O documento descreve o Festival Internacional de AfroContação de Histórias Hadithi Njoo realizado em Santiago de Cuba em julho de 2013. O festival promoveu o intercâmbio cultural entre crianças e adultos locais e visitantes de diferentes países através da contação de histórias, música e dança. O documento celebra a capacidade das artes de promover a compreensão entre culturas diferentes.
2. Projeto OFICINATIVA
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Como num passe de mágica, tornamos nosso sonho
em forma de festival uma realidade internacional.
Em julho de 2013, o HADITHI NJOO pousou e
se revitalizou em terras santiagueras, contando,
cantando e desenhando novos caminhos com
crianças e adultos de tão calorosa África
caribenha. Em meio a desfiles de serpentes, honras
a Iemanjás e queimas de diabos, pulsaram forte as
afrohistórias, tradicionais e contemporâneas, as
africanidades diversas em solidários enlaces.
CUBA é simplesmente fascinante e tem afetado
nossas visões de mundo a cada novo contato. Por
isso, em julho de 2014 novamente estaremos
conectando nossas narrativas, ritmos e melodias,
fazendo festa e acendendo nossos fogos por lá...
E QUE VENHAM AS HISTÓRIAS!!!
Odé Amorim
HADITHI NJOO, Cuba 2013 - 2
3. Numa terra distante da nossa
mas num tempo igual ao daqui,
existe um povo – resultado da
mistura de muitos – que não
pára de dançar, de cantar, de
pintar, adora uma festa e
sempre quer se comunicar,
contar uma porção de histórias.
A cada ano convidam amigos e
amigas de todo o mundo para,
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4. durante uma semana, conversar sobre o
passado, celebrar o presente e planejar
um bom futuro para o planeta. Um
futuro que seja próspero, brilhante e
justo, não só para os que podem estar
por perto durante essa festa mas para
todas as criaturas que habitam a Terra.
Entre as tantas experiências que vem
colecionando ao longo desses anos, uma
recente ficou marcada em suas
lembranças: contam que chegou um
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5. receber histórias como quem da e recebe
presentes de pessoas queridas pois
acreditava que as histórias são sim
ótimos presentes de gente para gente...
rapaz de roupas estranhas (o próprio
na verdade não achava isso), cabelo
todo amarrado, carregando um monte
de apetrechos, e que disse, de um modo
bem engraçado, que queria saber as
histórias dali e que queria mostrar as
histórias de acolá. Ele queria dar e
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6. Como sempre, os pequenos
se animaram e já
começaram a contar como
eram as suas ruas, suas
árvores, suas casas.
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Alguns não entenderam
mas outros logo
gostaram da ideia.
7. Mas como contar bem histórias se uns nem sabiam falar ainda? E como se
entender se suas culturas, seus idiomas eram diferentes?
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Pues entonces...
CANTARON!
BAILARON!
DIBUJARON!
8. E assim fizeram por uma longa manhã
de domingo de verão...
Depois dessa distribuição de alegrias,
sentaram todos para descansar. Nesse
momento, na parede daquele mágico
lugar surgiram imagens e sons de acolá,
o outro lugar distante e daquela outra
gente. Uns fixaram sua atenção nas
cenas. Outros comentaram baixinho os
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9. fatos. E teve gente que se perguntava: “será que estou sonhando ou acordada“...
E como não poderia deixar de ser, para encerrar voltamos a dançar,
a cantar e a tocar. Que povo mais animado esse,
que povo mais AMADO!!!
Vamos fazer
mais FESTA?
Eu espero que SIM!
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Agradecimentos especiais:
- Júlio e Débora D'Zambê
(Sansakroma Contadores
de Histórias)
- Casa do Brasil / Taller Cultural
e equipe cultural
- Mirta Reyes
- Ida Garbey e família
E todos os participantes
SANTIAGUEROS!!!
10. “Um homem que conta
sua HISTÓRIA de amor
e que planta uma
espiga, não fica em
débito com o futuro“
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