapeado em aço inoxidável. (PINA 1988)
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29. Em 1947 surge o Primeiro Concurso Nacional de Ranchos Folclóricos,
aquando as comemorações do VIII Centenário de Lisboa,
Em 1948 abriu ao público o Museu de Arte Popular, cuja finalidade, além
de reunir valores patrimoniais, representava uma espécie de catálogo
oficial do folclore português que correu o mundo nas asas do turismo.
Em 1959 nasce a Feira Internacional de Lisboa (FIL) com o objetivo de
promover múltiplos eventos nacionais e internacionais. (PINA 1988).
XXVIII Congresso da FIAV (1954)
Em 1960, o “primeiro hotel dos tempos modernos” abre em Monte Gor-
do, o “Vasco da Gama”, fazendo o contraponto à “Pousada do Infante”
que abriu no mesmo ano, em Sagres. (PINA 1988).
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30. Em 1964 reúne em Lisboa, o Congresso Anual dos Estudos Turísticos, ano
em que é atingido o primeiro milhão de entradas de visitantes no país.
O turismo pela primeira vez na sua história é incluído num Plano de
Fomento, o Intercalar, vigente entre 1965 e 1967. Na edição seguinte, no
III Plano de Fomento 1968-1973, o turismo passará a ser considerado
como “sector estratégico do crescimento económico”. (PINA 1988)
Em 1968, passados dez anos sobre os resultados de 1958, o número
duplicava para um resultado de 2,5 milhões de visitantes. (PINA 1988) Em
1969 começam a ser publicados anualmente os primeiros índices estatís-
ticos do ramo, pelo Instituto Nacional de Estatística e pelo Gabinete de
Estudos e Planeamento da Direcção-Geral de Turismo, ao mesmo tempo
que é constituído no organismo central o grupo de trabalho das “Cartas
Turísticas”, que se propõe proceder ao levantamento sistemático dos
recursos com que o sector poderá contar, tendo em vista o inadiável
ordenamento turístico do território. (PINA 1988).
XII Congresso da Associação Iinternacional de Hotelaria (1962)
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31. O IV Plano de Fomento, iniciado em 1974 e com fim previsto para 1979
(PINA 1988) justifica o turismo, como “o sector estratégico de desenvolvi-
mento socioeconómico do país” e tinha como metas aumentar o saldo da
balança turística, atenuar desequilíbrios regionais e fomentar o turismo
social. (PINA 1988)
Marcello Caetano altera a equipa de trabalho que Oliveira Salazar tinha
escolhido para levar o turismo a bom porto e passa-se a trabalhar “uma
atividade” no lugar “do fenómeno”, conceito que tinha vingado até àque-
le momento.
Sem soluções para a questão colonial crescentemente condenada pelo
estrangeiro, assiste em 1974 ao desabar do regime. Acrescem ainda,
durante o seu mandato, duas crises económicas internacionais, com
repercussões para o turismo: as dificuldades enfrentadas pela libra em
1968 e a crise energética, petrolífera em 1973, seis meses antes da queda
do regime. (PINA 1988).
Com a mudança do regime a 25/04/74 (abertura do caminho à implanta-
ção da III República), “Portugal muda de país”. Em 1977, desprovido do
espaço colonial, volta-se para o mundo, nomeadamente para a Organiza-
ção para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Organiza-
ção do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e para a Associação Europeia
de Comércio Livre (EFTA), que co-fundara em 1948, 1949 e 1960 respeti-
vamente. A entrada no Conselho da Europa em 1976 reafirma essa vonta-
de. (PINA 1988).
Em resumo, o turismo em Portugal, foi até à década de cinquenta essen-
cialmente elitista, vista pelo regime político vigente com alguma descon-
fiança. O turismo, que se queria cultural, termal, de saúde e repousante,
torna-se então balnear e massificado (Silva, 1998).
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32. A partir da década de setenta e meados de oitenta, verifica-se a retoma
dos incentivos financeiros à indústria e um grande crescimento, onde se
começam a destacar o Algarve e a zona de Lisboa, absorvendo, juntas,
cerca de metade do investimento hoteleiro global do país (Pina, 1988).
Este desenvolvimento rápido e abrupto originado pelas atividades de
prestação de serviços turísticos e das atividades de construção e promo-
ção imobiliária, agravou o desordenamento de parte do litoral (caso de
áreas localizadas do Algarve) registando-se a degradação dos elementos
naturais (Cunha, 2003) e ao mesmo tempo a urgência de uma nova visão
para o turismo e integração de conceitos como a sustentabilidade e quali-
dade (Serra, 2004).
Em 1982, é instituído o princípio da descentralização dos poderes do
estado em matéria autárquica turística, representando o estado a partir
desta altura através de Comissões Regionais de Turismo. À falta de um
plano global de desenvolvimento nasce o primeiro Plano Nacional de
Turismo, na sequência dos Planos de Fomento de 1965, 1968 e de 1974.
Em 1986 foram aprovadas as bases essenciais do Plano Nacional de Turis-
mo, aprovadas pelo então X Governo Institucional, presidido por Aníbal
Cavaco Silva. (PINA 1988) Entre 1986 e 1989 é instituído um plano de
médio prazo com o objetivo de atuar acertadamente nas diversas áreas-
chave em que a indústria se movimenta, o ordenamento territorial; o
termalismo; a animação; estruturas administrativas, centrais e regionais;
formação profissional; investimento e promoção. (PINA 1988)
Nesta fase, Portugal passa a ser membro efetivo da Comunidade Econó-
mica Europeia, momento a partir do qual, as estabilidades, política e
governamental, se consumem. (PINA 1988).
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33. Para Portugal, o enquadramento na ordem comunitária consolidava, na
sua história, a jovem democracia e espaço de manobra vital para o seu
inadiável desenvolvimento. (PINA 1988)
De forma a comemorar os 75 anos do primeiro organismo oficial do turis-
mo português, o governo decidiu celebrar este evento, no período de
15/05/1986, a 15/05/1987, ao que intitulou Ano do Jubileu do Turismo
Português. A sessão solene de abertura contou com a presença do então
Presidente da República Portuguesa, Mário Soares, do então Secretário-
Geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), “Willibald P. Pahr” e do
então Secretário de Estado do Turismo, Licínio Cunha, na Sociedade de
Geografia de Lisboa. (PINA 1988).
75 Anos de Turismo (1987)
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34. O TURISMO ACTUAL
No que respeita à procura turística por Portugal como destino turístico e
segundo a DGT (2002), 94.8% dos turistas correspondem aos seguintes
mercados (por ordem crescente): Reino Unido; Espanha; Alemanha; Fran-
ça; Holanda; Itália; Estados Unidos e Bélgica.
No contexto da expansão da sua atividade turística, em especial da ofer-
ta, a OMT prevê que Portugal possa alcançar o décimo mercado mundial
dentro de 20 anos, atraindo 44 milhões, face aos 12 milhões e do 16º
lugar à escala mundial atual.
O Turismo é hoje para a economia portuguesa um sector importante
para o desenvolvimento do país. O Plano Estratégico Nacional do Turis-
mo 2006-2015 (PENT), refere ainda que “o plano é uma diretriz em que o
Turismo é reconhecido como um sector estratégico para o desenvolvi-
mento do País e que assenta no potencial turístico nacional como um
todo, apostando no aparecimento de novos pólos de desenvolvimento
nas diferentes regiões”.
Série Paisagens e Monumentos (1972-1974)
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35. O ALGARVE E O TURISMO
Atendendo a um destino turístico maduro, o Algarve, o Turismo apresen-
ta-se como a principal atividade económica e a atividade que maior
impacte tem na economia regional no contexto presente e futuro,
Para a DGT (2002) em termos quantitativos, o Algarve representa 60% da
oferta turística nacional, existindo assim uma grande concentração de
dormidas numa só região. A atividade industrial é residual, e há todo um
conjunto de atividades totalmente dependentes do número de dormidas
na hotelaria: nomeadamente a restauração, o golfe, os parques de diver-
são, a imobiliária, entre outros.
O Algarve Turístico
Voltando atrás na história, a atividade turística no Algarve, foi evoluindo
ao longo do século passado. Até à década de cinquenta, o Algarve e o seu
litoral, eram quase expugnáveis e em muitas áreas, as características ori-
ginais prevaleciam (Águas, 1997). A abertura do Aeroporto Internacional
de Faro foi crucial no que diz respeito à massificação e a forte evolução
turística, e que se regista até hoje.
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36. O crescimento massivo a partir dos anos 70, acarretou um excesso da
capacidade de oferta de alojamento, e a intermediação da oferta turística
na mão de um número reduzido de grandes operadores, criando com isso
dependência comercial e capacidade de manobra reduzida na fixação dos
preços, contribuindo igualmente para a redução dessa margem de inter-
mediação. Este facto ocorre, quando existe um agravamento de alguns
dos desequilíbrios fundamentais do mercado, como o agravamento da
concentração nos mercados de origem dos turistas, nomeadamente da
Espanha, do Reino Unido e da Alemanha a representar e a registar um
aumento da percentagem das dormidas na hotelaria global dos turistas
destes mercados.
TURISMO QUE FUTURO?
Atualmente, o crescimento dos fluxos turísticos com a consequente inter-
nacionalização e globalização dos agentes envolvidos foi acompanhado
pela difusão dos destinos turísticos à escala mundial.
Hoje, a indústria turística constitui 12% do PIB global, e suporta 250
milhões de postos de trabalho (9% do emprego total) (WTTC, 1997) a
nível mundial.
O número de turistas estrangeiros chegados a todos os países do mundo
passou de 25 milhões, em 1950, para mais de 700 milhões em 2003 e
uma previsão de 1000 milhões de chegadas de turistas em 2010 e 1560
milhões em 2020 (717 milhões de chegadas para a Europa), segundo a
WTTC (2004).
Em relação à procura, a Europa é o continente que possui a maior con-
centração turística recebendo cerca de 3/4 do turismo europeu e 2/5 do
turismo mundial, seguida pela Ásia e Pacífico e Américas (WTO, 2004).
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37. Portugal foi dos primeiros países europeus e mundiais a profissionalizar o
Turismo.
A institucionalização do Turismo português, para além de visar promover
o país e também o recém-implantado regime republicano, este viu ao
contrário da Monarquia, uma atividade económica crucial para o futuro
da nação.
O momento foi único na medida que é reconhecido a importância desta
atividade, ao mesmo tempo que passou a legislar-se, a regular e estrutu-
rar todo o setor turístico.
Autoria: Ricardo Brito
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