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COMPONENTES
CELULARES
Do Glicocálix ao Complexo de Golgi
Os limites da célula viva
   Uma célula viva é um compartimento microscópico, isolado
    do ambiente por pelo menos uma barreira: a membrana
    plasmática.
   Está é uma película extremamente fina e delicada, que
    exerce severa “fiscalização” sobre todas as substâncias e
    partículas que entram e saem da célula.
Os limites da célula viva
   Dada a relativa fragilidade da membrana plasmática, a
    maioria das células apresenta algum tipo de envoltório
    que dá proteção e suporte físico à membrana.
   Entre esses envoltórios destacam-se o glicocálix, presente
    na maioria das células animais, e a parede celulósica,
    presente em células de plantas e de algumas algas.
Glicocálix
   Se isolássemos uma célula de nosso corpo, notaríamos que ela
    esta envolta por uma espécie de malha feita de moléculas de
    glicídios (carboidratos) frouxamente entrelaçadas.
   Esta malha protege a célula como uma vestimenta: trata-se do
    glicocálix (do grego glykys, doce, açúcar, e do latim calyx,
    casca envoltório).
   Diversas funções têm sido sugeridas para o glicocálix.
    Acredita-se que, além de ser uma proteção contra agressões
    físicas e químicas do ambiente externo, ele funcione como uma
    malha de retenção de nutrientes e enzimas, mantendo um
    microambiente adequado ao redor de cada célula.
   Confere às células a capacidade de se reconhecerem, uma vez
    que células diferentes têm glicocálix formado por glicídios
    diferentes e células iguais têm glicocálix formado por glicídios
    iguais.
Componentes celulares: do glicocálix ao complexo de golgi
Parede celulósica
   As células vegetais possuem um envoltório externo, espesso
    e relativamente rígido: a parede celulósica, também
    chamada membrana esquelética celulósica;
   Células vegetais jovens apresentam uma parede celulósica
    fina e flexível, denominada parede primária.
Parede celulósica
   A parede primária é elástica,
    de modo a permitir o
    crescimento celular. Depois que
    a célula cresceu e atingiu o
    tamanho e a forma definitivos,
    forma-se a parede
    secundária, mais espessa e
    rígida.
   A celulose que constitui a
    parede secundária é
    secretada através da
    membrana plasmática, e se
    deposita entre esta e a
    superfície interna da parede
    primária, na qual adere
    fortemente.
Constituição da parede celulósica
   A parede das células vegetais é constituída por longas
    e resistentes microfibrilas do polissacarídeo celulose.
   As microfibrilas celulósicas se mantém unidas por meio
    de uma matriz formada por glicoproteínas (proteínas
    ligadas a açucares), hemicelulose e pectina
    (polissacarídeos).
Constituição da parede celulósica
   A estrutura molecular da parede celulósica aplica o
    mesmo princípio do concreto armado, no qual
    longas e resistentes varetas de ferro estão
    mergulhadas em uma argamassa de cimento e
    pedras.
   Na parede celular, as microfibrilas de celulose
    correspondem às varetas de ferro do concreto,
    enquanto as glicoproteínas e os polissacarídeos da
    matriz correspondem à argamassa.
Membrana plasmática
   Toda a célula, seja procarionte ou eucarionte, apresenta
    uma membrana que isola do meio exterior: a membrana
    plasmática.
   A membrana plasmática é tão fina (entre 6 a 9 nm) que
    os mais aperfeiçoados microscópios ópticos não
    conseguiram torná-la visível.
   Foi somente após o desenvolvimento da microscopia
    eletrônica que a membrana plasmática pode ser
    observada.
   Nas grandes ampliações obtidas pelo microscópio
    eletrônico, cortes transversais da membrana aparecem
    como uma linha mais clara entre duas mais escuras,
    delimitando o contorno de cada célula.
Constituição química da membrana
plasmática
   Estudos com membranas plasmáticas isoladas
    revelam que seus componentes mais abundantes
    são fosfolipídios, colesterol e proteínas.
   É por isso que se costumam dizer que as
    membranas plasmáticas têm constituição
    lipoprotéica.
Uma vez identificados os fosfolipídios e as proteínas como os principais
  componentes moleculares da membrana, os cientistas passaram a
      investigar como estas substâncias estavam organizadas.
O modelo do mosaico fluido
   A disposição das moléculas na membrana plasmática foi
    elucidada recentemente, sendo que os lipídios formam
    uma camada dupla e contínua, no meio da qual se
    encaixam moléculas de proteína.
   A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência
    oleosa, e as proteínas mudam de posição continuamente,
    como se fossem peças de um mosaico.
   Esse modelo foi sugerido por dois pesquisadores, Singer e
    Nicholson, e recebeu o nome de Modelo Mosaico Fluido.
O modelo do mosaico fluido
   Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da
    membrana e as proteínas têm diversas funções.
   As membranas plasmáticas de um eucariócitos contêm
    quantidades particularmente grande de colesterol.
   As moléculas de colesterol aumentam as propriedades da
    barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos
    anéis planos de esteróides diminuem a mobilidade e torna
    a bicamada lipídica menos fluida.
Componentes celulares: do glicocálix ao complexo de golgi
Funções das proteínas nas membranas
    plasmáticas
As proteínas da membrana plasmática exercem grandes
  variedades de funções: atuam preferencialmente nos
mecanismos de transporte, organizando verdadeiros túneis
 que permitem a passagem de substâncias para dentro e
   para fora da célula, funcionam como receptores de
membrana, encarregadas de receber sinais de substâncias
que levam alguma mensagem para a célula, favorecem a
adesão de células adjacentes em um tecido, servem como
        ponto de ancoragem para o citoesqueleto.
Funções das proteínas nas membranas
                  plasmáticas
Proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana podem aderir
umas às outras.
Proteínas que facilitam o transporte de substâncias entre células.
Proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na membrana como
um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas especificamente por outras células.
Proteínas receptoras de membrana.
Proteínas de transporte: podem desempenhar papel na difusão facilitada, formando
um canal por onde passam algumas substâncias, ou no transporte ativo, em que há gasto
de energia fornecida pela substância ATP. O ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula
derivada de nucleotídeo que armazena a energia liberada nos processos
bioenergéticos que ocorrem nas células (respiração aeróbia, por exemplo). Toda vez
que é necessária energia para a realização de uma atividade celular (transporte ativo,
por exemplo) ela é fornecida por moléculas de ATP.
Proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuar isoladamente como
enzima na membrana ou em conjunto, como se fossem parte de uma “linha de
montagem” de uma determinada via metabólica.
Proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto.
Transporte pela membrana plasmática
   A capacidade de uma membrana de ser atravessada por
    algumas substâncias e não por outras define
    sua permeabilidade. Em uma solução, encontram-se
    o solvente (meio líquido dispersante) e o soluto (partícula
    dissolvida). Classificam-se as membranas, de acordo com a
    permeabilidade, em 4 tipos:
   Permeável: permite a passagem do solvente e do soluto;
   Impermeável: não permite a passagem do solvente nem do
    soluto;
   Semipermeável: permite a passagem do solvente, mas não do
    soluto;
   Seletivamente permeável: permite a passagem do solvente e
    alguns tipos de soluto
Transporte pela membrana plasmática

   Nessa última classificação se enquadra a membrana
    plasmática.
   A passagem aleatória de partículas sempre ocorre de um
    local de maior concentração para outro de concentração
    menor (a favor do gradiente de concentração).
   Isso se dá até que a distribuição das partículas seja
    uniforme. A partir do momento em que o equilíbrio for
    atingido, as trocas de substâncias entre dois meios tornam-
    se proporcionais.
Transporte pela membrana plasmática
    A passagem de substâncias através das membranas
    celulares envolve vários mecanismos, entre os quais podemos
    citar:
   Transporte passivo
       Osmose
       Difusão simples
       Difusão facilitada

   Transporte ativo
       Bomba de sódio e potássio

   Endocitose e exocitose
       Fagocitose
       Pinocitose
Citoplasma
   Os primeiros citologistas acreditavam que o interior da
    célula viva era preenchido por um fluído homogêneo e
    viscoso, no qual estava mergulhado o núcleo. Esse
    fluido recebeu o nome de citoplasma (do grego kytos,
    célula, e plasma, aquilo que dá forma, que modela).
   Hoje se sabe que o espaço situado entre a membrana
    plasmática e o núcleo é bem diferente do que
    imaginaram aqueles citologistas pioneiros. Além da
    parte fluida, o citoplasma contém bolsas e canais
    membranosos e organelas ou orgânulos
    citoplasmáticos, que desempenham funções específicas
    no metabolismo da célula eucarionte.
Componentes celulares: do glicocálix ao complexo de golgi
Citoplasma
   O fluido citoplasmático é constituído principalmente por água,
    proteínas, sais minerais e açucares.
   No citosol ocorre a maioria das reações químicas vitais, entre
    elas a fabricação das moléculas que irão constituir as
    estruturas celulares.
   É também no citosol que muitas substâncias de reserva das
    células animais, como as gorduras e o glicogênio, ficam
    armazenadas.
   Na periferia do citoplasma, o citosol é mais viscoso, tendo
    consistência de gelatina mole.
   Essa região é chamada de ectoplasma (do grego, ectos, fora).
   Na parte mais central da célula situa-se o endoplasma (do
    grego, endos, dentro), de consistência mais fluida.
Célula
 Célula
animal
 Animal




          Célula
          vegetal
Ciclose
   O citosol encontra-se em contínuo movimento,
    impulsionado pela contração rítmica de certos fios de
    proteínas presentes no citoplasma, em um processo
    semelhante ao que faz nossos músculos se
    movimentarem.
   Os fluxos de citosol constituem o que os biólogos
    denominam ciclose. Em algumas células, a ciclose é tão
    intensa que há verdadeiras correntes circulatórias
    internas.
   Sua velocidade aumenta com elevação da temperatura
    e diminui em temperaturas baixas, assim como na falta
    de oxigênio.
Movimento amebóide
   Alguns tipos de células têm a capacidade de alterar
    rapidamente a consistência de seu citosol, gerando
    fluxos internos que permitem à célula mudar de forma e
    se movimentar.
   Esse tipo de movimento celular, presente em muitos
    protozoários e em alguns tipos de células de animais
    multicelulares, é chamado movimento amebóide.
Como são as organelas?
   Algumas das organelas do citoplasma são membranosas,
    isto é, são revestidas por uma membrana lipoprotéica
    semelhante à membrana plasmática.
   Estamos nos referindo a retículo
    endoplasmático, mitocôndrias, complexo de golgi,
    lisossomos, peroxissomos, glioxissomos, cloroplastos e vacúo
    los.
   As organelas não membranosas são os ribossomos e os
    centríolos.
Retículo endoplasmático
   O citoplasma das células eucariontes contém inúmeras
    bolsas e tubos cujas paredes têm uma organização
    semelhante à da membrana plasmática.
   Essas estruturas membranosas formam uma complexa rede
    de canais interligados, conhecida pelo nome de retículo
    endoplasmático.
   Pode-se distinguir dois tipos de retículo: rugoso (ou
    granular) e liso (ou agranular).
Retículo endoplasmático
rugoso (RER) e liso (REL)
   O retículo endoplasmático rugoso (RER), também
    chamado de ergastoplasma, é formado por sacos
    achatados, cujas membranas têm aspecto verrugoso
    devido à presença de grânulos – os ribossomos –
    aderidos à sua superfície externa (voltada para o
    citosol).
   Já o retículo endoplasmático liso (REL) é formado
    por estruturas membranosas tubulares, sem
    ribossomos aderidos, e, portanto, de superfície lisa.
Os dois tipos de retículo estão interligados e a transição entre eles é gradual.
 Se observarmos o retículo endoplasmático partindo do retículo rugoso em direção ao liso, vemos
as bolsas se tornarem menores e a quantidade de ribossomos aderidos diminuir progressivamente,
                                        até deixar de existir.
Funções do retículo endoplasmático
   O retículo endoplasmático atua como uma rede de
    distribuição de substâncias no interior da célula.
   No líquido existente dentro de suas bolsas e tubos,
    diversos tipos de substâncias se deslocam sem se
    misturar com o citosol.
   Produção de lipídios
    Uma importante função de retículo endoplasmático liso é a produção de lipídios.
    A lecitina e o colesterol, por exemplo, os principais componentes lipídicos de todas as
    membranas celulares são produzidos no REL. Outros tipos de lipídios produzidos no
    retículo liso são os hormônios esteróides, entre os quais estão a testosterona e
    os estrógeno, hormônios sexuais produzidos nas células das gônadas de animais
    vertebrados.
   Desintoxicação
    O retículo endoplasmático liso também participa dos processos de desintoxicação do
    organismo. Nas células do fígado, o REL, absorve substâncias tóxicas, modificando-as
    ou destruindo-as, de modo a não causarem danos ao organismo. É a atuação do
    retículo das células hepáticas que permite eliminar parte do álcool, medicamentos e
    outras substâncias potencialmente nocivas que ingerimos.
   Armazenamento de substâncias
    Dentro das bolsas do retículo liso também pode haver armazenamento de
    substâncias. Os vacúolos das células vegetais, por exemplo, são bolsas membranosas
    derivadas do retículo que crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali
    armazenadas.
   Produção de proteínas
    O retículo endoplasmático rugoso, graças à presença dos ribossomos, é responsável
    por boa parte da produção de proteínas da célula. As proteínas fabricadas nos
    ribossomos do RER penetram nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de
    Golgi, passando pelos estreitos e tortuosos canais co retículo endoplasmático liso.
Vacúolos
   Os vacúolos das células vegetais são
    interpretados com regiões expandidas
    do retículo endoplasmático.
   Em células vegetais jovens observam-se algumas
    dessas regiões, formando pequenos vacúolos
    isolados um do outro.
   Mas, à medida que a célula atinge a fase
    adulta, esses pequenos vacúolos se fundem,
    formando-se um único, grande e central, com
    ramificações que lembram sua origem reticular.
   A expansão do vacúolo leva o restante do
    citoplasma a ficar comprimido e restrito à
    porção periférica da célula. Além disso, a
    função do vacúolo é regular as trocas de água
    que ocorrem na osmose.
Vacúolos
   Em protozoários de água doce existem vacúolos
    pulsáteis (também chamados contráteis), que
    exercem o papel de reguladores osmóticos.
   O ingresso constante de água, do meio para o
    interior da célula, coloca em risco a integridade
    celular.
   A remoção contínua dessa água mantém constante a
    concentração dos líquidos celulares e evita riscos de
    rompimento da célula. É um trabalho que consome
    energia.
Componentes celulares: do glicocálix ao complexo de golgi
Aparelho de Golgi
   A denominação aparelho ou complexo de Golgi é uma homenagem
    ao citologista italiano Camilo Golgi, que, em 1898, descobriu essa
    estrutura citoplasmática.
   Ao verificar que certas regiões com citoplasma celular se coravam
    por sais de ósmio de prata, Golgi imaginou que ali deveria existir
    algum tipo de estrutura, posteriormente confirmada pela
    microscopia eletrônica.
   O aparelho de Golgi está presente em praticamente todas as
    células eucariontes, e consiste de bolsas membranosas achatadas,
    empilhadas como pratos. Cada uma dessas pilhas recebe o nome
    dedictiossomo.
   Nas células animais, os dictiossomos geralmente se encontram
    reunidos em um único local, próximo ao núcleo. Nas células vegetais,
    geralmente há vários dictiossomos espalhados pelo citoplasma.
Componentes celulares: do glicocálix ao complexo de golgi
Funções do aparelho de Golgi
   O aparelho de Golgi atua como centro de armazenamento,
    transformação, empacotamento e remessa de substâncias na
    célula.
   Muitas das substâncias que passam pelo aparelho de Golgi
    serão eliminadas da célula, indo atuar em diferentes partes
    do organismo. É o que ocorre, por exemplo, com as enzimas
    digestivas produzidas e eliminadas pelas células de diversos
    órgãos (estômago, intestino, pâncreas, etc).
   Outras substâncias, tais como o muco que lubrifica as
    superfícies internas do nosso corpo, também são processadas e
    eliminadas pelo aparelho de Golgi.
   Assim, o principal papel dessa estrutura citoplasmática é a
    eliminação de substâncias que atuam fora da célula, processo
    genericamente denominado secreção celular.
Secreção de enzimas digestivas
   As enzimas digestivas do pâncreas, por exemplo, são
    produzidas no RER e levadas até as bolsas do aparelho de
    Golgi, onde são empacotadas em pequenas bolsas, que se
    desprendem dos dictiossomos e se acumulam em um dos pólos
    da célula pancreática.
   Quando chega o sinal de que há alimento para ser digerido,
    as bolsas cheias de enzimas se deslocam até a membrana
    plasmática, fundem-se com ela e eliminam seu conteúdo para
    o meio exterior.
   A produção de enzimas digestivas pelo pâncreas é apenas um
    entre muitos exemplos do papel do aparelho de Golgi nos
    processos de secreção celular. Praticamente todas as células
    do corpo sintetizam e secretam uma grande variedade de
    proteínas que atuam fora delas.
Componentes celulares: do glicocálix ao complexo de golgi
Acrossomo do espermatozóide
   O aparelho de Golgi desempenha um papel
    importante na formação dos espermatozóides.
   Estes contêm bolsas repletas de enzimas digestivas,
    que irão perfurar as membranas do óvulo e
    permitir a fecundação.
   A bolsa de enzimas do espermatozóide maduro,
    originada no aparelho de Golgi, é o
    acrossomo (do grego acros, alto, topo, e somatos,
    corpo), termo que significa “corpo localizado no
    topo do espermatozóide”.
Componentes celulares: do glicocálix ao complexo de golgi
Formação da lamela média em
     vegetais
   Nas células vegetais o
    complexo de Golgi participa
    ativamente da formação da
    lamela média, a primeira
    membrana que separa duas
    células recém-originadas na
    divisão celular.
   Os dictiossomos acumulam o
    polissacarídeo pectina, que é
    eliminado entre as células irmãs
    recém formadas, constituindo a
    primeira separação entre elas
    e, mais tarde, a lâmina que as
    mantém unidas.

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Componentes celulares: do glicocálix ao complexo de golgi

  • 2. Os limites da célula viva  Uma célula viva é um compartimento microscópico, isolado do ambiente por pelo menos uma barreira: a membrana plasmática.  Está é uma película extremamente fina e delicada, que exerce severa “fiscalização” sobre todas as substâncias e partículas que entram e saem da célula.
  • 3. Os limites da célula viva  Dada a relativa fragilidade da membrana plasmática, a maioria das células apresenta algum tipo de envoltório que dá proteção e suporte físico à membrana.  Entre esses envoltórios destacam-se o glicocálix, presente na maioria das células animais, e a parede celulósica, presente em células de plantas e de algumas algas.
  • 4. Glicocálix  Se isolássemos uma célula de nosso corpo, notaríamos que ela esta envolta por uma espécie de malha feita de moléculas de glicídios (carboidratos) frouxamente entrelaçadas.  Esta malha protege a célula como uma vestimenta: trata-se do glicocálix (do grego glykys, doce, açúcar, e do latim calyx, casca envoltório).  Diversas funções têm sido sugeridas para o glicocálix. Acredita-se que, além de ser uma proteção contra agressões físicas e químicas do ambiente externo, ele funcione como uma malha de retenção de nutrientes e enzimas, mantendo um microambiente adequado ao redor de cada célula.  Confere às células a capacidade de se reconhecerem, uma vez que células diferentes têm glicocálix formado por glicídios diferentes e células iguais têm glicocálix formado por glicídios iguais.
  • 6. Parede celulósica  As células vegetais possuem um envoltório externo, espesso e relativamente rígido: a parede celulósica, também chamada membrana esquelética celulósica;  Células vegetais jovens apresentam uma parede celulósica fina e flexível, denominada parede primária.
  • 7. Parede celulósica  A parede primária é elástica, de modo a permitir o crescimento celular. Depois que a célula cresceu e atingiu o tamanho e a forma definitivos, forma-se a parede secundária, mais espessa e rígida.  A celulose que constitui a parede secundária é secretada através da membrana plasmática, e se deposita entre esta e a superfície interna da parede primária, na qual adere fortemente.
  • 8. Constituição da parede celulósica  A parede das células vegetais é constituída por longas e resistentes microfibrilas do polissacarídeo celulose.  As microfibrilas celulósicas se mantém unidas por meio de uma matriz formada por glicoproteínas (proteínas ligadas a açucares), hemicelulose e pectina (polissacarídeos).
  • 9. Constituição da parede celulósica  A estrutura molecular da parede celulósica aplica o mesmo princípio do concreto armado, no qual longas e resistentes varetas de ferro estão mergulhadas em uma argamassa de cimento e pedras.  Na parede celular, as microfibrilas de celulose correspondem às varetas de ferro do concreto, enquanto as glicoproteínas e os polissacarídeos da matriz correspondem à argamassa.
  • 10. Membrana plasmática  Toda a célula, seja procarionte ou eucarionte, apresenta uma membrana que isola do meio exterior: a membrana plasmática.  A membrana plasmática é tão fina (entre 6 a 9 nm) que os mais aperfeiçoados microscópios ópticos não conseguiram torná-la visível.  Foi somente após o desenvolvimento da microscopia eletrônica que a membrana plasmática pode ser observada.  Nas grandes ampliações obtidas pelo microscópio eletrônico, cortes transversais da membrana aparecem como uma linha mais clara entre duas mais escuras, delimitando o contorno de cada célula.
  • 11. Constituição química da membrana plasmática  Estudos com membranas plasmáticas isoladas revelam que seus componentes mais abundantes são fosfolipídios, colesterol e proteínas.  É por isso que se costumam dizer que as membranas plasmáticas têm constituição lipoprotéica.
  • 12. Uma vez identificados os fosfolipídios e as proteínas como os principais componentes moleculares da membrana, os cientistas passaram a investigar como estas substâncias estavam organizadas.
  • 13. O modelo do mosaico fluido  A disposição das moléculas na membrana plasmática foi elucidada recentemente, sendo que os lipídios formam uma camada dupla e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de proteína.  A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência oleosa, e as proteínas mudam de posição continuamente, como se fossem peças de um mosaico.  Esse modelo foi sugerido por dois pesquisadores, Singer e Nicholson, e recebeu o nome de Modelo Mosaico Fluido.
  • 14. O modelo do mosaico fluido  Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da membrana e as proteínas têm diversas funções.  As membranas plasmáticas de um eucariócitos contêm quantidades particularmente grande de colesterol.  As moléculas de colesterol aumentam as propriedades da barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos anéis planos de esteróides diminuem a mobilidade e torna a bicamada lipídica menos fluida.
  • 16. Funções das proteínas nas membranas plasmáticas As proteínas da membrana plasmática exercem grandes variedades de funções: atuam preferencialmente nos mecanismos de transporte, organizando verdadeiros túneis que permitem a passagem de substâncias para dentro e para fora da célula, funcionam como receptores de membrana, encarregadas de receber sinais de substâncias que levam alguma mensagem para a célula, favorecem a adesão de células adjacentes em um tecido, servem como ponto de ancoragem para o citoesqueleto.
  • 17. Funções das proteínas nas membranas plasmáticas Proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana podem aderir umas às outras. Proteínas que facilitam o transporte de substâncias entre células. Proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na membrana como um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas especificamente por outras células. Proteínas receptoras de membrana. Proteínas de transporte: podem desempenhar papel na difusão facilitada, formando um canal por onde passam algumas substâncias, ou no transporte ativo, em que há gasto de energia fornecida pela substância ATP. O ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula derivada de nucleotídeo que armazena a energia liberada nos processos bioenergéticos que ocorrem nas células (respiração aeróbia, por exemplo). Toda vez que é necessária energia para a realização de uma atividade celular (transporte ativo, por exemplo) ela é fornecida por moléculas de ATP. Proteínas de ação enzimática: uma ou mais proteínas podem atuar isoladamente como enzima na membrana ou em conjunto, como se fossem parte de uma “linha de montagem” de uma determinada via metabólica. Proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto.
  • 18. Transporte pela membrana plasmática  A capacidade de uma membrana de ser atravessada por algumas substâncias e não por outras define sua permeabilidade. Em uma solução, encontram-se o solvente (meio líquido dispersante) e o soluto (partícula dissolvida). Classificam-se as membranas, de acordo com a permeabilidade, em 4 tipos:  Permeável: permite a passagem do solvente e do soluto;  Impermeável: não permite a passagem do solvente nem do soluto;  Semipermeável: permite a passagem do solvente, mas não do soluto;  Seletivamente permeável: permite a passagem do solvente e alguns tipos de soluto
  • 19. Transporte pela membrana plasmática  Nessa última classificação se enquadra a membrana plasmática.  A passagem aleatória de partículas sempre ocorre de um local de maior concentração para outro de concentração menor (a favor do gradiente de concentração).  Isso se dá até que a distribuição das partículas seja uniforme. A partir do momento em que o equilíbrio for atingido, as trocas de substâncias entre dois meios tornam- se proporcionais.
  • 20. Transporte pela membrana plasmática A passagem de substâncias através das membranas celulares envolve vários mecanismos, entre os quais podemos citar:  Transporte passivo  Osmose  Difusão simples  Difusão facilitada  Transporte ativo  Bomba de sódio e potássio  Endocitose e exocitose  Fagocitose  Pinocitose
  • 21. Citoplasma  Os primeiros citologistas acreditavam que o interior da célula viva era preenchido por um fluído homogêneo e viscoso, no qual estava mergulhado o núcleo. Esse fluido recebeu o nome de citoplasma (do grego kytos, célula, e plasma, aquilo que dá forma, que modela).  Hoje se sabe que o espaço situado entre a membrana plasmática e o núcleo é bem diferente do que imaginaram aqueles citologistas pioneiros. Além da parte fluida, o citoplasma contém bolsas e canais membranosos e organelas ou orgânulos citoplasmáticos, que desempenham funções específicas no metabolismo da célula eucarionte.
  • 23. Citoplasma  O fluido citoplasmático é constituído principalmente por água, proteínas, sais minerais e açucares.  No citosol ocorre a maioria das reações químicas vitais, entre elas a fabricação das moléculas que irão constituir as estruturas celulares.  É também no citosol que muitas substâncias de reserva das células animais, como as gorduras e o glicogênio, ficam armazenadas.  Na periferia do citoplasma, o citosol é mais viscoso, tendo consistência de gelatina mole.  Essa região é chamada de ectoplasma (do grego, ectos, fora).  Na parte mais central da célula situa-se o endoplasma (do grego, endos, dentro), de consistência mais fluida.
  • 24. Célula Célula animal Animal Célula vegetal
  • 25. Ciclose  O citosol encontra-se em contínuo movimento, impulsionado pela contração rítmica de certos fios de proteínas presentes no citoplasma, em um processo semelhante ao que faz nossos músculos se movimentarem.  Os fluxos de citosol constituem o que os biólogos denominam ciclose. Em algumas células, a ciclose é tão intensa que há verdadeiras correntes circulatórias internas.  Sua velocidade aumenta com elevação da temperatura e diminui em temperaturas baixas, assim como na falta de oxigênio.
  • 26. Movimento amebóide  Alguns tipos de células têm a capacidade de alterar rapidamente a consistência de seu citosol, gerando fluxos internos que permitem à célula mudar de forma e se movimentar.  Esse tipo de movimento celular, presente em muitos protozoários e em alguns tipos de células de animais multicelulares, é chamado movimento amebóide.
  • 27. Como são as organelas?  Algumas das organelas do citoplasma são membranosas, isto é, são revestidas por uma membrana lipoprotéica semelhante à membrana plasmática.  Estamos nos referindo a retículo endoplasmático, mitocôndrias, complexo de golgi, lisossomos, peroxissomos, glioxissomos, cloroplastos e vacúo los.  As organelas não membranosas são os ribossomos e os centríolos.
  • 28. Retículo endoplasmático  O citoplasma das células eucariontes contém inúmeras bolsas e tubos cujas paredes têm uma organização semelhante à da membrana plasmática.  Essas estruturas membranosas formam uma complexa rede de canais interligados, conhecida pelo nome de retículo endoplasmático.  Pode-se distinguir dois tipos de retículo: rugoso (ou granular) e liso (ou agranular).
  • 29. Retículo endoplasmático rugoso (RER) e liso (REL)  O retículo endoplasmático rugoso (RER), também chamado de ergastoplasma, é formado por sacos achatados, cujas membranas têm aspecto verrugoso devido à presença de grânulos – os ribossomos – aderidos à sua superfície externa (voltada para o citosol).  Já o retículo endoplasmático liso (REL) é formado por estruturas membranosas tubulares, sem ribossomos aderidos, e, portanto, de superfície lisa.
  • 30. Os dois tipos de retículo estão interligados e a transição entre eles é gradual. Se observarmos o retículo endoplasmático partindo do retículo rugoso em direção ao liso, vemos as bolsas se tornarem menores e a quantidade de ribossomos aderidos diminuir progressivamente, até deixar de existir.
  • 31. Funções do retículo endoplasmático  O retículo endoplasmático atua como uma rede de distribuição de substâncias no interior da célula.  No líquido existente dentro de suas bolsas e tubos, diversos tipos de substâncias se deslocam sem se misturar com o citosol.
  • 32. Produção de lipídios Uma importante função de retículo endoplasmático liso é a produção de lipídios. A lecitina e o colesterol, por exemplo, os principais componentes lipídicos de todas as membranas celulares são produzidos no REL. Outros tipos de lipídios produzidos no retículo liso são os hormônios esteróides, entre os quais estão a testosterona e os estrógeno, hormônios sexuais produzidos nas células das gônadas de animais vertebrados.  Desintoxicação O retículo endoplasmático liso também participa dos processos de desintoxicação do organismo. Nas células do fígado, o REL, absorve substâncias tóxicas, modificando-as ou destruindo-as, de modo a não causarem danos ao organismo. É a atuação do retículo das células hepáticas que permite eliminar parte do álcool, medicamentos e outras substâncias potencialmente nocivas que ingerimos.  Armazenamento de substâncias Dentro das bolsas do retículo liso também pode haver armazenamento de substâncias. Os vacúolos das células vegetais, por exemplo, são bolsas membranosas derivadas do retículo que crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali armazenadas.  Produção de proteínas O retículo endoplasmático rugoso, graças à presença dos ribossomos, é responsável por boa parte da produção de proteínas da célula. As proteínas fabricadas nos ribossomos do RER penetram nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de Golgi, passando pelos estreitos e tortuosos canais co retículo endoplasmático liso.
  • 33. Vacúolos  Os vacúolos das células vegetais são interpretados com regiões expandidas do retículo endoplasmático.  Em células vegetais jovens observam-se algumas dessas regiões, formando pequenos vacúolos isolados um do outro.  Mas, à medida que a célula atinge a fase adulta, esses pequenos vacúolos se fundem, formando-se um único, grande e central, com ramificações que lembram sua origem reticular.  A expansão do vacúolo leva o restante do citoplasma a ficar comprimido e restrito à porção periférica da célula. Além disso, a função do vacúolo é regular as trocas de água que ocorrem na osmose.
  • 34. Vacúolos  Em protozoários de água doce existem vacúolos pulsáteis (também chamados contráteis), que exercem o papel de reguladores osmóticos.  O ingresso constante de água, do meio para o interior da célula, coloca em risco a integridade celular.  A remoção contínua dessa água mantém constante a concentração dos líquidos celulares e evita riscos de rompimento da célula. É um trabalho que consome energia.
  • 36. Aparelho de Golgi  A denominação aparelho ou complexo de Golgi é uma homenagem ao citologista italiano Camilo Golgi, que, em 1898, descobriu essa estrutura citoplasmática.  Ao verificar que certas regiões com citoplasma celular se coravam por sais de ósmio de prata, Golgi imaginou que ali deveria existir algum tipo de estrutura, posteriormente confirmada pela microscopia eletrônica.  O aparelho de Golgi está presente em praticamente todas as células eucariontes, e consiste de bolsas membranosas achatadas, empilhadas como pratos. Cada uma dessas pilhas recebe o nome dedictiossomo.  Nas células animais, os dictiossomos geralmente se encontram reunidos em um único local, próximo ao núcleo. Nas células vegetais, geralmente há vários dictiossomos espalhados pelo citoplasma.
  • 38. Funções do aparelho de Golgi  O aparelho de Golgi atua como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e remessa de substâncias na célula.  Muitas das substâncias que passam pelo aparelho de Golgi serão eliminadas da célula, indo atuar em diferentes partes do organismo. É o que ocorre, por exemplo, com as enzimas digestivas produzidas e eliminadas pelas células de diversos órgãos (estômago, intestino, pâncreas, etc).  Outras substâncias, tais como o muco que lubrifica as superfícies internas do nosso corpo, também são processadas e eliminadas pelo aparelho de Golgi.  Assim, o principal papel dessa estrutura citoplasmática é a eliminação de substâncias que atuam fora da célula, processo genericamente denominado secreção celular.
  • 39. Secreção de enzimas digestivas  As enzimas digestivas do pâncreas, por exemplo, são produzidas no RER e levadas até as bolsas do aparelho de Golgi, onde são empacotadas em pequenas bolsas, que se desprendem dos dictiossomos e se acumulam em um dos pólos da célula pancreática.  Quando chega o sinal de que há alimento para ser digerido, as bolsas cheias de enzimas se deslocam até a membrana plasmática, fundem-se com ela e eliminam seu conteúdo para o meio exterior.  A produção de enzimas digestivas pelo pâncreas é apenas um entre muitos exemplos do papel do aparelho de Golgi nos processos de secreção celular. Praticamente todas as células do corpo sintetizam e secretam uma grande variedade de proteínas que atuam fora delas.
  • 41. Acrossomo do espermatozóide  O aparelho de Golgi desempenha um papel importante na formação dos espermatozóides.  Estes contêm bolsas repletas de enzimas digestivas, que irão perfurar as membranas do óvulo e permitir a fecundação.  A bolsa de enzimas do espermatozóide maduro, originada no aparelho de Golgi, é o acrossomo (do grego acros, alto, topo, e somatos, corpo), termo que significa “corpo localizado no topo do espermatozóide”.
  • 43. Formação da lamela média em vegetais  Nas células vegetais o complexo de Golgi participa ativamente da formação da lamela média, a primeira membrana que separa duas células recém-originadas na divisão celular.  Os dictiossomos acumulam o polissacarídeo pectina, que é eliminado entre as células irmãs recém formadas, constituindo a primeira separação entre elas e, mais tarde, a lâmina que as mantém unidas.