O documento discute as diretrizes para visitação hospitalar de forma compassiva e espiritualmente sensível. Ele enfatiza a importância de (1) mostrar empatia e escuta ativa, (2) respeitar as crenças do paciente, e (3) oferecer conforto espiritual de maneira apropriada ao estado emocional e condição médica do paciente.
3. Entendemos que o apoio espiritual deve
ser aquele que põe o paciente em
harmonia com Deus e consigo mesmo
Entendemos que há uma diferença entre
apoio religioso e apoio espiritual
4. Entendemos também que há
diferença entre o apoio que o pastor
oferece e o apoio de capelão
O pastor cuida de um rebanho, o
capelão não tem rebanho (ou seja, seu
rebanho está fora do templo – Jô 10:16)
5. Existem conhecimentos que, qualquer
pessoa que pretenda fazer visitação
hospitalar precisa ter, para efetuar essa
visitação com eficiência. Sem esses
conhecimentos, a visita poderá não
alcançar o objetivo desejado, e poderá, até
mesmo, se tornar prejudicial para o doente.
6. A pessoa do visitador
1. Quando visitar o paciente, as mãos devem estar
limpas e não se deve deixar impressionar por
sua situação ou enfermidade.
2. Deve estar bem fisicamente. Se o visitador
estiver doente pode contaminar o paciente. O
visitador deve também estar bem
emocionalmente. Se o visitador estiver
estressado, deprimido ou alterado
psicologicamente irá a afetar o paciente
7. 1. Procurar visitar em horários adequados ao
doente, respeitando as limitações dele.
Posicionar-se adequadamente ao paciente, e
ter o cuidado para não tropeçar nos
instrumentos.
2. Evitar falar com ele muito próximo, para não
salivar. Com a aproximação da equipe de
saúde, para procedimentos, deverá o visitador
deixar o local. Evitar fazer visitas longas, o
paciente cansa facilmente.
8. É necessário ter muita simplicidade e
delicadeza. Não esquecer que a dor torna a
pessoa mais sensível. No momento oportuno, a
ocasião certamente aparecerá; amando o
paciente, ele, se desejar, contará sua história.
Por isso, não deve fazer tantas perguntas, mas
saber escutar.
Não cobrar do paciente que ele tenha fé para
ser curado, ou, prometer a cura divina, para não
provocar sentimentos de culpa nele, ou até
alguma reação mais forte.
9. 1. Evitar levar crianças. Não levar flores, por
que também são agentes transmissores
de doenças. Não fazer perguntas com
relação a sua doença e não dá seu
parecer pessoal.
2. Converse num tom natural e não cochiche
com outras pessoas.
10. 1. Nada de visitas protocolares, formais, rígidas. É
melhor não ir visitar os pacientes se não se é
capaz de estender a mão, de sorrir largamente,
de abrir de par em par as portas do coração.
2. Alguém pode interrogar: “Que posso dizer a
ele?” Procurar o bom senso. Há momentos que
o mais recomendável é saber sorrir. É tão fácil:
sorria, por favor. Pode existir uma ponte mais
segura que o sorrir?
11. 1. Quando se tornarem confidentes, preocupar-se com seus
problemas, evitando dizer: “Mas eu também tive isso ou
aquilo”. É preciso entendê-los e fazê-los seus. Eles, com
sua fina percepção sentirão que encontraram eco. Pode
ser que você permaneça impotente para tirar o fardo de
seus ombros, mas esteja certo de que aliviou
consideravelmente o coração deles.
2. Se o paciente concordar que se faça uma prece, não
elevar muito a voz, não ser prolixo, e lembrar que você
está num hospital e não numa igreja.
12. O visitador hospitalar tem uma responsabilidade
muito grande ao manter contato com os
pacientes, pois são vidas que estão abertas para
receber o que ele tem para dar.
O mais importante é a sua doação de AMOR.
Como bem escreveu o apóstolo Paulo aos
Coríntios: “Ainda que eu fale a língua dos anjos e
dos homens, se não tiver amor, nada serei”.
13. Acima de tudo, com seriedade e
solidariedade, o visitador deve empenhar-
se para fazer o seu trabalho com muito
amor,
lembrando que o Hospital é uma empresa
diferenciada de qualquer outra. Os erros
cometidos podem trazer seqüelas
irreparáveis.
14. Assistência espiritual
Considere dois tipos de pacientes-alvo
O que já é crente evangélico: Consolo e
fortificação espiritual na Palavra de Deus,
sem questionar aspectos doutrinário
O que ainda não é crente evangélico:
Consolo, empatia sem esquecer que ele
necessita conhecer o “Dom” de Deus
15. Assistência espiritual
Considere dois tipos de visitador:
O que é um capelão, pastor ou profissional de
saúde. Deste se espera postura e atitudes mais
exigentes, conhecer direitos do paciente
O que é um voluntário, com um chamado no
coração. Deste se espera flexibilidade com o
coração sensível à escuta
Ambos os grupos necessitam utilizar a solidariedade, a seriedade
e o profissionalismo com fim de manter a porta aberta
16. Três tipos de abordagens evangelística
1. Conheça a potencialidade religiosa da pessoa: Suas
crenças, seus mitos, suas dúvidas devem ser
respeitados. Respeite o enfermo
1. Conheça-se a si mesmo: Não massageie seu ego,
seja amoroso, comece sempre concordando ou
compreendendo. Recuse tirar vantagem para si
1. Singularidade na exposição da palavra: Utilize textos
que falam do amor de Deus em Cristo, mas seja
sensível ao estado físico e emocional do doente
17. Seja gentil
Deixe as portas abertas para outras pessoas
1. Utilize literatura específica e própria para a visitação
1. Seria bom deixar um cartão de visita, no qual
contenha uma mensagem de conforto
1. Não dê parecer médico ao enfermo
18. Estratégias em níveis diferentes
1. Uma é a estratégia para visitação de
adultos, outra é para crianças, outra para
idosos, outra para portadores de
deficiência, etc.
1. São diversos os tipos de hospitais, como
seja públicos e privados, com suas
especializações
19. A fé é fundamental no processo da cura
Questionário de Eleny Vassão, revela que quando ficou
doente pensou:
No médico – 9%
Em Deus – 73%
Em si, negócios e família -13%
Noutras coisas – 5%
20. A fé é fundamental no processo da cura
Quando se viu doente e internado:
Sentiu mais necessidade de orar – 80%
Não sentiu necessidade de orar – 19%
Ficou indiferente – 1%
21. A fé é fundamental no processo da cura
Durante sua doença:
Sentiu necessidade de assistência espiritual – 70%
Não sentiu necessidade – 19%
Ficou indiferente – 11%
22. A fé é fundamental no processo da cura
Para você quem cura a doença é:
O médico com a medicina – 6%
Deus, pela oração do paciente – 17%
O médico com ajuda de Deus – 77%
24. Consultas bibliográficas sugeridas
1. ADAMS, Jay E. Conselheiro Capaz. São Paulo. Editora Fiel
Ltda, 1977.
2. BALDESSIM, Anísio. Como Fazer Pastoral da Saúde. São
Paulo. Edições Loyola, 2000.
3. PAEGLE, Pr. Ademar. Apostila do Curso de Capelania.
4. RUDIO, Franz Victor. Orientação Não-Diretiva na
Educação, no Aconselhamento e na Psicoterapia. Rio de
Janeiro. Editora Vozes, 13ª Edição, 1999.
5. YOUNG, Jack.Cuidados Pastorais em Hora de Crise. São
Paulo. Juerp, 1988.
6. ROCHA, P. Alberto. Manual da Comunicação com os
Doentes. Petrópolis, 1983.
25. Consultas bibliográficas sugeridas
1. AITKEN, Eleny Vassão de Paula. No Leito da Enfermidade. São
Paulo. 3a Edição, 1977.
2. AITKEN, Eleny Vassão de Paula. No Leito da Enfermidade. São
Paulo, 2a edição.
3. WHITE, John e Ken Blue, Restaurando o Ferido. São Paulo,
Editora Vida.
4. KUSHNER, Harold. Quando coisas Ruins Acontecem às Pessoas
Boas. São Paulo, Nobel.
5. FERREIRA, Damy e ZITI, Lizwaldo Mário – Capelania Hospitalar
Cristã. São Paulo, SOCEP, 2002.
6. Coleção de Pensamentos de Sabedoria – A Essência do: “Riso”,
da: “Vitória”, da: “Vida”, do: “Otimismo” da: “Palavra”, do:
“Pensamento”. Editora Martin Claret Ltda., São Paulo