SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 15
Corujas
O termo coruja é a designação comum às aves estrigiformes, das famílias dos titonídeos e estrigídeos. Tais aves possuem normalmente hábitos crepusculares e noturnos, mas há também algumas com hábitos diurnos. Alimentam-se de pequenos mamíferos (principalmente de roedores), insetos e aranhas. Engolem suas refeições por inteiro, para depois vomitarem pelotas com pêlos e fragmentos de ossos. Acreditava-se que essas aves gostavam de azeite por visitarem as igrejas durante a noite, onde existiam lamparinas de azeite acesas, mas na realidade elas procuravam os insetos atraídos pela luz das lamparinas.
Símbolos e Superstições A superstição popular diz que adivinham a morte com o seu piar e esvoaçar. Ela também é considerada o símbolo da sabedoria. O símbolo da deusa grega do saber, Atena, é a coruja.  É também considerada o símbolo da filosofia para muitos filósofos.
Strigidae Strigidae é uma das duas famílias de aves que inclui diversas espécies de corujas, sendo a  outra a Tytonidae.
Coruja-Buraqueira A coruja-buraqueira, (Athenecunicularia) recebe esse nome, pois vive em buracos cavados no solo, e embora seja capaz de cavar seu próprio buraco, prefere os buracos abandonados de outros animais. Na chegada da primavera, a buraqueira macho escolhe ou escava um buraco, normalmente em regiões de capim baixo, onde prenda com facilidade insetos e pequenos roedores no solo.Vivem no mínimo 9 anos em habitat selvagem e 10 em cativeiro. Costumam viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies, praias e aeroportos.
Características A cabeça é redonda e os olhos estão dispostos lado a lado, num mesmo plano. As sobrancelhas são brancas e os olhos amarelos. Sua coloração é cor de terra, mimética, podendo apresentar plumagem em tons de ferrugem causada por solos de terra roxa. Algumas de suas características, como cor dos olhos, bico e a altura, variam de acordo com a subespécie. Seus pés são longos e cinzentos, apropriados para andar geralmente marchando. A fêmea costuma ser mais escura e menor que o macho. A ave é de pequeno porte, quando adulta chega a medir entre 23 e 27 cm e pesar entre 170 e 214 gramas.
Suas características na caça Sua visão e seus voos suaves são adaptados para caça. Enxergam cem vezes mais que o ser humano e também tem uma ótima audição, conseguindo localizar sua presa com apenas este sentido. Para observar alguma coisa ao seu lado, gira o pescoço em um ângulo de até 270 graus a partir da posição central, aumentando assim o seu campo visual. Ela tem que virar a pescoço, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado num mesmo plano. Essa disposição frontal proporciona à coruja uma visão binocular (enxerga um objeto com ambos os olhos e ao mesmo tempo), isso significa que a coruja pode ver objetos em três dimensões: altura, largura e profundidade. Os olhos da coruja-buraqueira são bem grandes, em algumas subespécies  são até maiores que o próprio cérebro, a fim de melhorar sua eficiência em condições de baixa luminosidade, captando e processando melhor a luz disponível.
Relações O maior inimigo da coruja buraqueira é o homem, visto que, por ser uma ave de rapina, essa espécie quase não tem predadores naturais. Entretanto, o danoso trânsito de carros sobre a vegetação da praia é o principal fator da destruição da coruja buraqueira, juntamente com outras espécies da fauna da praia que compõem a cadeia alimentar. Pois, ao passarem sobre a boca dos ninhos, esses veículos soterram o túnel, matando mãe e filhotes asfixiados debaixo da camada de areia em que se encontram. Os filhotes de corujas podem ser vítimas de outros predadores como o gavião. Os predadores documentados dessa coruja incluem texugos, serpentes e doninhas.
Essas corujas têm o costume de coletar uma larga variedade de materiais para revestir seu ninho. O material mais comum é o estrume, que é colocado dentro da câmara do ninho e em volta da entrada. Acreditava-se que a coruja fazia isso para encobrir o cheiro dos ovos e dos filhotes, a fim de protegê-los de predadores, como os texugos-americanos. No entanto, foi descoberta uma utilização mais nutritiva e criativa. As tocas com estrume contêm dez vezes mais besouro-do-estrume do que as das corujas que não usam estrume. Isso ocorre porque os besouros, cuja própria atividade nidificadora consiste em achar estrume para depositar seus ovos, acabam sendo atraídos pelas buraqueiras. Assim, o estrume proporciona alimento fácil para as fêmeas incubadoras e, é claro, também para os próprios machos, que passam a maior parte do tempo protegendo os buracos dos ninhos e por isso não têm oportunidade de caçar. Esse esterco também serve para ajuda a controlar o micro clima dentro da cova, não o deixando quente demais.
A qualquer sinal de perigo, a coruja buraqueira emitem um som alto, forte e estridente. Esse alarme é dado durante o dia, chamando a atenção para a coruja. Os filhotes, ao escutarem o alerta, entram no ninho, enquanto os adultos voam para pousos expostos e atacam decididamente qualquer fonte de perigo para os filhos. Eles também fazem outros sons que são descritos como pancadas e gritos, que é parecido com "piá, piar, piaaar". Quando as buraqueiras emitem esses sons, normalmente estão movimentando a cabeça, para baixo e para cima. Os filhotes também emitem sons: quando perturbados, produzem um som que lembra o de uma cascavel, espantando assim os predadores.
A dieta é altamente variável, mudando de hábito com a posição e a época do ano e a disponibilidade do habitat; incluem pequenos mamíferos como os ratos, pequenos pássaros, rãs, insetos, répteis de pequeno porte, peixes e escorpiões. Mas as corujas comem principalmente insetos grandes como o gafanhoto. Ao contrário de outras corujas, também comem frutas e sementes. Por alimentar-se de insetos e pequenos roedores como os ratos, é muito útil ao homem, beneficiando-o na agricultura e sendo importante controladora da densidade populacional de roedores. A maioria de sua caça é crepuscular. Caça insetos na luz do dia e mamíferos pequenos na noite. Caça em voo e, às vezes, persegue sua presa a pé. Mas caçará durante todo um período de vinte e quatro horas, especialmente quando tiver filhotes para alimentar. Essas corujas são muito versáteis nas maneiras que capturam a presa, usando estratégias diferentes conforme a presa. A estratégia mais comum é caçar insetos andando, pulando ou com voos curtos a partir do chão. Usa seus pés para capturar insetos grandes no ar, próximo à toca. Para caçar presas maiores, fica empoleirada em cercas ou em grandes cupinzeiros e mergulha sobre a vítima.
Reprodução A estação de reprodução começa em março ou em abril. As corujas-buraqueiras são, normalmente, monógamas, mas ocasionalmente um macho terá duas companheiras. O ninho favorito da buraqueira são aqueles que estão em locais relativamente arenosos, com vegetação baixa. Se as covas estão indisponíveis e a terra não é dura ou rochosa, as corujas escavam o próprio buraco. De 1,5m a 3m de profundidade e 30cm a 90 cm de largura sob a terra, aonde põe de seis a doze ovos brancos. Nessa época, os pais tornam-se agressivos, investindo contra qualquer animal que se aproxima da toca, seja ele um cachorro, gato ou até mesmo um homem.
A fêmea botará um ovo a cada um ou dois dias até que ela complete uma postura que pode consistir em entre seis e doze ovos (normalmente nove). Ela incubará os ovos então durante 28 a 30 dias enquanto o macho traz a comida dela. Enquanto a maioria dos ovos chocará, só dois a seis filhotes normalmente sobrevivem para deixar o ninho. Depois que os ovos chocarem ambos os pais alimentarão os filhotes, que são criados nas tocas. Quatro semanas depois de chocar, os filhotes podem ser vistos empoleirando a entrada da cova, esperando os pais que trarão a comida, aos 44 dias saem do ninho e podem também fazer voos curtos e começar a deixar a cova do ninho. Com 60 dias, estão caçando pequenos insetos que são atraídos ao redor do ninho pelo estrume acumulado. Os pais ainda ajudarão alimentando os filhotes durante um a três meses.
Em algumas áreas é considerada espécie vulnerável à extinção Distribuição Geográfica da Buraqueira

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Animais em vias de extinção do Diogo Pereira
Animais em vias de extinção do Diogo PereiraAnimais em vias de extinção do Diogo Pereira
Animais em vias de extinção do Diogo Pereiraprofgaspar
 
Morcegos maria beatriz5 e
Morcegos maria beatriz5 eMorcegos maria beatriz5 e
Morcegos maria beatriz5 edavidjpereira
 
Especies animais protegidas
Especies animais protegidasEspecies animais protegidas
Especies animais protegidasmariacferreira
 
Serra da Bodoquena
Serra da BodoquenaSerra da Bodoquena
Serra da Bodoquenaunesp
 
Animais em vias de extinção em Portugal
Animais em vias de extinção em PortugalAnimais em vias de extinção em Portugal
Animais em vias de extinção em Portugaltixafixe
 
PNAIC Grandezas e medidas .Girafa e o Mede Palmo .
PNAIC Grandezas e medidas .Girafa e o Mede Palmo .PNAIC Grandezas e medidas .Girafa e o Mede Palmo .
PNAIC Grandezas e medidas .Girafa e o Mede Palmo .Solange Goulart
 
Projeto "A Girafa e o Mede-palmo"
Projeto "A Girafa e o Mede-palmo"Projeto "A Girafa e o Mede-palmo"
Projeto "A Girafa e o Mede-palmo"nissiasauer
 
O Mundo Natural e o Mundo Humanizado
O Mundo Natural e o Mundo Humanizado O Mundo Natural e o Mundo Humanizado
O Mundo Natural e o Mundo Humanizado TICaenrs
 
Os animais em vias de extinção
Os animais em vias de extinçãoOs animais em vias de extinção
Os animais em vias de extinçãosilviaverahortense
 
Animais em vias de extinção
Animais em vias de extinçãoAnimais em vias de extinção
Animais em vias de extinçãoCatarina Calçada
 
Animais Marinhos Em Vias De ExtinçãO
Animais Marinhos Em Vias De ExtinçãOAnimais Marinhos Em Vias De ExtinçãO
Animais Marinhos Em Vias De ExtinçãOlisetemouta
 
Bichosdoparana repteis
Bichosdoparana repteisBichosdoparana repteis
Bichosdoparana repteisAndre Benedito
 

La actualidad más candente (20)

A águia real
A águia realA águia real
A águia real
 
Animais Em Vias De Extinção
Animais Em Vias De Extinção  Animais Em Vias De Extinção
Animais Em Vias De Extinção
 
Morcegos mario5 e
Morcegos mario5 eMorcegos mario5 e
Morcegos mario5 e
 
Animais em vias de extinção do Diogo Pereira
Animais em vias de extinção do Diogo PereiraAnimais em vias de extinção do Diogo Pereira
Animais em vias de extinção do Diogo Pereira
 
Morcegos maria beatriz5 e
Morcegos maria beatriz5 eMorcegos maria beatriz5 e
Morcegos maria beatriz5 e
 
Especies animais protegidas
Especies animais protegidasEspecies animais protegidas
Especies animais protegidas
 
Serra da Bodoquena
Serra da BodoquenaSerra da Bodoquena
Serra da Bodoquena
 
Animais em vias de extinção em Portugal
Animais em vias de extinção em PortugalAnimais em vias de extinção em Portugal
Animais em vias de extinção em Portugal
 
PNAIC Grandezas e medidas .Girafa e o Mede Palmo .
PNAIC Grandezas e medidas .Girafa e o Mede Palmo .PNAIC Grandezas e medidas .Girafa e o Mede Palmo .
PNAIC Grandezas e medidas .Girafa e o Mede Palmo .
 
Projeto "A Girafa e o Mede-palmo"
Projeto "A Girafa e o Mede-palmo"Projeto "A Girafa e o Mede-palmo"
Projeto "A Girafa e o Mede-palmo"
 
Bichosdoparana aves2
Bichosdoparana aves2Bichosdoparana aves2
Bichosdoparana aves2
 
Morcegos nuno 5 e
Morcegos nuno 5 eMorcegos nuno 5 e
Morcegos nuno 5 e
 
O Mundo Natural e o Mundo Humanizado
O Mundo Natural e o Mundo Humanizado O Mundo Natural e o Mundo Humanizado
O Mundo Natural e o Mundo Humanizado
 
Os animais em vias de extinção
Os animais em vias de extinçãoOs animais em vias de extinção
Os animais em vias de extinção
 
Bichosdoparana aves1
Bichosdoparana aves1Bichosdoparana aves1
Bichosdoparana aves1
 
Animais em vias de extinção
Animais em vias de extinçãoAnimais em vias de extinção
Animais em vias de extinção
 
Animais Marinhos Em Vias De ExtinçãO
Animais Marinhos Em Vias De ExtinçãOAnimais Marinhos Em Vias De ExtinçãO
Animais Marinhos Em Vias De ExtinçãO
 
Aves
AvesAves
Aves
 
Regimes alimentares
Regimes alimentaresRegimes alimentares
Regimes alimentares
 
Bichosdoparana repteis
Bichosdoparana repteisBichosdoparana repteis
Bichosdoparana repteis
 

Destacado

A coruja e o fotógrafo. Fábula. PRRSOARES
A coruja e o fotógrafo. Fábula. PRRSOARESA coruja e o fotógrafo. Fábula. PRRSOARES
A coruja e o fotógrafo. Fábula. PRRSOARESSeduc MT
 
Filosofia do direito
Filosofia do direitoFilosofia do direito
Filosofia do direitoJoao Carlos
 
Amor de Tubarao
Amor de TubaraoAmor de Tubarao
Amor de Tubaraosilasco
 
Tubarão branco
Tubarão brancoTubarão branco
Tubarão brancoedi
 
Filosofia do Direito 2014
Filosofia do Direito 2014Filosofia do Direito 2014
Filosofia do Direito 2014Luci Bonini
 

Destacado (7)

A coruja e o fotógrafo. Fábula. PRRSOARES
A coruja e o fotógrafo. Fábula. PRRSOARESA coruja e o fotógrafo. Fábula. PRRSOARES
A coruja e o fotógrafo. Fábula. PRRSOARES
 
Filosofia do direito
Filosofia do direitoFilosofia do direito
Filosofia do direito
 
Amor de Tubarao
Amor de TubaraoAmor de Tubarao
Amor de Tubarao
 
Tubarão branco
Tubarão brancoTubarão branco
Tubarão branco
 
Tubarão Branco
Tubarão BrancoTubarão Branco
Tubarão Branco
 
Tubarão branco /
Tubarão branco / Tubarão branco /
Tubarão branco /
 
Filosofia do Direito 2014
Filosofia do Direito 2014Filosofia do Direito 2014
Filosofia do Direito 2014
 

Similar a Coruja Buraqueira: Características e Hábitos

Similar a Coruja Buraqueira: Características e Hábitos (20)

Mamíferos e aves 1o b
Mamíferos e aves 1o bMamíferos e aves 1o b
Mamíferos e aves 1o b
 
Eduarda trabalho de ciencias
Eduarda trabalho de cienciasEduarda trabalho de ciencias
Eduarda trabalho de ciencias
 
Guepardo 1 A
Guepardo 1 AGuepardo 1 A
Guepardo 1 A
 
Especialidade de Animais Noturnos
Especialidade de Animais NoturnosEspecialidade de Animais Noturnos
Especialidade de Animais Noturnos
 
O Mundo dos Insectos
O Mundo dos InsectosO Mundo dos Insectos
O Mundo dos Insectos
 
Identificação insetos
Identificação insetosIdentificação insetos
Identificação insetos
 
2401 Insetos
2401 Insetos2401 Insetos
2401 Insetos
 
Aracnideos
AracnideosAracnideos
Aracnideos
 
Mamíferos terrestre da floresta tropical
Mamíferos terrestre da floresta tropicalMamíferos terrestre da floresta tropical
Mamíferos terrestre da floresta tropical
 
Especialidade de morcegos
Especialidade de morcegosEspecialidade de morcegos
Especialidade de morcegos
 
Especilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptxEspecilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptx
 
Animais selvagens
Animais selvagensAnimais selvagens
Animais selvagens
 
Cartilha zoo atualizada 2012
Cartilha zoo atualizada 2012Cartilha zoo atualizada 2012
Cartilha zoo atualizada 2012
 
Formigas @bio noturno 3 e
Formigas @bio noturno  3 eFormigas @bio noturno  3 e
Formigas @bio noturno 3 e
 
animais
animaisanimais
animais
 
Répteis
 Répteis Répteis
Répteis
 
mundo animal
mundo animalmundo animal
mundo animal
 
Cadeia alimentar - 6 ano.pptx
Cadeia alimentar - 6 ano.pptxCadeia alimentar - 6 ano.pptx
Cadeia alimentar - 6 ano.pptx
 
Trabalhos da Geociências
Trabalhos da Geociências Trabalhos da Geociências
Trabalhos da Geociências
 
Texto informativo - O avestruz
Texto informativo - O avestruzTexto informativo - O avestruz
Texto informativo - O avestruz
 

Más de SESI 422 - Americana (20)

Origem da vida e Evolução
Origem da vida e EvoluçãoOrigem da vida e Evolução
Origem da vida e Evolução
 
Genética de populações
Genética de populaçõesGenética de populações
Genética de populações
 
Bioquímica básica
Bioquímica básicaBioquímica básica
Bioquímica básica
 
Expressividade e penetrância
Expressividade e penetrânciaExpressividade e penetrância
Expressividade e penetrância
 
Alelos múltiplos
Alelos múltiplosAlelos múltiplos
Alelos múltiplos
 
Casos especiais de herança
Casos especiais de herançaCasos especiais de herança
Casos especiais de herança
 
Exercícios 2
Exercícios 2Exercícios 2
Exercícios 2
 
Probabilidades e heredogramas
Probabilidades e heredogramasProbabilidades e heredogramas
Probabilidades e heredogramas
 
Textos novas espécies
Textos novas espéciesTextos novas espécies
Textos novas espécies
 
Exercícios
ExercíciosExercícios
Exercícios
 
Taxonomia
TaxonomiaTaxonomia
Taxonomia
 
Cromossomos, genes e alelos
Cromossomos, genes e alelosCromossomos, genes e alelos
Cromossomos, genes e alelos
 
Genética mendeliana básica
Genética mendeliana básicaGenética mendeliana básica
Genética mendeliana básica
 
Evidências da evolução
Evidências da evoluçãoEvidências da evolução
Evidências da evolução
 
Projeto terrário
Projeto terrárioProjeto terrário
Projeto terrário
 
Projeto paleontólogos
Projeto paleontólogosProjeto paleontólogos
Projeto paleontólogos
 
Garça branca
Garça brancaGarça branca
Garça branca
 
Reportagem jornalística – coalas
Reportagem jornalística – coalasReportagem jornalística – coalas
Reportagem jornalística – coalas
 
Capivara o maior roedor do mundo
Capivara o maior roedor do mundoCapivara o maior roedor do mundo
Capivara o maior roedor do mundo
 
Lírios
LíriosLírios
Lírios
 

Coruja Buraqueira: Características e Hábitos

  • 2. O termo coruja é a designação comum às aves estrigiformes, das famílias dos titonídeos e estrigídeos. Tais aves possuem normalmente hábitos crepusculares e noturnos, mas há também algumas com hábitos diurnos. Alimentam-se de pequenos mamíferos (principalmente de roedores), insetos e aranhas. Engolem suas refeições por inteiro, para depois vomitarem pelotas com pêlos e fragmentos de ossos. Acreditava-se que essas aves gostavam de azeite por visitarem as igrejas durante a noite, onde existiam lamparinas de azeite acesas, mas na realidade elas procuravam os insetos atraídos pela luz das lamparinas.
  • 3. Símbolos e Superstições A superstição popular diz que adivinham a morte com o seu piar e esvoaçar. Ela também é considerada o símbolo da sabedoria. O símbolo da deusa grega do saber, Atena, é a coruja. É também considerada o símbolo da filosofia para muitos filósofos.
  • 4. Strigidae Strigidae é uma das duas famílias de aves que inclui diversas espécies de corujas, sendo a outra a Tytonidae.
  • 5. Coruja-Buraqueira A coruja-buraqueira, (Athenecunicularia) recebe esse nome, pois vive em buracos cavados no solo, e embora seja capaz de cavar seu próprio buraco, prefere os buracos abandonados de outros animais. Na chegada da primavera, a buraqueira macho escolhe ou escava um buraco, normalmente em regiões de capim baixo, onde prenda com facilidade insetos e pequenos roedores no solo.Vivem no mínimo 9 anos em habitat selvagem e 10 em cativeiro. Costumam viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies, praias e aeroportos.
  • 6. Características A cabeça é redonda e os olhos estão dispostos lado a lado, num mesmo plano. As sobrancelhas são brancas e os olhos amarelos. Sua coloração é cor de terra, mimética, podendo apresentar plumagem em tons de ferrugem causada por solos de terra roxa. Algumas de suas características, como cor dos olhos, bico e a altura, variam de acordo com a subespécie. Seus pés são longos e cinzentos, apropriados para andar geralmente marchando. A fêmea costuma ser mais escura e menor que o macho. A ave é de pequeno porte, quando adulta chega a medir entre 23 e 27 cm e pesar entre 170 e 214 gramas.
  • 7. Suas características na caça Sua visão e seus voos suaves são adaptados para caça. Enxergam cem vezes mais que o ser humano e também tem uma ótima audição, conseguindo localizar sua presa com apenas este sentido. Para observar alguma coisa ao seu lado, gira o pescoço em um ângulo de até 270 graus a partir da posição central, aumentando assim o seu campo visual. Ela tem que virar a pescoço, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado num mesmo plano. Essa disposição frontal proporciona à coruja uma visão binocular (enxerga um objeto com ambos os olhos e ao mesmo tempo), isso significa que a coruja pode ver objetos em três dimensões: altura, largura e profundidade. Os olhos da coruja-buraqueira são bem grandes, em algumas subespécies são até maiores que o próprio cérebro, a fim de melhorar sua eficiência em condições de baixa luminosidade, captando e processando melhor a luz disponível.
  • 8. Relações O maior inimigo da coruja buraqueira é o homem, visto que, por ser uma ave de rapina, essa espécie quase não tem predadores naturais. Entretanto, o danoso trânsito de carros sobre a vegetação da praia é o principal fator da destruição da coruja buraqueira, juntamente com outras espécies da fauna da praia que compõem a cadeia alimentar. Pois, ao passarem sobre a boca dos ninhos, esses veículos soterram o túnel, matando mãe e filhotes asfixiados debaixo da camada de areia em que se encontram. Os filhotes de corujas podem ser vítimas de outros predadores como o gavião. Os predadores documentados dessa coruja incluem texugos, serpentes e doninhas.
  • 9. Essas corujas têm o costume de coletar uma larga variedade de materiais para revestir seu ninho. O material mais comum é o estrume, que é colocado dentro da câmara do ninho e em volta da entrada. Acreditava-se que a coruja fazia isso para encobrir o cheiro dos ovos e dos filhotes, a fim de protegê-los de predadores, como os texugos-americanos. No entanto, foi descoberta uma utilização mais nutritiva e criativa. As tocas com estrume contêm dez vezes mais besouro-do-estrume do que as das corujas que não usam estrume. Isso ocorre porque os besouros, cuja própria atividade nidificadora consiste em achar estrume para depositar seus ovos, acabam sendo atraídos pelas buraqueiras. Assim, o estrume proporciona alimento fácil para as fêmeas incubadoras e, é claro, também para os próprios machos, que passam a maior parte do tempo protegendo os buracos dos ninhos e por isso não têm oportunidade de caçar. Esse esterco também serve para ajuda a controlar o micro clima dentro da cova, não o deixando quente demais.
  • 10. A qualquer sinal de perigo, a coruja buraqueira emitem um som alto, forte e estridente. Esse alarme é dado durante o dia, chamando a atenção para a coruja. Os filhotes, ao escutarem o alerta, entram no ninho, enquanto os adultos voam para pousos expostos e atacam decididamente qualquer fonte de perigo para os filhos. Eles também fazem outros sons que são descritos como pancadas e gritos, que é parecido com "piá, piar, piaaar". Quando as buraqueiras emitem esses sons, normalmente estão movimentando a cabeça, para baixo e para cima. Os filhotes também emitem sons: quando perturbados, produzem um som que lembra o de uma cascavel, espantando assim os predadores.
  • 11. A dieta é altamente variável, mudando de hábito com a posição e a época do ano e a disponibilidade do habitat; incluem pequenos mamíferos como os ratos, pequenos pássaros, rãs, insetos, répteis de pequeno porte, peixes e escorpiões. Mas as corujas comem principalmente insetos grandes como o gafanhoto. Ao contrário de outras corujas, também comem frutas e sementes. Por alimentar-se de insetos e pequenos roedores como os ratos, é muito útil ao homem, beneficiando-o na agricultura e sendo importante controladora da densidade populacional de roedores. A maioria de sua caça é crepuscular. Caça insetos na luz do dia e mamíferos pequenos na noite. Caça em voo e, às vezes, persegue sua presa a pé. Mas caçará durante todo um período de vinte e quatro horas, especialmente quando tiver filhotes para alimentar. Essas corujas são muito versáteis nas maneiras que capturam a presa, usando estratégias diferentes conforme a presa. A estratégia mais comum é caçar insetos andando, pulando ou com voos curtos a partir do chão. Usa seus pés para capturar insetos grandes no ar, próximo à toca. Para caçar presas maiores, fica empoleirada em cercas ou em grandes cupinzeiros e mergulha sobre a vítima.
  • 12. Reprodução A estação de reprodução começa em março ou em abril. As corujas-buraqueiras são, normalmente, monógamas, mas ocasionalmente um macho terá duas companheiras. O ninho favorito da buraqueira são aqueles que estão em locais relativamente arenosos, com vegetação baixa. Se as covas estão indisponíveis e a terra não é dura ou rochosa, as corujas escavam o próprio buraco. De 1,5m a 3m de profundidade e 30cm a 90 cm de largura sob a terra, aonde põe de seis a doze ovos brancos. Nessa época, os pais tornam-se agressivos, investindo contra qualquer animal que se aproxima da toca, seja ele um cachorro, gato ou até mesmo um homem.
  • 13. A fêmea botará um ovo a cada um ou dois dias até que ela complete uma postura que pode consistir em entre seis e doze ovos (normalmente nove). Ela incubará os ovos então durante 28 a 30 dias enquanto o macho traz a comida dela. Enquanto a maioria dos ovos chocará, só dois a seis filhotes normalmente sobrevivem para deixar o ninho. Depois que os ovos chocarem ambos os pais alimentarão os filhotes, que são criados nas tocas. Quatro semanas depois de chocar, os filhotes podem ser vistos empoleirando a entrada da cova, esperando os pais que trarão a comida, aos 44 dias saem do ninho e podem também fazer voos curtos e começar a deixar a cova do ninho. Com 60 dias, estão caçando pequenos insetos que são atraídos ao redor do ninho pelo estrume acumulado. Os pais ainda ajudarão alimentando os filhotes durante um a três meses.
  • 14.
  • 15. Em algumas áreas é considerada espécie vulnerável à extinção Distribuição Geográfica da Buraqueira