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Texto Poético

                                        1ª Sessão
Objectivo: Construir rimas ou cantilenas a partir de palavras conhecidas
Actividade: Brincar com as palavras, brincar a rimar
                          a) É proposto aos alunos que digam uma palavra que é
                     contraposta com outra e que rime com a primeira (jogo de
                     rimas)
                          b) De seguida escolhe duas das terminações:
                          -ás/-az; -ês/-ez, -is/-iz, -ós/-oz, -oso, -osa, -ado, -ada,
                     -ão, -ente … e faz uma lista de palavras com as
                     terminações escolhidas.
                          c) Após a escrita da lista, cada aluno escreve um pequeno
                     texto em que cada linha termine com uma dessas palavras
                     (só com uma terminação), não sendo necessário usá-las
                     todas.
       Descrição
           da
                          EX. O Luís foi a Paris
       actividade
                          e viu uma codorniz
                          junto a um chafariz….

                         d) Depois escreve outro pequeno texto em que cada
                     linha termine com uma dessas palavras mas agora
                     usando as duas terminações intercaladas.

                          EX. O Luís foi a Paris
                          e viu um anão
                          preso pelo nariz
                          num casarão…

                                     2ª Sessão
Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e
repetição
       Descrição   a) Leitura da lengalenga “Que está na varanda?”
           da
       actividade         Que está na varanda?
                          Uma fita de ganga.
                          Quem está na janela?
                          Uma fita amarela.
                          Quem está no poço?
                          Uma casca de tremoço.
                          Quem está no telhado?
                          Um gato pingado.
                          Quem está na chaminé?
                          Uma caixa de rapé.
                          Que está na rua?
                          Uma espada nua.
                          Que está atrás da porta?
                          Uma vara trota.
                          Que está no ninho?
                          Um passarinho.
                          Deixa-o no morno,
                          Dá-lhe pãozinho.
                          Cancioneiro Popular Português


                     b) Os alunos deverão descobrir quais são as palavras que



                                                                               1
terminam com o mesmo som e como está estruturada a
                    lengalenga.
                    c) Produção por grupos de um texto com estrutura
                    semelhante.
                    d) Fechar o texto com uma frase/verso que não dê lugar a
                    novos prolongamentos
                    e) Confrontar o texto produzido com o texto completo do
                    seu autor.

                                      3ª Sessão
Actividade: Identificação e compreensão do jogo semântico introduzido pelo
poema (ambiguidade/pluralidade da linguagem poética)
                     a) Leitura do poema: CASAMENTO

                         Casei um cigarro
                         Com uma cigarra,
                         Fizeram os dois
                         Tremenda algazarra

                         Porque o cigarro
                         Não sabe cantar
                         E a cigarra
                         Detesta fumar.
      Descrição
          da             Não digam que errei
                         (mania antipática!)
      actividade
                         Só cumpri a lei
                         Que manda a gramática. (Luísa Ducla Soares)

                    b) Construir com pares de nomes que possam parecer
                    masculino/feminino, mas não o sendo.
                         Ex. borracha/borracho; bolo/bola; foca/foco; porto/porta; sal/sala;
                    pau/Paula; colo/cola; raio/raia
                    c) Escolher um par e escrever um poema com a mesma
                    estrutura


                                     4ª Sessão
Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e
repetição
                        Continuar a escrever de acordo com as regularidades
                    detectadas

                         Se tu visses o que eu vi
                         Se tu visses o que eu vi,
                         havias de te admirar.
                         Uma cadela com pintos,
                         uma galinha a ladrar.
      Descrição          Se tu visses o que eu vi,
          da             havias de te admirar.
      actividade         Uma cobra a tirar água,
                         e um cavalo a dançar.
                         Se tu visses o que eu vi,
                         havias de te admirar.
                         Uma abelha a grunhir,
                         e um porco a voar.

                    c) Produção por grupos de um texto com estrutura semelhante
                    e) Confrontar o texto produzido com o dos colegas.


                                                                                          2
5ª Sessão
Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e
repetição
                    a) Continuar a escrever de acordo com as regularidades
                    detectadas

                           A casa do João                      Aqui está o gato
                                                               que comeu o rato
                           Aqui está a casa                    que furou o saco de grão e
                           Que fez o João                      feijão
                                                               que estava na casa
                           Aqui estão saco de grão e feijão    que fez o João.
     Descrição da          Que estava na casa que fez o João
    actividade                                                 Aqui está o cão
                           Aqui está o rato                    que mordeu o gato
                           que furou o saco de grão e feijão   que furou o saco de grão e
                           que estava na casa                  feijão
                           que fez o João                      que estava na casa
                                                               que fez o João.




                    b) Produção por grupos de um texto com estrutura semelhante
                    c) Confrontar o texto produzido com o dos colegas.
                                     6ª Sessão
Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e
repetição
                    a)Produzir um poema cuja última palavra de cada verso seja a
                    primeira do verso seguinte. (Palavra puxa palavra)
                        Ex:
                        Encontrei uma moeda antiga
      Descrição         Antiga como uma caravela
          da            Caravela de um velho pirata
      actividade        Pirata sem perna de pau
                        Pau-santo, boa madeira
                        Madeira e não Açores…
                        Deixa-me acabar com a brincadeira
                        Vêm aí os meus amores!

                                      7ª Sessão
Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e
repetição. Exploração de outros poemas
                    a) Leitura da poesia “Uma Formiga” de Luísa Ducla Soares

                        Uma formiga de gravata
                        a matar uma barata.
                        Uma formiga de bigode
      Descrição         a gritar: -Ai quem me acode! (...)
          da
      actividade    b)Propor aos alunos que continuem a poesia
                        Agora tu: Uma formiga de...
                    c)Construção de um conjunto de versos que obedeça às
                    mesmas regras de construção




                                                                                            3
desejos & sonhos

Não quero mais...
Sempre quis...
Se eu pudesse...
Tenho medo de…
Quando me sento à janela…
Se eu fosse…
Fico zangado(a) se…
Diz-me, Zé, …




                            4
Actividade: Sou poeta e não sabia




                                    5
À Mesa
A mãe, se me vê
comer com a mão
prega-me logo
uma lição.
Então tentei
comer com o pé:
Tirei sapato,
tirei meia...
Ia levando uma tareia.
Mas amanhã
não ralham comigo
pois vou comer
pelo umbigo.

Luísa Ducla Soares


                         6
BONS MODOS À MESA
Em casa ou no restaurante,
numa qualquer refeição,
usa bem os talheres
e não comas à mão.
E evita a algazarra
que por vezes lá se instala
não sobrepondo o ruído
ao prazer da fala.
E presta bem atenção
a uma coisa elementar:
começa só a comer
quando o mais velho começar.
Há coisas que nos distinguem
do reino dos animais
e uma boa educação
nunca há-de estar a mais.
Deseja bom apetite
a quem te faz companhia,
que essa frase é um convite
para que reine a harmonia.
Ser educado à mesa
não é questão de estatuto,
não se educa com riqueza
a criança ou o adulto.

José Jorge Letria



PROBLEMAS

A minha avó dá-me um chocolate
Nos dias que terminam em três
O meu avô come um abacate
Umas três vezes em cada mês.
Como eu mais chocolate
Ou o meu avô abacate?
Não sejas um gato maltês
Faz a conta com rapidez


Falta-me uma avelã para uma dezena
Cinco figos para um quarteirão
Duas nozes para uma centena.
Diz-me lá então:
Quanta fruta pequena
Deixei eu cair ao chão?



                                     7
Quantos são?
No alto da cachoeira
Vinte e cinco cegos vão,
Cada cego leva o seu moço,
Cada moço leva o seu cão,
E cada cão leva seu gato,
E cada gato leva seu rato,
E cada rato leva sua espiga,
E cada espiga leva seu grão.
Diga-me agora a menina quantos são.




                                      8
Quantos são?
No alto da cachoeira
Vinte e cinco cegos vão,
Cada cego leva o seu moço,
Cada moço leva o seu cão,
E cada cão leva seu gato,
E cada gato leva seu rato,
E cada rato leva sua espiga,
E cada espiga leva seu grão.
Diga-me agora a menina quantos são.




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Poética da rima e da repetição

  • 1. Texto Poético 1ª Sessão Objectivo: Construir rimas ou cantilenas a partir de palavras conhecidas Actividade: Brincar com as palavras, brincar a rimar a) É proposto aos alunos que digam uma palavra que é contraposta com outra e que rime com a primeira (jogo de rimas) b) De seguida escolhe duas das terminações: -ás/-az; -ês/-ez, -is/-iz, -ós/-oz, -oso, -osa, -ado, -ada, -ão, -ente … e faz uma lista de palavras com as terminações escolhidas. c) Após a escrita da lista, cada aluno escreve um pequeno texto em que cada linha termine com uma dessas palavras (só com uma terminação), não sendo necessário usá-las todas. Descrição da EX. O Luís foi a Paris actividade e viu uma codorniz junto a um chafariz…. d) Depois escreve outro pequeno texto em que cada linha termine com uma dessas palavras mas agora usando as duas terminações intercaladas. EX. O Luís foi a Paris e viu um anão preso pelo nariz num casarão… 2ª Sessão Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e repetição Descrição a) Leitura da lengalenga “Que está na varanda?” da actividade Que está na varanda? Uma fita de ganga. Quem está na janela? Uma fita amarela. Quem está no poço? Uma casca de tremoço. Quem está no telhado? Um gato pingado. Quem está na chaminé? Uma caixa de rapé. Que está na rua? Uma espada nua. Que está atrás da porta? Uma vara trota. Que está no ninho? Um passarinho. Deixa-o no morno, Dá-lhe pãozinho. Cancioneiro Popular Português b) Os alunos deverão descobrir quais são as palavras que 1
  • 2. terminam com o mesmo som e como está estruturada a lengalenga. c) Produção por grupos de um texto com estrutura semelhante. d) Fechar o texto com uma frase/verso que não dê lugar a novos prolongamentos e) Confrontar o texto produzido com o texto completo do seu autor. 3ª Sessão Actividade: Identificação e compreensão do jogo semântico introduzido pelo poema (ambiguidade/pluralidade da linguagem poética) a) Leitura do poema: CASAMENTO Casei um cigarro Com uma cigarra, Fizeram os dois Tremenda algazarra Porque o cigarro Não sabe cantar E a cigarra Detesta fumar. Descrição da Não digam que errei (mania antipática!) actividade Só cumpri a lei Que manda a gramática. (Luísa Ducla Soares) b) Construir com pares de nomes que possam parecer masculino/feminino, mas não o sendo. Ex. borracha/borracho; bolo/bola; foca/foco; porto/porta; sal/sala; pau/Paula; colo/cola; raio/raia c) Escolher um par e escrever um poema com a mesma estrutura 4ª Sessão Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e repetição Continuar a escrever de acordo com as regularidades detectadas Se tu visses o que eu vi Se tu visses o que eu vi, havias de te admirar. Uma cadela com pintos, uma galinha a ladrar. Descrição Se tu visses o que eu vi, da havias de te admirar. actividade Uma cobra a tirar água, e um cavalo a dançar. Se tu visses o que eu vi, havias de te admirar. Uma abelha a grunhir, e um porco a voar. c) Produção por grupos de um texto com estrutura semelhante e) Confrontar o texto produzido com o dos colegas. 2
  • 3. 5ª Sessão Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e repetição a) Continuar a escrever de acordo com as regularidades detectadas A casa do João Aqui está o gato que comeu o rato Aqui está a casa que furou o saco de grão e Que fez o João feijão que estava na casa Aqui estão saco de grão e feijão que fez o João. Descrição da Que estava na casa que fez o João actividade Aqui está o cão Aqui está o rato que mordeu o gato que furou o saco de grão e feijão que furou o saco de grão e que estava na casa feijão que fez o João que estava na casa que fez o João. b) Produção por grupos de um texto com estrutura semelhante c) Confrontar o texto produzido com o dos colegas. 6ª Sessão Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e repetição a)Produzir um poema cuja última palavra de cada verso seja a primeira do verso seguinte. (Palavra puxa palavra) Ex: Encontrei uma moeda antiga Descrição Antiga como uma caravela da Caravela de um velho pirata actividade Pirata sem perna de pau Pau-santo, boa madeira Madeira e não Açores… Deixa-me acabar com a brincadeira Vêm aí os meus amores! 7ª Sessão Actividade: Exploração de textos da poesia tradicional que articulem ritmo e repetição. Exploração de outros poemas a) Leitura da poesia “Uma Formiga” de Luísa Ducla Soares Uma formiga de gravata a matar uma barata. Uma formiga de bigode Descrição a gritar: -Ai quem me acode! (...) da actividade b)Propor aos alunos que continuem a poesia Agora tu: Uma formiga de... c)Construção de um conjunto de versos que obedeça às mesmas regras de construção 3
  • 4. desejos & sonhos Não quero mais... Sempre quis... Se eu pudesse... Tenho medo de… Quando me sento à janela… Se eu fosse… Fico zangado(a) se… Diz-me, Zé, … 4
  • 5. Actividade: Sou poeta e não sabia 5
  • 6. À Mesa A mãe, se me vê comer com a mão prega-me logo uma lição. Então tentei comer com o pé: Tirei sapato, tirei meia... Ia levando uma tareia. Mas amanhã não ralham comigo pois vou comer pelo umbigo. Luísa Ducla Soares 6
  • 7. BONS MODOS À MESA Em casa ou no restaurante, numa qualquer refeição, usa bem os talheres e não comas à mão. E evita a algazarra que por vezes lá se instala não sobrepondo o ruído ao prazer da fala. E presta bem atenção a uma coisa elementar: começa só a comer quando o mais velho começar. Há coisas que nos distinguem do reino dos animais e uma boa educação nunca há-de estar a mais. Deseja bom apetite a quem te faz companhia, que essa frase é um convite para que reine a harmonia. Ser educado à mesa não é questão de estatuto, não se educa com riqueza a criança ou o adulto. José Jorge Letria PROBLEMAS A minha avó dá-me um chocolate Nos dias que terminam em três O meu avô come um abacate Umas três vezes em cada mês. Como eu mais chocolate Ou o meu avô abacate? Não sejas um gato maltês Faz a conta com rapidez Falta-me uma avelã para uma dezena Cinco figos para um quarteirão Duas nozes para uma centena. Diz-me lá então: Quanta fruta pequena Deixei eu cair ao chão? 7
  • 8. Quantos são? No alto da cachoeira Vinte e cinco cegos vão, Cada cego leva o seu moço, Cada moço leva o seu cão, E cada cão leva seu gato, E cada gato leva seu rato, E cada rato leva sua espiga, E cada espiga leva seu grão. Diga-me agora a menina quantos são. 8
  • 9. Quantos são? No alto da cachoeira Vinte e cinco cegos vão, Cada cego leva o seu moço, Cada moço leva o seu cão, E cada cão leva seu gato, E cada gato leva seu rato, E cada rato leva sua espiga, E cada espiga leva seu grão. Diga-me agora a menina quantos são. 8