SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
REFLUXO
VESICOURETRAL
RADIOLOGIA – HUSM
R1 HERCULES
INTRODUÇÃO
 O refluxo primário é causado por uma anormalidade estrutural da
junção ureterovesical , caracterizada por um seguimento ureteral
submucoso anormalmente curto ou ângulo de inserção anormal .
 No RVU secundário o mecanismo valvular submucoso é
comprometido por alterações anatômicas adjacentes,
destacando-se o divertículo de Hutch , ureterocele ,a bexiga
neurogênica , a duplicidade completa das vias excretoras , a
síndrome de prune-belly e o megaureter primário.
Divertículo de Hutch/parauteral
RVU grau III para a unidade
inferior de duplicidade completa
das vias excretoras esquerdas
secundária à ureterocele (seta)
que se desenvolveu na porção
distal do ureter que drena a
unidade superior.
RVU secundário à bexiga neurogênica
RVU GRAU 5 SECUNDÁRIO A SIND DE PRUNE-BELLY
RVU secundário a megaureter primário
RVU grau 5 em paciente com duplo ureter à direita
INTRODUÇÃO
 O RVU está presente em 30 a 50% dos pacientes com ITU e em 85%
daqueles com cicatriz renal.
 A cicatriz renal é responsável por 20 a 40 % dos casos de doença
renal terminal em pacientes com menos de 40 anos..
ACHADOS CLÍNICOS
 O RVU geralmente é diagnosticado durante investigação de
infecções do trato urinário. A presença de RVU em graus elevados
e por longo período esta relacionada ao aumento da incidência
de IRC , HAS e doença renal terminal .
RVU NA INFÂNCIA
 O diagnóstico é baseado no quadro clínico e laboratorial
(urocultura).
 A ITU é a segunda infecção mais comum no paciente pediátrico e
sua incidência é maior no primeiro ano de vida . Especialmente no
primeiro ano de vida .
 Após esta idade há queda da incidência nos meninos e relativa
manutenção da incidência no sexo feminino até os seis anos de
idade.
RVU NA INFÂNCIA
 Nos RN’s os sintomas são pobres e inespecíficos como
hipoatividade , anorexia , regurgitação, vômitos, distensão
abdominal e íleo adinâmico.
 Nos lactentes é comum observarmos febre , anorexia, vômitos,
crescimento deficiente e alteração do hábito intestinal.
 Em pré-escolares os sintomas mais específicos como disúria ,
polaciúria , urgência e enurese estão presentes.
RVU NA INFÂNCIA
 Depois de confirmado o diagnóstico e realizado o tratamento ,
deve-se proceder a investigação por imagem na criança , que
deve incluir avaliação morfológica e funcional do trato urinário
buscando encontrar RVU e prevenir as suas consequências.
 A investigação deve responder duas perguntas
 1 – Existe alguma alteração anatômica predispondo a ITU?
 2 – Houve lesão renal em decorrência da ITU ?
Uretrocistografia Miccional
 A UCM é o método de escolha para a avaliação inicial do RVU,
pois permite avaliar morfologicamente o trato urinário inferior , com
análise da anatomia da uretra, da bexiga e dos ureteres.
 Permite dignosticar e classificar RVU e é também o método de
acompanhamento da evolução (na ausência da cistografia
radioisotópica) .
 A UCM deve ser realizada após duas semanas do final do tto de ITU
e durante o uso de quimioprofilaxia)
Classificação pelo comitê internacional para o estudo do refluxo
Classificação pelo comitê internacional para o estudo do refluxo
Classificação pelo comitê internacional para o estudo do refluxo
 Os graus I e II são leves e têm prognóstico favorável ,
desaparecendo em mais de 80% dos casos.
 No grau III existe dilatação ureteral e discreta dilatação calicinal, é
apresentado índice de regressão espontânea de 50% .
 O grau IV tem índice de regressão espontânea de 30% enquanto
no grau V este índice esta muito abaixo, sendo raro desaparecer
espontaneamente.
Risco de desenvolver complicações
 Baixo risco : Pacientes com graus I e II uni ou bilaterais , sem cicatriz
e com bom clearence do contraste refluído.
 Médio risco: Refluxo grau III uni ou bilateral , grau IV unilateral ,
cicatriz localizada com bom clearance do contraste refluído pelo
ureter.
 Alto risco : Grau IV bilateral , grau V unilateral e com clearance
tardio do contraste refluído.
ULTRASSONOGRAFIA
 A US mostra sinais indiretos de RVU , como dilatação ureteral,
espessamento da parede ureteral e dilatação do sistema
pielocalicial.
 Os sinais diretos podem ser visualizados se utilizarmos o doppler em
cores e ecocontraste instilado no interior da bexiga, procedimento
designado cistossonografia.
CISTOGRAFIA RADIOISOTÓPICA
 A cistografia radioisotópica direta é realizada com a colocação do
radiofármaco (99TCo4) na bexiga por sonda, com aquisição de
imagens antes , durante e depois da micção, detecdando RVU.
 A dose de radioação é 5% da UCM e é um método mais sensível
para a detecção do refluxo, mas com maiores deficiências na
demonstração das alterações anatômicas. É o método de escolha
no acompanhamento de crianças com RVU.
Recomendações
 A rotina de investigação não é consensual .
Fluxograma para investigação para
após o primeiro episódio de ITU
 Em crianças com exames alterados complementa-se a
investigação com exames cintilográficos.
 Nos casos de RVU , deve ser avaliada a presença de cicatriz renal
pela cintilografia estática (DMSA) .
 Se for detectada hidronefrose a cintilografia dinâmica auxilia na
diferenciação entre obstrução funcional ou anatômica.
Tratamento
 O tto do RVU é feito com antibioticoprofilaxia , cirurgia de
reimplante ureteral , ou injeção endoscópica periureteral de teflon
e colágeno.
FIM

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia Rodrigo Barcelos
 
Lesão hepática focal i
Lesão hepática focal iLesão hepática focal i
Lesão hepática focal iNorberto Werle
 
Doença cística renal
Doença cística renalDoença cística renal
Doença cística renalUrovideo.org
 
Síndromes Digestórias - 2010
Síndromes Digestórias - 2010Síndromes Digestórias - 2010
Síndromes Digestórias - 2010rdgomlk
 
Doenças Orificiais - Aspectos Cirúrgicos Fundamentais
Doenças Orificiais - Aspectos Cirúrgicos FundamentaisDoenças Orificiais - Aspectos Cirúrgicos Fundamentais
Doenças Orificiais - Aspectos Cirúrgicos FundamentaisOzimo Gama
 
Obstrucao intestinal aula
Obstrucao intestinal aulaObstrucao intestinal aula
Obstrucao intestinal aulaMarkley Pereira
 
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução IntestinalAspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução IntestinalAmanda Thomé
 
Obstrução intestinal
Obstrução intestinalObstrução intestinal
Obstrução intestinalIgor Fonseca
 
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renalCuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renalroberta55dantas
 
Ictericaobstrutiva
IctericaobstrutivaIctericaobstrutiva
Ictericaobstrutivakalinine
 
Síndromes de vias biliares
Síndromes de vias biliaresSíndromes de vias biliares
Síndromes de vias biliarespauloalambert
 
Caso clínico intussuscepção intestinal
Caso clínico   intussuscepção intestinalCaso clínico   intussuscepção intestinal
Caso clínico intussuscepção intestinalVera Gonzaga
 

Mais procurados (20)

Uroradiologia
UroradiologiaUroradiologia
Uroradiologia
 
Mirizzi
MirizziMirizzi
Mirizzi
 
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
 
Pâncreas
Pâncreas Pâncreas
Pâncreas
 
Tc vesícula biliar
Tc vesícula biliarTc vesícula biliar
Tc vesícula biliar
 
Lesão hepática focal i
Lesão hepática focal iLesão hepática focal i
Lesão hepática focal i
 
Doença cística renal
Doença cística renalDoença cística renal
Doença cística renal
 
Aula esôfago
Aula esôfagoAula esôfago
Aula esôfago
 
Síndromes Digestórias - 2010
Síndromes Digestórias - 2010Síndromes Digestórias - 2010
Síndromes Digestórias - 2010
 
Doenças Orificiais - Aspectos Cirúrgicos Fundamentais
Doenças Orificiais - Aspectos Cirúrgicos FundamentaisDoenças Orificiais - Aspectos Cirúrgicos Fundamentais
Doenças Orificiais - Aspectos Cirúrgicos Fundamentais
 
Aula figado
Aula figadoAula figado
Aula figado
 
Obstrucao intestinal aula
Obstrucao intestinal aulaObstrucao intestinal aula
Obstrucao intestinal aula
 
Tc abdome proc inflamatorios
Tc abdome   proc inflamatoriosTc abdome   proc inflamatorios
Tc abdome proc inflamatorios
 
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução IntestinalAspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
 
Obstrução intestinal
Obstrução intestinalObstrução intestinal
Obstrução intestinal
 
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renalCuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
 
Ictericaobstrutiva
IctericaobstrutivaIctericaobstrutiva
Ictericaobstrutiva
 
Pâncreas 2011
Pâncreas 2011Pâncreas 2011
Pâncreas 2011
 
Síndromes de vias biliares
Síndromes de vias biliaresSíndromes de vias biliares
Síndromes de vias biliares
 
Caso clínico intussuscepção intestinal
Caso clínico   intussuscepção intestinalCaso clínico   intussuscepção intestinal
Caso clínico intussuscepção intestinal
 

Destaque

Master Clínica - Prostatectomia radical less
Master Clínica - Prostatectomia radical lessMaster Clínica - Prostatectomia radical less
Master Clínica - Prostatectomia radical lessJeffo Granetto
 
What are kidney stones
What are kidney stonesWhat are kidney stones
What are kidney stonesZHALNJR
 
Neoplasias foliculares tireóide
Neoplasias foliculares tireóideNeoplasias foliculares tireóide
Neoplasias foliculares tireóideIared
 
Revisão sistemática de estudos de acurácia
Revisão sistemática de estudos de acuráciaRevisão sistemática de estudos de acurácia
Revisão sistemática de estudos de acuráciaIared
 
Ultrassonografia da lesão renal focal
Ultrassonografia da lesão renal focalUltrassonografia da lesão renal focal
Ultrassonografia da lesão renal focalIared
 
Mapeamento de varizes
Mapeamento de varizesMapeamento de varizes
Mapeamento de varizesIared
 
Doppler hepático hemodinâmica
Doppler hepático hemodinâmicaDoppler hepático hemodinâmica
Doppler hepático hemodinâmicaIared
 
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiroUltrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiroIared
 
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renalAplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renalIared
 
Us doppler de carótidas
Us doppler de carótidasUs doppler de carótidas
Us doppler de carótidasIared
 
Doppler hepático
Doppler hepáticoDoppler hepático
Doppler hepáticoIared
 
Ultrassonografia no Abdome agudo
Ultrassonografia no Abdome agudoUltrassonografia no Abdome agudo
Ultrassonografia no Abdome agudoIared
 
Doppler doenças difusas da tireoide
Doppler doenças difusas da tireoideDoppler doenças difusas da tireoide
Doppler doenças difusas da tireoideIared
 

Destaque (20)

Ca próstata
Ca próstataCa próstata
Ca próstata
 
Master Clínica - Prostatectomia radical less
Master Clínica - Prostatectomia radical lessMaster Clínica - Prostatectomia radical less
Master Clínica - Prostatectomia radical less
 
What are kidney stones
What are kidney stonesWhat are kidney stones
What are kidney stones
 
Ca de prostata
Ca de prostataCa de prostata
Ca de prostata
 
Rx Ombro
Rx OmbroRx Ombro
Rx Ombro
 
Urinary stone disease
Urinary stone diseaseUrinary stone disease
Urinary stone disease
 
Neoplasias foliculares tireóide
Neoplasias foliculares tireóideNeoplasias foliculares tireóide
Neoplasias foliculares tireóide
 
Revisão sistemática de estudos de acurácia
Revisão sistemática de estudos de acuráciaRevisão sistemática de estudos de acurácia
Revisão sistemática de estudos de acurácia
 
Ultrassonografia da lesão renal focal
Ultrassonografia da lesão renal focalUltrassonografia da lesão renal focal
Ultrassonografia da lesão renal focal
 
Rx ombro
Rx ombroRx ombro
Rx ombro
 
Curso 50 c
Curso 50 cCurso 50 c
Curso 50 c
 
Nefropatia
NefropatiaNefropatia
Nefropatia
 
Mapeamento de varizes
Mapeamento de varizesMapeamento de varizes
Mapeamento de varizes
 
Doppler hepático hemodinâmica
Doppler hepático hemodinâmicaDoppler hepático hemodinâmica
Doppler hepático hemodinâmica
 
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiroUltrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
 
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renalAplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
 
Us doppler de carótidas
Us doppler de carótidasUs doppler de carótidas
Us doppler de carótidas
 
Doppler hepático
Doppler hepáticoDoppler hepático
Doppler hepático
 
Ultrassonografia no Abdome agudo
Ultrassonografia no Abdome agudoUltrassonografia no Abdome agudo
Ultrassonografia no Abdome agudo
 
Doppler doenças difusas da tireoide
Doppler doenças difusas da tireoideDoppler doenças difusas da tireoide
Doppler doenças difusas da tireoide
 

Semelhante a Refluxo

refluxo vesicoureteral
refluxo vesicoureteral refluxo vesicoureteral
refluxo vesicoureteral Isabela Aguiar
 
Profilaxia antibiótica em refluxo vesico ureteral
Profilaxia antibiótica em refluxo vesico ureteralProfilaxia antibiótica em refluxo vesico ureteral
Profilaxia antibiótica em refluxo vesico ureteralBruno Cezarino
 
Anomalias anorretais
Anomalias anorretaisAnomalias anorretais
Anomalias anorretaisVanessa Paiva
 
ITU na criança
ITU na criançaITU na criança
ITU na criançagisa_legal
 
0010_ITU NA INFANCIA.pdf fornecido pelo professor
0010_ITU NA INFANCIA.pdf fornecido pelo professor0010_ITU NA INFANCIA.pdf fornecido pelo professor
0010_ITU NA INFANCIA.pdf fornecido pelo professorLayanneStephanneFigu
 
Nefrologia infeccao trato urinario sbp
Nefrologia infeccao trato urinario sbpNefrologia infeccao trato urinario sbp
Nefrologia infeccao trato urinario sbpMarieana Medeiros
 
DiagnóStico E Tratamento Da Oncologia GinecolóGica
DiagnóStico E Tratamento Da Oncologia GinecolóGicaDiagnóStico E Tratamento Da Oncologia GinecolóGica
DiagnóStico E Tratamento Da Oncologia GinecolóGicachirlei ferreira
 
Urografia excretora - Abordagem completa
Urografia excretora - Abordagem completaUrografia excretora - Abordagem completa
Urografia excretora - Abordagem completaHeitor Leandro
 
infecção urinária na gestação
infecção urinária na gestaçãoinfecção urinária na gestação
infecção urinária na gestaçãoAnderson Anisio
 
Trabalho semiologia do abdome.
Trabalho semiologia do abdome.Trabalho semiologia do abdome.
Trabalho semiologia do abdome.Mariana Andrade
 

Semelhante a Refluxo (20)

refluxo vesicoureteral
refluxo vesicoureteral refluxo vesicoureteral
refluxo vesicoureteral
 
Profilaxia antibiótica em refluxo vesico ureteral
Profilaxia antibiótica em refluxo vesico ureteralProfilaxia antibiótica em refluxo vesico ureteral
Profilaxia antibiótica em refluxo vesico ureteral
 
Anomalias anorretais
Anomalias anorretaisAnomalias anorretais
Anomalias anorretais
 
ITU na criança
ITU na criançaITU na criança
ITU na criança
 
0010_ITU NA INFANCIA.pdf fornecido pelo professor
0010_ITU NA INFANCIA.pdf fornecido pelo professor0010_ITU NA INFANCIA.pdf fornecido pelo professor
0010_ITU NA INFANCIA.pdf fornecido pelo professor
 
Uretrocistografia Miccional e Retrógrada
Uretrocistografia Miccional e RetrógradaUretrocistografia Miccional e Retrógrada
Uretrocistografia Miccional e Retrógrada
 
Litíase urinária atualizada
Litíase urinária atualizadaLitíase urinária atualizada
Litíase urinária atualizada
 
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica CirúrgicaPancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
Pancreatite Aguda - Clínica Cirúrgica
 
Nefrologia infeccao trato urinario sbp
Nefrologia infeccao trato urinario sbpNefrologia infeccao trato urinario sbp
Nefrologia infeccao trato urinario sbp
 
Sistema+renal
Sistema+renalSistema+renal
Sistema+renal
 
113
113113
113
 
5033 1023 4918
5033 1023 49185033 1023 4918
5033 1023 4918
 
Neoplasias Periampulares
Neoplasias PeriampularesNeoplasias Periampulares
Neoplasias Periampulares
 
Válvula de uretra posterior
Válvula de uretra posteriorVálvula de uretra posterior
Válvula de uretra posterior
 
Guia
GuiaGuia
Guia
 
DiagnóStico E Tratamento Da Oncologia GinecolóGica
DiagnóStico E Tratamento Da Oncologia GinecolóGicaDiagnóStico E Tratamento Da Oncologia GinecolóGica
DiagnóStico E Tratamento Da Oncologia GinecolóGica
 
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIOINFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO
 
Urografia excretora - Abordagem completa
Urografia excretora - Abordagem completaUrografia excretora - Abordagem completa
Urografia excretora - Abordagem completa
 
infecção urinária na gestação
infecção urinária na gestaçãoinfecção urinária na gestação
infecção urinária na gestação
 
Trabalho semiologia do abdome.
Trabalho semiologia do abdome.Trabalho semiologia do abdome.
Trabalho semiologia do abdome.
 

Último

O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOFUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOJessicaAngelo5
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 

Último (7)

O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICOFUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
FUNDAMENTOS E TEORAS DA ENFERMAGEM PARA ALUNOS DE CURSO TÉCNICO
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 

Refluxo

  • 2. INTRODUÇÃO  O refluxo primário é causado por uma anormalidade estrutural da junção ureterovesical , caracterizada por um seguimento ureteral submucoso anormalmente curto ou ângulo de inserção anormal .  No RVU secundário o mecanismo valvular submucoso é comprometido por alterações anatômicas adjacentes, destacando-se o divertículo de Hutch , ureterocele ,a bexiga neurogênica , a duplicidade completa das vias excretoras , a síndrome de prune-belly e o megaureter primário.
  • 3.
  • 5. RVU grau III para a unidade inferior de duplicidade completa das vias excretoras esquerdas secundária à ureterocele (seta) que se desenvolveu na porção distal do ureter que drena a unidade superior.
  • 6. RVU secundário à bexiga neurogênica
  • 7. RVU GRAU 5 SECUNDÁRIO A SIND DE PRUNE-BELLY
  • 8. RVU secundário a megaureter primário
  • 9. RVU grau 5 em paciente com duplo ureter à direita
  • 10. INTRODUÇÃO  O RVU está presente em 30 a 50% dos pacientes com ITU e em 85% daqueles com cicatriz renal.  A cicatriz renal é responsável por 20 a 40 % dos casos de doença renal terminal em pacientes com menos de 40 anos..
  • 11. ACHADOS CLÍNICOS  O RVU geralmente é diagnosticado durante investigação de infecções do trato urinário. A presença de RVU em graus elevados e por longo período esta relacionada ao aumento da incidência de IRC , HAS e doença renal terminal .
  • 12. RVU NA INFÂNCIA  O diagnóstico é baseado no quadro clínico e laboratorial (urocultura).  A ITU é a segunda infecção mais comum no paciente pediátrico e sua incidência é maior no primeiro ano de vida . Especialmente no primeiro ano de vida .  Após esta idade há queda da incidência nos meninos e relativa manutenção da incidência no sexo feminino até os seis anos de idade.
  • 13. RVU NA INFÂNCIA  Nos RN’s os sintomas são pobres e inespecíficos como hipoatividade , anorexia , regurgitação, vômitos, distensão abdominal e íleo adinâmico.  Nos lactentes é comum observarmos febre , anorexia, vômitos, crescimento deficiente e alteração do hábito intestinal.  Em pré-escolares os sintomas mais específicos como disúria , polaciúria , urgência e enurese estão presentes.
  • 14. RVU NA INFÂNCIA  Depois de confirmado o diagnóstico e realizado o tratamento , deve-se proceder a investigação por imagem na criança , que deve incluir avaliação morfológica e funcional do trato urinário buscando encontrar RVU e prevenir as suas consequências.  A investigação deve responder duas perguntas  1 – Existe alguma alteração anatômica predispondo a ITU?  2 – Houve lesão renal em decorrência da ITU ?
  • 15. Uretrocistografia Miccional  A UCM é o método de escolha para a avaliação inicial do RVU, pois permite avaliar morfologicamente o trato urinário inferior , com análise da anatomia da uretra, da bexiga e dos ureteres.  Permite dignosticar e classificar RVU e é também o método de acompanhamento da evolução (na ausência da cistografia radioisotópica) .  A UCM deve ser realizada após duas semanas do final do tto de ITU e durante o uso de quimioprofilaxia)
  • 16. Classificação pelo comitê internacional para o estudo do refluxo
  • 17. Classificação pelo comitê internacional para o estudo do refluxo
  • 18. Classificação pelo comitê internacional para o estudo do refluxo  Os graus I e II são leves e têm prognóstico favorável , desaparecendo em mais de 80% dos casos.  No grau III existe dilatação ureteral e discreta dilatação calicinal, é apresentado índice de regressão espontânea de 50% .  O grau IV tem índice de regressão espontânea de 30% enquanto no grau V este índice esta muito abaixo, sendo raro desaparecer espontaneamente.
  • 19. Risco de desenvolver complicações  Baixo risco : Pacientes com graus I e II uni ou bilaterais , sem cicatriz e com bom clearence do contraste refluído.  Médio risco: Refluxo grau III uni ou bilateral , grau IV unilateral , cicatriz localizada com bom clearance do contraste refluído pelo ureter.  Alto risco : Grau IV bilateral , grau V unilateral e com clearance tardio do contraste refluído.
  • 20. ULTRASSONOGRAFIA  A US mostra sinais indiretos de RVU , como dilatação ureteral, espessamento da parede ureteral e dilatação do sistema pielocalicial.  Os sinais diretos podem ser visualizados se utilizarmos o doppler em cores e ecocontraste instilado no interior da bexiga, procedimento designado cistossonografia.
  • 21.
  • 22. CISTOGRAFIA RADIOISOTÓPICA  A cistografia radioisotópica direta é realizada com a colocação do radiofármaco (99TCo4) na bexiga por sonda, com aquisição de imagens antes , durante e depois da micção, detecdando RVU.  A dose de radioação é 5% da UCM e é um método mais sensível para a detecção do refluxo, mas com maiores deficiências na demonstração das alterações anatômicas. É o método de escolha no acompanhamento de crianças com RVU.
  • 23. Recomendações  A rotina de investigação não é consensual .
  • 24. Fluxograma para investigação para após o primeiro episódio de ITU
  • 25.  Em crianças com exames alterados complementa-se a investigação com exames cintilográficos.  Nos casos de RVU , deve ser avaliada a presença de cicatriz renal pela cintilografia estática (DMSA) .  Se for detectada hidronefrose a cintilografia dinâmica auxilia na diferenciação entre obstrução funcional ou anatômica.
  • 26. Tratamento  O tto do RVU é feito com antibioticoprofilaxia , cirurgia de reimplante ureteral , ou injeção endoscópica periureteral de teflon e colágeno.
  • 27. FIM