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Introdução
Neste presente trabalho nós vamos abordar sobre as ROCHAS SEDIMENTARES.
Visto que no planeta Terra, sob uma cobertura de detritos, solo, vegetaçăo, água e gelo,
ocorrem materiais sólidos denominados rochas. Rochedos, encostas de morros, cortes
de estradas ou ilhas estéreis, constituem afloramentos de rochas, perfazendo 3% da
superfície dos continentes.
Rochas săo definidas como quaisquer agregados naturais sólidos, compostos de um ou
mais minerais, e constituem parte essencial da crosta terrestre. As rochas săo estudadas
em diferentes níveis de observaçăo (afloramentos, amostras de măo e diversos tipos de
lâminas) e sob vários aspectos.
2
Rochas Sedimentares
O grupo mais importante de rochas para os Paleontólogos é o das Rochas
Sedimentares, ou seja, rochas depositadas ou precipitadas. Tais rochas formam-se a
partir do transporte, do acúmulo e da consolidação das partículas sedimentares (areia,
lama). Fatores climáticos, como a chuva, o vento e o frio/calor, reduzem as rochas pré-
existentes a fragmentos de tamanhos diversos. Esses fragmentos, chamados de
partículas sedimentares, são agora transportados pelos rios, pelas geleiras e pelo vento e
depositadas nos lagos, nas baías, nas lagunas, nos estuários, nos deltas e no fundo dos
oceanos.
Com o passar do tempo, há acúmulo de sedimentos e parte desses sofrerá diagênese
ou litificação. As rochas sedimentares assim formadas são também conhecidas como
rochas sedimentares clásticas ou mecânicas. Um outro grupo de rochas sedimentares
tem origem diferente, as chamadas rochas sedimentares orgânicas. São formadas pelo
transporte, deposição e litificação de restos orgânicos, como, por exemplo, os depósitos
de carvão.
Finalmente, existem as rochas sedimentares químicas, ou seja, formadas pela
precipitação de elementos químicos, tais como o carbonato de cálcio ou a halita (sal de
cozinha). Nesse caso, os sais dissolvidos na água, principalmente dos lagos, lagunas ou
mares rasos, quentes, se precipitam em decorrência da grande evaporação de água.
Duas características são comuns às rochas sedimentares: 1- rochas sedimentares
contêm camadas e estratos; 2- rochas sedimentares podem conter fósseis. Quando os
sedimentos são depositados, esses são acumulados sobre as camadas anteriores,
formando estratificações. Rochas Sedimentares são também denominadas de rochas
estratificadas. Por outro lado, quando os organismos morrem, decompõem-se muito
rapidamente, sendo consumidos por organismos decompositores e pela ação bacteriana.
Porém, se os restos orgânicos forem recobertos pelas partículas sedimentares antes da
decomposição total, há possibilidade de serem preservados nos estratos de rochas,
através do processo de fossilização.
3
Formação das Rochas Sedimentares
As roshas sedimentares formam-se por: Meteorização, Sedimentação e Diagénese.
Meteorização:
Esta é a primeira fase na génese das rochas sedimentares, sendo que todas as rochas que se
encontram à superfície sujeitas a condições de pressão e temperatura a quém das da sua
formação. Condições essas que, ao interagirem com a atmosfera biosfera e hidrosfera,
provocam alterações físicas e químicas nas rochas.
As transformações químicas sofridas pelas rochas estão associadas à destruição dos minerais
originais e à formação de novos. Os processos de meteorização química mais comuns são:
1) - Hidrólise: é uma reacção química de quebra de uma molécula por água;
2) - Oxidação: resulta da reacção do oxigénio atmosférico, também ele presente
dissolvido na água juntamente com minerais formados em ambiente redutor;
3) - Dissolução: resulta da acção da água enquanto solvente, em que deixa marcas em
regiões de rochas particularmente solúveis como calcários.
Já a meteorização física processa-se da seguinte forma:
As rochas formadas em profundidade, por erosão da cobertura, vão-se aproximando da
superfície, o que provoca o aparecimento de fracturas que costumam ser paralelas à superfície
topográfica. O desenvolvimento das raízes das plantas também condiciona a fragmentação de
rochas. A termoclastia é um fenómeno que consiste na fracturação, aquando os minerais
constituintes se dilatam por consequência de um aquecimento diferencial da superfície e
interior das rochas, isto acontece devido à acção directa da temperatura atmosférica sobre
rochas.
Sedimentação:
Os materiais rochosos que se fragmentaram são posteriormente transportados por acção do
vento, da gravidade, ou da água, até locais onde se depositarão e posteriormente outros
detritos se vão acumulando nesses mesmos locais.
Diagénese:
A passagem dos sedimentos a rochas sedimentares dá-se através das seguintes etapas:
 - Desidratação;
 - Compactação;
 - Cimentação;
As substâncias transportadas pela água ocupam os espaços vazios por entre os
sedimentos e promovem a sua consolidação.
4
Por acção da pressão (ou tensão) litostática, os sedimentos vão-se aproximando cada
vez mais uns dos outros, o que faz com que a água que preenchia os poros seja expulsa.
As substâncias deixadas pela água entre os sedimentos fazem-nos ganhar coerência,
transformando-os em rochas sedimentares.
Tipos de Rochas Sedimentares
Atendendo à sua origem podemos classificar as rochas sedimetnares em três tipos:
 - Detríticas: formadas a partir de fragmentos originários de rochas pré-
existentes (cerca de 85% a 90% das rochas sedimentares existentes). Exemplo:
arenitos.
Quimiogénicas: formadas a partir de fragmentos que resultaram da precipitação de algumas
substâncias dissolvidas na água. Exemplo: gesso
O arenito é uma rocha sedimentar que resulta da
compactação e litificação de um material granular da
dimensão das areias.
O gesso é um mineral aglomerante produzido a partir do aquecimento
da gipsita, um mineral abundante na natureza, e posterior redução a pó da
mesma. É composto principalmente por sulfato de cálcio hidratado
(CaSO4•2H2O) e pelo hemidrato obtido pelacalcinação desse
(CaSO4•½H2O). É encontrado em praticamente o mundo todo, e ocorre no
Brasil em terrenos cretáceos de formação marinha, principalmente no
Maranhão, no Ceará, no Rio Grande do Norte, no Piauí e em Pernambuco.
Sua cor geralmente é branca, mas impurezas podem conferir a ele tons
acinzentados, amarelados, rosados ou marrons
5
Biogénicas: formadas a partir de fragmentos resultantes da actividade dos seres vivos ou
produzidas pelos seres vivos. Exemplo: rochas calcárias recifais.
Os sedimentos que não foram sujeitos a diagénese considera-se como sendo rochas
sedimentares detríticas não-consolidadas e destinguem-se pela sua granulometria. Exemplo:
Areias. Da consolidação desses materiais resultam naquilo em que chamamos rochas
sedimentares detríticas consolidadas), em que a sua designação varia de acordo com a
dimensão dos sedimentos constituíntes. Exemplo: Arenitos, Siltitos.
A água também transporta sais resultantes da dissolução das rochas que podem precipitar
quando a sua concentração ultrapassa um determinado limite. Exemplo: Gesso, Sal-Gema.
Os calcários podem formar-se por sobressaturação de soluções aquosas ricas em carbonato
de cálcio, o dióxido de carbono misturado na solução aquosa liberta-se, o que leva à
precipitação dos sais calcários. A grande maioria das rochas calcárias são de origem marinha.
Apesar de a maioria das rochas calcárias ser de origem biogénica, a formação desses
calcários passa pela precipitação de substâncias dissolvidas na água, o que indica um carácter
quimiogénico.
Os combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, têm também origem orgânica. O carvão
tem origem na transformação de restos vegetais enquanto que o petróleo deriva de
microrganismos planctónicos. Para qualquer dos casos, os restos orgânicos têm de ser
inicialmente protegidos do contacto com o oxigénio.
A retenção de petróleo origina jazigos com condições geológicas específicas que
correspondem a diversos tipos de armadilhas petroliferas.
Os calcários (do latim calx (gen. calicis) ou
calcariu, "cal") são rochas sedimentares que
contêm minerais com quantidades acima de 30%
de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita).
Quando o mineral predominante é a dolomita
(CaMg{CO3}2 ou CaCO3•MgCO3) a rocha
calcária é denominada calcário dolomítico.
6
Fósseis
A presença de fósseis é característico deste tipo de rochas, apesar de não se excluírem
também a outros tipos. São diversos os processos de fossilização, entre os quais o mais
frequente seja a mineralização. Neste processo as partes duras do ser vivo mudam a sua
composição mineralógica ou são impregnadas por sais dissolvidos nas águas contidas
nos sedimentos.
Na incrustação o fóssil fica simplesmente coberto por uma capa mineralizada.
A conservação restringe-se a um determinado tipo de fósseis, neste caso fósseis dos
quais se conservou a composição dos materiais originais.
As marcas deixadas pelos seres vivos nas rochas também são consideradas como
sendo fósseis. Tais marcas resultam de um processo denominado moldagem que
corresponde ao tipo de fósseis encontrado na maioria. Os moldes internos e os moldes
externos reproduzem a respectiva morfologia (interna ou externa) de organismos ou
partes deles. Desta categoria fazem ainda parte as marcas resultantes da actividade de
seres vivos, tal é denominado de icnofósseis.
Interesse Científico dos Fósseis:
A Geologia utiliza os fósseis como meio de reconstituição de paleoambientes
(ambientes antigos) e para a geocronologia, onde são usados na datação das rochas e de
acontecimentos geológicos, mas nem todos os fósseis possuem utilidade ambígua,
alguns são fósseis de fácies e outros de idade (muito importantes pois dada a sua breve
passagem pela Terra ajudam a caracterizar a idade das rochas onde fossilizaram). Os
primeiros identificam os ambientes de formação das rochas em que se encontram,
nomeadamente a profundiddade, a temperatura, a luminusidade, a energia, a oxigenação
e a salinidade, que são características ambientais vivídas por esses seres vivos.
Os fósseis de fácies são esclarecedores no que toca aos ambientes de formação das
rochas sedimentares, dos quais se dividem em três categorias principais:
- Marinhos (ex:Neríticos ou de plataforma continetal);
- Continentais (ex:Fluviais, Lacustres, etc);
- Transição (Deltaicos, Estuarinos, etc).
7
Geocronologia
As causas que no passado provocaram as alterações na Terra são as mesmas que se
verificam e se observam actualmente.
A datação de rochas e de acontecimentos geológicos pode fazer-se em termos relativos
e em termos absolutos. A geocronologia relativa restringe-se ao estabelecer relações de
idade através dos conceitos de "anterior", "posterior" e "contemporâneo", apenas pode
indicar épocas ou eras.
Trabalha na base com os seguintes princípios:
- princípio da sobreposição: numa sequência estratigráfica, um determinado
estrato é mais antigo do que aquele que se encontra por cima (não é válido
aquando acontecimentos de inversão estratigráfica);
- princípio da intersecção: qualquer entidade geológica que intersecte outra lhe é
posterior;
- princípio da inclusão: as rochas cujos fragmentos se encontram dentro de outra
são mais antigas do que ela;
- princípio da continuidade lateral: um estrato que tem a mesma idade em toda a
sua extensão;
- princípio da identidade paleontológica: conjuntos de estratos com o mesmo
conteúdo fossilifero são da mesma idade (condição que serve de base ao
estabelecer-se correlações estratigráficas).
A geneocronologia absoluta determina, como o próprio nome indica, idades absolutas
através da aplicação de métodos radiométricos e geralmente são expressas em milhares
ou milhões de anos.
Geoistória
Através dos diversos métodos geocronológicos foi possivel a construção de uma
escala do tempo geológico, em que as divisões usadas são em função de acontecimentos
marcantes na história da Terra. A importância desses acontecimentos está reflectida na
hierarquia da escala, de tal forma que os acontecimentos principais limitam as maiores
divisões do calendário geológico.
Foi possível determinar que há cerca de 65 milhões de anos houve uma grande crise
ecológica global que resultou na extinção da maioria das espécies existentes (cerca de
80%).
8
Conclusão
- Alguns minerais das rochas sedimentares formam-se por meteorização química de
outros que se instabilizaram devidoàs interacções com a hidrosfera, a atmosfera e a
biosfera;
- A meteorização das rochas, tanto química, como física, origina sedimentos que
juntamente com os restos orgânicos, farão parte das rochas sedimentares, no seguimento
dos processos de erosão, transporte, sedimentação e diagénese;
- As rochas sedimentares podem classificar-se em três grandes grupos: rochas detríticas,
quimiogénicas e biogénicas;
- Os fósseis permitem reconstituir a história da evolução biológica, alguns caracterizam
o ambiente em que as rochas se formaram (fósseis de fácies) e outros permitem a
datação das rochas (fósseis de idade);
- Além do recurso aos fósseis, a geocronologia relativa vale-se de um conjunto de
princípios simples baseados, em boa parte, na análise geométrica (princípio da
sobreposição, intersecção, etc);
- A geocronologia absoluta permite a datação absoluta das rochas, expressas em anos, a
partir de métodos radiométricos.

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Rochas Sedimentares

  • 1. 1 Introdução Neste presente trabalho nós vamos abordar sobre as ROCHAS SEDIMENTARES. Visto que no planeta Terra, sob uma cobertura de detritos, solo, vegetaçăo, água e gelo, ocorrem materiais sólidos denominados rochas. Rochedos, encostas de morros, cortes de estradas ou ilhas estéreis, constituem afloramentos de rochas, perfazendo 3% da superfície dos continentes. Rochas săo definidas como quaisquer agregados naturais sólidos, compostos de um ou mais minerais, e constituem parte essencial da crosta terrestre. As rochas săo estudadas em diferentes níveis de observaçăo (afloramentos, amostras de măo e diversos tipos de lâminas) e sob vários aspectos.
  • 2. 2 Rochas Sedimentares O grupo mais importante de rochas para os Paleontólogos é o das Rochas Sedimentares, ou seja, rochas depositadas ou precipitadas. Tais rochas formam-se a partir do transporte, do acúmulo e da consolidação das partículas sedimentares (areia, lama). Fatores climáticos, como a chuva, o vento e o frio/calor, reduzem as rochas pré- existentes a fragmentos de tamanhos diversos. Esses fragmentos, chamados de partículas sedimentares, são agora transportados pelos rios, pelas geleiras e pelo vento e depositadas nos lagos, nas baías, nas lagunas, nos estuários, nos deltas e no fundo dos oceanos. Com o passar do tempo, há acúmulo de sedimentos e parte desses sofrerá diagênese ou litificação. As rochas sedimentares assim formadas são também conhecidas como rochas sedimentares clásticas ou mecânicas. Um outro grupo de rochas sedimentares tem origem diferente, as chamadas rochas sedimentares orgânicas. São formadas pelo transporte, deposição e litificação de restos orgânicos, como, por exemplo, os depósitos de carvão. Finalmente, existem as rochas sedimentares químicas, ou seja, formadas pela precipitação de elementos químicos, tais como o carbonato de cálcio ou a halita (sal de cozinha). Nesse caso, os sais dissolvidos na água, principalmente dos lagos, lagunas ou mares rasos, quentes, se precipitam em decorrência da grande evaporação de água. Duas características são comuns às rochas sedimentares: 1- rochas sedimentares contêm camadas e estratos; 2- rochas sedimentares podem conter fósseis. Quando os sedimentos são depositados, esses são acumulados sobre as camadas anteriores, formando estratificações. Rochas Sedimentares são também denominadas de rochas estratificadas. Por outro lado, quando os organismos morrem, decompõem-se muito rapidamente, sendo consumidos por organismos decompositores e pela ação bacteriana. Porém, se os restos orgânicos forem recobertos pelas partículas sedimentares antes da decomposição total, há possibilidade de serem preservados nos estratos de rochas, através do processo de fossilização.
  • 3. 3 Formação das Rochas Sedimentares As roshas sedimentares formam-se por: Meteorização, Sedimentação e Diagénese. Meteorização: Esta é a primeira fase na génese das rochas sedimentares, sendo que todas as rochas que se encontram à superfície sujeitas a condições de pressão e temperatura a quém das da sua formação. Condições essas que, ao interagirem com a atmosfera biosfera e hidrosfera, provocam alterações físicas e químicas nas rochas. As transformações químicas sofridas pelas rochas estão associadas à destruição dos minerais originais e à formação de novos. Os processos de meteorização química mais comuns são: 1) - Hidrólise: é uma reacção química de quebra de uma molécula por água; 2) - Oxidação: resulta da reacção do oxigénio atmosférico, também ele presente dissolvido na água juntamente com minerais formados em ambiente redutor; 3) - Dissolução: resulta da acção da água enquanto solvente, em que deixa marcas em regiões de rochas particularmente solúveis como calcários. Já a meteorização física processa-se da seguinte forma: As rochas formadas em profundidade, por erosão da cobertura, vão-se aproximando da superfície, o que provoca o aparecimento de fracturas que costumam ser paralelas à superfície topográfica. O desenvolvimento das raízes das plantas também condiciona a fragmentação de rochas. A termoclastia é um fenómeno que consiste na fracturação, aquando os minerais constituintes se dilatam por consequência de um aquecimento diferencial da superfície e interior das rochas, isto acontece devido à acção directa da temperatura atmosférica sobre rochas. Sedimentação: Os materiais rochosos que se fragmentaram são posteriormente transportados por acção do vento, da gravidade, ou da água, até locais onde se depositarão e posteriormente outros detritos se vão acumulando nesses mesmos locais. Diagénese: A passagem dos sedimentos a rochas sedimentares dá-se através das seguintes etapas:  - Desidratação;  - Compactação;  - Cimentação; As substâncias transportadas pela água ocupam os espaços vazios por entre os sedimentos e promovem a sua consolidação.
  • 4. 4 Por acção da pressão (ou tensão) litostática, os sedimentos vão-se aproximando cada vez mais uns dos outros, o que faz com que a água que preenchia os poros seja expulsa. As substâncias deixadas pela água entre os sedimentos fazem-nos ganhar coerência, transformando-os em rochas sedimentares. Tipos de Rochas Sedimentares Atendendo à sua origem podemos classificar as rochas sedimetnares em três tipos:  - Detríticas: formadas a partir de fragmentos originários de rochas pré- existentes (cerca de 85% a 90% das rochas sedimentares existentes). Exemplo: arenitos. Quimiogénicas: formadas a partir de fragmentos que resultaram da precipitação de algumas substâncias dissolvidas na água. Exemplo: gesso O arenito é uma rocha sedimentar que resulta da compactação e litificação de um material granular da dimensão das areias. O gesso é um mineral aglomerante produzido a partir do aquecimento da gipsita, um mineral abundante na natureza, e posterior redução a pó da mesma. É composto principalmente por sulfato de cálcio hidratado (CaSO4•2H2O) e pelo hemidrato obtido pelacalcinação desse (CaSO4•½H2O). É encontrado em praticamente o mundo todo, e ocorre no Brasil em terrenos cretáceos de formação marinha, principalmente no Maranhão, no Ceará, no Rio Grande do Norte, no Piauí e em Pernambuco. Sua cor geralmente é branca, mas impurezas podem conferir a ele tons acinzentados, amarelados, rosados ou marrons
  • 5. 5 Biogénicas: formadas a partir de fragmentos resultantes da actividade dos seres vivos ou produzidas pelos seres vivos. Exemplo: rochas calcárias recifais. Os sedimentos que não foram sujeitos a diagénese considera-se como sendo rochas sedimentares detríticas não-consolidadas e destinguem-se pela sua granulometria. Exemplo: Areias. Da consolidação desses materiais resultam naquilo em que chamamos rochas sedimentares detríticas consolidadas), em que a sua designação varia de acordo com a dimensão dos sedimentos constituíntes. Exemplo: Arenitos, Siltitos. A água também transporta sais resultantes da dissolução das rochas que podem precipitar quando a sua concentração ultrapassa um determinado limite. Exemplo: Gesso, Sal-Gema. Os calcários podem formar-se por sobressaturação de soluções aquosas ricas em carbonato de cálcio, o dióxido de carbono misturado na solução aquosa liberta-se, o que leva à precipitação dos sais calcários. A grande maioria das rochas calcárias são de origem marinha. Apesar de a maioria das rochas calcárias ser de origem biogénica, a formação desses calcários passa pela precipitação de substâncias dissolvidas na água, o que indica um carácter quimiogénico. Os combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, têm também origem orgânica. O carvão tem origem na transformação de restos vegetais enquanto que o petróleo deriva de microrganismos planctónicos. Para qualquer dos casos, os restos orgânicos têm de ser inicialmente protegidos do contacto com o oxigénio. A retenção de petróleo origina jazigos com condições geológicas específicas que correspondem a diversos tipos de armadilhas petroliferas. Os calcários (do latim calx (gen. calicis) ou calcariu, "cal") são rochas sedimentares que contêm minerais com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita). Quando o mineral predominante é a dolomita (CaMg{CO3}2 ou CaCO3•MgCO3) a rocha calcária é denominada calcário dolomítico.
  • 6. 6 Fósseis A presença de fósseis é característico deste tipo de rochas, apesar de não se excluírem também a outros tipos. São diversos os processos de fossilização, entre os quais o mais frequente seja a mineralização. Neste processo as partes duras do ser vivo mudam a sua composição mineralógica ou são impregnadas por sais dissolvidos nas águas contidas nos sedimentos. Na incrustação o fóssil fica simplesmente coberto por uma capa mineralizada. A conservação restringe-se a um determinado tipo de fósseis, neste caso fósseis dos quais se conservou a composição dos materiais originais. As marcas deixadas pelos seres vivos nas rochas também são consideradas como sendo fósseis. Tais marcas resultam de um processo denominado moldagem que corresponde ao tipo de fósseis encontrado na maioria. Os moldes internos e os moldes externos reproduzem a respectiva morfologia (interna ou externa) de organismos ou partes deles. Desta categoria fazem ainda parte as marcas resultantes da actividade de seres vivos, tal é denominado de icnofósseis. Interesse Científico dos Fósseis: A Geologia utiliza os fósseis como meio de reconstituição de paleoambientes (ambientes antigos) e para a geocronologia, onde são usados na datação das rochas e de acontecimentos geológicos, mas nem todos os fósseis possuem utilidade ambígua, alguns são fósseis de fácies e outros de idade (muito importantes pois dada a sua breve passagem pela Terra ajudam a caracterizar a idade das rochas onde fossilizaram). Os primeiros identificam os ambientes de formação das rochas em que se encontram, nomeadamente a profundiddade, a temperatura, a luminusidade, a energia, a oxigenação e a salinidade, que são características ambientais vivídas por esses seres vivos. Os fósseis de fácies são esclarecedores no que toca aos ambientes de formação das rochas sedimentares, dos quais se dividem em três categorias principais: - Marinhos (ex:Neríticos ou de plataforma continetal); - Continentais (ex:Fluviais, Lacustres, etc); - Transição (Deltaicos, Estuarinos, etc).
  • 7. 7 Geocronologia As causas que no passado provocaram as alterações na Terra são as mesmas que se verificam e se observam actualmente. A datação de rochas e de acontecimentos geológicos pode fazer-se em termos relativos e em termos absolutos. A geocronologia relativa restringe-se ao estabelecer relações de idade através dos conceitos de "anterior", "posterior" e "contemporâneo", apenas pode indicar épocas ou eras. Trabalha na base com os seguintes princípios: - princípio da sobreposição: numa sequência estratigráfica, um determinado estrato é mais antigo do que aquele que se encontra por cima (não é válido aquando acontecimentos de inversão estratigráfica); - princípio da intersecção: qualquer entidade geológica que intersecte outra lhe é posterior; - princípio da inclusão: as rochas cujos fragmentos se encontram dentro de outra são mais antigas do que ela; - princípio da continuidade lateral: um estrato que tem a mesma idade em toda a sua extensão; - princípio da identidade paleontológica: conjuntos de estratos com o mesmo conteúdo fossilifero são da mesma idade (condição que serve de base ao estabelecer-se correlações estratigráficas). A geneocronologia absoluta determina, como o próprio nome indica, idades absolutas através da aplicação de métodos radiométricos e geralmente são expressas em milhares ou milhões de anos. Geoistória Através dos diversos métodos geocronológicos foi possivel a construção de uma escala do tempo geológico, em que as divisões usadas são em função de acontecimentos marcantes na história da Terra. A importância desses acontecimentos está reflectida na hierarquia da escala, de tal forma que os acontecimentos principais limitam as maiores divisões do calendário geológico. Foi possível determinar que há cerca de 65 milhões de anos houve uma grande crise ecológica global que resultou na extinção da maioria das espécies existentes (cerca de 80%).
  • 8. 8 Conclusão - Alguns minerais das rochas sedimentares formam-se por meteorização química de outros que se instabilizaram devidoàs interacções com a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera; - A meteorização das rochas, tanto química, como física, origina sedimentos que juntamente com os restos orgânicos, farão parte das rochas sedimentares, no seguimento dos processos de erosão, transporte, sedimentação e diagénese; - As rochas sedimentares podem classificar-se em três grandes grupos: rochas detríticas, quimiogénicas e biogénicas; - Os fósseis permitem reconstituir a história da evolução biológica, alguns caracterizam o ambiente em que as rochas se formaram (fósseis de fácies) e outros permitem a datação das rochas (fósseis de idade); - Além do recurso aos fósseis, a geocronologia relativa vale-se de um conjunto de princípios simples baseados, em boa parte, na análise geométrica (princípio da sobreposição, intersecção, etc); - A geocronologia absoluta permite a datação absoluta das rochas, expressas em anos, a partir de métodos radiométricos.