SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 52
Descargar para leer sin conexión
Registro na Fundação Biblioteca Nacional
                             N.o 389.024
                               Livro 723
                               Folha 184
Índice
      Comentário.....04


Introdução...............06


   Quem foi Jesus?........08


Por que o Salvador?............... 10


    Entendo o significado de Morte substitutiva.....13


O sacrifício melhor...............16


    Argumento contra a morte substitutiva....18


Jesus, a tríplice função e sua messianidade.............19


   Por que Jesus é sacerdote?............19


Por que Jesus é profeta?.......20


   Jesus é um Juiz no sentido do Antigo Testamento e rei.....21
                                        2
Por que Jesus é o Messias?......22


    Designações messiânicas........23


Os milagres de Jesus o Cristo.....24


   Tabela dos milagres de Jesus......26


A superioridade de Jesus é evidenciada.....28


  Por que Jesus inteiramente Divino?...............35


Os nomes que revelam a natureza Divina de Jesus......39


   Por que Jesus inteiramente homem?.....40


Desenho sobre a criação do homem e a encarnação de Jesus......42


  Jesus homem verdadeiro.........43


Jesus humano nosso espelho................46


   Conclusão......53
                                     3
Comentário
        Acredito que uma das coisas que mais chamam atenção de todos os homens é o assunto
que se refere ao céu e da possibilidade de chegar a ele.
        Quase todos que ouvem falar sobre o céu desejam poder um dia usufruir da alegria de
estar nele e quando falamos em céu, esta palavra na verdade trás em si um significado maior que
um lugar de paz, ou seja, é: estar perto de Deus.
        O céu significa ter o privilegio de viver eternamente com Deus.
        Será que realmente todos os homens querem ir para este céu?
        Muitos dizem que se existe um céu com certeza irão para lá, pois, segundo o seu ponto
de vista são excelentes pessoas. Outros acreditam que o amor de Deus é tão grande que jamais
irá castigar alguém com um possível inferno, pois isto feriria sua suposta bondade. Existem
pessoas que não sabem a vontade de Deus, outros simplesmente a ignoram. Quando indagados
se estão se esforçando para fazer a vontade de Deus respondem: ―Eu sirvo a Deus da minha
maneira!‖
        Para os que usam esta última expressão com vigor, gostaria de dizer que em primeiro
lugar o céu não é nenhuma bagunça! A salvação e o perdão também não são realizados de
qualquer maneira.
        Para que você possa entender o que quero dizer vou usar uma comparação entre as leis e
regras da nossa sociedade e as leis de Deus. No nosso mundo temos regras e normas que ajudam
o bom andamento de nossa sociedade. Graças a Deus por isso! Você já imaginou um mundo
sem regras? Qual seria o tamanho da bagunça? Um mundo sem leis forneceria ocasião para
acontecimentos desastrosos, ruins e etc., se com leis, normas e regras a sociedade sofre com
pessoas que as desobedecem, sem elas a única palavra que se encaixa com a desorganização que
seria é o caos.
        As normas estão no nosso cotidiano, vejamos, por exemplo, que:
        Temos direito de usufruir do uso de água potável, luz, gás e telefone, mas temos a
obrigação de pagar por estes serviços, caso contrario o fornecimento deles serão suspensos.
        Quando queremos trabalhar em algum escritório, firma e etc., nós devemos nos adaptar
ao regime interno de funcionamento deste local de trabalho. Imagine o que acontecerá com um
funcionário que disser para o patrão que irá trabalhar da maneira que quiser. Logicamente será
despedido na hora!
        Imagine que se eu prestando os testes para conseguir a carteira de habilitação para dirigir
automóvel disser que irei dirigir da maneira que quero e não da maneira que esta determinada
pelo órgão governamental competente que no caso de São Paulo é o Detran? Eu não vou
conseguir ter uma carteira de habilitação, pois o principio básico para obtê-la é obedecer às
normas.
        Se alguém quiser se formar em um curso e obter um diploma de uma escola que se
enquadra nas normas do MEC terá que estudar, participar das aulas e realizar testes que
comprovarão que está qualificado para exercer a atividade que escolheu. Sabendo desse
principio podemos concluir que se uma pessoa não fizer estas coisas não poderá ter seu diploma.
        Se um professor der aula e não souber transmitir seus conhecimentos os alunos
aprenderão o que ele quer ensinar?
        Se um cantor não entoar músicas de uma maneira agradável aos ouvidos venderá algum
cd?

                                                4
Agora eu pergunto:
       ―Para poder chegar ao céu o homem pode ir de qualquer maneira?‖
       Lógico que não!
       Ele tem que fazer o que Deus determinou!
       E onde está escrito o que Deus determinou?
       Na Bíblia sagrada encontramos tudo a respeito da vontade de Deus, pois, ela é o mapa
que nos leva ao céu.
       E o assunto central da Bíblia é a salvação da humanidade que é realizada por aquEle que
Deus enviou: ―Jesus Cristo!‖
       Tendo em mente que devemos entender qual é à vontade de Deus para nossa vida e
querendo obedece-la convido a todos a uma excelente leitura.




                                              5
Introdução
        O que é o Cristianismo? Quem foi Jesus? Quem é verdadeiramente Cristão?
        A natureza humana tem em si muitos pontos de interrogação. Isto está dentro de cada um
e de certa maneira é uma coisa muito boa, pois, desperta o perscrutar e assim o conhecer.
        A Cristologia (estudo de Cristo) é a algo que há muito tempo tem me despertado o
interesse. Assim nasceu este trabalho baseado no amor pelo Mestre querido e por essa
disciplina.
        Procurei com simplicidade fazer uma síntese da Cristologia, sabemos, porém que o
assunto não se esgotou, e nem vai se esgotar e para quem quer se aprofundar nele saiba que o
mercado oferece bons livros.
        Não cesse de pesquisar, é nosso conselho em Cristo para você. Ok!?
        Jesus sempre foi, é, e será... João coloca esta verdade bem explicita no seu evangelho,
mas não podemos dizer que ele é o único porque o Filho de Deus é o tema central das escrituras.
O divino homem—Deus homem, que encarnou para salvar a humanidade perdida. Seria
impossível conceber que Deus viesse resgatar o homem? Seria contrário acreditar que Deus se
importa com aqueles que não querem saber dele? O seu inigualável amor, graça, misericórdia
responde tudo isso em Jesus Cristo que se despojou assumindo forma de servo, deixando sua
natureza divina inerte no finito, sendo após sua morte e ressurreição restaurado com a glória que
sempre teve na sua eternidade (Jo 17:05).
        O cerne do Cristianismo é o seu Salvador Perfeito, Único e Especial! Ainda hoje vemos
muitas afrontas daqueles que podemos classificar de inimigos e opositores de Cristo, que tentam
retirar a divindade ou sua humanidade, transformando-o numa meia aberração histórica
mentirosa. Quereríamos que muitos que hoje seguem a direção oposta à verdade pudessem
mudar a ótica de suas falhas visões, pois as escrituras não são de particular interpretação (1 Pe
1:20), todavia o julgamento pertencerá ao nosso Deus.
        Jesus Cristo, Salvador Universal, o verbo divino o Deus-Filho que encarna para cumprir
seu excelso propósito, assim abordamos o sacerdócio de Cristo iniciando no real significado da
palavra salvação e morte substitutiva. Também abordaremos brevemente o fato de Deus no
antigo Pacto ter estabelecido a Aliança Levítica para poder encaminhar os homens de então para
a comunhão atingida pela substituição, doutrina central bíblica, onde o pecado é reparado pela
morte de uma vitima inocente, neste caso, a morte de animais; vemos a grande dificuldade de se
apresentar diante do Deus Santo e os rituais que davam à purificação e a continuidade dos atos
purificatórios ou sacrificiais para remissão do pecado que não podia ser extinto devido à
imperfeição destes mesmos, no tocante ao mudar a consciência, mas com seu valor temporário
de justificação bem definido até a chegada da plenitude dos tempos onde seria apresentado um
sacrifício de amplitude universal e perfeito em todos os aspectos.
        Vemos assim a transição da antiga aliança para a nova, onde os antigos rituais levíticos
foram substituídos pelo sacrifício supremo de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o qual é a
vitima e o réu, o sacrifício e o sacerdote, a oferta e o ofertante, o único Mediador entre Deus e
os homens.
        Jesus com a oferta de si mesmo conseguiu o que os sacrifícios cruentos de animais não
conseguiram, remover o pecado da consciência, abrindo ao homem o caminho da comunhão
perdida no jardim do Éden por Adão, o fazendo participante de seu Reino e o adotando na
qualidade de filho.



                                               6
O Deus eterno que encarnou, o divino que se tornou homem, sem deixar de ser divino.
Ele não teve principio, não passou existir quando encarnou, Ele sempre foi. Jesus é Deus
verdadeiro e podemos ter certeza disso! (Jo 1.1)
       A humanidade do verbo é clara nas escrituras e Jesus se auto denomina como ―o filho do
homem‖ (Mt 16.55; Mc 8.38; Lc 21.27; Jo 3.14) e sua identificação com a humanidade é
apresentada como um exemplo a ser seguido. Homem verdadeiro estampado em seu
nascimento, crescimento, no ter fome, sede, sono, fé, dedicação, esperança, angustia, medo,
agonia e em sua morte. Emanuel—Deus conosco em nossa história, vida e miséria! Que
maravilhoso é ter em Jesus a redenção do homem caído, pois o tanto que a humanidade estava
perdida em Adão, agora em Cristo está salva e em sua vida terrena temos um exemplo que
devemos seguir. Realmente podemos ver a Jesus como a porta de entrada do céu (Jo 10.07) que
nos possibilita entrar pela grata atitude de ser como ele foi, seguindo seus passos.
       A vida, morte, ressurreição e ministério celestial de Cristo marca o presente tempo (o
agora) como oportuno para obter a salvação sem barreiras, (sexo, idade, raça, nível social e etc.)
aplicando o requisito essencial para isto: a fé.
       Abrindo o véu deste trabalho coloco uma frase que frui de meu coração:
       “Não poderia de mim mesmo encontrar um tão perfeito Salvador, todavia a dádiva
de um amor inexplicável a finita mente humana tornou acessível o bem que não anelava.
Oh insondável amor! Prêmio máximo deste tão puro coração à tão pequeno ser. Ver ,
ouvir e sentir... Não são as palavras que podem expressar, mas o coração grato que
transborda no sorrir da alma que reluz na esperança deste teu dom que concedeste.
Agraciado, remido, santificado, transformado, salvo, encontrado... O que posso então
dizer? Digo: Glórias a ti Senhor!”

                                                         Paulo Francisco dos Santos




                                                7
―E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a
                                                                                  quem enviaste‖.
                                                                                       João 17.03

       Quem foi Jesus?

        Uma pergunta bem simples e sua resposta parece mais simples ainda. Você concorda
comigo?
        Em uma roda de amigos que moram num país cristão como o Brasil a resposta seria ele é
o Salvador do mundo!
        Entre aqueles que são céticos, simplesmente um homem muito inteligente.
        Para os críticos ferrenhos e opositores da Bíblia um monstruoso enganador.
        Para os estadistas um magnífico reformador.
        Para religiosos diversos ele é o fundador do Cristianismo, uma das três religiões
monoteístas do mundo.
        Entre os filósofos ele seria caracterizado como um grande filósofo.
        Para os islâmicos ele seria um grande profeta, porém menor que Maomé.
        Para os judeus não cristãos um escriba ou rabino que interpretou a lei numa nova visão.
        Para alguns historiadores talvez a resposta seria: ele foi o homem que mais fez bem a
humanidade!
        Jesus Cristo pode ser considerado para alguns um enigma! Ele mesmo nunca escreveu de
si um único til e mesmo assim seus ensinos influenciam a humanidade até os nossos dias.
         Nunca durante toda história um homem foi tão amado e ao mesmo tempo tão odiado.
Jamais em toda a humanidade houve tamanho interesse para se aprender da vida de um homem
como o é em relação a Jesus Cristo. Bom ou ruim indiscutivelmente Ele é tanto durante a
história como na atualidade um personagem singular e que não só influência vidas no presente,
mas que sem questionamento irá exercer sua influência nas gerações vindouras.
        A contagem dos anos de nosso calendário Cristão começa com o seu nascimento,
atualmente estamos no ano de 2005 (com uma pequena diferença de anos + ou – 5).
        Historicamente seus ensinos abalaram a estrutura do império Romano.
        Hoje em dia os cristãos somam mais de dois bilhões de pessoas neste mundo de seis
bilhões de habitantes. Uma gigantesca população!
        Sua influência é tão grande que se uma pessoa estiver caminhando em uma certa avenida
que se localiza em uma grande metrópole como São Paulo e, esta ver um terrível acidente de
carro, ela com certeza irá exclamar o seguinte jargão: ―- Jesus!‖. Como sinal de espanto e um
pedido espontâneo de socorro divino para os infelizes acidentados.
        Sua vida tem inspirado filmes, reportagens, livros, revistas, jornais, sites, notas, poemas,
comércio, educação, estados, religiões e etc.
        Ele também é o motivo deste livro, e quando me refiro a isto, lembro-me do que o
Apóstolo São João escreveu no capitulo 20 e verso 30, 31 do seu evangelho:
        ―Jesus, pois operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que
não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo,
o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome‖.

                                                 8
A perspectiva deste nosso livro é cristã e tem como objetivo ajudar a apresentar o Senhor
Jesus para os novos convertidos à fé e aos curiosos, ou melhor, aos que querem entender mais
um pouco sobre o cristianismo. Assim abordaremos de uma forma simples procurando evitar
uma linguagem técnica os ensinos que transmitem a essência do evangelho.




                                               9
Por que o Salvador?

O elevador celeste.

        Certo professor ilustrou a salvação desta maneira:
        Existia um lugar especial onde tudo era muito bom.
        Neste lugar havia uma boa moradia, comida em abundância, atividades que
proporcionam uma vida feliz sem o infortúnio da ociosidade.
        Este lugar era tão especial que não se localiza na terra, mas entre a terra e o céu. Um
lugar perfeito com tudo que era necessário para viver alegremente.
        Uma nuvem gigante abrigava um paraíso que era habitado por um casal que sempre era
visitado pelo proprietário do paraíso.
        Onde tudo é bom, tudo vai bem. Todavia por um descuido o feliz casal por não obedecer
a uma placa de proibido a passagem acabou caindo num buraco.
        Eles caíram num lugar diferente do que estavam acostumados a viver. Tudo era ruim
comparado a sua antiga habitação.
        Eles queriam voltar, mas como eles poderiam fazer isso.
         O ser humano não tem asas. A força da gravidade puxa o corpo em direção ao solo de
maneira que sem auxilio de algum mecanismo eles não poderiam sair do chão.
        Jogar uma corda para cima não dava, pois além de muita força para alcançar a nuvem
seriam necessário vários metros de corda.
        O quê fazer? Se o auxilio não viesse do alto seria impossível o retorno.
        O proprietário do paraíso celeste ao sentir a falta dos seus amigos os procurou
incessantemente e chegou à conclusão que eles deveriam ter caído em direção a terra e por isso
comprou um elevador. Por um imenso cabo de aço desceu o elevador até a terra e chamou o
casal para subir nele e retornarem para seu antigo lar.
        Conclusão:
        Como nós não podíamos voltar para Deus, Ele enviou o Senhor Jesus que ilustra o
elevador que nos possibilita retornar para o lar, ou seja, para a comunhão na presença de
Deus.

        Jesus Cristo o Salvador!
        Não é necessária a presença de um salvador ou uma atitude de salvamento se não existe
uma situação em que alguém está correndo algum tipo de risco de ruína, perda ou morte.
        Concluímos com isso que Jesus é o Salvador de alguém que se encontra em uma
situação de perigo.
        Mas qual o perigo que o homem (humanidade) está correndo? O que a Bíblia diz?
        O perigo está expresso na palavra ―morte‖.
        Morte? Mas todos morrem.
        Sim. Mas as Escrituras dizem que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23) e a morte é
descrita em duas fases:
         A primeira como a separação do corpo físico do espiritual (Gn 3.19; Ec 12.7; Hb 9.27).
        A segunda é descrita como a segunda morte, onde aqueles que receberem essa sentença
estarão eternamente separados de Deus e estarão em tormento no lago de fogo segundo
Apocalipse 20.11-15:
        ―Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a
terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos,
                                               10
postos em pé diante do trono. Então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi
aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito
nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que
neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno
foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se
alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo‖.
(grifo meu)

        Em conformidade com o ensino de Jesus em Jo 5.27-29 (E lhe deu autoridade para
julgar, porque é o filho do homem. Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos
os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a
ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo) e o texto
anterior de Ap 20.11-15 haverá a ressurreição para o julgamento final, onde o homem que é um
ser pleno no estado original que Deus o criou será restabelecido, ou seja, a primeira morte será
anulada e cada um individualmente voltará a possuir corpo, alma e espírito para ser julgado
segundo suas obras.

       O que é o lago de fogo?
        Um lugar de tormento eterno, onde para sua chama arder não é necessário haver o
circulo do fogo (combustível, comburente e calor), pois é inextinguível e de ordem sobrenatural.
A principio vemos que o lago de fogo foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41), porém
todo ser humano que seguir o exemplo de rebelião do antigo anjo de luz e seus seguidores terá o
mesmo destino.

       O lago de fogo é um lugar especial:
      A palavra eternidade significa sem principio e sem final de dias ou tempo e é uma
       referencia única e exclusiva para Deus, porém em nossa explicação sobre o lago de fogo
       está no sentido de não ter final de tempo, sem levar em conta o inicio da existência do
       individuo que infelizmente irá passar sua triste eternidade neste lugar horrível.

       Quem for lançado no lago de fogo irá ser atormentado nos cinco sentidos físicos, e (+)
mais o emocional, e (+) mais o espiritual.

       No sentido espiritual o individuo irá sofrer:

        Separação eterna de Deus. Ao ser lançado no lago de fogo o ser humano irá passar a
eternidade distante de Deus, o que podemos classificar como sofrimento espiritual. Isto significa
que quem passar a eternidade neste lugar de sofrimento nunca mais irá ouvir a palavra de Deus,
sentir sua presença, nem gozar de comunhão ou ver o Altíssimo e ser feliz, ter paz, descanso e
etc, algo terrível, pois o homem somente pode obter o máximo da vida em todos os aspectos
junto daquEle que o criou.

        No sentido emocional. Aquele que for lançado no lago de fogo terá através do juízo
final (Ap. 20.11-15) a ciência que estará sendo atormentado na eternidade por responsabilidade

                                                11
pessoal, ou seja, existirá o sentimento de culpa e remorso, pois a todos é entregue a
oportunidade de salvação que cabe a cada um fazer jus em aproveitar.
       .

       No sentido físico irá o individuo no lago de fogo sofrer:

            No tato. A dor será algo incessante, pois o fogo queima e o queimado não morre
             e o fogo não se extingue (Mc 10.44,46,48).

            Na visão. O fogo do lago de fogo é um fogo escuro. Neste lugar não existe
             nenhuma luz. (Mt 8.12; 22.13; 25.30; Jó 38.17)

            Na fala / paladar. A dor provocada pelo tormento do fogo fará o infeliz
             atormentado gritar e ranger os dentes sem cessar. (Mt 8.12; 22.13; 24.51; 25.30;
             Lc 6.25). Também é necessário lembrar que o infeliz nunca mais poderá sentir o
             prazer dos alimentos.

            Na audição. Além de gemer, chorar, lamentar e ranger os dentes quem estiver no
             lago de fogo também irá ouvir milhares de gemidos, choros, lamentos e ranger de
             dentes durante toda a eternidade daqueles que também estarão neste triste destino
             (os versículos do tópico anterior são as referências para esta afirmação).

            No olfato. O enxofre produz uma sensação muito desagradável ao ser inalado por
             nossas narinas e quem estiver no sofrimento do lago de fogo irá sentir esse cheiro
             terrível para toda eternidade (Ap 14.10; 19.10).

        A afirmação lógica para nossa questão inicial conhecendo o que o fator segunda morte
significa é: ―Jesus veio salvar a humanidade deste triste destino!‖
        De que maneira ele nos salvou?
        ―Pela sua morte na cruz, ora, essa. Todo mundo sabe disto! Ele morreu para nos salvar.
Qualquer um chorou ao ver o filme!‖
        Essa pode ser sua resposta, mas o simples fato de morrer na cruz pôde fazer de Jesus
nosso salvador? Por que o salvador não foi outra pessoa, visto que tantos morriam desta terrível
morte? Nós sentimos dó do Cristo que é maltratado, espancado e é pendurado na cruz, mas será
que entendemos o sentido dessa demonstração de amor e morte? Por que ele morreu para nós
salvar? Qual é a resposta?



                   Jesus morreu em nosso lugar!
         Isto é chamado de morte substitutiva ou vicária.




                                               12
Entendo o significado de Morte substitutiva?

        A morte substitutiva significa que alguém morre em lugar de outrem. Quando falamos
que Jesus morreu por nós, queremos dizer que ele morreu a morte que deveria ser nossa. Mas
por quê? O amor é a única explicação para essa atitude! ―Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna‖. Jo 3.16
        O amor motivou Deus enviar Jesus, que de forma voluntária, por este mesmo amor se
doou para transmitir vida ao homem que estava destinado a sofrer o dano da segunda morte.
        Mas por que Jesus tinha de morrer para me substituir?
        Porque o ato de pecar exige a morte do pecador (Rm 6.23) e este pecador não pode evitar
isto, pois não existe fiança, o dinheiro não apaga a transgressão e os atos de justiça são
considerados como trapo de imundícia (Is 64.6).
        Mas você pode dizer eu não sou tão mau assim. Eu não mato, não faço isso ou aquilo e
comparado a muitos por aí eu sou bom! O que você desconhece é que o padrão de justiça em
que o homem é avaliado não provem de uma comparação de conduta de homem com homem,
mas do homem em relação a Deus, e ao fazer esta comparação todos são declarados imperfeitos.
        Mas por que todos são imperfeitos?
        Porque nós herdamos do primeiro homem (Adão) a imperfeição. Como herdamos de
nossos pais cor de olhos, cabelos, feição, estatura e etc. também herdamos em nosso ser o
estigma do pecado. Quando Adão transgride segundo o relato de Gênesis capitulo três e perde
sua forma original de santidade se fazendo pecador e a partir de então não havendo mudança
neste seu estado ele o transmite para seus descendentes (Rm 5.19) – a humanidade se torna
então aprisionada pelo pecado.
        ―Não há Justo (homem sem pecado), nem sequer um‖. (Rm 3.10, Sl 14.1-3).

       Quem peca?
       A resposta é o homem.
       Existe alguém que não peca?
       A resposta é: não existe. (1 Rs 8.46; Rm 3.23)
       Qual a sentença para quem peca?
       A resposta é a morte. (Rm 6.23)
       Qual morte?
       A resposta é: a física e a espiritual que chamamos de separação eterna de Deus (Rm
6.23; Ap 20.14,15).
       Existe uma maneira de escapar da condenação do pecado?
       A resposta é: em Jesus isto é possível (Jo 3.16).
       Por que isto é possível?
       Porque Jesus nos substituiu (1 Co 15.3;1 Jo 2.1,2).
       Por que foi necessário que ele nos substituísse?
       Para responder essa pergunta vou desenvolver o pensamento que é o cerne deste capitulo
e assim entender como se iniciou a ideia de morte substitutiva e consequentemente chegar à
doutrina da expiação.
       Leiamos Gênesis capítulo três. Este capítulo destaca a queda do homem e sua tentativa
de auto justificação estampada na feitura de cintas (vestes) de folhas de figueiras (vers.7) e
depois por suas palavras (12). O homem perde a comunhão com Deus, fica despido do estado
original de santidade, e por pecar recebe o pagamento por sua atitude – morte. Mas Deus
                                                13
demonstra para o homem que ele não aprovou seu ato, mas continua o amando, sem, porém
amar o seu pecado. Promete um Salvador (15) e prepara vestes (túnicas) para eles de peles de
animais (21). Não podemos afirmar com certeza que este fato seja uma referencia ao primeiro
sacrifício, mas nos direciona a pensar que a morte dos animais e o vestir do casal remetem à
substituição e justificação – o acontecimento pode ilustrar a justificação pela morte substitutiva
dos animais no lugar do casal e o vestir simbolizando a justificação recebida.
        Daí em diante as Escrituras nos direcionam a idéia de substituição pelo sacrifício de um
animal. Um animal é inocente por não ter pecado (embora não tenha consciência) e pode
substituir o pecador sofrendo a pena da morte em seu lugar, ou seja, para o pecador não morrer
o animal morre no seu lugar e este é beneficiado pelo sacrifício. Dá-se o nome de expiação ao
sacrifício substitutivo, pois o sangue é derramado para cobrir a transgressão.
        Em Gênesis capítulo 22 vemos na história do oferecimento de Isaque outra referência a
morte substitutiva, pois quando Abraão é isento de sacrificar seu filho pela ordem divina, ele
olha para trás e vê um carneiro preso pelos chifres nos arbustos e pega-o e sacrifica-o no lugar
de Isaque.
        Em Êxodo capítulo 12, onde lemos que é instituída a páscoa, observa-se que a última
praga trata-se da morte dos filhos primogênitos dos incrédulos e para que aqueles que eram
crédulos não perdessem seus filhos primogênitos também era necessário imolar um cordeiro ou
cabrito de um ano sem defeito. Este sacrifício foi substitutivo, pois, a morte do cordeiro
substituía a morte do filho primogênito.
        Com a construção do tabernáculo e a oficialização do sacerdócio foi estabelecido pelo
próprio Deus que para haver perdão de pecados era necessário que houvesse uma morte
substitutiva. O relato da instituição das leis sacrificiais está em Levítico do capitulo 1 a 7, e em
especial sobre a expiação do capitulo 6.24 à 7.10.
        No capitulo 16 é instituída a festa anual da expiação que consistia na morte de um
novilho para expiação do pecado do sacerdote e sua casa, e em seguida na morte de um bode
para expiação do pecado do povo, cujo sangue era levado para dentro do véu no lugar
Santíssimo (Santo dos Santos), onde estava a presença do Deus Altíssimo.
        Tudo isto demonstra que o pecado só pode ser expiado com o derramamento de sangue
(Lv 17.11).
        E sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22).
        O sistema sacrifical do Antigo pacto apresentava certas dificuldades para sanar
completamente o homem dos males do pecado. Vemos que os sacrifícios de animais eram
aceitos por Deus concernente a cobrir o pecado, ou seja, Deus perdoava o pecado cometido, mas
o individuo que pecava continuava com a mesma índole, pois sua natureza não era mudada e
por isso ele facilmente reincidiria na prática do mesmo pecado (Hb 10.1-4).
        Outro problema era que estes sacrifícios não perdoam qualquer tipo de pecado. Pecados
como adultério era punido com a morte (Lv 20.10), Bestialismo ( Lv 20.15), homossexualismo
(Lv 20.13), por desobedecer a regra da guarda do sábado (Nm 15.32-36).
        Mais outro problema era quando houvesse um deslize e o individuo morresse antes de
chegar ao lugar escolhido para apresentar o sacrifício, pois ele tinha de apresentar-se perante o
sacerdote no altar que ficava em Jerusalém para que este fizesse o sacrifício expiatório para o
perdão ser concedido ao pecador. Você pode perguntar onde está o problema? Se este individuo
morasse longe, por exemplo, e na viajem até o templo ele morresse no meio do caminho, sem
haver oferecido o sacrifício expiatório o que aconteceria como ele? Morreria sem perdão, o que
resulta em receber a segunda morte! Em outras palavras, você que mora no Brasil para receber
perdão segundo os rituais do antigo testamento deveria ir até o Oriente médio, em Jerusalém, no


                                                14
templo para oferecer o sacrifício e receber o perdão dos pecados, e se porventura no meio do
caminho você morresse sem chegar ate lá, a sua condenação era certa.
        Como já não bastasse esses três probleminhas (que na verdade são bem grandes), ainda
existia um terceiro. Mesmo depois de receber o perdão após o sacrifício, se o cidadão
rescindisse e cometesse outro erro cinco minutos depois, esse erro (pecado) precisava ser
removido por outro sacrifício. Isto significa que todas às vezes que o individuo pecar é
necessário fazer um novo sacrifício para receber o perdão.
        Qual difícil era o caminho para a presença de Deus!
        Em suma era necessário um sacrifício melhor. Esse sacrifício melhor que fazemos
referencia deveria cobrir qualquer tipo de pecado e remove-lo, transformando a natureza do
pecador, libertando-o do domínio que o pecado exerce sobre sua vida. Sendo melhor deveria
também ser um sacrifício que valesse em qualquer parte do mundo. E por fim, um sacrifício que
pudesse estar disponível ao pecador a qualquer momento para lhe conceder perdão, sem que
tomasse o tempo que em certos casos poderia interferir em sua salvação.



           “Daí a necessidade de um sacrifício perfeito.”




                                             15
O sacrifício melhor seria:

            Aquele que mudasse o coração (natureza) do ser humano.

            Aquele que perdoasse qualquer tipo de pecado.

            Aquele que concedesse perdão em qualquer lugar do mundo.

            Aquele que não tivesse tempo de validade, ou seja, valesse agora, daqui a um
             minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano, mil anos, milhares de anos e etc.

        Mas onde achar este sacrifício? Quem pôde idealizar um sacrifício assim? A resposta
obvia é o Deus todo-poderoso. E é ai que entra em cena o Salvador do mundo: ―JESUS
CRISTO O FILHO DE DEUS‖.
        Quando João Batista olha para Jesus e diz em João 1.29: ―Eis aqui o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo‖, ele está pensando na morte substitutiva ou expiatória, que no caso
de Jesus, por sua perfeição não seria apenas dada a uma nação, mas a todo o Universo de
homens tanto daquela época quanto do futuro.
        Jesus Cristo o Deus-homem, santo, sem mácula, se qualifica por sua perfeição para ser o
sacrifico expiatório que Deus aceitou com prazer para remover os pecados da humanidade.
        Quando o Senhor Jesus é entregue a prisão e sentenciado à morte, cumprisse a profecia
do resgate da humanidade feita em Gn 3.15, pois ao subir a cruz, Ele substitui a humanidade.
        Ao morrer nos lemos que o véu do templo que separava o lugar santo do santíssimo é
rasgado de alto a baixo (Mt 27.51; Mc 15.38; Lc 23.45), este fato nos mostra que o caminho que
era dificílimo para chegar perto Deus, agora em Cristo seria facilitado pelo o novo caminho que
a fé em Jesus iria proporcionar. Antes somente o sacerdote da descendência de Aarão podia
transpassar o véu com sangue alheio (de animais) para pedir perdão por si e pelo povo de Israel,
agora em Cristo o caminho foi aberto para que não somente Israel receba o perdão, mas que
todos os homens o recebam este mesmo perdão sem distinção de nacionalidade. Agora toda
humanidade precisa do homem Jesus para ser seu mediador entre Deus (1 Tm 2.05), que é
também o Sacerdote Eterno pela ordem de Melquisedeque e é também a propiciação pelos
pecados (1 Jo 2.2).
        Jesus assume o papel mais importante para salvação da humanidade, ele se torna tudo
aquilo que é necessário para restaurar a todos a perfeição e comunhão para com Deus: vitima e
o réu, o sacrifício e o sacerdote, a oferta e o ofertante, o único Mediador entre Deus e os
homens.
        Seu sacrifício sendo perfeito é realizado uma única vez (Hb 9. 22-28; 10.12) e serve para
o perdão dos pecados de toda humanidade (1 Jo 2.2), tendo como requisito para o receber a fé
(Rm 5.1,2; Gl 2.16;3.26; Ef 2.8; 1 Pe 1.5). Este sacrifício diferentemente dos sacrifícios de
animais age na natureza do pecador fazendo ela mudar, então o homem deixa de ser dominado
pelo pecado porque é liberto (Jo 8.32), recebe o novo nascimento e passa a ser filho por adoção
(Jo 1.12, Gl 4.5) e assim acontece o milagre do retorno—retorno para os braços de Deus. O
sacrifício perfeito de Jesus tem um valor permanente na vida de quem o recebe pela fé, pois esse
homem perdoado e reintegrado a comunhão de Deus pode até vacilar e errar involuntariamente,
e assim requerer o perdão sempre que necessitar, pois o sacrifício de Jesus foi realizado uma vez
e não possui rotulo de validade, seu valor realmente é eterno. Não importa se estamos no Brasil
                                               16
ou no Japão, ou até mesmo na Antártica ou na Lua, esse sacrifício atravessa as fronteiras dos
países e abençoa a todos, qualquer um em sua pátria, cidade, bairro ou casa pode receber o
perdão dos pecados.

        O sacrifício de Jesus Cristo é aquele sacrifício melhor que fiz referência a pouco,
pois:

              Ele muda o coração (natureza) do ser humano;

              Ele perdoa qualquer tipo de pecado1;

              Ele perdoa o pecado dos homens em qualquer lugar do mundo;

              Ele não tem tempo de validade, ou seja, realmente seu valor é atual e se estende
               para daqui a um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano, mil anos, milhares
               de anos e etc.



                                              “ATENÇÃO”

                          O sacrifício de Cristo
             só se torna nulo na vida daquele que o rejeita.




1
          Com exceção apenas da blasfêmia contra o Espírito Santo que caracteriza uma rejeição voluntaria e
consciente da autoridade do Espírito ao operar milagres seguido de ofensa segundo o texto de Mc 3.29; Mt 12.32;
Lc 12.10, isto, significa que para ser considerada blasfêmia a pessoa que a fizer deve conhecer as escrituras e o
porque desta não ter perdão está relacionado ao fato do Espírito Santo ser aquele que convence o mundo do pecado
( Jo 16.8), se porventura Ele se afasta fica necessariamente impossível alguém se arrepender.
                                                       17
Argumento contra a morte substitutiva de Cristo.
         Os opositores da morte substitutiva de Jesus Cristo usam o argumento bíblico de Dt 5.17
que nos indica que Deus não aceita sacrifícios humanos e por isto discordam daquilo que é à
base do Cristianismo em relação ao perdão dos pecados da humanidade.
         Porque Deus não aceitava sacrifícios humanos?
         Simplesmente porque toda a humanidade é imperfeita devido ao pecado de Adão (Rm
3.23; 5.19; Sl 14.1-3; Gl 3.22), e o principio da morte substitutiva era que o inocente animal
(que não possuía pecado) levava os pecados do ofensor o substituindo.
         Realmente Deus não poderia receber um sacrifício humano devido sua imperfeição, mas
no caso do Senhor Jesus a lógica da imperfeição humana é quebrada, pois ele não HERDOU O
PECADO ORIGINAL DE ADÃO E TAMBÉM NUNCA COMETEU PECADO
DURANTE SUA VIDA e na sua boca não houve engano (1 Pe 2.21,22; 1 Jo 3.5), o que foi
reconhecido até pelo descrente Pilatos que o chamou de justo (Mt 27.24), o que também o fez o
centurião que observava a sua crucificação (Lc 23.47).
         A perfeição (Hb 9.26) de Cristo o qualificou para substituir a humanidade levando sobre
si as iniquidades (Is 53.11), sendo um sacrifício único (Hb 9.26-28; 10.12, 14) proporcionando a
remissão dos pecados (Hb 10.18) e sendo ele mesmo o sacerdote, pela sua ressurreição e
ascensão ao céu pode interceder eternamente junto a Deus pelos pecadores (Hb 7.22-28)
concedendo eterna salvação aos que obedecem à palavra de Deus (Hb 5.9).




                                              18
JESUS, A TRÍPLICE FUNÇÃO E SUA MESSIANIDADE.
       Por que Jesus é sacerdote?
        A melhor síntese do significado sacerdotal e que demonstra este ministério de Jesus
Cristo está no livro de aos Hebreus. E é essencial que aquele que quer aprender sobre quem
eram e o que faziam os sacerdotes leia os livros de Números capitulo 3 sobre a escolha de
Aarão, Êxodo capítulos 35-40 sobre o que era o tabernáculo, o livro de Levítico que é o manual
de uso do tabernáculo e o livro de Hebreus que fala sobre o sacerdócio de Cristo.
        Quem criou a função sacerdotal foi o próprio Deus e a oficializou em Aarão (Nm 3, Ex
28. 1-3). Aarão foi constituído por Deus como sumo sacerdote e foi designado aos deveres do
oficio sacerdotal. Sua missão era representar o povo diante de Deus.
        Lembramos que ninguém podia ocupar o cargo de sumo sacerdote só porque desejava.
Havia a necessidade de ter o chamado de Deus e a devida Unção para este trabalho, da mesma
forma como Deus escolheu Aarão.
        O sacerdote intercedia a favor dos pecadores com sacrifícios cruentos a Deus, que
perdoava o pecado.
        Esses sacrifícios inicialmente eram oferecidos no tabernáculo que era um templo móvel
que mais tarde foi substituído pelo templo que foi construído por Salomão (1 Reis 7 e 8), mas os
sacerdotes continuaram sendo os descendentes de Aarão.
        A idéia fundamental de sacerdote é a de um mediador entre o homem e Deus.
        O sacerdote interpõe-se entre o homem e Deus, ao contrario do profeta, que se coloca
entre Deus e o homem.
        O supremo sacerdote judaico é simplesmente um homem como qualquer outro, porem é
escolhido por Deus para falar por todos os outros homens naquilo que eles tem a tratar com Ele.
        Ele apresentava as ofertas deles a Deus e oferecia o sangue dos animais que eram
sacrificados para cobrir os pecados do povo e os seus próprios também. E por ser homem, pode
tratar com bondade os outros homens, embora estes sejam insensatos e ignorantes, pois ele
também está rodeado das mesmas tentações e compreende muito bem o problema deles.
        O sacerdócio atestava a vida pecadora do homem, a santidade de Deus e, por
conseqüência, a necessidade de certas condições para que o pecador pudesse aproximar-se de
Deus. O homem devia ir a Deus por meio de um sacrifício e estar perto de Deus pela
intercessão.
        No antigo pacto quem fazia está função eram os descendentes de Aarão, que eram da
tribo de Levi e conseqüentemente levitas.
        Jesus era descendente de Aarão?
        Não. Jesus era descendente de Davi, da tribo de Judá (Hb 7.14).
        Mas como ele foi ser sacerdote?
        Jesus não exerceu a função sacerdotal no templo em Jerusalém, mas no tabernáculo
superior ao terreno (Hb 9.11,23) que está nos céus.
        Na morte de Jesus vemos o sacrifício único (Hb 10.12) que nos substitui e remove
nossos pecados (Hb 9.28) e que este sacrifício é apresentado por Ele mesmo, porque depois de
sua ressurreição e ascensão aos céus Ele se torna sacerdote eterno pela ordem de Melquisedeque
(Hb 6.20; 7.21).
        Sendo nosso único mediador (1 Tm 2.5) possui um sacerdócio eterno (Hb 7. 24,25)
diante de nosso Deus, e assim se estabelece à nova aliança que substitui a anterior, pois é
melhor (Hb 7.22). Melhor porque este seu sacrifício aperfeiçoou os que crêem nele (Hb 10.14).

                                              19
Por que Jesus é profeta?
       ―Do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas
palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar‖ (Dt 18.18)

        Um profeta tinha a função de se colocar entre Deus e o homem, ou seja, era enviado a
falar em seu nome.
        ―O profeta no Antigo Testamento exorta em nome de Deus‖.
        ―Repreendia em nome de Deus‖.
        ―Consolava em nome de Deus‖.
        ―Separava e ungia reis e profetas em nome de Deus‖.
        ―Aplicava juízos em nome de Deus‖.
        O profeta Moisés possuía uma tríplice função: era profeta (fala em nome de Deus), era
sacerdote (era mediador entre o homem e Deus) e era um juiz (presidia sobre o povo de Deus).
Após Moisés somente Samuel assumiu esta tríplice função os demais eram porta-vozes das
mensagens divinas.
        Deus levantou inúmeros profetas a Israel para os direcionar, mas nenhum que se
enquadrasse na profecia de Dt 18.18, e quando a Moisés foi dirigida a voz divina dizendo que
iria levantar um profeta semelhante a ele, estava revelando a autoridade que foi outorgada a
Moisés e que seria também dada a outro profeta. Moisés foi o libertador do povo de Israel da
escravidão Egípcia.
        O profeta que Deus predisse que enviária para guiar o povo foi Jesus (At 3.20-26) que
também libertou o povo de Israel, porém não unicamente a Israel, mas também os outros povos.
Não de um domínio imposto por uma nação, mas do domínio que o pecado exercia sobre todos
os homens (Jo 8.32).
        Qual foi a mensagem que o profeta Jesus trouxe em nome de Deus?
        A mensagem consiste em acreditar em Deus e em Jesus, pois a vida eterna esta ao
alcance de todos pelas boas novas de salvação que é doada gratuitamente a aquele que crê. As
palavras de Jesus exprimem isto:
        ―E a vida eterna é está: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste‖ (Jo 17.3).
        ―E disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse
dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados,
a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas‖ (Lc 24. 46-
48).
        Jesus é o profeta (porta-voz) de Deus concernente a revelação da Salvação a todos os
homens.




                                              20
Jesus é um Juiz no sentido do Antigo Testamento e rei.
        Jesus pode ser considerado como um juiz no sentido do Antigo Testamento, pois,
também preside sobre o povo, porém em amplitude maior, na verdade a palavra que define
melhor a função que o Senhor Jesus tem sobre toda a humanidade é a de ―REI!‖. Os juizes do
antigo testamento presidiam sobre apenas Israel e eram constituídos por Deus e eram
representes deste, pois até então o governo em Israel era Teocrático, ou seja, Deus é quem
presidia sobre o povo na figura dos seus juizes. Depois por uma má escolha eles decidiram ser
presididos por um rei como as demais nações rejeitando a Teocracia pela monarquia e por isso
receberam como rei a Saul e em seguida seu sucessor Davi que é o ancestral de Jesus. Vemos
que na monarquia Israel teve reis tementes a Deus e também reis incrédulos que fizeram o povo
se afastar de Deus e receberem juízo divino sobre seus atos. A monarquia visa em si os
interesses das famílias que estão sobre o domínio do povo e em seguida os interesses deste,
todavia o reinado de Jesus não é monárquico, pois Ele mesmo é Deus (Jo 1.1) concluímos que o
reinado de Jesus é diferente de todos os reinados anteriores, pois é Teocrático e não
monárquico. Jesus não herdou somente o trono de Davi no sentido de ser rei apenas de Israel,
mas o reinado mundial e universal, pois Ele é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (1 Tm 6.15;
Ap 19.16).
        Jesus é um Rei que tem domínio muito maior do que qualquer outro homem jamais teve,
pois Ele é rei sobre:

           O Universo (Jo 1.3; Cl 1.16).

           Os anjos (Mt 13.41; 24.31; Hb 1.4,7; 1 Pe 3.22).

           Satanás (Jó 1.12; 2.6; Ap 20.2,10).

           Os anjos Caídos (Mc 5.2-10; Lc 8.27-31; Pe 2.4; Ap 20.12,15).

           Israel (Mt 27.37; Lc 19.38; Jo 1.49; 12.13; 19.19).

           Todas as nações (1 Tm 6.15; Ap 19.16).

           E seu reino é o único que não se acabará (Dn 7.14,27).

       Jesus é a revelação máxima da vontade divina para o homem englobando a tríplice
função de rei, sacerdote e profeta.
       Ele governa.
       Ele é mediador entre os homens e Deus. E por isso intercede a favor de todos que nEle
crêem.
       Ele fala em nome de Deus aos homens.
       Em Jesus cumprisse a vontade divina para com toda a humanidade que tem o privilegio
de servir a Deus para sempre.
       Pela revelação da salvação dada por intermédio de Jesus e por tudo que Ele é estamos
seguros.




                                             21
Porque Jesus é o Messias?
       Jesus é chamado de o Cristo. A palavra grega Christos que tem o mesmo valor da
palavra Messias que vem do Hebraico Mashiach que significa o Ungido, o Escolhido.

        O Messias era esperado pelo povo de Israel para estabelecer o reino de Israel sobre os
demais e guia-los em toda à vontade de Deus. Ao passar dos anos essa esperança se tornou cada
vez mais crescente devido às ocupações que Israel sofreu por diversas nações (Ex. Egito,
Assíria, Babilônia, Medo-Persas, Gregos, Romanos) aspirando à vinda do libertador à moda do
rei Davi, ou seja, um grande Rei e Guerreiro.
        Até hoje os judeus não cristãos esperam a chegada desse messias e rejeitam que Jesus
tenha sido o Ungido de Deus, pois não estabeleceu uma revolução armada para colocar Israel
em uma posição de proeminência entre as nações, estabelecendo um reino intercontinental e
imperialista. Para os judeus da época (ao falar de judeus o destaque cabe a classe dominante
deste período) não foi só por esse motivo que o rejeitaram, mas por temerem perder suas
posições de honra na nação que foi conferida pelos Romanos (Jo 11.48) e também por causa da
inveja que eles sentiam de Jesus (Mt 27.18; Mc 15.10). Vemos que a ganância e a inveja
endureceram os seus corações de tal maneira que mesmo depois de saberem que Jesus havia
ressuscitado devido ao depoimento dos guardas que estavam no sepulcro, procuraram subornar
a estes e persuadi-los a mentir dizendo que os discípulos haviam roubado o corpo (Mt 28.11-
15).

       Qual a evidência que Jesus é o Messias?
       O Messias seria descendente de Davi.
        ―Quando teus dias se cumprirem, e descansares com teus pais, então farei levantar
depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará
uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por
pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com
acoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de
Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre
diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre‖. 1 Samuel 7.12-16 (grifo meu)

       ―Eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este
será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu
pai. Ele reinará para sempre sobre à casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim‖. Lucas
1.31,32 (grifo meu)

     O Messias nasceria na cidade de Belém, cidade pertencente à
Tribo de Judá.
       ―E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti
me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias
da Eternidade‖. Miquéias 5.2


                                               22
―Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes...‖ Mateus 2.1

Profecias sobre seu advento:
Gn 3.15; Dt18.15; Is 55.5, Dn 2.44; Zc 3.8.


Designações messiânicas de Jesus e suas referencias:
      O amém. Ap 3.14                                  Palavra de Deus. Ap 19.13
      Cabeça do Corpo (igreja). Cl                     Pastor. Mt 26.31; Jo 10.1-21
       1.18                                             Paz. Ef 2.14
      Cordeiro Jo 1.19-36; Ap 5.6.                     Príncipe. Dn 9.25; At 5.31
      Descendente da mulher. Gn                        Príncipe da paz. Is 9.6
       3.15                                             Príncipe dos reis da terra
      O esposo. Jo 3.29                                Plenitude de Deus. Cl 2.9
      O que batiza com Espírito                        Primeiro e último. Ap 1.17
       Santo. Jo 1.33                                   Primícia. 1 Co 15.20
      O que dá testemunho de si                        Primogênito. Cl 1.15; Hb 1.6
       mesmo. Jo 8.18                                   Primogênito dos mortos. Ap
      O que havia de vir. Mt 11.3                       1.5
      Emanuel. Mt 1.23                                 Profeta. Dt 18.18; Jo 1.21;
      Escolhido de Deus. Lc 9.35;                       At 7.37
       Hb 1.9                                           Rei de Jerusalém. Zc 9.9; Mt
      Estrela de Jacó, rei de Israel.                   21.5; 25.34
       Nm 24.17                                         Rei dos Reis. Ap 19.16
      Governante (guia, rei) de                        Rocha espiritual. 1 Co 10.4
       Israel Mq 5.1-2.                                 Santo. Lc 1.35
      Fiel e verdadeiro. Ap 19.11                      Santo de Deus. Jo 6.69
      Filho. Mt 2.15                                   Esperança e glória. Co 1.27
      Filho de Davi. Mt 9.27                           Sinal. Lc 2.34
      Filho de Deus Lc 1.35                            Senhor. Lc 1.43; Cl 3.24
      Filho do Deus Altíssimo. Lc                      Senhor dos Senhores. Ap
       1.35                                              19.16
      Filho do Deus bendito Mc                         Servo. Is 42; 49; 50.4-11;
       14.61                                             52.13-53.12
      Filho do homem. Mt 24.27                         Sumo sacerdote. Hb 9.11
      Filho do pai 2 Jo 3                              Sumo sacerdote segundo a
      Imagem visível de Deus. Cl                        ordem de Melquisedeque. Hb
       1.15                                              6.20
      Libertador. Is 59.20. Rm                         Testemunha fiel. Ap 1.5
       11.26-27.                                        Varão (homem) aprovado
      Mestre e filho de Deus. Jo                        por Deus. At 2.22
       1.49                                             Vida. Cl 3.3-4.
      Palavra. Jo 1.1




                                         23
Os Milagres de Jesus o Cristo
        Os milagres que Jesus operou evidenciam claramente que Ele recebeu autoridade divina.
Há alguns que alegam que os milagres efetuados por Jesus são manifestações de sua divindade,
todavia, vemos milagres sendo realizados por personagens anteriores ao advento de Cristo na
história humana, tais como Moises, Josué, Elias, Eliseu sem atribuir a nenhum deles
prerrogativas divinas atestando somente sua escolha e autoridade conferidas por Deus. E não
podemos esquecer que depois da ascensão de Jesus os discípulos continuaram a anunciar o
evangelho operando milagres e prodígios (Mc 16.20; Hb 2.3,4).
        Assim, olharemos os milagres que Cristo operou com a perspectiva de revestimento de
autoridade dada por Deus para exercer seu ministério terreno que estava fundamentado na plena
dependência de Deus mediante a ação do divino Espírito Santo.
        Quando colocamos em pauta a dependência da ação do Espírito Santo estamos deixando
claro a inércia dos atributos divinos em Jesus Homem. Faz-se necessário saber que Jesus não era
um fantoche, ou seja, não estava fingindo ser homem em todos os aspectos possíveis, mas como
nós participou da carne e do sangue e suas limitações (Hb 2.17; 1 Jo 1.1). [pode-se conferir isso
no capitulo Jesus homem verdadeiro]
        É necessário termos em mente que o enviado de Deus precisaria possuir testemunho que
credibiliza-se seu ministério diante do povo. Assim podemos ver Jesus recebendo testemunho
de João Batista (Jo 1.29-34) que é a ―voz do clama no deserto‖ ou o que prepararia o caminho
para manifestação do Messias (Lucas 7.27). Também vemos o Senhor recebendo o testemunho
do Pai e do Espírito Santo no momento do Batismo (Mt 3.13-17; Mc 1.9-11; Lc 3.21-22) e pelas
obras que nenhum outro havia feito até então (Jo 15.24).
        Mesmo depois de João o batizador ter visto o Espírito Santo descer em forma de pomba
e ouvir a voz de Deus testificar sobre Jesus, uma fagulha de dúvida se apoderou de seu coração
fazendo-o enviar dois discípulos ao Mestre (Mateus 11.01-06 e Lucas 7.18-23) e perguntar se
Jesus era mesmo o enviado de Deus (o Messias), e vemos que Jesus não diz diretamente ―eu sou
o enviado de Deus‖, mas as escrituras dizem que ele operou sinais e maravilhas na frente dos
dois discípulos recomendando que eles testificassem o que viram a João, sabendo que o que
fizera falaria mais alto do que uma simples resposta afirmativa. Da mesma maneira os judeus
em Jo 10. 24, 25, o rodearam e lhe perguntaram: ―Até quando terás a nossa alma suspensa? Se
tu és o Cristo, dize-nos abertamente. E Jesus disse-lhes: “As obras que eu faço, em nome de
meu Pai, essas testificam de mim”. Uma outra resposta seria: “Os milagres que eu opero são
as palavras que vocês precisam ouvir acerca de minha Messianidade”. A operação de
milagres testificava a autenticidade do ministério de Jesus, pois antes dele, haviam acontecido
milagres no ministérios dos profetas já mencionados, mas não como no ministério de Jesus. Jo
15.24: “Se eu entre eles não fizesse tais obras, quais nenhum outro tem feito...”, e isso
deveria ser colocado na balança, ou seja, todos que viam o que Jesus fazia deveriam notar que
estava além de tudo que havia acontecido no passado e no presente, e isto, era a evidência que
Deus o enviara.
        Jesus disse para Felipe : ―Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim: crede-me, ao
menos, por causa das mesmas obras‖ (Jo 14.11). Assim vemos que os sinais testificavam da
Messianidade de Jesus e isso foi compreendido por Nicodemos que falou: ―Rabi, bem sabemos
que és Mestre, vindo de Deus: porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não
for com ele‖ (Jo 3.02). Nicodemos era príncipe e Mestre em Israel e ao fazer esta afirmação
estava fazendo uma analise critica e evidencial do que já havia sido escrito acerca dos antigos
                                                24
profetas que foram chamados por Deus. Um exemplo singular disto é quando Deus comissionou
Moisés para libertar Israel da escravidão egípcia e foi lhe dirigida à ordem e ele falou a seguinte
frase: ―Mas eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, por que dirão: O Senhor não
te apareceu”. Com isto Moisés afirma que o simples testemunho de seus lábios não traria
crédito em seu favor, em outras palavras ele disse: eu preciso mais do que palavras para que
creiam em mim! E Deus confere a ele o sinal da vara que se torna serpente e da mão que se
torna leprosa e um sinal extra que é a água que se torna em sangue (Ex 4.1-9). E a afirmação
divina é que: “E acontecerá que, se eles te não crerem, nem ouvirem a voz do primeiro
sinal, crerão a voz do derradeiro sinal;” (Ex 4.8). Assim vemos que Deus credenciou o
ministério de Moisés também com operação de sinais miraculosos descritos nos livros de Êxodo
e Números começando por estes primeiros sinais que evidenciavam que ele era o enviado de
Deus para libertar o povo de Israel da escravidão.
        O enviado de Deus é credenciado a operar maravilhas para que acreditem em suas
palavras, e isto esta presente em todo o ministério do Senhor Jesus. E podemos classificar como
impressionante o fato de que além das maravilhas serem operadas por Jesus, o seu nome
“concedia” e “concede” a aqueles que o pronunciam a mesma virtude (Lc 9.49; 10:19; Mc
16.17,18), distinguindo-o de todos os outros profetas que operaram sinais antes dele, pois, nunca
ensinaram a outros realizarem os mesmos sinais ou outros maiores do que haviam feito em seu
próprio nome! Jesus, porém disse: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em
mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou
para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho” (Jo 14.12,13).
        Podemos ver o Apostolo João no capitulo 20.30 reafirmando o que Jesus disse em 15.24.
―Jesus, pois operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão
escritos neste livro‖; juntamente com o capitulo 21.25 que diz: ―Há, porém, ainda muitas outras
coisas (sinais, maravilhas e etc) que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que
nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém‖. E no versículo
31 do capitulo 20 afirma a que propósito foi escrito o evangelho de João, e por que não dizer de
todos os escritos sagrados: ―Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome‖.
        Assim concluímos que realmente os milagres que Jesus operou testificam que Ele foi
credenciado por Deus para ser o ―Messias esperado‖ e o que as Escrituras previam sobre o
Messias se cumpriram nEle.




                                                25
Os vários milagres realizados por Jesus nos evangelhos estão
colocados nesta pequena tabela abaixo:
           Estão aqui os quatro evangelhos e a descrição dos milagres
 MATEUS     MARCOS           LUCAS        JOÃO                 DESCRIÇÃO
                                       2:1-11         Água transformada em vinho.
                                       4:46           O filho do nobre é curado.
                          4:30                        Jesus escapa da multidão.
                          5:06                        Pesca maravilhosa.
           1:23           4:33                        O espírito imundo é expulso.
8:14       1:30           4:38                        A sogra de Pedro é curada.
8:16       1:32           4:40                        Doentes são curados.
8:02       1:40           5:12                        Um leproso é curado.
9:02       2:03           5:18                        Um coxo é curado
                                       5:09           Um homem enfermo é curado.
12:09      3:01           6:06                        A mão seca é restaurada.
12:15      3:10                                       Doentes são curados.
                          7:11                        O     filho   da     viúva   é
                                                      ressuscitado.
8:05                      7:01                        O servo do centurião é curado.
12:22                                                 O demônio é expulso do cego
                                                      mudo.
8:23       4:35           8:22                        A tempestade é cessada
8:28       5:01           8:26                        Demônios expulsos entram nos
                                                      porcos.
9:18-23    5:22-35        8:40-49                     A filha de um líder é
                                                      ressuscitada.
9:20       5:25           8:43                        A mulher com hemorragia é
                                                      curada.
9:27                                                  Cegos são curados.
9:32                                                  Demônio é expulso do surdo-
                                                      mudo.
14:13      6:30           9:10         6:01           Cinco mil são alimentados.
14:25      6:48                        6:19           Jesus anda sobre a água.
14:36      6:56                                       Doentes são curados em
                                                      Genesaré.
15:21      7:24                                       Filha de um gentio é curada.
           7:31                                       Um surdo-mudo é curado.
15:32      8:01                                       Quatro mil são alimentados
17:01-08   9:02-08        9:28-36                     Transfiguração de Jesus.
17:24                                                 A moeda na boca do peixe.
                                       9:01           A cura do cego de nascença.
                          11:14                       Um          surdo         mudo
                                                      endemoninhado é curado.

                                         26
13:11                 A mulher enferma é curada.
                      14:01-04              O homem hidrópico é curado.
                                 11:43      Lázaro é ressuscitado.
                      17:11                 Dez leprosos são purificados.
20:30      10:46      18:35                 Dois cegos são curados.
21:18      11:12                            A figueira seca.
                      22:51                 Orelha do servo é restaurada.
28         16:01-08   24         20         Jesus ressuscita dos mortos.
28:01-07                                    Um anjo rola a pedra e anuncia
                                            a ressurreição.
28:05-08   16:05-07   24:04-08              Um anjo aparece no tumulo.
                                 20:11-13   Anjos aparecem a Maria.
           16:09                 20:14-17   Jesus     aparece    a    Maria
                                            Madalena.
28:09,10                                    Jesus aparece para mulheres.
           16:14-18   24:36-48   20:26-31   Jesus aparece para os onze.
                                 21:01-25   Jesus aparece para sete.
                                 21:06      Pesca milagrosa.
28:16-20   16:15-18                         Jesus aparece aos apóstolos
                      24:51                 Jesus é elevado aos céus.




                                  27
A superioridade de Jesus é evidenciada.

       Jesus é superior ao patriarca Abraão.
        ―Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão
existisse, EU SOU‖ Jo 8.58
        Abraão é o patriarca, ou pai da nação de Israel, pois é o ancestral que recebeu a
promessa divina de formar uma nação que seria como a areia da praia em quantidade. Em
Abraão vemos o inicio de Israel e a grande honra que ele tem por este motivo entre seus
descendentes, porém Jesus é maior que ele. Jesus é maior que Abraão por existir antes dele
como descrevemos no versículo acima e por que sendo Deus fez a promessa e o seu
cumprimento acontecer.


       Jesus é superior ao Sábado.

        ―O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado;
de sorte que o Filho do homem é senhor também do sábado.‖ Mc 2.27,28.

         O sábado é um sinal entre Deus e o povo de Israel (Ex 31.16,17), um dia especial para o
povo descansar e adorar.
         O sábado foi criado para impor limites ao povo Israelita concernente a ganância e
exploração.
         O sábado foi criado não para impor servidão ao povo Israelita, mas para servi-lo. Neste
dia além de descansar todos tinham a oportunidade de dedicar mais tempo a buscar
entendimento sobre a lei e adorar o Senhor.
         Para aqueles que não são Israelitas porque não descendem carnalmente de Abraão, mas
foram chamados pelo evangelho para pertencerem a Igreja de Deus, o sinal entre Deus e a Igreja
é o próprio Senhor Jesus.
         Porque é o próprio Senhor Jesus e não o Sábado?
         Porque quem criou o sábado foi o próprio Senhor Jesus, pois Ele é Deus (Jo 1.1) e Ele
mesmo se declara Senhor do sábado (Mc 2.28) e maior é aquele que cria do a coisa criada (Hb
3.3) e não existe na nova aliança nenhuma especificação ou ordem direta para guarda deste dia.
         Não estou querendo dizer com isso que Jesus não guardava o sábado. Jesus era um
israelita e sendo um israelita ele obedecia a lei, porém, após sua morte e ascensão e
consequentemente o estabelecimento da nova dispensação, vemos que o novo testamento não
adotou como mandamento um dia especifico semanal para ser observado como o era no antigo
testamento que influenciava a vida do povo até mesmo com a pena capital (Ex 31.14; Nm
15.32-36). Isto quer dizer que se alguém quer insistir em que o sábado é necessário para
salvação no novo testamento tem que concordar que a quebra de sua observância leva o
individuo a morte segundo os versículos nesse parágrafo citados.
         O fato dos discípulos de Jesus não observarem o sábado ou qualquer outro dia de
descanso semanal não os elimina da igreja como ocorria com o israelita no antigo pacto (Ex
31.14).

                                              28
O sábado não possui valor salvivifico como algumas poucas denominações cristãs
querem afirmar, pois quem salva o homem é o poder purificador do sangue de Jesus (Rm 5.9; Ef
1.17; Ap 1.5).
        A igreja não adora a Deus somente num dia da semana, mas todos os dias.
        Como a igreja não recebeu especificamente uma ordem para guardar um dia semanal de
descanso semelhante ao antigo pacto, ela pode em qualquer hora e dia da semana exercer sua
tarefa de evangelizar o mundo.
        Gostaria de lembrar que nos dias de descanso de trabalho material (lavouras, comércios,
firmas e etc) os irmãos e irmãs trabalham para Jesus na evangelização, e isto quer dizer que eles:
        Podem e até andam mais de novecentos metros2.
        Carregam instrumentos, aparelhos de som, vídeo e etc para realizar cultos, palestras,
convenções, eventos e etc.
        (O ato de carregar objetos era caracterizado como trabalho e quebra da observância do
dia de descanso no antigo pacto. Ex 20.10).
        Usam água, luz, gás, telefonia e outros meios de comunicação.
        (Existem pessoas que estão trabalhando para fornecer água, luz, gás, telefone,
comunicação e etc e no antigo pacto era proibido usufruir serviços no dias de descanso até de
pessoas que não pertenciam ao povo de Israel. Ex 20.10, 35.3).


        Jesus é superior ao rei Davi.

         ―Mas Jesus lhes perguntou: Como podem dizer que o Cristo é filho de Davi? Visto como
o próprio Davi afirma no livro de Salmos: Disso o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha
direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Assim, pois, Davi lhe chama
Senhor, e como pode ser ele seu filho?‖ Lc 20.41-44.

        O rei Davi é tido por todo povo judeu como o maior rei que Israel já teve e em seu
reinado Israel foi projetado como a nação mais forte de sua época. Davi é a referência máxima
sobre o modelo de rei que o povo israelita deseja ter devido sua bravura e poder de liderança.
Davi foi um homem que serviu a Deus, porém, teve algumas falhas que estão descritas nas
escrituras. Seu envolvimento com uma mulher casada (adultério) e sua estratégia para matar seu
marido (homicídio), mostram seu lado humano (quero exprimir o sentido de homem falho e
pecador) que declara que ele era um pecador comum como todos os outros e que era carente das
misericórdias divinas.
        Jesus, porém nunca cometeu adultério ou qualquer relação sexual ilícita (fornicação) ou
homicídio e etc., ele sempre teve uma conduta perfeita aqui na terra e isto, testifica a seu favor,
demonstrando sua superioridade sobre Davi, que ao ter uma revelação divina acerca do advento
de Jesus Cristo escreve o salmo messiânico chamando o de meu Senhor (Sl 110.1).



        2
                   Algo que no antigo pacto era proibido, pois andar mais que novecentos metros que era à
distância que os rabis permitiam aos judeus caminhar no sábado era proibido. Esta distancia limite aparentemente
foi calculada em Ex 16.19, interpretada a luz de Nm 35.5. Jesus é superior ao sábado: informação retirada da bíblia
anotada. Editora Mundo Cristão. página 1359. nota sobre o versículo 12 do capitulo 1 de atos dos apóstolos.

                                                        29
Jesus é superior ao rei Salomão.
       ―...E eis aqui está quem é maior do que Salomão‖. Mt 12.42

       Salomão teve o privilegio te ter um reinado de paz, seu próprio nome significa pacifico,
embora em sua velhice ele abandonou o Senhor e passou por turbulências. Em sua época ele foi
o homem mais sábio e rico que existiu e é uma referência até nos dias atuais na fantasia
daqueles que gostariam de terem riquezas e glórias. Sua conduta foi boa durante alguns anos,
porém, não perseverou em seguir a Deus e virou um idolatra em sua velhice.
       Enquanto homem Jesus não teve riquezas como Salomão, mas nem por isso, deixou de
seguir a Deus, mesmo sendo tentado pelo diabo que lhe oferecia a glória do mundo e suas
riquezas rejeitou-as e respondeu que somente adoraria ao Deus verdadeiro (Mt. 4) e sua
sabedoria é infinitamente maior que a de Salomão, pois, Ele mesmo é a fonte da sabedoria.



       Jesus é superior ao profeta Jonas.
       ―...E eis aqui está quem é maior do que Jonas‖. Mt 12.41

        Jonas é dentro do Antigo Testamento o único profeta que foi enviado a trazer uma
mensagem de juízo a outra nação, sendo desobediente e prevendo que Deus não iria destruir a
cidade de Nínive caso ela se arrependesse. Apesar de contrariar sua própria vontade sua
pregação de juízo fez com que pelo menos aquela geração que estava em Nínive sobrevivesse a
destruição divina.
        Jesus é superior a Jonas, pois, voluntariamente antes da fundação do mundo já havido
disposto vir salvar os homens. A sua missão não reservou salvação somente para uma cidade,
mas para todas cidades da terra e esta mesma salvação transcende o tempo, pois, vendo salvado
gerações desde de que começou a ser anunciada.


       Jesus é superior ao profeta Moisés.
       ―Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto
maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu‖. Hb 3.3

        Moisés é tido como o maior profeta que Israel já teve, pois, por seu intermédio Deus os
libertou da escravidão no Egito e entregou a lei. Moisés marca o inicio da herança escrita do
legado de Deus para com seu povo, porém, falhou ao ferir a rocha em Meribá em vez de apenas
falar a ela para jorrar água para saciar a sede do povo (Nm 20.1-13).
        Jesus é superior a Moisés porque nunca demonstrou falta de fé e foi obediente até a
morte e morte de Cruz (Fp 2.8) e acima disto, sua superioridade vem descrita em Hb 3.3, pois, a
própria chamada de Moisés não foi realizada involuntariamente a vontade Jesus, mas Ele
próprio foi quem o escolheu para realizar a redenção de Israel.



                                              30
Jesus é superior a João Batista.
        ―No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse: Após mim vem um varão que tem
a primazia, porque já existia antes de mim.‖ Jo 1.29,30

       João Batista é o último profeta no estilo do Antigo Testamento (Mt 11.11) e é o
escolhido de Deus para manifestar ao mundo o Messias (Jo 1.21) e o seu ministério é baseado
em anunciar o advento daquele que é maior do ele, assim, o próprio testemunho de João testifica
que Jesus é superior a ele (Jo 1.26,27) e suas palavras em Jo 3.30 são notáveis e devem ser
tomadas como exemplo para todos: ―Convém que ele cresça e que eu diminua‖.


        Jesus é superior a todos os profetas.
       ―Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais pelos
profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as cousas,
pelo qual também fez o universo.‖ Hb 1.1,2

       Todos os profetas foram emissários de Deus para trazer exortação, repreensão,
consolação e tornar clara à vontade de Deus para o seu povo e em seus ministérios exercerem o
que sua chamada propunha anunciando também o advento do profeta maior: ―Jesus o Cristo‖.
Nenhum profeta fez referência a si mesmo, porém, todos apontavam para o advento do Messias,
assim podemos ver pelo testemunho dos profetas testificar a superioridade de Jesus que foi autor
das profecias por ser Deus verdadeiro e por cumpri-las em sua vida terrena.


        Jesus é superior aos sacrifícios de animais.
        ―Nãopor meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no
Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.‖ Hb 9.12

       Como lemos no capitulo entendendo a morte substitutiva o sacrifício do Senhor Jesus é
superior aos dos animais porque concede aos que são purificados mudança de natureza
juntamente com o perdão sem o limite temporal e geográfico3.




3
        temporal no sentido de não possuir rótulo de validade e geográfico por valer em todos os lugares que o ser
humano vivo pode estar (ver capitulo sobre morte substitutiva).
                                                       31
Jesus é superior ao sacerdócio levítico.

      ―Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado
o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote,
segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?‖ Hb
7.11

        Como lemos no capitulo entendendo a morte substitutiva o sacerdócio levítico que
fundamentava sua existência nos atos sacrificiais e esbarrava na imperfeição de tais atos (estou
fazendo a mesma referência do tópico acima e a ideia exposta no capitulo entendendo a morte
substitutiva que mencionada que os sacrifícios demonstravam dificuldades para atingir seu alvo
―purificação completa do pecador‖) foi substituído pelo sacerdócio de Jesus que segue a ordem
de Melquisedeque e que faz tudo o que este não pode fazer, demonstrando assim sua
superioridade.


       Jesus é superior aos Anjos.

       ―Tendo-se tornado tão superior aos anjos, quanto herdou mais excelente nome do que
eles‖ Hb 1.4

        Em pé de igualdade com os homens, os anjos são seres criados e devem obedecer ao
criador. Jesus é o Deus todo-poderoso e os anjos estão sujeitos a sua ordem e sua superioridade
é incontestável.


       Jesus é superior a qualquer apóstolo.
      ―Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o
Senhor concedeu a cada um.‖ 1 Co 3.5

        Os apóstolos são apenas discípulos comissionados pelo Senhor Jesus para anunciarem
sua mensagem. Não existiriam apóstolos se não houvesse o mestre que lhes chamou e outorgou
o direito de anunciarem sua mensagem, assim, podemos dizer que por mais feitos que qualquer
apóstolo tenha feito, ele só pode realiza-lo porque foi escolhido e comissionado.


     Jesus é superior a Maria que foi escolhida por Deus para o
gerar.
     ―Porquanto há um só Deus e um só Mediador, entre Deus e homens, Cristo Jesus,
homem,‖ 1 Tm 2.5

       Maria foi escolhida para ser mãe de Jesus o homem, porém, Jesus Deus verdadeiro na
eternidade não possuiu mãe, pois, diferentemente de Maria sempre existiu. Maria teve pai e mãe

                                              32
como todos os homens comuns e herdou de Adão o estigma do pecado, diferentemente de Jesus
que teve Maria como sua mãe, porém, não teve pai humano porque foi gerado pelo Espírito
Santo.
        Maria morreu e ainda não ressuscitou, mas está esperando a ressurreição como todos os
justos que morreram sendo salvos em Jesus.
        Jesus é superior a Maria porque ela é uma simples mulher e foi uma pecadora que
também precisou ser perdoada pelo sacrifício de Jesus.
        Maria não é mencionada fora dos evangelhos em nenhuma epístola ao contrário de Jesus
que é o cerne de todas as cartas do Novo Testamento.
        Toda intenção de adoração a Maria é um ato pecaminoso que contraria até mesmo as
próprias palavras que ela usou para demonstrar que todos devem fazer: ―Fazei tudo o que ele
(Jesus) disser‖. E a verdade maior que Jesus expressou sobre a salvação é que Ele é:
―Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o (singular) caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim‖ Jo 14.6



       Jesus é superior a todos os homens.
       ―Antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança
de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente
até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome
que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra
e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para gloria de Deus Pai.‖
Fp 2.7-11.

       Sem Jesus os homens não podem chegar a ser salvos e mesmo que os homens façam
boas obras, tenham muito dinheiro, todos estão debaixo do jugo do pecado. ―Todos os homens
pecaram e estão separados de Deus (Rm 3.23)‖ e precisam das misericórdias de Deus e da
salvação que está em Jesus Cristo.
       A superioridade de Jesus em relação a todos os homens o possibilitou realizar a obra da
expiação e ser nosso exemplo a ser seguido.


       Jesus é superior a todas as religiões que existem.
       ―Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim.‖ Jo 14.6
       Deus conhecendo a fragilidade do homem e que seus esforços para voltar-se a Ele
estavam apenas o levando para mais longe, decidiu por um ato da sua soberana vontade fazer
aquilo que o homem não podia fazer e assim a história da cruz foi formulada e concretizada para
o bem estar de toda humanidade.
       Toda religião é uma clara tentativa do homem em voltar-se para Deus com seus próprios
méritos, porém, o Cristianismo (Jesus) é o próprio Deus se movendo em direção do homem
oferecendo a maneira correta para este conseguir obter sua comunhão.
       A salvação vem pelo Cristianismo, por isso, Jesus é superior a qualquer religião.


                                              33
Jesus o Deus-homem = homem-Divino.
        Antes de falarmos sobre o assunto da humanidade e deidade de Jesus Cristo
separadamente é necessário voltar nossos olhos para todos os homens em Adão, pois, a situação
deles nos leva a verdade bíblica que todos são pecadores (Rm 3.23) e que devem morrer
eternamente por seu estado pecaminoso (Rm 6.23). Nenhum homem poderia reverter essa
situação, somente Deus seria capaz de restaurar o elo entre a humanidade e a divindade.
Segundo a profecia de Gn 3.15 um descendente da mulher iria esmagar a serpente e destruir o
domínio do pecado sobre o mundo, mas como algum dos filhos caídos de Adão poderia fazer
isto? Antes de Jesus nenhum homem poderia vencer o domínio do pecado, porém ao lermos o
texto de Gn 3.15 notamos que somente um homem verdadeiro poderia destruir o poder da
serpente e do pecado e também devemos entender que este homem não poderia ser dominado
por estes dois terríveis inimigos, assim podemos concluir que este homem de quem estamos
falando deveria ser alguém especial, diferente dos demais homens no quesito de perfeição, ou
seja, sem pecado algum. Além de perfeito e sem pecado, este precisa ter condições de
aperfeiçoar seus semelhantes—a humanidade, mas como um homem comum poderia realizar tal
feito? Um homem comum ainda que perfeito não teria a capacidade de atribuir perfeição aos
seus semelhantes, ainda que fosse bem intencionado, somente quem pode aperfeiçoar ou
purificar o ser criado é quem o criou! Afirmação simples e lógica. Com isto, chegamos à
conclusão que somente Deus pode intervir na história da humanidade e traze-la de volta para si,
destruindo o poder do pecado e o purificando cada homem.
        Por isso:
        Jesus precisa ser humano para ser o representante de nossa raça que se entrega
voluntariamente em sacrifício para pagar o resgate que era necessário para anular o pecado,
cumprindo a profecia de Gn 3.15.
        Jesus precisa ser Deus verdadeiro para transmitir a perfeição conquistada pelo sacrifício
voluntário de si mesmo na cruz At 20.28.
        Durante toda a história da igreja o fato do Senhor Jesus ser ao mesmo tempo homem e
ser Deus gerou várias controvérsias. As duas naturezas em um só ser foi e é algo para todos
misterioso, pois, humanamente falando é impossível de ser explicada. Acredito particularmente
que fora da esfera da fé no ato miraculoso da encarnação do verbo não podemos arranhar uma
resposta satisfatória para explicar o fato de Cristo ser homem e ser Deus, por isso, a exemplo do
credo de Nicéia que ao estabelecer o conceito da fé cristã deixou intocável este milagre e receito
claramente que a fé é a única maneira consistente de o explicarmos e assim reafirmo o mesmo:
―Jesus é o Deus-homem e homem-Divino!‖
        Sem descartar o já afirmado nos tópicos a seguir venho expor a divindade e humanidade
de Cristo.




                                               34
Porque Jesus inteiramente Divino?
        Jesus é inteiramente Deus.
        Essa afirmação tem levantado durante toda história do cristianismo polêmicas e várias
controvérsias, pois o cerne da questão é entender como Deus sendo infinito pode ter sido
contido num simples e finito corpo humano.
        Uma questão realmente insolúvel para uma mente totalmente racional e incrédula.
        A encarnação do verbo está ligada à manifestação de um milagre e milagre não se pode
explicar, por que a partir do momento que alguém conseguir explicar a ocorrência de um
milagre, este com certeza deixará de ser milagre.
        Como explicar a criação do Universo? Muitas são as tentativas racionais de explica-la,
todavia caem no beco da dúvida não podendo ser provadas de maneira nenhuma ao chegarem na
simples pergunta ―Como se iniciou tudo?‖, ou ―Como surgiu a primeira molécula?‖, ou ainda
―Do nada pode surgir alguma coisa?‖.
        A explicação da fé, embora, seja uma teoria para muitos é a mais coerente, pois afirma
que o principio de tudo surgiu em Deus.
        Mas como ele fez isso? Alguém viu?
        Ele criou o Universo pelo ato de sua soberana vontade, fazendo tudo surgir pelo seu
poder e de sua essência, duma forma que não sabemos detalhar ou explicar e por isso atribuímos
a esse fato o nome de milagre.
        Concluímos com isso que sem o auxilio da fé e daquilo que está revelado na Palavra de
Deus nunca se entenderá a encarnação do Filho de Deus.
        A Bíblia diz que Jesus sendo Deus se esvaziou para tomar forma de homem (Fp 2.7). O
que isso significa? Significa que Jesus deixou inertes seus atributos impessoais (onipotência,
onisciência, onipresença) para encarnar, porém não deixou de ser Deus (Hb 13.8). Talvez a
maior pergunta deva ser como alguém que andou aqui na terra, comeu, se cansou, falou, até
mesmo morreu e enquanto entre homens estava não era onipotência, onisciência, onipresença
pode ser Deus? Este acontecimento se assemelha a criação de tudo, será que alguém poderia
afirmar como esta ocorreu com detalhes? Nem com detalhes e nem de uma maneira superficial,
pois a dimensão da criação e sua grandeza estão além da compreensão humana e a magnitude da
encarnação do verbo divino está na dimensão superior de entendimento que o homem não pode
alcançar nos dias atuais e talvez nem no mundo vindouro que Cristo irá implantar este
alcançará.
        Diferentemente de todo homem Jesus afirmou que sempre existiu (Jo 8.58) e antes de
morrer, ressuscitar e ser glorificado orou a Deus pedindo que fosse restaurado e voltasse a ter a
mesma glória que possuía antes de sua encarnação e antes que houvesse o mundo (Jo 17.5). Ele
criou todas as coisas (Cl 1.16; Jo 1.3) e sustenta todas as coisas (Cl 1.17).
        João nos explica a Divindade e a encarnação de Jesus e colabora de uma forma singular
para elucidar as dúvidas sobre estes importantes pontos do cristianismo:
        ―No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus‖. São João
01.01.
        O evangelho de João coloca-se numa perspectiva cósmica ao iniciar-se semelhantemente
como no capítulo primeiro de Gênesis do A.T. enxerindo a palavra principio, destacando a
posição de Jesus na Eternidade insondável: ―Principio e Fim, Primeiro e Último, letra A e Z,
Alfa e Omega‖.
                                               35
Em foco podemos ver a palavra que está em destaque como sujeito desta oração:
“verbo” ou simplesmente “palavra”; mas o que significa exatamente esse verbo ou essa
palavra neste contexto? Uma pergunta que aparentemente é simples. A resposta seria que a
palavra é a junção de vogais e consoantes formando silabas e estas unidas dão vida aos sinais
gráficos ou sonoros?
        Na verdade para entendermos isto, precisamos do auxilio da língua grega. A palavra
verbo é a tradução de uma palavra singular: “Logos”. Bom, agora para continuarmos
caminhando rumo ao esclarecimento deste versículo e seu contexto, temos de pedir auxilio a
religião grega. Os gregos acreditavam que o homem por ser feito de matéria era mau, em si, a
matéria era toda má. Os homens podiam se comunicar apenas com os semi-deuses (da união
entre humanos e deuses surgia os semi-deuses. Ex. Hercules) e também com os deuses como
Zeus, Era, Cronos e etc, que não eram totalmente bons ou maus, estes deuses seriam inferiores,
pois se comunicavam com a matéria má. Alem destes estava o Deus que não pode ser tocado ou
alcançado pelo ser humano: ―O LOGOS‖. Inacessível, desconhecido e totalmente alheio a toda
humanidade.

                                          “LOGOS”




                              Barreira intransponível aos homens




                                           Deuses
                                         Semi-deuses
                                         Humanidade

        João inicia seu evangelho falando do Deus inacessível que todos os gregos já ouviram
falar antes, e não somente os gregos, mas de certa maneira todo império romano, pois, Roma era
o comando militar e político de então, todavia, a cultura grega exercia há muito tempo o
domínio intelectual e cultural, que não podia ser desfeito pelo poder bélico de nenhuma nação.
Até o dia de hoje a cultura, filosofia e até a religião grega exerce sua influência sobre o mundo.
O ditado popular: ―Você está falando grego!?‖- não está longe de ser uma realidade, pois
palavras como ginecologia, Cosmos, Cronologia, geográfica e outras mais, são de origem grega.
        Perplexos, felizes, excitados, indiferentes, interessados, incrédulos... Podem ser
expressões bem próximas daqueles que tinham influência grega sob suas vidas ao começarem a
ler este evangelho. João inicia falando do Deus que estava distanciado do ser humano por sua
pureza, mas que resolve tomar a forma insignificante de homem, vindo com isso, socorrer a
matéria má, fazendo assim parte da história dela!
        Inconcebível? Inacreditável? Estupendo! João quebra sem piedade todo o misticismo da
religião grega. Deus não somente pode se comunicar com o homem, como agora Ele tem
encarnado para estar conosco: junto da nossa realidade, da nossa fraqueza, das nossas
dificuldades, da nossa natureza, podendo ser chamado então de Emanuel: ―Deus Conosco‖.
        João fala do principio e a seguir coloca o seguinte: ―O verbo estava com Deus...‖- Uma
pessoa distinta de Deus em sua personalidade, mas pertencente à unidade composta da trindade
que possui a mesma essência divina, sendo a segunda pessoa da Trindade (1 João 05.07).
                                                  36
E acrescenta: ―O verbo era Deus...‖ – O Logos—Jesus é o inicio de tudo e já existia
antes de encarnar e assumir sua forma de humilhação sendo homem verdadeiro e Deus
verdadeiro... ―O Verbo era... antes de sua encarnação, diferentemente de todo o homem comum
ele já existia sendo Deus‖.
        Ele é Deus e criou todas as coisas: ―Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada
do que foi feito se fez‖. Jo 1.03
        E ainda digo mais: ―Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens‖. Ele não somente
criou todas as coisas, mas ainda as sustenta pelo seu infinito poder! Jo 1:04
        Este mesmo Logos que você dizem ter ouvido falar, que estudam sobre ele, mas não
podem chegar perto dele. Esse mesmo encarnou: ―E o verbo (Logos) se fez carne, e habitou
entre nós...‖ e se isso não bastasse eu e outros conversamos com ele, apalpamo-lo, caminhamos
ao seu lado, aprendemos de sua própria boca, e fiquem sabendo que esse negócio de a matéria
ser má, não é verdade, pois ele continua sendo santo, irrepreensível, verdadeiro... Saibam que
nós o vimos: ―e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade‖. Jo 1.14.
        E a graça que é a manifestação do amor divino, que coloca a disposição do homem uma
ponte para este chegar ao Deus inacessível foi estabelecida por este Logos: ―A graça e a verdade
vieram por JESUS CRISTO‖. Jo 1.17
        Jesus o Logos Divino tira o pecado do mundo. Nele a barreira que torna o alcance a
Deus impossível é removida: ―Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo‖.Jo 1.29
        Quero que entendam que o Logos—Jesus tem autoridade para realizar muitos sinais
entre os homens: Ele transforma água em vinho (Jo 2); curou o filho de o filho de um chefe de
nossa nação (Jo 4.43-54); também curou um homem que à trinta e oito anos estava paralítico (Jo
5.1-15); multiplicou Paes para cinco mil homens sem contar as mulheres e crianças (Jo 6.1-15);
andou sobre as águas do mar como se fosse terra seca (Jo 6.16-21); Ele fez enxergar um cego de
nascença (Jo 9.1-41); ressuscitou um homem chamado Lazaro que estava morto há quatro dias
(Jo 11.1-45)
        João tinha muito a dizer em seu evangelho e colocou de uma maneira maravilhosa
expressando qual era à vontade de Deus para todos. Podemos ver Jesus falando sobre o homem
nascer de novo no capitulo três, dizendo que a natureza pecaminosa do homem pode ser mudada
pela ação do Espírito e da palavra de Deus, agora a regeneração era acessível a todos por
intermédio dEle. O Logos—Jesus transforma a natureza má e pecaminosa do homem, fazendo
que ele possa ser um novo homem que vive segundo a vontade de Deus.
        No capitulo quatro seu foco é ensinar que para adorar a Deus não bastava um lugar
geográfico feito por mãos humanas, mas uma disposição que surgisse do fundo do ser no verso
que diz: ―Crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem;‖ Jo 4.21,23
        No capitulo cinco ele se coloca em igualdade com o Pai dizendo: tudo o que o Pai faz o
filho também faz, o Pai ama o Filho, o Filho exercerá juízo sobre os homens, todos devem
honrar o Filho como honram o Pai.
        No capitulo seis todos podem se alimentar do pão da vida que Jesus é, pão comum sacia
a fome por pouco tempo, mas o pão que desce do céu permite que aquele que o come viva por
Jesus eternamente.
        No capitulo sete ele diz a todos que é a água para saciar a todos os que tem sede. Se
alguém quer conhecer a Deus e sua verdade tem que beber essa água.

                                               37
No capitulo oito ele salva uma mulher que foi pega em adultério e foi trazida perante o
mestre sem a presença do adultero, numa tentativa de incriminar Jesus. Porém apresentado a
vida de cada um como um espelho todos os acusadores vão embora e a mulher recebe uma nova
chance. Em seguida Jesus inicia um novo discurso e diz que é a luz do mundo e reafirma sua
divindade dizendo: que antes que Abraão existisse ―Eu Sou‖.
        No capitulo nove ele esclarece que alguns acontecimentos na vida do homem não
provem do pecado de seus pais ou dele mesmo, mas Deus permite para que a sua Glória seja
manifesta entre os homens. Os judeus não crêem na cura e acusam a Jesus e selam os seus
destinos por permanecerem em seus pecados não enxergando os sinais que Jesus fazia.
        No capitulo dez vemos Jesus demonstrar que ele é o acesso a Deus, o sumo Pastor das
ovelhas e aquele que doa a vida por elas.
        No capitulo onze o Pastor vai até onde sua ovelha jazia morta e a levanta viva
novamente e declara que ele tem poder para dar vida, sendo ele mesmo a ressurreição e vida
eterna para todos os que crêem.
        No capitulo doze ele tem seus pés ungidos por Maria e é preparado antecipadamente
para seu sepultamento. Depois disto segue para Jerusalém e entra triunfalmente na cidade sendo
recebido com grande festa pelo povo.
        Nos capítulos 13 a 17 Jesus lava os pés dos discípulos e prediz sua traição, começa a
descrever as ultimas instruções antes de sua morte aos discípulos acerca de si e do consolador
que haveria de vir. Jesus claramente apresenta sua posição como mediador sacerdote e
sacrifício. Ora por seus discípulos e pede sua restauração, ou seja, à volta ao seu primeiro estado
quando estava na eternidade, declarando mais uma vez sua deidade.
        Nos capítulos 18 a 19 vemos sua traição, prisão e crucificação conforme tudo o que Ele e
as profecias haviam predito. Ele voluntariamente se entrega para salvar a humanidade, mesmo
sem ter cometido erro algum.
        Nos últimos dois capítulos: 20 e 21. Vemos a vitória sobre a morte, a aparição a Maria
Madalena e aos demais discípulos e o objetivo do livro ser escrito: ―Jesus, pois operou também
em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes,
porem, foram escritos para que creias que Jesus é o cristo, o Filho de Deus, e para que crendo,
tenhais vida em seu nome‖. Jo 20.30,31.
        Jesus é glorificado e torna a assumir sua posição eterna vestindo-se da glória que ele
havia se despido para salvar a humanidade (Fp 2.7).
        Assim o livro de João se encerra colocando o Logos divino numa perspectiva acessível
aos que querem conhecer a verdade e poder ter vida eterna e comunhão com Deus que não está
mais distante de nossa realidade, mas que viveu entre nós, morreu e ressuscitou e agora é o
nosso caminho de volta a perfeição de uma nova vida.




                                                38
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus
Crendo no enviado de deus

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Conhecendo o amor de deus lições 7 a 9
Conhecendo o amor de deus lições 7 a 9Conhecendo o amor de deus lições 7 a 9
Conhecendo o amor de deus lições 7 a 9Lilian Pereira-Ferrari
 
CRESCIMENTO ESPIRITUAL CRISTÃO
CRESCIMENTO ESPIRITUAL CRISTÃOCRESCIMENTO ESPIRITUAL CRISTÃO
CRESCIMENTO ESPIRITUAL CRISTÃOLc Passold
 
VIDEIRA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
VIDEIRA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL VIDEIRA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
VIDEIRA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL Lc Passold
 
Conheça jesus - Único, Incomparável, Maravilhoso
Conheça jesus - Único, Incomparável, MaravilhosoConheça jesus - Único, Incomparável, Maravilhoso
Conheça jesus - Único, Incomparável, MaravilhosoJosé Arnaldo
 
Conhecendo o amor de deus lições 10 a 12
Conhecendo o amor de deus lições 10 a 12Conhecendo o amor de deus lições 10 a 12
Conhecendo o amor de deus lições 10 a 12Lilian Pereira-Ferrari
 
ANDAR COM DEUS
ANDAR COM DEUSANDAR COM DEUS
ANDAR COM DEUSLc Passold
 
O Único Deus Verdadeiro - Paul Washer
O Único Deus Verdadeiro - Paul WasherO Único Deus Verdadeiro - Paul Washer
O Único Deus Verdadeiro - Paul WasherPortal Cristão
 
LIVRE DO PODER DO PECADO
LIVRE DO PODER DO PECADO LIVRE DO PODER DO PECADO
LIVRE DO PODER DO PECADO Lc Passold
 
01 doutrina cristã de deus
01   doutrina cristã de deus01   doutrina cristã de deus
01 doutrina cristã de deusLuiz Ferreira
 
A serpente do paraíso erwin lutzer
A serpente do paraíso    erwin lutzerA serpente do paraíso    erwin lutzer
A serpente do paraíso erwin lutzerDeusdete Soares
 
Lição 5 Adão – a imagem de Deus
Lição 5   Adão – a imagem de DeusLição 5   Adão – a imagem de Deus
Lição 5 Adão – a imagem de DeusLuciana Campos
 
FUGINDO DE DEUS
FUGINDO DE DEUSFUGINDO DE DEUS
FUGINDO DE DEUSLc Passold
 
VINHA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
VINHA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL VINHA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
VINHA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL Lc Passold
 
Mergulhando no Espírito e Compreendendo a Fé
Mergulhando no Espírito e Compreendendo a FéMergulhando no Espírito e Compreendendo a Fé
Mergulhando no Espírito e Compreendendo a Féwww.osEXgays.com
 

La actualidad más candente (18)

Conhecendo o amor de deus lições 7 a 9
Conhecendo o amor de deus lições 7 a 9Conhecendo o amor de deus lições 7 a 9
Conhecendo o amor de deus lições 7 a 9
 
CRESCIMENTO ESPIRITUAL CRISTÃO
CRESCIMENTO ESPIRITUAL CRISTÃOCRESCIMENTO ESPIRITUAL CRISTÃO
CRESCIMENTO ESPIRITUAL CRISTÃO
 
VIDEIRA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
VIDEIRA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL VIDEIRA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
VIDEIRA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
 
Jormi - Jornal Missionário n° 73
Jormi  -  Jornal Missionário n° 73Jormi  -  Jornal Missionário n° 73
Jormi - Jornal Missionário n° 73
 
Conheça jesus - Único, Incomparável, Maravilhoso
Conheça jesus - Único, Incomparável, MaravilhosoConheça jesus - Único, Incomparável, Maravilhoso
Conheça jesus - Único, Incomparável, Maravilhoso
 
Conhecendo o amor de deus lições 10 a 12
Conhecendo o amor de deus lições 10 a 12Conhecendo o amor de deus lições 10 a 12
Conhecendo o amor de deus lições 10 a 12
 
ANDAR COM DEUS
ANDAR COM DEUSANDAR COM DEUS
ANDAR COM DEUS
 
O Único Deus Verdadeiro - Paul Washer
O Único Deus Verdadeiro - Paul WasherO Único Deus Verdadeiro - Paul Washer
O Único Deus Verdadeiro - Paul Washer
 
LIVRE DO PODER DO PECADO
LIVRE DO PODER DO PECADO LIVRE DO PODER DO PECADO
LIVRE DO PODER DO PECADO
 
01 doutrina cristã de deus
01   doutrina cristã de deus01   doutrina cristã de deus
01 doutrina cristã de deus
 
A serpente do paraíso erwin lutzer
A serpente do paraíso    erwin lutzerA serpente do paraíso    erwin lutzer
A serpente do paraíso erwin lutzer
 
Lição 5 Adão – a imagem de Deus
Lição 5   Adão – a imagem de DeusLição 5   Adão – a imagem de Deus
Lição 5 Adão – a imagem de Deus
 
FUGINDO DE DEUS
FUGINDO DE DEUSFUGINDO DE DEUS
FUGINDO DE DEUS
 
VINHA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
VINHA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL VINHA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
VINHA VERDADEIRA - CURSO DE ENRIQUECIMENTO ESPIRITUAL
 
Lição 6 - Bênçaos da justificação
Lição 6 - Bênçaos da justificaçãoLição 6 - Bênçaos da justificação
Lição 6 - Bênçaos da justificação
 
Mergulhando no Espírito e Compreendendo a Fé
Mergulhando no Espírito e Compreendendo a FéMergulhando no Espírito e Compreendendo a Fé
Mergulhando no Espírito e Compreendendo a Fé
 
jormi - Jornal Missionario n° 45
jormi - Jornal Missionario n° 45jormi - Jornal Missionario n° 45
jormi - Jornal Missionario n° 45
 
GUERRA
GUERRAGUERRA
GUERRA
 

Destacado (8)

Criminalidade heróica
Criminalidade heróicaCriminalidade heróica
Criminalidade heróica
 
Historias que edificam animando vencedores
Historias que edificam   animando vencedoresHistorias que edificam   animando vencedores
Historias que edificam animando vencedores
 
A familia como idéia divina
A familia como idéia divinaA familia como idéia divina
A familia como idéia divina
 
Hipótese de incidência tributária
Hipótese de incidência tributáriaHipótese de incidência tributária
Hipótese de incidência tributária
 
Filme avatar
Filme avatarFilme avatar
Filme avatar
 
Conhecendo a igreja primitiva através de atos dos apóstolos
Conhecendo a igreja primitiva através de atos dos apóstolosConhecendo a igreja primitiva através de atos dos apóstolos
Conhecendo a igreja primitiva através de atos dos apóstolos
 
Bibliologia
BibliologiaBibliologia
Bibliologia
 
Manual. discipulado para adolescentes
Manual. discipulado para adolescentesManual. discipulado para adolescentes
Manual. discipulado para adolescentes
 

Similar a Crendo no enviado de deus

A doutrina da absoluta inabilidade humana john mac arthur
A doutrina da absoluta inabilidade humana   john mac arthurA doutrina da absoluta inabilidade humana   john mac arthur
A doutrina da absoluta inabilidade humana john mac arthurDeusdete Soares
 
Lição 12 - A IGREJA E A SALVAÇÃO DOS PERDIDOS
Lição 12 - A IGREJA E A SALVAÇÃO DOS PERDIDOSLição 12 - A IGREJA E A SALVAÇÃO DOS PERDIDOS
Lição 12 - A IGREJA E A SALVAÇÃO DOS PERDIDOSErberson Pinheiro
 
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUBGuia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUBPaulo Zanin Júnior
 
Revista juventude pioneira ano iii ed 5 site
Revista juventude pioneira   ano iii ed 5 siteRevista juventude pioneira   ano iii ed 5 site
Revista juventude pioneira ano iii ed 5 sitejumap_pioneira
 
Livro ebook-cristianismo-basico
Livro ebook-cristianismo-basicoLivro ebook-cristianismo-basico
Livro ebook-cristianismo-basicoEdma Simão
 
Estudo sobre as Escrituras
Estudo sobre as EscriturasEstudo sobre as Escrituras
Estudo sobre as EscriturasAlberto Simonton
 
ebd-2o-trimestre-2018-licao-5-vivendo-uma-santa.pptx
ebd-2o-trimestre-2018-licao-5-vivendo-uma-santa.pptxebd-2o-trimestre-2018-licao-5-vivendo-uma-santa.pptx
ebd-2o-trimestre-2018-licao-5-vivendo-uma-santa.pptxKARINEVONEYVIEIRABAR
 
A suficiência de cristo (paulo brasil)
A suficiência de cristo (paulo brasil)A suficiência de cristo (paulo brasil)
A suficiência de cristo (paulo brasil)Deusdete Soares
 
O chamado para o discipulado
O chamado para o discipuladoO chamado para o discipulado
O chamado para o discipuladoPastor Wanderley
 
4 leis espirituais ppt
4 leis espirituais ppt4 leis espirituais ppt
4 leis espirituais pptIvanir Silva
 
As quatro leis esperituais wyllian douglas
As quatro leis esperituais wyllian douglasAs quatro leis esperituais wyllian douglas
As quatro leis esperituais wyllian douglasEdyvaldo Joaquim
 

Similar a Crendo no enviado de deus (20)

A doutrina da absoluta inabilidade humana john mac arthur
A doutrina da absoluta inabilidade humana   john mac arthurA doutrina da absoluta inabilidade humana   john mac arthur
A doutrina da absoluta inabilidade humana john mac arthur
 
Lição 12 - A IGREJA E A SALVAÇÃO DOS PERDIDOS
Lição 12 - A IGREJA E A SALVAÇÃO DOS PERDIDOSLição 12 - A IGREJA E A SALVAÇÃO DOS PERDIDOS
Lição 12 - A IGREJA E A SALVAÇÃO DOS PERDIDOS
 
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUBGuia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
Guia de Estudos no Evangelho de Lucas - ABUB
 
Revista juventude pioneira ano iii ed 5 site
Revista juventude pioneira   ano iii ed 5 siteRevista juventude pioneira   ano iii ed 5 site
Revista juventude pioneira ano iii ed 5 site
 
Destino final
Destino finalDestino final
Destino final
 
Destino final
Destino finalDestino final
Destino final
 
Destino Final
Destino FinalDestino Final
Destino Final
 
Destino Final
Destino FinalDestino Final
Destino Final
 
Aconselhamento bíblico
Aconselhamento bíblicoAconselhamento bíblico
Aconselhamento bíblico
 
Fundamentos
FundamentosFundamentos
Fundamentos
 
Quatro Leis
Quatro LeisQuatro Leis
Quatro Leis
 
Livro ebook-cristianismo-basico
Livro ebook-cristianismo-basicoLivro ebook-cristianismo-basico
Livro ebook-cristianismo-basico
 
Quatro leis espirituais
Quatro leis espirituaisQuatro leis espirituais
Quatro leis espirituais
 
Para onde
Para ondePara onde
Para onde
 
Estudo sobre as Escrituras
Estudo sobre as EscriturasEstudo sobre as Escrituras
Estudo sobre as Escrituras
 
ebd-2o-trimestre-2018-licao-5-vivendo-uma-santa.pptx
ebd-2o-trimestre-2018-licao-5-vivendo-uma-santa.pptxebd-2o-trimestre-2018-licao-5-vivendo-uma-santa.pptx
ebd-2o-trimestre-2018-licao-5-vivendo-uma-santa.pptx
 
A suficiência de cristo (paulo brasil)
A suficiência de cristo (paulo brasil)A suficiência de cristo (paulo brasil)
A suficiência de cristo (paulo brasil)
 
O chamado para o discipulado
O chamado para o discipuladoO chamado para o discipulado
O chamado para o discipulado
 
4 leis espirituais ppt
4 leis espirituais ppt4 leis espirituais ppt
4 leis espirituais ppt
 
As quatro leis esperituais wyllian douglas
As quatro leis esperituais wyllian douglasAs quatro leis esperituais wyllian douglas
As quatro leis esperituais wyllian douglas
 

Más de Pastor Paulo Francisco

Resultado do discipulado. altura espiritual de cristo
Resultado do discipulado. altura espiritual de cristoResultado do discipulado. altura espiritual de cristo
Resultado do discipulado. altura espiritual de cristoPastor Paulo Francisco
 
A atualidade da alegria eterna. parte 02
A atualidade da alegria eterna. parte 02A atualidade da alegria eterna. parte 02
A atualidade da alegria eterna. parte 02Pastor Paulo Francisco
 
A atualidade da alegria eterna. parte 01
A atualidade da alegria eterna. parte 01A atualidade da alegria eterna. parte 01
A atualidade da alegria eterna. parte 01Pastor Paulo Francisco
 
Mergulhando na benção da oração. parte 03
Mergulhando na benção da oração. parte 03Mergulhando na benção da oração. parte 03
Mergulhando na benção da oração. parte 03Pastor Paulo Francisco
 
Mergulhando na benção da oração. parte 02
Mergulhando na benção da oração. parte 02Mergulhando na benção da oração. parte 02
Mergulhando na benção da oração. parte 02Pastor Paulo Francisco
 
Mergulhando na benção da oração. parte 01
Mergulhando na benção da oração. parte 01Mergulhando na benção da oração. parte 01
Mergulhando na benção da oração. parte 01Pastor Paulo Francisco
 

Más de Pastor Paulo Francisco (20)

Inumanos e o caso neymar
Inumanos e o caso neymarInumanos e o caso neymar
Inumanos e o caso neymar
 
A diminuição de deus
A diminuição de deusA diminuição de deus
A diminuição de deus
 
Senso de direção
Senso de direçãoSenso de direção
Senso de direção
 
Construtora celeste
Construtora celesteConstrutora celeste
Construtora celeste
 
Multiplicação da luz
Multiplicação da luzMultiplicação da luz
Multiplicação da luz
 
O futuro chegou
O futuro chegouO futuro chegou
O futuro chegou
 
Espelho, espelho seu...
Espelho, espelho seu...Espelho, espelho seu...
Espelho, espelho seu...
 
Família. modelo humano ou divino.
Família. modelo humano ou divino.Família. modelo humano ou divino.
Família. modelo humano ou divino.
 
Resultado do discipulado. altura espiritual de cristo
Resultado do discipulado. altura espiritual de cristoResultado do discipulado. altura espiritual de cristo
Resultado do discipulado. altura espiritual de cristo
 
A atualidade da alegria eterna. parte 02
A atualidade da alegria eterna. parte 02A atualidade da alegria eterna. parte 02
A atualidade da alegria eterna. parte 02
 
A atualidade da alegria eterna. parte 01
A atualidade da alegria eterna. parte 01A atualidade da alegria eterna. parte 01
A atualidade da alegria eterna. parte 01
 
Mergulhando na benção da oração. parte 03
Mergulhando na benção da oração. parte 03Mergulhando na benção da oração. parte 03
Mergulhando na benção da oração. parte 03
 
Mergulhando na benção da oração. parte 02
Mergulhando na benção da oração. parte 02Mergulhando na benção da oração. parte 02
Mergulhando na benção da oração. parte 02
 
Mergulhando na benção da oração. parte 01
Mergulhando na benção da oração. parte 01Mergulhando na benção da oração. parte 01
Mergulhando na benção da oração. parte 01
 
Superando a mim mesmo. parte 02
Superando a mim mesmo. parte 02Superando a mim mesmo. parte 02
Superando a mim mesmo. parte 02
 
Superando a mim mesmo. parte 01
Superando a mim mesmo. parte 01Superando a mim mesmo. parte 01
Superando a mim mesmo. parte 01
 
Livrai nos do mal. parte 02
Livrai nos do mal. parte 02Livrai nos do mal. parte 02
Livrai nos do mal. parte 02
 
Livrai nos do mal. parte 01
Livrai nos do mal. parte 01Livrai nos do mal. parte 01
Livrai nos do mal. parte 01
 
A fé que quero ter. parte 03
A fé que quero ter. parte 03A fé que quero ter. parte 03
A fé que quero ter. parte 03
 
Vamos orar!?
Vamos orar!?Vamos orar!?
Vamos orar!?
 

Crendo no enviado de deus

  • 1. Registro na Fundação Biblioteca Nacional N.o 389.024 Livro 723 Folha 184
  • 2. Índice Comentário.....04 Introdução...............06 Quem foi Jesus?........08 Por que o Salvador?............... 10 Entendo o significado de Morte substitutiva.....13 O sacrifício melhor...............16 Argumento contra a morte substitutiva....18 Jesus, a tríplice função e sua messianidade.............19 Por que Jesus é sacerdote?............19 Por que Jesus é profeta?.......20 Jesus é um Juiz no sentido do Antigo Testamento e rei.....21 2
  • 3. Por que Jesus é o Messias?......22 Designações messiânicas........23 Os milagres de Jesus o Cristo.....24 Tabela dos milagres de Jesus......26 A superioridade de Jesus é evidenciada.....28 Por que Jesus inteiramente Divino?...............35 Os nomes que revelam a natureza Divina de Jesus......39 Por que Jesus inteiramente homem?.....40 Desenho sobre a criação do homem e a encarnação de Jesus......42 Jesus homem verdadeiro.........43 Jesus humano nosso espelho................46 Conclusão......53 3
  • 4. Comentário Acredito que uma das coisas que mais chamam atenção de todos os homens é o assunto que se refere ao céu e da possibilidade de chegar a ele. Quase todos que ouvem falar sobre o céu desejam poder um dia usufruir da alegria de estar nele e quando falamos em céu, esta palavra na verdade trás em si um significado maior que um lugar de paz, ou seja, é: estar perto de Deus. O céu significa ter o privilegio de viver eternamente com Deus. Será que realmente todos os homens querem ir para este céu? Muitos dizem que se existe um céu com certeza irão para lá, pois, segundo o seu ponto de vista são excelentes pessoas. Outros acreditam que o amor de Deus é tão grande que jamais irá castigar alguém com um possível inferno, pois isto feriria sua suposta bondade. Existem pessoas que não sabem a vontade de Deus, outros simplesmente a ignoram. Quando indagados se estão se esforçando para fazer a vontade de Deus respondem: ―Eu sirvo a Deus da minha maneira!‖ Para os que usam esta última expressão com vigor, gostaria de dizer que em primeiro lugar o céu não é nenhuma bagunça! A salvação e o perdão também não são realizados de qualquer maneira. Para que você possa entender o que quero dizer vou usar uma comparação entre as leis e regras da nossa sociedade e as leis de Deus. No nosso mundo temos regras e normas que ajudam o bom andamento de nossa sociedade. Graças a Deus por isso! Você já imaginou um mundo sem regras? Qual seria o tamanho da bagunça? Um mundo sem leis forneceria ocasião para acontecimentos desastrosos, ruins e etc., se com leis, normas e regras a sociedade sofre com pessoas que as desobedecem, sem elas a única palavra que se encaixa com a desorganização que seria é o caos. As normas estão no nosso cotidiano, vejamos, por exemplo, que: Temos direito de usufruir do uso de água potável, luz, gás e telefone, mas temos a obrigação de pagar por estes serviços, caso contrario o fornecimento deles serão suspensos. Quando queremos trabalhar em algum escritório, firma e etc., nós devemos nos adaptar ao regime interno de funcionamento deste local de trabalho. Imagine o que acontecerá com um funcionário que disser para o patrão que irá trabalhar da maneira que quiser. Logicamente será despedido na hora! Imagine que se eu prestando os testes para conseguir a carteira de habilitação para dirigir automóvel disser que irei dirigir da maneira que quero e não da maneira que esta determinada pelo órgão governamental competente que no caso de São Paulo é o Detran? Eu não vou conseguir ter uma carteira de habilitação, pois o principio básico para obtê-la é obedecer às normas. Se alguém quiser se formar em um curso e obter um diploma de uma escola que se enquadra nas normas do MEC terá que estudar, participar das aulas e realizar testes que comprovarão que está qualificado para exercer a atividade que escolheu. Sabendo desse principio podemos concluir que se uma pessoa não fizer estas coisas não poderá ter seu diploma. Se um professor der aula e não souber transmitir seus conhecimentos os alunos aprenderão o que ele quer ensinar? Se um cantor não entoar músicas de uma maneira agradável aos ouvidos venderá algum cd? 4
  • 5. Agora eu pergunto: ―Para poder chegar ao céu o homem pode ir de qualquer maneira?‖ Lógico que não! Ele tem que fazer o que Deus determinou! E onde está escrito o que Deus determinou? Na Bíblia sagrada encontramos tudo a respeito da vontade de Deus, pois, ela é o mapa que nos leva ao céu. E o assunto central da Bíblia é a salvação da humanidade que é realizada por aquEle que Deus enviou: ―Jesus Cristo!‖ Tendo em mente que devemos entender qual é à vontade de Deus para nossa vida e querendo obedece-la convido a todos a uma excelente leitura. 5
  • 6. Introdução O que é o Cristianismo? Quem foi Jesus? Quem é verdadeiramente Cristão? A natureza humana tem em si muitos pontos de interrogação. Isto está dentro de cada um e de certa maneira é uma coisa muito boa, pois, desperta o perscrutar e assim o conhecer. A Cristologia (estudo de Cristo) é a algo que há muito tempo tem me despertado o interesse. Assim nasceu este trabalho baseado no amor pelo Mestre querido e por essa disciplina. Procurei com simplicidade fazer uma síntese da Cristologia, sabemos, porém que o assunto não se esgotou, e nem vai se esgotar e para quem quer se aprofundar nele saiba que o mercado oferece bons livros. Não cesse de pesquisar, é nosso conselho em Cristo para você. Ok!? Jesus sempre foi, é, e será... João coloca esta verdade bem explicita no seu evangelho, mas não podemos dizer que ele é o único porque o Filho de Deus é o tema central das escrituras. O divino homem—Deus homem, que encarnou para salvar a humanidade perdida. Seria impossível conceber que Deus viesse resgatar o homem? Seria contrário acreditar que Deus se importa com aqueles que não querem saber dele? O seu inigualável amor, graça, misericórdia responde tudo isso em Jesus Cristo que se despojou assumindo forma de servo, deixando sua natureza divina inerte no finito, sendo após sua morte e ressurreição restaurado com a glória que sempre teve na sua eternidade (Jo 17:05). O cerne do Cristianismo é o seu Salvador Perfeito, Único e Especial! Ainda hoje vemos muitas afrontas daqueles que podemos classificar de inimigos e opositores de Cristo, que tentam retirar a divindade ou sua humanidade, transformando-o numa meia aberração histórica mentirosa. Quereríamos que muitos que hoje seguem a direção oposta à verdade pudessem mudar a ótica de suas falhas visões, pois as escrituras não são de particular interpretação (1 Pe 1:20), todavia o julgamento pertencerá ao nosso Deus. Jesus Cristo, Salvador Universal, o verbo divino o Deus-Filho que encarna para cumprir seu excelso propósito, assim abordamos o sacerdócio de Cristo iniciando no real significado da palavra salvação e morte substitutiva. Também abordaremos brevemente o fato de Deus no antigo Pacto ter estabelecido a Aliança Levítica para poder encaminhar os homens de então para a comunhão atingida pela substituição, doutrina central bíblica, onde o pecado é reparado pela morte de uma vitima inocente, neste caso, a morte de animais; vemos a grande dificuldade de se apresentar diante do Deus Santo e os rituais que davam à purificação e a continuidade dos atos purificatórios ou sacrificiais para remissão do pecado que não podia ser extinto devido à imperfeição destes mesmos, no tocante ao mudar a consciência, mas com seu valor temporário de justificação bem definido até a chegada da plenitude dos tempos onde seria apresentado um sacrifício de amplitude universal e perfeito em todos os aspectos. Vemos assim a transição da antiga aliança para a nova, onde os antigos rituais levíticos foram substituídos pelo sacrifício supremo de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o qual é a vitima e o réu, o sacrifício e o sacerdote, a oferta e o ofertante, o único Mediador entre Deus e os homens. Jesus com a oferta de si mesmo conseguiu o que os sacrifícios cruentos de animais não conseguiram, remover o pecado da consciência, abrindo ao homem o caminho da comunhão perdida no jardim do Éden por Adão, o fazendo participante de seu Reino e o adotando na qualidade de filho. 6
  • 7. O Deus eterno que encarnou, o divino que se tornou homem, sem deixar de ser divino. Ele não teve principio, não passou existir quando encarnou, Ele sempre foi. Jesus é Deus verdadeiro e podemos ter certeza disso! (Jo 1.1) A humanidade do verbo é clara nas escrituras e Jesus se auto denomina como ―o filho do homem‖ (Mt 16.55; Mc 8.38; Lc 21.27; Jo 3.14) e sua identificação com a humanidade é apresentada como um exemplo a ser seguido. Homem verdadeiro estampado em seu nascimento, crescimento, no ter fome, sede, sono, fé, dedicação, esperança, angustia, medo, agonia e em sua morte. Emanuel—Deus conosco em nossa história, vida e miséria! Que maravilhoso é ter em Jesus a redenção do homem caído, pois o tanto que a humanidade estava perdida em Adão, agora em Cristo está salva e em sua vida terrena temos um exemplo que devemos seguir. Realmente podemos ver a Jesus como a porta de entrada do céu (Jo 10.07) que nos possibilita entrar pela grata atitude de ser como ele foi, seguindo seus passos. A vida, morte, ressurreição e ministério celestial de Cristo marca o presente tempo (o agora) como oportuno para obter a salvação sem barreiras, (sexo, idade, raça, nível social e etc.) aplicando o requisito essencial para isto: a fé. Abrindo o véu deste trabalho coloco uma frase que frui de meu coração: “Não poderia de mim mesmo encontrar um tão perfeito Salvador, todavia a dádiva de um amor inexplicável a finita mente humana tornou acessível o bem que não anelava. Oh insondável amor! Prêmio máximo deste tão puro coração à tão pequeno ser. Ver , ouvir e sentir... Não são as palavras que podem expressar, mas o coração grato que transborda no sorrir da alma que reluz na esperança deste teu dom que concedeste. Agraciado, remido, santificado, transformado, salvo, encontrado... O que posso então dizer? Digo: Glórias a ti Senhor!” Paulo Francisco dos Santos 7
  • 8. ―E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste‖. João 17.03 Quem foi Jesus? Uma pergunta bem simples e sua resposta parece mais simples ainda. Você concorda comigo? Em uma roda de amigos que moram num país cristão como o Brasil a resposta seria ele é o Salvador do mundo! Entre aqueles que são céticos, simplesmente um homem muito inteligente. Para os críticos ferrenhos e opositores da Bíblia um monstruoso enganador. Para os estadistas um magnífico reformador. Para religiosos diversos ele é o fundador do Cristianismo, uma das três religiões monoteístas do mundo. Entre os filósofos ele seria caracterizado como um grande filósofo. Para os islâmicos ele seria um grande profeta, porém menor que Maomé. Para os judeus não cristãos um escriba ou rabino que interpretou a lei numa nova visão. Para alguns historiadores talvez a resposta seria: ele foi o homem que mais fez bem a humanidade! Jesus Cristo pode ser considerado para alguns um enigma! Ele mesmo nunca escreveu de si um único til e mesmo assim seus ensinos influenciam a humanidade até os nossos dias. Nunca durante toda história um homem foi tão amado e ao mesmo tempo tão odiado. Jamais em toda a humanidade houve tamanho interesse para se aprender da vida de um homem como o é em relação a Jesus Cristo. Bom ou ruim indiscutivelmente Ele é tanto durante a história como na atualidade um personagem singular e que não só influência vidas no presente, mas que sem questionamento irá exercer sua influência nas gerações vindouras. A contagem dos anos de nosso calendário Cristão começa com o seu nascimento, atualmente estamos no ano de 2005 (com uma pequena diferença de anos + ou – 5). Historicamente seus ensinos abalaram a estrutura do império Romano. Hoje em dia os cristãos somam mais de dois bilhões de pessoas neste mundo de seis bilhões de habitantes. Uma gigantesca população! Sua influência é tão grande que se uma pessoa estiver caminhando em uma certa avenida que se localiza em uma grande metrópole como São Paulo e, esta ver um terrível acidente de carro, ela com certeza irá exclamar o seguinte jargão: ―- Jesus!‖. Como sinal de espanto e um pedido espontâneo de socorro divino para os infelizes acidentados. Sua vida tem inspirado filmes, reportagens, livros, revistas, jornais, sites, notas, poemas, comércio, educação, estados, religiões e etc. Ele também é o motivo deste livro, e quando me refiro a isto, lembro-me do que o Apóstolo São João escreveu no capitulo 20 e verso 30, 31 do seu evangelho: ―Jesus, pois operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome‖. 8
  • 9. A perspectiva deste nosso livro é cristã e tem como objetivo ajudar a apresentar o Senhor Jesus para os novos convertidos à fé e aos curiosos, ou melhor, aos que querem entender mais um pouco sobre o cristianismo. Assim abordaremos de uma forma simples procurando evitar uma linguagem técnica os ensinos que transmitem a essência do evangelho. 9
  • 10. Por que o Salvador? O elevador celeste. Certo professor ilustrou a salvação desta maneira: Existia um lugar especial onde tudo era muito bom. Neste lugar havia uma boa moradia, comida em abundância, atividades que proporcionam uma vida feliz sem o infortúnio da ociosidade. Este lugar era tão especial que não se localiza na terra, mas entre a terra e o céu. Um lugar perfeito com tudo que era necessário para viver alegremente. Uma nuvem gigante abrigava um paraíso que era habitado por um casal que sempre era visitado pelo proprietário do paraíso. Onde tudo é bom, tudo vai bem. Todavia por um descuido o feliz casal por não obedecer a uma placa de proibido a passagem acabou caindo num buraco. Eles caíram num lugar diferente do que estavam acostumados a viver. Tudo era ruim comparado a sua antiga habitação. Eles queriam voltar, mas como eles poderiam fazer isso. O ser humano não tem asas. A força da gravidade puxa o corpo em direção ao solo de maneira que sem auxilio de algum mecanismo eles não poderiam sair do chão. Jogar uma corda para cima não dava, pois além de muita força para alcançar a nuvem seriam necessário vários metros de corda. O quê fazer? Se o auxilio não viesse do alto seria impossível o retorno. O proprietário do paraíso celeste ao sentir a falta dos seus amigos os procurou incessantemente e chegou à conclusão que eles deveriam ter caído em direção a terra e por isso comprou um elevador. Por um imenso cabo de aço desceu o elevador até a terra e chamou o casal para subir nele e retornarem para seu antigo lar. Conclusão: Como nós não podíamos voltar para Deus, Ele enviou o Senhor Jesus que ilustra o elevador que nos possibilita retornar para o lar, ou seja, para a comunhão na presença de Deus. Jesus Cristo o Salvador! Não é necessária a presença de um salvador ou uma atitude de salvamento se não existe uma situação em que alguém está correndo algum tipo de risco de ruína, perda ou morte. Concluímos com isso que Jesus é o Salvador de alguém que se encontra em uma situação de perigo. Mas qual o perigo que o homem (humanidade) está correndo? O que a Bíblia diz? O perigo está expresso na palavra ―morte‖. Morte? Mas todos morrem. Sim. Mas as Escrituras dizem que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23) e a morte é descrita em duas fases: A primeira como a separação do corpo físico do espiritual (Gn 3.19; Ec 12.7; Hb 9.27). A segunda é descrita como a segunda morte, onde aqueles que receberem essa sentença estarão eternamente separados de Deus e estarão em tormento no lago de fogo segundo Apocalipse 20.11-15: ―Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, 10
  • 11. postos em pé diante do trono. Então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo‖. (grifo meu) Em conformidade com o ensino de Jesus em Jo 5.27-29 (E lhe deu autoridade para julgar, porque é o filho do homem. Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo) e o texto anterior de Ap 20.11-15 haverá a ressurreição para o julgamento final, onde o homem que é um ser pleno no estado original que Deus o criou será restabelecido, ou seja, a primeira morte será anulada e cada um individualmente voltará a possuir corpo, alma e espírito para ser julgado segundo suas obras. O que é o lago de fogo? Um lugar de tormento eterno, onde para sua chama arder não é necessário haver o circulo do fogo (combustível, comburente e calor), pois é inextinguível e de ordem sobrenatural. A principio vemos que o lago de fogo foi preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41), porém todo ser humano que seguir o exemplo de rebelião do antigo anjo de luz e seus seguidores terá o mesmo destino. O lago de fogo é um lugar especial:  A palavra eternidade significa sem principio e sem final de dias ou tempo e é uma referencia única e exclusiva para Deus, porém em nossa explicação sobre o lago de fogo está no sentido de não ter final de tempo, sem levar em conta o inicio da existência do individuo que infelizmente irá passar sua triste eternidade neste lugar horrível. Quem for lançado no lago de fogo irá ser atormentado nos cinco sentidos físicos, e (+) mais o emocional, e (+) mais o espiritual. No sentido espiritual o individuo irá sofrer: Separação eterna de Deus. Ao ser lançado no lago de fogo o ser humano irá passar a eternidade distante de Deus, o que podemos classificar como sofrimento espiritual. Isto significa que quem passar a eternidade neste lugar de sofrimento nunca mais irá ouvir a palavra de Deus, sentir sua presença, nem gozar de comunhão ou ver o Altíssimo e ser feliz, ter paz, descanso e etc, algo terrível, pois o homem somente pode obter o máximo da vida em todos os aspectos junto daquEle que o criou. No sentido emocional. Aquele que for lançado no lago de fogo terá através do juízo final (Ap. 20.11-15) a ciência que estará sendo atormentado na eternidade por responsabilidade 11
  • 12. pessoal, ou seja, existirá o sentimento de culpa e remorso, pois a todos é entregue a oportunidade de salvação que cabe a cada um fazer jus em aproveitar. . No sentido físico irá o individuo no lago de fogo sofrer:  No tato. A dor será algo incessante, pois o fogo queima e o queimado não morre e o fogo não se extingue (Mc 10.44,46,48).  Na visão. O fogo do lago de fogo é um fogo escuro. Neste lugar não existe nenhuma luz. (Mt 8.12; 22.13; 25.30; Jó 38.17)  Na fala / paladar. A dor provocada pelo tormento do fogo fará o infeliz atormentado gritar e ranger os dentes sem cessar. (Mt 8.12; 22.13; 24.51; 25.30; Lc 6.25). Também é necessário lembrar que o infeliz nunca mais poderá sentir o prazer dos alimentos.  Na audição. Além de gemer, chorar, lamentar e ranger os dentes quem estiver no lago de fogo também irá ouvir milhares de gemidos, choros, lamentos e ranger de dentes durante toda a eternidade daqueles que também estarão neste triste destino (os versículos do tópico anterior são as referências para esta afirmação).  No olfato. O enxofre produz uma sensação muito desagradável ao ser inalado por nossas narinas e quem estiver no sofrimento do lago de fogo irá sentir esse cheiro terrível para toda eternidade (Ap 14.10; 19.10). A afirmação lógica para nossa questão inicial conhecendo o que o fator segunda morte significa é: ―Jesus veio salvar a humanidade deste triste destino!‖ De que maneira ele nos salvou? ―Pela sua morte na cruz, ora, essa. Todo mundo sabe disto! Ele morreu para nos salvar. Qualquer um chorou ao ver o filme!‖ Essa pode ser sua resposta, mas o simples fato de morrer na cruz pôde fazer de Jesus nosso salvador? Por que o salvador não foi outra pessoa, visto que tantos morriam desta terrível morte? Nós sentimos dó do Cristo que é maltratado, espancado e é pendurado na cruz, mas será que entendemos o sentido dessa demonstração de amor e morte? Por que ele morreu para nós salvar? Qual é a resposta? Jesus morreu em nosso lugar! Isto é chamado de morte substitutiva ou vicária. 12
  • 13. Entendo o significado de Morte substitutiva? A morte substitutiva significa que alguém morre em lugar de outrem. Quando falamos que Jesus morreu por nós, queremos dizer que ele morreu a morte que deveria ser nossa. Mas por quê? O amor é a única explicação para essa atitude! ―Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna‖. Jo 3.16 O amor motivou Deus enviar Jesus, que de forma voluntária, por este mesmo amor se doou para transmitir vida ao homem que estava destinado a sofrer o dano da segunda morte. Mas por que Jesus tinha de morrer para me substituir? Porque o ato de pecar exige a morte do pecador (Rm 6.23) e este pecador não pode evitar isto, pois não existe fiança, o dinheiro não apaga a transgressão e os atos de justiça são considerados como trapo de imundícia (Is 64.6). Mas você pode dizer eu não sou tão mau assim. Eu não mato, não faço isso ou aquilo e comparado a muitos por aí eu sou bom! O que você desconhece é que o padrão de justiça em que o homem é avaliado não provem de uma comparação de conduta de homem com homem, mas do homem em relação a Deus, e ao fazer esta comparação todos são declarados imperfeitos. Mas por que todos são imperfeitos? Porque nós herdamos do primeiro homem (Adão) a imperfeição. Como herdamos de nossos pais cor de olhos, cabelos, feição, estatura e etc. também herdamos em nosso ser o estigma do pecado. Quando Adão transgride segundo o relato de Gênesis capitulo três e perde sua forma original de santidade se fazendo pecador e a partir de então não havendo mudança neste seu estado ele o transmite para seus descendentes (Rm 5.19) – a humanidade se torna então aprisionada pelo pecado. ―Não há Justo (homem sem pecado), nem sequer um‖. (Rm 3.10, Sl 14.1-3). Quem peca? A resposta é o homem. Existe alguém que não peca? A resposta é: não existe. (1 Rs 8.46; Rm 3.23) Qual a sentença para quem peca? A resposta é a morte. (Rm 6.23) Qual morte? A resposta é: a física e a espiritual que chamamos de separação eterna de Deus (Rm 6.23; Ap 20.14,15). Existe uma maneira de escapar da condenação do pecado? A resposta é: em Jesus isto é possível (Jo 3.16). Por que isto é possível? Porque Jesus nos substituiu (1 Co 15.3;1 Jo 2.1,2). Por que foi necessário que ele nos substituísse? Para responder essa pergunta vou desenvolver o pensamento que é o cerne deste capitulo e assim entender como se iniciou a ideia de morte substitutiva e consequentemente chegar à doutrina da expiação. Leiamos Gênesis capítulo três. Este capítulo destaca a queda do homem e sua tentativa de auto justificação estampada na feitura de cintas (vestes) de folhas de figueiras (vers.7) e depois por suas palavras (12). O homem perde a comunhão com Deus, fica despido do estado original de santidade, e por pecar recebe o pagamento por sua atitude – morte. Mas Deus 13
  • 14. demonstra para o homem que ele não aprovou seu ato, mas continua o amando, sem, porém amar o seu pecado. Promete um Salvador (15) e prepara vestes (túnicas) para eles de peles de animais (21). Não podemos afirmar com certeza que este fato seja uma referencia ao primeiro sacrifício, mas nos direciona a pensar que a morte dos animais e o vestir do casal remetem à substituição e justificação – o acontecimento pode ilustrar a justificação pela morte substitutiva dos animais no lugar do casal e o vestir simbolizando a justificação recebida. Daí em diante as Escrituras nos direcionam a idéia de substituição pelo sacrifício de um animal. Um animal é inocente por não ter pecado (embora não tenha consciência) e pode substituir o pecador sofrendo a pena da morte em seu lugar, ou seja, para o pecador não morrer o animal morre no seu lugar e este é beneficiado pelo sacrifício. Dá-se o nome de expiação ao sacrifício substitutivo, pois o sangue é derramado para cobrir a transgressão. Em Gênesis capítulo 22 vemos na história do oferecimento de Isaque outra referência a morte substitutiva, pois quando Abraão é isento de sacrificar seu filho pela ordem divina, ele olha para trás e vê um carneiro preso pelos chifres nos arbustos e pega-o e sacrifica-o no lugar de Isaque. Em Êxodo capítulo 12, onde lemos que é instituída a páscoa, observa-se que a última praga trata-se da morte dos filhos primogênitos dos incrédulos e para que aqueles que eram crédulos não perdessem seus filhos primogênitos também era necessário imolar um cordeiro ou cabrito de um ano sem defeito. Este sacrifício foi substitutivo, pois, a morte do cordeiro substituía a morte do filho primogênito. Com a construção do tabernáculo e a oficialização do sacerdócio foi estabelecido pelo próprio Deus que para haver perdão de pecados era necessário que houvesse uma morte substitutiva. O relato da instituição das leis sacrificiais está em Levítico do capitulo 1 a 7, e em especial sobre a expiação do capitulo 6.24 à 7.10. No capitulo 16 é instituída a festa anual da expiação que consistia na morte de um novilho para expiação do pecado do sacerdote e sua casa, e em seguida na morte de um bode para expiação do pecado do povo, cujo sangue era levado para dentro do véu no lugar Santíssimo (Santo dos Santos), onde estava a presença do Deus Altíssimo. Tudo isto demonstra que o pecado só pode ser expiado com o derramamento de sangue (Lv 17.11). E sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). O sistema sacrifical do Antigo pacto apresentava certas dificuldades para sanar completamente o homem dos males do pecado. Vemos que os sacrifícios de animais eram aceitos por Deus concernente a cobrir o pecado, ou seja, Deus perdoava o pecado cometido, mas o individuo que pecava continuava com a mesma índole, pois sua natureza não era mudada e por isso ele facilmente reincidiria na prática do mesmo pecado (Hb 10.1-4). Outro problema era que estes sacrifícios não perdoam qualquer tipo de pecado. Pecados como adultério era punido com a morte (Lv 20.10), Bestialismo ( Lv 20.15), homossexualismo (Lv 20.13), por desobedecer a regra da guarda do sábado (Nm 15.32-36). Mais outro problema era quando houvesse um deslize e o individuo morresse antes de chegar ao lugar escolhido para apresentar o sacrifício, pois ele tinha de apresentar-se perante o sacerdote no altar que ficava em Jerusalém para que este fizesse o sacrifício expiatório para o perdão ser concedido ao pecador. Você pode perguntar onde está o problema? Se este individuo morasse longe, por exemplo, e na viajem até o templo ele morresse no meio do caminho, sem haver oferecido o sacrifício expiatório o que aconteceria como ele? Morreria sem perdão, o que resulta em receber a segunda morte! Em outras palavras, você que mora no Brasil para receber perdão segundo os rituais do antigo testamento deveria ir até o Oriente médio, em Jerusalém, no 14
  • 15. templo para oferecer o sacrifício e receber o perdão dos pecados, e se porventura no meio do caminho você morresse sem chegar ate lá, a sua condenação era certa. Como já não bastasse esses três probleminhas (que na verdade são bem grandes), ainda existia um terceiro. Mesmo depois de receber o perdão após o sacrifício, se o cidadão rescindisse e cometesse outro erro cinco minutos depois, esse erro (pecado) precisava ser removido por outro sacrifício. Isto significa que todas às vezes que o individuo pecar é necessário fazer um novo sacrifício para receber o perdão. Qual difícil era o caminho para a presença de Deus! Em suma era necessário um sacrifício melhor. Esse sacrifício melhor que fazemos referencia deveria cobrir qualquer tipo de pecado e remove-lo, transformando a natureza do pecador, libertando-o do domínio que o pecado exerce sobre sua vida. Sendo melhor deveria também ser um sacrifício que valesse em qualquer parte do mundo. E por fim, um sacrifício que pudesse estar disponível ao pecador a qualquer momento para lhe conceder perdão, sem que tomasse o tempo que em certos casos poderia interferir em sua salvação. “Daí a necessidade de um sacrifício perfeito.” 15
  • 16. O sacrifício melhor seria:  Aquele que mudasse o coração (natureza) do ser humano.  Aquele que perdoasse qualquer tipo de pecado.  Aquele que concedesse perdão em qualquer lugar do mundo.  Aquele que não tivesse tempo de validade, ou seja, valesse agora, daqui a um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano, mil anos, milhares de anos e etc. Mas onde achar este sacrifício? Quem pôde idealizar um sacrifício assim? A resposta obvia é o Deus todo-poderoso. E é ai que entra em cena o Salvador do mundo: ―JESUS CRISTO O FILHO DE DEUS‖. Quando João Batista olha para Jesus e diz em João 1.29: ―Eis aqui o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo‖, ele está pensando na morte substitutiva ou expiatória, que no caso de Jesus, por sua perfeição não seria apenas dada a uma nação, mas a todo o Universo de homens tanto daquela época quanto do futuro. Jesus Cristo o Deus-homem, santo, sem mácula, se qualifica por sua perfeição para ser o sacrifico expiatório que Deus aceitou com prazer para remover os pecados da humanidade. Quando o Senhor Jesus é entregue a prisão e sentenciado à morte, cumprisse a profecia do resgate da humanidade feita em Gn 3.15, pois ao subir a cruz, Ele substitui a humanidade. Ao morrer nos lemos que o véu do templo que separava o lugar santo do santíssimo é rasgado de alto a baixo (Mt 27.51; Mc 15.38; Lc 23.45), este fato nos mostra que o caminho que era dificílimo para chegar perto Deus, agora em Cristo seria facilitado pelo o novo caminho que a fé em Jesus iria proporcionar. Antes somente o sacerdote da descendência de Aarão podia transpassar o véu com sangue alheio (de animais) para pedir perdão por si e pelo povo de Israel, agora em Cristo o caminho foi aberto para que não somente Israel receba o perdão, mas que todos os homens o recebam este mesmo perdão sem distinção de nacionalidade. Agora toda humanidade precisa do homem Jesus para ser seu mediador entre Deus (1 Tm 2.05), que é também o Sacerdote Eterno pela ordem de Melquisedeque e é também a propiciação pelos pecados (1 Jo 2.2). Jesus assume o papel mais importante para salvação da humanidade, ele se torna tudo aquilo que é necessário para restaurar a todos a perfeição e comunhão para com Deus: vitima e o réu, o sacrifício e o sacerdote, a oferta e o ofertante, o único Mediador entre Deus e os homens. Seu sacrifício sendo perfeito é realizado uma única vez (Hb 9. 22-28; 10.12) e serve para o perdão dos pecados de toda humanidade (1 Jo 2.2), tendo como requisito para o receber a fé (Rm 5.1,2; Gl 2.16;3.26; Ef 2.8; 1 Pe 1.5). Este sacrifício diferentemente dos sacrifícios de animais age na natureza do pecador fazendo ela mudar, então o homem deixa de ser dominado pelo pecado porque é liberto (Jo 8.32), recebe o novo nascimento e passa a ser filho por adoção (Jo 1.12, Gl 4.5) e assim acontece o milagre do retorno—retorno para os braços de Deus. O sacrifício perfeito de Jesus tem um valor permanente na vida de quem o recebe pela fé, pois esse homem perdoado e reintegrado a comunhão de Deus pode até vacilar e errar involuntariamente, e assim requerer o perdão sempre que necessitar, pois o sacrifício de Jesus foi realizado uma vez e não possui rotulo de validade, seu valor realmente é eterno. Não importa se estamos no Brasil 16
  • 17. ou no Japão, ou até mesmo na Antártica ou na Lua, esse sacrifício atravessa as fronteiras dos países e abençoa a todos, qualquer um em sua pátria, cidade, bairro ou casa pode receber o perdão dos pecados. O sacrifício de Jesus Cristo é aquele sacrifício melhor que fiz referência a pouco, pois:  Ele muda o coração (natureza) do ser humano;  Ele perdoa qualquer tipo de pecado1;  Ele perdoa o pecado dos homens em qualquer lugar do mundo;  Ele não tem tempo de validade, ou seja, realmente seu valor é atual e se estende para daqui a um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano, mil anos, milhares de anos e etc. “ATENÇÃO” O sacrifício de Cristo só se torna nulo na vida daquele que o rejeita. 1 Com exceção apenas da blasfêmia contra o Espírito Santo que caracteriza uma rejeição voluntaria e consciente da autoridade do Espírito ao operar milagres seguido de ofensa segundo o texto de Mc 3.29; Mt 12.32; Lc 12.10, isto, significa que para ser considerada blasfêmia a pessoa que a fizer deve conhecer as escrituras e o porque desta não ter perdão está relacionado ao fato do Espírito Santo ser aquele que convence o mundo do pecado ( Jo 16.8), se porventura Ele se afasta fica necessariamente impossível alguém se arrepender. 17
  • 18. Argumento contra a morte substitutiva de Cristo. Os opositores da morte substitutiva de Jesus Cristo usam o argumento bíblico de Dt 5.17 que nos indica que Deus não aceita sacrifícios humanos e por isto discordam daquilo que é à base do Cristianismo em relação ao perdão dos pecados da humanidade. Porque Deus não aceitava sacrifícios humanos? Simplesmente porque toda a humanidade é imperfeita devido ao pecado de Adão (Rm 3.23; 5.19; Sl 14.1-3; Gl 3.22), e o principio da morte substitutiva era que o inocente animal (que não possuía pecado) levava os pecados do ofensor o substituindo. Realmente Deus não poderia receber um sacrifício humano devido sua imperfeição, mas no caso do Senhor Jesus a lógica da imperfeição humana é quebrada, pois ele não HERDOU O PECADO ORIGINAL DE ADÃO E TAMBÉM NUNCA COMETEU PECADO DURANTE SUA VIDA e na sua boca não houve engano (1 Pe 2.21,22; 1 Jo 3.5), o que foi reconhecido até pelo descrente Pilatos que o chamou de justo (Mt 27.24), o que também o fez o centurião que observava a sua crucificação (Lc 23.47). A perfeição (Hb 9.26) de Cristo o qualificou para substituir a humanidade levando sobre si as iniquidades (Is 53.11), sendo um sacrifício único (Hb 9.26-28; 10.12, 14) proporcionando a remissão dos pecados (Hb 10.18) e sendo ele mesmo o sacerdote, pela sua ressurreição e ascensão ao céu pode interceder eternamente junto a Deus pelos pecadores (Hb 7.22-28) concedendo eterna salvação aos que obedecem à palavra de Deus (Hb 5.9). 18
  • 19. JESUS, A TRÍPLICE FUNÇÃO E SUA MESSIANIDADE. Por que Jesus é sacerdote? A melhor síntese do significado sacerdotal e que demonstra este ministério de Jesus Cristo está no livro de aos Hebreus. E é essencial que aquele que quer aprender sobre quem eram e o que faziam os sacerdotes leia os livros de Números capitulo 3 sobre a escolha de Aarão, Êxodo capítulos 35-40 sobre o que era o tabernáculo, o livro de Levítico que é o manual de uso do tabernáculo e o livro de Hebreus que fala sobre o sacerdócio de Cristo. Quem criou a função sacerdotal foi o próprio Deus e a oficializou em Aarão (Nm 3, Ex 28. 1-3). Aarão foi constituído por Deus como sumo sacerdote e foi designado aos deveres do oficio sacerdotal. Sua missão era representar o povo diante de Deus. Lembramos que ninguém podia ocupar o cargo de sumo sacerdote só porque desejava. Havia a necessidade de ter o chamado de Deus e a devida Unção para este trabalho, da mesma forma como Deus escolheu Aarão. O sacerdote intercedia a favor dos pecadores com sacrifícios cruentos a Deus, que perdoava o pecado. Esses sacrifícios inicialmente eram oferecidos no tabernáculo que era um templo móvel que mais tarde foi substituído pelo templo que foi construído por Salomão (1 Reis 7 e 8), mas os sacerdotes continuaram sendo os descendentes de Aarão. A idéia fundamental de sacerdote é a de um mediador entre o homem e Deus. O sacerdote interpõe-se entre o homem e Deus, ao contrario do profeta, que se coloca entre Deus e o homem. O supremo sacerdote judaico é simplesmente um homem como qualquer outro, porem é escolhido por Deus para falar por todos os outros homens naquilo que eles tem a tratar com Ele. Ele apresentava as ofertas deles a Deus e oferecia o sangue dos animais que eram sacrificados para cobrir os pecados do povo e os seus próprios também. E por ser homem, pode tratar com bondade os outros homens, embora estes sejam insensatos e ignorantes, pois ele também está rodeado das mesmas tentações e compreende muito bem o problema deles. O sacerdócio atestava a vida pecadora do homem, a santidade de Deus e, por conseqüência, a necessidade de certas condições para que o pecador pudesse aproximar-se de Deus. O homem devia ir a Deus por meio de um sacrifício e estar perto de Deus pela intercessão. No antigo pacto quem fazia está função eram os descendentes de Aarão, que eram da tribo de Levi e conseqüentemente levitas. Jesus era descendente de Aarão? Não. Jesus era descendente de Davi, da tribo de Judá (Hb 7.14). Mas como ele foi ser sacerdote? Jesus não exerceu a função sacerdotal no templo em Jerusalém, mas no tabernáculo superior ao terreno (Hb 9.11,23) que está nos céus. Na morte de Jesus vemos o sacrifício único (Hb 10.12) que nos substitui e remove nossos pecados (Hb 9.28) e que este sacrifício é apresentado por Ele mesmo, porque depois de sua ressurreição e ascensão aos céus Ele se torna sacerdote eterno pela ordem de Melquisedeque (Hb 6.20; 7.21). Sendo nosso único mediador (1 Tm 2.5) possui um sacerdócio eterno (Hb 7. 24,25) diante de nosso Deus, e assim se estabelece à nova aliança que substitui a anterior, pois é melhor (Hb 7.22). Melhor porque este seu sacrifício aperfeiçoou os que crêem nele (Hb 10.14). 19
  • 20. Por que Jesus é profeta? ―Do meio de seus irmãos lhes suscitarei um profeta semelhante a ti; e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar‖ (Dt 18.18) Um profeta tinha a função de se colocar entre Deus e o homem, ou seja, era enviado a falar em seu nome. ―O profeta no Antigo Testamento exorta em nome de Deus‖. ―Repreendia em nome de Deus‖. ―Consolava em nome de Deus‖. ―Separava e ungia reis e profetas em nome de Deus‖. ―Aplicava juízos em nome de Deus‖. O profeta Moisés possuía uma tríplice função: era profeta (fala em nome de Deus), era sacerdote (era mediador entre o homem e Deus) e era um juiz (presidia sobre o povo de Deus). Após Moisés somente Samuel assumiu esta tríplice função os demais eram porta-vozes das mensagens divinas. Deus levantou inúmeros profetas a Israel para os direcionar, mas nenhum que se enquadrasse na profecia de Dt 18.18, e quando a Moisés foi dirigida a voz divina dizendo que iria levantar um profeta semelhante a ele, estava revelando a autoridade que foi outorgada a Moisés e que seria também dada a outro profeta. Moisés foi o libertador do povo de Israel da escravidão Egípcia. O profeta que Deus predisse que enviária para guiar o povo foi Jesus (At 3.20-26) que também libertou o povo de Israel, porém não unicamente a Israel, mas também os outros povos. Não de um domínio imposto por uma nação, mas do domínio que o pecado exercia sobre todos os homens (Jo 8.32). Qual foi a mensagem que o profeta Jesus trouxe em nome de Deus? A mensagem consiste em acreditar em Deus e em Jesus, pois a vida eterna esta ao alcance de todos pelas boas novas de salvação que é doada gratuitamente a aquele que crê. As palavras de Jesus exprimem isto: ―E a vida eterna é está: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste‖ (Jo 17.3). ―E disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas‖ (Lc 24. 46- 48). Jesus é o profeta (porta-voz) de Deus concernente a revelação da Salvação a todos os homens. 20
  • 21. Jesus é um Juiz no sentido do Antigo Testamento e rei. Jesus pode ser considerado como um juiz no sentido do Antigo Testamento, pois, também preside sobre o povo, porém em amplitude maior, na verdade a palavra que define melhor a função que o Senhor Jesus tem sobre toda a humanidade é a de ―REI!‖. Os juizes do antigo testamento presidiam sobre apenas Israel e eram constituídos por Deus e eram representes deste, pois até então o governo em Israel era Teocrático, ou seja, Deus é quem presidia sobre o povo na figura dos seus juizes. Depois por uma má escolha eles decidiram ser presididos por um rei como as demais nações rejeitando a Teocracia pela monarquia e por isso receberam como rei a Saul e em seguida seu sucessor Davi que é o ancestral de Jesus. Vemos que na monarquia Israel teve reis tementes a Deus e também reis incrédulos que fizeram o povo se afastar de Deus e receberem juízo divino sobre seus atos. A monarquia visa em si os interesses das famílias que estão sobre o domínio do povo e em seguida os interesses deste, todavia o reinado de Jesus não é monárquico, pois Ele mesmo é Deus (Jo 1.1) concluímos que o reinado de Jesus é diferente de todos os reinados anteriores, pois é Teocrático e não monárquico. Jesus não herdou somente o trono de Davi no sentido de ser rei apenas de Israel, mas o reinado mundial e universal, pois Ele é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (1 Tm 6.15; Ap 19.16). Jesus é um Rei que tem domínio muito maior do que qualquer outro homem jamais teve, pois Ele é rei sobre:  O Universo (Jo 1.3; Cl 1.16).  Os anjos (Mt 13.41; 24.31; Hb 1.4,7; 1 Pe 3.22).  Satanás (Jó 1.12; 2.6; Ap 20.2,10).  Os anjos Caídos (Mc 5.2-10; Lc 8.27-31; Pe 2.4; Ap 20.12,15).  Israel (Mt 27.37; Lc 19.38; Jo 1.49; 12.13; 19.19).  Todas as nações (1 Tm 6.15; Ap 19.16).  E seu reino é o único que não se acabará (Dn 7.14,27). Jesus é a revelação máxima da vontade divina para o homem englobando a tríplice função de rei, sacerdote e profeta. Ele governa. Ele é mediador entre os homens e Deus. E por isso intercede a favor de todos que nEle crêem. Ele fala em nome de Deus aos homens. Em Jesus cumprisse a vontade divina para com toda a humanidade que tem o privilegio de servir a Deus para sempre. Pela revelação da salvação dada por intermédio de Jesus e por tudo que Ele é estamos seguros. 21
  • 22. Porque Jesus é o Messias? Jesus é chamado de o Cristo. A palavra grega Christos que tem o mesmo valor da palavra Messias que vem do Hebraico Mashiach que significa o Ungido, o Escolhido. O Messias era esperado pelo povo de Israel para estabelecer o reino de Israel sobre os demais e guia-los em toda à vontade de Deus. Ao passar dos anos essa esperança se tornou cada vez mais crescente devido às ocupações que Israel sofreu por diversas nações (Ex. Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persas, Gregos, Romanos) aspirando à vinda do libertador à moda do rei Davi, ou seja, um grande Rei e Guerreiro. Até hoje os judeus não cristãos esperam a chegada desse messias e rejeitam que Jesus tenha sido o Ungido de Deus, pois não estabeleceu uma revolução armada para colocar Israel em uma posição de proeminência entre as nações, estabelecendo um reino intercontinental e imperialista. Para os judeus da época (ao falar de judeus o destaque cabe a classe dominante deste período) não foi só por esse motivo que o rejeitaram, mas por temerem perder suas posições de honra na nação que foi conferida pelos Romanos (Jo 11.48) e também por causa da inveja que eles sentiam de Jesus (Mt 27.18; Mc 15.10). Vemos que a ganância e a inveja endureceram os seus corações de tal maneira que mesmo depois de saberem que Jesus havia ressuscitado devido ao depoimento dos guardas que estavam no sepulcro, procuraram subornar a estes e persuadi-los a mentir dizendo que os discípulos haviam roubado o corpo (Mt 28.11- 15). Qual a evidência que Jesus é o Messias? O Messias seria descendente de Davi. ―Quando teus dias se cumprirem, e descansares com teus pais, então farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com acoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre‖. 1 Samuel 7.12-16 (grifo meu) ―Eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre à casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim‖. Lucas 1.31,32 (grifo meu) O Messias nasceria na cidade de Belém, cidade pertencente à Tribo de Judá. ―E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da Eternidade‖. Miquéias 5.2 22
  • 23. ―Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes...‖ Mateus 2.1 Profecias sobre seu advento: Gn 3.15; Dt18.15; Is 55.5, Dn 2.44; Zc 3.8. Designações messiânicas de Jesus e suas referencias:  O amém. Ap 3.14  Palavra de Deus. Ap 19.13  Cabeça do Corpo (igreja). Cl  Pastor. Mt 26.31; Jo 10.1-21 1.18  Paz. Ef 2.14  Cordeiro Jo 1.19-36; Ap 5.6.  Príncipe. Dn 9.25; At 5.31  Descendente da mulher. Gn  Príncipe da paz. Is 9.6 3.15  Príncipe dos reis da terra  O esposo. Jo 3.29  Plenitude de Deus. Cl 2.9  O que batiza com Espírito  Primeiro e último. Ap 1.17 Santo. Jo 1.33  Primícia. 1 Co 15.20  O que dá testemunho de si  Primogênito. Cl 1.15; Hb 1.6 mesmo. Jo 8.18  Primogênito dos mortos. Ap  O que havia de vir. Mt 11.3 1.5  Emanuel. Mt 1.23  Profeta. Dt 18.18; Jo 1.21;  Escolhido de Deus. Lc 9.35; At 7.37 Hb 1.9  Rei de Jerusalém. Zc 9.9; Mt  Estrela de Jacó, rei de Israel. 21.5; 25.34 Nm 24.17  Rei dos Reis. Ap 19.16  Governante (guia, rei) de  Rocha espiritual. 1 Co 10.4 Israel Mq 5.1-2.  Santo. Lc 1.35  Fiel e verdadeiro. Ap 19.11  Santo de Deus. Jo 6.69  Filho. Mt 2.15  Esperança e glória. Co 1.27  Filho de Davi. Mt 9.27  Sinal. Lc 2.34  Filho de Deus Lc 1.35  Senhor. Lc 1.43; Cl 3.24  Filho do Deus Altíssimo. Lc  Senhor dos Senhores. Ap 1.35 19.16  Filho do Deus bendito Mc  Servo. Is 42; 49; 50.4-11; 14.61 52.13-53.12  Filho do homem. Mt 24.27  Sumo sacerdote. Hb 9.11  Filho do pai 2 Jo 3  Sumo sacerdote segundo a  Imagem visível de Deus. Cl ordem de Melquisedeque. Hb 1.15 6.20  Libertador. Is 59.20. Rm  Testemunha fiel. Ap 1.5 11.26-27.  Varão (homem) aprovado  Mestre e filho de Deus. Jo por Deus. At 2.22 1.49  Vida. Cl 3.3-4.  Palavra. Jo 1.1 23
  • 24. Os Milagres de Jesus o Cristo Os milagres que Jesus operou evidenciam claramente que Ele recebeu autoridade divina. Há alguns que alegam que os milagres efetuados por Jesus são manifestações de sua divindade, todavia, vemos milagres sendo realizados por personagens anteriores ao advento de Cristo na história humana, tais como Moises, Josué, Elias, Eliseu sem atribuir a nenhum deles prerrogativas divinas atestando somente sua escolha e autoridade conferidas por Deus. E não podemos esquecer que depois da ascensão de Jesus os discípulos continuaram a anunciar o evangelho operando milagres e prodígios (Mc 16.20; Hb 2.3,4). Assim, olharemos os milagres que Cristo operou com a perspectiva de revestimento de autoridade dada por Deus para exercer seu ministério terreno que estava fundamentado na plena dependência de Deus mediante a ação do divino Espírito Santo. Quando colocamos em pauta a dependência da ação do Espírito Santo estamos deixando claro a inércia dos atributos divinos em Jesus Homem. Faz-se necessário saber que Jesus não era um fantoche, ou seja, não estava fingindo ser homem em todos os aspectos possíveis, mas como nós participou da carne e do sangue e suas limitações (Hb 2.17; 1 Jo 1.1). [pode-se conferir isso no capitulo Jesus homem verdadeiro] É necessário termos em mente que o enviado de Deus precisaria possuir testemunho que credibiliza-se seu ministério diante do povo. Assim podemos ver Jesus recebendo testemunho de João Batista (Jo 1.29-34) que é a ―voz do clama no deserto‖ ou o que prepararia o caminho para manifestação do Messias (Lucas 7.27). Também vemos o Senhor recebendo o testemunho do Pai e do Espírito Santo no momento do Batismo (Mt 3.13-17; Mc 1.9-11; Lc 3.21-22) e pelas obras que nenhum outro havia feito até então (Jo 15.24). Mesmo depois de João o batizador ter visto o Espírito Santo descer em forma de pomba e ouvir a voz de Deus testificar sobre Jesus, uma fagulha de dúvida se apoderou de seu coração fazendo-o enviar dois discípulos ao Mestre (Mateus 11.01-06 e Lucas 7.18-23) e perguntar se Jesus era mesmo o enviado de Deus (o Messias), e vemos que Jesus não diz diretamente ―eu sou o enviado de Deus‖, mas as escrituras dizem que ele operou sinais e maravilhas na frente dos dois discípulos recomendando que eles testificassem o que viram a João, sabendo que o que fizera falaria mais alto do que uma simples resposta afirmativa. Da mesma maneira os judeus em Jo 10. 24, 25, o rodearam e lhe perguntaram: ―Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente. E Jesus disse-lhes: “As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim”. Uma outra resposta seria: “Os milagres que eu opero são as palavras que vocês precisam ouvir acerca de minha Messianidade”. A operação de milagres testificava a autenticidade do ministério de Jesus, pois antes dele, haviam acontecido milagres no ministérios dos profetas já mencionados, mas não como no ministério de Jesus. Jo 15.24: “Se eu entre eles não fizesse tais obras, quais nenhum outro tem feito...”, e isso deveria ser colocado na balança, ou seja, todos que viam o que Jesus fazia deveriam notar que estava além de tudo que havia acontecido no passado e no presente, e isto, era a evidência que Deus o enviara. Jesus disse para Felipe : ―Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim: crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras‖ (Jo 14.11). Assim vemos que os sinais testificavam da Messianidade de Jesus e isso foi compreendido por Nicodemos que falou: ―Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus: porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele‖ (Jo 3.02). Nicodemos era príncipe e Mestre em Israel e ao fazer esta afirmação estava fazendo uma analise critica e evidencial do que já havia sido escrito acerca dos antigos 24
  • 25. profetas que foram chamados por Deus. Um exemplo singular disto é quando Deus comissionou Moisés para libertar Israel da escravidão egípcia e foi lhe dirigida à ordem e ele falou a seguinte frase: ―Mas eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, por que dirão: O Senhor não te apareceu”. Com isto Moisés afirma que o simples testemunho de seus lábios não traria crédito em seu favor, em outras palavras ele disse: eu preciso mais do que palavras para que creiam em mim! E Deus confere a ele o sinal da vara que se torna serpente e da mão que se torna leprosa e um sinal extra que é a água que se torna em sangue (Ex 4.1-9). E a afirmação divina é que: “E acontecerá que, se eles te não crerem, nem ouvirem a voz do primeiro sinal, crerão a voz do derradeiro sinal;” (Ex 4.8). Assim vemos que Deus credenciou o ministério de Moisés também com operação de sinais miraculosos descritos nos livros de Êxodo e Números começando por estes primeiros sinais que evidenciavam que ele era o enviado de Deus para libertar o povo de Israel da escravidão. O enviado de Deus é credenciado a operar maravilhas para que acreditem em suas palavras, e isto esta presente em todo o ministério do Senhor Jesus. E podemos classificar como impressionante o fato de que além das maravilhas serem operadas por Jesus, o seu nome “concedia” e “concede” a aqueles que o pronunciam a mesma virtude (Lc 9.49; 10:19; Mc 16.17,18), distinguindo-o de todos os outros profetas que operaram sinais antes dele, pois, nunca ensinaram a outros realizarem os mesmos sinais ou outros maiores do que haviam feito em seu próprio nome! Jesus, porém disse: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.12,13). Podemos ver o Apostolo João no capitulo 20.30 reafirmando o que Jesus disse em 15.24. ―Jesus, pois operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro‖; juntamente com o capitulo 21.25 que diz: ―Há, porém, ainda muitas outras coisas (sinais, maravilhas e etc) que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém‖. E no versículo 31 do capitulo 20 afirma a que propósito foi escrito o evangelho de João, e por que não dizer de todos os escritos sagrados: ―Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome‖. Assim concluímos que realmente os milagres que Jesus operou testificam que Ele foi credenciado por Deus para ser o ―Messias esperado‖ e o que as Escrituras previam sobre o Messias se cumpriram nEle. 25
  • 26. Os vários milagres realizados por Jesus nos evangelhos estão colocados nesta pequena tabela abaixo: Estão aqui os quatro evangelhos e a descrição dos milagres MATEUS MARCOS LUCAS JOÃO DESCRIÇÃO 2:1-11 Água transformada em vinho. 4:46 O filho do nobre é curado. 4:30 Jesus escapa da multidão. 5:06 Pesca maravilhosa. 1:23 4:33 O espírito imundo é expulso. 8:14 1:30 4:38 A sogra de Pedro é curada. 8:16 1:32 4:40 Doentes são curados. 8:02 1:40 5:12 Um leproso é curado. 9:02 2:03 5:18 Um coxo é curado 5:09 Um homem enfermo é curado. 12:09 3:01 6:06 A mão seca é restaurada. 12:15 3:10 Doentes são curados. 7:11 O filho da viúva é ressuscitado. 8:05 7:01 O servo do centurião é curado. 12:22 O demônio é expulso do cego mudo. 8:23 4:35 8:22 A tempestade é cessada 8:28 5:01 8:26 Demônios expulsos entram nos porcos. 9:18-23 5:22-35 8:40-49 A filha de um líder é ressuscitada. 9:20 5:25 8:43 A mulher com hemorragia é curada. 9:27 Cegos são curados. 9:32 Demônio é expulso do surdo- mudo. 14:13 6:30 9:10 6:01 Cinco mil são alimentados. 14:25 6:48 6:19 Jesus anda sobre a água. 14:36 6:56 Doentes são curados em Genesaré. 15:21 7:24 Filha de um gentio é curada. 7:31 Um surdo-mudo é curado. 15:32 8:01 Quatro mil são alimentados 17:01-08 9:02-08 9:28-36 Transfiguração de Jesus. 17:24 A moeda na boca do peixe. 9:01 A cura do cego de nascença. 11:14 Um surdo mudo endemoninhado é curado. 26
  • 27. 13:11 A mulher enferma é curada. 14:01-04 O homem hidrópico é curado. 11:43 Lázaro é ressuscitado. 17:11 Dez leprosos são purificados. 20:30 10:46 18:35 Dois cegos são curados. 21:18 11:12 A figueira seca. 22:51 Orelha do servo é restaurada. 28 16:01-08 24 20 Jesus ressuscita dos mortos. 28:01-07 Um anjo rola a pedra e anuncia a ressurreição. 28:05-08 16:05-07 24:04-08 Um anjo aparece no tumulo. 20:11-13 Anjos aparecem a Maria. 16:09 20:14-17 Jesus aparece a Maria Madalena. 28:09,10 Jesus aparece para mulheres. 16:14-18 24:36-48 20:26-31 Jesus aparece para os onze. 21:01-25 Jesus aparece para sete. 21:06 Pesca milagrosa. 28:16-20 16:15-18 Jesus aparece aos apóstolos 24:51 Jesus é elevado aos céus. 27
  • 28. A superioridade de Jesus é evidenciada. Jesus é superior ao patriarca Abraão. ―Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão existisse, EU SOU‖ Jo 8.58 Abraão é o patriarca, ou pai da nação de Israel, pois é o ancestral que recebeu a promessa divina de formar uma nação que seria como a areia da praia em quantidade. Em Abraão vemos o inicio de Israel e a grande honra que ele tem por este motivo entre seus descendentes, porém Jesus é maior que ele. Jesus é maior que Abraão por existir antes dele como descrevemos no versículo acima e por que sendo Deus fez a promessa e o seu cumprimento acontecer. Jesus é superior ao Sábado. ―O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é senhor também do sábado.‖ Mc 2.27,28. O sábado é um sinal entre Deus e o povo de Israel (Ex 31.16,17), um dia especial para o povo descansar e adorar. O sábado foi criado para impor limites ao povo Israelita concernente a ganância e exploração. O sábado foi criado não para impor servidão ao povo Israelita, mas para servi-lo. Neste dia além de descansar todos tinham a oportunidade de dedicar mais tempo a buscar entendimento sobre a lei e adorar o Senhor. Para aqueles que não são Israelitas porque não descendem carnalmente de Abraão, mas foram chamados pelo evangelho para pertencerem a Igreja de Deus, o sinal entre Deus e a Igreja é o próprio Senhor Jesus. Porque é o próprio Senhor Jesus e não o Sábado? Porque quem criou o sábado foi o próprio Senhor Jesus, pois Ele é Deus (Jo 1.1) e Ele mesmo se declara Senhor do sábado (Mc 2.28) e maior é aquele que cria do a coisa criada (Hb 3.3) e não existe na nova aliança nenhuma especificação ou ordem direta para guarda deste dia. Não estou querendo dizer com isso que Jesus não guardava o sábado. Jesus era um israelita e sendo um israelita ele obedecia a lei, porém, após sua morte e ascensão e consequentemente o estabelecimento da nova dispensação, vemos que o novo testamento não adotou como mandamento um dia especifico semanal para ser observado como o era no antigo testamento que influenciava a vida do povo até mesmo com a pena capital (Ex 31.14; Nm 15.32-36). Isto quer dizer que se alguém quer insistir em que o sábado é necessário para salvação no novo testamento tem que concordar que a quebra de sua observância leva o individuo a morte segundo os versículos nesse parágrafo citados. O fato dos discípulos de Jesus não observarem o sábado ou qualquer outro dia de descanso semanal não os elimina da igreja como ocorria com o israelita no antigo pacto (Ex 31.14). 28
  • 29. O sábado não possui valor salvivifico como algumas poucas denominações cristãs querem afirmar, pois quem salva o homem é o poder purificador do sangue de Jesus (Rm 5.9; Ef 1.17; Ap 1.5). A igreja não adora a Deus somente num dia da semana, mas todos os dias. Como a igreja não recebeu especificamente uma ordem para guardar um dia semanal de descanso semelhante ao antigo pacto, ela pode em qualquer hora e dia da semana exercer sua tarefa de evangelizar o mundo. Gostaria de lembrar que nos dias de descanso de trabalho material (lavouras, comércios, firmas e etc) os irmãos e irmãs trabalham para Jesus na evangelização, e isto quer dizer que eles: Podem e até andam mais de novecentos metros2. Carregam instrumentos, aparelhos de som, vídeo e etc para realizar cultos, palestras, convenções, eventos e etc. (O ato de carregar objetos era caracterizado como trabalho e quebra da observância do dia de descanso no antigo pacto. Ex 20.10). Usam água, luz, gás, telefonia e outros meios de comunicação. (Existem pessoas que estão trabalhando para fornecer água, luz, gás, telefone, comunicação e etc e no antigo pacto era proibido usufruir serviços no dias de descanso até de pessoas que não pertenciam ao povo de Israel. Ex 20.10, 35.3). Jesus é superior ao rei Davi. ―Mas Jesus lhes perguntou: Como podem dizer que o Cristo é filho de Davi? Visto como o próprio Davi afirma no livro de Salmos: Disso o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Assim, pois, Davi lhe chama Senhor, e como pode ser ele seu filho?‖ Lc 20.41-44. O rei Davi é tido por todo povo judeu como o maior rei que Israel já teve e em seu reinado Israel foi projetado como a nação mais forte de sua época. Davi é a referência máxima sobre o modelo de rei que o povo israelita deseja ter devido sua bravura e poder de liderança. Davi foi um homem que serviu a Deus, porém, teve algumas falhas que estão descritas nas escrituras. Seu envolvimento com uma mulher casada (adultério) e sua estratégia para matar seu marido (homicídio), mostram seu lado humano (quero exprimir o sentido de homem falho e pecador) que declara que ele era um pecador comum como todos os outros e que era carente das misericórdias divinas. Jesus, porém nunca cometeu adultério ou qualquer relação sexual ilícita (fornicação) ou homicídio e etc., ele sempre teve uma conduta perfeita aqui na terra e isto, testifica a seu favor, demonstrando sua superioridade sobre Davi, que ao ter uma revelação divina acerca do advento de Jesus Cristo escreve o salmo messiânico chamando o de meu Senhor (Sl 110.1). 2 Algo que no antigo pacto era proibido, pois andar mais que novecentos metros que era à distância que os rabis permitiam aos judeus caminhar no sábado era proibido. Esta distancia limite aparentemente foi calculada em Ex 16.19, interpretada a luz de Nm 35.5. Jesus é superior ao sábado: informação retirada da bíblia anotada. Editora Mundo Cristão. página 1359. nota sobre o versículo 12 do capitulo 1 de atos dos apóstolos. 29
  • 30. Jesus é superior ao rei Salomão. ―...E eis aqui está quem é maior do que Salomão‖. Mt 12.42 Salomão teve o privilegio te ter um reinado de paz, seu próprio nome significa pacifico, embora em sua velhice ele abandonou o Senhor e passou por turbulências. Em sua época ele foi o homem mais sábio e rico que existiu e é uma referência até nos dias atuais na fantasia daqueles que gostariam de terem riquezas e glórias. Sua conduta foi boa durante alguns anos, porém, não perseverou em seguir a Deus e virou um idolatra em sua velhice. Enquanto homem Jesus não teve riquezas como Salomão, mas nem por isso, deixou de seguir a Deus, mesmo sendo tentado pelo diabo que lhe oferecia a glória do mundo e suas riquezas rejeitou-as e respondeu que somente adoraria ao Deus verdadeiro (Mt. 4) e sua sabedoria é infinitamente maior que a de Salomão, pois, Ele mesmo é a fonte da sabedoria. Jesus é superior ao profeta Jonas. ―...E eis aqui está quem é maior do que Jonas‖. Mt 12.41 Jonas é dentro do Antigo Testamento o único profeta que foi enviado a trazer uma mensagem de juízo a outra nação, sendo desobediente e prevendo que Deus não iria destruir a cidade de Nínive caso ela se arrependesse. Apesar de contrariar sua própria vontade sua pregação de juízo fez com que pelo menos aquela geração que estava em Nínive sobrevivesse a destruição divina. Jesus é superior a Jonas, pois, voluntariamente antes da fundação do mundo já havido disposto vir salvar os homens. A sua missão não reservou salvação somente para uma cidade, mas para todas cidades da terra e esta mesma salvação transcende o tempo, pois, vendo salvado gerações desde de que começou a ser anunciada. Jesus é superior ao profeta Moisés. ―Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu‖. Hb 3.3 Moisés é tido como o maior profeta que Israel já teve, pois, por seu intermédio Deus os libertou da escravidão no Egito e entregou a lei. Moisés marca o inicio da herança escrita do legado de Deus para com seu povo, porém, falhou ao ferir a rocha em Meribá em vez de apenas falar a ela para jorrar água para saciar a sede do povo (Nm 20.1-13). Jesus é superior a Moisés porque nunca demonstrou falta de fé e foi obediente até a morte e morte de Cruz (Fp 2.8) e acima disto, sua superioridade vem descrita em Hb 3.3, pois, a própria chamada de Moisés não foi realizada involuntariamente a vontade Jesus, mas Ele próprio foi quem o escolheu para realizar a redenção de Israel. 30
  • 31. Jesus é superior a João Batista. ―No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse: Após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim.‖ Jo 1.29,30 João Batista é o último profeta no estilo do Antigo Testamento (Mt 11.11) e é o escolhido de Deus para manifestar ao mundo o Messias (Jo 1.21) e o seu ministério é baseado em anunciar o advento daquele que é maior do ele, assim, o próprio testemunho de João testifica que Jesus é superior a ele (Jo 1.26,27) e suas palavras em Jo 3.30 são notáveis e devem ser tomadas como exemplo para todos: ―Convém que ele cresça e que eu diminua‖. Jesus é superior a todos os profetas. ―Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo.‖ Hb 1.1,2 Todos os profetas foram emissários de Deus para trazer exortação, repreensão, consolação e tornar clara à vontade de Deus para o seu povo e em seus ministérios exercerem o que sua chamada propunha anunciando também o advento do profeta maior: ―Jesus o Cristo‖. Nenhum profeta fez referência a si mesmo, porém, todos apontavam para o advento do Messias, assim podemos ver pelo testemunho dos profetas testificar a superioridade de Jesus que foi autor das profecias por ser Deus verdadeiro e por cumpri-las em sua vida terrena. Jesus é superior aos sacrifícios de animais. ―Nãopor meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.‖ Hb 9.12 Como lemos no capitulo entendendo a morte substitutiva o sacrifício do Senhor Jesus é superior aos dos animais porque concede aos que são purificados mudança de natureza juntamente com o perdão sem o limite temporal e geográfico3. 3 temporal no sentido de não possuir rótulo de validade e geográfico por valer em todos os lugares que o ser humano vivo pode estar (ver capitulo sobre morte substitutiva). 31
  • 32. Jesus é superior ao sacerdócio levítico. ―Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?‖ Hb 7.11 Como lemos no capitulo entendendo a morte substitutiva o sacerdócio levítico que fundamentava sua existência nos atos sacrificiais e esbarrava na imperfeição de tais atos (estou fazendo a mesma referência do tópico acima e a ideia exposta no capitulo entendendo a morte substitutiva que mencionada que os sacrifícios demonstravam dificuldades para atingir seu alvo ―purificação completa do pecador‖) foi substituído pelo sacerdócio de Jesus que segue a ordem de Melquisedeque e que faz tudo o que este não pode fazer, demonstrando assim sua superioridade. Jesus é superior aos Anjos. ―Tendo-se tornado tão superior aos anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles‖ Hb 1.4 Em pé de igualdade com os homens, os anjos são seres criados e devem obedecer ao criador. Jesus é o Deus todo-poderoso e os anjos estão sujeitos a sua ordem e sua superioridade é incontestável. Jesus é superior a qualquer apóstolo. ―Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um.‖ 1 Co 3.5 Os apóstolos são apenas discípulos comissionados pelo Senhor Jesus para anunciarem sua mensagem. Não existiriam apóstolos se não houvesse o mestre que lhes chamou e outorgou o direito de anunciarem sua mensagem, assim, podemos dizer que por mais feitos que qualquer apóstolo tenha feito, ele só pode realiza-lo porque foi escolhido e comissionado. Jesus é superior a Maria que foi escolhida por Deus para o gerar. ―Porquanto há um só Deus e um só Mediador, entre Deus e homens, Cristo Jesus, homem,‖ 1 Tm 2.5 Maria foi escolhida para ser mãe de Jesus o homem, porém, Jesus Deus verdadeiro na eternidade não possuiu mãe, pois, diferentemente de Maria sempre existiu. Maria teve pai e mãe 32
  • 33. como todos os homens comuns e herdou de Adão o estigma do pecado, diferentemente de Jesus que teve Maria como sua mãe, porém, não teve pai humano porque foi gerado pelo Espírito Santo. Maria morreu e ainda não ressuscitou, mas está esperando a ressurreição como todos os justos que morreram sendo salvos em Jesus. Jesus é superior a Maria porque ela é uma simples mulher e foi uma pecadora que também precisou ser perdoada pelo sacrifício de Jesus. Maria não é mencionada fora dos evangelhos em nenhuma epístola ao contrário de Jesus que é o cerne de todas as cartas do Novo Testamento. Toda intenção de adoração a Maria é um ato pecaminoso que contraria até mesmo as próprias palavras que ela usou para demonstrar que todos devem fazer: ―Fazei tudo o que ele (Jesus) disser‖. E a verdade maior que Jesus expressou sobre a salvação é que Ele é: ―Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o (singular) caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim‖ Jo 14.6 Jesus é superior a todos os homens. ―Antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para gloria de Deus Pai.‖ Fp 2.7-11. Sem Jesus os homens não podem chegar a ser salvos e mesmo que os homens façam boas obras, tenham muito dinheiro, todos estão debaixo do jugo do pecado. ―Todos os homens pecaram e estão separados de Deus (Rm 3.23)‖ e precisam das misericórdias de Deus e da salvação que está em Jesus Cristo. A superioridade de Jesus em relação a todos os homens o possibilitou realizar a obra da expiação e ser nosso exemplo a ser seguido. Jesus é superior a todas as religiões que existem. ―Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim.‖ Jo 14.6 Deus conhecendo a fragilidade do homem e que seus esforços para voltar-se a Ele estavam apenas o levando para mais longe, decidiu por um ato da sua soberana vontade fazer aquilo que o homem não podia fazer e assim a história da cruz foi formulada e concretizada para o bem estar de toda humanidade. Toda religião é uma clara tentativa do homem em voltar-se para Deus com seus próprios méritos, porém, o Cristianismo (Jesus) é o próprio Deus se movendo em direção do homem oferecendo a maneira correta para este conseguir obter sua comunhão. A salvação vem pelo Cristianismo, por isso, Jesus é superior a qualquer religião. 33
  • 34. Jesus o Deus-homem = homem-Divino. Antes de falarmos sobre o assunto da humanidade e deidade de Jesus Cristo separadamente é necessário voltar nossos olhos para todos os homens em Adão, pois, a situação deles nos leva a verdade bíblica que todos são pecadores (Rm 3.23) e que devem morrer eternamente por seu estado pecaminoso (Rm 6.23). Nenhum homem poderia reverter essa situação, somente Deus seria capaz de restaurar o elo entre a humanidade e a divindade. Segundo a profecia de Gn 3.15 um descendente da mulher iria esmagar a serpente e destruir o domínio do pecado sobre o mundo, mas como algum dos filhos caídos de Adão poderia fazer isto? Antes de Jesus nenhum homem poderia vencer o domínio do pecado, porém ao lermos o texto de Gn 3.15 notamos que somente um homem verdadeiro poderia destruir o poder da serpente e do pecado e também devemos entender que este homem não poderia ser dominado por estes dois terríveis inimigos, assim podemos concluir que este homem de quem estamos falando deveria ser alguém especial, diferente dos demais homens no quesito de perfeição, ou seja, sem pecado algum. Além de perfeito e sem pecado, este precisa ter condições de aperfeiçoar seus semelhantes—a humanidade, mas como um homem comum poderia realizar tal feito? Um homem comum ainda que perfeito não teria a capacidade de atribuir perfeição aos seus semelhantes, ainda que fosse bem intencionado, somente quem pode aperfeiçoar ou purificar o ser criado é quem o criou! Afirmação simples e lógica. Com isto, chegamos à conclusão que somente Deus pode intervir na história da humanidade e traze-la de volta para si, destruindo o poder do pecado e o purificando cada homem. Por isso: Jesus precisa ser humano para ser o representante de nossa raça que se entrega voluntariamente em sacrifício para pagar o resgate que era necessário para anular o pecado, cumprindo a profecia de Gn 3.15. Jesus precisa ser Deus verdadeiro para transmitir a perfeição conquistada pelo sacrifício voluntário de si mesmo na cruz At 20.28. Durante toda a história da igreja o fato do Senhor Jesus ser ao mesmo tempo homem e ser Deus gerou várias controvérsias. As duas naturezas em um só ser foi e é algo para todos misterioso, pois, humanamente falando é impossível de ser explicada. Acredito particularmente que fora da esfera da fé no ato miraculoso da encarnação do verbo não podemos arranhar uma resposta satisfatória para explicar o fato de Cristo ser homem e ser Deus, por isso, a exemplo do credo de Nicéia que ao estabelecer o conceito da fé cristã deixou intocável este milagre e receito claramente que a fé é a única maneira consistente de o explicarmos e assim reafirmo o mesmo: ―Jesus é o Deus-homem e homem-Divino!‖ Sem descartar o já afirmado nos tópicos a seguir venho expor a divindade e humanidade de Cristo. 34
  • 35. Porque Jesus inteiramente Divino? Jesus é inteiramente Deus. Essa afirmação tem levantado durante toda história do cristianismo polêmicas e várias controvérsias, pois o cerne da questão é entender como Deus sendo infinito pode ter sido contido num simples e finito corpo humano. Uma questão realmente insolúvel para uma mente totalmente racional e incrédula. A encarnação do verbo está ligada à manifestação de um milagre e milagre não se pode explicar, por que a partir do momento que alguém conseguir explicar a ocorrência de um milagre, este com certeza deixará de ser milagre. Como explicar a criação do Universo? Muitas são as tentativas racionais de explica-la, todavia caem no beco da dúvida não podendo ser provadas de maneira nenhuma ao chegarem na simples pergunta ―Como se iniciou tudo?‖, ou ―Como surgiu a primeira molécula?‖, ou ainda ―Do nada pode surgir alguma coisa?‖. A explicação da fé, embora, seja uma teoria para muitos é a mais coerente, pois afirma que o principio de tudo surgiu em Deus. Mas como ele fez isso? Alguém viu? Ele criou o Universo pelo ato de sua soberana vontade, fazendo tudo surgir pelo seu poder e de sua essência, duma forma que não sabemos detalhar ou explicar e por isso atribuímos a esse fato o nome de milagre. Concluímos com isso que sem o auxilio da fé e daquilo que está revelado na Palavra de Deus nunca se entenderá a encarnação do Filho de Deus. A Bíblia diz que Jesus sendo Deus se esvaziou para tomar forma de homem (Fp 2.7). O que isso significa? Significa que Jesus deixou inertes seus atributos impessoais (onipotência, onisciência, onipresença) para encarnar, porém não deixou de ser Deus (Hb 13.8). Talvez a maior pergunta deva ser como alguém que andou aqui na terra, comeu, se cansou, falou, até mesmo morreu e enquanto entre homens estava não era onipotência, onisciência, onipresença pode ser Deus? Este acontecimento se assemelha a criação de tudo, será que alguém poderia afirmar como esta ocorreu com detalhes? Nem com detalhes e nem de uma maneira superficial, pois a dimensão da criação e sua grandeza estão além da compreensão humana e a magnitude da encarnação do verbo divino está na dimensão superior de entendimento que o homem não pode alcançar nos dias atuais e talvez nem no mundo vindouro que Cristo irá implantar este alcançará. Diferentemente de todo homem Jesus afirmou que sempre existiu (Jo 8.58) e antes de morrer, ressuscitar e ser glorificado orou a Deus pedindo que fosse restaurado e voltasse a ter a mesma glória que possuía antes de sua encarnação e antes que houvesse o mundo (Jo 17.5). Ele criou todas as coisas (Cl 1.16; Jo 1.3) e sustenta todas as coisas (Cl 1.17). João nos explica a Divindade e a encarnação de Jesus e colabora de uma forma singular para elucidar as dúvidas sobre estes importantes pontos do cristianismo: ―No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus‖. São João 01.01. O evangelho de João coloca-se numa perspectiva cósmica ao iniciar-se semelhantemente como no capítulo primeiro de Gênesis do A.T. enxerindo a palavra principio, destacando a posição de Jesus na Eternidade insondável: ―Principio e Fim, Primeiro e Último, letra A e Z, Alfa e Omega‖. 35
  • 36. Em foco podemos ver a palavra que está em destaque como sujeito desta oração: “verbo” ou simplesmente “palavra”; mas o que significa exatamente esse verbo ou essa palavra neste contexto? Uma pergunta que aparentemente é simples. A resposta seria que a palavra é a junção de vogais e consoantes formando silabas e estas unidas dão vida aos sinais gráficos ou sonoros? Na verdade para entendermos isto, precisamos do auxilio da língua grega. A palavra verbo é a tradução de uma palavra singular: “Logos”. Bom, agora para continuarmos caminhando rumo ao esclarecimento deste versículo e seu contexto, temos de pedir auxilio a religião grega. Os gregos acreditavam que o homem por ser feito de matéria era mau, em si, a matéria era toda má. Os homens podiam se comunicar apenas com os semi-deuses (da união entre humanos e deuses surgia os semi-deuses. Ex. Hercules) e também com os deuses como Zeus, Era, Cronos e etc, que não eram totalmente bons ou maus, estes deuses seriam inferiores, pois se comunicavam com a matéria má. Alem destes estava o Deus que não pode ser tocado ou alcançado pelo ser humano: ―O LOGOS‖. Inacessível, desconhecido e totalmente alheio a toda humanidade. “LOGOS” Barreira intransponível aos homens Deuses Semi-deuses Humanidade João inicia seu evangelho falando do Deus inacessível que todos os gregos já ouviram falar antes, e não somente os gregos, mas de certa maneira todo império romano, pois, Roma era o comando militar e político de então, todavia, a cultura grega exercia há muito tempo o domínio intelectual e cultural, que não podia ser desfeito pelo poder bélico de nenhuma nação. Até o dia de hoje a cultura, filosofia e até a religião grega exerce sua influência sobre o mundo. O ditado popular: ―Você está falando grego!?‖- não está longe de ser uma realidade, pois palavras como ginecologia, Cosmos, Cronologia, geográfica e outras mais, são de origem grega. Perplexos, felizes, excitados, indiferentes, interessados, incrédulos... Podem ser expressões bem próximas daqueles que tinham influência grega sob suas vidas ao começarem a ler este evangelho. João inicia falando do Deus que estava distanciado do ser humano por sua pureza, mas que resolve tomar a forma insignificante de homem, vindo com isso, socorrer a matéria má, fazendo assim parte da história dela! Inconcebível? Inacreditável? Estupendo! João quebra sem piedade todo o misticismo da religião grega. Deus não somente pode se comunicar com o homem, como agora Ele tem encarnado para estar conosco: junto da nossa realidade, da nossa fraqueza, das nossas dificuldades, da nossa natureza, podendo ser chamado então de Emanuel: ―Deus Conosco‖. João fala do principio e a seguir coloca o seguinte: ―O verbo estava com Deus...‖- Uma pessoa distinta de Deus em sua personalidade, mas pertencente à unidade composta da trindade que possui a mesma essência divina, sendo a segunda pessoa da Trindade (1 João 05.07). 36
  • 37. E acrescenta: ―O verbo era Deus...‖ – O Logos—Jesus é o inicio de tudo e já existia antes de encarnar e assumir sua forma de humilhação sendo homem verdadeiro e Deus verdadeiro... ―O Verbo era... antes de sua encarnação, diferentemente de todo o homem comum ele já existia sendo Deus‖. Ele é Deus e criou todas as coisas: ―Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez‖. Jo 1.03 E ainda digo mais: ―Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens‖. Ele não somente criou todas as coisas, mas ainda as sustenta pelo seu infinito poder! Jo 1:04 Este mesmo Logos que você dizem ter ouvido falar, que estudam sobre ele, mas não podem chegar perto dele. Esse mesmo encarnou: ―E o verbo (Logos) se fez carne, e habitou entre nós...‖ e se isso não bastasse eu e outros conversamos com ele, apalpamo-lo, caminhamos ao seu lado, aprendemos de sua própria boca, e fiquem sabendo que esse negócio de a matéria ser má, não é verdade, pois ele continua sendo santo, irrepreensível, verdadeiro... Saibam que nós o vimos: ―e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade‖. Jo 1.14. E a graça que é a manifestação do amor divino, que coloca a disposição do homem uma ponte para este chegar ao Deus inacessível foi estabelecida por este Logos: ―A graça e a verdade vieram por JESUS CRISTO‖. Jo 1.17 Jesus o Logos Divino tira o pecado do mundo. Nele a barreira que torna o alcance a Deus impossível é removida: ―Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo‖.Jo 1.29 Quero que entendam que o Logos—Jesus tem autoridade para realizar muitos sinais entre os homens: Ele transforma água em vinho (Jo 2); curou o filho de o filho de um chefe de nossa nação (Jo 4.43-54); também curou um homem que à trinta e oito anos estava paralítico (Jo 5.1-15); multiplicou Paes para cinco mil homens sem contar as mulheres e crianças (Jo 6.1-15); andou sobre as águas do mar como se fosse terra seca (Jo 6.16-21); Ele fez enxergar um cego de nascença (Jo 9.1-41); ressuscitou um homem chamado Lazaro que estava morto há quatro dias (Jo 11.1-45) João tinha muito a dizer em seu evangelho e colocou de uma maneira maravilhosa expressando qual era à vontade de Deus para todos. Podemos ver Jesus falando sobre o homem nascer de novo no capitulo três, dizendo que a natureza pecaminosa do homem pode ser mudada pela ação do Espírito e da palavra de Deus, agora a regeneração era acessível a todos por intermédio dEle. O Logos—Jesus transforma a natureza má e pecaminosa do homem, fazendo que ele possa ser um novo homem que vive segundo a vontade de Deus. No capitulo quatro seu foco é ensinar que para adorar a Deus não bastava um lugar geográfico feito por mãos humanas, mas uma disposição que surgisse do fundo do ser no verso que diz: ―Crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem;‖ Jo 4.21,23 No capitulo cinco ele se coloca em igualdade com o Pai dizendo: tudo o que o Pai faz o filho também faz, o Pai ama o Filho, o Filho exercerá juízo sobre os homens, todos devem honrar o Filho como honram o Pai. No capitulo seis todos podem se alimentar do pão da vida que Jesus é, pão comum sacia a fome por pouco tempo, mas o pão que desce do céu permite que aquele que o come viva por Jesus eternamente. No capitulo sete ele diz a todos que é a água para saciar a todos os que tem sede. Se alguém quer conhecer a Deus e sua verdade tem que beber essa água. 37
  • 38. No capitulo oito ele salva uma mulher que foi pega em adultério e foi trazida perante o mestre sem a presença do adultero, numa tentativa de incriminar Jesus. Porém apresentado a vida de cada um como um espelho todos os acusadores vão embora e a mulher recebe uma nova chance. Em seguida Jesus inicia um novo discurso e diz que é a luz do mundo e reafirma sua divindade dizendo: que antes que Abraão existisse ―Eu Sou‖. No capitulo nove ele esclarece que alguns acontecimentos na vida do homem não provem do pecado de seus pais ou dele mesmo, mas Deus permite para que a sua Glória seja manifesta entre os homens. Os judeus não crêem na cura e acusam a Jesus e selam os seus destinos por permanecerem em seus pecados não enxergando os sinais que Jesus fazia. No capitulo dez vemos Jesus demonstrar que ele é o acesso a Deus, o sumo Pastor das ovelhas e aquele que doa a vida por elas. No capitulo onze o Pastor vai até onde sua ovelha jazia morta e a levanta viva novamente e declara que ele tem poder para dar vida, sendo ele mesmo a ressurreição e vida eterna para todos os que crêem. No capitulo doze ele tem seus pés ungidos por Maria e é preparado antecipadamente para seu sepultamento. Depois disto segue para Jerusalém e entra triunfalmente na cidade sendo recebido com grande festa pelo povo. Nos capítulos 13 a 17 Jesus lava os pés dos discípulos e prediz sua traição, começa a descrever as ultimas instruções antes de sua morte aos discípulos acerca de si e do consolador que haveria de vir. Jesus claramente apresenta sua posição como mediador sacerdote e sacrifício. Ora por seus discípulos e pede sua restauração, ou seja, à volta ao seu primeiro estado quando estava na eternidade, declarando mais uma vez sua deidade. Nos capítulos 18 a 19 vemos sua traição, prisão e crucificação conforme tudo o que Ele e as profecias haviam predito. Ele voluntariamente se entrega para salvar a humanidade, mesmo sem ter cometido erro algum. Nos últimos dois capítulos: 20 e 21. Vemos a vitória sobre a morte, a aparição a Maria Madalena e aos demais discípulos e o objetivo do livro ser escrito: ―Jesus, pois operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porem, foram escritos para que creias que Jesus é o cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome‖. Jo 20.30,31. Jesus é glorificado e torna a assumir sua posição eterna vestindo-se da glória que ele havia se despido para salvar a humanidade (Fp 2.7). Assim o livro de João se encerra colocando o Logos divino numa perspectiva acessível aos que querem conhecer a verdade e poder ter vida eterna e comunhão com Deus que não está mais distante de nossa realidade, mas que viveu entre nós, morreu e ressuscitou e agora é o nosso caminho de volta a perfeição de uma nova vida. 38