O documento discute a "Nova Economia" e a Sociedade da Informação. Apresenta os seguintes pontos: 1) Estamos passando por uma rápida transição tecnológica para uma nova era; 2) Não existe possibilidade de crescimento contínuo indefinido; 3) É preciso dominar toda a cadeia produtiva de software, incluindo conhecimento científico e industrial, para ter sucesso.
A ascensão da sociedade da informação e os desafios para a indústria de software
1. A “Nova Economia” e a
Sociedade da Informação
Neste cenário onde fica a Indústria do Software?
Prof. José Palazzo M. de Oliveira
II-UFRGS
2. Apresentação
• As dúvidas de uma nova era
• O processo civilizatório
• Não existe crescimento indefinido
• A importância da ciência
• O aumento da complexidade
• Um modelo para o software
• Conclusão e debate
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7. Geral Especial
Larry Ellison
o profeta do caos
Do alto de sua montanha de 50 bilhões de
dólares e da fama de enxergar longe e ser
o homem mau do Vale do Silício, o presidente
da Oracle prevê um terremoto na internet
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8. Conclusão 1
Algo está ocorrendo com a
economia dos setores de alta
tecnologia, aparentemente é algo
novo.
10. O Processo Civilizatório
(Darcy Ribeiro 68, p. 34, p. 36):
• quot;Empregamos o conceito de revolução tecnológica para
indicar que a certas transformações prodigiosas no
equipamento de ação humana sobre a natureza, ou de ação
bélica, correspondem alterações qualitativas em todo o modo
de ser das sociedades ...”
• quot;A sucessão destas revoluções tecnológicas não nos permite,
todavia, explicar a totalidade do processo evolutivo sem apelo
ao conceito complementar do Processo Civilizatório, porque
não é a invenção original ou reiterada de uma inovação que
gera conseqüências, mas sua propagação sobre diversos
contextos socioculturais e sua aplicação a diferentes setores
produtivos.quot;
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11. A curva S
Toda a propagação de uma nova tecnologia segue a
“curva s” ou curva logística.
O crescimento
contínuo é
impossível!
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12. As revoluções tecnológicas
Alta tecnologia --> sociedade mundial
200 anos ?
Industrial - (o domínio de
grandes quantidades de
400 anos energia permitiu a criação de
impérios mundiais)
Renascimento - (a imprensa e a
acumulação de capitais difundiu o
4.000 anos conhecimento e permitiu a descoberta
do mundo)
Regadio - (plantação e superávit
alimentar permitiram a criação das
cidades
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13. Conclusão 2
Estamos em um momento de
transição rápida - uma revolução
tecnológica - e nestas condições é
impossível saber claramente qual a
estrutura da nova fase de
estabilidade
14. Ciência
Talvez a última revolução + 4.000 anos ?
tecnológica seja a união do renascimento,
da revolução industrial e a sua continuação
na revolução da informação
4.000 anos
~500 anos
~5.000 anos = acreditar ~500 anos = pesquisar
Babilônia -> astrologia Ciência -> astronomia
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15. Método científico
• Propor uma teoria
• Experimentar e demonstrar a validade
• Duvidar
(1) Propor uma alternativa
– Demonstrar experimentalmente
(2) ou afirmar o erro da teoria inicial
– Demonstrar experimentalmente
• Aceitar ou refutar a teoria inicial
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16. Duvidemos mesmo da dúvida.
Anatole France, Discours au banquete des Rabelaisants, 1912.
Toda a nossa ciência, comparada com a
realidade, é primitiva e infantil - e, no
entanto, é a coisa mais preciosa que temos.
Albert Eistein (1879 - 1955)
18. Conclusão 3
Estamos passando de um período
baseado em lendas para um período
baseado na ciência. Neste caso o
processo civilizatório é a passagem
da crendice para a difusão, não de
uma tecnologia, mas do método
científico pelo conjunto da
sociedade.
19. O aumento da complexidade
O aumento da complexidade
20. A Física: Ontem e hoje!
Pierre e Marie Curie CERN, Genebra
27 km
~1900 ~2000
A Nova Economia - 20
22. Conclusão 4
O aumento da complexidade dos
sistemas obriga a formação de
conglomerados que disponham de
recursos suficientes para continuar
o desenvolvimento
24. Diferencial dos negócios
Equipamento Capital Informação Conhecimento
40s 50s - 60s 80s 90s - 00s
Adaptado do livro “Competitive Intelligence”
Larry Kahaner
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25. O que é produzir Software ?)
Produzir software consiste
Produzir software consiste
em codificar conhecimento
em codificar conhecimento
humano em uma linguagem
humano em uma linguagem
que pode ser executada por
que pode ser executada por
um computador.
um computador.
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26. Software
• Conseqüências
– Sem um bom nível de conhecimento sobre o problema não
existe forma de produzir um bom software
– Nenhuma metodologia de desenvolvimento pode assegurar
a produção de bom software,pode apenas auxiliar a
produção de sistemas de uma forma mais elegante,
organizada e eficiente
– Qualquer desenvolvimento de software é uma atividade
multi-disciplinar onde conhecimento e técnica devem
coexistir.
– Sistemas de software são inerentemente muito complexos.
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27. Conclusão 5
Sem competência científica e sem
domínio do conhecimento nas áreas
essenciais ao desenvolvimento não
teremos uma posição central.
É preciso dominar toda a cadeia
produtiva!
28. Um modelo
~2000
Software
comercial
Conglomerados
~1960
Cobol Software
Pequenos grupos
para tudo livre
Indivíduos
Artesanato
de software
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29. Este modelo (industrial) é transitório
~1500 ~1900 ~2025
Grandes Grandes
grupos grupos
Grupos Grupos
Artesanato Artesanato
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30. Conclusão final
• Não existe possibilidade de desenvolver bom software
sem competência industrial
• É preciso dominar a cadeia produtiva do software e do
ambiente a que este software se aplica
• É preciso garantir espaço para pessoas, grupos e
conglomerados de forma a assegurar um
desenvolvimento equilibrado
• É preciso duvidar das soluções propostas pois estamos
entrando em uma nova era e ninguém pode assegurar
quais serão as suas características
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31. Mais uma conclusão
• Não existe uma
Nova economia.
• O que existe é uma incompreensão da nova
realidade e uma enorme aposta em um
crescimento exponencial - o que é impossível !
• Sem uma visão crítica deste ambiente ...
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32. Para saber mais
• J.K. Galbraith, O Novo Estado Industrial, Editora
Civilização Brasileira, Coleção Perspectivas do
Homem volume 30, 1968, 456 p.
• Darcy Ribeiro, O Processo Civilizatório, Editora
Civilização Brasileira, 1968, 265 p.
• Carl Sagan, O Mundo assombrado pelos demônios,
Companhia das Letras, 1996, 442 p.
• Domenico de Masi, O Futuro do Trabalho, Editora
UnB & José Olímpio editora, 1999, 354 p.
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