SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 36
Descargar para leer sin conexión
Título
Hábitos de Vida dos Animais
Diversos animais possuem o hábito de se alimentar e viver
durante a noite e, por isso, possuem alguns mecanismos
que os permitem enxergar no escuro e se locomover.
O exemplo mais famoso de animais noturnos talvez sejam
os morcegos. Figurinhas fáceis em qualquer história de
terror com episódios noturnos, os morcegos passam o dia
todo abrigados em locais escuros como o fundo de
cavernas e grutas e saem somente à noite para se
alimentar. Mas o que fez com que em um mesmo lugar
alguns animais prefiram a noite e outros o dia?
Hábitos de Vida dos Animais
Embora o ambiente possa ser o mesmo, as mesmas con-
dições ambientais podem ocasionar reações diferentes
nos indivíduos levando-os a evoluir de maneira diferen-
ciada.
Alguns animais, como as rãs e os sapos, por exemplo,
possuem uma pele bastante sensível a altas temperaturas
(como a que seria ocasionada pela exposição prolongada
ao sol) e, por isso, tiveram seus hábitos melhor adaptados
ao período noturno, quando as condições de temperatura
e umidade são mais favoráveis.
Hábitos de Vida dos Animais
Outro fator que pode ter influenciado é a necessidade de
fugir de predadores.
Os ancestrais dos pequenos mamíferos, por exemplo, como
os gambás, tinham de se esconder dos grandes predadores
durante o dia e, então, aproveitavam a escuridão da noite
para caçar a viver.


É claro, que os fatores que levaram determinadas espécies
a desenvolver hábitos noturnos envolvem uma gama de
relações bem mais complexas. Mas o fato é que estes
animais acabaram desenvolvendo características
específicas que os tornaram aptos a viver durante a noite.
Hábitos de Vida dos Animais
Outra adaptação dos animais noturnos
está na visão. A maioria deles possui
apenas os bastonetes, fotorreceptores
(células da visão) bastante sensíveis a
luz, mas que não os permite distinguir
cores, o que não significa que eles
enxerguem mal.
A coruja-das-torres (Tyto alba), por
exemplo, possui uma visão capaz de
distinguir um alvo a mais de 10 metros
de distância e consegue enxergar com
apenas 10% da luz de que o olho
humano precisa.
Hábitos de Vida dos Animais
Os animais noturnos precisaram desenvolver
outras características que não apenas a visão
para poder sobreviver em meio à escuridão.
Os morcegos desenvolveram a ecolocalização
e as mariposas, suas presas, desenvolveram
uma audição aguçadíssima para captar o
barulho dos morcegos (que pode chegar a 160
decibéis, mas que não pode ser percebido
pela audição humana) e conseguir fugir deles.
Já as cobras não venenosas desenvolveram
um recurso capaz de perceber o calor de suas
presas com tamanha precisão que elas
conseguem saber até o tamanho da vítima e,
se esta for grande demais, fugir para se pro-
teger.
Hábitos de Vida dos Animais
Migração
   É o movimento, em larga escala, de uma espécie animal de um lugar para
   outro. As migrações geralmente estão associadas a mudanças sazonais de
   clima e padrões de alimentação, ou padrões de          acasalamento e
   procriação. Algumas migrações não seguem esses padrões. Migrações ir-
   ruptivas não seguem qualquer padrão e espécies nômades se movem de
   um lugar para outro sempre que se exaure seu suprimento de comida em
   uma determinada área
   Quando todos os membros de uma espécie migram, o processo é conhecido como
   migração completa. Se alguns membros de uma espécie ficam no mesmo lugar o ano
   todo enquanto outros migram, existe uma migração parcial. Isso normalmente ocorre
   quando o alcance de uma espécie é grande o bastante para que alguns espécimes
   vivam em um lugar sempre quente, enquanto outros vivam em uma região temperada
   que fica fria demais para eles no inverno. As corujas são um exemplo de animal que
   realiza migrações parciais
Hábitos de Vida dos Animais
Hábitos de Vida dos Animais
Migração
   Os animais que vivem em áreas montanhosas podem empregar migrações
   de altitude. Em vez de percorrerem longas distâncias, eles se transferem
   para altitudes mais baixas quando a neve atinge os topos das montanhas.
   Algumas corujas pintadas o fazem, enquanto outros animais da mesma
   espécie, que não vivem em montanhas, seguem padrões diferenciados de
   migração
   Uma mudança drástica no meio ambiente ou no clima pode resultar em uma
   migração de remoção. Caso o habitat de uma espécie se torne
   permanentemente inadequado para ela, como acontece quando o
   desenvolvimento humano drena um pântano ou abate completamente uma
   floresta, a espécie tentará se transferir para uma área diferente e não
   retornará ao seu lar original.
Hábitos de Vida dos Animais
Hábitos de Vida dos Animais
Migração
   Os caribus, uma espécie de animais de grande porte semelhantes aos
   cervos das latitudes setentrionais, detêm o recorde mundial em termos de
   distância de migração. A cada ano, três milhões de caribus realizam
   jornadas sazonais pela tundra do Ártico. Eles estão literalmente à procura
   de pastos mais propícios, sempre em movimento para localizar comida
   fresca. A distância percorrida varia de manada para manada: quanto maior
   a manada, mais longo o trajeto. Algumas percorrem mais de 3,2 mil
   quilômetros por ano
   Ainda que não existam mamíferos carnívoros que migrem regularmente,
   algumas alcatéias podem acompanhar uma manada de caribus por
   alguma distância, caso a comida se torne escassa em seu território de
   origem
Hábitos de Vida dos Animais
Migração
Hábitos de Vida dos Animais
Por que migrar?

    A motivação central de todas essas diferentes formas de migração é o instinto de
    sobrevivência. A maioria das migrações permite que uma espécie prospere ao deixar
    uma área em que não existe alimento        suficiente para sustentar sua população.
    Elas também impedem o         esgotamento das fontes de alimentos em uma área, em
    longo prazo. Esses movimentos periódicos significam que cada espécime individual tem
    mais chance de encontrar comida suficiente em determinado local.
    Embora as migrações em busca de alimento possam acontecer de maneira muito
    regular, existem diversas variáveis que podem afetar a disponibilidade de alimentos,
    entre as quais o clima e o nível de população de outras espécies que compartilhem do
    mesmo território. Por esse motivo, algumas espécies usam padrões irregulares de
    migração que variam constantemente, adaptando-se a novas condições.
    Os gnus percorrem as planícies africanas em busca de água. Quando suas fontes
    regulares de água se esgotam, eles se encaminham para as savanas em busca de
    grama e de mais água. As migrações nas temporadas de seca podem ser alteradas pelo
    som de trovões e pelas nuvens de chuvas que os animais avistam
Hábitos de Vida dos Animais
Hábitos de Vida dos Animais
Por que migrar?

    Os padrões de migração também beneficiam o acasalamento e a procriação, permitindo
    o nascimento de jovens animais em regiões com fontes mais ricas de alimentos, ou mais
    distantes de predadores perigosos.
    Os salmões chinook e outras espécies correlatas nascem em rios no noroeste dos EUA
    e depois se dirigem ao mar quando se tornam adultos. Mais tarde em suas vidas, voltam
    a subir os rios para acasalar, e depositam suas ovas no exato lugar em que nasceram.
    Os salmões jovens seriam vulneráveis demais aos predadores oceânicos e retornar ao
    seu ponto de origem garante que as ovas sejam depositadas em um local favorável à
    procriação. Quando os rios em que eles procriam são represados, os salmões en-
    frentam sérios problemas e, como resultado, as populações dessa espécie se reduziram
    drasticamente
Hábitos de Vida dos Animais
Por que migrar?

    Algumas migrações são propelidas tanto pela necessidade de alimentos quanto pela de
    reprodução. As baleias do gênero balaenoptera, que incluem as baleias cinzentas,
    azuis, minke e corcundas, viajam rumo ao norte no verão (ou ao sul, caso vivam no
    hemisfério sul). Nas águas frias do pólo, encontram vastas quantidades de seu alimento
    predileto, o krill - uma minúscula criatura semelhante aos camarões. Mas as baleias
    jovens não têm uma camada de gordura suficiente para protegê-las do frio, de modo que
    elas retornam a águas tropicais a cada verão a fim de procriar. As rotas de migração
    variam de espécie para espécie, mas muitas têm extensão de milhares de quilômetros. A
    migração das baleias cinzentas as leva a distâncias de até nove mil quilômetros do
    ponto inicial
Hábitos de Vida dos Animais
Por que migrar?
Hábitos de Vida dos Animais
Fotoperíodo

    Os animais evidentemente não têm calendários em suas paredes. O que informa a um
    animal que é hora de migrar?
    Alguns dependem do fotoperíodo - o volume de luz solar em cada determinado dia. À
    medida que os dias se tornam mais curtos, os instintos informam aos animais de que o
    inverno está chegando e que, por isso, é hora de viajar para o sul. Experiências
    demonstraram que animais expostos a fotoperíodos artificiais constantes agirão como se
    os fotoperíodos que experimentam fossem naturais
Hábitos de Vida dos Animais
Fotoperíodo

    E para os animais que não são capazes de ver o sol, como é o caso dos que hibernam
    em cavernas? Alguns animais reagem à temperatura. Também podem responder a
    indicações internas, por exemplo o volume de reservas de gordura disponível em seus
    corpos. Alguns padrões de migração seguem um rigoroso equilíbrio - quando as
    reservas de gordura se reduzem devido a uma queda no suprimento de comida, é hora
    de procurar moradias de inverno mais generosas. Mas os animais precisam reter certa
    quantidade de gordura para dispor de energia para a jornada. A evolução organizou
    esses processos de maneira que, salvo interferência externa, os instintos requeridos
    funcionem perfeitamente.
    Na ausência de estímulos externos, muitos animais, ainda assim, sabem quando migrar
    e quando voltar para casa. Os ritmos circadianos e os ritmos anuais são calendários in-
    ternos que fazem parte do sistema nervoso dos animais. Não compreendemos plena-
    mente esses ritmos, mas eles estão vinculados a padrões de atividade cerebral que se
    alteram dependendo da hora do dia, dos fotoperíodos e das estações. Os humanos
    também os têm, embora não os utilizem para migração.
Hábitos de Vida dos Animais
O Sistema de navegação dos animais

    Encontrar o caminho para os paradeiros de inverno localizados a milhares de
    quilômetros é fácil para os animais - eles simplesmente inserem as coordenadas em
    seus sistemas GPS e acompanham as instruções, curva a curva. Sem problemas.
    Na verdade, os métodos que os animais empregam para encontrar suas rotas de
    migração são ainda mais interessantes do que um sistema GPS. Alguns de seus
    métodos de navegação são tão estranhos que nem mesmo conseguimos compreendê-
    los.
    O sol - esse parece bem simples. Pode-se determinar em linhas gerais em que direção
    estamos avançando tomando por base a posição do sol. Mas, se consideramos
    questões como o horário da observação, a época do ano e a possível presença de
    nuvens, guiar-se pelo sol é um problema complexo. No entanto, formigas e estorninhos
    se guiam pelo sol. Algumas aves podem até mesmo se guiar pelo sol à noite - teorias
    sugerem que eles fazem uma "leitura" da posição em que o sol se põe e a utilizam para
    determinar seu curso. Outros acreditam que a polarização da luz solar faz parte do
    processo
Hábitos de Vida dos Animais
O Sistema de navegação dos animais
Hábitos de Vida dos Animais
O Sistema de navegação dos animais

    Marcos visuais - trata-se de outro sistema bastante primitivo de navegação. Voe na
    direção daquelas montanhas, dobre um pouco à esquerda quando avistar o oceano e
    faça um ninho na primeira árvore adequada que avistar. As baleias que percorrem o
    Pacífico perto da costa oeste da América do Norte utilizam esse método - o marco de
    navegação que utilizam é difícil de perder, porque o continente todo serve para esse fim.
    Elas mantêm o continente à sua esquerda quando nadam para o sul e à sua direita a
    caminho do norte.
    Lua e estrelas - experiências em planetários demonstraram que muitos pássaros
    dependem de pistas estelares para descobrir a direção de sua migração. Pode-se até
    dizer que estrela eles usam para a orientação
    Faro - quando um animal chega à sua área geral de destino, ele pode localizar pontos
    específicos pelo faro. O faro não conduzirá um animal de Saskatchewan ao México, mas
    provavelmente ajuda os salmões a encontrar bons pontos de desova, por exemplo. E o
    cheiro da chuva pode determinar o destino das migrações dos gnus.
Hábitos de Vida dos Animais
Hábitos de Vida dos Animais
O Sistema de navegação dos animais

    Clima - as condições do vento são, muitas, vezes usadas como recurso auxiliar de
    navegação pelas aves. Quando desprovidas de outras pistas, como o sol ou as estrelas,
    as aves optam por voar na direção do vento, em um teste. Nos casos em que podiam
    avistar o sol e as estrelas, elas voavam na direção correta independentemente do vento
    dominante.
    Campo magnético - a Terra dispõe de um campo magnético que geralmente não pode
    ser detectado por seres humanos desprovidos de uma bússola. No entanto, algumas
    espécies de animais têm capacidade de detectar esse campo e podem utilizá-lo em
    suas migrações. Os morcegos e as tartarugas marinhas utilizam informações
    magnéticas para encontrar seu caminho. Algumas espécies de bactérias podem até
    depender apenas do campo magnético como orientação
    Não estamos 100% certos sobre como os animais detectam o campo magnético, mas
    pequenas partículas de um mineral magnético chamado magnetita foram localizadas no
    cérebro de certas espécies. Essas partículas podem reagir ao campo magnético e ativar
    nervos de maneira a enviar informações direcionais ao cérebro do animal.
Hábitos de Vida dos Animais
Hábitos de Vida dos Animais
O Sistema de navegação dos animais

    Tartaruga marinha
         Bebês de tartarugas marinhas são capazes de encontrar seu caminho em uma rota
         de migração de quase 13 mil quilômetros na primeira vez que a percorrem. Os
         cientistas desviaram algumas tartarugas do curso, mas elas conseguiram voltar ao
         caminho certo sem grandes dificuldades. Suspeitando de que houvesse algum tipo
         de orientação magnética em uso, a experiência seguinte sujeitou os animais a
         diversos campos magnéticos que diferiam do campo natural da Terra. As tartarugas
         participantes perderam o rumo. A exposição a um imã que simulava o campo
         magnético da Terra as recolocou na rota - prova de que as tartarugas são capazes
         de detectar o campo magnético da Terra e usá-lo para navegação
Hábitos de Vida dos Animais
Hibernação

    Todo animal vivo na Terra queima energia o tempo inteiro. Atividades físicas como
    caminhar e respirar queimam energia. Bombear sangue e digerir alimentos queimam
    energia. Até mesmo pensar, queima energia. Como animais de sangue quente, uma
    grande quantidade de energia é queimada apenas mantendo nossa temperatura
    corporal. Mesmo quando estamos dormindo, queimamos energia.
    Essa é a verdadeira razão pela qual os animais comem - para ganhar energia suficiente
    a fim de fornecer combustível para todos esses processos. O sistema funciona bem
    quando há abundância de frutas nas árvores ou animais para capturar e comer [ou piz-
    zas (em inglês) no freezer]. Mas, o que acontece quando chega o inverno e se torna
    muito difícil encontrar comida? Como os animais sobrevivem com poucas fontes de en-
    ergia disponíveis?
    No mundo animal, há muitas estratégias de sobrevivência no inverno e uma das mais
    fascinantes é a hibernação. Alguns animais entram em um estado letárgico em que a
    freqüência respiratória e os batimentos do coração diminuem e permitem que a temper-
    atura corporal caia, em alguns casos até abaixo do congelamento. Os animais que hi-
    bernam param de comer e, em muitos casos, param de evacuar. Tudo isso acontece
    para que o animal possa usar menos energia.
Hábitos de Vida dos Animais
Hibernação

    Os biólogos têm diferentes definições para o termo hibernação. Uma das definições diz
    que a hibernação é um estado de longa duração em que a temperatura do corpo é
    significativamente reduzida, o metabolismo diminui drasticamente e o animal entra em
    uma condição parecida com o coma, da qual leva algum tempo para se recuperar. Por
    essa definição os ursos não hibernam porque a temperatura de seu corpo cai apenas
    ligeiramente e eles acordam com relativa facilidade. Contudo, nem todos aceitam essa
    definição. Usaremos o termo hibernação para descrever qualquer redução a longo prazo
    na temperatura do corpo (hipotermia) e no metabolismo durante os meses de inverno.
    Quando um animal entra em estado semelhante à hibernação durante o verão, isso é
    conhecido como estivação. Ela é muito menos comum do que a hibernação. A
    hibernação em répteis às vezes é chamada de brumação. Ela difere da hibernação dos
    mamíferos porque os répteis têm sangue frio - eles não podem controlar sua própria
    temperatura corporal, então precisam passar o inverno em um lugar que permaneça
    suficientemente quente.
    Torpor é outra palavra que provoca certa confusão. Às vezes ela é usada como um
    termo genérico para descrever os vários tipos de funções redutoras de temperatura - e
    do metabolismo. Essa palavra é mais usada para descrever períodos de curto prazo de
    temperatura reduzida que ocorrem diariamente e apenas por algumas horas de cada
    vez. Também usaremos esse termo neste artigo.
Hibernação
Estivação
Torpor
Hábitos de Vida dos Animais
Hibernação

    Podemos então dizer que hibernação é uma soneca longa? Não. Esses animais não
    estão somente dormindo, mas também sendo submetidos a mudanças fisiológicas que
    podem ser muito drásticas. O elemento mais significativo da hibernação é uma queda da
    temperatura corporal, às vezes de até 17,2°C. Veremos os detalhes em breve, mas por
    enquanto é suficiente dizer que os sinais vitais de um animal hibernando são muito
    diferentes dos sinais vitais de um animal desperto.
    Dormir, em comparação, é uma mudança principalmente mental. Há aspectos
    fisiológicos do sono que são similares aos da hibernação, como freqüência de
    batimentos do coração e respiração reduzidas e temperatura do corpo diminuída, mas
    essas mudanças são muito leves comparadas à hibernação. O sono também é
    consideravelmente fácil de ser interrompido - se você for acordado, mesmo de seu sono
    mais profundo, pode ficar totalmente desperto dentro de alguns minutos. O sono é
    caracterizado por alterações na atividade do cérebro. Na verdade, as ondas cerebrais
    de animais em hibernação se assemelham muito aos padrões das ondas cerebrais que
    emitem quando estão despertos, ainda que sejam um pouco suprimidas. Quando um
    animal desperta da hibernação, exibe muitos sinais de privação do sono e precisa dormir
    bastante nos próximos dias para se recuperar.
Hábitos de Vida dos Animais
A hora certa de hibernar e despertar

     Diferentes espécies de animais hibernam em épocas diferentes e cada espécie tem uma
     forma diferente de saber quando é a hora certa. A hibernação é regulada mais direta-
     mente pela temperatura. Quando esfria, os animais se preparam para hibernar e quando
     esquenta, eles despertam. Conseqüentemente, os períodos de hibernação podem variar
     dependendo do clima. Um verão indiano e um descongelamento antecipado resultam
     em uma hibernação muito curta.
     Algumas espécies mantêm uma observação cuidadosa em seus suprimentos de comida.
     Quando eles mínguam, o animal sabe que é hora de apanhar tudo o que sobrou e se
     recolher para o inverno. O fotoperíodo (a duração do dia) provoca a hibernação para
     outros.
     Mesmo que um animal não tenha idéia de qual é a temperatura externa, de quão cedo o
     sol se põe ou qual é a situação atual dos suprimentos de comida, muitos ainda entrarão
     em estado de hibernação na mesma época a cada ano. Experiências sob essas con-
     dições comprovaram que algumas espécies entram automaticamente em hibernação na
     época apropriada, guiadas por um "calendário" biológico interno. Esses ritmos circanuais
     não são totalmente compreendidos, mas todos os animais são afetados por eles,
     mesmo os humanos. Animais que entram em torpor diário, por outro lado, dependem
     dos ritmos circadianos, a versão diária.
Hábitos de Vida dos Animais
A hora certa de hibernar e despertar

     É preciso preparação para hibernar com sucesso. Alguns animais preparam uma toca
     (também conhecida como hibernáculo) e a revestem com material isolante, como folhas
     ou barro. Esquilos e lêmures terrícolas fazem isso. Ursos polares cavam túneis na neve.
     Outros ursos podem passar o inverno em uma cavidade junto a uma árvore ou em uma
     caverna rasa, deixando-os parcialmente expostos ao tempo. Os morcegos são famosos
     por passar o inverno em cavernas ou sótãos.
     A seguir vem a armazenagem de comida. O alimento pode ser mantido na toca se for
     não perecível, mas isso exige que o animal acorde brevemente durante o inverno para
     comer. Outra opção é comer uma grande quantidade de comida a partir do fim do verão,
     formando uma reserva interna de gordura. Alguns animais até fazem os dois. Se não
     puder ser encontrado alimento suficiente para preparar a hibernação, ela pode ser at-
     rasada.
Hábitos de Vida dos Animais

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Atividades de Língua Portuguesa- Descritores
Atividades de Língua Portuguesa- DescritoresAtividades de Língua Portuguesa- Descritores
Atividades de Língua Portuguesa- Descritores
Marina Alessandra
 
Regimes Alimentares
Regimes AlimentaresRegimes Alimentares
Regimes Alimentares
Tânia Reis
 
Reconto escrito da obra joão e o pé de feijão
Reconto escrito da obra    joão e o pé de feijãoReconto escrito da obra    joão e o pé de feijão
Reconto escrito da obra joão e o pé de feijão
Hugo Ferreira
 
Projeto Café Literário, Sala de Leitura E.E. Professor Messias Freire
Projeto Café Literário, Sala de Leitura  E.E. Professor Messias FreireProjeto Café Literário, Sala de Leitura  E.E. Professor Messias Freire
Projeto Café Literário, Sala de Leitura E.E. Professor Messias Freire
Cirlei Santos
 

La actualidad más candente (20)

Gabarito+20+questões (1)
Gabarito+20+questões (1)Gabarito+20+questões (1)
Gabarito+20+questões (1)
 
Atividades de Língua Portuguesa- Descritores
Atividades de Língua Portuguesa- DescritoresAtividades de Língua Portuguesa- Descritores
Atividades de Língua Portuguesa- Descritores
 
Os três cabritinhos
Os três cabritinhosOs três cabritinhos
Os três cabritinhos
 
Leitura colaborativa
Leitura colaborativaLeitura colaborativa
Leitura colaborativa
 
CARTILHA TUTORIA.pdf
CARTILHA TUTORIA.pdfCARTILHA TUTORIA.pdf
CARTILHA TUTORIA.pdf
 
Sitio do pica pau amarelo
Sitio do pica pau amareloSitio do pica pau amarelo
Sitio do pica pau amarelo
 
Estrutura e partes das plantas
Estrutura e partes das plantasEstrutura e partes das plantas
Estrutura e partes das plantas
 
Regimes Alimentares
Regimes AlimentaresRegimes Alimentares
Regimes Alimentares
 
Aprendi no jardim de infância
Aprendi no jardim de infânciaAprendi no jardim de infância
Aprendi no jardim de infância
 
projeto alimentaçãoProjeto alimentação
projeto alimentaçãoProjeto  alimentaçãoprojeto alimentaçãoProjeto  alimentação
projeto alimentaçãoProjeto alimentação
 
Modelo de plano de desenvolvimento individual 1
Modelo  de plano de desenvolvimento individual 1Modelo  de plano de desenvolvimento individual 1
Modelo de plano de desenvolvimento individual 1
 
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 Plano de aula quilombolas- francisca roseane Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 
Fábulas - Alunos do 5º ano GECPS
Fábulas - Alunos do 5º ano GECPSFábulas - Alunos do 5º ano GECPS
Fábulas - Alunos do 5º ano GECPS
 
Reconto escrito da obra joão e o pé de feijão
Reconto escrito da obra    joão e o pé de feijãoReconto escrito da obra    joão e o pé de feijão
Reconto escrito da obra joão e o pé de feijão
 
5 serie aula 01 - gabarito(2)17112011105513
5 serie   aula 01 - gabarito(2)171120111055135 serie   aula 01 - gabarito(2)17112011105513
5 serie aula 01 - gabarito(2)17112011105513
 
Reunião de pais
Reunião de paisReunião de pais
Reunião de pais
 
Textos reflexivos trabalho em equipe
Textos reflexivos   trabalho em equipeTextos reflexivos   trabalho em equipe
Textos reflexivos trabalho em equipe
 
Regras de sala de aula
Regras de sala de aulaRegras de sala de aula
Regras de sala de aula
 
Projeto Café Literário, Sala de Leitura E.E. Professor Messias Freire
Projeto Café Literário, Sala de Leitura  E.E. Professor Messias FreireProjeto Café Literário, Sala de Leitura  E.E. Professor Messias Freire
Projeto Café Literário, Sala de Leitura E.E. Professor Messias Freire
 
JOGOS MATEMÁTICOS 3º 4º 5º ANO PAIC + VOLUME I(PROFESSOR)
JOGOS MATEMÁTICOS 3º 4º 5º ANO PAIC + VOLUME I(PROFESSOR)JOGOS MATEMÁTICOS 3º 4º 5º ANO PAIC + VOLUME I(PROFESSOR)
JOGOS MATEMÁTICOS 3º 4º 5º ANO PAIC + VOLUME I(PROFESSOR)
 

Destacado

Animais bonitos criados por Deus
Animais bonitos criados por DeusAnimais bonitos criados por Deus
Animais bonitos criados por Deus
Adriana Reis
 
InfluêNcia Do Meio Nos Animais
InfluêNcia Do Meio Nos AnimaisInfluêNcia Do Meio Nos Animais
InfluêNcia Do Meio Nos Animais
Tânia Reis
 
Animais OvíParos E VivíParos E Bi
Animais OvíParos E VivíParos E BiAnimais OvíParos E VivíParos E Bi
Animais OvíParos E VivíParos E Bi
guest95dd02
 
Influência dos fatores do meio no comportamento dos animais
Influência dos fatores do meio no comportamento dos animaisInfluência dos fatores do meio no comportamento dos animais
Influência dos fatores do meio no comportamento dos animais
MariaJoão Agualuza
 

Destacado (12)

Cooltiva-te :: A Sabedoria da Tartaruga
Cooltiva-te :: A Sabedoria da TartarugaCooltiva-te :: A Sabedoria da Tartaruga
Cooltiva-te :: A Sabedoria da Tartaruga
 
Autodescobrimento / Uma busca interior
Autodescobrimento / Uma busca interiorAutodescobrimento / Uma busca interior
Autodescobrimento / Uma busca interior
 
Animais bonitos criados por Deus
Animais bonitos criados por DeusAnimais bonitos criados por Deus
Animais bonitos criados por Deus
 
Especialidade de Animais Noturnos
Especialidade de Animais NoturnosEspecialidade de Animais Noturnos
Especialidade de Animais Noturnos
 
InfluêNcia Do Meio Nos Animais
InfluêNcia Do Meio Nos AnimaisInfluêNcia Do Meio Nos Animais
InfluêNcia Do Meio Nos Animais
 
Assustador
AssustadorAssustador
Assustador
 
Aranha marrom
Aranha marromAranha marrom
Aranha marrom
 
Animais OvíParos E VivíParos E Bi
Animais OvíParos E VivíParos E BiAnimais OvíParos E VivíParos E Bi
Animais OvíParos E VivíParos E Bi
 
Influência dos fatores do meio no comportamento dos animais
Influência dos fatores do meio no comportamento dos animaisInfluência dos fatores do meio no comportamento dos animais
Influência dos fatores do meio no comportamento dos animais
 
Curso de passe centro de força 2011113 v1
Curso de passe   centro de força 2011113 v1Curso de passe   centro de força 2011113 v1
Curso de passe centro de força 2011113 v1
 
Aranha Marrom
Aranha MarromAranha Marrom
Aranha Marrom
 
Psicologia Analítica
Psicologia AnalíticaPsicologia Analítica
Psicologia Analítica
 

Similar a Habitos Animais

Influência dos Factores Abióticos
Influência dos Factores AbióticosInfluência dos Factores Abióticos
Influência dos Factores Abióticos
Clara Abegão
 
Influência dos factores do meio nos animais
Influência dos factores do meio nos animaisInfluência dos factores do meio nos animais
Influência dos factores do meio nos animais
Joaquim André
 
Influencia Factores Do Meio
Influencia Factores Do MeioInfluencia Factores Do Meio
Influencia Factores Do Meio
Rute Guilherme
 
Influência dos factores do meio nos animais
Influência dos factores do meio nos animaisInfluência dos factores do meio nos animais
Influência dos factores do meio nos animais
Joaquim André
 
Mamíferos terrestre da floresta tropical
Mamíferos terrestre da floresta tropicalMamíferos terrestre da floresta tropical
Mamíferos terrestre da floresta tropical
mnio
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
olgapinto
 
Factores do meio nos animais
Factores do meio nos animaisFactores do meio nos animais
Factores do meio nos animais
Geisla Maia Gomes
 
1201271912 influencia fact_meio
1201271912 influencia fact_meio1201271912 influencia fact_meio
1201271912 influencia fact_meio
Pelo Siro
 
25308997 1201271912-cia-fact-meio
25308997 1201271912-cia-fact-meio25308997 1201271912-cia-fact-meio
25308997 1201271912-cia-fact-meio
Pelo Siro
 
Inês e sofia
Inês e sofiaInês e sofia
Inês e sofia
cs
 
Dinâmica dos Ecossistemas
Dinâmica dos EcossistemasDinâmica dos Ecossistemas
Dinâmica dos Ecossistemas
Gabriela Bruno
 

Similar a Habitos Animais (20)

Animais no Inverno
Animais no InvernoAnimais no Inverno
Animais no Inverno
 
01 infl fact_meio_ani=cm
01 infl fact_meio_ani=cm01 infl fact_meio_ani=cm
01 infl fact_meio_ani=cm
 
Influência dos Factores Abióticos
Influência dos Factores AbióticosInfluência dos Factores Abióticos
Influência dos Factores Abióticos
 
Influência dos factores do meio nos animais
Influência dos factores do meio nos animaisInfluência dos factores do meio nos animais
Influência dos factores do meio nos animais
 
Influencia Factores Do Meio
Influencia Factores Do MeioInfluencia Factores Do Meio
Influencia Factores Do Meio
 
Influência dos factores do meio nos animais
Influência dos factores do meio nos animaisInfluência dos factores do meio nos animais
Influência dos factores do meio nos animais
 
Mamíferos terrestre da floresta tropical
Mamíferos terrestre da floresta tropicalMamíferos terrestre da floresta tropical
Mamíferos terrestre da floresta tropical
 
Relacoes abioticas
Relacoes abioticasRelacoes abioticas
Relacoes abioticas
 
Dinâmica dos ecossistemas factores abióticos parte2-cn8ano
Dinâmica dos ecossistemas   factores abióticos parte2-cn8anoDinâmica dos ecossistemas   factores abióticos parte2-cn8ano
Dinâmica dos ecossistemas factores abióticos parte2-cn8ano
 
Animais
AnimaisAnimais
Animais
 
Especilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptxEspecilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptx
 
Fatores abióticos
Fatores abióticosFatores abióticos
Fatores abióticos
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Ciencias naturais 3
Ciencias naturais 3Ciencias naturais 3
Ciencias naturais 3
 
Factores do meio nos animais
Factores do meio nos animaisFactores do meio nos animais
Factores do meio nos animais
 
1201271912 influencia fact_meio
1201271912 influencia fact_meio1201271912 influencia fact_meio
1201271912 influencia fact_meio
 
25308997 1201271912-cia-fact-meio
25308997 1201271912-cia-fact-meio25308997 1201271912-cia-fact-meio
25308997 1201271912-cia-fact-meio
 
Inês e sofia
Inês e sofiaInês e sofia
Inês e sofia
 
Animais Em Vias De ExtinçãO
Animais Em Vias De ExtinçãOAnimais Em Vias De ExtinçãO
Animais Em Vias De ExtinçãO
 
Dinâmica dos Ecossistemas
Dinâmica dos EcossistemasDinâmica dos Ecossistemas
Dinâmica dos Ecossistemas
 

Más de SESI 422 - Americana (20)

Origem da vida e Evolução
Origem da vida e EvoluçãoOrigem da vida e Evolução
Origem da vida e Evolução
 
Genética de populações
Genética de populaçõesGenética de populações
Genética de populações
 
Bioquímica básica
Bioquímica básicaBioquímica básica
Bioquímica básica
 
Expressividade e penetrância
Expressividade e penetrânciaExpressividade e penetrância
Expressividade e penetrância
 
Alelos múltiplos
Alelos múltiplosAlelos múltiplos
Alelos múltiplos
 
Casos especiais de herança
Casos especiais de herançaCasos especiais de herança
Casos especiais de herança
 
Exercícios 2
Exercícios 2Exercícios 2
Exercícios 2
 
Probabilidades e heredogramas
Probabilidades e heredogramasProbabilidades e heredogramas
Probabilidades e heredogramas
 
Textos novas espécies
Textos novas espéciesTextos novas espécies
Textos novas espécies
 
Exercícios
ExercíciosExercícios
Exercícios
 
Taxonomia
TaxonomiaTaxonomia
Taxonomia
 
Cromossomos, genes e alelos
Cromossomos, genes e alelosCromossomos, genes e alelos
Cromossomos, genes e alelos
 
Genética mendeliana básica
Genética mendeliana básicaGenética mendeliana básica
Genética mendeliana básica
 
Evidências da evolução
Evidências da evoluçãoEvidências da evolução
Evidências da evolução
 
Projeto terrário
Projeto terrárioProjeto terrário
Projeto terrário
 
Projeto paleontólogos
Projeto paleontólogosProjeto paleontólogos
Projeto paleontólogos
 
Garça branca
Garça brancaGarça branca
Garça branca
 
Reportagem jornalística – coalas
Reportagem jornalística – coalasReportagem jornalística – coalas
Reportagem jornalística – coalas
 
Capivara o maior roedor do mundo
Capivara o maior roedor do mundoCapivara o maior roedor do mundo
Capivara o maior roedor do mundo
 
Lírios
LíriosLírios
Lírios
 

Último

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
Autonoma
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
lenapinto
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 

Último (20)

Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 

Habitos Animais

  • 2. Hábitos de Vida dos Animais Diversos animais possuem o hábito de se alimentar e viver durante a noite e, por isso, possuem alguns mecanismos que os permitem enxergar no escuro e se locomover. O exemplo mais famoso de animais noturnos talvez sejam os morcegos. Figurinhas fáceis em qualquer história de terror com episódios noturnos, os morcegos passam o dia todo abrigados em locais escuros como o fundo de cavernas e grutas e saem somente à noite para se alimentar. Mas o que fez com que em um mesmo lugar alguns animais prefiram a noite e outros o dia?
  • 3. Hábitos de Vida dos Animais Embora o ambiente possa ser o mesmo, as mesmas con- dições ambientais podem ocasionar reações diferentes nos indivíduos levando-os a evoluir de maneira diferen- ciada. Alguns animais, como as rãs e os sapos, por exemplo, possuem uma pele bastante sensível a altas temperaturas (como a que seria ocasionada pela exposição prolongada ao sol) e, por isso, tiveram seus hábitos melhor adaptados ao período noturno, quando as condições de temperatura e umidade são mais favoráveis.
  • 4. Hábitos de Vida dos Animais Outro fator que pode ter influenciado é a necessidade de fugir de predadores. Os ancestrais dos pequenos mamíferos, por exemplo, como os gambás, tinham de se esconder dos grandes predadores durante o dia e, então, aproveitavam a escuridão da noite para caçar a viver. É claro, que os fatores que levaram determinadas espécies a desenvolver hábitos noturnos envolvem uma gama de relações bem mais complexas. Mas o fato é que estes animais acabaram desenvolvendo características específicas que os tornaram aptos a viver durante a noite.
  • 5. Hábitos de Vida dos Animais Outra adaptação dos animais noturnos está na visão. A maioria deles possui apenas os bastonetes, fotorreceptores (células da visão) bastante sensíveis a luz, mas que não os permite distinguir cores, o que não significa que eles enxerguem mal. A coruja-das-torres (Tyto alba), por exemplo, possui uma visão capaz de distinguir um alvo a mais de 10 metros de distância e consegue enxergar com apenas 10% da luz de que o olho humano precisa.
  • 6. Hábitos de Vida dos Animais Os animais noturnos precisaram desenvolver outras características que não apenas a visão para poder sobreviver em meio à escuridão. Os morcegos desenvolveram a ecolocalização e as mariposas, suas presas, desenvolveram uma audição aguçadíssima para captar o barulho dos morcegos (que pode chegar a 160 decibéis, mas que não pode ser percebido pela audição humana) e conseguir fugir deles. Já as cobras não venenosas desenvolveram um recurso capaz de perceber o calor de suas presas com tamanha precisão que elas conseguem saber até o tamanho da vítima e, se esta for grande demais, fugir para se pro- teger.
  • 7. Hábitos de Vida dos Animais Migração É o movimento, em larga escala, de uma espécie animal de um lugar para outro. As migrações geralmente estão associadas a mudanças sazonais de clima e padrões de alimentação, ou padrões de acasalamento e procriação. Algumas migrações não seguem esses padrões. Migrações ir- ruptivas não seguem qualquer padrão e espécies nômades se movem de um lugar para outro sempre que se exaure seu suprimento de comida em uma determinada área Quando todos os membros de uma espécie migram, o processo é conhecido como migração completa. Se alguns membros de uma espécie ficam no mesmo lugar o ano todo enquanto outros migram, existe uma migração parcial. Isso normalmente ocorre quando o alcance de uma espécie é grande o bastante para que alguns espécimes vivam em um lugar sempre quente, enquanto outros vivam em uma região temperada que fica fria demais para eles no inverno. As corujas são um exemplo de animal que realiza migrações parciais
  • 8. Hábitos de Vida dos Animais
  • 9. Hábitos de Vida dos Animais Migração Os animais que vivem em áreas montanhosas podem empregar migrações de altitude. Em vez de percorrerem longas distâncias, eles se transferem para altitudes mais baixas quando a neve atinge os topos das montanhas. Algumas corujas pintadas o fazem, enquanto outros animais da mesma espécie, que não vivem em montanhas, seguem padrões diferenciados de migração Uma mudança drástica no meio ambiente ou no clima pode resultar em uma migração de remoção. Caso o habitat de uma espécie se torne permanentemente inadequado para ela, como acontece quando o desenvolvimento humano drena um pântano ou abate completamente uma floresta, a espécie tentará se transferir para uma área diferente e não retornará ao seu lar original.
  • 10. Hábitos de Vida dos Animais
  • 11. Hábitos de Vida dos Animais Migração Os caribus, uma espécie de animais de grande porte semelhantes aos cervos das latitudes setentrionais, detêm o recorde mundial em termos de distância de migração. A cada ano, três milhões de caribus realizam jornadas sazonais pela tundra do Ártico. Eles estão literalmente à procura de pastos mais propícios, sempre em movimento para localizar comida fresca. A distância percorrida varia de manada para manada: quanto maior a manada, mais longo o trajeto. Algumas percorrem mais de 3,2 mil quilômetros por ano Ainda que não existam mamíferos carnívoros que migrem regularmente, algumas alcatéias podem acompanhar uma manada de caribus por alguma distância, caso a comida se torne escassa em seu território de origem
  • 12. Hábitos de Vida dos Animais Migração
  • 13. Hábitos de Vida dos Animais Por que migrar? A motivação central de todas essas diferentes formas de migração é o instinto de sobrevivência. A maioria das migrações permite que uma espécie prospere ao deixar uma área em que não existe alimento suficiente para sustentar sua população. Elas também impedem o esgotamento das fontes de alimentos em uma área, em longo prazo. Esses movimentos periódicos significam que cada espécime individual tem mais chance de encontrar comida suficiente em determinado local. Embora as migrações em busca de alimento possam acontecer de maneira muito regular, existem diversas variáveis que podem afetar a disponibilidade de alimentos, entre as quais o clima e o nível de população de outras espécies que compartilhem do mesmo território. Por esse motivo, algumas espécies usam padrões irregulares de migração que variam constantemente, adaptando-se a novas condições. Os gnus percorrem as planícies africanas em busca de água. Quando suas fontes regulares de água se esgotam, eles se encaminham para as savanas em busca de grama e de mais água. As migrações nas temporadas de seca podem ser alteradas pelo som de trovões e pelas nuvens de chuvas que os animais avistam
  • 14. Hábitos de Vida dos Animais
  • 15.
  • 16. Hábitos de Vida dos Animais Por que migrar? Os padrões de migração também beneficiam o acasalamento e a procriação, permitindo o nascimento de jovens animais em regiões com fontes mais ricas de alimentos, ou mais distantes de predadores perigosos. Os salmões chinook e outras espécies correlatas nascem em rios no noroeste dos EUA e depois se dirigem ao mar quando se tornam adultos. Mais tarde em suas vidas, voltam a subir os rios para acasalar, e depositam suas ovas no exato lugar em que nasceram. Os salmões jovens seriam vulneráveis demais aos predadores oceânicos e retornar ao seu ponto de origem garante que as ovas sejam depositadas em um local favorável à procriação. Quando os rios em que eles procriam são represados, os salmões en- frentam sérios problemas e, como resultado, as populações dessa espécie se reduziram drasticamente
  • 17. Hábitos de Vida dos Animais Por que migrar? Algumas migrações são propelidas tanto pela necessidade de alimentos quanto pela de reprodução. As baleias do gênero balaenoptera, que incluem as baleias cinzentas, azuis, minke e corcundas, viajam rumo ao norte no verão (ou ao sul, caso vivam no hemisfério sul). Nas águas frias do pólo, encontram vastas quantidades de seu alimento predileto, o krill - uma minúscula criatura semelhante aos camarões. Mas as baleias jovens não têm uma camada de gordura suficiente para protegê-las do frio, de modo que elas retornam a águas tropicais a cada verão a fim de procriar. As rotas de migração variam de espécie para espécie, mas muitas têm extensão de milhares de quilômetros. A migração das baleias cinzentas as leva a distâncias de até nove mil quilômetros do ponto inicial
  • 18. Hábitos de Vida dos Animais Por que migrar?
  • 19. Hábitos de Vida dos Animais Fotoperíodo Os animais evidentemente não têm calendários em suas paredes. O que informa a um animal que é hora de migrar? Alguns dependem do fotoperíodo - o volume de luz solar em cada determinado dia. À medida que os dias se tornam mais curtos, os instintos informam aos animais de que o inverno está chegando e que, por isso, é hora de viajar para o sul. Experiências demonstraram que animais expostos a fotoperíodos artificiais constantes agirão como se os fotoperíodos que experimentam fossem naturais
  • 20. Hábitos de Vida dos Animais Fotoperíodo E para os animais que não são capazes de ver o sol, como é o caso dos que hibernam em cavernas? Alguns animais reagem à temperatura. Também podem responder a indicações internas, por exemplo o volume de reservas de gordura disponível em seus corpos. Alguns padrões de migração seguem um rigoroso equilíbrio - quando as reservas de gordura se reduzem devido a uma queda no suprimento de comida, é hora de procurar moradias de inverno mais generosas. Mas os animais precisam reter certa quantidade de gordura para dispor de energia para a jornada. A evolução organizou esses processos de maneira que, salvo interferência externa, os instintos requeridos funcionem perfeitamente. Na ausência de estímulos externos, muitos animais, ainda assim, sabem quando migrar e quando voltar para casa. Os ritmos circadianos e os ritmos anuais são calendários in- ternos que fazem parte do sistema nervoso dos animais. Não compreendemos plena- mente esses ritmos, mas eles estão vinculados a padrões de atividade cerebral que se alteram dependendo da hora do dia, dos fotoperíodos e das estações. Os humanos também os têm, embora não os utilizem para migração.
  • 21. Hábitos de Vida dos Animais O Sistema de navegação dos animais Encontrar o caminho para os paradeiros de inverno localizados a milhares de quilômetros é fácil para os animais - eles simplesmente inserem as coordenadas em seus sistemas GPS e acompanham as instruções, curva a curva. Sem problemas. Na verdade, os métodos que os animais empregam para encontrar suas rotas de migração são ainda mais interessantes do que um sistema GPS. Alguns de seus métodos de navegação são tão estranhos que nem mesmo conseguimos compreendê- los. O sol - esse parece bem simples. Pode-se determinar em linhas gerais em que direção estamos avançando tomando por base a posição do sol. Mas, se consideramos questões como o horário da observação, a época do ano e a possível presença de nuvens, guiar-se pelo sol é um problema complexo. No entanto, formigas e estorninhos se guiam pelo sol. Algumas aves podem até mesmo se guiar pelo sol à noite - teorias sugerem que eles fazem uma "leitura" da posição em que o sol se põe e a utilizam para determinar seu curso. Outros acreditam que a polarização da luz solar faz parte do processo
  • 22. Hábitos de Vida dos Animais O Sistema de navegação dos animais
  • 23. Hábitos de Vida dos Animais O Sistema de navegação dos animais Marcos visuais - trata-se de outro sistema bastante primitivo de navegação. Voe na direção daquelas montanhas, dobre um pouco à esquerda quando avistar o oceano e faça um ninho na primeira árvore adequada que avistar. As baleias que percorrem o Pacífico perto da costa oeste da América do Norte utilizam esse método - o marco de navegação que utilizam é difícil de perder, porque o continente todo serve para esse fim. Elas mantêm o continente à sua esquerda quando nadam para o sul e à sua direita a caminho do norte. Lua e estrelas - experiências em planetários demonstraram que muitos pássaros dependem de pistas estelares para descobrir a direção de sua migração. Pode-se até dizer que estrela eles usam para a orientação Faro - quando um animal chega à sua área geral de destino, ele pode localizar pontos específicos pelo faro. O faro não conduzirá um animal de Saskatchewan ao México, mas provavelmente ajuda os salmões a encontrar bons pontos de desova, por exemplo. E o cheiro da chuva pode determinar o destino das migrações dos gnus.
  • 24. Hábitos de Vida dos Animais
  • 25. Hábitos de Vida dos Animais O Sistema de navegação dos animais Clima - as condições do vento são, muitas, vezes usadas como recurso auxiliar de navegação pelas aves. Quando desprovidas de outras pistas, como o sol ou as estrelas, as aves optam por voar na direção do vento, em um teste. Nos casos em que podiam avistar o sol e as estrelas, elas voavam na direção correta independentemente do vento dominante. Campo magnético - a Terra dispõe de um campo magnético que geralmente não pode ser detectado por seres humanos desprovidos de uma bússola. No entanto, algumas espécies de animais têm capacidade de detectar esse campo e podem utilizá-lo em suas migrações. Os morcegos e as tartarugas marinhas utilizam informações magnéticas para encontrar seu caminho. Algumas espécies de bactérias podem até depender apenas do campo magnético como orientação Não estamos 100% certos sobre como os animais detectam o campo magnético, mas pequenas partículas de um mineral magnético chamado magnetita foram localizadas no cérebro de certas espécies. Essas partículas podem reagir ao campo magnético e ativar nervos de maneira a enviar informações direcionais ao cérebro do animal.
  • 26. Hábitos de Vida dos Animais
  • 27. Hábitos de Vida dos Animais O Sistema de navegação dos animais Tartaruga marinha Bebês de tartarugas marinhas são capazes de encontrar seu caminho em uma rota de migração de quase 13 mil quilômetros na primeira vez que a percorrem. Os cientistas desviaram algumas tartarugas do curso, mas elas conseguiram voltar ao caminho certo sem grandes dificuldades. Suspeitando de que houvesse algum tipo de orientação magnética em uso, a experiência seguinte sujeitou os animais a diversos campos magnéticos que diferiam do campo natural da Terra. As tartarugas participantes perderam o rumo. A exposição a um imã que simulava o campo magnético da Terra as recolocou na rota - prova de que as tartarugas são capazes de detectar o campo magnético da Terra e usá-lo para navegação
  • 28. Hábitos de Vida dos Animais Hibernação Todo animal vivo na Terra queima energia o tempo inteiro. Atividades físicas como caminhar e respirar queimam energia. Bombear sangue e digerir alimentos queimam energia. Até mesmo pensar, queima energia. Como animais de sangue quente, uma grande quantidade de energia é queimada apenas mantendo nossa temperatura corporal. Mesmo quando estamos dormindo, queimamos energia. Essa é a verdadeira razão pela qual os animais comem - para ganhar energia suficiente a fim de fornecer combustível para todos esses processos. O sistema funciona bem quando há abundância de frutas nas árvores ou animais para capturar e comer [ou piz- zas (em inglês) no freezer]. Mas, o que acontece quando chega o inverno e se torna muito difícil encontrar comida? Como os animais sobrevivem com poucas fontes de en- ergia disponíveis? No mundo animal, há muitas estratégias de sobrevivência no inverno e uma das mais fascinantes é a hibernação. Alguns animais entram em um estado letárgico em que a freqüência respiratória e os batimentos do coração diminuem e permitem que a temper- atura corporal caia, em alguns casos até abaixo do congelamento. Os animais que hi- bernam param de comer e, em muitos casos, param de evacuar. Tudo isso acontece para que o animal possa usar menos energia.
  • 29. Hábitos de Vida dos Animais Hibernação Os biólogos têm diferentes definições para o termo hibernação. Uma das definições diz que a hibernação é um estado de longa duração em que a temperatura do corpo é significativamente reduzida, o metabolismo diminui drasticamente e o animal entra em uma condição parecida com o coma, da qual leva algum tempo para se recuperar. Por essa definição os ursos não hibernam porque a temperatura de seu corpo cai apenas ligeiramente e eles acordam com relativa facilidade. Contudo, nem todos aceitam essa definição. Usaremos o termo hibernação para descrever qualquer redução a longo prazo na temperatura do corpo (hipotermia) e no metabolismo durante os meses de inverno. Quando um animal entra em estado semelhante à hibernação durante o verão, isso é conhecido como estivação. Ela é muito menos comum do que a hibernação. A hibernação em répteis às vezes é chamada de brumação. Ela difere da hibernação dos mamíferos porque os répteis têm sangue frio - eles não podem controlar sua própria temperatura corporal, então precisam passar o inverno em um lugar que permaneça suficientemente quente. Torpor é outra palavra que provoca certa confusão. Às vezes ela é usada como um termo genérico para descrever os vários tipos de funções redutoras de temperatura - e do metabolismo. Essa palavra é mais usada para descrever períodos de curto prazo de temperatura reduzida que ocorrem diariamente e apenas por algumas horas de cada vez. Também usaremos esse termo neste artigo.
  • 33. Hábitos de Vida dos Animais Hibernação Podemos então dizer que hibernação é uma soneca longa? Não. Esses animais não estão somente dormindo, mas também sendo submetidos a mudanças fisiológicas que podem ser muito drásticas. O elemento mais significativo da hibernação é uma queda da temperatura corporal, às vezes de até 17,2°C. Veremos os detalhes em breve, mas por enquanto é suficiente dizer que os sinais vitais de um animal hibernando são muito diferentes dos sinais vitais de um animal desperto. Dormir, em comparação, é uma mudança principalmente mental. Há aspectos fisiológicos do sono que são similares aos da hibernação, como freqüência de batimentos do coração e respiração reduzidas e temperatura do corpo diminuída, mas essas mudanças são muito leves comparadas à hibernação. O sono também é consideravelmente fácil de ser interrompido - se você for acordado, mesmo de seu sono mais profundo, pode ficar totalmente desperto dentro de alguns minutos. O sono é caracterizado por alterações na atividade do cérebro. Na verdade, as ondas cerebrais de animais em hibernação se assemelham muito aos padrões das ondas cerebrais que emitem quando estão despertos, ainda que sejam um pouco suprimidas. Quando um animal desperta da hibernação, exibe muitos sinais de privação do sono e precisa dormir bastante nos próximos dias para se recuperar.
  • 34. Hábitos de Vida dos Animais A hora certa de hibernar e despertar Diferentes espécies de animais hibernam em épocas diferentes e cada espécie tem uma forma diferente de saber quando é a hora certa. A hibernação é regulada mais direta- mente pela temperatura. Quando esfria, os animais se preparam para hibernar e quando esquenta, eles despertam. Conseqüentemente, os períodos de hibernação podem variar dependendo do clima. Um verão indiano e um descongelamento antecipado resultam em uma hibernação muito curta. Algumas espécies mantêm uma observação cuidadosa em seus suprimentos de comida. Quando eles mínguam, o animal sabe que é hora de apanhar tudo o que sobrou e se recolher para o inverno. O fotoperíodo (a duração do dia) provoca a hibernação para outros. Mesmo que um animal não tenha idéia de qual é a temperatura externa, de quão cedo o sol se põe ou qual é a situação atual dos suprimentos de comida, muitos ainda entrarão em estado de hibernação na mesma época a cada ano. Experiências sob essas con- dições comprovaram que algumas espécies entram automaticamente em hibernação na época apropriada, guiadas por um "calendário" biológico interno. Esses ritmos circanuais não são totalmente compreendidos, mas todos os animais são afetados por eles, mesmo os humanos. Animais que entram em torpor diário, por outro lado, dependem dos ritmos circadianos, a versão diária.
  • 35. Hábitos de Vida dos Animais A hora certa de hibernar e despertar É preciso preparação para hibernar com sucesso. Alguns animais preparam uma toca (também conhecida como hibernáculo) e a revestem com material isolante, como folhas ou barro. Esquilos e lêmures terrícolas fazem isso. Ursos polares cavam túneis na neve. Outros ursos podem passar o inverno em uma cavidade junto a uma árvore ou em uma caverna rasa, deixando-os parcialmente expostos ao tempo. Os morcegos são famosos por passar o inverno em cavernas ou sótãos. A seguir vem a armazenagem de comida. O alimento pode ser mantido na toca se for não perecível, mas isso exige que o animal acorde brevemente durante o inverno para comer. Outra opção é comer uma grande quantidade de comida a partir do fim do verão, formando uma reserva interna de gordura. Alguns animais até fazem os dois. Se não puder ser encontrado alimento suficiente para preparar a hibernação, ela pode ser at- rasada.
  • 36. Hábitos de Vida dos Animais