O documento discute a importância da oralidade, leitura e escrita para o desenvolvimento da linguagem das crianças. Ele destaca que a linguagem oral se desenvolve através de interações sociais e exposição a diferentes contextos linguísticos. Também enfatiza a importância da leitura compartilhada para ampliar o vocabulário e familiarizar as crianças com a escrita.
2. A construção da linguagem oral não é linear e
ocorre em um processo de aproximações
sucessivas com a fala:
do pai;
da mãe;
do professor;
dos amigos;
aquelas ouvidas na televisão, no rádio etc.
3. A oralidade, a leitura e a escrita devem ser
trabalhadas de forma integrada e
complementar, potencializando-se os
diferentes aspectos que cada uma dessas
linguagens solicita das crianças.
Nas inúmeras interações com a linguagem
oral, as crianças vão tentando descobrir as
regularidades que a constitui, usando todos
os recursos de que dispõem: histórias que
conhecem, vocabulário familiar etc.
4. A ampliação das capacidades de
comunicação oral ocorre:
◦ gradativamente;
◦ num processo de idas e vindas;
◦ envolve tanto a participação das crianças nas
conversas cotidianas, em situações de escuta
e canto de músicas, em brincadeiras etc.;
◦ na participação em situações mais formais de
uso da linguagem, como aquelas que
envolvem a leitura de textos diversos.
5. A aprendizagem da fala se dá de forma
privilegiada por meio das interações que a
criança estabelece desde que nasce:
◦ situações cotidianas nas quais os adultos falam
com a criança ou perto dela;
◦ conhecer e apropriar-se do universo discursivo e
dos diversos contextos nos quais a linguagem oral
é produzida.
6. OBJETIVOS
participar de variadas situações de comunicação
oral, para interagir e expressar desejos,
necessidades e sentimentos por meio da
linguagem oral, contando suas vivências;
interessar-se pela leitura de histórias;
familiarizar-se aos poucos com a escrita por
meio da participação em situações nas quais ela
se faz necessária e do contato cotidiano com
livros, revistas, histórias em quadrinhos etc.
7. A escuta de histórias também propiciam o
desenvolvimento da oralidade.
A leitura pelo professor de textos escritos,
em voz alta, em situações que permitem a
atenção e a escuta das crianças fornece a elas
um repertório rico em oralidade e em sua
relação com a escrita.
8. O ato de leitura é um ato cultural e social.
A seleção prévia das histórias deve atender
segundo a idade:
◦ a inteligibilidade;
◦ a riqueza do texto;
◦ a nitidez;
◦ beleza das ilustrações
◦ construírem um sentimento de curiosidade pelo
livro (ou revista, gibi etc.) pela escrita.
9. A importância dos livros e demais portadores
de textos é incorporada pelas crianças,
também, quando:
◦ organiza o ambiente de tal forma que haja um local
especial para livros, gibis, revistas etc.;
◦ as crianças possam manipulá-los e “lê-los”
(momentos organizados ou espontaneamente);
◦ seja um local aconchegante;
◦ deixar as crianças levarem um livro para casa
10. Participação nas situações em que os adultos
lêem textos de diferentes gêneros, como
contos, poemas, notícias de jornal,
informativos, parlendas, trava-línguas etc.
Participação em situações que as crianças
leiam, ainda que não o façam de maneira
convencional.
Reconhecimento do próprio nome dentro do
conjunto de nomes do grupo nas situações
em que isso se fizer necessário.
11. Observação e manuseio de materiais
impressos, como livros, revistas, histórias em
quadrinhos etc., previamente apresentados
ao grupo.
Valorização da leitura como fonte de prazer e
entretenimento.
12. Condições:
dispor de um acervo em sala com livros e
outros materiais;
organizar momentos de leitura livre nos quais
o professor também leia para si;
possibilitar às crianças a escolha de suas
leituras e o contato com os livros, de forma a
que possam manuseá-los;
possibilitar regularmente às crianças o
empréstimo de livros para levarem para casa;