PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
A educação na sociedade da informação ricardo da silva
1. 0
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
RICARDO DA SILVA
A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
As novas tecnologias de informação e comunicação a serviço da Educação à
Distância
Palhoça (SC)
2008
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2. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
RICARDO DA SILVA
A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
As novas tecnologias de informação e comunicação a serviço da Educação à
Distância
Monografia apresentada ao curso de
especialização em Metodologia da Educação à
distância como requisito parcial à obtenção do
grau de especialista em Metodologia da Educação
à distância
Universidade do Sul de Santa Catarina
Orientador: Prof.ª Angelita Marçal Flores
Palhoça (SC)
2008
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3. Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul
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4. RICARDO DA SILVA
A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
As novas tecnologias de informação e comunicação a serviço da Educação à
Distância
Monografia apresentada como parte das exigências para a
obtenção do grau de Especialista pelo Curso de Metodologia
da Educação a Distância pela UnisulVirtual.
Aprovada em, _______de_____________________de ____________.
BANCA EXAMINADORA
Prof..........................................– Orientador
Universidade do Sul de Santa Catarina
Prof.............................................
Universidade do Sul de Santa Catarina
Prof............................................
Universidade do Sul de Santa Catarina
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5. ...Aos meus pais Lucia e Vilmar que me
deram o suporte necessário para
completar mais essa etapa em minha
vida, e à Nadine que desde o início,
esteve ao meu lado me incentivando, não
me deixando desanimar a cada obstáculo
encontrado.
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6. "O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de
amar." (Charles Chaplin)
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7. RESUMO
A presente monografia apresenta o panorama atual das tecnologias que guiam a
Educação à Distância na maioria das instituições de EaD e de acordo com a atual
situação das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, suas influências
nos novos modelos de educação na sociedade de informação, procurando apontar
as tendências das novas mídias e as quebras dos paradigmas educacionais que
estas vêm causando e podem vir a causar em breve como ferramentas promissoras
à Educação à Distância. Sabendo que a quantidade de alunos que estudam à
distância aumenta gradativamente e devido a esse crescimento seu atual modelo
necessita de estudos e pesquisas constantes a respeito das tecnologias e mídias
que orientam seus caminhos, com a finalidade de obter maior eficácia na busca por
uma educação real e prática. Vivemos na era da informação, onde a propagação e o
acesso as informação tomaram uma dimensão de velocidade muito rápida. A
educação em tempos de informação e tecnologias tão rapidamente divulgadas deve
acompanhar essas mudanças; não podendo continuar estagnada em uma mesma
forma e padrão. Devemos ter um olhar crítico com relação às Novas Tecnologias de
Informação e Comunicação (NTICs) apresentadas atualmente que poderão
colaborar para o seu desenvolvimento e melhoramento. Estas novas tecnologias
surgem para facilitar os caminhos de alunos e professores, como também para
aumentar a gama de possibilidades tanto na vida em sociedade quanto para a
transformação dessas informações em conhecimento, gerando progresso e
desenvolvimento à sociedade como um todo, fazendo principalmente com que o
acesso a esse conhecimento seja justo e sem distinção.
Palavras-chave: Educação à distância. Novas Tecnologias. Sociedade
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8. ABSTRACT
The paper presents an overview from the current technologies that guide the
Distance Education in most related institutions and according to the present situation
of New Technologies of Information and Communication, their influence upon the
new models of education in the society of information, trying to show the trends of
new media and educational paradigms that they have caused and they are likely to
cause soon as promising tools for the Distance Education. Being aware the amount
of students who study at distance is gradually increasing and due to this growth its
current model needs studies and researches about its technologies and media that
guide its ways, with the aim of achieving greater efficiency in the search for a real
and practical education. We live in the information age, where the spread and access
to information are very immediate. The education in times of information and
technologies so quickly disseminated must accompany these changes; it can not
remain immovable with the same shape and model. We must have a critical eye
about the New Information and Communication Technologies (NICTs) presented
nowadays that could work for their development and improvement. These new
technologies come to facilitate the students and teachers lives, but also to increase
the range of possibilities both in society and for the transformation from information
into knowledge, generating progress and development for this society as a whole,
especially making this access to knowledge fair and without distinction.
Keywords: Distance Education. New Technologies. Society.
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9. SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 10
2. A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO...........................................12
3. O ATUAL PANORAMA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. (AS TECNOLOGIAS
EDUCACIONAIS).................................................................................................... ..14
3.1 AS GERAÇÕES DOS MODELOS MIDIÁTICOS NA EAD...................................15
3.2 MÍDIAS DIDÁTICAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ATUAL.............................17
3.2.1 Material Impresso............................................................................................19
3.2.2 Áudio e audiovisuais.......................................................................................21
3.2.2.1 Rádio..............................................................................................................21
3.2.2.2 Vídeo didático.................................................................................................23
3.2.2.3 Televisão........................................................................................................24
3.2.2.4 Teleconferência..............................................................................................26
3.2.3 Mídias de suporte informático as redes virtuais de aprendizagem............27
3.2.3.1 Videoconferência............................................................................................27
3.2.3.2 Comunicações mediadas por computador.....................................................29
3.2.3.3 Internet...........................................................................................................31
3.2.3.4 Vídeo Streaming.............................................................................................34
3.2.3.5 Teleconferência via Web................................................................................36
3.2.3.6 Videoconferência via Web..............................................................................37
3.2.3.7 Ambientes Virtuais de Aprendizagem............................................................37
4. AS MÍDIAS DIDÁTICAS DA NOVA GERAÇÃO DA EDUCAÇÃO À
DISTÂNCIA................................................................................................................40
4.1 O LIVRO ELETRÔNICO.......................................................................................42
4.2 TV DIGITAL .........................................................................................................44
4.3 PODCASTING......................................................................................................47
4.4 ESPAÇOS VIRTUAIS PARA A PRÁTICA EDUCATIVA......................................49
4.4.1 Comunidades virtuais.....................................................................................49
4.4.2 Blogs.................................................................................................................49
4.4.3 Ferramentas Wiki.............................................................................................50
4.5 WEB 2.0 NA EDUCAÇÃO....................................................................................52
4.6 REALIDADE VIRTUAL.........................................................................................56
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10. 4.6.1 O ambiente virtual Second Life......................................................................58
4.7. MOBILE LEARNING............................................................................................61
5. CONCLUSÃO........................................................................................................64
REFERÊNCIAS..........................................................................................................66
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11. 10
1. INTRODUÇÃO
Segundo o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a
Distância, (2007), em 2006, o Brasil teve cerca de 2.279.000 pessoas matriculadas
em cursos a distância. A análise de alunos credenciados indica um crescimento de
54% em relação ao ano anterior. Considerando apenas os cursos de graduação e
pós-graduação, observou-se um aumento de 91%. Os sucessivos aumentos de
procura e ofertas evidenciam que a Educação à distância (EaD) está em pleno
crescimento e chegou para ficar. A mídia mais utilizada em cursos a distância
continua sendo o material impresso (86%). Enquanto o “e-learning” ocupa o segundo
lugar, com 56%. Apesar da predominância da mídia “convencional”, a tendência é o
uso cada vez maior da internet na EaD. Na medida em que aumenta continuamente
o número de pessoas e domicílios com acesso à internet e as Novas Tecnologias de
Informação e Comunicação (NTICs), estas fazem cada vez mais parte dos modelos
de Educação a Distância. E assim a educação dessa nova Era se transforma e
alguns paradigmas começam a serem quebrados e novos nascem ou estão em fase
de desenvolvimento.
A educação a Distância deve seu crescimento ao avanço das tecnologias,
devido sua massificação e simplificação. A busca pelo novo torna-se relevante, pois
não somente estaremos pesquisando o futuro da educação, como também os novos
rumos que a EaD possa tomar. Tendo como base o presente das tecnologias que já
fazem parte dos modelos de EaD existentes, buscamos os novos modelos que estão
sendo desenvolvidos e o que seus potenciais para a constante melhoria da
Educação à Distância. As NTCIs se desenvolvem com rapidez, em nossa sociedade
da informação.
O presente trabalho busca analisar a situação atual das novas
tecnologias da informação e comunicação e seu papel na educação atual, buscando
identificar as novas tendências para sua utilização na educação à distância,
contribuindo assim na melhoria e desenvolvimento da qualidade dos cursos à
distância. Realizar levantamento bibliográfico sobre o tema. Coletar dados sobre a
atual situação das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação no ensino à
distância. Identificar as principais dificuldades que surgem no processo de
implantação de novas tecnologias da informação e da comunicação. Apontar
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12. 11
sugestões de melhoramento para a possível elaboração de possíveis
novos parâmetros e diretrizes a serem utilizados pelas futuras gerações da EaD.
Realizada a partir de levantamentos de materiais com dados já analisados
e publicados por meios escritos e/ou eletrônicos (livros, artigos científicos, páginas
na Web). A pesquisa lida com os registros escritos existentes sobre o universo em
questão, se guiando pelo caminho teórico pelos quais outros pesquisadores já
trilharam, desta forma podendo alcançar com propriedade dos objetivos propostos.
Poderá ser realizada a partir de levantamentos de materiais com dados já analisados
e publicados por meios escritos ou eletrônicos (livros, artigos científicos, páginas na
Web), ou ser regida pela pesquisa documental, que trabalha com dados que ainda
não receberam tratamento analítico e ainda não foram publicados. Como também
ser utilizada para a coleta de dados gerais ou específicos de determinado assunto
tanto como destinada à consulta de fontes documentais diversas da informação
impressa ou eletrônica.
É importante identificarmos as ferramentas que realmente podem ser
utilizadas como instrumentos educacionais e avaliar sua aplicação de modo a
promover a aprendizagem significativa, crítica e eficaz. E sendo essas as gerações
que marcaram a evolução da educação à distância, e vivendo na sociedade da
informação, devemos questionar: Quais serão as novas tecnologias de informação e
comunicação que poderão ser acrescentadas ou até mesmo mudar o atual modelo
do Ensino a Distância.
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13. 12
2. A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO
Vivemos em uma nova Era. Vivemos na sociedade da informação.
Sociedade da informação é um conceito utilizado para descrever “uma sociedade e
uma economia que faz o melhor uso possível das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) no sentido de lidar com a informação, e que toma este como
elemento central de toda a atividade humana”. (Castells, 2001).
Segundo o Livro Verde para a sociedade da informação no Brasil (MCT,
2000) o desenvolvimento dessa sociedade tem seu inicio com o lançamento do
Programa Americano HPCC (High Performance Computing and Communications)
que ganhou notoriedade mundial a partir de 1991/92, pode ser considerado o
começo do processo que hoje perpassa governos e empresas sob o rótulo de
sociedade da informação. Inicialmente voltado para o avanço da tecnologia de redes
e computação nos EUA e com um viés basicamente acadêmico, expandiu-se a partir
de 1993/94 para incluir a iniciativa da National Information Infrastructure (NII),
impulsionada pela administração Clinton/Gore, com foco na abordagem de desafios
concretos da economia e sociedade americana. A chamada NII foi o mote inicial a
partir do qual, em 1994, os EUA lançaram a idéia da Global Information Infra-
structure (GII) como um desafio mundial a ser enfrentado por todos os governos.
Esse papel de liderança dos EUA se deve a uma conjunção de fatores da história
recente americana (especialmente a liderança inconteste em Internet).
Segundo a Wikipedia (2008), a sociedade da informação é a
conseqüência do crescimento informacional, caracterizada, sobretudo pela
aceleração dos processos de produção e de disseminação da informação e do
conhecimento. É uma nova era, onde as transmissões de dados são de baixo custo
e as tecnologias de armazenamento são amplamente utilizadas, onde a informação
flui a velocidades e em quantidades, antes inimagináveis.
O surgimento das novas tecnologias, como a computação, multimídia e as
redes de alta velocidade, têm criado novas possibilidades de desenvolvimento
tecnológico. Palco para o desenvolvimento da Educação a Distância (EAD). Moore
e Kearsley, (1996) definem a Educação a Distância como o aprendizado planejado
que normalmente ocorre em um lugar diverso do ensino presencial e como
conseqüência requer técnicas especiais de planejamento de curso, técnicas
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14. 13
instrucionais especiais, métodos especiais de comunicação, eletrônicos
ou outros, bem como sua estrutura organizacional e administrativa específica.
Ainda, segundo o Livro Verde para Educação na Sociedade da
Informação (MCT, 2000) esta se caracteriza por abranger todas as atividades e
processos intencionalmente educativos, caracterizados pelo fato de que, neles, o
trabalho dos educadores e dos educandos se realizam em tempos e espaços
diferentes, onde essa conexão é feita através de um ou mais meios de comunicação
para que aconteça uma troca de informação. O desenvolvimento das TICs tem
influenciado o desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizado à distância
como um apoio eficiente no manejo de informação, no qual atuam como mediadoras
entre a troca de conhecimentos e também determinantes para a escolha de
estratégias interessantes para a execução de novos projetos para a educação à
distância.
Portanto, devemos estudar e explorar essas novas ferramentas para que
possamos criar novos e melhores modelos, sempre buscando uma educação
democrática e de qualidade, usufruindo das novas mídias e ferramentas que a
tecnologia nos proporciona para que esses objetivos sejam alcançados.
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15. 14
3. O ATUAL PANORAMA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (AS TECNOLOGIAS
EDUCACIONAIS)
Primeiramente, devemos nos focalizar no conceito de tecnologia de
informação e comunicação para que possamos compreender seu atual papel na
Educação à distância. Dentre os vários conceitos de Tecnologia da Informação e
comunicação podemos destacar o de CRUZ (1997, p.160) que define as TICs como
“o conjunto de dispositivos individuais, como hardware, e software,
telecomunicações ou qualquer outra tecnologia que faça parte ou gere tratamento da
informação, ou ainda, que a contenha”
Existem muitas definições de tecnologia e direções para seus conceitos
entre diversos autores de diversas áreas. Porém, utilizando conceitos mais
abrangentes podemos citar um com uma maior amplitude que aparece na
proposição de Abetti apud Steensma, (1996), que define tecnologia como “um corpo
de conhecimentos, ferramentas e técnicas, derivados da ciência e da experiência
prática, que é usado no desenvolvimento, projeto, produção, e aplicação de
produtos, processos, sistemas e serviços”.
O conceito de tecnologia – enquanto solução a um determinado problema
ou conjunto deles – deve ser ampliado e revisto na perspectiva educacional, pois a
educação trabalha no universo da diversidade, das individualidades, das
subjetividades, das socializações. E assim, direcionado os conceitos de tecnologia a
educação, temos o termo Tecnologias educacionais, que segundo o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP, 2008), pode ser definida por
quatro grandes características que se interpenetram, se ligam e se completam: 1)
aplicação sistemática em educação, ensino e treinamento de princípios científicos,
devidamente comprovados em pesquisas, derivados da análise experimental do
comportamento de outros ramos do conhecimento científico; 2) conjunto de materiais
e equipamentos mecânicos ou eletromecânicos empregados para fins de ensino; 3)
ensino em massa (uso dos meios de comunicação de massa em educação) e 4)
sistemas homem-máquina.
A tecnologia educacional apresenta-se como um meio gerador de
aprendizagem que faz parte do ensino como processo tecnológico e atualmente
caracteriza-se pela busca de novos modos de trabalhar no campo educacional. Um
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16. 15
dos grandes desafios é adaptar a tecnologia moderna e os meios de
comunicação atuais; como a televisão, o rádio, os suportes informáticos e outros que
funcionam também como meios educativos, a um nível informal, como a internet à
educação. Essa tecnologia educacional reflete sobre a aplicação de técnicas para a
solução de problemas educativos procurando controlar o sistema de ensino-
aprendizagem como aspecto central e a garantia de qualidade, preocupando-se com
as técnicas e sua adequação às necessidades e à realidade dos educandos da
sociedade em que vivemos.
Alguns paradigmas ainda deverão ser transpostos e superados, mas
muito está sendo feito e aceito para que uma nova educação possa se programar
com qualidade e abertura. O cenário atual aponta um aumento das instituições de
ensino superior que se utilizam da Educação a Distância como base de ensino e
desta forma aponta uma tendência de crescimento e desenvolvimento.
A efetiva evolução de um país na era sociedade da informação depende
do envolvimento ativo de seus quadros humanos, especialmente de seus cientistas
e pesquisadores em tecnologias de informação e comunicação.
De acordo com Moran (2007) As tecnologias educacionais necessitam de
contextos e encontros pedagógicos motivadores que ampliem a curiosidade, a
motivação, a pesquisa, a interação para que alcance bons resultados. As
tecnologias em contextos e encontros pedagógicos acomodados, rotineiros
aumentam a previsibilidade, o desencanto, a banalização da aprendizagem, o
desinteresse.
Portanto, devemos partir do atual panorama das tecnologias educacionais
para que possamos enxergar o que está sendo desenvolvido e pesquisado para o
contínuo crescimento dessa educação sistematizada que possuímos. Devemos nos
fundamentar no passado, desenvolver o presente para que possamos colher bons
frutos na educação do futuro.
A este propósito, Moran (2007) escreve: “As tecnologias são uma parte de
um processo muito mais rico e complexo que é gostar de aprender e de ajudar a
outros que aprendam numa sociedade em profunda transformação”.
3.1 AS GERAÇÕES DOS MODELOS MIDIÁTICOS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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17. 16
Para que possamos colher bons frutos na educação do futuro, assim
como citado anteriormente, devemos então nos fundamentar no passado
observando o desenvolvimento concretizado desde o início da utilização da
Educação a distância como ensino formal.
De acordo com Moore e Kearsley (1996), a educação a distância possui
três gerações de modelos midiáticos. E são caracterizados como:
Primeira geração dos modelos midiáticos na Educação à distância, foi a
do ensino por correspondência, quando avançam as técnicas de impressão,
melhoram os serviços postais, permitindo assim que a produção e a distribuição de
materiais didáticos sejam facilitadas. Torna-se possível distribuir grandes
quantidades de materiais para grupos geograficamente dispersos. Apesar de suas
características serem um consenso, a sua data de inicio ainda gera discussões
sobre os principais autores a respeito do tema, que não chegam a uma conclusão
sobre uma data específica como marco inicial. Embora Landim (1997, p. 2)
mencione um anúncio da Gazeta de Boston de 1728 que oferecia material para
ensino e tutoria por correspondência e Alves (1994, p.9) considere como a primeira
experiência de ED um curso de contabilidade na Suécia em 1833. Moore e Kearsley
(1996, p. 20) destacam que o estudo em casa se tornou interativo com o
desenvolvimento de serviços de correios baratos e confiáveis que permitiam aos
alunos se corresponderem com seus instrutores.
Na segunda geração da Educação a Distância, também chamada de
ensino multimídia a distância ocorrida no final da década de 1960 e inicio da década
de 1970, utilizando, além do material impresso, transmissões por televisão aberta,
rádio e fitas de áudio e vídeo, com interação por telefone, satélite e TV a cabo.
Surgem as primeiras Universidades Abertas, com design e implementação
sistematizadas de cursos a distância. Mesmo que possa haver divergências quanto
à primeira instituição e ao primeiro curso a distância, a bibliografia é unânime quanto
à importância da Open University da Inglaterra, criada em 1969 como um marco e
um modelo de sucesso, que tem atuação destacada até hoje.
A terceira geração de cursos a distância está diretamente ligada ao uso
do computador pessoal e da Internet, que viabiliza mecanismos para os estudantes
se comunicar de forma síncrona pelo uso do computador e de ambientes virtuais de
aprendizagem, interativos. Nesta modalidade o uso de tecnologias interativas –
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18. 17
como a internet e a videoconferência – prioriza os processo de
comunicação. Esse modelo vem se estruturando a partir dos anos 90 e encontra-se
consolidado nas grandes universidades do mundo.
No século XXI, discute-se o nascimento das quarta e quinta gerações de
EaD, caracterizadas pelo uso da inteligência artificial e da realidade virtual, mas
ainda em ambientes experimentais. No Brasil, consolida-se atualmente a terceira
geração, bastante calcada na interação proporcionada pelas redes telemáticas em
grande desenvolvimento. Esta consolidação associa a modalidade à distância com
as instituições de ensino e pesquisa, uma vez que estando estruturadas em mídias
integradas, verifica-se em 2002, a oferta “de mais de cem instituições que ofereciam
Educação à Distância com o uso de internet e videoconferência em disciplinas on-
line, programas de educação continuada, e-learning, cursos de pós-graduação e de
graduação” (Torres, 2005:43).
3.2 MÍDIAS DIDÁTICAS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ATUAL
De acordo com o dicionário HOUAISS (2001), mídia é todo o suporte de
difusão de informação que constitui um meio intermediário de expressão capaz de
transmitir mensagens; meios de comunicação social de massas não diretamente
interpessoais (como p.ex. as conversas, diálogos públicos e privados). Abrangem
esses meios o rádio, o cinema, a televisão, a escrita impressa, em livros, revistas,
boletins, jornais, o computador, o dvd, os satélites de comunicações e, de um modo
geral, os meios eletrônicos e telemáticos de comunicação em que se incluem
também as diversas telefonias. A mídia, como a origem da palavra sugere, é algo
que se coloca entre, no mínimo, dois participantes no contexto educacional: aluno-
professor, aluno-aluno, professor-aluno, aluno-aluno, alunos-professor, dentre outras
possibilidades de configuração.
A mídia não é a mensagem. As mídias sejam elas quais forem não são
em si e nem por si mesmas, tecnologias educacionais, (já citadas anteriormente.)
Toda mídia, como meio que se interpõe e viabiliza a interação entre pessoas
participantes de um processo educacional, não é o agente criativo; ela pode carregar
mensagens em informações, mas, por si só, é incapaz de produzir conhecimento,
pronto para ser oferecido.
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19. 18
As atividades educacionais realizadas em EAD são veiculadas pelos mais
diferentes tipos de mídias. A escolha do suporte midiático define a modalidade de
educação a distância que está sendo oferecida. O desenvolvimento de projetos
educacionais a distância com qualidade técnica e pedagógica requer cuidados em
muitos sentidos. A gestão das mídias para uso em educação é um dos primeiros
movimentos para a sua efetivação. Envolve, não apenas a análise do investimento e
a aquisição de equipamentos, mas o tratamento do conteúdo que vai ser veiculado e
a formação de equipes de profissionais (técnicos e docentes) para o seu melhor uso
pela área educacional, como um todo, e em cada projeto de ensino, em particular. E
assim, a maneira que essas mídias serão planejadas e utilizadas adequadamente
influenciará no resultado final da aprendizagem.
Bates (1995) descreve que idealmente as decisões para escolhas de
mídias devem ser dirigidas pelas necessidades de ensino da instituição, levando
também em consideração a redução contínua de custos, o aumento da
acessibilidade, e que a opção por tecnologias diferentes seja também um processo
de decisão de nível estratégico e não apenas implícito.
Para Lockwood e Gooley, (2001), adotar um meio que está disponível
imediata ou convenientemente, apenas porque está sendo subutilizado no momento
presente, pelo fato de que as pessoas já estão familiarizadas com ele, ou porque é
um meio que pode facilmente atrair os colegas, são situações muito comuns em
vários projetos de desenvolvimento de cursos.
Entretanto, considerar a opinião dos alunos, que passarão centenas de
horas interagindo com a mídia selecionada, pode revelar suas preferências e
necessidades e evitar tomadas de decisão inapropriadas. Os autores reforçam ainda
que, uma vez que a escolha da mídia foi realizada, os alunos terão que arcar com as
conseqüências dessa escolha por um período considerável de tempo. Quando for o
tempo de rever a escolha realizada, isto implicará custos que envolvem a mudança
para o novo sistema e o preço de tomar uma decisão inapropriada pode custar alto.
Existem diversos tipos de mídias a disposição atualmente e também como
às novas mídias que surgem progressivamente e rapidamente com o avanço da
tecnologia. Moore e Kearsley (1996) expressam que se devem analisar as
características das mídias no processo de sua seleção para que se possa planejar
sua utilização eficaz visando seu público alvo e preocupando-se na inserção dessas
nos modelos pedagógicos educacionais. Cada mídia didática possui suas próprias
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20. 19
características, alcances e limitações e esses autores explicam que há
aspectos positivos e negativos em cada um dos tipos de mídias. A forma como
podem ser combinadas, resulta na composição de diferentes tipos de cenários,
consoante o tipo de público-alvo e orçamento do projeto de EAD.
Como observa Hernández:
Propostas educacionais baseadas no uso de várias mídias e recursos
tecnológicos são fundamentais para ajudar o aluno a compreender a
realidade, examinar os fenômenos que o rodeiam de uma maneira
questionadora, contribuindo, não só diante das experiências cotidianas, mas
também diante de outros problemas e realidades (Hernández, 2000).
Assim como citado anteriormente, no Brasil, consolida-se atualmente a
terceira geração das mídias didáticas na EaD. Portanto nos concentraremos a seguir
na descrição das características das mídias educacionais mais utilizadas atualmente
no ensino a distância nacional.
3.2.1 Material Impresso
De acordo com Misanchuk (1994) o material impresso foi muito utilizado
nas primeiras experiências de educação à distância. Mesmo com o desenvolvimento
de diversas tecnologias com maiores recursos de interação e comunicação
(síncronas ou assíncronas) o material impresso continua sendo largamente utilizado.
Em alguns cursos ele é utilizado como mídia principal e, em outros, como
complemento e aliado de outras mídias, potencializando o processo de
aprendizagem. O material impresso ainda é a mídia que os alunos mais se
identificam, já que a cultura de estudo da maioria deles está fortemente ligada ao
impresso. Ele é de fácil manuseio, os alunos não precisam de auxílio para utilizá-lo
e, além disso, pode ser lido em qualquer hora e lugar.
Aretio (1997) nos traz as principais características do material impresso
para EaD:
• É familiar, razoavelmente compreensível e aceito pelos alunos, professores e
especialistas;
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21. 20
• É adaptável ao ritmo dos alunos, permitindo a releitura, a leitura seletiva, o
maior ou menor aprofundamento do que se lê;
• Pode ser navegado com facilidade. O acesso aleatório a partes específicas é
rápido e conveniente;
• Não requer nenhum horário específico de distribuição (o aluno não precisa
estar em um lugar e hora específicos);
• Não requer equipamento específico para ser utilizado e é facilmente
transportável;
• É um meio "transparente", permitindo à mensagem ser transmitida sem
distração ou interferência da tecnologia de entrega;
• Tem custo unitário baixo em relação às alternativas, tanto para preparação
quanto para duplicação;
• É um formato muito eficiente para distribuição de grandes quantidades de
conteúdo;
• É fácil e barato de revisar;
• É facilmente integrável a qualquer outro meio.
Há também algumas limitações:
• Nem todos os componentes da realidade podem ser acessados por meio da
linguagem escrita;
• A interatividade é mais difícil de conseguir com meio impresso que com outros
meios (por exemplo, o computador);
• A informação é apresentada por meio de uma série de seqüências e não é
possível ter acesso a ela globalmente, de modo imediato;
• A cor, se necessária, encarece os custos;
• Há um número significativo de aprendizes que não sabem fazer uso
adequado do material impresso, especialmente, ao que parece, a geração que foi
educada assistindo mais à TV que lendo;
• É mais difícil alcançar a motivação para o estudo com o meio impresso que
com recursos audiovisuais ou informáticos.
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22. 21
Segundo Sartori e Roesler (2005) entre as mídias impressas usualmente
temo como principais formatos de utilização:
• Manual do aluno: Caracterizam-se por apresentar e orientar o aluno quanto à
metodologia do curso, os recursos e materiais utilizados, o sistema de avaliação, as
formas de contato com a instituição etc;
• Guia de estudo: Neste material o aluno tem acesso as informações
institucionais, como os objetivos do curso, o cronograma de execução, datas
importantes de encontros presenciais, entrega de atividades etc;
• Cadernos pedagógicos, fascículos ou livros didáticos: É a fonte básica do
conteúdo de cada curso ou disciplina de um curso. Geralmente tem uma estrutura
específica, que pode sofrer alterações de acordo com cada instituição.
Sartori e Roesler (2005) citam ainda que com o desenvolvimento da
Internet, o texto entregue por mídia impressa cede espaço pouco a pouco ao texto
on-line, que são disponibilizados aos alunos por meio de interfaces pedagógicas dos
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA).
3.2.2 Áudio e audiovisuais
3.2.2.1 Rádio
“ O rádio é a escola dos que não tem escola” Roquette Pinto
Segundo o programa de formação continuada mídias na educação -
SEED/MEC (2007) o rádio, apesar de relativamente antigo, comparado com os mais
novos meios de comunicação, como a televisão, a internet, o celular, dentre outros,
ainda não tem sido devidamente difundido na rede de educação básica. No entanto,
representa um instrumento rico em possibilidades pedagógicas e de grande
abrangência para a EaD, podendo atingir todas as camadas da população.
A primeira transmissão de rádio no Brasil ocorreu em 1922 durante as
comemorações do centenário da Independência. Empresas norte-americanas
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23. 22
haviam levado duas pequenas estações ao Rio de Janeiro para divulgar a
nova invenção e 80 receptores de rádio foram importados especialmente para o
evento. O discurso do presidente Epitácio Pessoa foi transmitido ao vivo, mas muitas
pessoas não acreditaram na demonstração de que era possível uma pessoa falar
em um ponto e ser ouvida ao mesmo tempo em outros locais.
Em 20 de abril de 1923 surge a PRA-2, Sociedade Rádio do Rio de
Janeiro, a primeira emissora de rádio do Brasil, implantada por Edgard Roquette
Pinto sob o lema “trabalhar pela cultura dos que vivem em nossa terra e pelo
progresso do Brasil”.
Em 1936, não conseguindo mais manter a Rádio Sociedade do Rio de
Janeiro sem publicidade, Roquette Pinto cedeu-a ao Ministério de Educação e
Saúde com o compromisso de que a emissora continuasse a difundir programas
educativos e culturais. Ela passou, então, a denominar-se Rádio do Ministério de
Educação e Cultura (Rádio MEC)1, iniciando, assim, o sistema de Rádios Educativas
no Brasil. Sendo que a Rádio Mec existe até hoje.
O rádio continua sendo um dos principais meios de comunicação de
massa do Brasil, apesar da concorrência com a TV e outros meios. Ele começou, na
década de 90, a mostrar seu potencial de convergência com a Internet, meio no qual
é mais fácil se transmitir áudio do que vídeo. Algumas emissoras criaram sites e
passaram a disponibilizar sua programação na Internet de modo a permitir que o
internauta ouvisse a emissora em tempo real ou também acessasse arquivos
sonoros disponíveis no site.
O rádio continua sendo muito ouvido pelas mais diversas faixas etárias e
classes sociais. Em algumas horas da manhã, nos grandes centros urbanos, a
audiência somada das emissoras de rádio chega a superar a audiência das
emissoras de TV.
O potencial educativo e pedagógico do rádio é resgatado por projetos que
estimulam o uso da linguagem radiofônica e ganham força entre escolas e
secretarias de Educação propiciando que crianças e jovens melhorem sua
capacidade expressiva, desenvolvendo a criatividade e a oralidade.
Landim (1997) nos traz as principais características do Rádio na EaD:
1
http://www.radiomec.com.br
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24. 23
• Funciona em tempo real em códigos puramente auditivos, tais como a
palavra, o som e a música;
• Na educação a distância tem como característica servir de suporte ao material
escrito ou outros meios utilizados;
• Os programas de rádio podem ser onerosos de desenvolver, mas são
eficientes em termos de abrangência;
• Utiliza-se de linguagem simples e de fácil entendimento pela maioria da
população;
• Os programas podem ser gravados para uma audição posterior.
3.2.2.2 Vídeo didático
De acordo com Moran (2006) o vídeo é uma mídia individual, audiovisual
e de fácil utilização. Baseando-se na utilização de imagens, sons, recursos técnicos
e estéticos para fins educativos. Afirma ainda que o vídeo possibilita a utilização dos
recursos técnicos e estéticos do cinema e televisão para fins educativos, suas
características de portabilidade, acessibilidade e flexibilidade de uso são muito
significativas, podendo o material ser enviado pelo correio, adquirido em bancas,
transmitido por satélite com recepção por parabólica ou ainda por emissoras de TV
abertas (broadcast) e gravado localmente.
A identificação do usuário neste caso é de extrema importância, pois o
vídeo deve ter um formato estético, uma linguagem e uma proposta pedagógica que
atenda as necessidades de conteúdo, prendam a atenção e motivem o aluno
(Koumi, 2006). Uma vez identificado o aluno, a dinâmica, os apresentadores, o
conteúdo, a linguagem, os recursos de computação gráfica, os cenários, etc. serão
definidos em função de um padrão que crie envolvimento e facilite a transmissão das
mensagens.
Em geral é utilizado como documento de acompanhamento ao curso em
EaD.
Moran (2006) cita como principais características do vídeo para uso na
EaD:
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25. 24
• São fáceis de utilizar e são controladas pelo aluno em termos de ritmo e local
de utilização;
• Aproximam a sala de aula à realidade e amenizam o isolamento dos alunos;
• A maior parte dos programas educacionais que incorporam a televisão nos
respectivos pacotes de aprendizagem disponibiliza DVDs para os alunos que não
podem captar as emissões;
• Os DVDS, tais como as emissões televisivas, devem sempre ser
acompanhadas por descrições do tópico impressas, para orientar e focalizar a
atenção dos alunos, e para minorar a necessidade de os alunos dividirem a atenção
entre a visualização e a tomada de notas;
• Mudança de atitudes ou opinião: é estressante para trabalhadores aceitar
mudanças às quais tendem a resistir, mas podem ser encorajados a aceitá-las e
mesmo apoiar se virem pessoas que mostram a experiência como positivas;
• Criar empatia por pessoas ou procedimentos: mostrar de forma mais
agradável uma alternativa em comparação com outra;
• Encorajar e inspirar persistência: mostrando outras pessoas que tiveram
dificuldades, mas ao final atingiram os objetivos propostos;
• Entreter, envolver: diversão certamente não se contrapõe ao aprendizado,
nem necessariamente cria um caráter superficial ao material, de fato mostrar
fascinação pelo tema é uma poderosa ajuda. Humor pode ser também uma
poderosa ferramenta, se bem feito (o que não é tarefa fácil);
• Validar as abstrações acadêmicas mostrando sua utilizado para resolver
problemas reais: como uma ilustração, onde mostrar a aplicação de conceitos
abstratos auxilia o aprendizado.
3.2.2.3 Televisão
De acordo com Moran (2006) a aproximação natural da escola junto às
novas tecnologias de informação e comunicação permitiu o desenvolvimento de
programas integrando a televisão como ferramenta complementar ao ensino. Ocupa
lugar de destaque e seu alcance só perde em números para o rádio. Um exemplo
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26. 25
bem sucedido no Brasil é a TV Escola que é um canal de televisão
brasileiro via satélite por antena parabólica, com o intuito de promover a capacitação
e atualização permanente dos professores do Brasil. A TV Escola é um canal de
televisão do Ministério da Educação que capacita, aperfeiçoa e atualiza educadores
da rede pública desde 1996. A proposta da TV Escola é proporcionar ao educador
acesso ao canal e estimular a utilização de seus programas, contribuindo para a
melhoria da educação construída nas escolas. Na implantação do Canal, cada
escola pública com mais de 100 alunos recebeu um kit, composto por uma antena
parabólica para sintonizar o canal e um vídeo-cassete.
Sua programação exibe, durante 24 horas diárias, séries e documentários
estrangeiros, produções da própria TV Escola, e é dividida em faixas: Educação
Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Salto Para o Futuro e Escola Aberta.
Existe ainda, em horário especial, uma faixa destinada a cursos para a formação
continuada de educadores, onde são oferecidos cursos de aperfeiçoamento das
línguas inglesa, espanhola e francesa. Hoje a TV Escola atinge 400 mil professores
em 21 mil escolas públicas do país (INEP, 2006).
Segundo Carneiro (1997) a TV possui diferentes formatos relativos ao
uso pedagógico:
• Tele-aula ou vídeo-aula;
• Série ficcional didática;
• Audiovisual didático;
• Vídeo-documentários;
• Videoreportagem;
• Entrevistas, debates, mesas-redondas;
• Série interativas de debates.
Landim (1997) apresenta as principais características no uso da
Televisão para a EaD:
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27. 26
• Capacidade de motivação do aluno que possui maior sentimento de
pertencimento a um grupo;
• A televisão educacional possui transmissão e recepção simultânea de ensino
e de rápida atualização de informações;
• Poderá transmitir conteúdos expositivos apresentando o professor em um
ambiente de sala de aula com suporte do quadro negro, como também uma aula
expositiva seguida de debates, demonstração da matéria preparada por
profissionais da área;
• A programação por satélite ou cabo também pode incorporar elementos
interativos, tais como a ligação de salas de aula por vídeo ou áudio, ou através de
vídeo num sentido ou de áudio em dois sentidos, em que os alunos que vêem o
programa podem fazer perguntas por via telefônica em tempo real;
• Quando corretamente concebida, a programação de televisão educacional tira
um partido máximo de todos os aspectos deste meio: som, movimento, texto e cor;
• As emissões devem sempre ser acompanhadas por descrições impressas do
tópico, para orientar e focalizar a atenção dos alunos e para minorar a necessidade
de os alunos dividirem a atenção entre a visualização e a tomada de notas.
3.2.2.4 Teleconferência.
Segundo Cruz e Barcia (1999), a teleconferência é o termo que designa a
comunicação via satélite onde o professor/conferencista encontra-se num estúdio de
televisão e realiza sua apresentação "ao vivo" para a audiência, sem a interação
direta com os mesmos. Somente através da presença de um mediador e estrutura
de atendimento para receber, processar e encaminhar as perguntas que vão
chegando ao decorrer do programa via telefone ou fax.
Um modelo básico de teleconferência é da apresentação de
conferencista(s)/professor(es) a que se segue uma discussão dirigida pelas
perguntas que vão chegando dos telespectadores. É importante que o mediador e
os palestrantes destaquem a importância da participação do público para que haja
real envolvimento da audiência.
Willis (1996) apresenta as principais características no uso da
Teleconferência para a EaD:
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28. 27
• O evento pode ser uma aula ou conferência que é transmitida via satélite e
assistida em um monitor de TV;
• Maiores vantagens e eficiência é a possibilidade de interação entre
professores e alunos, e alunos entre si, sendo que a interação pode ser feita através
de telefone, telefax e Internet;
• É possível agregar imagens pré-produzidas em vídeo, computador, etc. como
se fosse um programa de televisão;
• A organização da recepção pode enriquecer e aperfeiçoar os cursos, a
remessa de perguntas e dúvidas com antecedência permite direcionar o programa
visando atender as questões colocadas pelos alunos;
• Um procedimento comum a este tipo de transmissão é o de gravar em vídeo
no local de recepção as aulas para registro e/ou uso e análise posterior;
• A teleconferência complementa a utilização de outras mídias.
3.2.3 Mídias de suporte informático e as redes virtuais de aprendizagem
3.2.3.1 Videoconferência
A videoconferência pode ser utilizada tanto como complementação do
ensino presencial como na realização de aulas e reuniões totalmente à distância.
Aulas e congressos podem ser transmitidos para uma quantidade maior de alunos
através do uso de recursos de videoconferência e transmissão de vídeo, de acordo
com Leopoldino, (2001).
O custo de cursos através de videoconferência depende, além do número
de salas, da estrutura disponível em cada ponto, que segundo Ceja e Romo (Apud
Spanhol, 1999) pode ser agrupados em três categorias:
• Sala de videoconferência - captação e visualização de áudio e vídeo, que
envolvem a câmera, o microfone, a visualização e o som.
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29. 28
• CODEC - este é o equipamento central do sistema. Faz a codificação,
decodificação e compressão do som e imagem.
• Transmissão e Recepção - modulação, demodulação e multiplexação. Os
sistemas de videoconferência requerem conexão digital bidirecional de alta
velocidade para o transporte do sinal. (Spanhol, 1999).
Sendo que destes itens, a sala de videoconferência é o que permite maior
flexibilidade da escolha de itens como isolamento acústico, iluminação, quantidade
de assentos, sonorização e microfones, o CODEC sendo um por sala e a linha de
transmissão depende do número de salas e da distância entre elas.
O compartilhamento de recursos com comunidades distantes, a
realização de experiências virtuais, quando as reais não são possíveis; a
possibilidade de trazer aos alunos as opiniões de importantes especialistas através
de palestras; a aplicação de atividades conjuntas como debates e exercícios em
grupo e a perspectiva de trazer uma variedade de formas novas de aprendizagem
com diversas mídias são apenas algumas das vantagens trazidas pelo uso da
videoconferência no ensino a distancia.
Principais aspectos técnicos e pedagógicos no uso da Videoconferência
para o ensino a distância segundo Coventry (1998 apud Flores, 2007):
• Videoconferência deve ser usada para facilitar o máximo o melhor da
Educação a Distância;
• Fornece os meios para colocar estudantes e tutores em um só lugar, mesmo
que seja virtualmente;
• Não fornece suporte para a aprendizagem aberta, os estudantes ainda
precisam se inscrever e assistir as aulas em horários pré-estabelecidos e progredir
no passo estabelecido pelo curso;
• A videoconferência poderia abrir caminho para uma aproximação dupla,
dando aos estudantes mais responsabilidades pelos seus aprendizados, trabalhos
em grupos, cumprimento de tarefas, todas as quais deverão se beneficiar do ensino
convencional, mas a videoconferência fornece a oportunidade de implementá-las na
educação à distância;
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30. 29
• Não existe forte evidência se áudio de duas vias, de uma via, ou
simplesmente “videotapes” são mídias mais eficientes no ensino. Depende da
situação do estudante e se é requerida à educação aberta (tempo e lugar) ao invés
da Educação a Distância (lugar).
De um modo geral, a videoconferência reduz gastos com viagem e
hospedagem, além de proporcionar uma considerável economia de tempo, assim
como a internet. Os recentes recursos dos softwares de comunicação instantânea
têm promovido aos seus usuários cada vez mais flexibilidade na troca de
informações e nas interações através de diferentes recursos multimídia. Do ano de
2000 em diante, com as grandes fusões de mercado, o avanço nas tecnologias e a
melhoria da qualidade da internet, os preços começaram a cair. E a internet foi a
principal responsável pela “democratização” do acesso a conferências, surgindo
então a webconferência (ou webconferencing, em inglês), onde os computadores
fazem o papel dos antigos CODECs.
3.2.3.2 Comunicações mediadas por computador
O computador pode ser considerado a grande mídia potencializadora de
EAD, pois possui uma grande capacidade de armazenamento, e possibilidades de
reprodução de vídeos, som, imagens e material impresso, tornando esta mídia uma
das mais completas para a educação a distância.
Moore e Kearsley (1996) consideram que Instrução baseada via
computador se refere aos programas onde os alunos estudam sozinhos em um
computador pessoal. O programa pode ser utilizado através de CD-ROM ou via
Internet, (que veremos posteriormente)
Willis (1996) divide as aplicações do computador para Educação a
Distância em 4 grandes categorias:
• CAI - Computer Assisted Instruction - usa o computador como uma
máquina de ensinar que apresenta discretas lições para atingir específicos, mas
limitados objetivos educacionais. Existem várias modalidades de CAI, incluindo
instrução e prática, tutoriais, simulações e jogos e solução de problemas;
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31. 30
• CMI - Computer Managed Instruction - usa os ramos do computador,
armazenagem e recuperação de dados para organizar a instrução e acompanhar o
progresso e os trabalhos dos alunos. A instrução não é necessariamente
apresentada pelo computador, apesar de CMI freqüentemente seja combinada com
o CAI (o componente instrucional);
• CMC - Computer Mediated Communication - descreve as aplicações via
computador que facilitam a comunicação. Exemplos incluem e-mail, computer
conferencing e eletronic bulletin boards;
• Computer-Based Multimidia - Hypercard, hypermedia e uma geração ainda
em desenvolvimento de robustas, sofisticadas e flexíveis ferramentas tem chamado
a atenção de educadores a distância recentemente. O objetivo de multimídia
baseado em computador é integrar varia tecnologias - voz, vídeo e computadores
em uma única, facilmente acessível interface.
Willis, (1996) menciona as vantagens e limites da utilização intensiva de
computadores em cursos à distância:
• Computadores podem facilitar o aprendizado no ritmo próprio dos alunos,
individualizando o aprendizado;
• Computadores são uma ferramenta multimídia. Com a incorporação de
gráficos, impressos, áudio e vídeo computadores podem associar várias
tecnologias. Vídeo interativo e CD-ROM podem ser associados em unidades
instrucionais, cursos e ambientes de aprendizado;
• Computadores permitem interação. Vários softwares são extremamente
flexíveis e maximizam o controle do aluno;
• A tecnologia avança rapidamente. Inovações surgem a cada momento,
enquanto os custos caem. Com o entendimento das necessidades imediatas e dos
requerimentos técnicos futuros, o educador atento aos custos pode navegar com
mais segurança no volátil mercado da informática;
• O computador fica mais e mais acessível. As networks podem ser locais,
regionais e nacionais. Na verdade, muitas instituições hoje oferecem programas de
graduação e pós-graduação quase exclusivamente baseadas em computador;
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32. 31
• As redes de computador têm custo significativo de implantação, mesmo que
computadores pessoais sejam acessíveis e o mercado muito competitivo, ainda
assim os valores de desenvolvimento de redes instrucionais são altos. A aquisição
de softwares e manutenção e atualização do equipamento também são custos;
• A tecnologia muda rapidamente. Existe o risco de trocar constantemente o
equipamento para se manter em dia com os últimos avanços tecnológicos;
• Mesmo que computadores venham sendo usados desde a década de 60,
ainda existem muitas pessoas que são "tecnologicamente iletradas" ou que não tem
acesso a computadores;
• Os alunos devem estar altamente motivados e ser proficientes na operação
dos equipamentos antes de usar um ambiente de aprendizado computadorizado
com sucesso.
3.2.3.3 Internet
Segundo Ravet e Layte (1997), a Internet é uma rede de computadores
interligada no mundo inteiro. A Internet tem revolucionado o mundo dos
computadores e das comunicações como nenhuma invenção foi capaz de fazer
antes. A invenção do telégrafo, telefone, rádio e computador prepararam o terreno
para esta nunca antes havida integração de capacidades. A Internet é, de uma vez e
ao mesmo tempo, um mecanismo de disseminação da informação e divulgação
mundial e um meio para colaboração e interação entre indivíduos e seus
computadores, independentemente de suas localizações geográficas. A internet
trouxe a história do homem uma nova estrutura de comunicação e transformou a
cultura de seus usuários viabilizando uma comunicação global em diferentes áreas e
assuntos. Segundo Lévy (1999), “o nome Internet vem de internetworking (ligação
entre redes)”. Matos e Vieira, 2003, complementam pontuando que “Numa
conceituação genérica a Internet é um conjunto de redes de computadores
interligados pelo mundo inteiro que utilizam os mesmos padrões e convenções que
determinam como dois ou mais processos se comunicam e interagem para trocar
dados, de forma que os usuários possam usufruir de serviços e comunicação em
escala mundial”.
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33. 32
Souza (2003) conta que as páginas da internet estão estruturadas em
hipertextos, que se constroem a partir de operação elementar da atividade
interpretativa que é a associação dando sentido a um texto ligando-o e conectando-o
a outros textos. Através do hipertexto, devido a maior dinâmica ao texto, rompendo
com a linearidade, disponibilizando um número ilimitado de informações, o internauta
pode definir e selecionar o que busca possibilitando uma série de possibilidades,
com direito às inúmeras tentativas e mudança de temática, dado ao caráter
essencialmente interativo a transmissão da Internet que depende das ações do
internauta, de modo ativo frente ao que escolhe ler, copiar, enviar, criar.
O surgimento da World Wide Web ou WWW ou simplesmente Web, abre
um novo cenário para Educação a Distância. Ela intensifica o uso da Internet, a rede
global de computadores. Trata-se do uso de browsers ou softwares ditos de
navegação pela Internet com interface gráfica e janelas. Scheer (1999).
Laudon & Laudon (1999) mencionam que a Internet é valorizada porque
permite que as pessoas se comuniquem de modo fácil, rápido e barato com outras
pessoas em quase todos os lugares do mundo - ela praticamente elimina as
barreiras de tempo e espaço. A tecnologia que torna tudo isso possível inclui redes,
processamento cliente/servidor, padrões de telecomunicações e hipertexto e
hipermídia.
Características da Internet como meio para a educação à distância:
• São vários os provedores de acesso à Internet atualmente, até mesmo
gratuitamente, com isto facilitando seu acesso;
• Uma grande quantidade de informação disponível na ponta dos nossos
dedos: milhões de páginas de textos e gráficos, mas também som, vídeo,
animação, simulação e programas de computador que podem ser baixados da rede
para o cada computador com um click do mouse, tudo isso sem sair do conforto e
segurança de nossas casas;
• Diminuição de custos com educação as instituições de ensino. Cursos à
distância requerem investimentos bem mais modestos do que no ensino presencial
tradicional, como instalações físicas, etc;
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34. 33
• As correções e atualizações dos materiais são bem mais simples. Diferente
de um livro ou apostila. As alterações dos materiais disponíveis on-line para os
cursos à distância são realizadas de forma digital, rápida e eficaz;
• A customização do estudo, possibilitando aos alunos estudarem em horários
de sua preferência e disponibilidade acelerando a autonomia da aprendizagem dos
alunos em seus próprios ritmos;
• A capacidade de integrar a internet com as outras tecnologias; como vídeo,
televisão, jornal, computador, celular. Procurar integrar as novas tecnologias a uma
visão pedagógica nova, criativa, aberta é algo que pode significar dinamismo,
promoção de novos e constantes conhecimentos, e formando o prazer do estudar,
do aprender, criando e recriando, promovendo a verdadeira aprendizagem;
• O uso das redes como uma nova forma de interação no processo educativo
amplia a ação de comunicação entre aluno e tutor proporciona a quebra de
barreiras através da utilização das ferramentas disponíveis atualmente. O processo
de troca de informação acontece de uma maneira mais efetiva do que nas formas
mais antigas de ensino a distância, onde praticamente não havia interação;
• Retorno ao aluno. O aluno tem mais facilidade de verificar como está seu
rendimento, fazer comparações e verificar no que pode melhorar;
• Atualmente a participação dos alunos cresce mais e mais. Se antes só era
possível ler o conteúdo das páginas, hoje os formatos da Web permitem que os
estudantes comentem e envie conteúdos, troque experiências, como até mesmo
criar seu próprio espaço para discussões e opiniões, assim, tornando-se parte de
todo o processo de uma forma mais integral;
• A facilidade dos serviços de busca. Se corretamente utilizados trazem
grandes vantagens. Pois, existe ainda a facilidade de dispersão. Diante de tantas
possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o
necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de
tantas conexões possíveis se não forem guiados a uma pesquisa direcionada e
eficaz.
A Internet representa um dos mais bem sucedidos exemplos dos
benefícios da manutenção do investimento e do compromisso com a pesquisa e o
desenvolvimento de uma infra-estrutura para a informação
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35. 34
3.2.3.4 Vídeo Streaming
Segundo Ávila (2004), Streaming é uma forma de transmissão de sons e
imagens (áudio e vídeo) através da internet sem a necessidade de efetuar o
download desses dados. O nome streaming deriva da palavra stream que significa
fluxo, correnteza, pois a máquina recebe os dados de forma contínua através da
Internet, baseando-se na velocidade da conexão disponível para que se possa
visualizar o vídeo continuamente em vez de transferir um único pacote grande para
executar posteriormente. Para isso, apenas uma pequena parte do arquivo é
armazenada no computador para depois ser apresentado, quase que
instantaneamente. Esta tecnologia permite que o conteúdo fique acessível de
imediato já que o usuário executa o conteúdo no momento em que ele chega.
Para ter acesso a este tipo de conteúdo, é necessário que o usuário tenha
o plug-in específico para a aplicação streaming. Citamos alguns dos mais populares:
Windows Media Player, Real Media Player, Quick Time ou Macromedia Flash.
O conteúdo Streaming pode ser transmitido em duas modalidades:
• Ao Vivo (Live), que é a transmissão ao vivo do seu programa de rádio, de
televisão, ou apresentação, curso ou treinamento, diretamente pela Internet a partir
do local do evento ou de um estúdio.
• Gravado (On Demand), que é o armazenamento no servidor de arquivos de
áudio e vídeo compactados, para download posterior por parte do usuário, ou
transmissão diretamente de equipamento de reprodução.
Em matéria de visualização do conteúdo, os dois formatos não possuem
nenhuma diferença. Mas, quanto à interatividade obviamente existem diferenças já
que no caso da apresentação gravada, o visitante vê o vídeo sincronizado com os
slides, tem um formulário de contato (envia um e-mail), pode fazer download de
arquivos e assistir ao conteúdo quantas vezes necessárias. Já na apresentação ao
vivo o visitante vê o conteúdo apenas pelo tempo de duração da transmissão ao vivo
e tem ferramentas de interatividade a mais conforme a estrutura do seu projeto
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36. 35
(exemplos: chat, mensagens instantâneas para o palestrante,
questionários em tempo real, etc.).
Esta tecnologia já existe desde os anos 80, porém, a convergência de
mídias, evidenciada com a utilização em massa dos computadores com a qualidade
dos recursos multimídia e processadores cada vez mais velozes contribuíram com
este tipo de recurso, destacando-se o aumento da qualidade dos programas de
compressão de vídeo, fator essencial para uma boa transmissão. Outro ponto foi o
aumento substancial de usuários que utilizam a internet com conexões de banda
larga. É praticamente impossível acessar um vídeo com a baixa velocidade de uma
linha discada.
Principais características do Vídeo Streaming na EaD:
• Interatividade de acesso com a disponibilidade de material a qualquer hora e
lugar;
• Interatividade de escolha com uma biblioteca de materiais on-demand;
• Interatividade de controle podendo iniciar, parar, continuar, adiantar e rever o
material quando necessário;
• Integração de outras mídias na web, agregando valores aos materiais a
serem utilizados, como textos, slides, chats, debates, links, questionários, e outros
recursos disponíveis como parte de um ambiente virtual de aprendizagem;
• Grande possibilidade de acesso. O ponto principal do Streaming é ser capaz
de enviar e receber conteúdo de áudio e vídeo em qualquer parte do mundo,
gravado ou ao vivo, com custos extremamente baixos;
• Também já é possível assistir a vídeos em streaming via telefone celular;
• Professores particulares e Palestrantes podem realizar cursos e palestras
diretamente de suas casas;
• Situar os alunos no mundo real, sendo que eles assimilam mais informações
quando vêem um exemplo prático de determinada disciplina;
• Cursos à distância têm a opção de trabalhar com interação ao vivo com o
professor, utilizando determinados programas. Nesses casos, os alunos contam, em
uma mesma tela, com o recurso de chat e podem realizar perguntas ou dar
sugestões sobre o que está sendo exibido, além de compartilhar arquivos;
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37. 36
• Todo vídeo produzido, mesmo que seja para transmissões via internet,
precisa seguir os preceitos básicos de uma produção. Isto é, ter roteiro, direção,
edição, continuidade, etc. Além de operadores de câmeras. Desta forma podendo
encarecer sua produção;
• Ainda não existem definições e metodologias de como usar essa tecnologia
em modos pedagogicamente apropriados e sensatos as necessidades dos alunos
no contexto educacional;
• O número de usuário pode ser limitado nas transmissões ao vivo. Pois quanto
melhor for a resolução, cada um dos usuários usará mais largura de banda
diminuindo assim o número possível de usuários em determinado momento.
3.2.3.5 Teleconferência via Web
A teleconferência via Web é definida como todo o tipo de conferência a
distância em tempo real através da transmissão de vídeo streaming via internet
onde o professor/conferencista encontra-se num estúdio de televisão e realiza sua
apresentação "ao vivo" para a audiência, sem a interação direta com os mesmo. A
interação poderá somente acontecer através de chats, e-mail, ou outra ferramenta
disponível online, mas não há transmissão bi-direcional de imagem dos receptores.
Com a expansão da internet, a utilização da teleconferência Web vem
crescendo e se desenvolvendo para o uso na Educação à distância. O método de
conferência via web mais simples utilizam programas de bate-papo e mensagens
instantâneas para realizar as discussões em grupo baseadas em texto. Programas
mais sofisticado permitem que as pessoas compartilhem documentos online.
Para participar de conferências/aulas/palestras online, os participantes
devem ter:
• um computador disponível;
• Acesso à Internet;
• Microfones (opcional);
• Webcams e placas de vídeo (dependendo do software a ser utilizado);
Geralmente, toda apresentação ou reunião online possui um moderador e
participantes. O moderador (que pode ser um professor) define a hora e a data do
conferência/aula/palestra, prepara o conteúdo e certifica-se de que tudo está
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38. 37
funcionando corretamente antes do encontro começar. Os participantes
podem visualizar a apresentação em um software ou em um navegador Web sem
dar retorno ou podem colaborar por telefone, bate-papo com voz ou mensagem
instantânea on-line durante a reunião. Os moderadores podem gravar a
apresentação para visualização posterior, além de passar seus recursos de
moderador para os participantes durante o encontro.
3.2.3.6 Videoconferência via Web
A videoconferência via web utiliza de softwares específicos através da
rede de computadores por meio de câmeras acopladas ao computador para
acontecer, sendo possível a transmissão de texto, áudio, vídeo e outros documentos
de forma bidirecional, existindo interação on-line entre o moderador e os
participantes em tempo real.
Na videoconferência Web, (utilizando Internet e microcomputador) não há
necessidade de ter os alunos em um mesmo local, em uma mesma sala, como na
videoconferência usual.
Com os avanços da tecnologia, proporcionando processadores mais
rápidos e melhores esquemas de compressão de dados, a videoconferência
Desktop, tornou-se viável. Na conferência desktop, a comunicação é feita através
de uma pequena câmera acoplada ao computador juntamente com microfones,
podendo ser realizada através da inclusão de software e hardware em computadores
comuns, sem grandes implementos necessários, assim como a videoconferência
usual.
As características da videoconferência Web são basicamente as mesmas
da videoconferência usual, sendo que a principal diferença entre os dois modelos é
que a interatividade entre aluno professor e aluno com outros alunos acontece
através da Internet, ao contrário das videoconferências que necessitam de salas
especiais, exigindo equipamentos específicos e caros.
3.2.3.7 Ambientes virtuais de aprendizagem
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Ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) são sistemas computacionais
disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas
tecnologias de informação e comunicação. Permitem integrar múltiplas mídias,
linguagens e recursos, apresentar informações de maneira organizada, desenvolver
interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar
produções tendo em vista atingir determinados objetivos. Almeida, (2003).
Facilita o gerenciamento de cursos educacionais para seus estudantes,
especialmente ajudando professores e aprendizes com administração do curso. O
sistema pode acompanhar constantemente o progresso dos aprendizes, o qual pode
ser monitorado pelos professores e aprendizes.
Ainda de acordo com Almeida (2003), com os Ambientes Virtuais de
Aprendizagem a EaD ganhou a possibilidade de organizar de maneira mais
controlada cursos, mescla de aulas presenciais e a distância, possibilidade de aulas
apenas virtuais, integração com novas possibilidades de interação pela Internet,
além da aproximação entre professores e alunos dentro do processo educativo. A
interação num ambiente virtual de aprendizagem é fundamental para que os alunos
possam organizar suas idéias, compartilhar seus conhecimentos tornado-se sujeitos
autônomos de sua aprendizagem.
O número de ferramentas disponíveis para utilização também cresce a
cada dia. São e-mails, fóruns, conferências, bate-papos, arquivos de textos, wikis,
blogs, dentre outros. Ressalta-se que, em todos estes ambientes, textos, imagens e
vídeos podem circular de maneira a integrar mídias e potencializar o poder de
educação através da comunicação. Além disso, a possibilidade de hiperlinks traz o
aumento do raio de conhecimento possível de ser desenvolvido pelos alunos. Estes
hiperlinks podem ser realizados tanto dentro do próprio ambiente digital de
aprendizagem (entre textos indicados ou entre discussões em fóruns diferentes, por
exemplo), como também de dentro para fora e de fora para dentro (em casos de
pesquisas alargadas de discussões internas, nos quais se pode trazer ou levar
conteúdo desenvolvido para a discussão). Assim, pode-se diferenciar inclusive as
nomenclaturas que são dadas à educação promovido a distância.
De acordo com Santoro (2002), os ambientes de educação à distância
apresentam uma diversidade de ferramentas e características que podem promover
tanto a comunicação síncrona como assíncrona. O número de ferramentas
disponíveis para utilização também cresce a cada dia. São e-mails, fóruns, espaço
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para recados do professor/tutor, chats, espaço para arquivos dos alunos,
blogs, biblioteca virtual, espaço para exercícios, dentre outros. Ressalta-se que, em
todos estes ambientes, textos, imagens e vídeos podem circular de maneira a
integrar mídias e potencializar o poder de educação através da comunicação. Além
disso, a possibilidade de hiperlinks traz o aumento do raio de conhecimento possível
de ser desenvolvido pelos alunos. Estes hiperlinks podem ser realizados tanto dentro
do próprio ambiente virtual de aprendizagem (entre textos indicados ou entre
discussões em fóruns diferentes, por exemplo), como também de dentro para fora e
de fora para dentro (em casos de pesquisas alargadas de discussões internas, nos
quais se pode trazer ou levar conteúdo desenvolvido para a discussão).
São exemplo de AVAs:
• AulaNet;
• Blackboard;
• Teleduc;
• Desire2Learn;
• DeskEaD;
• Edumate;
• Ensinar;
• Eureka;
• LearnLoop;
• Learning Space;
• Moodle;
• Sakai Project;
• WebCT.
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4. AS MÍDIAS DIDÁTICAS DA NOVA GERAÇÃO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Vivemos um momento interessante onde a tecnologia nos brinda com
novidades a cada momento, e claro, que as tecnologias educacionais se
desenvolvem no mesmo passo. A cada mês algo novo é desenvolvido, sendo assim,
precisamos pesquisar e discutir a respeito as novas mídias que surgem com o
desenvolvimento tecnológico atual, e fazem parte das Novas Tecnologias de
Informação e Comunicação (NTICs).
Estamos caminhando para uma nova fase de convergência e integração
das mídias: Tudo começa a integrar-se com tudo, a falar com tudo e com todos.
Tudo pode ser divulgado em alguma mídia. Todos podem ser produtores e
consumidores de informação.
Lemos (2003) cita que uma das características mais importantes e
marcantes das mídias didáticas da nova geração é a interatividade. E representa
essa noção de interatividade em três níveis:
• Interatividade social, que marcaria de um modo geral nossa relação com o
mundo e toda vida em sociedade;
• Interatividade técnica do tipo “analógico-eletro-mecânica”, que
experimentamos ao dirigir um automóvel ou mesmo ao girar a maçaneta da porta;
• E a interatividade “eletrônico-digital”, que seria ao mesmo tempo técnica e
social. É esta última que nos interessa particularmente.
Sendo, que Serra (2003), sinaliza que “algumas características vão
marcar a interatividade entre os usuários e as mídias digitais”, entre elas:
• Feedback imediato, ou seja, cada ação do usuário corresponde a uma reação
praticamente simultânea da máquina.
• Os sistemas informatizados são concebidos de modo a prever o número mais
alto possível de perguntas e as múltiplas combinações de respostas para que o
usuário tenha a impressão de estar interagindo de forma análoga ao diálogo
interpessoal e não perceba que a interação se dá dentro de um número limitado de
possibilidades oferecidas pelo equipamento.
• Capacidade de interagir de forma individualizada, em oposição aos meios
massivos tradicionais.
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• Possibilidade de manipulação do conteúdo da informação.
A este propósito Moran (2007) escreve: “a interatividade pressupõe uma
atitude de vida muito mais ativa, investigativa, inovadora”.
A internet apresenta-se como o palco principal onde essa interatividade
vem a acontecer. Pois o crescimento exponencial no uso da Internet comparado às
outras mídias, em se tratando de tempo para atrair a atenção, ou como alguns
preferem o termo penetração, foi muito alto. Sendo que de 50 milhões de pessoas
para terem acesso ao rádio demoraram cerca de 40 anos, o mesmo número para
televisão foi de 13 anos, e, para a Internet, aconteceu em apenas 4 anos, deixando
clara a facilidade de absorção dessa mídia pela população. (Communications of the
ACM, 1999)
Palácios, (2003) aponta que o fato de que, “pela primeira vez, se tem
massividade e interatividade associadas. O jornal impresso e a televisão são meio
massivos, já que possuem grande alcance, mas não são interativos — a
comunicação ocorre em uma só via. O telefone é um meio interativo — a
comunicação ocorre em duas vias —, mas não é massivo. Na Internet, a
interatividade não é mais uma potencialidade e sim o modo de ser constitutivo da
rede”.
Dado ao pouco tempo histórico de disponibilidade da internet as suas
possibilidades ainda têm sido sub-aproveitadas têm-se que investir em pesquisa,
experimentar, testar possibilidades, criar dimensões para sua utilidade e papel frente
as interrogantes educacionais, pautadas hoje e seu perfil enquanto linguagem e
interatividade.
Acima de tudo devemos nos preparar para receber essas novas mídias
que já nos cercam, entender seus processos, criar e pesquisar metodologias,
desenvolver e testar essas novas mídias junto aos alunos, pois eles serão os
“consumidores” e deverão ser envolvidos nos processos. Porém não podemos
prever o futuro da educação, isso seria bobagem. Portanto, este trabalho se resume
a apontar as tendências, e tendo a humildade de saber que o que será apontado
aqui como “tendência” poderá ou não a ser uma realidade.
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